13.04.2013 Views

influência na aptidão física - Repositório Aberto da Universidade do ...

influência na aptidão física - Repositório Aberto da Universidade do ...

influência na aptidão física - Repositório Aberto da Universidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

HELENA FERNANDES<br />

ANTROPOMETRIA, MATURIDADE BIOLÓGICA E<br />

POSIÇÃO NO CAMPO EM FUTEBOLISTAS<br />

ADOLESCENTES:<br />

INFLUÊNCIA NA APTIDÃO FÍSICA<br />

PORTO 2003


Hele<strong>na</strong> Teresa Vaz Serra Fer<strong>na</strong>ndes<br />

ANTROPOMETRIA, MATURIDADE BIOLÓGICA E<br />

POSIÇÃO NO CAMPO EM FUTEBOLISTAS<br />

ADOLESCENTES:<br />

INFLUÊNCIA NA APTIDÃO FÍSICA<br />

PORTO 2003<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Doutor José Soares<br />

Co-orienta<strong>do</strong>r: Mestre Carla Rêgo


Dissertação de candi<strong>da</strong>tura ao grau de<br />

Mestre em Medici<strong>na</strong> Desportiva<br />

apresenta<strong>da</strong> à Facul<strong>da</strong>de de Medici<strong>na</strong> <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Porto.


Ao Rodrigo e ao Afonso;<br />

Ao Alexandre;<br />

Aos meus pais e aos meus irmãos.


"Uma maçã não deve colher-se a meio<br />

<strong>da</strong> sua maturação. O seu sabor nunca<br />

será o mesmo. "<br />

(Na<strong>do</strong>ri, 1987)


Devo um agradecimento especial ao Prof. Doutor José Soares, por ter aceita<strong>do</strong><br />

orientar a minha dissertação.<br />

Foi uma grande honra ter podi<strong>do</strong> contar com a sua sabe<strong>do</strong>ria, porque foi durante<br />

uma apresentação que fez num congresso em 1993 que fiquei fasci<strong>na</strong><strong>da</strong> pela<br />

investigação científica no desporto. A inquestionável quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> seu trabalho e a<br />

impressio<strong>na</strong>nte facili<strong>da</strong>de com que o partilha são contagiantes.<br />

Obriga<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> pela disponibili<strong>da</strong>de, pela paciência e pelo rigor.<br />

Devo outra palavra de agradecimento especial à Mestre Carla Rêgo, por ter<br />

aceita<strong>do</strong> co-orientar a minha dissertação.<br />

Foi com grande satisfação que pude contar com a sua inestimável aju<strong>da</strong>, já que<br />

foi a responsável pelo despertar <strong>do</strong> meu interesse para as particulari<strong>da</strong>des <strong>da</strong> prática<br />

desportiva <strong>na</strong> a<strong>do</strong>lescência, durante uma aula que leccionou <strong>na</strong> parte curricular <strong>do</strong> Curso<br />

conducente ao Mestra<strong>do</strong> em Medici<strong>na</strong> Desportiva em 2000. O saber e a energia que<br />

transmitiu foram imensos.<br />

to<strong>do</strong> o apoio.<br />

Obriga<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> pela disponibili<strong>da</strong>de, pelas empenha<strong>da</strong>s revisões <strong>do</strong> texto e por


Antes de apresentar o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> meu trabalho não posso e não quero deixar de<br />

agradecer a to<strong>do</strong>s aqueles que também me aju<strong>da</strong>ram, entre os quais saliento:<br />

Prof. Doutor Ovídeo Costa, pela disponibili<strong>da</strong>de e pelo constante incentivo;<br />

Dr. Nelson Puga, por ter si<strong>do</strong> o responsável pelo meu contacto com a reali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> Medici<strong>na</strong> Desportiva, por tu<strong>do</strong> o que me ensinou e pelo apoio que sempre me<br />

disponibilizou;<br />

Prof. Doutor António Natal, André Coimbra, Mestre José Magalhães, Prof.<br />

Doutor Manuel Coelho e Silva, Dr. Paulo Beckert e Pedro Sinde, pelas sugestões, pelos<br />

ensi<strong>na</strong>mentos práticos e pela imprescindível aju<strong>da</strong> com a bibliografia;<br />

Dr. " Cristi<strong>na</strong> Santos, pelo incansável tratamento estatístico <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s;<br />

Dr. José Carlos Esteves, Prof. Ilídio, Prof José Maria, Sr. Freitas, Sr. Rolan<strong>do</strong>,<br />

Prof João, Prof Romão, Sr. Rios e Sr. Nuno, pelo apoio e pelas aju<strong>da</strong>s presta<strong>da</strong>s;<br />

Serviço de Medici<strong>na</strong> Física e de Reabilitação <strong>do</strong> Hospital de São João, <strong>na</strong>s<br />

pessoas <strong>do</strong> Dr. Nuno Fontes, meu Orienta<strong>do</strong>r de Formação, e <strong>do</strong> Dr. Joaquim<br />

Carregosa, Director de Serviço, pelo interesse e apoio que sempre manifestaram;<br />

To<strong>do</strong>s os atletas que constituíram a amostra.<br />

Muito obriga<strong>da</strong>.


INDICE<br />

I-INTRODUÇÃO 1<br />

II - POPULAÇÃO E MÉTODOS. 10<br />

1 - SELECÇÃO DA AMOSTRA 11<br />

2 - METODOLOGIA 11<br />

2.1 - CARACTERIZAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DO ESTADO DE<br />

NUTRIÇÃO 12<br />

2.2 - MATURIDADE BIOLÓGICA 12<br />

2.3-POSIÇÃONO CAMPO 13<br />

2.4 - APTIDÃO FÍSICA 13<br />

2.4.1-FORÇA MUSCULAR 13<br />

2.4.2 - VELOCIDADE 16<br />

2.5-PROCEDIMENTOSESTATÍSTICOS 17<br />

III-RESULTADOS. 18<br />

IV- DISCUSSÃO. 26<br />

V-CONCLUSÕES 39<br />

VI-SUGESTÕES. 41<br />

VU - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43<br />

VIII-ANEXOS. 53


I - INTRODUÇÃO<br />

Introdução<br />

í


Introdução<br />

A Medici<strong>na</strong> Desportiva é, sem dúvi<strong>da</strong>, uma <strong>da</strong>s especiali<strong>da</strong>des médicas mais<br />

abrangentes, já que engloba conhecimentos de diversas áreas que estão associa<strong>da</strong>s à<br />

prática desportiva, quer esta seja lúdica ou de competição. Em to<strong>da</strong>s as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des<br />

desportivas de competição, onde a exigência atinge o seu nível máximo, são inúmeras<br />

as responsabili<strong>da</strong>des desta especiali<strong>da</strong>de, nomea<strong>da</strong>mente em quatro aspectos -<br />

preparação <strong>física</strong> e treino, prevenção de lesões, diagnóstico e tratamento <strong>da</strong>s lesões e<br />

fi<strong>na</strong>lmente reabilitação/retoma <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de desportiva 1,2 .<br />

A Medici<strong>na</strong> Desportiva apresenta responsabili<strong>da</strong>des acresci<strong>da</strong>s quan<strong>do</strong> os<br />

praticantes que competem entre si são a<strong>do</strong>lescentes (sen<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>lescência defini<strong>da</strong>,<br />

para este efeito, como o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong>s 11 aos 21 anos de i<strong>da</strong>de 3 ), porque além de ter<br />

que definir e acompanhar as inúmeras vertentes que conduzem ao sucesso desportivo,<br />

tem também que li<strong>da</strong>r com uma <strong>da</strong>s fases <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que mais alterações origi<strong>na</strong> a<br />

diversos níveis.<br />

O futebol é uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva com enorme expressão a nível<br />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l (estan<strong>do</strong> mesmo descrita como a mais popular de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> 4,5,6 ) e,<br />

sobretu<strong>do</strong>, a nível <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. No entanto, é surpreendente a escassez de estu<strong>do</strong>s<br />

respeitantes à prática desta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de <strong>na</strong> fase inicial <strong>da</strong> a<strong>do</strong>lescência 7,8,9,10,11,12 , com a<br />

agravante de os méto<strong>do</strong>s de avaliação diferirem de estu<strong>do</strong> para estu<strong>do</strong> 10,11,13 .<br />

Seria muito importante apostar <strong>na</strong> correcta avaliação e no eficaz<br />

acompanhamento médico e técnico sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s futebolistas mais jovens, pelo seu<br />

eleva<strong>do</strong> grau de potenciali<strong>da</strong>de para uma carreira desportiva que seja ao mesmo<br />

tempo saudável e coroa<strong>da</strong> de êxitos.<br />

A especialização precoce no desporto, visan<strong>do</strong> o desporto de rendimento e a<br />

consequente obtenção rápi<strong>da</strong> de resulta<strong>do</strong>s, pode conduzir a alterações <strong>do</strong><br />

desenvolvimento harmonioso <strong>da</strong> criança e <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente 14,15,16 . A prática desportiva<br />

2


Introdução<br />

intensa, desenvolvi<strong>da</strong> sobretu<strong>do</strong> entre os 10 e os 18 anos de i<strong>da</strong>de, condicio<strong>na</strong><br />

inúmeras a<strong>da</strong>ptações, nomea<strong>da</strong>mente nutricio<strong>na</strong>is e endócri<strong>na</strong>s, modifican<strong>do</strong> a<br />

composição corporal e interferin<strong>do</strong> <strong>na</strong> progressão <strong>do</strong> crescimento e <strong>do</strong><br />

desenvolvimento pubertário 16,17 ' 18 . Esta interferência <strong>do</strong> treino de rendimento sobre um<br />

organismo em crescimento depende de múltiplos factores - i<strong>da</strong>de de início, intensi<strong>da</strong>de<br />

<strong>do</strong> treino durante a puber<strong>da</strong>de, tipo de metabolismo muscular pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>ntemente<br />

envolvi<strong>do</strong> e comportamento alimentar - que são decorrentes <strong>da</strong> procura <strong>da</strong> melhor<br />

performance individual 14,15 .<br />

Para agrupamento <strong>do</strong>s jovens praticantes de desporto de competição é sempre<br />

aplica<strong>do</strong> o critério <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica, associa<strong>do</strong>, em mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des específicas, a um<br />

outro critério, o peso corporal. A i<strong>da</strong>de cronológica é um critério universalmente aceite,<br />

sobretu<strong>do</strong> pela facili<strong>da</strong>de com que é aplica<strong>da</strong>, mas também pela sua eleva<strong>da</strong><br />

percentagem de fiabili<strong>da</strong>de. O critério <strong>do</strong> peso surge como tentativa de promover a<br />

justiça <strong>na</strong> competição, em mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des desportivas em que é consensual a vantagem<br />

<strong>do</strong> peso corporal superior.<br />

Têm si<strong>do</strong> feitos inúmeros esforços a nível inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l para identificar as<br />

contribuições relativas de diversas variáveis <strong>na</strong> <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> <strong>do</strong>s jovens desportistas 13 ,<br />

visan<strong>do</strong> não só um melhor conhecimento nesta área, mas também uma maior justiça<br />

no agrupamento por categorias para a competição, especificamente nesta faixa etária.<br />

Desde, pelo menos, 1901 que surge a preocupação <strong>da</strong> estratificação <strong>da</strong><br />

participação desportiva <strong>do</strong>s jovens com um critério mais realista <strong>do</strong> que a i<strong>da</strong>de<br />

cronológica 19 . Assim, outros méto<strong>do</strong>s de agrupamento têm si<strong>do</strong> propostos (incluin<strong>do</strong><br />

sempre a associação a critérios somáticos), mas cuja aplicação acaba por ser<br />

aban<strong>do</strong><strong>na</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> a frequente complexi<strong>da</strong>de que envolve 19 .<br />

3


Introdução<br />

A a<strong>do</strong>lescência encerra <strong>na</strong> sua definição o conceito <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de, pelo que,<br />

paralelamente ao crescimento somático ocorre a maturação biológica, defini<strong>da</strong> como a<br />

progressão para o esta<strong>do</strong> maturo <strong>do</strong> adulto 19,20,21 . É, por isso, uma fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que se<br />

caracteriza por um intenso crescimento associa<strong>do</strong> a grandes modificações a nível <strong>da</strong><br />

composição corporal, <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de biológica e, consequentemente, <strong>do</strong> rendimento<br />

físico 22 . Estas modificações apresentam uma grande variabili<strong>da</strong>de individual e são<br />

influencia<strong>da</strong>s por múltiplos factores, nomea<strong>da</strong>mente genéticos, hormo<strong>na</strong>is,<br />

nutricio<strong>na</strong>is, sociais e relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s com o nível de activi<strong>da</strong>de <strong>física</strong> 22 . Da<strong>da</strong> a grande<br />

variabili<strong>da</strong>de de ritmo a que estas alterações surgem nestas i<strong>da</strong>des peri-pubertárias,<br />

indivíduos <strong>do</strong> mesmo sexo e com a mesma i<strong>da</strong>de cronológica podem apresentar<br />

diferenças acentua<strong>da</strong>s em relação ao seu estádio maturacio<strong>na</strong>l. Surge então a noção<br />

de i<strong>da</strong>de biológica (em contraposição à i<strong>da</strong>de cronológica), que reflecte essencialmente<br />

o estádio maturacio<strong>na</strong>l de ca<strong>da</strong> a<strong>do</strong>lescente, ou seja, o nível de desenvolvimento em<br />

que este se encontra.<br />

A maioria <strong>da</strong>s funções fisiológicas associa<strong>da</strong>s ao rendimento desportivo<br />

apresenta uma relação mais estreita com o grau de maturi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> que com a i<strong>da</strong>de<br />

cronológica de ca<strong>da</strong> a<strong>do</strong>lescente 23 . Com o usual agrupamento em categorias pela i<strong>da</strong>de<br />

cronológica (independentemente <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de biológica), no mesmo grupo de jovens<br />

desportistas poderá registar-se uma grande amplitude de estádios maturativos 22 ' 24 , o<br />

que conduz a uma situação de desequilíbrio competitivo, <strong>da</strong><strong>do</strong> que alguns indivíduos<br />

estão em vantagem e outros em desvantagem 20,25,26 ' 27,28 ' 29 . Este conceito de<br />

vantagem/desvantagem requer uma aplicação específica a ca<strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />

desportiva, pois os jovens com maturi<strong>da</strong>de precoce podem ter vantagem biológica nos<br />

desportos que utilizam preferencialmente a força, a potência e a corpulência, mas não<br />

nos desportos onde a maturi<strong>da</strong>de avança<strong>da</strong> é uma desvantagem, como a<br />

ginástica 16,19,20,21,30,31 . To<strong>da</strong> esta problemática é de extrema importância, sobretu<strong>do</strong> nos<br />

