495 - SISITEMAS DE MANEJO PARA CONTROLE DE ... - Monsanto
495 - SISITEMAS DE MANEJO PARA CONTROLE DE ... - Monsanto
495 - SISITEMAS DE MANEJO PARA CONTROLE DE ... - Monsanto
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>495</strong> - <strong>SISITEMAS</strong> <strong>DE</strong> <strong>MANEJO</strong> <strong>PARA</strong> <strong>CONTROLE</strong> <strong>DE</strong> BIÓTIPOS RESISTENTES <strong>DE</strong><br />
AZEVÉM (Lolium multiflorum Lam) ATRAVÉS <strong>DE</strong> ROTAÇÃO COM COBERTURA<br />
VER<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> ERVILHACA (Vicia sativa) E HERBICIDAS.<br />
Alternative herbicides on the control of Lolium multiflorum resistant to glyphosate in areas with the cover crop Vicia<br />
sativa<br />
MAROCHI, A. I.* (<strong>Monsanto</strong> do Brasil Ltda - , aroldo.i.marochi@monsanto.com); CHRISTOFFOLETI, P.J.*<br />
(ESALQ/USP – Piracicaba-SP, pjchrist@esalq.usp.br); TRENTIN, R. (<strong>Monsanto</strong> do Brasil Ltda - ,); GALLI, A.J.B.<br />
(<strong>Monsanto</strong> do Brasil Ltda - , antonio.j.galli@monsanto.com); LÓPEZ-OVEJERO, R.F. (ESALQ/USP – Piracicaba-SP,<br />
rfloveje@esalq.usp.br).<br />
Resumo: Recentemente, foi confirmado um novo caso de resistência de plantas daninhas ao herbicida glyphosate<br />
através da espécie Lolium multiflorum (azevém) que corresponde ao primeiro caso relatado no Brasil para esse<br />
herbicida. Sendo assim, é importante propor algumas alternativas de prevenção e manejo desse problema. Com o<br />
objetivo de estudar alternativas de controle de azevém resistente ao herbicida glyphosate com e sem aplicação de<br />
graminicida sobre cobertura de ervilhaca, foi conduzido um experimento no municípo de Lagoa Vermelha (RS) na<br />
safra agrícola 2002/2003. Os tratamentos utilizados no experimento foram: glyphosate (Roundup Transrob) a 960,<br />
1920, 2880 g e.a.ha -1 + 2,4-D amina a 536 g i.a.ha -1 e paraquat + diuron a 500 + 250 g i.a.ha -1 , com ou sem aplicação<br />
anterior de clethodim a 72 gi.a.ha -1 . O clethodim foi aplicado após a colheita da soja (safra 2002/2003) e semeadura da<br />
ervilhaca, quando as plantas de azevém apresentavam de 3 a 5 perfilhos (10-12 cm), em 24/06/2003. As aplicações de<br />
glyphosate + 2,4-D ou paraquat + diuron foram realizadas no estádio de início de florescimento do azevém, para<br />
dessecar a cobertura de ervilhaca, em 08/10/2003. No paraquat + diuron foi adicionado Agral a 0,2% v/v e na de<br />
clethodim Assist a 0,5% v/v. O experimento foi conduzido em blocos ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos<br />
foram aplicados através de pulverizador costal, à pressão constante (CO2), com pontas TT110.015, e volume da calda<br />
de 100 Lha -1 . As avaliações foram realizadas aos 14 e 35 dias após a aplicação. A partir dos resultados obtidos pode-se<br />
concluir que:i) o aumento na dose de glyphosate, sem aplicação de clethodim e aplicado no estádio de início de<br />
florescimento do azevém, proporcionou maior controle do biótipo resistente; ii) o clethodim, aplicado em estádio inicial<br />
de crescimento do azevém, independentemente da dose de glyphosate, proporcionou controle superior a 93%; iii) o<br />
controle inicial através do clethodim, com complementação dos efeitos da cobertura de ervilhaca sobre a emergência de<br />
outras plântulas de azevém, mostrou-se como uma excelente alternativa de manejo de biótipos de azevém resistente.<br />
Palavras-chave: manejo, adubo verde, momento de aplicação.<br />
Key words: management, cover crop, timming of aplication.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Recentemente, foi confirmado um novo caso de resistência de plantas daninhas ao herbicida glyphosate através da<br />
espécie Lolium multiflorum (azevém) que corresponde ao primeiro caso relatado no Brasil para esse herbicida (Weed<br />
Science, 2003). Sendo assim, é importante propor algumas alternativas de prevenção e manejo desse problema. Para<br />
Boerboom (1999) para o manejo da resistência podem ser utilizadas estratégias químicas (herbicidas de mecanismo de<br />
