O Novo BI-RADS
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MARCONI LUNA<br />
Pres. Departamento de<br />
Mamografia da SBM.<br />
Introdução<br />
O <strong>Novo</strong> <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong><br />
No Congresso Americano de Radiologia em dezembro de 2003 (RSNA) em<br />
Chicago foi divulgado a 4ª edição do <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong> (Breast Imaging and Reporting Data<br />
System Mammography).<br />
Esses professores foram os principais organizadores dessa 4ª edição do <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>.<br />
ACR <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong> – Committee<br />
Gerald D. Dodd Jr, MD – Chairman<br />
Daniel B. Kopans MD – CO. Chairman<br />
Carl J. D’orsi MD – CO. Chairman<br />
O <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong> é um trabalho entre membros de vários Departamentos do Instituto<br />
Nacional do Câncer, de Centros de Controle e Prevenção da Patologia Mamária, da<br />
Administração de Alimentos e Drogas, da Associação Medica Americana, do Colégio<br />
Americano de Radiologia, do Colégio Americano de Cirurgiões e do Colégio Americano<br />
de Patologistas, por conseguinte todas essas Instituições ajudaram na elaboração do <strong>BI</strong>-<br />
<strong>RADS</strong>.<br />
O objetivo do <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong> consiste na padronização dos laudos mamograficos<br />
levando em consideração a evolução diagnóstica e a recomendação da conduta.<br />
Não devemos esquecer da historia clinica e do exame físico da paciente.<br />
Nessa 4ª edição foi lançado o <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong> para Ultra-sonografia mamária e para<br />
Ressonância Magnética (em mama).<br />
Nessa 4ª edição do <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong> ocorreram algumas modificações nas categorias e<br />
especialmente na categoria 4, que foi dividida em 4A (baixa suspeita de malignidade), 4B<br />
(intermediaria suspeita de malignidade), 4C (suspeita moderada).<br />
Foi acrescentada a categoria 6 (achados malignos confirmados pela biopsia,<br />
contudo antes das terapias definitivas tais como: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.<br />
Foi mantida a Categoria 0 no <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>, entretanto acredito que seja<br />
aconselhável, que essa categoria 0 não seja efetuada no Brasil.<br />
No nosso Serviço de Diagnóstico por Imagem (Centro de Mastologia do Rio de<br />
Janeiro), nós nunca empregamos a Categoria 0. Somos de opinião de que se a paciente<br />
necessita realizar incidências adicionais, e/ou ultra-sonografia, esses procedimentos<br />
devem ser realizados imediatamente.<br />
Na tese de Doutorado (2001) sobre Avaliação dos Laudos Mamograficos (UFRJ), apenas<br />
40% realizavam o exame físico nos Serviços de mamografia no Brasil.<br />
1
Categorias para Avaliação<br />
a – Avaliação Mamográfica Incompleta<br />
Categoria 0<br />
Necessita Avaliação Adicional de Imagem ou Mamografias prévias para<br />
comparação<br />
Achados nos quais avaliação adicional de imagem é necessitada.<br />
Isto quase sempre é feito em uma situação de rastreio. Em certas circunstâncias esta<br />
categoria pode ser usada após uma elaboração mamográfica completa. Uma<br />
recomendação para avaliação adicional de imagem pode incluir, mas não é limitada ao<br />
uso de spot compressão, magnificação, incidências mamográficas especiais e ultrasonografia.<br />
Sempre que for possível, caso o estudo não seja negativo, e não contenha um achado<br />
tipicamente benigno, tal exame deve ser comparado com estudos anteriores. O<br />
radiologista deve julgar a importância em obter tais estudos anteriores. A categoria 0<br />
deve ser somente usada com um filme antigo de comparação quando tal comparação é<br />
requisitada para fazer uma avaliação final.<br />
b – Avaliação Mamográfica Completa – Categorias Finais<br />
Categoria 1<br />
Negativa:<br />
Não há comentário algum a ser feito nesta categoria. As mamas são simétricas e não há<br />
