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Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
ano 2 – número 13 – <strong>novem<strong>br</strong>o</strong> <strong>2011</strong>
2<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
<strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo
SUMÁRIO<<strong>br</strong> />
GENTE<<strong>br</strong> />
Paulo Tasso<<strong>br</strong> />
BAIRROS<<strong>br</strong> />
Aclimação, Cambuci, Klabin e Vila Monumento<<strong>br</strong> />
PROFISSÕES<<strong>br</strong> />
Médico<<strong>br</strong> />
ECONOMIA & NEGÓCIOS<<strong>br</strong> />
Distribuição de renda, educação e desenvolvimento<<strong>br</strong> />
CAPA<<strong>br</strong> />
Capoeira<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
14<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
18<<strong>br</strong> />
Capa: Capoeira: a arte-luta da cultura afro-<strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />
página 18<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
MODA<<strong>br</strong> />
Primavera/verão<<strong>br</strong> />
COMPORTAMENTO<<strong>br</strong> />
A situação do idoso no Brasil<<strong>br</strong> />
JURÍDICO<<strong>br</strong> />
Bulling em razão do nome ridículo<<strong>br</strong> />
ARTESANATO<<strong>br</strong> />
Prepare-se para o Natal<<strong>br</strong> />
BEM-ESTAR<<strong>br</strong> />
A magia dos cristais<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
SAÚDE<<strong>br</strong> />
Ergonomia<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
22<<strong>br</strong> />
GASTRONOMIA<<strong>br</strong> />
A culinária japonêsa 32<<strong>br</strong> />
24<<strong>br</strong> />
MEMÓRIA<<strong>br</strong> />
Homenagem a José Vasconcelos 34<<strong>br</strong> />
26<<strong>br</strong> />
15 de <strong>novem<strong>br</strong>o</strong>: Proclamação GASTRONOMIA da República<<strong>br</strong> />
A culinária espanhola 32<<strong>br</strong> />
28<<strong>br</strong> />
MEMÓRIA<<strong>br</strong> />
Confeitaria Catedral 34<<strong>br</strong> />
Marechal Deodoro da Fonseca<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
Publisher:<<strong>br</strong> />
Ivan Darghan - ivan@<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Diretor de Redação:<<strong>br</strong> />
Paulo Pacheco - paulo@<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Executivos de Negócios:<<strong>br</strong> />
Edyr Raucci - edyr@<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Capa:<<strong>br</strong> />
Raphael Galvano e Rafael Ordoeñz<<strong>br</strong> />
Foto: Ivan Darghan<<strong>br</strong> />
Colaboradores:<<strong>br</strong> />
Claudia Buonsanti, Marcelo Darghan, Marcelo Fleury,<<strong>br</strong> />
Marcelo Scarcelli, Dra. Vanda Amorim, Dr. José Roberto<<strong>br</strong> />
Sotelo, Braz Cardillo, Andrea Muniz, Laís Vargas,<<strong>br</strong> />
Dr. Dario Munin Filho<<strong>br</strong> />
Assinatura gratuita:<<strong>br</strong> />
Tel. (11) 3637-2855<<strong>br</strong> />
<strong>www</strong>.<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
assinatura@<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Distribuição direta nos bairros:<<strong>br</strong> />
Aclimação, Cambuci, Klabin e Vila Monumento<<strong>br</strong> />
Apoio:<<strong>br</strong> />
Impressão:<<strong>br</strong> />
Referência Gráfica<<strong>br</strong> />
<strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo<<strong>br</strong> />
é uma publicação mensal da p2i Editora<<strong>br</strong> />
Rua Gama Cerqueira, 17<<strong>br</strong> />
Cambuci – CEP 01539-010 – São Paulo-SP<<strong>br</strong> />
A <strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo não se responsabiliza por eventuais alterações<<strong>br</strong> />
na programação fornecida, bem <strong>com</strong>o pelas opiniões emitidas nesta edição.<<strong>br</strong> />
O conteúdo dos anúncios veiculados na <strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo é de total<<strong>br</strong> />
responsabilidade dos anunciantes.<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
EDITORIAL<<strong>br</strong> />
Competência<<strong>br</strong> />
A p2i Editora mantém uma equipe de trabalho extremamente enxuta. Antes de mais nada, por<<strong>br</strong> />
uma questão de filosofia. Mas, a exemplo de uma infinidade de outras pequenas empresas, o<<strong>br</strong> />
enxugamento vai além do que seria razoável, em função de uma carga extraordinária de impostos<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o custo de um funcionário. O empresário <strong>br</strong>asileiro é forçado a fazer exatamente o<<strong>br</strong> />
contrário de muitas promoções que se vê por aí: pagamos dois funcionários para levar apenas<<strong>br</strong> />
um. E, mesmo assim, <strong>com</strong>o outros, conseguimos realizar um trabalho respeitável.<<strong>br</strong> />
Já na administração pública, todos sabemos, de longa data, que não há economia de funcionários.<<strong>br</strong> />
É <strong>com</strong>o coração de mãe: sempre cabe mais um. E é aí que entra o título deste editorial.<<strong>br</strong> />
Vejamos o Ministério da Educação que, <strong>com</strong> toda a estrutura que tem, não consegue fazer uma<<strong>br</strong> />
prova. Repetindo, O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NÃO CONSEGUE FAZER UMA PROVA. Seria<<strong>br</strong> />
cômico se não fosse trágico, mas é real e está em todos os noticiários que o ENEM falhou de<<strong>br</strong> />
novo. Mais um tiro no pé; no nosso pé, nos pés de muitos estudantes que, literalmente ficam<<strong>br</strong> />
sem saber o que fazer sem o ENEM. É realmente muita, mas muita in<strong>com</strong>petência. E, ao que<<strong>br</strong> />
parece, o atual responsável pelo Ministério da Educação quer ser prefeito de São Paulo...<<strong>br</strong> />
Enquanto isso, vamos, cada um de nós, nos desdo<strong>br</strong>ando em dez, para manter esse gigante,<<strong>br</strong> />
que é o Brasil, em pé. E, por falar nisso, nesta 13ª edição da <strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo, nos<<strong>br</strong> />
desdo<strong>br</strong>amos para levar a você, uma revista de qualidade <strong>com</strong> informações interessantes e<<strong>br</strong> />
importantes. Nossa edição de <strong>novem<strong>br</strong>o</strong> traz economia, <strong>com</strong>portamento, especial profissões,<<strong>br</strong> />
saúde, bem-estar e muito mais. Então, “fé em Deus e pé na tábua”!<<strong>br</strong> />
Boa leitura!<<strong>br</strong> />
Ivan Darghan e Paulo Pacheco<<strong>br</strong> />
Editores<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> DIRETA<<strong>br</strong> />
Opinião, Críticas e Sugestões so<strong>br</strong>e a revista.<<strong>br</strong> />
E-mail: conexaodireta@<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> LEITOR<<strong>br</strong> />
Reclamações, reivindicações e sugestões so<strong>br</strong>e seu bairro ou região. A <strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo<<strong>br</strong> />
irá buscar as explicações e eventuais soluções junto aos administradores responsáveis.<<strong>br</strong> />
E-mail: conexaoleitor@<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
CARTAS<<strong>br</strong> />
Rua Gama Cerqueira, 17 – Cambuci São Paulo – CEP – 01539-010<<strong>br</strong> />
TELEFONE: 11 3637 2855<<strong>br</strong> />
Site: <strong>www</strong>.<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
CADASTRE-SE EM NOSSO 5SITE<<strong>br</strong> />
E GARANTA A SUA REVISTA CONEXÃO SÃO PAULO TODOS OS MESES.
<strong>Conexão</strong> DIRETA<<strong>br</strong> />
A pedido de alguns leitores, não<<strong>br</strong> />
publicaremos os so<strong>br</strong>enomes dos<<strong>br</strong> />
remetentes na seção <strong>Conexão</strong> Direta. Para<<strong>br</strong> />
publicar o nome <strong>com</strong>pleto, pedimos a<<strong>br</strong> />
gentileza que nos autorize expressamente<<strong>br</strong> />
no corpo da mensagem.<<strong>br</strong> />
SENHORES:-<<strong>br</strong> />
MEUS MAIS EFUSIVOS CUMPRIMENTOS.<<strong>br</strong> />
“NOSSA REVISTA” CONEXÃO SÃO PAULO ESTÁ<<strong>br</strong> />
CADA VEZ MELHOR.<<strong>br</strong> />
NO PRIMEIRO ANIVERSÁRIO, DE MUITOS, A RE-<<strong>br</strong> />
VISTA SE SUPEROU. ESTÁ EXCELENTE.<<strong>br</strong> />
PARABÉNS.<<strong>br</strong> />
ABREIJOS DA VOVI §(*.*)§ MYGDIA<<strong>br</strong> />
Olá Ivan,<<strong>br</strong> />
Parabéns pelo primeiro ano de vida! Tão jovem e tão<<strong>br</strong> />
madura. De aparência impecável e <strong>com</strong> excelente<<strong>br</strong> />
qualidade. Objetiva e clara.<<strong>br</strong> />
Nós, leitores, é que agradecemos por vocês fazerem<<strong>br</strong> />
parte de nossas vidas <strong>com</strong> informações tão valiosas.<<strong>br</strong> />
Que venham pela frente, muitos e muitos anos<<strong>br</strong> />
para sempre sermos agraciados <strong>com</strong> tão magnífico<<strong>br</strong> />
exemplar mensal.<<strong>br</strong> />
Entendo que no mundo, cada um faz a sua parte e é<<strong>br</strong> />
muito importante quando quem faz, faça bem feito.<<strong>br</strong> />
Concordo plenamente <strong>com</strong> o artigo A imbecilidade em sua plenitude. Somos uma massa que tem sido<<strong>br</strong> />
esmagada a cada dia. Sinto uma pressão enorme por dois lados: primeiro o Governo que não me proporciona<<strong>br</strong> />
nenhuma contrapartida para os impostos que arrecado. Nada posso usufruir em educação, saúde<<strong>br</strong> />
e lazer <strong>com</strong> o mínimo de qualidade ou dignidade para minha família. Segundo por uma classe social<<strong>br</strong> />
que devo ajudar. Como cidadã, penso naqueles que tem menos do que eu, mas que, ao mesmo tempo,<<strong>br</strong> />
não pagam os impostos que eu pago, utilizam de um serviço público, ainda que precário, utilizam e são<<strong>br</strong> />
beneficiados <strong>com</strong> diversas políticas sociais que, em minha opinião, são apenas fachada, pois não existe<<strong>br</strong> />
nada de bondoso. O que o nosso governo corrupto quer é cada vez mais uma massa não pensante, que<<strong>br</strong> />
tudo espera receber, seja do governo, seja de nós trabalhadores incansáveis. Sinto-me roubada, pressionada<<strong>br</strong> />
em todos os sentidos, pois não existe uma verdadeira política social, de orientação, de <strong>com</strong>bate à<<strong>br</strong> />
fome ou planejamento familiar. Estamos criando uma massa não trabalhadora, desqualificada e não pensante.<<strong>br</strong> />
Se tudo continuar assim, quanto os meus filhos, os nossos filhos, deverão trabalhar para arrecadar<<strong>br</strong> />
impostos para sustentar a corrupção cada vez mais crescente e os serviços públicos utilizados por essa<<strong>br</strong> />
camada social menos favorecida?<<strong>br</strong> />
Priscila Bongiovani Spiandorello<<strong>br</strong> />
É o caso dessa conceituada <strong>Revista</strong>, vocês fazem<<strong>br</strong> />
bem feito, aliás, muito bem feito!<<strong>br</strong> />
Elizabeth Rocha da Silva<<strong>br</strong> />
Ivan,<<strong>br</strong> />
meus parabéns a você e a todo o time da <strong>Conexão</strong>.<<strong>br</strong> />
Bem sabemos <strong>com</strong>o é difícil fazer um bom projeto<<strong>br</strong> />
editorial que tenha, ao mesmo tempo, um bom<<strong>br</strong> />
projeto gráfico, qualidade de pauta, boa execução –<<strong>br</strong> />
e que seja longeva. Que a revista continue chegando<<strong>br</strong> />
a nossas casas por muitos e muitos anos <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />
charme e a qualidade que fazem dela algo realmente<<strong>br</strong> />
diferenciado na <strong>com</strong>unicação regional.<<strong>br</strong> />
A<strong>br</strong>aço,<<strong>br</strong> />
Jorge Tarquini<<strong>br</strong> />
Olá editores<<strong>br</strong> />
Venho a<strong>com</strong>panhando a <strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo<<strong>br</strong> />
já há algum tempo e resolvi escrever agora, por<<strong>br</strong> />
um motivo muito simples, o cuidado <strong>com</strong> que ela<<strong>br</strong> />
é feita.<<strong>br</strong> />
Além da <strong>Conexão</strong> São Paulo, recebo outras publicações<<strong>br</strong> />
do bairro e percebi claramente a diferença entre<<strong>br</strong> />
elas.<<strong>br</strong> />
A qualidade das matérias, a linguagem fácil, uma redação<<strong>br</strong> />
bem feita, um português bem aplicado e, principalmente,<<strong>br</strong> />
o cuidado <strong>com</strong> os detalhes e um visual<<strong>br</strong> />
diferente.<<strong>br</strong> />
6<<strong>br</strong> />
Algumas publicações, que a meu ver estão mais<<strong>br</strong> />
para um amontoado de anúncios, são feitas “para<<strong>br</strong> />
inglês ver”.<<strong>br</strong> />
O que adoro na <strong>Conexão</strong> São Paulo é a sua real preocupação<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o leitor e, claro, o fato de não parecer<<strong>br</strong> />
um guia de produtos e serviços.<<strong>br</strong> />
Não poderia deixar de falar so<strong>br</strong>e o artigo A imbecilidade<<strong>br</strong> />
em sua plenitude, simplesmente es-pe-ta-<<strong>br</strong> />
-cu-lar!<<strong>br</strong> />
A <strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo não é <strong>com</strong>o umas e<<strong>br</strong> />
outras que são claramente tendenciosas ou feitas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o meu, o seu, o nosso dinheiro.<<strong>br</strong> />
Parabéns a toda a equipe.<<strong>br</strong> />
A<strong>br</strong>aços<<strong>br</strong> />
Camila<<strong>br</strong> />
Caros amigos da <strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong><<strong>br</strong> />
São Paulo<<strong>br</strong> />
Permita-me chamá-los assim, pois é desta forma<<strong>br</strong> />
que os considero. Afinal, há um ano que nos conhecemos<<strong>br</strong> />
e esta relação só me trouxe coisas boas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o informação, divertimento e conhecimento. Espero<<strong>br</strong> />
esta revista todo mês, <strong>com</strong>o espero a visita de<<strong>br</strong> />
um amigo querido.<<strong>br</strong> />
Parabéns por este primeiro aniversário e que ele se<<strong>br</strong> />
repita por muitos e muitos anos.<<strong>br</strong> />
Grande a<strong>br</strong>aço<<strong>br</strong> />
Pedro<<strong>br</strong> />
enviado via iPad<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
UTILIDADE PÚBLICA<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
SEMANA NACIONAL DE<<strong>br</strong> />
CONCILIAÇÃO<<strong>br</strong> />
Entre os dias 28 de <strong>novem<strong>br</strong>o</strong> e 02 de dezem<strong>br</strong>o acontece a 6ª edição<<strong>br</strong> />