4


Introdução<br />

a<strong>do</strong>lescentes mais jovens, pois a <strong>da</strong>ta, a duração e a intensi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> pico pubertário<br />

influenciam o seu rendimento desportivo 32,33 - a maturi<strong>da</strong>de biológica precoce<br />

repercute-se positivamente <strong>na</strong> performance <strong>física</strong> <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes 27,34 , sobretu<strong>do</strong> nos<br />

que praticam desportos de contacto como o futebol 35,36,37 , onde esta diferença se pode<br />

revestir de uma importância decisiva. O agrupamento ideal destes desportistas devia<br />

ter por base a sua i<strong>da</strong>de maturacio<strong>na</strong>l 1 .<br />

Em relação aos a<strong>do</strong>lescentes que praticam desportos com contacto físico,<br />

coloca-se também uma questão de saúde (para além <strong>do</strong> aspecto relacio<strong>na</strong><strong>do</strong> com o<br />

rendimento desportivo). A competição entre indivíduos que estão no mesmo escalão<br />

de i<strong>da</strong>de cronológica mas que têm maturi<strong>da</strong>de biológica diferente conduz a um<br />

aumento <strong>do</strong> risco de lesão nos mais imaturos 1,23,27,38 .<br />

Actualmente o futebol apresenta uma estrutura mais dinâmica, <strong>na</strong> qual o<br />

estatuto posicio<strong>na</strong>i no campo de jogo mantém a sua importância como posição<br />

preferencial de actuação durante a parti<strong>da</strong>, mas não restringe tanto o joga<strong>do</strong>r a locais<br />

fixos e, como tal, não o aprisio<strong>na</strong> de mo<strong>do</strong> irremediável a uma determi<strong>na</strong><strong>da</strong><br />

constituição <strong>física</strong> ou a uma determi<strong>na</strong><strong>da</strong> componente <strong>da</strong> <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong>. O futebol<br />

moderno assenta <strong>na</strong> capaci<strong>da</strong>de de to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res atacarem e defenderem<br />

sempre que é necessário 39 , de acor<strong>do</strong> com a situação <strong>do</strong> jogo. Esta flexibilização<br />

relativa <strong>da</strong>s posições no campo a que presentemente assistimos 5 origi<strong>na</strong> uma<br />

uniformização também relativa de to<strong>da</strong> a equipa. To<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res têm que atingir<br />

um eleva<strong>do</strong> nível de performance <strong>na</strong>s capaci<strong>da</strong>des básicas que sustentam um jogo de<br />

futebol 39 .<br />

A activi<strong>da</strong>de <strong>física</strong> <strong>na</strong> a<strong>do</strong>lescência é extremamente importante para a<br />

promoção <strong>da</strong> saúde nesta fase e depois <strong>na</strong> fase adulta 40 . Uma outra vertente <strong>da</strong><br />

activi<strong>da</strong>de <strong>física</strong> é a sua extrema importância como pilar de qualquer triunfo<br />

5


Introdução<br />

desportivo. Surge então o conceito de <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong>, que tem varia<strong>do</strong> e sofri<strong>do</strong><br />

inúmeras transformações com o decorrer <strong>do</strong> tempo 9 , sen<strong>do</strong> actualmente descrita como<br />

um esta<strong>do</strong> geral de prontidão motora e bem-estar, orienta<strong>da</strong> para as questões<br />

relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s com a saúde e também com a performance desporrjvo-motora 41 . Desta<br />

definição ressalta não só o seu carácter multidimensio<strong>na</strong>l, como também a subdivisão<br />

<strong>da</strong> <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> <strong>na</strong>s 2 vertentes - saúde e rendimento 9,42 - à semelhança <strong>do</strong> que se<br />

passa com a activi<strong>da</strong>de <strong>física</strong>.<br />

Estão descritas cinco componentes <strong>da</strong> <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> - morfológica, muscular,<br />

motora, cárdio-respiratória e metabólica 42 . Ca<strong>da</strong> uma destas componentes é depois<br />

subdividi<strong>da</strong> em diversos factores, de entre os quais é <strong>da</strong><strong>do</strong> particular ênfase neste<br />

estu<strong>do</strong> ao índice ponderal e à composição corporal <strong>na</strong> <strong>aptidão</strong> morfológica, à potência<br />

e à força <strong>na</strong> <strong>aptidão</strong> muscular e à agili<strong>da</strong>de, à coorde<strong>na</strong>ção e à veloci<strong>da</strong>de de<br />

movimento <strong>na</strong> <strong>aptidão</strong> motora 42 . A <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> deve ser vista como um perfil (uma<br />

conjugação de traços), pelo que a sua medição tem que ser efectua<strong>da</strong> a partir de um<br />

conjunto varia<strong>do</strong> de indica<strong>do</strong>res, os testes 9 , e não de uma forma directa. Assim, estão<br />

descritos diversos testes para avaliação <strong>do</strong>s diversos factores <strong>da</strong> <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> e,<br />

especificamente neste estu<strong>do</strong>, <strong>do</strong>s factores relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s com o rendimento desportivo<br />

no futebol.<br />

A evolução <strong>do</strong> futebol tem passa<strong>do</strong>, ca<strong>da</strong> vez mais, pelo estu<strong>do</strong> e<br />

sistematização de aspectos relativos a duas reali<strong>da</strong>des interdependentes: o jogo e o<br />

joga<strong>do</strong>r 7 . Relativamente ao joga<strong>do</strong>r, a avaliação <strong>do</strong> seu rendimento desportivo é uma<br />

tarefa muito difícil, sobretu<strong>do</strong> por se tratar de um jogo desportivo colectivo 43 , com<br />

inúmeros aspectos (tácticos, psicológicos/sociais, técnicos e fisiológicos 44 ) que se<br />

conjugam para atingir o sucesso. Ca<strong>da</strong> acção individual de um joga<strong>do</strong>r pode ser<br />

considera<strong>da</strong> como um teste aleatório às capaci<strong>da</strong>de <strong>física</strong>s, técnicas e tácticas<br />

individuais e à experiência <strong>da</strong> equipa 45 . Uma forma indirecta de avaliar o rendimento<br />

6


Introdução<br />

desportivo <strong>do</strong>s futebolistas é sujeitá-los a uma bateria de testes que avaliem as<br />

capaci<strong>da</strong>des motoras, coorde<strong>na</strong>tivas ou psicológicas e que simulem as tarefas exigi<strong>da</strong>s<br />

no gesto desportivo <strong>do</strong> futebol 43 .<br />

O futebol é caracteriza<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> um exercício intermitente 4,46 , pois os<br />

futebolistas têm de fazer esforços de sequência imprevisível e aleatória, com diferentes<br />

intensi<strong>da</strong>des e durações, separa<strong>do</strong>s por intervalos de características e duração também<br />

imprevistas 9 . Apesar <strong>da</strong> maior parte <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de durante um jogo de futebol ser de<br />

<strong>na</strong>tureza aeróbia (momentos em que o joga<strong>do</strong>r não está directamente envolvi<strong>do</strong> com a<br />

bola), a activi<strong>da</strong>de enquanto o joga<strong>do</strong>r está directamente envolvi<strong>do</strong> no jogo é<br />

essencialmente de <strong>na</strong>tureza a<strong>na</strong>eróbia 4,6 . Encontra-se também descrito que joga<strong>do</strong>res<br />

de diferentes níveis são mais bem diferencia<strong>do</strong>s pelas componentes <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de<br />

a<strong>na</strong>eróbia (veloci<strong>da</strong>de, força, potência, limiar a<strong>na</strong>eróbio e capaci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> sistema<br />

láctico) <strong>do</strong> que pelas componentes <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de aeróbia 47 . O joga<strong>do</strong>r de futebol tem<br />

de efectuar, ao longo de um jogo, corri<strong>da</strong>s rápi<strong>da</strong>s (sprints) com mu<strong>da</strong>nças de senti<strong>do</strong>,<br />

direcção e/ou variações <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de, travagens e arranques bruscos, quer laterais<br />

quer antero-posteriores, executa<strong>do</strong>s em espaços curtos (5-30 metros), saltos, remates,<br />

pontapés de baliza, cantos, lançamentos pela linha lateral, tackles e lutas corpo-a-<br />

corpo 7 . Estas tarefas, embora representem ape<strong>na</strong>s pouco mais <strong>do</strong> que 3% <strong>da</strong>s acções<br />

de um futebolista durante o jogo, são geralmente as fases mais decisivas <strong>do</strong> mesmo,<br />

onde se podem obter ou evitar golos 43 . Realçam-se, assim, as capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s<br />

a<strong>na</strong>eróbias força muscular e veloci<strong>da</strong>de como factores <strong>da</strong> <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> determi<strong>na</strong>ntes<br />

para o sucesso nesta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva.<br />

A força muscular, entendi<strong>da</strong> como pressuposto condicio<strong>na</strong>l para a execução de<br />

acções motoras 7 , é uma capaci<strong>da</strong>de à qual tem vin<strong>do</strong> a ser reconheci<strong>da</strong> uma<br />

importância crescente a nível <strong>do</strong> futebol 46 . Esta capaci<strong>da</strong>de motora, particularmente a<br />

sua componente explosiva, parece constituir a base fun<strong>da</strong>mental para a realização <strong>da</strong>s<br />

7


Introdução<br />

inúmeras acções explosivas de um jogo de futebol 9 , como as que foram anteriormente<br />

descritas. A força explosiva apresenta uma grande diversi<strong>da</strong>de de desig<strong>na</strong>ções<br />

terminológicas <strong>na</strong> literatura 9 , mas pode ser defini<strong>da</strong> como a capaci<strong>da</strong>de que o sistema<br />

neuromuscular tem de superar resistências com a maior veloci<strong>da</strong>de de contracção<br />

possível 48 . Um outro conceito importante é o <strong>da</strong> força veloz, que é a forma de<br />

manifestação específica <strong>da</strong> força nos jogos desportivos colectivos, <strong>na</strong> medi<strong>da</strong> em que<br />

permite ao joga<strong>do</strong>r a rápi<strong>da</strong> e eficaz execução de diversas acções de <strong>na</strong>tureza<br />

técnica 49 . Esta capaci<strong>da</strong>de é considera<strong>da</strong> uma componente essencial <strong>na</strong> prestação de<br />

inúmeros movimentos cíclicos e acíclicos e parece constituir-se como uma <strong>da</strong>s bases<br />

fun<strong>da</strong>mentais para a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s acções a desencadear pelo futebolista 50 .<br />

A veloci<strong>da</strong>de é a capaci<strong>da</strong>de de um indivíduo se deslocar o mais rapi<strong>da</strong>mente<br />

possível, deven<strong>do</strong> considerar-se igualmente como a capaci<strong>da</strong>de de deslocamento <strong>do</strong>s<br />

segmentos <strong>do</strong> corpo, já que se trata <strong>da</strong> base de suporte de deslocação <strong>do</strong> corpo no<br />

seu conjunto 51 . As activi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s à veloci<strong>da</strong>de máxima ocupam uma<br />

percentagem reduzi<strong>da</strong> <strong>do</strong> tempo total <strong>do</strong> jogo de futebol, mas revestem-se de uma<br />

importância fun<strong>da</strong>mental, pois estão associa<strong>da</strong>s aos momentos cruciais <strong>do</strong> jogo 52<br />

(como o ganho ou a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> posse <strong>da</strong> bola e a marcação ou a concessão de<br />

golos 6,53 ). A veloci<strong>da</strong>de é assim uma <strong>da</strong>s componentes mais importantes <strong>da</strong>s<br />

capaci<strong>da</strong>des específicas <strong>do</strong> futebolista 54 .<br />

O reduzi<strong>do</strong> número de trabalhos realiza<strong>do</strong>s com indivíduos <strong>do</strong> sexo masculino<br />

deste escalão etário e deste desporto colectivo, a nível inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l e essencialmente<br />

a nível <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, justifica só por si a pertinência <strong>da</strong> realização <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong>.<br />

8


Introdução<br />

Os resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s servirão de comparação para estu<strong>do</strong>s com<br />

populações semelhantes, ou seja, constituem uma base de <strong>da</strong><strong>do</strong>s de referência,<br />

sobretu<strong>do</strong> para estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> população portuguesa de futebolistas juvenis.<br />

As conclusões fi<strong>na</strong>is poderão alertar e/ou reforçar a extraordinária importância<br />

<strong>da</strong> correcta e completa avaliação de um jovem futebolista para a optimização <strong>do</strong> seu<br />

bem-estar e <strong>do</strong> rendimento <strong>do</strong> seu clube, e <strong>do</strong> futebol em geral.<br />

Objectivos<br />

Proceder à avaliação transversal de uma população de futebolistas a<strong>do</strong>lescentes<br />