massas, distorção arquitetural ou microcalcificações suspeitas presentes.<br />
Categoria 2<br />
Achado (s) Benignos<br />
Como na Categoria 1, esta é uma avaliação “normal”, mas aqui, o mamografista escolhe<br />
descrever o achado benigno no laudo mamográfico.<br />
2
Fibroadenomas calcificados em involução, múltiplas calcificações secretórias, lesões que<br />
contenham gordura tais como: cistos oleosos, lipomas, galactoceles e densidade mista,<br />
hamartoma , todos tem caracteristicamente aparências benignas e podem ser classificados<br />
com confiança. O mastografista também pode escolher descrever linfonodos<br />
intramamários, calcificações vasculares, implantes ou distorção claramente relacionada a<br />
cirurgia prévia enquanto ainda concluindo, se não há evidência mamográfica de<br />
malignidade.<br />
Note que as avaliações de ambas Categorias 1 e 2 indicam que não há evidência<br />
mamográfica de malignidade. A diferença é que a Categoria 2 deve ser usada quando<br />
descrever um ou mais achados mamográficos benignos específicos no laudo, onde a<br />
Categoria 1 deve ser utilizada tais achados não são descritos.<br />
Categoria 3<br />
Achado Provavelmente Benigno - um controle de Intervalo-Curto é<br />
Sugerido:<br />
(Ver Cápitulo Guia – figura 1*)<br />
Um achado colocado nesta Categoria deve ter menos do que 2% de malignidade. Não<br />
existe expectativa de mudança após o intervalo para controle; entretanto, o mamografista<br />
pode preferir estabelecer sua estabilidade.<br />
Existem diversos estudos clínicos prospectivos demonstrando a segurança e eficácia de<br />
um controle inicial de curto-prazo para achados mamográficos específicos (1-5).<br />
Três achados específicos são descritos como sendo provavelmente benignos (a massa<br />
sólida circunscrita não calcificada, assimetria focal, calcificações agrupadas redondas<br />
(punctiformes) o último é considerado por alguns mastografistas de serem de<br />
características absolutamente benigna). Todos os estudos publicados enfatizam a<br />
necessidade de conduzir uma avaliação completa de diagnóstico de imagem antes de<br />
fazer uma avaliação provavelmente benigna (Categoria 3); logo não é aconselhável fazer<br />
uma avaliação quando está interpretando um exame de rastreio. Ainda mais, todos os<br />
estudos publicados excluem lesões palpáveis, logo o uso de uma avaliação de<br />
provavelmente benigna para uma lesão palpável não é sustentada por dados científicos.<br />
Finalmente, evidências de todos os estudos publicados indicam a necessidade da biopsia<br />
mais do que um controle continuado quando os achados com maior probabilidade de<br />
benignidade aumentam em tamanho ou extensão.<br />
Enquanto a vasta maioria dos achados nesta categoria serão manejados com um exame-<br />
follow-up inicial a curto-prazo (06 meses) seguido de exames adicionais a longo-prazo<br />
(02 anos ou mais) até que a estabilidade seja aparente, há ocasiões nas quais a biopsia é<br />
feita (desejos da paciente ou preocupações clínicas).<br />
3
Categoria 4<br />
Anormalidade Suspeita – Biopsia deve ser Considerada:<br />
(Ver Capítulo Guia*)<br />
Esta Categoria é reservada para achados que não têm a clássica aparência de malignidade<br />
mas tem um espectro amplo de probabilidade de malignidade que é maior do que<br />
daquelas lesões na Categoria 3. Logo, a maior parte das recomendações para<br />
procedimentos invasivos da mama serão colocados anexos nesta Categoria. Pela<br />
subdivisão da Categoria 4 em 4A, 4B e 4C como sugerido no Capítulo Guia, é encorajado<br />
que probabilidades relevantes de malignidade sejam indicadas anexas nesta categoria<br />
para que a paciente e o seu clínico possam tomar uma decisão informada do curso da<br />
ação final.<br />
Categoria 5<br />
Altamente Sugestiva de Malignidade – Ação Apropriada deve ser tomada<br />
(malignidade quase certa)<br />
(Ver Capítulo Guia*)<br />
Estas lesões têm alta probabilidade (≥ 95%) de serem câncer. Esta categoria possui lesões<br />