da Semana Nacional de Conciliação, promovida pelo Conselho Nacional<<strong>br</strong> />
de Justiça (CNJ).<<strong>br</strong> />
Este ano, a Semana Nacional de Conciliação terá <strong>com</strong>o foco as audiências<<strong>br</strong> />
de conciliação referentes às demandas judiciais de massa, que<<strong>br</strong> />
envolvem grandes números de partes – em geral ações coletivas movidas<<strong>br</strong> />
por consumidores contra bancos, empresas de telefonia, serviços<<strong>br</strong> />
de água e luz etc. Por conta disso, o CNJ já tem mantido contatos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Federação<<strong>br</strong> />
Brasileira dos Bancos (Fe<strong>br</strong>aban), entidades públicas e algumas<<strong>br</strong> />
das principais instituições financeiras, <strong>com</strong> vistas a formar parcerias<<strong>br</strong> />
que levem à conciliação de processos.<<strong>br</strong> />
Como participar<<strong>br</strong> />
Para a Semana Nacional pela Conciliação, os tribunais selecionam os<<strong>br</strong> />
processos que tenham possibilidade de acordo e intimam as partes<<strong>br</strong> />
envolvidas no conflito. Caso o cidadão ou instituição tenha interesse<<strong>br</strong> />
em incluir o processo na Semana, deve procurar, <strong>com</strong> antecedência, o<<strong>br</strong> />
tribunal em que o caso tramita.<<strong>br</strong> />
Quando uma empresa ou órgão público está envolvido em muitos processos,<<strong>br</strong> />
normalmente, o tribunal faz uma audiência prévia para sensibilizar<<strong>br</strong> />
a empresa/órgão a trazer ao mutirão boas propostas de acordo.<<strong>br</strong> />
Em São Paulo o local de atendimento será o Memorial da América Latina,<<strong>br</strong> />
onde estarão presentes os três ramos da justiça: estadual, trabalhista<<strong>br</strong> />
e federal. Serão atendidas as pessoas intimadas e também haverá<<strong>br</strong> />
uma parte pré-processual, onde as pessoas poderão, antes de<<strong>br</strong> />
propor uma ação, resolver os seus problemas.<<strong>br</strong> />
O atendimento será a partir das 10:00 horas no dia 28/11 e a partir das<<strong>br</strong> />
11:00 horas nos demais dias do evento.<<strong>br</strong> />
7
<strong>Conexão</strong> GENTE<<strong>br</strong> />
aulo Tasso<<strong>br</strong> />
Pe sua Harley Davidson<<strong>br</strong> />
Paulo Tasso, morador da Aclimação, é um gigante<<strong>br</strong> />
gentil. Frente ao seu 1,90 metro, até sua Harley Davidson<<strong>br</strong> />
Fat Boy parece pequena. Paulão, <strong>com</strong>o é conhecido<<strong>br</strong> />
entre seus amigos, é fã de motos desde que se<<strong>br</strong> />
entende <strong>com</strong>o gente.<<strong>br</strong> />
Não é para menos. A família Tasso esta ligada às<<strong>br</strong> />
motocicletas desde o avô de Paulão, senhor Pietro<<strong>br</strong> />
Tasso, que nasceu em Chivasso, Turim - Itália,<<strong>br</strong> />
em 1892.<<strong>br</strong> />
Depois da 1ª guerra mundial, seu Pietro veio para o<<strong>br</strong> />
Brasil, <strong>com</strong>eçou a trabalhar em uma empresa de material<<strong>br</strong> />
para construção e depois montou a sua própria<<strong>br</strong> />
empresa.<<strong>br</strong> />
Ainda <strong>com</strong>o empregado, ele <strong>com</strong>prou uma motocicleta<<strong>br</strong> />
Alemã, 1938, da marca Victoria, monocilíndrica<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> 250 cilindradas. Mais tarde, ele <strong>com</strong>prou na<<strong>br</strong> />
Mesbla, na Avenida do Estado, uma Harley Davidson<<strong>br</strong> />
1946, <strong>com</strong> sidecar.<<strong>br</strong> />
Pietro e Bianca Tasso - 1938<<strong>br</strong> />
Esta moto foi herdada por Jair Vasco Tasso, pai de<<strong>br</strong> />
Paulão, aos 18 anos. Mas Jair já era um motociclista<<strong>br</strong> />
experiente nesta idade. Afinal, aos 10 anos, ganhou de<<strong>br</strong> />
seu Pietro uma motocicleta do<strong>br</strong>ável que foi utilizada<<strong>br</strong> />
pelos paraquedistas na 2ª guerra mundial. Esta moto<<strong>br</strong> />
ficou guardada por muitos anos na fá<strong>br</strong>ica de mármores<<strong>br</strong> />
e ladrilhos da família Tasso.<<strong>br</strong> />
Para manter a tradição da família, seu Jair presenteou<<strong>br</strong> />
os filhos <strong>com</strong> vários modelos de motos: Velosolex,<<strong>br</strong> />
Yamaha 125, Honda CB 360, Honda 550 Four,<<strong>br</strong> />
650 Ténéré e Suzuki 1100 GSX. Paulão, além de usufruir<<strong>br</strong> />
de todos estes modelos, ainda passou por quase<<strong>br</strong> />
todas as cilindradas: 125, 250, 350, 450, 750, todas<<strong>br</strong> />
Honda. Hoje, ainda mantêm uma Yamaha V-MAX<<strong>br</strong> />
1.200 cilindradas, além de sua HD Fat Boy.<<strong>br</strong> />
O sonho de Paulão sempre foi ter uma Harley Davidson,<<strong>br</strong> />
mas, no início das importações, elas eram caras<<strong>br</strong> />
demais. Quando <strong>com</strong>eçaram a ficar mais viáveis era a<<strong>br</strong> />
hora de realizar o sonho.<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
Em 2008, Paulão finalmente adquiriu sua Fat Boy de<<strong>br</strong> />
1.600 cilindradas. Para entrar no clima das HD’s, personalizou<<strong>br</strong> />
sua máquina <strong>com</strong> pintura, várias partes cromadas<<strong>br</strong> />
e equipamentos especiais. Como ele mesmo<<strong>br</strong> />
ressalta, é praticamente impossível deixar sua Harley<<strong>br</strong> />
original. A própria fá<strong>br</strong>ica incentiva esta prática e fatura<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a venda de acessórios quase o mesmo que fatura<<strong>br</strong> />
vendendo motos.<<strong>br</strong> />
Mas porque a Harley Davidson? O próprio Paulão<<strong>br</strong> />
explica: “A Harley é estilo, visual, o som do escapamento,<<strong>br</strong> />
que é único, além de ser uma moto robusta,<<strong>br</strong> />
confortável, confiável, estável e que tem um estilo de<<strong>br</strong> />
pilotagem diferenciado. Ela é muito diferente da V-<<strong>br</strong> />
-Max, por exemplo, que é uma moto mais agressiva.<<strong>br</strong> />
A Harley foi feita para grandes viagens, para passear<<strong>br</strong> />
e desfilar”.<<strong>br</strong> />
E porque a Fat Boy? “Por gostar do estilo da Fat Boy,<<strong>br</strong> />
pelo desenho das rodas, o formato e posição do guidão<<strong>br</strong> />
e do conjunto <strong>com</strong>o um todo. Comparando todos<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
Paulão e seu Jair, montado na Fat Boy<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
Pietro Tasso em sua Harley Davidson<<strong>br</strong> />
1946 <strong>com</strong> sidecar<<strong>br</strong> />
os modelos de Harley Davidson, para mim, esta é a<<strong>br</strong> />
mais bonita. Outro fato que pesou em minha escolha<<strong>br</strong> />
foi a participação deste modelo no filme “O Exterminador<<strong>br</strong> />
do Futuro”, <strong>com</strong>o veículo do personagem de Arnold<<strong>br</strong> />
Schwarzenegger.”<<strong>br</strong> />
9<<strong>br</strong> />
Pietro Tasso e seu filho Jair<<strong>br</strong> />
na moto alemã Victoria, 1938<<strong>br</strong> />
Motocicleta Excelsior Welbike, utilizada<<strong>br</strong> />
por paraquedistas na Segunda Guerra<<strong>br</strong> />
Paulão faz parte do Moto Clube Caveiras de Aço, que<<strong>br</strong> />
tem sede em São Paulo e em Franca, no interior paulista,<<strong>br</strong> />
que promove encontros, reuniões e viagens, tudo<<strong>br</strong> />
pelo prazer de andar de moto e estar entre amigos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> uma paixão <strong>com</strong>um.
<strong>Conexão</strong> ACLIMAÇÃO<<strong>br</strong> />
Pesquisa: Claudia Buonsanti<<strong>br</strong> />
Esta rua foi aberta nas últimas décadas do século XIX e ficou<<strong>br</strong> />
conhecida, inicialmente, <strong>com</strong> a denominação de “Av. do Jardim<<strong>br</strong> />
da Aclimação”, conforme consta no mapa da cidade de<<strong>br</strong> />
1897. Posteriormente, foi alterado para “Rua Paes de Andrade”<<strong>br</strong> />
em 1943.<<strong>br</strong> />
Manuel de Carvalho Paes de Andrade nasceu em Pernambuco,<<strong>br</strong> />
em 21 de dezem<strong>br</strong>o de 1778. Foi senador pela Província<<strong>br</strong> />
da Paraíba e Coronel da Legião da Guarda Nacional. Depois<<strong>br</strong> />
de ter deixado o poder da junta do governo, em dezem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />
1823, foi presidente do novo Conselho, eleito pelo povo pernambucano,<<strong>br</strong> />
permaneceu neste posto mesmo depois da nomeação<<strong>br</strong> />
de Francisco Pais Barreto, feita pelo governo imperial.<<strong>br</strong> />
A dissolução da Assembléia Constituinte por D. Pedro I, em<<strong>br</strong> />
fins de 1823, não foi bem recebida em Pernambuco. A promulgação<<strong>br</strong> />
da Constituição<<strong>br</strong> />
em 1824, <strong>com</strong> o seu regime<<strong>br</strong> />
altamente centralizado, frustrou<<strong>br</strong> />
os ideais de Manuel de<<strong>br</strong> />
Carvalho Paes de Andrade e<<strong>br</strong> />
Frei Caneca, os dois maiores<<strong>br</strong> />
líderes liberais na província.<<strong>br</strong> />
Em 2 de julho de 1824, Paes<<strong>br</strong> />
de Andrade proclamou a<<strong>br</strong> />
Confederação do Equador,<<strong>br</strong> />
que foi um movimento revolucionário,<<strong>br</strong> />
de caráter emancipacionista<<strong>br</strong> />
(ou autonomista)<<strong>br</strong> />
e republicano ocorrido<<strong>br</strong> />
no Nordeste do Brasil. Representou<<strong>br</strong> />
a principal reação<<strong>br</strong> />
contra a tendência absolutista<<strong>br</strong> />
e a política centralizadora<<strong>br</strong> />
do governo de D. Pedro<<strong>br</strong> />
I (1822-1831), esboçada na<<strong>br</strong> />
Carta Outorgada de 1824, a<<strong>br</strong> />
primeira Constituição do pa-<<strong>br</strong> />
Paes de Andrade<<strong>br</strong> />
ís.<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
A revolução queria a formação de uma república baseada<<strong>br</strong> />
na constituição da Colômbia.<<strong>br</strong> />
Paes de Andrade deu ao público um violento manifesto, em<<strong>br</strong> />
que convidava as Províncias do Norte - Piauí, Ceará, Rio<<strong>br</strong> />
Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Pernambuco, a<<strong>br</strong> />
tomar parte no movimento subversivo.<<strong>br</strong> />
Contudo, nenhuma delas aderiu à revolta separatista, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
exceção de algumas vilas do sul do Ceará, <strong>com</strong>andadas por<<strong>br</strong> />
Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo, mais conhecido<<strong>br</strong> />
por Padre Mororó e por vilas da Paraíba.<<strong>br</strong> />
Faleceu no Rio de Janeiro, em 18 de junho de 1855.<<strong>br</strong> />
Fonte: http://<strong>www</strong>.dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
<strong>Conexão</strong> CAMBUCI<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
Rua do avapés<<strong>br</strong> />
LDo Caminho do Carro, o Sítio do Tapanhoin descia em parale-<<strong>br</strong> />
O Cambuci foi entrada da cidade para quem subia a serra e passava<<strong>br</strong> />
pelo Córrego do Lavapés, que tem este nome justamente por<<strong>br</strong> />
ser, na época, onde se lavava os pés e se descansava por algum<<strong>br</strong> />
tempo dando <strong>com</strong>ida e água aos animais de carga, antes de entrar<<strong>br</strong> />
na área urbana. Esse córrego era <strong>com</strong>o que a divisa natural entre<<strong>br</strong> />
a cidade propriamente dita e a zona rural.<<strong>br</strong> />
A partir de 1850 formou-se um pequeno núcleo de chácaras e algum<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ércio em torno da trilha, culminando <strong>com</strong> a contrução<<strong>br</strong> />
da capela de Nossa Senhora de Lourdes em 1870, réplica da original<<strong>br</strong> />
francesa, hoje pegada à atual Igreja da Glória.<<strong>br</strong> />
As águas do córrego se espraiavam pelas várzeas do Tapanhoin e,<<strong>br</strong> />
nos períodos da cheia, invadiam os quintais das residências situadas<<strong>br</strong> />
as suas margens.<<strong>br</strong> />
Parte do bairro do Cambuci originou-se na antiga Chácara, ou Sítio<<strong>br</strong> />
do Tapanhoin que se situava entre os rios Tamanduateí, Cambuci,<<strong>br</strong> />
Ipiranga e o Caminho do Carro (a atual Rua Domingos de<<strong>br</strong> />
Moraes). As ruas Lavapés, Tamandaré, Muniz de Souza e o Jardim<<strong>br</strong> />
da Aclimação seriam hoje os pontos extremos daquele sítio,<<strong>br</strong> />
conhecido também <strong>com</strong>o Chácara do Lavapés.<<strong>br</strong> />
Sempre é tempo de ajudar!<<strong>br</strong> />
Associação O Raiar do Sol<<strong>br</strong> />
São 85 idosos em regime de a<strong>br</strong>igo de longa permanência e uma estrutura de 20 funcionários que contam<<strong>br</strong> />
apenas <strong>com</strong> a generosidade e solidariedade da população que contribue <strong>com</strong> donativos, campanhas e<<strong>br</strong> />
doações de roupas, objetos e eletrodomésticos em bom estado para utilização própria ou venda no bazar<<strong>br</strong> />
que a casa mantém.<<strong>br</strong> />
Doações financeiras serão muito bem empregadas e você pode contribuir através da conta-corrente:<<strong>br</strong> />
Associação O Raiar do Sol – CNPJ: 64.034.911/0001-12<<strong>br</strong> />
Banco do Brasil (001) – Agência: 0635-1 – Conta Corrente: 3217-4<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
lo <strong>com</strong> outro latifúndio, a Chácara da Glória, até as margens do<<strong>br</strong> />
rio Tamanduateí. O Córrego do Lavapés, que atravessava a atual<<strong>br</strong> />
Rua Lavapés, à altura da Rua Luiz Gama, delimitava as duas<<strong>br</strong> />
propriedades.<<strong>br</strong> />
Falem a verdade: todos acreditavam tratar-se de um rito de purificação<<strong>br</strong> />
presente em muitas religiões, entre as quais o cristianismo,<<strong>br</strong> />
o judaísmo e o Islamismo, chamado de ablução.<<strong>br</strong> />
http://<strong>www</strong>.almanack.paulistano.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Associação O Raiar do Sol<<strong>br</strong> />
Rua Luiz Gama, 500 - Cambuci<<strong>br</strong> />
Fones: (11) 3207-0216 – (11) 3203-0662<<strong>br</strong> />
E-mail: contato@asilooraiardosol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>
<strong>Conexão</strong> KLABIN<<strong>br</strong> />
Pedro omponazzi<<strong>br</strong> />