<strong>do</strong> sexo masculino de eleva<strong>do</strong> nível competitivo relativamente às suas características<br />

antropométricas, ao esta<strong>do</strong> de nutrição, à maturi<strong>da</strong>de biológica e à posição no campo<br />

de jogo;<br />

Avaliar esta população em relação às capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s força muscular e<br />

veloci<strong>da</strong>de, através de 6 testes físicos;<br />

Verificar se existem diferenças entre os diversos graus de maturi<strong>da</strong>de biológica<br />

relativamente às características antropométricas, ao esta<strong>do</strong> de nutrição e às<br />

capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s;<br />

Verificar se existem diferenças entre as diversas posições no campo<br />

relativamente às características antropométricas, ao esta<strong>do</strong> de nutrição e às<br />

capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

9


II - POPULAÇÃO E MÉTODOS<br />

População e Méto<strong>do</strong>s<br />

10


1 - SELECÇÃO DA AMOSTRA<br />

População e Méto<strong>do</strong>s<br />

O presente estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> com praticantes de futebol <strong>do</strong> sexo masculino<br />

pertencentes aos escalões de Infantis e Inicia<strong>do</strong>s de um clube de topo <strong>do</strong> futebol<br />

juvenil em Portugal.<br />

A amostra era constituí<strong>da</strong> por 74 sujeitos com uma i<strong>da</strong>de cronológica entre os<br />

Íleos 15 anos.<br />

De acor<strong>do</strong> com a apreciação somatoscopy, ape<strong>na</strong>s 3 indivíduos pertenciam à<br />

raça negra, sen<strong>do</strong> os restantes <strong>da</strong> raça caucasia<strong>na</strong>.<br />

To<strong>do</strong>s os praticantes possuíam, no mínimo, 2 anos consecutivos de prática<br />

desportiva de futebol num clube federa<strong>do</strong>.<br />

Foram excluí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> os atletas que não completaram os 6 testes de<br />

<strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> e aqueles que não apresentavam condições para os efectuar.<br />

2 - METODOLOGIA<br />

A ficha elabora<strong>da</strong> para registo <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s e os valores obti<strong>do</strong>s nos diversos<br />

parâmetros encontram-se em anexo.<br />

11


População e Méto<strong>do</strong>s<br />

2.1 - CARACTERIZAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DO ESTADO DE NUTRIÇÃO<br />

Procedeu-se à avaliação <strong>do</strong> peso (P) e <strong>da</strong> estatura (E) segun<strong>do</strong> as normas<br />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s 55 . A determi<strong>na</strong>ção <strong>da</strong> estatura foi efectua<strong>da</strong> com um<br />

estadiómetro JOFRE (sensibili<strong>da</strong>de 0,5cm) e a <strong>do</strong> peso com uma balança JOFRE<br />

(sensibili<strong>da</strong>de 100g).<br />

O esta<strong>do</strong> nutricio<strong>na</strong>l foi avalia<strong>do</strong> pelo índice de Massa Corporal (IMC) de<br />

Quetelet 55 (P/E 2 ).<br />

Procedeu-se posteriormente ao cálculo <strong>do</strong> Z-score <strong>da</strong> estatura e <strong>do</strong> IMC, ten<strong>do</strong><br />

como padrão de referência as tabelas de Frisancho 57 .<br />

2.2 - MATURIDADE BIOLÓGICA<br />

O estadiamento <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de biológica foi efectua<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com a<br />

classificação <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de sexual segun<strong>do</strong> Tanner 58 , ten<strong>do</strong> por base a observação <strong>do</strong>s<br />

caracteres sexuais secundários (corresponden<strong>do</strong> o estádio 1 ao indivíduo pré-púbere e<br />

o estádio 5 ao indivíduo adulto). Utilizou-se o méto<strong>do</strong> de auto-caracterização, que foi<br />

efectua<strong>do</strong> por ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s sujeitos em priva<strong>do</strong> através <strong>da</strong> visualização de fotografias<br />

correspondentes a ca<strong>da</strong> estádio e após breve explicação <strong>do</strong> seu objectivo.<br />

Aleatoriamente ou em caso de dúvi<strong>da</strong>, procedeu-se à caracterização directa pela<br />

observa<strong>do</strong>ra.<br />

12


2.3 - POSIÇÃO NO CAMPO<br />

População e Méto<strong>do</strong>s<br />

Consideraram-se cinco posições no campo de jogo: guar<strong>da</strong>-redes, centrais,<br />

laterais, médios e avança<strong>do</strong>s. Os jovens futebolistas foram classifica<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> a sua<br />

posição de acor<strong>do</strong> com a informação <strong>da</strong><strong>da</strong> pelos próprios e posteriormente confirma<strong>da</strong><br />

pelos respectivos trei<strong>na</strong><strong>do</strong>res.<br />

2.4 - APTIDÃO FÍSICA<br />

2.4.1 - FORÇA MUSCULAR<br />

Foram avalia<strong>da</strong>s duas vertentes <strong>da</strong> força muscular <strong>do</strong>s membros inferiores (MI):<br />

a força explosiva e a força veloz.<br />

Força explosiva<br />

A avaliação <strong>da</strong> força explosiva <strong>do</strong>s MI foi efectua<strong>da</strong> segun<strong>do</strong> a bateria de testes<br />

de Bosco 59 . O material utiliza<strong>do</strong> foi um aparelho electromecânico, o Ergojump<br />

(GLOBUS), que é constituí<strong>do</strong> por uma plantaforma sensível à pressão liga<strong>da</strong> a um<br />

cronometro digital electrónico. O cronometro é automaticamente activa<strong>do</strong> no momento<br />

em que os pés <strong>do</strong> sujeito deixam de contactar com plantaforma e pára a contagem<br />

logo que os pés voltam a contactar com a plantaforma após o salto. O Ergojump<br />

regista o tempo de vôo (Tv) em ca<strong>da</strong> salto realiza<strong>do</strong> e adicio<strong>na</strong> os diversos tempos<br />

quan<strong>do</strong> são efectua<strong>do</strong>s saltos sucessivos. Seguin<strong>do</strong> a fórmula proposta por Bosco 60 , é<br />

possível calcular a altura alcança<strong>da</strong> pelo centro de gravi<strong>da</strong>de (Hcg) a partir <strong>do</strong> Tv de<br />

ca<strong>da</strong> salto:<br />

13


Hcg = (g x Tv 2 ) / 8<br />

(g = aceleração <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de = 9.81m/s 2 )<br />

População e Méto<strong>do</strong>s<br />

Quanto maior a altura alcança<strong>da</strong> pelo centro de gravi<strong>da</strong>de melhor é o resulta<strong>do</strong>.<br />

Durante a realização de saltos sucessivos sobre a plantaforma, o cronometro<br />

adicio<strong>na</strong> os tempos de ca<strong>da</strong> salto, possibilitan<strong>do</strong> o registo <strong>do</strong> tempo total de vôo CTtv).<br />

Com o registo manual <strong>do</strong> número de saltos (ns) efectua<strong>do</strong>s durante os 15 seg de<br />

tempo <strong>do</strong> teste (Tt), é possível determi<strong>na</strong>r a potência mecânica média (PMM),<br />

mediante a fórmula de Bosco 61 :<br />

W = (g 2 x Tt x Ttv) / [4ns (Tt-Ttv)]<br />

(W = PMM, em Watt/Kg e g = aceleração <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de = 9.81m/s z )<br />

O melhor resulta<strong>do</strong> corresponde ao maior valor obti<strong>do</strong> para a potência<br />

mecânica média.<br />

Teste de força explosiva - salto estático (SE)<br />

O sujeito deve efectuar um salto vertical a partir <strong>da</strong> posição estática de pé e<br />

com os MI em flexão de 90° a nível <strong>do</strong>s joelhos. Durante to<strong>do</strong> o teste o tronco deve<br />

estar sempre <strong>na</strong> vertical e as mãos devem estar sempre <strong>na</strong> cintura 62 . Considera-se a<br />

melhor de 2 tentativas 7 .<br />

Teste de força explosiva - salto com contra-movimento (SCM)<br />

Neste teste o indivíduo também se encontra <strong>na</strong> posição de pé, mas tem os MI<br />

em extensão e efectua um salto vertical após flexão <strong>do</strong>s joelhos (até 90°, no máximo).<br />

14


População e Méto<strong>do</strong>s<br />

O tronco deve estar ergui<strong>do</strong> e as mãos devem manter-se <strong>na</strong> cintura 62 . É também<br />

considera<strong>da</strong> a melhor de 2 tentativas 7 .<br />

Teste de potência mecânica média <strong>do</strong> salto vertical (PMM)<br />

É em tu<strong>do</strong> semelhante ao que foi anteriormente descrito para o salto com<br />

contra-movimento, mas neste teste o sujeito deve efectuar saltos sucessivos à máxima<br />

intensi<strong>da</strong>de até perfazer o tempo de 15 segun<strong>do</strong>s. Durante a realização desta prova<br />

devem ser evita<strong>do</strong>s os deslocamentos laterais e antero-posteriores <strong>do</strong> tórax e nunca<br />

dever ser permiti<strong>da</strong> a utilização <strong>do</strong>s membros superiores 62 .<br />

Força veloz<br />

A avaliação <strong>da</strong> força veloz foi efectua<strong>da</strong> por uma corri<strong>da</strong> pendular de 4 x 5,50<br />

metros. O material utiliza<strong>do</strong> foi uma fita métrica (gradua<strong>da</strong> em cm), 2 mecos e 2<br />

cronometras (HUGER). Quanto menor o tempo gasto para percorrer esta distância<br />

melhor é o resulta<strong>do</strong>.<br />

Teste de força veloz<br />

O executante coloca-se em pé atrás de uma linha que dista 5,50m de outra<br />

linha e à voz de "vai" percorre o mais rapi<strong>da</strong>mente possível e durante 4 vezes esta<br />

distância (perfazen<strong>do</strong> 22 metros), deven<strong>do</strong> contor<strong>na</strong>r <strong>na</strong> parte fi<strong>na</strong>l de ca<strong>da</strong> percurso<br />

um meço que se encontra sobre as linhas limite (excepto no último percurso). O tempo<br />

que o sujeito demora a percorrer os 22m é cronometra<strong>do</strong> por 2 avalia<strong>do</strong>res (0,01seg),<br />

fican<strong>do</strong> regista<strong>do</strong> o tempo que é obti<strong>do</strong> com a média <strong>do</strong>s 2 valores, ao qual se<br />

adicio<strong>na</strong>m 0,2seg por ca<strong>da</strong> meço que é derruba<strong>do</strong>. O momento de paragem <strong>do</strong><br />

15


População e Méto<strong>do</strong>s<br />

cronometro corresponde ao momento de passagem <strong>do</strong> peito <strong>do</strong> executante pelo plano<br />

<strong>da</strong> linha de chega<strong>da</strong> 7 .<br />

2.4.2 - VELOCIDADE<br />

Para avaliação <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s sujeitos foram utiliza<strong>do</strong>s 4 tripés e 4 células<br />

fotoeléctricas (BROWER) e uma fita métrica (cm). As células fotoeléctricas estavam<br />

liga<strong>da</strong>s a um cronometro digital (0,01seg), que se accio<strong>na</strong>va quan<strong>do</strong> o sujeito passava<br />

no ponto de parti<strong>da</strong> e parava quan<strong>do</strong> o sujeito passava <strong>na</strong> linha de chega<strong>da</strong>. O melhor<br />

resulta<strong>do</strong> corresponde ao menor tempo gasto para percorrer a distância.<br />

Veloci<strong>da</strong>de de aceleração<br />

Para avaliação <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de de aceleração foi efectua<strong>do</strong> o teste <strong>do</strong>s 10 metros.<br />

Teste <strong>do</strong>s 10m<br />

O teste consiste em percorrer uma distância de 10m à veloci<strong>da</strong>de máxima. Os<br />

sujeitos percorrem a distância mencio<strong>na</strong><strong>da</strong> individualmente e <strong>da</strong>n<strong>do</strong> início à prova de<br />

acor<strong>do</strong> com a sua vontade (sem estímulo para partir). No fim de ca<strong>da</strong> corri<strong>da</strong> regista-<br />

se o tempo gasto para cobrir a distância pretendi<strong>da</strong> 63 .<br />

Veloci<strong>da</strong>de máxima<br />

Para avaliação deste tipo de veloci<strong>da</strong>de foi efectua<strong>do</strong> o teste <strong>do</strong>s 30 metros.<br />

16


Teste <strong>do</strong>s 30m<br />

População e Méto<strong>do</strong>s<br />

O teste consiste em percorrer uma distância de 30m à veloci<strong>da</strong>de máxima e a<br />

prova decorre nos mesmos moldes <strong>do</strong> que já foi descrito para o teste <strong>do</strong>s 10m 63 .<br />

2.5 - PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS<br />

Para a análise descritiva foram utiliza<strong>da</strong>s tabelas de frequência para as variáveis<br />

categóricas e cálculo <strong>da</strong> média e <strong>do</strong> desvio padrão para as variáveis contínuas.<br />

A comparação entre médias foi efectua<strong>da</strong> por oneway ANOVA e por teste T<br />

para amostras independentes.<br />

Em relação ao estadiamento sexual foi feita uma regressão logística pondera<strong>da</strong><br />

para o esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) em ca<strong>da</strong> teste físico.<br />

O nível de significância utiliza<strong>do</strong> foi de 0,05.<br />

17


III - RESULTADOS<br />

Resulta<strong>do</strong>s<br />

18


Resulta<strong>do</strong>s<br />

Com uma i<strong>da</strong>de cronológica média de 13,1 anos (DP de 1,3), a distribuição<br />

etária <strong>da</strong> amostra pode ser observa<strong>da</strong> <strong>na</strong> Figura 1.<br />

%<br />

30 ­,<br />

25 ­<br />

10 ­<br />

5 ­<br />

0<br />

11<br />

24 24 24<br />

I<strong>da</strong>de cronol ógica<br />

17<br />

■ 11 anos<br />

D 12 anos<br />

D13 anos<br />

D 14 anos<br />

D 15 anos<br />

Figura 1 - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): distribuição<br />

em função <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica (anos) (%).<br />

Na Tabela I pode observar-se a caracterização antropométrica e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de<br />

nutrição (IMC) <strong>do</strong>s indivíduos avalia<strong>do</strong>s.<br />

Tabela I - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): caracterização antropométrica [peso (Kg);<br />

estatura (cm)] e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) (M, DP, Min, Máx).<br />