no qual um estágio de tratamento cirúrgico deve ser considerado sem biopsia preliminar.<br />
Entretanto, cuidado oncológico corrente pode precisar uma amostra de tecido percutâneo,<br />
como por exemplo, quando a imagem do nódulo sentinela esta incluída no tratamento<br />
cirurgíco ou quando a quimioterapia neodjuvante é administrada no início.<br />
Categoria 6<br />
Biopsia Conhecida – Malignidade Comprovada – Ação Apropriada deve ser<br />
tomada:<br />
(Ver Capítulo Guia*)<br />
Esta categoria é resevada para lesões identificadas no estudo de imagem, com biopsia<br />
comprovada de malignidade anterior a terapia definitiva.<br />
4
CAPÍTULO GUIA<br />
Na sua quarta edição o Comitê <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>®, unclui este capítulo como guia em resposta<br />
as observações dos usuários. Diversas mudanças substanciais foram incorporadas nesta<br />
edição para melhorar a utilidade clínica e suprir uma base unificada para pesquisa<br />
envolvendo o exame de imagem mamária. Este capítulo se expandirá nestas mudanças a<br />
medida que aparecerem em cada sessão do <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>® e fornece explicações para a<br />
mudança. O que vem a seguir serve como guia e não deve ser implicado como padrão<br />
necessário para a prática.<br />
Termos de Exame de Imagem Mamária<br />
Massas<br />
Massa é uma estrutura tri-dimensional que apresenta bordas exteriores convexas,<br />
geralmente evidente em duas incidências ortogonais. Devido a confusão com o termo<br />
“densidade”, o qual descreve atenuação com características de massa, o termo<br />
“densidade” que descreve um achado, outro do que uma massa têm sido substituído por<br />
“assimétrica”. Uma assimetria necessita de bordas exteriores convexas e a evidência de<br />
massa como discutido abaixo.<br />
Calcificações<br />
É confuso ter ambas “redondas” e “punctiformes” como separar descrições a menos que<br />
cada uma tenha traços característicos. A diferença relaciona-se ao tamanho, com<br />
“punctiformes” definido como menores do que 0.5mm e “redonda” como maior ou igual<br />
a 0.5mm. A frase “grosseiras heterogêneas” foi adicionada para descrever calcificações<br />
de interesse intermediário as quais são mais largas do que 0.5mm e variáveis em tamanho<br />
e forma, mas que são menores do que aquelas que geralmente ocorrem em resposta para<br />
prejudicar. Quando presente como agrupamentos bilaterais múltiplos, calcificações em<br />
fileiras heterogêneas são frequentemente devido a fibrose ou fibroadenomas e um<br />
controle pode ser apropriado. Estas tendem a unirem-se em calcificações tipicamente<br />
benignas. Como um grupo isolado, calcificações “heterogêneas em fileiras”; entretanto,<br />
tem uma pequena mas significante similaridade com malignidade, especialmente quando<br />
ocorrem junto com microcalcificações pleomórficas. Mais informações são necessárias<br />
nesta questão. Como em quaisquer calcificações, a distribuição deve ser considerada<br />
também. Microcalcificações em fileiras heterogêneas em uma distribuição segmentar ou<br />
linear pode ser devido a malignidade. Resumindo, “fileiras heterogêneas” foi adicionado<br />
e “finas pleomórficas” deve ser usada para descrever microcalcificações menores do que<br />
0.5mm que sejam variáveis em forma e tenham maior probabilidade de indicar<br />
malignidade.<br />
5
Casos Especiais<br />
Diversas questões foram recebidas pelo comitê <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>®, refletindo confusão na<br />
distinção dos termos “massa”, “assimetria focal” e “assimetria”. Uma massa deve<br />
demonstrar completamente ou parcialmente bordas exteriores convexas visualizadas e é<br />
geralmente descrita em incidências ortogonais.<br />
Assimetrias são planas, faltando bordas convexas, usualmente possuem gordura<br />
entremeada e falta evidência de massa tridimencional. Para elucidar assimetria, o termo<br />
“assimetria global” foi introduzido nesta edição para enfatizar a diferença entre<br />
assimetria generalizada e focal. “Assimetria global” envolve uma grande porção da mama<br />