PPolêmico, Pomponazzi escreveu ainda dois ensaios, replicando<<strong>br</strong> />
Pedro Pomponazzi nasceu em Mantova em 1462 e suicidou-se<<strong>br</strong> />
em Bolonha em 1524. Foi o mais famoso entre os novos aristotélicos<<strong>br</strong> />
no período Renascentista.<<strong>br</strong> />
Foi professor de filosofia nas universidades de Pádua, Ferrara e<<strong>br</strong> />
Bolonha. É céle<strong>br</strong>e o seu opúsculo So<strong>br</strong>e a Imortalidade da Alma,<<strong>br</strong> />
publicado em Bolonha em 1516.<<strong>br</strong> />
Neste opúsculo (pequena o<strong>br</strong>a de ciência ou literatura), Pomponazzi<<strong>br</strong> />
sustentava que a imortalidade da alma não pode ser demonstrada<<strong>br</strong> />
racionalmente e, para defender sua tese, separa as verdades<<strong>br</strong> />
da fé das verdades da razão.<<strong>br</strong> />
So<strong>br</strong>e os problemas éticos decorrente da mortalidade da alma,<<strong>br</strong> />
Pomponazzi afirma que para as pessoas se <strong>com</strong>portarem eticamente<<strong>br</strong> />
não é necessário crer na alma imortal e na re<strong>com</strong>pensa<<strong>br</strong> />
após a morte, basta a virtude, porque a virtude é a re<strong>com</strong>pensa<<strong>br</strong> />
em si mesma. Ter um bom <strong>com</strong>portamento por causa do castigo<<strong>br</strong> />
que a alma terá após a morte é servilismo e servilismo é contrário<<strong>br</strong> />
à virtude.<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
a dois outros filósofos que escreveram duas o<strong>br</strong>as <strong>com</strong> o mesmo<<strong>br</strong> />
título – So<strong>br</strong>e a Imortalidade da Alma, o primeiro contra Contarini<<strong>br</strong> />
escreveu uma Apologia e o segundo contra Nifo, um Defensorium.<<strong>br</strong> />
Nem a morte pôs termo àquela pendenga. A rigor essa polêmica<<strong>br</strong> />
ainda existe em pleno século XXI!<<strong>br</strong> />
Citações<<strong>br</strong> />
1. A virtude e o vício têm a sua re<strong>com</strong>pensa e seus castigos em si próprios.<<strong>br</strong> />
2. Nenhuma virtude ficará sem prêmio e nenhum vício permanecerá<<strong>br</strong> />
impune.<<strong>br</strong> />
3. O castigo do vicio é o próprio vício.<<strong>br</strong> />
Fonte: http://<strong>www</strong>.mundodosfilosofos.<strong>com</strong>.<strong>br</strong> - http://<strong>www</strong>.filosofia.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
<strong>Conexão</strong> VILA MONUMENTO<<strong>br</strong> />
O lativas<<strong>br</strong> />
Em São Paulo recrudescia a luta entre duas famosas famílias, a<<strong>br</strong> />
dos Pires e a dos Camargos. O governador-geral do Brasil, Francisco<<strong>br</strong> />
Barretos de Meneses, sem poder se deslocar à capitania, incumbiu<<strong>br</strong> />
da paz o Ouvidor geral da Repartição do Sul, Dr. Pedro<<strong>br</strong> />
de Mustre Portugal. Estando os dois partidos exaustos, este conseguiu<<strong>br</strong> />
fazer assinar a paz em 1º de janeiro de 1660.<<strong>br</strong> />
No livro O Garatuja, José de Alencar faz uma narrativa romanceada<<strong>br</strong> />
baseada neste fato real. Um dos atrativos desta leitura é o<<strong>br</strong> />
meticuloso trabalho de recuperação da linguagem da época, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
toques de humor bem regional e temporal.<<strong>br</strong> />
Portanto, prezados leitores, <strong>com</strong> a palavra, José de Alencar:<<strong>br</strong> />
“(...)<<strong>br</strong> />
À rua da Misericórdia, próximo do Beco do Cotovelo, onde tinha<<strong>br</strong> />
residência, estava o Ouvidor Geral, Dr. Pedro de Mustre Portugal,<<strong>br</strong> />
em sua recâmera particular, atarefado <strong>com</strong> o despacho de<<strong>br</strong> />
processos.<<strong>br</strong> />
(...)<<strong>br</strong> />
Sem consultar a ordenação, nem recorrer ao sujo canhenho, travou<<strong>br</strong> />
o nosso magistrado da pena, e escreveu dum jacto Indeferido,<<strong>br</strong> />
tendo o cuidado de calcar a mão para fazer uma letra bem<<strong>br</strong> />
grossa, já que não podia em voz ainda mais grossa chimpar o<<strong>br</strong> />
despacho lacônico e peremptório na bochecha do bacharel.<<strong>br</strong> />
Destas ingenuidades que tinha o Mustre a sós e entre si, não vão<<strong>br</strong> />
fazer mau juízo a seu respeito. Passava por um dos magistrados<<strong>br</strong> />
mais honestos, que desde a criação dá Ouvidoria-Geral do Rio<<strong>br</strong> />
de Janeiro haviam nela servido.<<strong>br</strong> />
Em seu tempo, e isto basta para honrar sua memória, cessou uma<<strong>br</strong> />
balela que toda a gente repetia na cidade.<<strong>br</strong> />
(...)<<strong>br</strong> />
Ninguém ousou jamais suspeitar o Dr. Mustre de uma peita ou<<strong>br</strong> />
suborno. Cumpria à risca a ordenação não recebendo cartas re-<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
uvidor Portugal<<strong>br</strong> />
13<<strong>br</strong> />
a demandas; e levava este escrúpulo ao ponto de tratar as<<strong>br</strong> />
partes desa<strong>br</strong>idamente, quando o procuravam.<<strong>br</strong> />
Tinha pois a consciência de ser um magistrado integérrimo. E<<strong>br</strong> />
seguro de que não o podiam <strong>com</strong>prar; nem influir por empenho<<strong>br</strong> />
ou ameaça, no exercício de sua jurisdição, do mais não se preocupava.<<strong>br</strong> />
(...)<<strong>br</strong> />
É esta a pior espécie dos maus juízes. Acastelados na sua honestidade,<<strong>br</strong> />
que nem sempre é inexpugnável, põem a Justiça ao serviço<<strong>br</strong> />
de suas paixões e venetas; e quando vem o clamor, não falta<<strong>br</strong> />
quem os defenda <strong>com</strong>o íntegros, lançando à conta de erro, o que<<strong>br</strong> />
aliás foi astúcia.”<<strong>br</strong> />
Obs.: As o<strong>br</strong>as de José de Alencar já são de domínio público. Se<<strong>br</strong> />
você, leitor, quiser ler o livro inteiro, acesse o link abaixo:<<strong>br</strong> />
http://pt.wikisource.org/wiki/O_Garatuja/XVIII
<strong>Conexão</strong> PROFISSÕES<<strong>br</strong> />
Médico<<strong>br</strong> />
Poucas atividades humanas guardam tanta magia<<strong>br</strong> />
e mistério quanto o exercício da medicina.<<strong>br</strong> />
José Roberto Sotelo<<strong>br</strong> />
A motivação de amenizar o sofrimento<<strong>br</strong> />
do próximo utilizando todos os artifícios<<strong>br</strong> />
possíveis, fez <strong>com</strong> que os mais<<strong>br</strong> />
primitivos homens cultivassem um pagé,<<strong>br</strong> />
um curandeiro, um sacerdote, enfim,<<strong>br</strong> />
alguém <strong>com</strong> vocação para curar as doenças.<<strong>br</strong> />
Nascem desta forma, a confiança e a<<strong>br</strong> />
crença nos “médicos” e entende-se a<<strong>br</strong> />
concepção de um exercício sagrado, um<<strong>br</strong> />
dom privilegiado e uma benção e mister<<strong>br</strong> />
divino.<<strong>br</strong> />
Observando a História e Civilizações,<<strong>br</strong> />
desco<strong>br</strong>imos o desenvolvimento desta<<strong>br</strong> />
arte ciência pela contribuição de inumeráveis<<strong>br</strong> />
mestres. Estes desvendaram os<<strong>br</strong> />
mecanismos geradores da saúde ou da<<strong>br</strong> />
doença e o funcionamento da mente e do<<strong>br</strong> />
corpo humano da forma <strong>com</strong>o conhecemos<<strong>br</strong> />
nos dias de hoje.<<strong>br</strong> />
Fica claro que a medicina continua sendo<<strong>br</strong> />
uma profissão que apaixona os que a<<strong>br</strong> />
desejam exercer e firma um <strong>com</strong>promisso<<strong>br</strong> />
de respeito à ética, à vida e ao próximo<<strong>br</strong> />
por quem a está exercendo.<<strong>br</strong> />
Esta foi a minha motivação. Tenho a certeza<<strong>br</strong> />
que é a motivação de tantos que lutam<<strong>br</strong> />
arduamente para entrar numa Faculdade<<strong>br</strong> />
de Medicina e seguir uma vida de<<strong>br</strong> />
estudos e dedicação.<<strong>br</strong> />
Existe uma máxima que declara que “médicos<<strong>br</strong> />
nunca se formam”. Torna-se necessário<<strong>br</strong> />
grande esforço pessoal e horas de<<strong>br</strong> />
estudo teórico, aprendizado prático clínico<<strong>br</strong> />
e cirúrgico para atingir a graduação.<<strong>br</strong> />
Um curso de 6 anos de Faculdade de Medicina<<strong>br</strong> />
para diplomar-se médico.<<strong>br</strong> />
Com o Diploma na mão, novo desafio:<<strong>br</strong> />
ser aprovado em Serviço de Residência<<strong>br</strong> />
Médica. Anualmente do total<<strong>br</strong> />
de médicos <strong>com</strong> curso<<strong>br</strong> />
médico concluído, entram<<strong>br</strong> />
em Serviço de Residência<<strong>br</strong> />
60%. Serão<<strong>br</strong> />
mais 3 anos, no mínimo,<<strong>br</strong> />
para muitas<<strong>br</strong> />
especialidades<<strong>br</strong> />
clínicas e de 4 a<<strong>br</strong> />
6 anos para especialidadescirúrgicas.<<strong>br</strong> />
Dedicação exclusiva<<strong>br</strong> />
e remuneração irrisória para<<strong>br</strong> />
atender necessidades mínimas<<strong>br</strong> />
de aperfeiçoamento.<<strong>br</strong> />
Portanto, 10 anos vão se<<strong>br</strong> />
passar desde o dia da aprovação<<strong>br</strong> />
no vestibular para a<<strong>br</strong> />
Faculdade de Medicina<<strong>br</strong> />
até um médico especialista<<strong>br</strong> />
estar apto a entrar no mercado<<strong>br</strong> />
de trabalho. A realidade solicita<<strong>br</strong> />
uma dedicação que deve ser absor-<<strong>br</strong> />
14<<strong>br</strong> />
vida pelo futuro médico desde o dia de<<strong>br</strong> />
sua decisão pela carreira.<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
Apesar das dificuldades relatadas, a concorrência<<strong>br</strong> />
por uma vaga para a Faculdade<<strong>br</strong> />
de Medicina tem demonstrado uma<<strong>br</strong> />
proporção de candidatos/vaga maior que<<strong>br</strong> />
qualquer outra carreira e também a nota<<strong>br</strong> />
de corte (pontuação no vestibular) encontra-se<<strong>br</strong> />
entre as mais disputadas, o que demonstra<<strong>br</strong> />
o enorme fascínio e atrativo desta<<strong>br</strong> />
profissão.<<strong>br</strong> />
Obviamente que as dificuldades expostas<<strong>br</strong> />
serão transpostas por todos os<<strong>br</strong> />
vocacionados e, no resultado final, ao<<strong>br</strong> />
atingir a diplomação, todos dirão que<<strong>br</strong> />
“valeu a pena”.<<strong>br</strong> />
Porque valeu a pena? Entre as atividades<<strong>br</strong> />
humanas, a medicina gera uma vontade<<strong>br</strong> />
imensa de restabelecer o estado de saúde<<strong>br</strong> />
do próximo, a qualquer custo. Para tanto,<<strong>br</strong> />
médicos transformam-se em pesquisadores,<<strong>br</strong> />
exercem treinamento contínuo<<strong>br</strong> />
em novas técnicas, incorporam os avanços<<strong>br</strong> />
da tecnologia, das ciências e das conquistas<<strong>br</strong> />
humanas em todos os setores para<<strong>br</strong> />
aplicar neste propósito.<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
Além disto, o mercado de trabalho oferece<<strong>br</strong> />
oportunidades na área administrativa,<<strong>br</strong> />
legislativa, docência, peritagem, cargos<<strong>br</strong> />
executivos, planejamento, industrial, enfim,<<strong>br</strong> />
atividades múltiplas e inumeráveis<<strong>br</strong> />
que, <strong>com</strong> a base de conhecimentos adquiridos<<strong>br</strong> />
por meio do estudo médico, habilita<<strong>br</strong> />
o profissional a atender necessidades<<strong>br</strong> />
essenciais da sociedade.<<strong>br</strong> />
Medicina, uma grande paixão.<<strong>br</strong> />
O médico angaria pelo seu trabalho respeito,<<strong>br</strong> />
admiração e consideração de toda<<strong>br</strong> />
a <strong>com</strong>unidade e consegue uma realização<<strong>br</strong> />
pessoal <strong>com</strong> o fruto de seu esforço e<<strong>br</strong> />
trabalho. Muitas vezes, o sucesso profissional<<strong>br</strong> />
não redunda em sucesso econômico,<<strong>br</strong> />
em especial nos dias de hoje quando<<strong>br</strong> />
o próprio Conselho Federal de Medicina<<strong>br</strong> />
condena práticas de entidades exploradoras<<strong>br</strong> />
do trabalho médico.<<strong>br</strong> />
Ao lado de um ser humano atormentado<<strong>br</strong> />
pela dor e necessitando de uma chama de<<strong>br</strong> />
esperança, do sofrimento e do desamparo,<<strong>br</strong> />
na busca do restabelecimento da saúde,<<strong>br</strong> />
sempre haverá um médico cumprindo<<strong>br</strong> />
seu juramento hipocrático.<<strong>br</strong> />
“Sedare dolorem opus divinum est”.<<strong>br</strong> />
“Sedar a dor é o<strong>br</strong>a divina”<<strong>br</strong> />
Sou um grande entusiasta da medicina.<<strong>br</strong> />
O exercício contínuo, ao longo de 37<<strong>br</strong> />
anos de profissão, me possibilitou vi-<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
venciar momentos de grandes emoções,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>partilhar dores e alegrias, orientar,<<strong>br</strong> />
aprender, escutar e viver intensamente.<<strong>br</strong> />
Tive a felicidade e a oportunidade de<<strong>br</strong> />
a<strong>com</strong>panhar as imensas mudanças no<<strong>br</strong> />
atendimento médico. Ao a<strong>br</strong>açar a ginecologia<<strong>br</strong> />
e a obstetrícia, <strong>com</strong>o área médica<<strong>br</strong> />
de atuaçao, a<strong>com</strong>panhei o desenvolvimento<<strong>br</strong> />
da anestesia segura na cirurgia<<strong>br</strong> />
e na maternidade, o milagre de recuperar<<strong>br</strong> />
nascidos prematuros sem mesmo<<strong>br</strong> />
atingirem o peso de 1 Kg, a cirurgia minimamente<<strong>br</strong> />
invasiva realizada por instrumentos<<strong>br</strong> />
de videocirurgia, laser, novas<<strong>br</strong> />
fontes de energia, irradiaçao, vacinas<<strong>br</strong> />
contra o aparecimento do câncer ginecológico<<strong>br</strong> />
e a reprodução assistida in vitro<<strong>br</strong> />
(bebê de proveta). Enfim, um encantamento<<strong>br</strong> />
atrás do outro que nos leva a<<strong>br</strong> />
imaginar até onde, <strong>com</strong> nossos recursos,<<strong>br</strong> />
escaparemos do envelhecimento e<<strong>br</strong> />
da degeneraçao ao longo de uma existência.<<strong>br</strong> />
Creio que por tudo isto, a medicina é<<strong>br</strong> />