Peso Estatura Zs Estatura IMC ZsIMC<br />

Média 51,10 161/40 0,20 19,41 0,17<br />

DP 10,16 10,83 0,92 1,84 0,49<br />

Min 35 141 -1,85 15,62 -0,65<br />

Máx 76 183 2,69 24,22 1,43<br />

IMC: índice de massa corporal; Zs: Z score.<br />

19


Resulta<strong>do</strong>s<br />

Na Tabela II podem ser observa<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s globais <strong>da</strong> amostra<br />

relativamente aos 6 testes efectua<strong>do</strong>s para avaliação <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s força<br />

muscular e veloci<strong>da</strong>de.<br />

Tabela II - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): testes de <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> [SE (cm); SCM (cm);<br />

PMM (Watt/Kg); força veloz (seg); veloci<strong>da</strong>de 10 (seg); veloci<strong>da</strong>de 30 (seg)] (M, DP, Min, Máx).<br />

SE SCM PMM F Veloz Vel 10 Vel 30<br />

Média 32,5 34,3 41,2 7,95 1,90 4,78<br />

DP 4,56 4,85 8,23 0,36 0,09 0,32<br />

Min 24,20 25,50 25,00 7,21 1,72 4,16<br />

Máx 48,20 50,50 59,92 8,81 2,11 5,72<br />

SE: salto estático; SCM: salto com contra-movimento; PMM: potência mecânica média; F Veloz: força veloz; Vel 10:<br />

veloci<strong>da</strong>de 10 metros; Vel 30: veloci<strong>da</strong>de 30 metros.<br />

Relativamente aos estádios de maturi<strong>da</strong>de biológica, <strong>na</strong> amostra <strong>do</strong> presente<br />

estu<strong>do</strong> só foram encontra<strong>do</strong>s indivíduos representantes <strong>do</strong>s estádios 2, 3 e 4 de<br />

Tanner, sen<strong>do</strong> o estádio 3 o mais representativo (Figura 2).<br />

52%<br />

22%<br />

□ Estádio 2<br />

□ Estádio 3<br />

26% D Estádio 4<br />

Figura 2 - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74):<br />

distribuição em função <strong>do</strong>s estádios de maturi<strong>da</strong>de<br />

biológica (Tanner) (%).<br />

20


Resulta<strong>do</strong>s<br />

A média <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica de ca<strong>da</strong> estádio de maturi<strong>da</strong>de biológica<br />

encontra-se descrita <strong>na</strong> Tabela III.<br />

Tabela III - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): caracterização <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica (anos)<br />

segun<strong>do</strong> o estádio de maturi<strong>da</strong>de biológica (Tanner) (M, DP, Min, Máx).<br />

I<strong>da</strong>de cronológica<br />

Média DP Min Máx<br />

Estádio 2 11,9 0,8 11 13<br />

Estádio 3 13,1 1,2 11 15<br />

Estádio 4 14,1 0,7 13 15<br />

Na Tabela IV está representa<strong>da</strong> a distnbuição <strong>do</strong>s indivíduos <strong>da</strong> amostra de<br />

acor<strong>do</strong> com a i<strong>da</strong>de cronológica e os estádios de maturi<strong>da</strong>de biológica, sen<strong>do</strong> possível<br />

verificar a sua heterogenei<strong>da</strong>de.<br />

Tabela IV - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): distribuição <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica (anos) em<br />

função <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de biológica (Tanner).<br />

11 12 13 14 15 Total<br />

Estádio 2 n=5 n=7 n=4 - - n=16<br />

Estádio 3 n=3 n=ll n=10 n=8 n=7 n=39<br />

Estádio 4 - - n=4 n=10 n=5 n=19<br />

Total n=8 n=18 n=18 n=18 n=12 n=74<br />

21


Resulta<strong>do</strong>s<br />

A caracterização antropométrica e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de nutrição <strong>da</strong> amostra segun<strong>do</strong> o<br />

grau de maturi<strong>da</strong>de encontra-se representa<strong>da</strong> <strong>na</strong> Tabela V.<br />

Tabela V - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): caracterização antropométrica [peso (Kg);<br />

estatura (cm)] e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) segun<strong>do</strong> o grau maturacio<strong>na</strong>l (M, DP).<br />

I<strong>da</strong>de Peso Estatura Zs Estât IMC ZsIMC<br />

Estádio 2 Média 11,94 41,47 150,72 -0,10 18,22 0,07<br />

n=16 DP 0,77 5,89 5,99 0,95 1,99 0,65<br />

Estádio 3e 4 Média 13,43 53,72 164,28 0,29 19,74 0,20<br />

n=58 DP 1,17 9,50 10,02 0,90 1,68 0,44<br />

IMC: índice de massa corporal; Zs: Z score.<br />

Na Tabela VI encontram-se descritos os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seis testes físicos<br />

efectua<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> os graus de maturi<strong>da</strong>de já referi<strong>do</strong>s.<br />

Tabela VI - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): testes de <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> [SE (cm); SCM (cm);<br />

PMM (Watt/Kg); força veloz (seg); veloci<strong>da</strong>de 10 (seg); veloci<strong>da</strong>de 30 (seg)] segun<strong>do</strong> o grau<br />

maturacio<strong>na</strong>l (M, DP).<br />

SE SCM PMM F Veloz Vel 10 Vel 30<br />

Estádio 2 Média 29,71 30,53 36,92 8,29 1,97 5,14<br />

n=16 DP 2,97 2,97 7,17 0,25 0,07 0,27<br />

Estádio 3e 4 Média 33,28 35,30 42,34 7,85 1,88 4,69<br />

n=58 DP 4,64 4,77 8,17 0,32 0,09 0,26<br />

SE: salto estático; SCM: salto com contra-movimento; PMM: potência mecânica média; F Veloz: força veloz; Vel 10:<br />

veloci<strong>da</strong>de 10 metros; Vel 30: veloci<strong>da</strong>de 30 metros.<br />

Os indivíduos mais maturos (estádios 3 e 4) apresentam valores superiores no<br />

que respeita aos indica<strong>do</strong>res antropométricos e nutricio<strong>na</strong>is e aos factores de <strong>aptidão</strong><br />

22


Resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>física</strong> estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com o grupo que está <strong>na</strong> fase inicial <strong>da</strong><br />

puber<strong>da</strong>de (estádio 2), sen<strong>do</strong> to<strong>da</strong>s as diferenças encontra<strong>da</strong>s estatisticamente<br />

significativas (p


Resulta<strong>do</strong>s<br />

Na Figura 3 estão descritas as 5 posições no campo e as respectivas<br />

representações <strong>na</strong> amostra.<br />

%<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

—22— —22­<br />

■<br />

-^f—<br />

Posições no campo<br />

—21^<br />

■ Guar<strong>da</strong>-redes<br />

D Laterais<br />

D Centrais<br />

O Médios<br />

Q Avança<strong>do</strong>s<br />

Figura 3 - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74):<br />

distribuição em função <strong>da</strong> posição no campo (%).<br />

A caracterização antropométrica e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de nutrição <strong>da</strong> amostra segun<strong>do</strong><br />

os 5 estatutos posicio<strong>na</strong>is encontra-se representa<strong>da</strong> <strong>na</strong> Tabela IX.<br />

Tabela IX - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): caracterização antropométrica [peso (Kg);<br />

estatura (cm)] e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) segun<strong>do</strong> a posição no campo (M, DP).<br />

Guar<strong>da</strong>-redes<br />

n=9<br />

Laterais<br />

n=16<br />

Centrais<br />

n=13<br />

Médios<br />

n=16<br />

Avança<strong>do</strong>s<br />

n=20<br />

Média<br />

DP<br />

Média<br />

DP<br />

Média<br />

DP<br />

Média<br />

DP<br />

Média<br />

DP<br />

I<strong>da</strong>de Peso Estatura Zs Estât IMC ZsIMC<br />

13,33<br />

1,58<br />

13,00<br />

1,32<br />

13,00<br />

1,15<br />

13,06<br />

1,06<br />

13,20<br />

1,36<br />

IMC: índice de massa corporal; Zs: Z score.<br />

58,83<br />

10,62<br />

48,75<br />

9,29<br />

53,19<br />

10,52<br />

50,44<br />

10,89<br />

48,58<br />

8,64<br />

168,22<br />

10,60<br />

159,37<br />

12,72<br />

164,27<br />

10,21<br />

160,25<br />

10,05<br />

158^2<br />

9,54<br />

0,94<br />

0,88<br />

0,02<br />

1,03<br />

0,62<br />

0,98<br />

0,09<br />

0,82<br />

-0,16<br />

0,66<br />

20,63<br />

1,99<br />

19,03<br />

1,54<br />

19,54<br />

2,16<br />

19,39<br />

2,07<br />

19,09<br />

1,5<br />

0,48<br />

0,52<br />

0,07<br />

0,53<br />

0,24<br />

0,57<br />

0,19<br />

0,51<br />

0,05<br />

0,31<br />

24


Resulta<strong>do</strong>s<br />

Na Tabela X encontram-se descritos os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s 6 testes físicos<br />

efectua<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> a posição no campo de jogo.<br />

Tabela X - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): testes de <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> [SE (cm); SCM (cm); PMM<br />

(Watt/Kg); força veloz (seg); veloci<strong>da</strong>de 10 (seg); veloci<strong>da</strong>de 30 (seg)] segun<strong>do</strong> a posição no<br />

campo (M, DP).<br />

Guar<strong>da</strong>-redes<br />

n=9<br />

Laterais<br />

n=16<br />

Centrais<br />

n=13<br />

Médios<br />

n=16<br />

Avança<strong>do</strong>s<br />

n=20<br />

Média<br />

DP<br />

Média<br />

DP<br />

Média<br />

DP<br />

Média<br />

DP<br />

Média<br />

DP<br />

SE SCM PMM F Veloz Vel 10 Vel 30<br />

34,11<br />

4,82<br />

31,63<br />

3,55<br />

32,32<br />

3,95<br />

31,72<br />

3,94<br />

33,25<br />

5,92<br />

36,29<br />

5,40<br />

33,54<br />

3,75<br />

33,22<br />

3,58<br />

32,85<br />

5,00<br />

35,75<br />

5,65<br />

38,15<br />

6,62<br />

38,81<br />

7,99<br />

39,67<br />

7,43<br />

41,69<br />

6,08<br />

44,97<br />

10,06<br />

7,99<br />

0,37<br />

8,05<br />

0,40<br />

7,92<br />

0,40<br />

7,94<br />

0,25<br />

7,88<br />

0,37<br />

1,87<br />

0,09<br />

1,93<br />

0,09<br />

1,91<br />

0,10<br />

1,91<br />

0,10<br />

1,87<br />

0,08<br />

SE: salto estático; SCM: salto com contra-movimento; PMM: potência mecânica média; F Veloz: força veloz; Vel 10:<br />

veloci<strong>da</strong>de 10 metros; Vel 30: veloci<strong>da</strong>de 30 metros.<br />

4,78<br />

0,35<br />

4,84<br />

0,36<br />

4,79<br />

0,41<br />

4,85<br />

0,29<br />

4,68<br />

0,23<br />

As diferenças encontra<strong>da</strong>s entre as posição no campo nos diversos parâmetros<br />

avalia<strong>do</strong>s não têm qualquer significa<strong>do</strong> estatístico (p>0.05), conforme se pode<br />

observar <strong>na</strong> Tabela XI.<br />

Tabela XI - Futebolistas a<strong>do</strong>lescentes (n=74): valores de significância (p) entre as posições no<br />

campo em relação às características antropométricas, ao esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) e aos testes<br />

físicos {oneway ANOVA).<br />

Peso Estatura IMC SE SCM PMM F Veloz Vel 10 Vel 30<br />

p 0,09 0,17 0,27 0,62 0,22 0,12 0,70 0,27 0,53<br />

IMC: índice de massa corporal; SE: salto estático; SCM: salto com contra-movimento; PMM: potência mecânica média;<br />

F Veloz: força veloz; Vel 10: veloci<strong>da</strong>de 10 metros; Vel 30: veloci<strong>da</strong>de 30 metros.<br />

25


IV-DISCUSSÃO<br />

Discussão<br />

26


Discussão<br />

A prática regular de exercício físico condicio<strong>na</strong> a<strong>da</strong>ptações músculo-<br />

esqueléticas, neuro-endócri<strong>na</strong>s e cardio-vasculares, entre outras. Durante a i<strong>da</strong>de<br />

pediátrica, nomea<strong>da</strong>mente durante a a<strong>do</strong>lescência, a sobreposição <strong>da</strong>s modificações<br />

inerentes ao processo de crescimento e maturação biológica tomam difícil a avaliação<br />

<strong>da</strong>s a<strong>da</strong>ptações exclusivamente <strong>na</strong> dependência <strong>da</strong> prática desportiva regular. Tal<br />

dificul<strong>da</strong>de é acresci<strong>da</strong> <strong>do</strong> facto de serem diversas e distintas as exigências <strong>física</strong>s<br />

consequentes <strong>da</strong>s características de ca<strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva. Quan<strong>do</strong> se fala em<br />

desporto de competição surge ain<strong>da</strong> a eter<strong>na</strong> questão <strong>da</strong> importância relativa <strong>do</strong>s<br />

factores hereditarie<strong>da</strong>de e treino, nomea<strong>da</strong>mente em relação às características<br />

antropométricas e ao esta<strong>do</strong> de nutrição <strong>do</strong>s atletas. A selecção <strong>do</strong>s desportistas é<br />

feita em função <strong>do</strong> seu somatótipo, que é geneticamente condicio<strong>na</strong><strong>do</strong> 30,31,64 . A<br />