(no mínimo um quadrante). Na ausência de correlação palpável, a “assimetria global” é<br />
geralmente devida a variações normais ou influência hormonal. “Assimetria focal” difere<br />
de uma massa; uma vez que, geralmente falta bordas exteriores convexas e difere de<br />
“assimetria global” somente no tamanho da área da mama envolvida. Assimetria focal é<br />
mais preocupante do que assimetria global. Comparações em filmes anteriores é crítica<br />
na avaliação das assimetrias. Uma densidade desenvolvida requer avaliação adicional na<br />
ausência de um histórico cirúrgico, trauma ou infecção do local. O que aparenta ser<br />
assimetria focal vista no rastreio, quando avaliação adicional com incidências de spot<br />
compressão e/ou ultra-sonografia, pode provar ser devido a uma massa indistintamente<br />
marginada.<br />
Organização do Laudo<br />
Muitas das sugestões e perguntas recebidas pelo comitê <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>® referem-se a<br />
categorias de avaliação. Nós respondemos e esperamos termos feito mudanças que<br />
permitam maior flexibilidade e espelhar o que ocorre na prática clínica.<br />
<strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>® foi designado como um instrumento mamográfico. Na sua quarta edição <strong>BI</strong>-<br />
<strong>RADS</strong>®, para mamografia têm sido combinado com <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>®–Ultra-sonografia e <strong>BI</strong>-<br />
<strong>RADS</strong>®–MRI. Quando apropriado, estes dois novos termos são organizados de forma<br />
similares. A Ultra-sonografia e o MRI têm características que são únicas a cada<br />
modalidade, mas sempre que aplicável, os termos tendo sido desenvolvidos para<br />
mamografia são usados. Catogorias de avaliação são as mesmas para todos os termos <strong>BI</strong>-<br />
<strong>RADS</strong>®.<br />
Categorias de Avaliação<br />
As avaliações do <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>® são divididas em incompleta (Categoria 0) e categorias de<br />
avaliações finais (Categorias 1,2,3,4,5 e 6). Uma avaliação incompleta requer avaliação<br />
com incidências adicionais mamográficas, comparação de filmes, ultra-sonografia ou,<br />
menos comum o MRI. Quando estudos de imagens adicionais estão completas, uma<br />
avaliação final é interpretada.<br />
6
O ideal é um laudo de diagnóstico com imagens mamográficas e de ultra-sonografia que<br />
serão incluídos no mesmo laudo, com parágrafos em separado detalhando cada um , e<br />
uma avaliação final integrada que leve em consideração todos os achados no exame de<br />
imagem da mama.<br />
O Ato de Padrão de Qualidade de Mamografia (APQM) requer que uma única avaliação<br />
seja dada ao estudo mamográfico. Lugares ou indivíduos que desejem prover <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>®<br />
com avaliação em separado para cada mama para fazer o mesmo no texto impresso ou no<br />
corpo do laudo, dado que uma avaliação geral única para o estudo seja claramente<br />
codificada no final do laudo completo. A avaliação geral final deve, é claro, ser baseada<br />
nos mais preocupantes achados presentes. Por exemplo, se achados provavelmente<br />
benignos são notados em uma mama e anormalidades suspeitas vistas na mama oposta, o<br />
relatório geral deve ser codificado <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>® Categoria 4 anormalidade suspeita.<br />
Similarmente, se uma avaliação adicional imediata ainda é necessária para uma mama,<br />
(como por exemplo, a paciente não pode esperar pelo exame de ultra-sonografia no<br />
momento), e a mama oposta teve achados de probabilidade benigna, o código geral seria<br />
<strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>® Categoria 0, incompleto.<br />
Uma certa confusão acontece na paciente com achado palpável e exame de imagem<br />
negativos. Estes laudos devem ser codificados com uma avaliação final baseada nos<br />
achados dos exames de imagem. Quando a interpretação dos achados dos exames de<br />