denominada a última profissão romântica<<strong>br</strong> />
do mundo e tenho certeza de que assim<<strong>br</strong> />
permanecerá por muito tempo.<<strong>br</strong> />
Para os vocacionados tenho certeza que<<strong>br</strong> />
a realizaçao plena será atingida por esta<<strong>br</strong> />
missão que incorpora arte, ciência e humanismo.<<strong>br</strong> />
Dr. José Roberto Sotelo (CRM/SP 20.511)<<strong>br</strong> />
Médico Formado 1973 PUCSP<<strong>br</strong> />
Título Especialista em Ginecologia e Obstetrícia 127/1977; Federação<<strong>br</strong> />
Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia; Conselho<<strong>br</strong> />
Federal de Medicina; Médico do Corpo Clínico Acreditado e <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Educação Médica Continuada; Hospital Israelita Albert Einstein; Hospital<<strong>br</strong> />
e Maternidade São Luiz; Hospital Alemão Osvaldo Cruz<<strong>br</strong> />
Pro Matre Paulista; Hospital e Maternidade Santa Joana; Hospital e<<strong>br</strong> />
Maternidade São Camilo; Atividade em Congressos, Entidades de<<strong>br</strong> />
Classe, Didática, Clínica Particular; Subespecialidade Videocirurgia/<<strong>br</strong> />
Reprodução Humana Assistida
<strong>Conexão</strong> ECONOMIA & NEGÓCIOS<<strong>br</strong> />
Distribuição de<<strong>br</strong> />
renda, educação e<<strong>br</strong> />
desenvolvimento<<strong>br</strong> />
Marcelo Scarcelli<<strong>br</strong> />
A distribuição de renda, ou melhor, a má<<strong>br</strong> />
distribuição de renda, sempre foi tema das<<strong>br</strong> />
campanhas políticas e das discussões so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
as mazelas da sociedade <strong>br</strong>asileira.<<strong>br</strong> />
Ainda que essa distribuição tenha melhorado<<strong>br</strong> />
nos últimos anos, por conta da ascensão<<strong>br</strong> />
das classes C, D e E, ainda temos um<<strong>br</strong> />
verdadeiro abismo entre ricos e po<strong>br</strong>es.<<strong>br</strong> />
Porém, qual é a razão de tanta diferença?<<strong>br</strong> />
Existem inúmeras teorias que vão da<<strong>br</strong> />
concentração de poder e posses de geração<<strong>br</strong> />
para geração, até questões históricas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o o uso de mão de o<strong>br</strong>a escrava no<<strong>br</strong> />
lugar da mão de o<strong>br</strong>a imigrante. O fato é<<strong>br</strong> />
que o Brasil está muito mal colocado no<<strong>br</strong> />
ranking de concentração de renda medido<<strong>br</strong> />
pelo coeficiente Gini. Enquanto a Su-<<strong>br</strong> />
écia lidera o ranking de igualdade de renda,<<strong>br</strong> />
nós ocupamos a 124ª posição.<<strong>br</strong> />
Para melhor entender esse problema proponho<<strong>br</strong> />
o seguinte exercício lúdico: peguemos<<strong>br</strong> />
toda a riqueza do Brasil entre dinheiro<<strong>br</strong> />
vivo, poupanças, terras, imóveis,<<strong>br</strong> />
ouro, o<strong>br</strong>as de arte, pedras preciosas, enfim,<<strong>br</strong> />
toda a riqueza física, que possa mudar<<strong>br</strong> />
de dono. Uma vez feita essa arrecadação,<<strong>br</strong> />
imaginemos dividir tudo em valores<<strong>br</strong> />
iguais para todos <strong>br</strong>asileiros, ou seja, se o<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
“<<strong>br</strong> />
eduquemos<<strong>br</strong> />
as crianças para não<<strong>br</strong> />
punir os homens<<strong>br</strong> />
total de riqueza fosse muitos e muitos trilhões<<strong>br</strong> />
de reais, dividiríamos esses trilhões<<strong>br</strong> />
de forma igual para todos os milhões de<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiros. Esses por sua vez poderiam<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo<<strong>br</strong> />
”
fazer o que quisessem <strong>com</strong> seus respectivos patrimônios.<<strong>br</strong> />
Passados alguns anos, o que vocês acham que aconteceria?<<strong>br</strong> />
Estariam todos de volta a estaca zero? Os antigos ricos<<strong>br</strong> />
seriam mais ricos que a média e os antigos po<strong>br</strong>es<<strong>br</strong> />
mais po<strong>br</strong>es que a média obtida logo após a divisão?<<strong>br</strong> />
Se essa divisão fosse possível, até acredito que a miséria<<strong>br</strong> />
extrema seria reduzida, pois um nível mínimo seria<<strong>br</strong> />
alcançado por quem hoje não tem nada, mas em poucos<<strong>br</strong> />
anos a concentração voltaria a subir e os ricos estariam<<strong>br</strong> />
de novo mais ricos e os po<strong>br</strong>es, de novo mais po<strong>br</strong>e. Isso<<strong>br</strong> />
acontece, pois não basta dividir a riqueza. É necessário<<strong>br</strong> />
criar mecanismos de manutenção da renda e da riqueza.<<strong>br</strong> />
Essa é uma das grandes críticas, por exemplo, aos programas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o o Bolsa Família que distribui renda desa<strong>com</strong>panhado<<strong>br</strong> />
de políticas desenvolvimentistas. Claro que<<strong>br</strong> />
eles funcionam no curto prazo, transformando a população<<strong>br</strong> />
carente em consumidores que por sua vez movimentam<<strong>br</strong> />
a economia e passam a viver melhor. Porém, isso não<<strong>br</strong> />
é sustentável no longo prazo, assim <strong>com</strong>o não é sustentável<<strong>br</strong> />
no longo prazo o experimento proposto.<<strong>br</strong> />
Assim sendo, distribuição e manutenção de renda andam<<strong>br</strong> />
em paralelo. A manutenção é o que gera bem estar real<<strong>br</strong> />
para a população e virá do acesso à educação, à informação<<strong>br</strong> />
e à saúde. Uma população educada e bem formada<<strong>br</strong> />
pode tomar sua primeira oportunidade de renda, trabalhar,<<strong>br</strong> />
crescer e ir ano após ano se desenvolvendo para ganhar<<strong>br</strong> />
mais, manter renda e estar mais próximo das camadas<<strong>br</strong> />
mais ricas. Uma população <strong>com</strong> educação e <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
acesso a informação escolhe e vota melhor em seus representantes,<<strong>br</strong> />
fica sabendo dos escândalos por <strong>com</strong>pleto<<strong>br</strong> />
e, dessa forma, melhora a representação e a atuação<<strong>br</strong> />
do governo em prol de uma melhor situação. Uma população<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> educação, informação e <strong>com</strong> saúde produz<<strong>br</strong> />
mais, fica mais <strong>com</strong> sua família, se diverte mais e ao final<<strong>br</strong> />
é também mais criativa, Isso forma uma espiral positiva<<strong>br</strong> />
para o crescimento do país, que por sua vez empregará<<strong>br</strong> />
gente mais educada, mais informada, mais saudável<<strong>br</strong> />
e <strong>com</strong> mais igualdade. Para nosso futuro, bem vale a frase<<strong>br</strong> />
popular “eduquemos as crianças para não punir os homens”.<<strong>br</strong> />
O bem estar dos <strong>br</strong>asileiros e de qualquer nação<<strong>br</strong> />
passa pelas operações de somar esforços, subtrair desigualdade,<<strong>br</strong> />
dividir a cultura e multiplicar a oportunidade.<<strong>br</strong> />
Marcelo Scarcelli é administrador de empresas e mestre em economia<<strong>br</strong> />
pela FGV. Atua na indústria de bens de consumo e é professor de estratégia<<strong>br</strong> />
empresarial e gestão de cadeia de suprimentos. Contato: marcelo@marceloscarcelli.<strong>com</strong><<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
17
CAPA<<strong>br</strong> />
A arte-luta da cultura<<strong>br</strong> />
afro-<strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />
Raphael Galvano<<strong>br</strong> />
Há muito tempo existimos dentro de uma sociedade<<strong>br</strong> />
onde os <strong>com</strong>portamentos, em algum momento, geram<<strong>br</strong> />
um sentimento de sufocamento da liberdade, seja ela<<strong>br</strong> />
qual for: de ir e vir, de expressão, de ação ou qualquer<<strong>br</strong> />
outro tipo que seja reprimida. Nesse aspecto, existe no<<strong>br</strong> />
íntimo de todo indivíduo que se sente de alguma forma<<strong>br</strong> />
oprimido ou repreendido, a ânsia por readquirir a<<strong>br</strong> />
liberdade perdida. Essa ânsia acaba hora ou outra sendo<<strong>br</strong> />
transformada, do sentimento para o pensamento e<<strong>br</strong> />
do pensamento para a ação, ocorrendo assim as mais<<strong>br</strong> />
diversas manifestações, desde uma <strong>com</strong>posição a uma<<strong>br</strong> />
revolução.<<strong>br</strong> />
Nos idos de 1600, o tráfico negreiro estava oficialmente<<strong>br</strong> />
sendo realizado no Brasil e em crescente expansão.<<strong>br</strong> />
Com o lema da época, “mercadoria-dinheiro-mercadoria”,<<strong>br</strong> />
os negros escravos eram considerados uma mercadoria<<strong>br</strong> />
valiosa, já que eram muito mais fortes e mais<<strong>br</strong> />
resistentes para a realização do trabalho escravo do que<<strong>br</strong> />
os índios. Estes perdiam rapidamente sua vitalidade,<<strong>br</strong> />
força e saúde e não se “rendiam” à prática forçada do<<strong>br</strong> />
trabalho escravo. Os negros vinham de países da África,<<strong>br</strong> />
onde eram capturados e levados de sua terra natal<<strong>br</strong> />
à força, muitas vezes já sendo <strong>com</strong>ercializados por outros<<strong>br</strong> />
povos de sua própria terra natal.<<strong>br</strong> />
Chegavam (aqueles que so<strong>br</strong>eviviam às viagens nos<<strong>br</strong> />
porões dos navios negreiros) em um território desconhecido<<strong>br</strong> />
onde seus costumes, línguas e crenças não podiam<<strong>br</strong> />
ser expressos, pois muitas vezes misturavam-se<<strong>br</strong> />
as etnias para dificultar qualquer tipo de <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />
entre eles.<<strong>br</strong> />
Com o tempo e a convivência, os escravos misturaram<<strong>br</strong> />
seus costumes, crenças e dialetos, sendo os primórdios<<strong>br</strong> />
da cultura hoje conhecida <strong>com</strong>o afro-<strong>br</strong>asileira. A Capoeira,<<strong>br</strong> />
assim <strong>com</strong>o o samba e o candomblé, é uma dessas<<strong>br</strong> />
formas de expressões surgidas nessa época em que<<strong>br</strong> />
18<<strong>br</strong> />
o instinto de so<strong>br</strong>evivência superou a repressão sofrida<<strong>br</strong> />
pelos escravos.<<strong>br</strong> />
Mesmo após a assinatura da Lei Áurea, que oficializou<<strong>br</strong> />
a abolição da escravatura, os então “negros livres”,<<strong>br</strong> />
continuavam fora da sociedade existente no<<strong>br</strong> />
Brasil, sem condições para serem inseridos nela, vivendo<<strong>br</strong> />
assim à margem da sociedade, de onde surge<<strong>br</strong> />
então o termo “marginal”. Mesmo <strong>com</strong> todas as dificuldades<<strong>br</strong> />
existentes, a resistência cultural afro-<strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />
foi muito forte de modo a permanecer até hoje em<<strong>br</strong> />
dia nas mais diversas formas.<<strong>br</strong> />
A capoeira não tem uma só maneira de ser explicada ou<<strong>br</strong> />
realizada, por ser uma forma de expressão, arte e luta<<strong>br</strong> />
que se moldou em pontos diferentes do país <strong>com</strong>o Rio<<strong>br</strong> />
de Janeiro, Recife, Salvador, Quilombos, entre outros<<strong>br</strong> />
pontos no decorrer do tempo. Daí vê-se as formas mais<<strong>br</strong> />
conhecidas da capoeira que são Angola e Regional.<<strong>br</strong> />
A capoeira Angola é caracterizada por ter movimentos<<strong>br</strong> />
mais próximos ao solo, <strong>com</strong> um jogo mais cadenciado,<<strong>br</strong> />
onde o jogador costuma apresentar, nos movimentos,<<strong>br</strong> />
as possibilidades de acertar seu parceiro de jogo,<<strong>br</strong> />
ao invés de efetivamente realizá-lo. Encontra-se também<<strong>br</strong> />
em uma roda de capoeira Angola uma ritualização<<strong>br</strong> />
muito aparente, devido às raízes serem as mesmas<<strong>br</strong> />
das demais crenças e costumes. Uma das razões para<<strong>br</strong> />
este fato encontra-se na proibição da prática da capoeira,<<strong>br</strong> />
em todo território nacional, na época da República.<<strong>br</strong> />
Desta forma, os capoeiristas <strong>com</strong>eçaram a praticá-la<<strong>br</strong> />
em locais escondidos, inclusive em terreiros de umbanda<<strong>br</strong> />
e candomblé. O maior expoente da capoeira Angola<<strong>br</strong> />
foi Vicente Ferreira Pastinha, o Mestre Pastinha<<strong>br</strong> />
(5 de a<strong>br</strong>il de 1889 - 13 de <strong>novem<strong>br</strong>o</strong> de 1981).<<strong>br</strong> />
A capoeira Regional foi criada por Manoel dos<<strong>br</strong> />
Reis Machado, o Mestre Bimba (23 de <strong>novem<strong>br</strong>o</strong><<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
de 1900 - 13 de fevereiro de 1974). No<<strong>br</strong> />
ano de 1932, época em que a repressão<<strong>br</strong> />
à capoeira já não era tão intensa,<<strong>br</strong> />
Mestre Bimba fundou a Luta Regional<<strong>br</strong> />
Baiana. Como capoeirista, Mestre Bimba<<strong>br</strong> />
julgava que a capoeira apresentada<<strong>br</strong> />
naquela época, tinha perdido sua eficiência<<strong>br</strong> />
enquanto luta. Dessa maneira,<<strong>br</strong> />
modificou-a inserindo alguns golpes de<<strong>br</strong> />
outras artes-marciais, criando um sistema<<strong>br</strong> />
de ensino, retirando formas ritualizadas,<<strong>br</strong> />
apresentadas <strong>com</strong>umente em rodas<<strong>br</strong> />
de capoeira, modificou a formação<<strong>br</strong> />
dos instrumentos na roda (retirando o<<strong>br</strong> />
atabaque, instrumento utilizado no candomblé)<<strong>br</strong> />
e, principalmente, realizando<<strong>br</strong> />
tudo isso dentro de sua academia,<<strong>br</strong> />
o Centro de Cultura Física e Luta Re-<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
gional, fundada em 1937, quando a arte<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>eçou a ser praticada por indivíduos<<strong>br</strong> />
de outras classes sociais.<<strong>br</strong> />
Uma das principais diferenças da capoeira<<strong>br</strong> />
para outras lutas conhecidas é que ela é<<strong>br</strong> />
sempre a<strong>com</strong>panhada de música, sendo o<<strong>br</strong> />
berimbau o regente da roda de capoeira,<<strong>br</strong> />
seja ela qual estilo for.<<strong>br</strong> />
