os relatos dos viajantes estrangeiros no brasil oitocentista - Uesc
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em us<strong>os</strong>. Para além de uma descrição material estática é p<strong>os</strong>sível observar a cultura<br />
material em movimento.<br />
Outras passagens da obra “Viagem pelo Brasil” permitem abordagens em outr<strong>os</strong><br />
domíni<strong>os</strong> da história ambiental, como as representações que a natureza assume <strong>no</strong><br />
imaginário, e <strong>os</strong> us<strong>os</strong> d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> naturais para fins e econômic<strong>os</strong> e, ou, prátic<strong>os</strong>.<br />
Entretanto, nas proporções presentes cabíveis, não n<strong>os</strong> cabe maiores extensões sobre o<br />
tema.<br />
Conclusão<br />
A vinda da família real para o Brasil em 1808 produziu mudanças significativas<br />
que proporcionaram uma maior acessibilidade ao território <strong>brasil</strong>eiro pel<strong>os</strong> <strong>viajantes</strong>. O<br />
início do século XIX presenciou a entrada de grande fluxo de estrangeir<strong>os</strong> <strong>no</strong> país, o<br />
p<strong>os</strong>sibilitou uma maior aproximação entre o Brasil e a Europa.<br />
Considerável número de <strong>viajantes</strong> perpassou o território <strong>brasil</strong>eiro. Tais homens<br />
produziram registr<strong>os</strong> de viagens condicionad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> mais divers<strong>os</strong> interesses. Estas<br />
fontes são de grande valia para <strong>os</strong> historiadores do Brasil <strong>oitocentista</strong> e seu uso<br />
enquanto fonte é constante. Desse modo, a análise crítica das escritas de viagem se faz<br />
necessário e válido.<br />
Para uma abordagem inteligente d<strong>os</strong> escrit<strong>os</strong> de viagem é necessário a<br />
consciência de que <strong>os</strong> homens que <strong>os</strong> produziram eram sujeit<strong>os</strong> sócio-culturais dotad<strong>os</strong><br />
de pré-conceit<strong>os</strong>, interesses, e referenciais culturais própri<strong>os</strong>. A procedência exterior<br />
desses sujeit<strong>os</strong> permitiu-lhes a atenção a aspect<strong>os</strong> que não se fazem presentes em outr<strong>os</strong><br />
tip<strong>os</strong> de registr<strong>os</strong> provind<strong>os</strong> d<strong>os</strong> viventes do Brasil.<br />
Uma breve análise da escrita de viagem, em especial da obra “Viagem pelo<br />
Brasil”, de autoria d<strong>os</strong> naturalistas alemães Spix e Martius, permite compreender o valor<br />
desse gênero documental e, também, identificar múltiplas problemáticas passíveis de<br />
abordagem pela via d<strong>os</strong> domíni<strong>os</strong> da história.