imagem é influenciada pelos achados clínicos, a avaliação final deve ser tomada em<br />
ambas considerações, e os achados clínicos podem ser detalhados no laudo.<br />
Categoria 3<br />
O uso da Categoria 3, provavelmente benigno, é reservado para achados que são quase<br />
que certamente benignos. Deve ser enfatizado que esta NÃO é uma categoria<br />
indeterminada para malignidade, mas uma que, na mamografia, tenha menos do que 2%<br />
de chance de malignidade (exemplo: é quase certamente benigno). Tais achados são<br />
geralmente identificados em rastreio de base ou em um rastreio no qual exames prévios<br />
não estão disponíveis para comparação. Avaliação imediata com imagens mamográficas<br />
adicionais e/ou ultra-sonografia é exigida para interpretar à Categoria 3, uma avaliação<br />
provavelmente benigna. Lesões apropriadamente colocadas nesta categoria incluem uma<br />
massa circunscrita, não palpável, em um mamograma de base (a não ser que mostre que<br />
é um cisto, um linfonodo intramamário ou outro achado benigno), assimetria focal a qual<br />
parcialmente afina no spot compressão, e um grupo de calcificações punctiformes (1). O<br />
controle inicial de curto-prazo é geralmente um mamograma unilateral 6 meses após a<br />
data do exame inicial de rastreio. Assumindo a estabilidade do achado, a recomendação é<br />
então para um exame controle bilateral em 6 meses (correspondendo a 12 meses após o<br />
exame inicial). Se nenhuma outras características preocupantes forem notadas no<br />
segundo controle de curto-prazo, o exame e mais uma vez codificado como Categoria 3<br />
com recomendação para um controle tipicamente bilateral de 12 meses.<br />
7
Se a característica (s) mais uma vez mostrar nenhuma mudança nos próximos 12 meses<br />
subsequentes de exames (correspondendo a 24 meses após o exame inicial), a avaliação<br />
final pode ser Categoria 2, benigno, ou Categoria 3, provalvemente benigno com<br />
discrição na interpretação do médico. De acordo com a literatura (2), após 2 ou 3 anos de<br />
estabilidade, a avaliação final da categoria poderá ser mudada para Categoria 2, benigno,<br />
apesar do diagnóstico no controle (mais do que do rastreio) poder ser apropriado se, por<br />
exemplo, incidências magnificadas continuas poderão ser necessárias.<br />
Como com qualquer exame interpretativo, um leitor menos experiente ainda poderá<br />
perceber uma assimetria focal mínima que muda com um trabalho mais preciso para ser<br />
um achado de Categoria 3. Um leitor mais experiente em 6, 12, ou 24 meses poderá<br />
reconhecer isto como uma variante normal e classificado como na Categoria 1, negativo.<br />
Com um laudo propriamente escrito, a avaliação de categoria poderá então ser<br />
modificada para uma que o leitor sinta ser a mais apropriada.<br />
É possível também que um achado Categoria 3 seja avaliado com biopsia como um<br />
resultado da preocupação da paciente e/ou médico, ou por falta de confiança em<br />
provavelmente benigno de avaliação de controle (figura 1). Em tais circunstâncias a<br />
avaliação final da categoria deve ser baseada no risco de malignidade mais do que no<br />
manejo estipulado. Lesões apropriadamente classificadas como provavelmente benignas<br />
na ultra-sonografia incluem cistos incidentais complicados não palpáveis. Centros<br />
individuais têm mostrado < 2% de taxa de malignidade em massas sólidas , ovais,<br />
hipoecóicas, circunscritas, não palpáveis e que podem ser indistinguíveis de cistos<br />
complicados. Microcistos em grupos sem um componente sólido discreto também pode<br />
estar incluídos nesta categoria.<br />
O uso correto da Categoria 3, avaliação provavelmente benigna requer auditoria<br />
aprofundada da prática de cada uma. A taxa de malignidade para achados mamográficos<br />
colocados nesta categoria deve ser
Isto permite uma auditoria da prática mais significativa, sendo útil para pesquisar o<br />
envolvimento da análise de concordância (curva Roc), e é uma ajuda para os médicos e<br />
patologistas. A divisão opcional da Categoria 4 em 3 subdivisões internamente a nível<br />