Por essa manifestação cultural ter surgido<<strong>br</strong> />
aqui no Brasil e tomado forma diante<<strong>br</strong> />
de diversos fatos históricos, no dia 15 de<<strong>br</strong> />
julho de 2008 ela tornou-se reconhecida<<strong>br</strong> />
e registrada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio<<strong>br</strong> />
Histórico e Artístico Nacional)<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.<<strong>br</strong> />
19<<strong>br</strong> />
Por todo seu histórico de formação, através<<strong>br</strong> />
das vivências e experiências de uma<<strong>br</strong> />
classe marginalizada, a capoeira tornou-se<<strong>br</strong> />
forte e símbolo da resistência cultural, de<<strong>br</strong> />
ideais e conquistas de um povo. Hoje, existem<<strong>br</strong> />
diversos tipos de capoeira, mas o que<<strong>br</strong> />
se percebe em todas é que ninguém realiza<<strong>br</strong> />
nada sozinho. Cada um depende de outros<<strong>br</strong> />
capoeiristas para praticar sua arte dentro<<strong>br</strong> />
da roda de capoeira; o indivíduo aprende<<strong>br</strong> />
e leva pra sua vida. A consciência adquirida<<strong>br</strong> />
através das experiências vividas dentro<<strong>br</strong> />
e fora da roda de capoeira, torna o indivíduo<<strong>br</strong> />
um verdadeiro capoeirista.<<strong>br</strong> />
Formado Macaco (Raphael Galvano)<<strong>br</strong> />
Grupo de Capoeira Equilí<strong>br</strong>io; Educador Físico e Coordenador<<strong>br</strong> />
do Centro Cultural Casa de Barro
<strong>Conexão</strong> MODA<<strong>br</strong> />
Tendências Primavera-Verão<<strong>br</strong> />
Vamos <strong>com</strong>eçar falando so<strong>br</strong>e as principais tendências<<strong>br</strong> />
que vão fazer a cabeça das mulheres nessa primavera-verão.<<strong>br</strong> />
Os anos 70 foram revisitados e <strong>com</strong> ele vemos a volta<<strong>br</strong> />
de <strong>com</strong>primentos longos. Saias longas estão sendo<<strong>br</strong> />
muito usadas, desde o inverno, e continuarão <strong>com</strong> tudo<<strong>br</strong> />
nesse verão!<<strong>br</strong> />
Os vestidos longos, em tecidos e modelagens variados<<strong>br</strong> />
também vieram pra ficar. Uma dica, pra quem acha<<strong>br</strong> />
que tem pouca estatura e não pode usar <strong>com</strong>primentos<<strong>br</strong> />
longos: use <strong>com</strong> saltos Anabela, as sandálias tipo espadrilhe<<strong>br</strong> />
(<strong>com</strong> solado de sisal) estão em alta. Apenas<<strong>br</strong> />
tome cuidado para que a saia ou o vestido tenham um<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>primento que esconda o sapato, assim ninguém<<strong>br</strong> />
saberá que você está usando um truquezinho para parecer<<strong>br</strong> />
mais alta!<<strong>br</strong> />
Ainda nessa vibe dos anos 70, podemos ver a volta<<strong>br</strong> />
do tropicalismo, traduzido em estampas: folhagens,<<strong>br</strong> />
frutinhas, animais, <strong>com</strong>o tucanos e papagaios,<<strong>br</strong> />
e muitas flores grandes.<<strong>br</strong> />
Saindo dos anos 70, entraremos em outra<<strong>br</strong> />
tendência importante para o verão que<<strong>br</strong> />
é o romantismo. Esse romantismo acontece<<strong>br</strong> />
em estampas, principalmente nos motivos<<strong>br</strong> />
florais que já estão bombando nas<<strong>br</strong> />
vitrines. Saias, blusas, vestidos, macacões<<strong>br</strong> />
e calças <strong>com</strong> estampa de flores<<strong>br</strong> />
miudinhas.<<strong>br</strong> />
A renda é outro elemento romântico que já estamos<<strong>br</strong> />
vendo também nas lojas que lançaram suas coleções<<strong>br</strong> />
primavera-verão. Podemos ter vestidos todinhos em<<strong>br</strong> />
renda, bem <strong>com</strong>o blusas e camisas. Mas, também encontramos<<strong>br</strong> />
a renda pontuando detalhes nas roupas.<<strong>br</strong> />
Hora em um barrado, hora em um decote ou mesmo<<strong>br</strong> />
sendo usada nas costas de blusas e vestidos.<<strong>br</strong> />
Falando em tecidos: a seda promete bombar. É um tecido<<strong>br</strong> />
no<strong>br</strong>e, elegante e muito fresquinho. Regatinhas<<strong>br</strong> />
despretensiosas, saias curtas, camisas e até camisetas<<strong>br</strong> />
estão sendo confeccionadas em seda e em cetim.<<strong>br</strong> />
As transparências também vieram pra ficar em tecidos<<strong>br</strong> />
fininhos <strong>com</strong>o voil, chiffon, organza etc.<<strong>br</strong> />
Outro tecido que aparece muito forte é a<<strong>br</strong> />
Laise. Aquele algodão furadinho, ultrarromântico,<<strong>br</strong> />
está sendo muito usado em todas<<strong>br</strong> />
as peças de roupa, desde shorts a vestidos<<strong>br</strong> />
e bolerinhos. As cores podem<<strong>br</strong> />
ser bem fortes, não somente no<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>anco!<<strong>br</strong> />
E por falar em cores, elas são as<<strong>br</strong> />
grandes vedetes da estação. Esqueça<<strong>br</strong> />
os tons pastel do verão<<strong>br</strong> />
passado. A onda agora é o Co-<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
lor Block. As cores fortes e vi<strong>br</strong>antes, <strong>com</strong>o cores de<<strong>br</strong> />
pedras preciosas, estão <strong>com</strong> tudo.<<strong>br</strong> />
Esse bloco de cores pode ser feito <strong>com</strong> qualquer peça<<strong>br</strong> />
de roupa. Shorts azul <strong>com</strong> blusa pink, saia amarela<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> regata roxa e por aí vai.<<strong>br</strong> />
Falando de acessórios, eles também entram na onda<<strong>br</strong> />
das cores fortes. Bolsas e sapatos em tons vi<strong>br</strong>antes<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o o pink, verde bandeira, azul bic, laranjão, coral,<<strong>br</strong> />
violeta etc. Aliás, essas cores vi<strong>br</strong>antes são as apostas<<strong>br</strong> />
em termos de cores para o verão.<<strong>br</strong> />
O sapato mais usado nesse verão será a espadrilhe,<<strong>br</strong> />
que é aquela Anabela <strong>com</strong> salto de corda ou sisal. Esse<<strong>br</strong> />
sapato também aparece sem salto, aí se torna uma<<strong>br</strong> />
alpargata (lem<strong>br</strong>am?). Por ser feito em tecido, teremos<<strong>br</strong> />
elementos <strong>com</strong>o estampas, principalmente o motivo<<strong>br</strong> />
floral e xadrez.<<strong>br</strong> />
O laranja está muito forte, bem <strong>com</strong>o o amarelo, pink<<strong>br</strong> />
e o azul bic. Portanto, invistam em cores fortes e arrasem<<strong>br</strong> />
nesse verão!<<strong>br</strong> />
Andrea Muniz<<strong>br</strong> />
Personal Stylist, Estilista e Professora de Moda.<<strong>br</strong> />
<strong>www</strong>.andreamconsultoriadeimagem.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Telefone: 7550 4962<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
<strong>Conexão</strong> TECNOLOGIA<<strong>br</strong> />
Segurança da Informação<<strong>br</strong> />
O planeta está cada vez mais interligado pela web,<<strong>br</strong> />
ou Internet. Pode-se fazer praticamente tudo pela rede,<<strong>br</strong> />
desde operações bancárias até <strong>com</strong>pras <strong>com</strong> cartão<<strong>br</strong> />
de crédito, porém esta facilidade gerou um problema:<<strong>br</strong> />
o vazamento de informações.<<strong>br</strong> />
As operadoras de cartões de pagamento,<<strong>br</strong> />
por exemplo, se uniram e criaram um<<strong>br</strong> />
guia <strong>com</strong> padrões de segurança. Todos<<strong>br</strong> />
que aceitam pagamentos via cartão, que<<strong>br</strong> />
armazenam os dados do portador, têm<<strong>br</strong> />
que seguir esse guia para poder transacionar,<<strong>br</strong> />
explica Leonardo Buonsanti,<<strong>br</strong> />
administrador de segurança da informação<<strong>br</strong> />
do Uol.<<strong>br</strong> />
Leonardo é voluntário da OWASP – Open Web Application<<strong>br</strong> />
Security Project (Projeto Aberto para segurança<<strong>br</strong> />
em aplicações web), <strong>com</strong>o líder do Capítulo<<strong>br</strong> />
da cidade de São Paulo. A Fundação, estabelecida<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o organização sem fins lucrativos nos EUA em<<strong>br</strong> />
A<strong>br</strong>il de 2004, está presente em 87 países em todos<<strong>br</strong> />
os continentes. É uma <strong>com</strong>unidade aberta dedicada<<strong>br</strong> />
a capacitar as organizações para conceber, desenvolver,<<strong>br</strong> />
adquirir, operar e manter aplicações que podem<<strong>br</strong> />
ser confiáveis. Todas as ferramentas OWASP, documentos,<<strong>br</strong> />
fóruns, e os capítulos são gratuitos e abertos<<strong>br</strong> />
a qualquer pessoa interessada em melhorar a segurança<<strong>br</strong> />
de aplicativos.<<strong>br</strong> />
A OWASP não é afiliada a qualquer empresa de tecnologia<<strong>br</strong> />
e produz diversos tipos de materiais de forma<<strong>br</strong> />
colaborativa. O projeto so<strong>br</strong>evive de doações de<<strong>br</strong> />
empresas participantes, da realização de eventos,<<strong>br</strong> />
da inscrição de mem<strong>br</strong>os e de patrocinadores <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
Amazon, Google, Microsoft, Adobe e outros que têm<<strong>br</strong> />
interesse na segurança da informação.<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
Segurança da Informação a<strong>br</strong>ange todas as práticas,<<strong>br</strong> />
mecanismos e sistemas voltados a proteger a confidencialidade,<<strong>br</strong> />
integridade e disponibilidade de<<strong>br</strong> />
dados. Juntos, esses três pilares são os valores principais<<strong>br</strong> />
da segurança da informação. Confidencialidade<<strong>br</strong> />
quer dizer que apenas<<strong>br</strong> />
o proprietário pode acessar a informação.<<strong>br</strong> />
Disponibilidade significa que a<<strong>br</strong> />
informação tem que estar disponível independente<<strong>br</strong> />
de qualquer coisa; e a integridade,<<strong>br</strong> />
que visa o quanto a informação<<strong>br</strong> />
é legítima.<<strong>br</strong> />
Para o leigo, podemos explicar que o<<strong>br</strong> />
OWASP gera tutoriais para testar aplicativos<<strong>br</strong> />
que já existem. Por exemplo, você tem um documento<<strong>br</strong> />
e quer testar essa aplicação web, você cria um<<strong>br</strong> />
cenário, realiza testes, procura entender seu <strong>com</strong>portamento,<<strong>br</strong> />
envia e intercepta respostas em forma de códigos<<strong>br</strong> />
e, <strong>com</strong> isso, desco<strong>br</strong>e se existe alguma vulnerabilidade.<<strong>br</strong> />
Dentro do OWASP, os grupos de trabalho são chamados<<strong>br</strong> />
de capítulos e podem ser criados em qualquer lugar.<<strong>br</strong> />
Se uma pessoa ou profissional da área quer criar<<strong>br</strong> />
um capítulo na cidade em que vive, entra em contato<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> a sede, pelo site, expõe suas necessidades e suas<<strong>br</strong> />
idéias e seu projeto será avaliado.<<strong>br</strong> />
Até 2010, para a OWASP, o Brasil era um único capítulo;<<strong>br</strong> />
a partir daí, os líderes decidiram criar capítulos<<strong>br</strong> />
por estado. “Aqui em São Paulo o capítulo ainda está<<strong>br</strong> />
se estruturando; sou líder há pouco mais de um mês e<<strong>br</strong> />
meio, portanto, ainda muito recente, mas, mesmo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
o pouco tempo disponível que tenho, fora do meu horário<<strong>br</strong> />
normal de trabalho, já tenho um evento agenda-<<strong>br</strong> />
21<<strong>br</strong> />
do <strong>com</strong> uma grande faculdade, <strong>com</strong> apoio de patrocinadores<<strong>br</strong> />
e inscrição de participantes. Em pouco tempo<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o líder, é uma vitória.”, afirma Leonardo.<<strong>br</strong> />
A única o<strong>br</strong>igação do líder é realizar reuniões mensais<<strong>br</strong> />
em que discutimos tópicos so<strong>br</strong>e os eventos, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
angariar mais patrocinadores e mem<strong>br</strong>os e o que vemos<<strong>br</strong> />
aqui no cenário paulista, se existe algum problema.<<strong>br</strong> />
Por exemplo, uma empresa foi invadida, oferecemos<<strong>br</strong> />
um evento de segurança, buscamos patrocínio e a<<strong>br</strong> />
empresa cuida apenas da divulgação. Esse tipo de atuação<<strong>br</strong> />
é uma estratégia minha; não significa que outros<<strong>br</strong> />
capítulos tenham a o<strong>br</strong>igação de fazer o mesmo, e, assim,<<strong>br</strong> />
promovemos a segurança de aplicações.<<strong>br</strong> />
O projeto é direcionado para empresas da área, aos<<strong>br</strong> />
profissionais que trabalham <strong>com</strong> aplicações web, mas<<strong>br</strong> />
ao mesmo tempo, favorece o cidadão <strong>com</strong>um em termos<<strong>br</strong> />
de segurança e, sem que ele pague por isso.<<strong>br</strong> />
Você vai me perguntar: já que o acesso é livre, quem<<strong>br</strong> />
quiser utilizar os documentos para ‘o mal’ também tem<<strong>br</strong> />
acesso. Sim, mas aí esperamos que quem seja o alvo<<strong>br</strong> />
desses ataques já conheça o OWASP e seus projetos e<<strong>br</strong> />
esteja protegido de acordo.<<strong>br</strong> />
Leonardo Francisco Buonsanti de Andrade é Administrador<<strong>br</strong> />
de Segurança da Informação do UOL, Bacharel<<strong>br</strong> />
em Administração de Empresas pela FIAP, voluntário<<strong>br</strong> />
do OWASP <strong>com</strong>o líder do Capítulo da Cidade de<<strong>br</strong> />
São Paulo.<<strong>br</strong> />
OWASP - Projeto Aberto de Segurança em Aplicações<<strong>br</strong> />
Web <strong>www</strong>.owasp.org<<strong>br</strong> />
Página do Capítulo São Paulo<<strong>br</strong> />
https://<strong>www</strong>.owasp.org/index.php/Sao_Paulo
<strong>Conexão</strong> COMPORTAMENTO<<strong>br</strong> />
Ainda há tempo<<strong>br</strong> />
A situação do idoso no <strong>br</strong>asil<<strong>br</strong> />
Braz Cardillo<<strong>br</strong> />
Independente da idade que temos, devemos<<strong>br</strong> />
lem<strong>br</strong>ar que em 20 anos, teremos<<strong>br</strong> />
no Brasil, cerca de 30 milhões de pessoas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> mais de 60 anos, ou seja, 13% da<<strong>br</strong> />