ação alternativos) ou não químicas (coberturas verdes). Uma alternativa de manejo dos biótipos resistentes de azevém é<br />
através de culturas de inverno com dessecação o mais cedo possível controlando assim o azevém em estádio mais<br />
jovens de crescimento e conseqüentemente em estádios mais susceptíveis (Christoffoleti & López-Ovejero, 2003).<br />
Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar alternativas de controle de azevém resistente ao herbicida glyphosate com e<br />
sem aplicação de graminicida sobre cobertura de ervilhaca.<br />
MATERIAIS E MÉTODOS<br />
O experimento foi conduzido no municípo de Lagoa Vermelha (RS) na safra agrícola 2002/2003. Os tratamentos<br />
utilizados no experimento foram: glyphosate (Roundup Transrob) a 960, 1920, 2880 g e.a.ha -1 + 2,4-D amina a 536 g<br />
i.a.ha -1 e paraquat + diuron a 500 + 250 g i.a.ha -1 , com ou sem aplicação anterior de clethodim a 72 gi.a.ha -1 . O<br />
clethodim foi aplicado após a colheita da soja (safra 2002/2003) e semeadura da ervilhaca, quando as plantas de<br />
azevém apresentavam de 3 a 5 perfilhos (10-12 cm), em 24/06/2003. As aplicações de glyphosate + 2,4-D ou paraquat<br />
+ diuron foram realizadas no estádio de início de florescimento do azevém, para dessecar a cobertura de ervilhaca, em<br />
08/10/2003. No paraquat + diuron foi adicionado Agral a 0,2% v/v e na de clethodim Assist a 0,5% v/v. O
2<br />
delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com 8 tratamentos e quatro repetições. Cada parcela foi<br />
constituída por três metros de largura por seis de comprimento, perfazendo uma área útil de 18 m 2 . Os tratamentos<br />
foram aplicados através de pulverizador costal, à pressão constante (CO2), com pontas jato “leque” TT110.015, e<br />
volume da calda de 100 Lha -1 . As avaliações foram realizadas aos 14 e 35 dias após a aplicação (DAA). Aos resultados<br />
obtidos, foi aplicado o teste F para verificar se existiam diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos,<br />
e as médias foram comparadas pelo teste de LSD ao nível de 5 % de probabilidade.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Na tabela 1 são apresentados os resultados de controle aos 14 e 35 DAA. A partir dos resultados obtidos pode ser<br />
observado que o aumento na dose de glyphosate, sem aplicação de clethodim e aplicado no estádio de início de<br />
florescimento do azevém, proporcionou maior controle do biótipo resistente; no entanto, quando o clethodim foi<br />
aplicado em estádio inicial de crescimento do azevém, independentemente da dose de glyphosate, proporcionou<br />
controle superior a 93%. Assim, o controle inicial através do clethodim, com complementação dos efeitos da cobertura<br />
de ervilhaca sobre a emergência de outras plântulas de azevém, mostrou-se como uma excelente alternativa de manejo<br />
de biótipos de azevém resistente.<br />
Tabela 1. Tratamentos, doses utilizadas e controle de Lolium multiflorum resistente ao herbicida glyphosate.<br />
Tratamentos Dose Controle (%)<br />
Nome comum e.a. ou i.a. (gha -1 ) 14 DAA 37 DAA<br />
1. glyphosate + 2,4-D 960 + 536 48,3d 45,0d<br />
2. clethodim/glyphosate + 2,4-D 72/960 + 536 94,3a 93,3ab<br />
3. glyphosate + 2,4-D 1920 + 536 63,3c 63,3c<br />
4. clethodim/glyphosate + 2,4-D 72/1920 + 536 94,3a 94,3ab<br />
5. glyphosate + 2,4-D 2880 + 536 78,3b 78,3b<br />
6. clethodim/glyphosate + 2,4-D 72/2880 + 536 100,0a 99,7a<br />
7. paraquat + diuron 500 + 250 85,0b 83,3ab<br />
8. clethodim/paraquat + diuron 72/500 + 250 98,7a 95,0ab<br />
Médias seguidas de letra iguais minúsculas na colunas não diferem estatisticamente entre si através do teste de LSD ao nível de<br />
5% de probabilidade.<br />
LITERATURA CITADA<br />
BOERBOOM, C.M. Nonchemical Options for Delaying Weed Resistance to Herbicides in Midwest Cropping Systems. Weed<br />
Tech., v. 13, p.636-642. 1999.<br />
CHRISTOFFOLETI, P.J.; LÓPEZ-OVEJERO, R.F. Principais aspectos da resistência de plantas daninhas ao herbicida glyphosate.<br />
Planta Daninha, v.21, n3, p. 507-515, 2003.<br />
WEED SCIENCE. International survey of herbicide resistant weeds. Disponível: http://www.weedscience.org/in.asp. 12/12/2003.