de facilidade ajuda a efetuar estes objetivos.<br />
Categoria 4A<br />
A Categoria 4A pode ser usada para um achado que precise de intervenção mas com<br />
baixa suspeita de malignidade. O laudo patológico de malignidade não esperado e a<br />
rotina de controle de 6-meses após a biopsia benigna ou exame citólogico é apropriado.<br />
Exemplos de achados colocados nesta categoria podem ser massa sólida, palpável,<br />
parcialmente circunscrita com características na ultra-sonografia sugestiva de<br />
fibroadenoma, cisto palpável complicado ou provável abcesso.<br />
Categoria 4B<br />
A Categoria 4B inclui lesões com uma intermediária suspeita de malignidade. Achados<br />
nesta categoria justifica procurar correlação radiológica e patológica. Um controle com<br />
resultado benigno nesta situação, depende da concordância. Uma massa, parcialmente<br />
circunscrita e parcialmente delimitada resultando em fibroadenoma ou necroses de<br />
gordura é aceitável, mas um resultado de papiloma pode justificar uma biopsia excisional.<br />
Categoria 4C<br />
A Categoria 4C inclui achados de suspeição moderada, mas não clássica para<br />
malignidade (como na Categoria 5). Exemplos de achados colocados nesta categoria são<br />
de uma massa sólida, irregular e mal-definida ou um novo grupo de finas<br />
microcalcificações pleomórficas. Um resultado maligno é esperado nesta categoria.<br />
Estas divisões internas da Categoria 4 deve encorajar patologistas a iniciarem uma<br />
avaliação mais profunda dos resultados benignos da Categoria 4C, e deve permitir aos<br />
médicos a melhor entenderem as recomendações de controle após a biopsia por achados<br />
colocados em cada subdivisão da Categoria 4.<br />
Categoria 5<br />
A Categoria 5 é usada para lesões quase certamente representando carcinoma na mama.<br />
Em edições anteriores do <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>®, quando diagnósticos histopatológicos ou<br />
citológicos obtidos por biopsias com agulhas eram menos comuns, a avaliação desta<br />
categoria significava que a lesão poderia ser tratada definitivamente sem uma amostra<br />
prévia de tecido.<br />
9
Esta categoria deve ser reservada para achados que são clássicos câncer de mama, com<br />
≥95% probabilidade de malignidade. Uma massa espiculada, irregular, com altadensidade,<br />
um arranjo segmentado ou linear de finas calcificações lineares ou uma massa<br />
espiculada irregular com microcalcificações pleomórficas associadas são exemplos de<br />
lesões que devem ser colocadas na Categoria 5. Achados que justifiquem uma biopsia<br />
mas não são clássicos para malignidade devem ser colocados na Categoria 4, idealmente<br />
em uma das 3 subdivisões mencionadas acima.<br />
Categoria 6<br />
Esta categoria foi adicionada para achados mamários confirmados como malignos pela<br />
biopsia, mas antes das terapias definitivas tais como: excisão cirúrgica, radioterapia,<br />
quimioterapia ou mastectomia. Diferentemente das categorias 4 e 5 <strong>BI</strong>-<strong>RADS</strong>®, não é<br />
necessária intervenção associada para confirmar malignidade. Esta categoria é apropriada<br />
para segundas opiniões em achados com biopsia prévia feita e que mostram serem<br />
malignas ou para a monitorização das respostas a quimioterapia neoadjuvante antes da<br />
excisão cirurgica.<br />
Poderá haver cenários onde as pacientes com biopsia comprovada de malignidade são<br />
mandadas para avaliação com exame de imagem antes da intervenção terapêutica. Por<br />
exemplo, uma paciente com malignidade reconhecida em uma mama pode ser enviada<br />
para uma consulta com filme em outro lugar resultando em recomendação para avaliação<br />
adicional de outras anormalidades na mesma mama ou na oposta (Categoria 0). Como em<br />
qualquer situação, a avaliação final deve ser baseada na ação mais imediata necessária. A<br />
avaliação adicional pode mostrar um cisto na mama oposta, um achado benigno que não<br />
requer ação, e a avaliação final poderá então retornar a Categoria 6 devido ao câncer<br />