população. Como a sociedade e o Poder<<strong>br</strong> />
Público (Saúde, Previdência e Assistência<<strong>br</strong> />
Social) não estão preparados para esse<<strong>br</strong> />
crescimento, a velhice se tornou uma<<strong>br</strong> />
séria questão social por estar relacionada<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> aposentadoria, crise de identidade,<<strong>br</strong> />
mudança de papéis, perdas diversas e diminuição<<strong>br</strong> />
de vida social. Além disso, pesquisas<<strong>br</strong> />
realizadas na Grande São Paulo revelaram<<strong>br</strong> />
que quase 90% dos entrevistados<<strong>br</strong> />
apresentavam alguma doença crônica e<<strong>br</strong> />
32% eram dependentes nas tarefas diárias.<<strong>br</strong> />
Por isso, deduzimos que o envelhecimento<<strong>br</strong> />
saudável exige um amplo estudo dos fatores<<strong>br</strong> />
que interferem nesse processo.<<strong>br</strong> />
Antigamente, o idoso representava sabedoria,<<strong>br</strong> />
experiência e capacidade de aconselhamento,<<strong>br</strong> />
porém, na cultura materialista<<strong>br</strong> />
atual, quem não produz riqueza tende a<<strong>br</strong> />
perder o seu valor. Em função disso, parte<<strong>br</strong> />
da sociedade <strong>br</strong>asileira visualiza o idoso<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o uma pessoa obsoleta, inútil e in<strong>com</strong>petente,<<strong>br</strong> />
não merecendo o respeito<<strong>br</strong> />
devido aos antepassados. Por promover a<<strong>br</strong> />
exclusão dos idosos, os mais novos contribuem<<strong>br</strong> />
para um processo de envelhecimento<<strong>br</strong> />
sem qualidade de vida.<<strong>br</strong> />
22<<strong>br</strong> />
Fruto dessa cultura, a família moderna<<strong>br</strong> />
representa o fator mais importante na má<<strong>br</strong> />
condição de vida do idoso. Ao envelhecer,<<strong>br</strong> />
a maioria dos pais perde a posição de<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ando e decisão que exercia em casa<<strong>br</strong> />
e a relação <strong>com</strong> os filhos tem seus papéis<<strong>br</strong> />
invertidos, o que os torna dependentes.<<strong>br</strong> />
Somado a isto, o ritmo quase frenético<<strong>br</strong> />
dos tempos atuais leva muitos filhos a,<<strong>br</strong> />
simplesmente, não acharem tempo para<<strong>br</strong> />
manifestar gratidão por tudo que os pais<<strong>br</strong> />
representam. Esquecendo que também<<strong>br</strong> />
envelhecerão, por intolerância ou desamor,<<strong>br</strong> />
criticam “os velhos” culpando-os<<strong>br</strong> />
pelas deficiências naturais da idade. Alguns<<strong>br</strong> />
os colocam nos chamados “a<strong>br</strong>igos<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
para idosos”, gerando o pior sentimento<<strong>br</strong> />
de carência e exclusão. As tensões geradas<<strong>br</strong> />
por essas atitudes apressam o envelhecimento<<strong>br</strong> />
em condições doentias, pois<<strong>br</strong> />
o idoso não aceita ser abandonado pela<<strong>br</strong> />
família.<<strong>br</strong> />
A aposentadoria é outro fator importante.<<strong>br</strong> />
Estudos revelam que a perda de “status”<<strong>br</strong> />
e dos papéis que representava; a ausência<<strong>br</strong> />
de <strong>com</strong>petitividade e a ociosidade repentina<<strong>br</strong> />
reduzem a autoestima e a percepção<<strong>br</strong> />
de utilidade social, podendo provocar<<strong>br</strong> />
a despersonalização do indivíduo. O fator<<strong>br</strong> />
econômico também é um agravante uma<<strong>br</strong> />
vez que a maioria dos aposentados recebe<<strong>br</strong> />
um “benefício” insuficiente, tornando<<strong>br</strong> />
quase impossível a realização dos seus<<strong>br</strong> />
objetivos, da manutenção da saúde e de<<strong>br</strong> />
momentos de lazer. É por isso que muitos<<strong>br</strong> />
buscam algum trabalho para <strong>com</strong>plementar<<strong>br</strong> />
a sua renda.<<strong>br</strong> />
Alem dos fatores externos, a própria pessoa<<strong>br</strong> />
também contribui para o agravamento<<strong>br</strong> />
da situação, quando se recusa a assumir<<strong>br</strong> />
o envelhecimento <strong>com</strong>o um fato natural<<strong>br</strong> />
que exige aceitação, preparo, planejamento<<strong>br</strong> />
e visão ampla. A “síndrome do pijama”<<strong>br</strong> />
(perda da farda) e a “síndrome do<<strong>br</strong> />
ninho vazio” (debandada dos filhos) demonstram<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> clareza esse despreparo.<<strong>br</strong> />
Basta observarmos alguns locais públicos<<strong>br</strong> />
para constatarmos a ociosidade e a falta<<strong>br</strong> />
de sentido de vida de alguns idosos. Parece<<strong>br</strong> />
que estão em contagem regressiva se<<strong>br</strong> />
preparando para a morte.<<strong>br</strong> />
Outro fator relevante é a falta de consciência<<strong>br</strong> />
em relação aos cuidados <strong>com</strong> a saúde<<strong>br</strong> />
física e mental. Por se sentirem excluídos,<<strong>br</strong> />
muitos idosos assumem o papel de<<strong>br</strong> />
“vitimas”, culpando os outros e o mundo<<strong>br</strong> />
pela sua situação. Nas relações interpessoais<<strong>br</strong> />
demonstram frustração, amargura,<<strong>br</strong> />
pessimismo, rabugice e um mau humor,<<strong>br</strong> />
muitas vezes insuportável. No estágio da<<strong>br</strong> />
vida em que poderiam investir no desenvolvimento<<strong>br</strong> />
de sua espiritualidade e no altruísmo,<<strong>br</strong> />
assumem posturas individualis-<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
tas e radicais, preferindo o isolamento ou<<strong>br</strong> />
exibindo <strong>com</strong>portamentos in<strong>com</strong>patíveis<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> sua idade. Agindo assim, o idoso gera<<strong>br</strong> />
conflitos que ampliam de forma dramática<<strong>br</strong> />
e progressiva a falta de qualidade de<<strong>br</strong> />
vida, acarretando transtornos que podem<<strong>br</strong> />
provocar doenças crônicas, sofrimentos e<<strong>br</strong> />
incapacidade para desco<strong>br</strong>ir novos sentidos<<strong>br</strong> />
para a sua existência.<<strong>br</strong> />
Buscando Soluções<<strong>br</strong> />
A sociedade pode promover a inclusão social<<strong>br</strong> />
dos idosos, não confundindo produtividade<<strong>br</strong> />
econômica <strong>com</strong> utilidade social.<<strong>br</strong> />
Sabemos que, independente de remuneração,<<strong>br</strong> />
eles possuem excelente experiência<<strong>br</strong> />
e um grande potencial para trabalhos<<strong>br</strong> />
voluntários. É por isso que muitos povos<<strong>br</strong> />
demonstram orgulho de sua história, reverenciando<<strong>br</strong> />
seus heróis e antepassados.<<strong>br</strong> />
Alguns países até criaram mecanismos,<<strong>br</strong> />
inclusive tributários, incentivando a filantropia<<strong>br</strong> />
e o voluntariado através das <strong>com</strong>unidades<<strong>br</strong> />
religiosas e das Fundações. Pesquisas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>provam que a atividade em<<strong>br</strong> />
grupo é uma excelente forma de manter<<strong>br</strong> />
o idoso integrado socialmente, uma vez<<strong>br</strong> />
que, a relação <strong>com</strong> outras pessoas proporciona<<strong>br</strong> />
uma melhor qualidade de vida,<<strong>br</strong> />
promovendo valorização e trocas diversas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o afeto, sentimentos, experiências,<<strong>br</strong> />
conhecimentos, ideias, dúvidas, reconhecimento<<strong>br</strong> />
e diversas outras, estimulando o<<strong>br</strong> />
pensar, o fazer, o doar e o aprender.<<strong>br</strong> />
Como o verdadeiro reconhecimento social<<strong>br</strong> />
resulta da utilidade, da raridade e da<<strong>br</strong> />
oportunidade, quem ajuda a <strong>com</strong>unidade<<strong>br</strong> />
é uma pessoa diferenciada e está disponível<<strong>br</strong> />
para o outro, será sempre reconhecida<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o alguém de grande valor. Este parece<<strong>br</strong> />
ser um dos segredos de uma vida longa<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> saúde e dignidade.<<strong>br</strong> />
As famílias podem contribuir para a melhora<<strong>br</strong> />
do equilí<strong>br</strong>io emocional do idoso,<<strong>br</strong> />
mudando sua cultura. Famílias que valorizam<<strong>br</strong> />
o grupo e a <strong>com</strong>unidade reservam<<strong>br</strong> />
algumas funções para os pais, respeitando<<strong>br</strong> />
as diferenças e características individuais.<<strong>br</strong> />
23<<strong>br</strong> />
Não é por acaso que as pessoas espiritualizadas<<strong>br</strong> />
e altruístas possuem maior facilidade<<strong>br</strong> />
para atribuir novos significados para<<strong>br</strong> />
suas vidas, independente da condição financeira,<<strong>br</strong> />
familiar ou social. Quando sente<<strong>br</strong> />
que é valorizada, o indivíduo experimenta<<strong>br</strong> />
uma redução significativa dos sintomas<<strong>br</strong> />
negativos anteriormente descritos.<<strong>br</strong> />
Em relação à aposentadoria sabemos que,<<strong>br</strong> />
em nosso país, o idoso não possui mecanismos<<strong>br</strong> />
para pressionar o poder público<<strong>br</strong> />
em seu benefício. Não obstante isto ele<<strong>br</strong> />
pode influenciar parentes e amigos objetivando<<strong>br</strong> />
ampliar a sua representação política,<<strong>br</strong> />
tornando-se capaz de promover melhorias<<strong>br</strong> />
na Seguridade, até <strong>com</strong>o justiça<<strong>br</strong> />
social e re<strong>com</strong>pensa pela sua contribuição<<strong>br</strong> />
para o desenvolvimento do país.<<strong>br</strong> />
Quanto à saúde, o idoso precisa assumir<<strong>br</strong> />
seu histórico de vida, manias, teimosias e<<strong>br</strong> />
os limites que o tempo lhe impõem. Também<<strong>br</strong> />
precisa realizar atividades que preservem<<strong>br</strong> />
a saúde e evitem a doença, mesmo<<strong>br</strong> />
que isto contrarie os desejos de amigos e<<strong>br</strong> />
familiares.<<strong>br</strong> />
Concluímos, portanto, que a melhoria da<<strong>br</strong> />
Situação do Idoso no Brasil passa o<strong>br</strong>igatoriamente<<strong>br</strong> />
por um processo que integre,<<strong>br</strong> />
além da própria pessoa (independente da<<strong>br</strong> />
idade), os diferentes agentes geradores<<strong>br</strong> />
dessa situação, fazendo cumprir o descrito<<strong>br</strong> />
no Estatuto do Idoso de 01 de outu<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />
de 2003:<<strong>br</strong> />
“Art. 3.º É o<strong>br</strong>igação da família, da <strong>com</strong>unidade,<<strong>br</strong> />
da sociedade e do Poder Público assegurar<<strong>br</strong> />
ao idoso, <strong>com</strong> absoluta prioridade,<<strong>br</strong> />
a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação,<<strong>br</strong> />
à educação, à cultura, ao esporte,<<strong>br</strong> />
ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade,<<strong>br</strong> />
à dignidade, ao respeito e à convivência<<strong>br</strong> />
familiar e <strong>com</strong>unitária.”<<strong>br</strong> />
Braz Cardillo<<strong>br</strong> />
é Psicólogo Clínico e Consultor
<strong>Conexão</strong> JURÍDICA<<strong>br</strong> />
Bullyng<<strong>br</strong> />
Vanda Amorim<<strong>br</strong> />
Bullying é caracterizado por agressões<<strong>br</strong> />
verbais ou físicas, desferidas intencionalmente<<strong>br</strong> />
de maneira repetitiva, por colegas<<strong>br</strong> />
contra colegas, causando dor, sofrimento<<strong>br</strong> />
e angustia, e são normalmente executadas<<strong>br</strong> />
dentro de uma relação desigual de poder.<<strong>br</strong> />
O termo bullying tem origem na palavra<<strong>br</strong> />
inglesa bully, que em sua tradução significa<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>igão, valentão e audacioso. Ainda<<strong>br</strong> />
que não haja uma denominação exata em<<strong>br</strong> />
português, entendemos este fenômeno<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o ameaça, abuso, aviltamento, humilhação<<strong>br</strong> />
e maltrato contra crianças e adolescentes.<<strong>br</strong> />
Estes jovens quando expostos a situações<<strong>br</strong> />
humilhantes, de cujo racista, difamatório<<strong>br</strong> />
ou separatista, podem sofrer sérios problemas<<strong>br</strong> />
emocionais, <strong>com</strong>o o isolamento e<<strong>br</strong> />
queda do rendimento escolar. Além disso,<<strong>br</strong> />
podem desencadear doenças psicossomáticas<<strong>br</strong> />
e traumáticas, capazes de influenciar<<strong>br</strong> />
em razão de nome ridículo<<strong>br</strong> />
na personalidade ainda em formação. Em<<strong>br</strong> />
casos excepcionais, o bullying pode afetar<<strong>br</strong> />
o estado emocional do jovem de forma<<strong>br</strong> />
tão avassaladora, levando-o até mesmo<<strong>br</strong> />
ao suicídio.<<strong>br</strong> />
Assim, em época de bullying, ter nome<<strong>br</strong> />
ridículo pode ser mais um motivo para os<<strong>br</strong> />
jovens serem ridicularizados por colegas.<<strong>br</strong> />
O bom senso deve nortear a escolha do<<strong>br</strong> />
nome da criança, cabendo, primordialmente,<<strong>br</strong> />
aos pais seu emprego, paralelamente<<strong>br</strong> />
às poucas regras de caráter objetivo<<strong>br</strong> />
que podem ser formuladas a partir<<strong>br</strong> />
das experiências vivenciadas. Em termos<<strong>br</strong> />
concretos, algumas regras extraídas do<<strong>br</strong> />
bom-senso e da equidade são indispensáveis<<strong>br</strong> />
na boa formação dos nomes, evitando-se<<strong>br</strong> />
situações delicadas e vexatórias.<<strong>br</strong> />
No Brasil, o “Direito ao Nome” foi inserido<<strong>br</strong> />
no Código Civil de 2002 <strong>com</strong>o direi-<<strong>br</strong> />
24<<strong>br</strong> />
to da personalidade e, pelo princípio da<<strong>br</strong> />
dignidade da pessoa humana, é alcançado<<strong>br</strong> />
à categoria de direito fundamental. Hoje<<strong>br</strong> />
a lei possibilita, através de um processo<<strong>br</strong> />
judicial, a alteração de nomes que expõem<<strong>br</strong> />
a pessoa ao ridículo e ao desgosto.<<strong>br</strong> />