<strong>influência</strong> <strong>do</strong> exercício de alto nível <strong>na</strong> modificação <strong>da</strong>s características morfológicas <strong>do</strong>s<br />

atletas é desprezível 30,31,65,66 , sen<strong>do</strong> necessária uma eleva<strong>da</strong> carga de treino associa<strong>da</strong><br />

a perturbações graves <strong>do</strong> comportamento alimentar para que tal factor desempenhe<br />

um papel determi<strong>na</strong>nte.<br />

A prática regular e intensa de exercício físico em regime de competição,<br />

nomea<strong>da</strong>mente quan<strong>do</strong> esta ocorre durante a a<strong>do</strong>lescência, deverá ser alvo de<br />

rigoroso acompanhamento clínico e técnico, no que respeita aos indica<strong>do</strong>res de<br />

crescimento/esta<strong>do</strong> de nutrição e às características <strong>do</strong> treino, respectivamente.<br />

O futebol é uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva com um eleva<strong>do</strong> número de praticantes<br />

<strong>na</strong> infância e <strong>na</strong> a<strong>do</strong>lescência e com um exigente nível de competição desde muito<br />

ce<strong>do</strong>. O acompanhamento <strong>do</strong>s futebolistas durante a fase de crescimento e de<br />

maturação é um desafio para a Medici<strong>na</strong> Desportiva, <strong>na</strong> medi<strong>da</strong> em que o médico tem<br />

que aju<strong>da</strong>r ca<strong>da</strong> atleta a utilizar as suas potenciais capaci<strong>da</strong>des com o máximo<br />

rendimento 38 .<br />

27


Discussão<br />

Na amostra estu<strong>da</strong><strong>da</strong> cerca de 75% <strong>do</strong>s indivíduos apresenta uma i<strong>da</strong>de<br />

cronológica entre os 12 e os 14 anos (Figura 1), estan<strong>do</strong> assim essencialmente<br />

representa<strong>da</strong> a fase inicial <strong>da</strong> a<strong>do</strong>lescência.<br />

No que respeita à caracterização antropométrica <strong>da</strong> amostra, observa-se uma<br />

concordância com resulta<strong>do</strong>s relata<strong>do</strong>s em amostras semelhantes de futebolistas<br />

portugueses 11,67 . A globali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s sujeitos avalia<strong>do</strong>s apresenta um adequa<strong>do</strong> esta<strong>do</strong><br />

de nutrição (IMC) (Tabela I), poden<strong>do</strong>-se inferir que a prática de futebol em regime de<br />

competição não interferiu, neste grupo particular de a<strong>do</strong>lescentes, com o seu normal<br />

crescimento somático e nutricio<strong>na</strong>l.<br />

O que diferencia o nível <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res/equipas, no que se refere ao esforço<br />

durante uma parti<strong>da</strong> de futebol, não é tanto o número de acções desencadea<strong>da</strong>s, mas<br />

a intensi<strong>da</strong>de com que essas acções são produzi<strong>da</strong>s 46 . O jogo apresenta momentos<br />

que condicio<strong>na</strong>m de uma forma determi<strong>na</strong>nte o seu rendimento - saltos, acelerações e<br />

corri<strong>da</strong>s curtas - e que devem ser efectua<strong>do</strong>s com a máxima prontidão e rapidez<br />

possíveis. Estas activi<strong>da</strong>des de alta intensi<strong>da</strong>de constituem a componente a<strong>na</strong>eróbia de<br />

uma parti<strong>da</strong> de futebol e a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> sua execução vai determi<strong>na</strong>r o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

jogo 4 . Para este estu<strong>do</strong> foram escolhi<strong>do</strong>s 6 testes que visam a avaliação específica <strong>da</strong><br />

força muscular e <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s futebolistas, capaci<strong>da</strong>des a<strong>na</strong>eróbias fun<strong>da</strong>mentais<br />

para o sucesso nesta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva.<br />

O futebol é um desporto colectivo que faz apelo às capaci<strong>da</strong>des de<br />

"explosivi<strong>da</strong>de" muscular 6,9 . Os futebolistas apresentam um desenvolvimento<br />

diferencia<strong>do</strong> <strong>da</strong> força explosiva (componente <strong>da</strong> força muscular) em relação a sujeitos<br />

sedentários 68 e a comparação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testes de força explosiva possibilita a<br />

hierarquização <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res de acor<strong>do</strong> com o seu nível competitivo 69 . Pode-se então<br />

concluir que, no quadro <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des motoras, a força explosiva é uma <strong>da</strong>s mais<br />

28


Discussão<br />

determi<strong>na</strong>ntes <strong>na</strong> performance desta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de. O salto vertical tem si<strong>do</strong> muito<br />

utiliza<strong>do</strong> para avaliar os movimentos explosivos <strong>do</strong>s MI em atletas, nomea<strong>da</strong>mente em<br />

futebolistas 7 , pelo que a avaliação <strong>da</strong> força explosiva <strong>do</strong>s membros inferiores (MI) foi<br />

efectua<strong>da</strong> segun<strong>do</strong> a bateria de testes de Bosco 59 . Estes testes são de realização<br />

simples e de reprodutibili<strong>da</strong>de fácil e fornecem informações sobre o potencial<br />

contráctil, o potencial elástico e a potência <strong>do</strong> trabalho muscular <strong>do</strong>s MI 9 . O teste <strong>do</strong><br />

salto vertical máximo a partir de uma posição estática (SE) tem como objectivo a<br />

determi<strong>na</strong>ção <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de de elevação <strong>do</strong> centro de gravi<strong>da</strong>de, cuja altura é um<br />

indica<strong>do</strong>r <strong>da</strong> força explosiva desenvolvi<strong>da</strong> pela componente contrátil <strong>do</strong>s músculos<br />

extensores <strong>do</strong>s MI, não haven<strong>do</strong> armaze<strong>na</strong>mento nem utilização apreciável de energia<br />

elástica 9 ' 70,71 . O teste <strong>do</strong> salto vertical máximo com contra-movimento (SCM) permite<br />

também avaliar a força explosiva <strong>do</strong>s MI através <strong>da</strong> elevação <strong>do</strong> centro de gravi<strong>da</strong>de,<br />

mas a ligeira flexão <strong>do</strong>s MI possibilita o desenvolvimento de uma certa quanti<strong>da</strong>de de<br />

energia potencial elástica nos músculos extensores <strong>do</strong>s MI, por se tratar de um<br />

movimento excêntrico para estes músculos (ciclo muscular estiramento-encurtamento).<br />

Assim, o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> durante este teste depende não só <strong>da</strong> componente<br />

contráctil, mas também <strong>da</strong> componente elástica <strong>do</strong> músculo, que potencia o salto 9,71,72 .<br />

O teste <strong>da</strong> potência mecânica média (PMM) reflecte o trabalho mecânico médio<br />

realiza<strong>do</strong> pelos músculos <strong>do</strong>s MI durante 15 segun<strong>do</strong>s, fornecen<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> informações<br />

acerca <strong>da</strong> força explosiva, <strong>do</strong> potencial elástico e <strong>da</strong> potência a<strong>na</strong>eróbia aláctica <strong>do</strong>s<br />

grupos musculares envolvi<strong>do</strong>s 9,71 . É de grande interesse obter informações<br />

relativamente à potência muscular desenvolvi<strong>da</strong> pelos músculos extensores <strong>do</strong>s MI<br />

(que são pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>ntemente solicita<strong>do</strong>s durante os procedimentos táctico-técnicos <strong>do</strong><br />

futebol) em acções que se prolonguem para além <strong>da</strong> duração de um salto isola<strong>do</strong> 9 .<br />

Neste desporto colectivo é fun<strong>da</strong>mental que os saltos apresentem a mesma eficácia <strong>do</strong><br />

início ao fim <strong>da</strong> joga<strong>da</strong> e <strong>da</strong> própria parti<strong>da</strong> 9 .<br />

29


Discussão<br />

O futebol é uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva que exige a to<strong>do</strong>s os seus praticantes<br />

mu<strong>da</strong>nças constantes de direcção e de veloci<strong>da</strong>de 9 . A força veloz (capaci<strong>da</strong>de<br />

específica <strong>da</strong> força muscular) permite que o joga<strong>do</strong>r efectue estas mu<strong>da</strong>nças com<br />

prontidão. As exigências que têm vin<strong>do</strong> a ser coloca<strong>da</strong>s ao nível <strong>da</strong> estrutura de<br />

rendimento <strong>do</strong> jogo de futebol parecem apontar para a necessi<strong>da</strong>de de <strong>da</strong>r uma<br />

atenção particular a este tipo específico de força 50 . Relativamente aos estu<strong>do</strong>s<br />

efectua<strong>do</strong>s sobre a força veloz, os futebolistas apresentam resulta<strong>do</strong>s superiores aos<br />

não futebolistas 8 ' 19 e existem claras diferenças entre os diversos níveis competitivos <strong>do</strong>s<br />

joga<strong>do</strong>res 7,73 , ilustran<strong>do</strong> o peso desta capaci<strong>da</strong>de no futebol. O teste <strong>da</strong> força veloz<br />

tem o objectivo de avaliar a capaci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s MI <strong>na</strong> rápi<strong>da</strong> realização de movimentos<br />

cíclicos e acíclicos, componente essencial <strong>da</strong> performance de um futebolista durante<br />

um jogo 7 .<br />

A capaci<strong>da</strong>de <strong>física</strong> veloci<strong>da</strong>de tem vin<strong>do</strong> a merecer a atenção <strong>do</strong>s<br />

especialistas 7 , pois é óbvia a sua associação com os momentos decisivos <strong>da</strong> parti<strong>da</strong>. A<br />

<strong>aptidão</strong> para desencadear esforços curtos e intensos é fun<strong>da</strong>mental para um<br />

futebolista, sen<strong>do</strong> evidente a constante solicitação para a corri<strong>da</strong> rápi<strong>da</strong> em espaços de<br />

5 a 30 metros 50 . A principal diferença entre joga<strong>do</strong>res de diferentes níveis competitivos<br />

não é a distância total percorri<strong>da</strong> durante um jogo, mas sim a percentagem <strong>da</strong><br />

distância total que é percorri<strong>da</strong> em sprinte os valores de veloci<strong>da</strong>de máxima que são<br />

atingi<strong>do</strong>s 46 . Um futebolista efectua entre 40 a 100 sprints, sen<strong>do</strong> a maioria destes de<br />

25 metros 54 e, durante os jogos, a veloci<strong>da</strong>de máxima atingi<strong>da</strong> é cerca de 9m/s 5,74 . Em<br />

estu<strong>do</strong>s comparativos, surge uma clara diferenciação entre futebolistas e não<br />

futebolistas 9 e entre diferentes níveis competitivos 73 , reflectin<strong>do</strong> a importância <strong>da</strong><br />

veloci<strong>da</strong>de no sucesso desta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva. O teste <strong>do</strong>s 10 metros e o teste<br />

<strong>do</strong>s 30 metros são testes de realização simples e fornecem informações importantes<br />

sobre a veloci<strong>da</strong>de de aceleração 63 e sobre a veloci<strong>da</strong>de máxima 75 , respectivamente.<br />

30


Discussão<br />

Relativamente aos resulta<strong>do</strong>s globais <strong>do</strong>s testes físicos, só é possível<br />

estabelecer uma comparação directa com outro estu<strong>do</strong> que utiliza uma amostra de<br />

joga<strong>do</strong>res de futebol <strong>da</strong> mesma faixa etária 9 , onde os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> salto estático (SE),<br />

<strong>do</strong> salto com contra-movimento (SCM) e <strong>do</strong> teste de potência mecânica média (PMM)<br />

são inferiores aos descritos <strong>na</strong> Tabela II. Esta diferença poderá ser devi<strong>da</strong> ao distinto<br />

nível competitivo <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s 2 amostras. Outros autores relatam valores<br />

ligeiramente superiores para o SE e para o SCM, mas com uma amostra de indivíduos<br />

de 16,1 anos de i<strong>da</strong>de média 8 . Estão também descritos resulta<strong>do</strong>s superiores no teste<br />

de força veloz 8,90 e no teste de veloci<strong>da</strong>de de 30 metros 73,90 , mas em amostras de<br />

desportistas com média de i<strong>da</strong>de cronológica também superior, não possibilitan<strong>do</strong><br />

igualmente a comparação directa com os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no presente estu<strong>do</strong>.<br />

A maturi<strong>da</strong>de biológica pode ser estu<strong>da</strong><strong>da</strong> pela avaliação <strong>da</strong>s maturi<strong>da</strong>des<br />

sexual, óssea, somática e dentária 11,30 . Estes diversos méto<strong>do</strong>s apresentam uma boa<br />

correlação entre si, exceptuan<strong>do</strong>-se o méto<strong>do</strong> <strong>da</strong> avaliação dentária 12,24,28,30 . Os <strong>do</strong>is<br />

méto<strong>do</strong>s mais utiliza<strong>do</strong>s nos a<strong>do</strong>lescentes são a i<strong>da</strong>de óssea e a maturi<strong>da</strong>de sexual 24,28 .<br />

A determi<strong>na</strong>ção <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de óssea como indica<strong>do</strong>r de maturi<strong>da</strong>de biológica foi<br />

preteri<strong>da</strong> no presente estu<strong>do</strong>, porque apesar de ser um méto<strong>do</strong> muito rigoroso, não é<br />

de fácil aplicação (sobretu<strong>do</strong> com muitos indivíduos), além de que submete os sujeitos<br />

observa<strong>do</strong>s à exposição de radiações, necessita de uma análise basea<strong>da</strong> <strong>na</strong> experiência<br />

e requer uma aparelhagem sofistica<strong>da</strong> e dispendiosa 13,20,21,29,64,76 .<br />

O estadiamento <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de sexual como indica<strong>do</strong>r de maturi<strong>da</strong>de biológica<br />

é igualmente eficaz, envolve um menor número de riscos, é menos dispendioso e é<br />

mais acessível (sobretu<strong>do</strong> para utilização em amostras alarga<strong>da</strong>s) 13,20,77,78 . Apresenta,<br />

no entanto, as desvantagens de estar limita<strong>do</strong> aos anos pubertários, de impor uma<br />