conhecido mas que ainda não tratado. Se avaliação adicional revela um achado suspeito<br />
separado que necessite de biopsia, a avaliação geral deve ser Categoria 4, suspeita, com<br />
biopsia recomendada como a próxima medida.<br />
Se trabalho adicional é feito somente na mama oposta, isto deve ser codificado<br />
apropriadamente para os achados naquela mama somente; entretanto, pode ser<br />
aconselhável adicionar um comentário na impressão/recomendação que o tratamento<br />
definitivo do câncer conhecido na mama oposta ainda é necessário.<br />
O uso da Categoria 6 não é apropriado seguindo excisão de malignidade (Tumorectomia).<br />
Após a cirurgia, poderá não haver evidência residual do tumor, com avaliação final para<br />
Categoria 3, provavelmente benigno, ou Categoria 2, benigno. Pode haver;<br />
alternativamente, calcificações suspeitas para resíduos tumorais, com avaliação final para<br />
Categoria 4, suspeito, ou Categoria 5, de malignidade altamente sugestiva, com<br />
recomendação para biopsia ou cirurgia adicional.<br />
10
A maior razão para adicionar a Categoria 6 é que o mérito dos exames nesta avaliação<br />
deve ser excluído da auditoria. Auditorias que incluam tais exames podem<br />
inapropriadamente indicar taxas dilatadas de detecção de câncer, de valores preditivos<br />
positivos, e outros parâmetros.<br />
Categoria 0<br />
A Categoria 0 é usada após um exame de rastreio. Quando uma avaliação de exame de<br />
imagem aprofundado (exemplo: incidências adicionais ou ultra-sonografia) ou<br />
recuperação de filmes anteriores é necessário. A comparação com filmes antigos<br />
diminuia necessidade de recall. Entretanto, a comparação não é sempre necessária para<br />
interpretar mamografias (3-4). Na ausência de quaisquer achados preocupantes, foi<br />
achado que filmes anteriores seriam de utilidade somente em 35/1093 (3.2%) dos casos<br />
(5). Somente exames que necessitem filmes anteriores para que possa-se fazer uma<br />
avaliação válida deve ser codificado como Categoria 0. Esta pode mais frequentemente<br />
incluir casos com assimetria focal que pode representar uma variante normal ou<br />
mamogramas mostrando massa (s) circunscrita (s) que podem ter estado presentes<br />
anteriormente. As recomendações devem detalhar o exame completo necessário sugerido,<br />
(exemplo, incidências adicionais e/ou ultra-sonografia) se filmes antigos não forem<br />
recebidos.<br />
11
Figura 1 Algoritimo da Categoria 3<br />
Mudança notada<br />
(Categoria 4 ou 5, cuidado apropriado<br />
na especificação-da-categoria<br />
Mudança notada.<br />
(Categoria 4 ou 5, cuidado<br />
apropriado na especificação-dacategoria)<br />
Mudança notada.<br />
(Categoria 4 ou 5, , cuidado<br />
apropriado na especificação-dacategoria)<br />
Rastreio do Mamograma Categoria 0:<br />
“Recall” para avaliação de imagem diagnóstica<br />
(não usar Categoria 3 ao interpretar exames de rastreio)<br />
Categoria 3:<br />
Provavelmente Benigno<br />
Controle de 6 meses para a mama envolvida(s)<br />
6 meses após rastreio<br />
original<br />
12 meses após o rastreio<br />
original<br />
24 meses após o<br />
rastreio original<br />
36 meses após o<br />
rastreio original<br />
12<br />
Nenhuma mudança nos achados seguidos e<br />
nenhum achado(s) novo. Categoria 3 –<br />
mamograma bilateral deve ser recomendado em 6<br />
meses (Isto serve como um exame de rastreio da<br />
mama contra-lateral e o diagnóstico controle a ser<br />
um achado provavelmente benigno)<br />
Nenhuma mudança nos achados seguidos e<br />
nenhum achado(s) novo. Categoria 3; é<br />
recomendado mamograma bilateral em 12<br />
meses (para aprofundar provavelmente o<br />
achado benigno e por objetivos de rastreio)<br />
Nenhuma mudança nos achados seguidos e<br />
nenhum achado(s) novo. Categoria 2, é<br />
recomendado rastreio de rotina (se o<br />
mamografista decide que controle de 2 anos é<br />
suficiente para estabelecer benignidade).<br />
Mais um controle anual se o mamografista<br />
preferir ter 3 anos de estabilidade.