A grande relevância do nome na vida da<<strong>br</strong> />
pessoa demanda muita atenção no momento<<strong>br</strong> />
de sua escolha. Por isso, os pais<<strong>br</strong> />
precisam estar atentos para o fato de que<<strong>br</strong> />
um nome mal formulado, por ignorância<<strong>br</strong> />
ou irresponsabilidade, poderá desencadear<<strong>br</strong> />
sérios problemas emocionais e constrangimentos<<strong>br</strong> />
ao filho, para sempre e até<<strong>br</strong> />
mesmo após a sua morte.<<strong>br</strong> />
Vanda Amorim<<strong>br</strong> />
Advogada e co-autora do livro Direito ao Nome da<<strong>br</strong> />
Pessoa Física – Ed. Elsevier<<strong>br</strong> />
<strong>www</strong>.vandaamorim@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
25
<strong>Conexão</strong> ARTESANATO<<strong>br</strong> />
Marcelo Darghan<<strong>br</strong> />
<strong>www</strong>.marceloartesanato.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Natal chegando!<<strong>br</strong> />
Hora de <strong>com</strong>eçar a se preparar<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
26<<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
5<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo<<strong>br</strong> />
6
Com a proximidade do Natal e o tempo correndo cada vez mais<<strong>br</strong> />
rápido, é bom <strong>com</strong>eçar a se preparar e deixar tudo pronto para a<<strong>br</strong> />
data mais bonita do ano.<<strong>br</strong> />
A seguir algumas sugestões que podem lhe ajudar a decorar a casa<<strong>br</strong> />
e até ganhar algum dinheiro.<<strong>br</strong> />
1 - Pegue aquele enfeite antigo e dê uma reciclada.<<strong>br</strong> />
Limpe a peça e se for o caso recorte e faça ponto caseado em volta<<strong>br</strong> />
da imagem principal, aqui no caso, do papai noel.<<strong>br</strong> />
Com uma guirlanda de cipó (pode ser de festão, musgo ou<<strong>br</strong> />
gravetos), enrole uma fita natalina e cole o enfeite.<<strong>br</strong> />
Cole também bolinhas vermelhas, você terá uma guirlanda para a<<strong>br</strong> />
porta de sua casa.<<strong>br</strong> />
2 - Com papel crepon e cartolina faça embalagens<<strong>br</strong> />
criativas e coloridas.<<strong>br</strong> />
Use cola quente para fazer os saquinhos de papel crepon e para<<strong>br</strong> />
colar os enfeites so<strong>br</strong>e o crepon.<<strong>br</strong> />
Coloque o presente dentro de papel de seda e encaixe no saquinho.<<strong>br</strong> />
Feche <strong>com</strong> fita colorida ou <strong>com</strong> motivos natalinos.<<strong>br</strong> />
3 - Com bolas de isopor ou até bolas de natal velhas,<<strong>br</strong> />
envolva em feltro verde, amarre <strong>com</strong> barbante e estique<<strong>br</strong> />
o feltro para que ele se adapte ao formato da bola.<<strong>br</strong> />
Recorte o excesso e <strong>com</strong> cola quente aplique folhas de feltro<<strong>br</strong> />
também.<<strong>br</strong> />
Use fita dourada para decorar as bolas.<<strong>br</strong> />
Prenda um soutache dourado (fita bem fininha) entre as folhas e<<strong>br</strong> />
coloque na árvore.<<strong>br</strong> />
4 - Para decorar a mesa, algumas opções baratas e de<<strong>br</strong> />
efeito<<strong>br</strong> />
Recorte uma árvore de cartolina e faça um anel de 5 cm de diâmetro<<strong>br</strong> />
aproximadamente.<<strong>br</strong> />
Cole esse anel na árvore <strong>com</strong> cola quente .<<strong>br</strong> />
Espere secar e cole uma estrela na parte superior e faça bolinhas<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> tinta relevo.<<strong>br</strong> />
Colque o guardanapo no anel.<<strong>br</strong> />
Recorte azevinhos de feltro, recheie <strong>com</strong> fi<strong>br</strong>a sintética e feche <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
ponto caseado, prenda uma fita número zero e amarre nos talheres,<<strong>br</strong> />
guardanapos, copos...<<strong>br</strong> />
Recorte cartolina <strong>com</strong> 7 x 15 cm, do<strong>br</strong>e ao meio, em uma das<<strong>br</strong> />
faces faça desenhos <strong>com</strong> giz de cera relacionados ao natal.<<strong>br</strong> />
Faça o contorno <strong>com</strong> tinta relevo dourada. Escreva o nome dos<<strong>br</strong> />
convidados <strong>com</strong> tinta relevo. Coloque nas posições da mesa para<<strong>br</strong> />
direcionaar os convidados do jantar.<<strong>br</strong> />
5 - Com pedaços de feltro, faça pequenos enfeites que<<strong>br</strong> />
podem decorar cartões, velas, árvore, embalagens e<<strong>br</strong> />
guirlandas.<<strong>br</strong> />
(use as fotos <strong>com</strong>o molde) o recorte é simples e é possível usar<<strong>br</strong> />
ponto caseado ou de alinhavo para deixar um bom acabamento.<<strong>br</strong> />
6 - Com recortes de cartolina ou papel de scrapbooking<<strong>br</strong> />
você pode fazer um presépio diferente e colorido.<<strong>br</strong> />
Usando apenas cola e recorte de papel e colar <strong>com</strong> fita banana (que<<strong>br</strong> />
vai dar volume) a um painel ou cartão. Tudo vai depender da sua<<strong>br</strong> />
criatividade.<<strong>br</strong> />
8<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o Agosto <strong>2011</strong> <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
27
<strong>Conexão</strong> BEM-ESTAR<<strong>br</strong> />
Laís Vargas<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
A magia dos ristais<<strong>br</strong> />
Dentro das inúmeras possibilidades de<<strong>br</strong> />
se harmonizar um ambiente, os cristais,<<strong>br</strong> />
além de hipnóticas peças decorativas, se<<strong>br</strong> />
destacam pela maneira <strong>com</strong>o irradiam<<strong>br</strong> />
e captam energia. Eles têm a propriedade<<strong>br</strong> />
de alterar a vi<strong>br</strong>ação do ambiente de<<strong>br</strong> />
acordo <strong>com</strong> sua faixa vi<strong>br</strong>atória, que é<<strong>br</strong> />
determinada pela sua cor. Ou seja, transformam<<strong>br</strong> />
a energia do local onde são posicionados.<<strong>br</strong> />
As cores determinam a utilização que cada<<strong>br</strong> />
cristal deve ter. As formas também<<strong>br</strong> />
são importantes pois focalizam e aumentam<<strong>br</strong> />
a irradiação da energia. Os cristais<<strong>br</strong> />
Nós, seres humanos, estamos constantemente procurando viver <strong>com</strong> mais<<strong>br</strong> />
conforto (físico, mental, emocional e espiritual), <strong>com</strong> mais equilí<strong>br</strong>io, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
mais saúde e, consequentemente, <strong>com</strong> maior bem-estar.<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> pontas direcionam a energia para<<strong>br</strong> />
pontos específicos; formas esféricas e<<strong>br</strong> />
ovais, irradiam energia para todos os lados.<<strong>br</strong> />
Desta maneira, para harmonizarmos<<strong>br</strong> />
um ambiente, precisamos escolher o tamanho,<<strong>br</strong> />
a forma e a cor.<<strong>br</strong> />
Ambientes muito grandes pedem vários<<strong>br</strong> />
cristais que, tanto podem ser colocados<<strong>br</strong> />
juntos, <strong>com</strong>o em pontos estratégicos.<<strong>br</strong> />
28<<strong>br</strong> />
Existem cristais gigantes, em forma natural,<<strong>br</strong> />
conhecidos <strong>com</strong>o capelas, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
tamanhos que variam bastante, e as drusas,<<strong>br</strong> />
excelentes energizadoras que também<<strong>br</strong> />
podem ser encontradas em vários<<strong>br</strong> />
tamanhos.<<strong>br</strong> />
As cores dos cristais precisam ser <strong>com</strong>plementares,<<strong>br</strong> />
para que não se anulem ou<<strong>br</strong> />
criem energia negativa. Para tranquili-<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
zar, utilizamos cristal azul claro; para<<strong>br</strong> />
cura, utilizamos cristal verde garrafa; para<<strong>br</strong> />
estudar ou trabalhar, utilizamos cristal<<strong>br</strong> />
amarelo; para neutralizar a irradiação<<strong>br</strong> />
dos monitores de <strong>com</strong>putador, usamos<<strong>br</strong> />
pedras negras, por exemplo.<<strong>br</strong> />
Os cristais incolores são universais e podem<<strong>br</strong> />
ser utilizados para todos os fins. Os<<strong>br</strong> />
cristais de ametista também podem ser<<strong>br</strong> />
utilizados para a maioria dos casos. A escolha<<strong>br</strong> />
deve obedecer sua intuição no momento<<strong>br</strong> />
que estiver escolhendo um cristal;<<strong>br</strong> />
algum detalhe vai chamar a sua atenção.<<strong>br</strong> />
Todos os cristais, pedras, gemas, até<<strong>br</strong> />
mesmo as pedrinhas <strong>com</strong>uns que encontramos<<strong>br</strong> />
nos rios ou pela natureza, trabalham<<strong>br</strong> />
da mesma maneira e podem nos<<strong>br</strong> />
trazer bem-estar.<<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
Os cristais precisam ser preparados para<<strong>br</strong> />
nos ajudar, para isso devem ser limpos,<<strong>br</strong> />
energizados e programados para um<<strong>br</strong> />
fim específico. Existe um grande número<<strong>br</strong> />
de publicações, <strong>com</strong>o o livro “Cristal, luz<<strong>br</strong> />
sólida que cura”, que escrevi <strong>com</strong> a Vera<<strong>br</strong> />
Cardoso, que nos mostram <strong>com</strong>o preparar<<strong>br</strong> />
um cristal, seja ele uma jóia ou um<<strong>br</strong> />
elemento de decoração, e trazem listas de<<strong>br</strong> />
utilização, indicando cores e formas adequadas<<strong>br</strong> />
para cada finalidade.<<strong>br</strong> />
Em caso de dúvidas ou, para uma orientação<<strong>br</strong> />
mais especializada, procure o<<strong>br</strong> />
auxílio de um terapeuta mineral, que poderá<<strong>br</strong> />
orientar a preparação e escolha de<<strong>br</strong> />
cristais, bem <strong>com</strong>o a utilização das pedras<<strong>br</strong> />
em cada ambiente da casa ou do local<<strong>br</strong> />
de trabalho.<<strong>br</strong> />
29<<strong>br</strong> />
Usar cristais é um recurso muito antigo,<<strong>br</strong> />
datando de tempos imemoriais. Hoje,<<strong>br</strong> />
pode-se ver sua ação por meio de fotografias<<strong>br</strong> />
Kirlian, que mostram a energia<<strong>br</strong> />
sendo irradiada por estas pedras encantadoras.<<strong>br</strong> />
Permita-se encantar por este recurso da<<strong>br</strong> />
natureza, que traz beleza e equilí<strong>br</strong>io ao<<strong>br</strong> />
seu redor e que, <strong>com</strong> certeza, vai lhe proporcionar<<strong>br</strong> />
um grande bem-estar.<<strong>br</strong> />
Laís Vargas<<strong>br</strong> />
Samsarah, corpo e mente<<strong>br</strong> />
Fone: 3208-4331<<strong>br</strong> />
samsarah@globomail.<strong>com</strong><<strong>br</strong> />
<strong>www</strong>.samsarahcorpoemente.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>
<strong>Conexão</strong> SAÚDE<<strong>br</strong> />
Ergonomia:<<strong>br</strong> />
Dario Munin Filho<<strong>br</strong> />
A ergonomia é o estudo da relação entre o homem e seus meios,<<strong>br</strong> />
métodos e espaço de trabalho. Tem <strong>com</strong>o objetivo a <strong>com</strong>posição<<strong>br</strong> />
de elementos diversificados, buscando a adaptação<<strong>br</strong> />
plena do homem ao ambiente, desde seu trabalho<<strong>br</strong> />
até suas atividades da vida diária. A busca<<strong>br</strong> />
desta adaptação engloba inúmeros fatores e princípios<<strong>br</strong> />
de qualidade em suas ações, embasadas<<strong>br</strong> />
na produtividade, desde que estejam intrinsecamente<<strong>br</strong> />
ligadas a salu<strong>br</strong>idade e sustentabilidade.<<strong>br</strong> />
A palavra ergonomia vem do grego Ergon<<strong>br</strong> />
= trabalho + normo= normas, regras e leis. Você<<strong>br</strong> />
sabia que os primeiros estudos ergonômicos datam<<strong>br</strong> />
do século XVII?<<strong>br</strong> />
A busca do equilí<strong>br</strong>io perfeito entre a adaptação do<<strong>br</strong> />
trabalho e as características dos indivíduos, de modo<<strong>br</strong> />
a lhes proporcionar um máximo de conforto, segurança<<strong>br</strong> />
e bom desempenho de suas atividades no trabalho<<strong>br</strong> />
e em sua vida, tornou-se um trabalho árduo, contínuo<<strong>br</strong> />
e duradouro, mas possível e muito gratificante, <strong>com</strong> resultados<<strong>br</strong> />
reais e funcionais.<<strong>br</strong> />
Ao ler a definição acima, <strong>com</strong> uma visão superficial, acredita-<<strong>br</strong> />
-se que a ergonomia só se aplica aos trabalhadores de grandes<<strong>br</strong> />
empresas, mas é um mero engano. A ergonomia está<<strong>br</strong> />
em todas as atividades que realizamos desde que nascemos<<strong>br</strong> />
até em nossa velhice, desde estudantes até donas<<strong>br</strong> />
de casa.<<strong>br</strong> />
Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia, “A ergonomia<<strong>br</strong> />
é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas<<strong>br</strong> />
e psicológicas do ser humano”. De acordo <strong>com</strong> esta<<strong>br</strong> />
abordagem, devemos ter uma estreita relação multidisciplinar<<strong>br</strong> />
para tratar este assunto.<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
“<<strong>br</strong> />
A falta ou o uso inadequado<<strong>br</strong> />
de equipamentos, métodos<<strong>br</strong> />
e processos, sem estudos<<strong>br</strong> />
técnicos do ponto de visto<<strong>br</strong> />
ergonômico, pode gerar<<strong>br</strong> />
doenças ocupacionais.<<strong>br</strong> />
”<<strong>br</strong> />
você sabe o que é?<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
Nos dias de hoje, a ergonomia é um dos assuntos em alta<<strong>br</strong> />
na área de saúde ocupacional, sendo de extrema importância<<strong>br</strong> />
que os profissionais da área estejam atentos às novas<<strong>br</strong> />
tendências e sistemas no ambiente de trabalho para<<strong>br</strong> />
que possam prestar um atendimento de saúde humanizado<<strong>br</strong> />
e de qualidade.<<strong>br</strong> />
Fique atento em sua empresa, se a produtividade reduziu<<strong>br</strong> />
pode ser o desconforto que, entre as suas várias causas,<<strong>br</strong> />
está diretamente ligada à adequação do corpo frente<<strong>br</strong> />
a um determinado equipamento.<<strong>br</strong> />
A questão da iluminação, que além de poder causar danos<<strong>br</strong> />