31


Discussão<br />

classificação em ape<strong>na</strong>s 5 estádios a um processo que é contínuo e de poder<br />

apresentar restrições culturais 13 ' 20 ' 28 ' 29 ' 35 ' 76 ' 79 .<br />

A auto-caracterização <strong>do</strong>s caracteres sexuais secundários é um méto<strong>do</strong> simples<br />

de estadiamento <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de sexual, sen<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> económico, facilmente aplicável,<br />

respeita<strong>do</strong>r <strong>da</strong> privaci<strong>da</strong>de individual, razoavelmente reprodutível e apresentan<strong>do</strong> uma<br />

excelente concordância com a caracterização <strong>do</strong> estádio efectua<strong>da</strong> por médicos 21 ' 80,81 .<br />

A média <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica de ca<strong>da</strong> estádio de maturi<strong>da</strong>de biológica <strong>do</strong>s<br />

sujeitos é relativamente diferente (Tabela III). No entanto, quan<strong>do</strong> se procede à<br />

distribuição de acor<strong>do</strong> com a i<strong>da</strong>de cronológica e a maturi<strong>da</strong>de biológica (Tabela IV),<br />

tor<strong>na</strong>-se evidente a grande variação <strong>do</strong>s indivíduos que compõem a amostra,<br />

nomea<strong>da</strong>mente em relação ao estádio 3, que engloba indivíduos de to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des<br />

cronológicas, e aos futebolistas com 13 anos de i<strong>da</strong>de cronológica, que têm<br />

representantes <strong>do</strong>s 3 estádios de maturi<strong>da</strong>de biológica. A categorização <strong>do</strong>s<br />

desportistas a<strong>do</strong>lescentes com base <strong>na</strong> i<strong>da</strong>de cronológica permite uma correcta<br />

diferenciação entre muitos <strong>do</strong>s indivíduos, mas não diferencia os indivíduos com<br />

maturi<strong>da</strong>de biológica precoce ou tardia, que ficam mal agrupa<strong>do</strong>s 13 . Estes <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

confirmam, sobretu<strong>do</strong> <strong>na</strong> fase inicial <strong>da</strong> a<strong>do</strong>lescência, a heterogenei<strong>da</strong>de de estádios<br />

maturacio<strong>na</strong>is <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes 12 ' 28 ' 34,67 ' 76 ' 82 e o risco de um injusto agrupamento por<br />

categorias quan<strong>do</strong> se utiliza a i<strong>da</strong>de cronológica como critério isola<strong>do</strong> 1,27,83 . A variação<br />

<strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica num determi<strong>na</strong><strong>do</strong> estádio de maturi<strong>da</strong>de pode ser<br />

considerável 13,79 e indivíduos com a mesma i<strong>da</strong>de cronológica podem apresentar uma<br />

diferença de 5 anos de i<strong>da</strong>de maturacio<strong>na</strong>l 12,23,83 ' 84 .<br />

A utilização <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica como critério único para agrupamento <strong>do</strong>s<br />

a<strong>do</strong>lescentes desportistas reflecte-se também <strong>na</strong> desigual distribuição <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta de<br />

<strong>na</strong>scimento <strong>do</strong>s atletas <strong>da</strong>s equipas de topo ao longo <strong>do</strong> ano civil. Os desportistas cuja<br />

<strong>da</strong>ta de <strong>na</strong>scimento se situa <strong>na</strong> primeira metade <strong>do</strong> ano têm uma maior representação<br />

32


Discussão<br />

<strong>na</strong>s equipas <strong>do</strong> que aqueles cuja <strong>da</strong>ta de <strong>na</strong>scimento se situa <strong>na</strong> segun<strong>da</strong> metade <strong>do</strong><br />

ano 5,36 , estan<strong>do</strong> descrita para estes últimos uma maior taxa de aban<strong>do</strong>no <strong>da</strong><br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de 85 . Esta assimetria pode traduzir a vantagem <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de <strong>física</strong> precoce<br />

<strong>do</strong>s que <strong>na</strong>scem no início <strong>do</strong> ano, já que a diferença cronológica em relação aos que<br />

<strong>na</strong>scem no fim <strong>do</strong> ano pode ser de quase 12 meses 6,10,36,85 .<br />

Alguns estu<strong>do</strong>s consideram que os indivíduos que pertencem ao estádio 3 ou a<br />

um estádio de Tanner inferior (2 e 1) são imaturos e que os indivíduos que pertencem<br />

a um estádio superior ao estádio 3 de Tanner (4 e 5) são maturos 38,83 . O pico de<br />

aceleração <strong>do</strong> crescimento não apresenta uma localização temporal consensual,<br />

encontran<strong>do</strong>-se descrita a sua ocorrência quer durante o estádio 3 de Tanner 83 , quer<br />

durante a passagem <strong>do</strong> estádio 3 para o estádio 4 de Tanner 23 . Está também descrito,<br />

nos rapazes, que o aumento marca<strong>do</strong> <strong>da</strong> força muscular ocorre ape<strong>na</strong>s após este<br />

perío<strong>do</strong> de máximo crescimento linear e que esta aceleração no ganho de força está<br />

relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> com o aumento <strong>da</strong>s concentrações <strong>da</strong>s hormo<strong>na</strong>s go<strong>na</strong><strong>da</strong>is circulantes e<br />

<strong>da</strong> massa muscular 23 . Constata-se, assim, que as alterações mais significativas <strong>do</strong><br />

processo maturacio<strong>na</strong>l ocorrem durante os estádios 3 e 4 de Tanner. Foi então toma<strong>da</strong><br />

a opção de subdividir os indivíduos <strong>da</strong> amostra em 2 grupos maturacio<strong>na</strong>is, para uma<br />

mais correcta comparação entre diferentes graus de maturi<strong>da</strong>de (Tabelas V e VI) - um<br />

grupo com os indivíduos pertencentes ao estádio 2 (início <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de) e o outro<br />

grupo com os indivíduos pertencentes aos estádios 3 e 4 de Tanner (puber<strong>da</strong>de<br />

média).<br />

Os joga<strong>do</strong>res mais maturos apresentam resulta<strong>do</strong>s superiores em to<strong>do</strong>s os<br />

parâmetros avalia<strong>do</strong>s, como se esperava (Tabelas V e VI). O aumento <strong>da</strong> corpulência<br />

(IMC) com o avançar <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de reflecte o característico crescimento somático <strong>da</strong><br />

fase pubertária. Os indivíduos mais avança<strong>do</strong>s no processo de maturação estão mais<br />

predispostos para a obtenção de melhores resulta<strong>do</strong>s em teste físicos, nomea<strong>da</strong>mente<br />

33


Discussão<br />

em tarefas que façam apelo às capaci<strong>da</strong>des de força e veloci<strong>da</strong>de 78,86 . A força muscular<br />

aumenta linearmente com a i<strong>da</strong>de cronológica desde o início <strong>da</strong> infância até<br />

aproxima<strong>da</strong>mente os 13/14 anos de i<strong>da</strong>de, surgin<strong>do</strong> depois uma marca<strong>da</strong> aceleração<br />

no seu desenvolvimento 20,23,87 . A puber<strong>da</strong>de é um perío<strong>do</strong> particularmente efectivo no<br />

desenvolvimento <strong>da</strong> força no sexo masculino, visto ocorrerem um conjunto de<br />

alterações hormo<strong>na</strong>is que origi<strong>na</strong>m um acentua<strong>do</strong> aumento desta capaci<strong>da</strong>de motora<br />

(efeito a<strong>na</strong>bólico <strong>da</strong> testostero<strong>na</strong> circulante) 6,21 ' 84,88 . Em relação à veloci<strong>da</strong>de, esta<br />

aumenta regularmente até aos 13 anos de i<strong>da</strong>de, altura em que se processa uma<br />

aceleração acentua<strong>da</strong> <strong>da</strong>s suas prestações 9,51 . É, portanto, com a puber<strong>da</strong>de que se<br />

verificam os maiores ganhos <strong>na</strong> performance <strong>da</strong> corri<strong>da</strong> em veloci<strong>da</strong>de, que estão<br />

relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s com o maior tamanho <strong>do</strong> corpo e <strong>da</strong> massa muscular 6,9 . Assim, em ca<strong>da</strong><br />

escalão de i<strong>da</strong>de cronológica, os joga<strong>do</strong>res mais avança<strong>do</strong>s <strong>na</strong> maturação apresentam<br />

resulta<strong>do</strong>s superiores nos testes de força muscular e de veloci<strong>da</strong>de comparativamente<br />

aos que estão mais atrasa<strong>do</strong>s.<br />

Na amostra estu<strong>da</strong><strong>da</strong>, o grau de maturi<strong>da</strong>de sexual apresenta um efeito<br />

significativamente independente <strong>na</strong>s características antropométricas, no esta<strong>do</strong> de<br />

nutrição (IMC) e <strong>na</strong>s capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s força muscular e veloci<strong>da</strong>de (Tabela VII).<br />

Estes resulta<strong>do</strong>s estão de acor<strong>do</strong> com outras tendências expressas <strong>na</strong> literatura que<br />

também utilizam a maturi<strong>da</strong>de sexual como indica<strong>do</strong>r <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de biológica 13 ou que<br />

utilizam a maturi<strong>da</strong>de esquelética para o mesmo efeito 26,79 .<br />

A maturi<strong>da</strong>de e o tamanho corporal podem ser confundi<strong>do</strong>s relativamente aos<br />

seus efeitos <strong>na</strong>s capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s 26,29,79 . Encontra-se descrito que o aumento <strong>da</strong><br />

performance <strong>física</strong> durante o crescimento está relacio<strong>na</strong><strong>do</strong> com as alterações <strong>da</strong><br />

corpulência, sugerin<strong>do</strong> que a maturi<strong>da</strong>de esquelética possui ape<strong>na</strong>s um efeito<br />

independente mínimo 25 . Estão também publica<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s de testes físicos cujas<br />

diferenças significativas entre grupos maturacio<strong>na</strong>is são reduzi<strong>da</strong>s ou elimi<strong>na</strong><strong>da</strong>s<br />

34


Discussão<br />

quan<strong>do</strong> os efeitos <strong>do</strong> tamanho corporal são removi<strong>do</strong>s <strong>da</strong> comparação 25,87 . Os<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> evidenciam que o esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) não é<br />

significativamente responsável pelo aumento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s que surgem com<br />

o avanço <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de sexual (Tabela VIII), confirman<strong>do</strong> outros resulta<strong>do</strong>s descritos<br />

<strong>na</strong> literatura 13 , visto que as diferenças encontra<strong>da</strong>s entre os estádios de maturi<strong>da</strong>de<br />

mantém o significa<strong>do</strong> estatístico mesmo após a remoção <strong>do</strong> efeito <strong>do</strong> IMC.<br />

Estes resulta<strong>do</strong>s deveriam ser sempre considera<strong>do</strong>s em qualquer tipo de<br />

selecção que seja efectua<strong>da</strong> em futebolistas a<strong>do</strong>lescentes. É fun<strong>da</strong>mental que seja ti<strong>da</strong><br />

em consideração ao longo de to<strong>da</strong> a fase de crescimento <strong>do</strong>s atletas a sua maturi<strong>da</strong>de<br />

biológica para não serem cometi<strong>do</strong>s muitos erros nos processos de selecção, para não<br />

surgirem distúrbios psicológicos nos jovens futebolistas e para tor<strong>na</strong>r a competição<br />

mais justa 11,23 ' 26,30 ' 38,76 ' 82 . O grupo <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res de sucesso pode diferir muito <strong>da</strong> fase<br />

inicial para a fase fi<strong>na</strong>l <strong>da</strong> a<strong>do</strong>lescência 30 . As diferenças que existem no início <strong>da</strong><br />

a<strong>do</strong>lescência entre joga<strong>do</strong>res com maturi<strong>da</strong>de biológica precoce ou tardia em relação<br />

ao seu rendimento desportivo tendem a esbater-se no fi<strong>na</strong>l <strong>da</strong> a<strong>do</strong>lescência 6,11,12,21,34,82 .<br />

Nos futebolistas com maturi<strong>da</strong>de precoce, devi<strong>do</strong> à sua maior corpulência, poderão ser<br />

cria<strong>da</strong>s falsas expectativas relativamente à sua performance desportiva no futuro 11,38,82 .<br />

Muito provavelmente os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s para estes joga<strong>do</strong>res não serão<br />

atingi<strong>do</strong>s, <strong>da</strong><strong>da</strong> a estabilização precoce <strong>do</strong> seu crescimento e <strong>da</strong><strong>do</strong> o facto de serem<br />

progressivamente alcança<strong>do</strong>s pelos futebolistas com maturi<strong>da</strong>de tardia 11,23,38,82 .<br />

Normalmente estes joga<strong>do</strong>res que iniciam o seu crescimento e a sua maturação mais<br />

tarde vão depois apresentar uma aceleração destes processos <strong>na</strong> fase fi<strong>na</strong>l <strong>da</strong><br />

a<strong>do</strong>lescência 11,82,89 , anulan<strong>do</strong> as diferenças que eram tão notórias <strong>na</strong> sua fase<br />

inicial 21,34 . É muito importante que to<strong>do</strong>s os responsáveis por estes atletas tentem<br />

impedir que eles aban<strong>do</strong>nem a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de desportiva <strong>na</strong> fase inicial <strong>da</strong> a<strong>do</strong>lescência<br />

(altura em que a sua motivação poderá ser mínima) e/ou tentem evitar que o sistema<br />

35


Discussão<br />

os afaste irremediavelmente <strong>do</strong> possível caminho para o sucesso desportivo. Os pais e<br />

outros familiares <strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r devem ser especialmente alerta<strong>do</strong>s para estas situações,<br />

porque surgem muitas vezes como um elemento desestabiliza<strong>do</strong>r. O a<strong>do</strong>lescente não é<br />

um adulto em miniatura 19 e, como tal, devem-lhe ser <strong>da</strong><strong>da</strong>s diversas oportuni<strong>da</strong>des ao<br />

longo <strong>do</strong> seu desenvolvimento.<br />

Em desportos de contacto como o futebol, pode ser perigosa a competição<br />

entre joga<strong>do</strong>res de diferentes i<strong>da</strong>des biológicas 23 ' 30 ' 67 . O facto de se considerar o grau<br />

de maturi<strong>da</strong>de no seu agrupamento para as competições e também para os treinos<br />

poderia aju<strong>da</strong>r a diminuir as lesões sérias nos joga<strong>do</strong>res que apresentam maturi<strong>da</strong>de<br />

tardia 23 ' 38 .<br />

Relativamente à caracterização antropométrica e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC)<br />

<strong>da</strong> amostra segun<strong>do</strong> a posição no campo (Tabela IX), os guar<strong>da</strong>-redes apresentam<br />

valores de estatura e de IMC bem acima <strong>do</strong>s valores considera<strong>do</strong>s normais para a<br />

i<strong>da</strong>de (Zs estatura e <strong>do</strong> IMC) e os centrais também, embora com valores inferiores.<br />

Estes resulta<strong>do</strong>s estão de acor<strong>do</strong> com outros estu<strong>do</strong>s semelhantes já<br />

efectua<strong>do</strong>s 6,7 ' 11 ' 63 ' 90 '. Os avança<strong>do</strong>s não fazem parte <strong>do</strong> grupo <strong>do</strong>s atletas com estatura<br />

superior, contrariamente ao espera<strong>do</strong> 63 , sen<strong>do</strong> mesmo o estatuto posicio<strong>na</strong>i com a<br />

menor estatura, tendência também expressa <strong>na</strong> literatura consulta<strong>da</strong> 6 ' 7 ' 11 ' 63,90 . Em<br />

relação aos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testes físicos segun<strong>do</strong> a posição no campo (Tabela X), os<br />

guar<strong>da</strong>-redes e os avança<strong>do</strong>s apresentam resulta<strong>do</strong>s superiores aos <strong>da</strong> média <strong>da</strong><br />

amostra global (Tabela II) no salto estático (SE) e no salto com contra-movimento<br />

(SCM), confirman<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s de outros estu<strong>do</strong>s 7 ' 63 . Os centrais, os médios e os<br />

laterais apresentam resulta<strong>do</strong>s inferiores à média <strong>da</strong> amostra. No teste de potência<br />

mecânica média (PMM), os médios têm valores superiores aos <strong>da</strong> média global <strong>da</strong><br />

amostra (Tabela II), o que está de acor<strong>do</strong> com outro trabalho 63 , e os avança<strong>do</strong>s têm<br />

36


Discussão<br />

valores muito superiores à média referi<strong>da</strong>. Neste teste, os centrais, os laterais e os<br />

guar<strong>da</strong>-redes apresentam valores abaixo <strong>da</strong> média <strong>da</strong> amostra global. No teste de<br />

força veloz os avança<strong>do</strong>s foram os mais rápi<strong>do</strong>s e os guar<strong>da</strong>-redes e os laterais os<br />

mais lentos, estan<strong>do</strong> o primeiro resulta<strong>do</strong> em concordância com <strong>do</strong>is estu<strong>do</strong>s 7,91 e o<br />

segun<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> em concordância com um estu<strong>do</strong> 63 . Nos testes de veloci<strong>da</strong>de (10 e<br />

30 metros), o estatuto posicio<strong>na</strong>i que obteve o melhor resulta<strong>do</strong> foi igualmente o <strong>do</strong>s<br />

avança<strong>do</strong>s, encontran<strong>do</strong>-se bem abaixo <strong>da</strong> média <strong>da</strong> amostra no teste <strong>do</strong>s 30 metros<br />

(Tabela II), confirman<strong>do</strong> o resulta<strong>do</strong> de outro trabalho 63 . Os guar<strong>da</strong>-redes apresentam<br />

resulta<strong>do</strong>s abaixo <strong>da</strong> média ou coincidentes com a média nestes <strong>do</strong>is testes, tendência<br />

também expressa noutro estu<strong>do</strong> 63 . Os centrais, os médios e os laterais foram os mais<br />

lentos <strong>da</strong> amostra nos testes de veloci<strong>da</strong>de.<br />

Nenhuma destas diferenças encontra<strong>da</strong>s entre as posições no campo apresenta<br />

significa<strong>do</strong> estatístico (Tabela XI), confirman<strong>do</strong> o facto de que nestas i<strong>da</strong>des as<br />

equipas são relativamente homogéneas, ao contrário <strong>do</strong> que se passa com as equipas<br />

de adultos, que apresentam uma grande variabili<strong>da</strong>de 6,90 . A ausência de diferenças<br />

significativas entre os estatutos posicio<strong>na</strong>is nos testes físicos está em concordância<br />

com outros trabalhos 7,90,91 . Estão descritas diferenças com significa<strong>do</strong> estatístico entre<br />

as posições no campo para a estatura e para o peso, contrariamente ao que foi<br />

encontra<strong>do</strong> no presente estu<strong>do</strong> 11,90 .<br />

A homogenei<strong>da</strong>de destes grupos de jovens praticantes de futebol pode reflectir<br />

o processo de selecção <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res para estas equipas de topo, que normalmente se<br />

baseia no tamanho corporal e <strong>na</strong>s capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s 90 . No entanto, apesar de certas<br />

características e capaci<strong>da</strong>des poderem ser factores limitantes <strong>do</strong> rendimento no<br />

futebol, qualquer joga<strong>do</strong>r pode compensar esse tipo de limitações com atributos em<br />

outras áreas 90 . O sucesso no futebol está dependente de uma complexa matriz de<br />

características pessoais (<strong>física</strong>s, psicológicas, cognitivas e técnicas), de factores socio-<br />

37


Discussão<br />

culturais e de factores externos (oportuni<strong>da</strong>des para a prática de futebol e quali<strong>da</strong>de<br />

<strong>do</strong> ensino e <strong>da</strong> preparação efectua<strong>do</strong>s) 12,34,73 .


V - CONCLUSÕES<br />

Conclusões<br />

39


Conclusões<br />

Durante a a<strong>do</strong>lescência, para a mesma i<strong>da</strong>de cronológica pode observar-se uma<br />

considerável variação <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de biológica, tal como o inverso.<br />

O critério isola<strong>do</strong> <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de cronológica para categorização <strong>do</strong>s praticantes de<br />

desporto de competição é um factor de desigual<strong>da</strong>de de prestação desportiva,<br />

deven<strong>do</strong> a maturi<strong>da</strong>de biológica ser ti<strong>da</strong> em consideração.<br />

A maturi<strong>da</strong>de sexual é um indica<strong>do</strong>r fiável <strong>da</strong> maturi<strong>da</strong>de biológica, registan<strong>do</strong>-<br />

se uma <strong>influência</strong> significativa desta última no esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) e <strong>na</strong>s<br />

capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s força muscular e veloci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s futebolistas a<strong>do</strong>lescentes.<br />

O esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) não é significativamente responsável pelas<br />

diferenças que existem entre os níveis de maturi<strong>da</strong>de em relação as capaci<strong>da</strong>des<br />

<strong>física</strong>s força muscular e veloci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes.<br />

O esta<strong>do</strong> de nutrição (IMC) e as capaci<strong>da</strong>des <strong>física</strong>s força muscular e veloci<strong>da</strong>de<br />

não apresentam diferenças significativas relativamente às posições no campo <strong>do</strong>s<br />

jovens futebolistas.<br />

Deve ser <strong>da</strong><strong>do</strong> um apoio especial aos jovens futebolistas que apresentam uma<br />

maturação biológica tardia, para que não aban<strong>do</strong>nem a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de e para que possam<br />

mostrar as suas reais capaci<strong>da</strong>des e/ou o seu talento mais tarde.<br />

40


VI - SUGESTÕES<br />

Sugestões<br />

41


Sugestões<br />

Seria importante projectar a realização de estu<strong>do</strong>s longitudi<strong>na</strong>is representativos<br />

que respeitassem uma uniformi<strong>da</strong>de de critérios, que registassem a i<strong>da</strong>de cronológica<br />

em anos com aproximação decimal e que englobassem os diferentes estádios de<br />

maturi<strong>da</strong>de.<br />

Numa perspectiva médica e de rentabili<strong>da</strong>de técnica, seria desejável a a<strong>do</strong>pção,<br />

a nível inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, de critérios de selecção respeita<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s características<br />

inerentes à imaturi<strong>da</strong>de <strong>física</strong> e psicológica <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes.<br />

A implementação <strong>do</strong> agrupamento oficial <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes futebolistas ten<strong>do</strong><br />

em consideração a sua maturi<strong>da</strong>de biológica é extremamente difícil, pelo que, pelo<br />

menos por agora, deverão ser responsabiliza<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os que trabalham com estes<br />

atletas para a melhor gestão possível <strong>da</strong>s diferenças que existem entre eles. Não<br />

deverá pensar-se só no sucesso <strong>da</strong> equipa a curto prazo; é fun<strong>da</strong>mental que se<br />

programe melhor o seu futuro a médio e a longo prazo. Só assim se procederá à<br />

optimização de to<strong>da</strong>s as carreiras desportivas que estão em jogo.<br />

42


VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

Referências Bibliográficas<br />

43


1 Shaffer TE. The A<strong>do</strong>lescent Athlete. Ped Clin North Am 1973; 20 (4): 837-49<br />

Referências Bibliográficas<br />

2 Peterson L, Renstrom P. Sports Injuries - Their Prevention and Treatment. Lon<strong>do</strong>n: Martin<br />

Dunitz 2001<br />

3 Sallis JF, Patrick K, Long BJ. Overview of the Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Consensus Conference on Physical<br />

Activity Guidelines for A<strong>do</strong>lescents. Ped Exerc Sci 1994; 6: 299-301<br />

4 Reilly T. Energetics of high-intensity exercise (soccer) with particular reference to fatigue. J<br />

Sports Sci 1997; 15: 257-263<br />

5 Shephard RJ. Biology and medicine of soccer: An up<strong>da</strong>te. J Sports Sci 1999; 17: 757-786<br />

6 Reilly T, Bangsbo J, Franks A. Anthropometric and physiological predispositions for elite<br />

soccer. J Sports Sci 2000; 18: 669-683<br />

7 Garganta J. Estu<strong>do</strong> descritivo e comparativo <strong>da</strong> Força Veloz e Força Explosiva em jovens<br />

praticantes de Futebol no intervalo etário 14-17 anos. Dissertação apresenta<strong>da</strong> às provas de<br />

<strong>aptidão</strong> pe<strong>da</strong>gógica e capaci<strong>da</strong>de científica. Facul<strong>da</strong>de de Ciências <strong>do</strong> Desporto e de Educação<br />

Física - Universi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Porto 1991<br />

8 Garganta J, Maia J, Silva R, Natal A. A Comparative Study of Explosive Leg Strength in Elite<br />

and Non-Elite Young Soccer Players. In: Reilly T, Clarys J, Stibbe A, eds. Science and Football<br />

II. Lon<strong>do</strong>n: E & FN Spon 1993: 304-306<br />

9 Seabra, A. Crescimento, Maturação e Habili<strong>da</strong>des Motoras Específicas - Estu<strong>do</strong> em jovens<br />

futebolistas e não futebolistas <strong>do</strong> sexo masculino <strong>do</strong>s 12 aos 16 anos de i<strong>da</strong>de. Dissertação de<br />

candi<strong>da</strong>tura ao grau de Mestre em Ciências <strong>do</strong> Desporto, <strong>na</strong> área <strong>da</strong> especialização <strong>do</strong> Treino<br />

de Alto Rendimento Desportivo. Facul<strong>da</strong>de de Ciências <strong>do</strong> Desporto e de Educação Física -<br />

Universi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Porto 1998<br />

10 Hansen L, Klausen K, Bangsbo J, Miiller J. Short Longitudi<strong>na</strong>l Study of Boys Playing Soccer:<br />

Parental Height, Birth Weigth and Length, Anthropometry, and Pubertal Maturation in Elite and<br />

Non-Elite Players. Ped Exerc Sci 1999; 11: 199-207<br />

44


Referências Bibliográficas<br />

11 Horta L Factores de Predição <strong>do</strong> Rendimento Desportivo em Atletas Juvenis de Futebol.<br />

Dissertação de candi<strong>da</strong>tura ao grau de Doutor. Facul<strong>da</strong>de de Medici<strong>na</strong> - Universi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Porto<br />

2003<br />

12 Mali<strong>na</strong> RM, Brown EW. Growth and Maturation of Football Players: Implications for Selection<br />

in Youth Programs. Insight - The F. A. Coaches Association Jour<strong>na</strong>l 1998; 2 (1): 27-30<br />

13 Jones MA, Hitchen PJ, Stratton G. The importance of considering biological maturity when<br />

assessing physical fitness measures in girls and boys aged 10 to 16 years. Ann Hum Biol 2000;<br />

27: 57-65<br />

14 Fogelholm M. Effects of bodyweight reduction on sports performance. Sports Med 1994; 18<br />

(4): 249-67<br />

15 Mali<strong>na</strong> RM. Issues in normal growth and maturation. Curr Op En<strong>do</strong>c Diabet 1995; 2: 83-90<br />

16 Rêgo C. Avaliação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Nutrição, Caracterização Morfológica, Composição Corporal e<br />

Maturi<strong>da</strong>de Sexual de A<strong>do</strong>lescentes Femini<strong>na</strong>s Praticantes de Ginástica Rítmica de Rendimento.<br />

Dissertação de candi<strong>da</strong>tura ao grau de Mestre em Medici<strong>na</strong> Desportiva. Facul<strong>da</strong>de de Medici<strong>na</strong> -<br />