à visão, contribui significativamente na redução da capacidade<<strong>br</strong> />
de produção de uma pessoa, quer seja em um escritório,<<strong>br</strong> />
indústria e até mesmo em ambientes de trabalho mais<<strong>br</strong> />
sofisticados. Além disso, os ruídos e mudanças de temperatura<<strong>br</strong> />
também influem negativamente neste processo.<<strong>br</strong> />
Não podemos esquecer que a falta ou o uso inadequado<<strong>br</strong> />
de equipamentos, métodos e processos, sem estudos técnicos<<strong>br</strong> />
do ponto de visto ergonômico, pode gerar doenças<<strong>br</strong> />
ocupacionais, sendo as mais conhecidas a LER– Lesão<<strong>br</strong> />
por Esforço Repetitivo - e o DORT - Distúrbios Osteo-<<strong>br</strong> />
-musculares Relacionados ao Trabalho.<<strong>br</strong> />
Atualmente, várias empresas já buscam a melhoria nas<<strong>br</strong> />
condições de trabalho dos seus empregados e estabelecem<<strong>br</strong> />
uma série de programas, voltados para a ergonomia,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o forma de incentivar a saúde do trabalhador. Com<<strong>br</strong> />
programas preventivos <strong>com</strong>o Ginástica Laboral, Análise<<strong>br</strong> />
Ergonômica, Programas de Qualidade de Vida e estudos<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as vantagens da ergonomia para a melhoria da produção,<<strong>br</strong> />
estas empresas atingem resultados significativos.<<strong>br</strong> />
Se por um lado, o uso da ergonomia pode sugerir maior<<strong>br</strong> />
gasto, por outro representa uma economia para a empresa<<strong>br</strong> />
e, <strong>com</strong>o consequência, a melhoria da saúde do trabalhador<<strong>br</strong> />
e da sua qualidade de vida.<<strong>br</strong> />
Dr. Dario Munin Filho<<strong>br</strong> />
Médico do Trabalho – <strong>www</strong>. deltasaude.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
31
<strong>Conexão</strong> GASTRONOMIA<<strong>br</strong> />
Claudia Buonsanti<<strong>br</strong> />
Culinária<<strong>br</strong> />
Japonesa<<strong>br</strong> />
Claudia Buonsanti<<strong>br</strong> />
Falou em culinária japonesa todos pensam<<strong>br</strong> />
‘sushi – sashimi’. Não, definitivamente o<<strong>br</strong> />
cardápio da mesa do japonês médio, não é<<strong>br</strong> />
só peixe-cru. Existem diversos pratos e de<<strong>br</strong> />
várias regiões do Japão que somente quem<<strong>br</strong> />
realmente aprecia a gastronomia japonesa<<strong>br</strong> />
conhece.<<strong>br</strong> />
Quando os japoneses imigraram para o<<strong>br</strong> />
Brasil em 1908 tiveram grande dificuldade<<strong>br</strong> />
para se adaptarem a uma culinária salgada<<strong>br</strong> />
e gordurosa. A opção foi cultivarem,<<strong>br</strong> />
por conta própria, verduras e legumes,<<strong>br</strong> />
além disso, alguns pratos foram adaptados<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> o que existia no país <strong>com</strong>o, por<<strong>br</strong> />
exemplo, o inhame que é utilizado nos cozidos<<strong>br</strong> />
(nishime).<<strong>br</strong> />
A culinária tradicional japonesa consiste<<strong>br</strong> />
basicamente em pratos preparados de<<strong>br</strong> />
arroz, sopa de misso (pasta de soja), peixe<<strong>br</strong> />
ou carne a<strong>com</strong>panhados de tsukemono<<strong>br</strong> />
(picles). Alimentos <strong>com</strong>o repolho, batata-<<strong>br</strong> />
-doce, molho curry, tsukemono (conserva),<<strong>br</strong> />
tofu (queijo de soja), frutos do mar e<<strong>br</strong> />
peixes grelhados, também estão presentes<<strong>br</strong> />
no cardápio. Os temperos mais <strong>com</strong>uns<<strong>br</strong> />
na cozinha japonesa são o shoyu (molho<<strong>br</strong> />
de soja), o wasabi (raiz forte), o misso<<strong>br</strong> />
(pasta de soja), o karashi (mostarda),<<strong>br</strong> />
mirin e sake (bebida alcoólica a<<strong>br</strong> />
base de arroz) e dashi (caldo<<strong>br</strong> />
de peixe ou carne).<<strong>br</strong> />
Para adaptar a culinária<<strong>br</strong> />
japonesa ao gosto do <strong>br</strong>asileiro<<strong>br</strong> />
e para disseminar a<<strong>br</strong> />
No Brasil, principalmente em São Paulo, existe uma variedade enorme de<<strong>br</strong> />
restaurantes japoneses. Do tradicional ao contemporâneo ou fusion, a gastronomia<<strong>br</strong> />
nipônica faz sucesso pela leveza e delicadeza da apresentação dos pratos.<<strong>br</strong> />
cultura nipônica, os chefs japoneses <strong>com</strong>eçaram<<strong>br</strong> />
a inovar <strong>com</strong> criações bastante inusitadas,<<strong>br</strong> />
uma delas, importada dos EUA, o<<strong>br</strong> />
sushi Califórnia que era feito <strong>com</strong> abacate,<<strong>br</strong> />
aqui ganhou uma versão <strong>com</strong> manga.<<strong>br</strong> />
A gastronomia contemporânea, além de<<strong>br</strong> />
criar pratos utilizando ingredientes japoneses,<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>asileiros e outros mais, também<<strong>br</strong> />
permitiu que ela se tornasse mais acessível.<<strong>br</strong> />
Os japoneses mais arraigados às tradições<<strong>br</strong> />
“torcem o nariz” para essas novidades.<<strong>br</strong> />
Em São Paulo temos o privilégio de poder<<strong>br</strong> />
apreciar a culinária tradicional japonesa<<strong>br</strong> />
em restaurantes dos mais variados. Algumas<<strong>br</strong> />
casas servem pratos regionais <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
de Okinawa, Akita e Hamamatsu, temos<<strong>br</strong> />
casas que oferecem apenas especialidades<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o as dedicadas exclusivamente a<<strong>br</strong> />
temaki, udon, curry e sukiyaki.<<strong>br</strong> />
Deve ser realmente surpreendente para<<strong>br</strong> />
um japonês que chega em São Paulo e vê<<strong>br</strong> />
tanta variedade, cores e sabores. Agora,<<strong>br</strong> />
existe algo mais nipo <strong>br</strong>asileiro que caipirinha<<strong>br</strong> />
de saquê?<<strong>br</strong> />
32<<strong>br</strong> />
Etiqueta japonesa à mesa<<strong>br</strong> />
Um dos ítens considerados mais importantes dentro<<strong>br</strong> />
da etiqueta japonesa à mesa é a utilização correta do<<strong>br</strong> />
hashi (palitinhos), algumas formas de manejo podem<<strong>br</strong> />
ser consideradas deselegantes.<<strong>br</strong> />
O certo:<<strong>br</strong> />
Segure o hashi inferior na curva do polegar.<<strong>br</strong> />
Segure o hashi superior entre os dedos polegar, indicador<<strong>br</strong> />
e médio. Mova-o para cima e para baixo.<<strong>br</strong> />
Mantenha o hashi inferior parado e mova o superior<<strong>br</strong> />
na direção do dedo indicador de modo que eles se toquem.<<strong>br</strong> />
Pegue a <strong>com</strong>ida segurando-a firmemente entre os palitinhos.<<strong>br</strong> />
O errado:<<strong>br</strong> />
1. SONAE BASHI<<strong>br</strong> />
Descansar o hashi verticalmente na tigela cheia de<<strong>br</strong> />
arroz.<<strong>br</strong> />
2. WATASHI BASHI<<strong>br</strong> />
Descansar o hashi horizontalmente em cima da tigela<<strong>br</strong> />
de arroz ou de qualquer outra tigela.<<strong>br</strong> />
Dica: Para descansar o hashi durante a refeição, utilize<<strong>br</strong> />
o hashioki (descanso para palitinhos) ou coloque<<strong>br</strong> />
somente a ponta do hashi na borda de alguma<<strong>br</strong> />
tigela pequena.<<strong>br</strong> />
3. SASHI BASHI<<strong>br</strong> />
Pegar a <strong>com</strong>ida espetando o hashi .<<strong>br</strong> />
4. HIROI BASHI<<strong>br</strong> />
Passar a <strong>com</strong>ida de um hashi para outro.<<strong>br</strong> />
Serviço:<<strong>br</strong> />
Fotos cedidas gentilmente pelo Restaurante Tendai<<strong>br</strong> />
Al. Jaú, 1842 <strong>www</strong>.tendai.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Segunda a sexta-feira 12:00 às 15:00 e das 19:00 à<<strong>br</strong> />
00:00 e aos sábados das 19:00 à 00:00<<strong>br</strong> />
Tel 11 3088-6690<<strong>br</strong> />
Fontes: Site do Consulado do Japão em São Paulo; <strong>Revista</strong><<strong>br</strong> />
Made in Japan Ed. 124; <strong>Revista</strong> OK Mundo<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
33
<strong>Conexão</strong> MEMÓRIAz<<strong>br</strong> />
A primeira vez do italiano em um<<strong>br</strong> />
jogo de futebol<<strong>br</strong> />
O filho do italiano havia <strong>com</strong>prado entrada para uma<<strong>br</strong> />
partida de futebol, mas fez uma malcriação e o pai o<<strong>br</strong> />
proibiu de assistir o jogo. O garoto chorou e queria<<strong>br</strong> />
rasgar a entrada, mas o pai gritou:<<strong>br</strong> />
- Não rasga, Giuseppe! Eu vou assistir a esta porcaria.<<strong>br</strong> />
E foi. Assistiu o jogo, voltou para casa, chamou o<<strong>br</strong> />
filho e disse:<<strong>br</strong> />
- Filho, você gosta daquela porcaria? Mas o que<<strong>br</strong> />
você acha de engraçado naquilo? Você queria rasgar<<strong>br</strong> />
o bilhete e eu não deixei. A primeira coisa que eles<<strong>br</strong> />
fizeram quando eu cheguei lá foi rasgar o bilhete.<<strong>br</strong> />
- Eu cheguei ao campo e estava todo mundo<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>igando para sentar em um pedaço de cimento e<<strong>br</strong> />
ficar olhando para um pasto verde, bonito, mas não<<strong>br</strong> />
tinha nenhum bezerro, nenhuma vaca. Uns imbecis<<strong>br</strong> />
ficavam gritando: “Palmeira, Palmeira”. Mas,<<strong>br</strong> />
por quê Palmeira? Eu não vi Palmeira nenhuma,<<strong>br</strong> />
só vi grama! E tinha outros gritando: “Botafogo,<<strong>br</strong> />
Botafogo”. Mas vai botar fogo onde? Na grama? Na<<strong>br</strong> />
grama não pega!<<strong>br</strong> />
- Depois, entraram 22 camaradas, uns <strong>br</strong>utos homens,<<strong>br</strong> />
tudo de calça curta. Uns palhaços pulando no meio<<strong>br</strong> />
do campo. E no meio deles veio um pequenininho<<strong>br</strong> />
vestido de preto, devia estar de luto, <strong>com</strong> o apito na<<strong>br</strong> />
boca, botando uma banca desgraçada.<<strong>br</strong> />
- Ai, ele chamou tudo mundo para o meio do campo e<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>eçou a conversar <strong>com</strong> eles baixinho que era para<<strong>br</strong> />
a gente não ouvir. Mas, logo, ele deve ter ofendido<<strong>br</strong> />
alguém porque todo mundo se afastou. Nesta altura,<<strong>br</strong> />
entrou um camarada <strong>com</strong> a bandeirinha na mão e a<<strong>br</strong> />
bola na outra. Era o dono do jogo.<<strong>br</strong> />
é Vasconcelos<<strong>br</strong> />
Com um dos textos que integravam o antológico show “Eu sou o<<strong>br</strong> />
espetáculo”, a <strong>Revista</strong> <strong>Conexão</strong> São Paulo presta mais uma homenagem a<<strong>br</strong> />
um dos maiores humoristas <strong>br</strong>asileiros e que nos deixou recentemente.<<strong>br</strong> />
- Botou a bola no meio do campo, o sujeito de preto<<strong>br</strong> />
dá um apito e o cara que está parado em frente à bola<<strong>br</strong> />
sai correndo feito uma besta. Mas, o cara do outro<<strong>br</strong> />
lado não gostou, tirou a bola dele e levou de volta. Ai,<<strong>br</strong> />
o daqui também não gostou, tirou a bola dele e levou<<strong>br</strong> />
para lá de novo. E ficaram nesta agonia! Pega a bola<<strong>br</strong> />
de lá traz pra cá. Tira a bola daqui leva pra lá. Por quê<<strong>br</strong> />
não dá uma bola para cada um?<<strong>br</strong> />
- Havia um verdadeiro palhaço que ficava entre<<strong>br</strong> />
três pedaços de pau e não fazia nada. Todo mundo<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>igando no meio do campo e ele ficava só olhando.<<strong>br</strong> />
Na hora que ele podia colaborar <strong>com</strong> os outros, todo<<strong>br</strong> />
mundo chutando <strong>com</strong> os pés, ele agarrava <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />
mãos. Estragava tudo!<<strong>br</strong> />
34<<strong>br</strong> />
- Ele devia ter algum parentesco <strong>com</strong> aquele cara<<strong>br</strong> />
de preto, porque ele era o único que botava a mão<<strong>br</strong> />
na bola e o cara de preto não dizia nada. Se um dos<<strong>br</strong> />
outros botava a mão na bola ele dava cada <strong>br</strong>onca!<<strong>br</strong> />
- De vez em quando um acertava a bola lá no fundo<<strong>br</strong> />
da rede e todo mundo gritava, pulava e se a<strong>br</strong>açava,<<strong>br</strong> />
mas por quê? Não furou a rede! Ainda por cima, uns<<strong>br</strong> />
caras do meu lado ficavam gritando: “frango, frango”<<strong>br</strong> />
e eu <strong>com</strong> uma fome desgraçada. E o frangueiro não<<strong>br</strong> />
aparecia.<<strong>br</strong> />
- 45 minutos <strong>com</strong> aqueles palhaços correndo atrás<<strong>br</strong> />
da bola. Ai, o cara de preto dá um apito e convida<<strong>br</strong> />
todos eles para tomar lanche. Entraram em uns<<strong>br</strong> />
buraquinhos e sumiram. A gente ficou esperando<<strong>br</strong> />
quinze minutos <strong>com</strong>endo pipoca fria. Voltaram todos<<strong>br</strong> />
de cabeça baixa, batendo na barriga. A boia não deve<<strong>br</strong> />
ter sido boa.<<strong>br</strong> />
- Nesta altura, deve ter havido alguém muito<<strong>br</strong> />
importante que não gostou do jogo e mandou eles<<strong>br</strong> />
repetirem tudo de novo! Mais 45 minutos, tudo igual!<<strong>br</strong> />
A gente paga um dinheirão para ver duas vezes a<<strong>br</strong> />
mesma coisa. Só trocaram de lado para ver se dava<<strong>br</strong> />
certo.<<strong>br</strong> />
- 90 minutos, uns <strong>br</strong>utos homens <strong>br</strong>igando por causa<<strong>br</strong> />
de uma bolinha! Brigaram o tempo todo por causa da<<strong>br</strong> />
bola. Saíram de campo e deixaram a bola.<<strong>br</strong> />
- Eu fui lá pegar a bola e me levaram preso!<<strong>br</strong> />
Assista a esta apresentação, que fica<<strong>br</strong> />
muito mais engraçada, e a outras de Zé<<strong>br</strong> />
Vasconcelos na TV <strong>Conexão</strong> São Paulo em<<strong>br</strong> />
nosso site <strong>www</strong>.<strong>revistaconexao</strong>.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>.<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São Paulo
Novem<strong>br</strong>o <strong>2011</strong><<strong>br</strong> />
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36<<strong>br</strong> />
<strong>Conexão</strong> São <strong>Conexão</strong> Paulo