Universi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Porto 1995<br />

17 Pare RR. A new definition of youth fitness. Phys Sports Med 1983; 11: 77-83<br />

18 American Academy of Pediatrics Committees on Sports Medicine and School Healt - Physical<br />

Fitness and the Schools. Pediatr 1987; 80 (3): 449-50<br />

19 Baxter-Jones ADG. Growth and Development of Young Athletes - Should Competition Levels<br />

be Age Related? Sports Med 1995; 20: 59-64<br />

20 Armstrong N, Welsman J. Young People & Physical Activity. New York: Oxford University<br />

Press 1996<br />

21 Baxter-Jones ADG, Mali<strong>na</strong> RM. Growth and maturation issues in elite young athletes: normal<br />

variation and training. In: Maffulli N, Ming Chan K, Mac<strong>do</strong><strong>na</strong>ld R, Mali<strong>na</strong> RM, Parker AW, eds.<br />

Sports Medicine for Specific Ages and Abilities. Edinburgh: Churchill Livingstone 2001: 95-108<br />

45


22 Mali<strong>na</strong> R, Bouchard C. Timing and sequence of changes in growth, maturation and<br />

Referências Bibliográficas<br />

perfomance during a<strong>do</strong>lescence. In: Mali<strong>na</strong> R, Bouchard C, eds. Growth, Maturation and<br />

Physical Activity. Champaign: Human Kinetics 1991: 251-272<br />

23 Roemmich JN, Rogol AD. Physiology of Growth and Development - Its Relationship to<br />

Performance in the Young Athlete. Clin Sports Med 1995; 14: 483-502<br />

24 Mali<strong>na</strong> R, Bouchard C. Biological maturation: concept and assessment. In: Mali<strong>na</strong> R,<br />

Bouchard C, eds. Growth, Maturation and Physical Activity. Champaign: Human Kinetics 1991:<br />

231-248<br />

25 Bouchard C, Mali<strong>na</strong> MR, Hollman W, Leblanc C. Relationships between skeletal maturity and<br />

submaximal working capacity in boys 8 to 18 years. Med Sci Sports 1976; 8 (3): 186-90<br />

26 Beunen G, Ostyn M, Simons J, Reson R, Van Gerven D. Chronological and biological age as<br />

related to physical fitness in boys 12 to 19 years. Ann Hum Biol 1981; 8: 321-31<br />

27 Goldberg B, Boiar<strong>do</strong> R. Profiling Children For Sports Participation. Clin Sports Med 1984; 3<br />

(1): 153-9<br />

28 Mali<strong>na</strong> RM. Biological Maturity Status of Young Athletes. In: Mali<strong>na</strong> RM. Young Athletes-<br />

Biological, Psychological, and Educatio<strong>na</strong>l Perspectives, ed. Champaign: Human Kinetics 1988:<br />

121-140<br />

29 Beunen GP, Mali<strong>na</strong> RM, Lefevre J, Claessens AL, Renson R, Kanden Eynde B, Vanreusel B,<br />

Simons J. Skeletal Maturation, Somatic Growth and Physical Fitness in Girls 6-16 Years of Age.<br />

Int J Sports Med 1997; 18:413-419<br />

30 Mali<strong>na</strong> RM. Children in Elite Sport: Auxological Considerations. Humanbiol 1994; 25: 441-451<br />

31 Mali<strong>na</strong> RM. Growth and maturation of elite female gym<strong>na</strong>sts: is training a factor? In:<br />

Johnston FE, Zemel B, Eveleth PB, eds. Human growth in context. Lon<strong>do</strong>n: Smith-Gor<strong>do</strong>n 1999:<br />

291-301<br />

32 Mali<strong>na</strong> R, Bouchard C. Maturity-associated variation in growth. In: Mali<strong>na</strong> R, Bouchard C,<br />

eds. Growth, Maturation and Physical Activity. Champaign: Human Kinetics 1991: 273-283<br />

46


Referências Bibliográficas<br />

33 Mali<strong>na</strong> R, Bouchard C. Maturity-associated variation in performance. In: Mali<strong>na</strong> R, Bouchard<br />

C, eds. Growth, Maturation and Physical Activity. Champaign: Human Kinetics 1991: 287-300<br />

34 Mali<strong>na</strong> RM, Meleski BW, Shoup RF. Anthropometric, Body Composition and Maturity<br />

Characteristics of Selected School-Age Athletes. Ped Clin North Am 1982; 29 (6): 1305-23<br />

35 Beunen GP, Mali<strong>na</strong> RM, Lefevre J, Claessens AL, Renson R, Simons J. Prediction of adult<br />

stature and non-invasive assessment of biological maturation. Med Sci Sports Exerc 1997; 29:<br />

225-230<br />

36 Helsen WF, Hodges NJ, Van Winckel J, Starkes JL. The roles of talent, physical precocity and<br />

practice in the development of soccer expertise. J Sports Sci 2000; 18: 727-736<br />

37 Janssens M, Renterghem BV, Vrijens 1 Anthropometric Characteristics of 11-12 year old<br />

Flemish Soccer Players. In: Spinks W, Reilly T, Murphy A, eds. Science and Football IV. Lon<strong>do</strong>n:<br />

Routledge 2002: 258-262<br />

38 Kreipe RE, Gewanter HL. Physical Maturity Screening for Participation in Sports. Pediatrics<br />

1985; 75: 1076-80<br />

39 Tiryaky G, Tuncel F, Yamaner F, Agaoglu S, Gumup<strong>da</strong>d H, Acar M. Comparison of the<br />

physiological characteristics of the first, second and third league Turkish soccer players. In:<br />

Reilly T, Bangsbo J, Hughes M, eds. Science and Football III. Lon<strong>do</strong>n: E & FN Spon 1995: 32-35<br />

40 Sallis JF, Patrick K. Physical Activity Guidelines for A<strong>do</strong>lescents: Consensus Statement. Ped<br />

Exerc Sci 1994; 6: 302-314<br />

41 Rowland T. Exercise and Children's Health. Champaign: Human Kinetics 1990<br />

42 Maia JAR, Lopes VP. Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> crescimento somático, <strong>aptidão</strong> <strong>física</strong> e capaci<strong>da</strong>de de<br />

coorde<strong>na</strong>ção corporal de crianças <strong>do</strong> I o Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico <strong>da</strong> Região Autónoma <strong>do</strong>s<br />

Açores. Direcção Regio<strong>na</strong>l de Educação e Desporto <strong>da</strong> Região Autónoma <strong>do</strong>s Açores, Direcção<br />

Regio<strong>na</strong>l <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia e Facul<strong>da</strong>de de Ciências <strong>do</strong> Desporto e Educação Física <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Porto 2002<br />

43 Balson P. Evaluation of physical performance. In: Ekblom B, ed. Handbook of Sports Medicine<br />

and Science - Football (Soccer). Lon<strong>do</strong>n: Blackwell Publications: 1994: 102-123<br />

47


Referências Bibliográficas<br />

44 Bangsbo J, Michalsik L. Assessment of the Physiological Capacity of Elite Soccer Players. In:<br />

Spinks W, Reilly T, Murphy A, eds. Science and Football IV. Lon<strong>do</strong>n: RoutJedge 2002: 53-62<br />

45 Luthanen P, Vantinen T, Hayrinen M, Brown EW. A Game Performance A<strong>na</strong>lysis by Age and<br />

Gender in Natio<strong>na</strong>l Level Finnish Youth Soccer Players. In: Spinks W, Reilly T, Murphy A, eds.<br />

Science and Football IV. Lon<strong>do</strong>n: Routledge 2002: 275-279<br />

46 Ekblom B. Applied Phisiology of Soccer. Sports Med 1986; 3: 50-60<br />

47 Tumilty D. Physiological characteristics of elite soccer players. Sports Med 1993; 16 (2): 80-<br />

96<br />

48 Weineck J. Manual de Trei<strong>na</strong>mento Esportivo. S. Paulo: Editora Manole 1989<br />

49 Colli R, Fai<strong>na</strong> M, Lupo S, Gallozi C, Marini C. La preparazione nei giochi sportive. Riv Cult<br />

Sport 1988; 14: 31-41<br />

50 Bauer G, Ueberle H. Futebol - Factores de Rendimiento, Dirección de Juga<strong>do</strong>res y dei Equipo.<br />

Barcelo<strong>na</strong>: Ediciones Martinez Roca 1988<br />

51 Sobral F. O A<strong>do</strong>lescente Atleta. Lisboa: Livros Horizonte 1988<br />

52 Bangsbo J. Fitness training in Football - A Scientific approach. Bagsvaerd: HO + Storn 1994<br />

53 Dowson MN, Cronin JB, Presland JD. Anthropometric and Physiological Differences Between<br />

Gender and Age Groups of New Zealand Soccer Players. In: Spinks W, Reilly T, Murphy A, eds.<br />

Science and Football IV. Lon<strong>do</strong>n: Routledge 2002: 63-71<br />

54 Weineck J. Futbol Total - El Entre<strong>na</strong>miento Físico del Futbolista. Barcelo<strong>na</strong>: Editorial<br />

Pai<strong>do</strong>tribo 1994<br />

55 Jeliffe DB, Jeliffe EFP. Direct assessment of nutritio<strong>na</strong>l status. Anthropometry: major<br />

measurements. In: Jeliffe DB, Jeliffe EFP, eds. Community Nutritio<strong>na</strong>l Assessment with special<br />

reference to less technically developed countries. New York: Oxford University Press 1989: 68-<br />

105<br />

56 Lee J, Kolowel LN, Hind SW. Relative merits of the weigth-corrected-for height indices. Am J<br />

Clin Nutr 1981; 34: 2521-9<br />

48


Referências Bibliográficas<br />

57 Frisancho AR. Anthropometric stan<strong>da</strong>rds for the assessment of growth and nutritio<strong>na</strong>l status.<br />

The University of Michigan Press 1993<br />

58 Tanner JM. Normal growth and techniques of growth assessment. Clin En<strong>do</strong>c Metab 1986; 15<br />

(3): 411-52<br />

59 Bosco C. New Tests for the Measurement of A<strong>na</strong>erobic Capacity in Jumping and Leg Extensor<br />

Muscle Elasticity. IVBF Official Magazine 1981; 1: 37^3<br />

60 Bosco C, Luhtanen P, Komi P. A Simple Method for Measurement of Mechanical Power in<br />

Jumping. Eur J Appl Physiol 1983; 50: 273-282<br />

61 Bosco C, Pitera C, Rusko H, Rahkila P, Luhtanen P, Ito A, Drogheti P, Ziglio P. New Tests for<br />

the Measurement of A<strong>na</strong>erobic Capacity in Jumping and Leg Extensor Muscle Elasticity. IVBF<br />

Official Magazine 1981; 1: 22-30<br />

62 Bosco C. Valoraciones de la Fuerza Dinâmica, de la Fuerza Explosiva y de la Potencia<br />

A<strong>na</strong>eróbica Aláctica com los Test de Bosco. Apunts 1987; 24 (93): 151-156<br />

63 Coimbra A. Caracterização Física <strong>do</strong> Jovem Futebolista no Escalão Etário 11-12 anos.<br />

Dissertação realiza<strong>da</strong> no âmbito <strong>da</strong> discipli<strong>na</strong> de Seminário <strong>do</strong> 5 o ano <strong>da</strong> Licenciatura de<br />

Desporto e Educação Física. Facul<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Ciências <strong>do</strong> Desporto e de Educação Física -<br />

Universi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Porto 2002<br />

64 Mali<strong>na</strong> R. Growth and Maturation: Normal Variation and Effect of Training. In: Gigolfi CV;<br />

Lamb DR, eds. Perspectives in Exercise Science and Sports Medicine - Youth, Exercise and<br />

Sport. India<strong>na</strong>: Benchwark Press 1989<br />

65 Rêgo C, Guerra AJ, Fontoura M, Prata A, Ribeiro B, Teixeira Santos N. Interferência <strong>da</strong> prática<br />

de Basquetebol em regime de rendimento no crescimento e desenvolvimento pubertário de<br />

rapazes. Arq Med 1996; 10 (3): 171-4<br />

66 Rêgo C, Guerra AJ, Prata A, Borges G, Azeve<strong>do</strong> E, Lebre E, Teixeira Santos N. Densi<strong>da</strong>de<br />

mineral óssea em <strong>na</strong><strong>da</strong><strong>do</strong>ras portuguesas de rendimento. Acta Pediatr Port 1997; 28: 425-31<br />

49


Referências Bibliográficas<br />

67 Mali<strong>na</strong> RM, Pe<strong>na</strong> Reyes ME, Eisenmann JC, Horta L, Rodrigues J, Miller R. Height, mass and<br />

skeletal maturity of elite Portuguese soccer players aged 11-16 years. J Sports Sci 2000; 18:<br />

685-693<br />

68 Bosco C, Luhtanen P. Fisiologia e Biomeccanica Applicata ai Cálcio. Roma: Societa Stampa<br />

Sportiva 1992<br />

69 Pombo M. Estúdio Descritivo-Comparativo de las Manifestaciones de la Fuerza Rápi<strong>da</strong> en<br />

Futbolistas de 16-18 Ans con Diferent Nível Competitivo. Dissertação de candi<strong>da</strong>tura ao grau de<br />

Mestre em Ciências <strong>do</strong> Desporto. Facul<strong>da</strong>de de Ciências <strong>do</strong> Desporto e de Educação Física -<br />

Universi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Porto 1995<br />

70 Komi P, Bosco C. Utilization of Stored Elastic Energy in Leg Extensor Muscles by Man and<br />

Woman. Med Sci Sports 1978; 10 (4): 261-265<br />

71 Fai<strong>na</strong> M, Gallozi C, Lupo S, Colli R, Sassi R, Marini, C. Definition of the physiological profile of<br />

the soccer player. In Reilly T, Leeds A, Davids K, Murphy WJ, eds. Science and Football.<br />

Lon<strong>do</strong>n: E & FN Spon 1988: 27-31<br />

72 Bosco C. Aspectos Fisiológicos <strong>da</strong> la Preparacíon Física del Futebolista - Deporte &<br />

Entertenimiento. Barcelo<strong>na</strong>: Editorial Pai<strong>do</strong>tribo 1991<br />

73 Reilly T, Williams AM, Nevill A, Franks A. A multidiscipli<strong>na</strong>ry approach to talent identification<br />

in soccer. J Sports Sci 2000; 18: 695-702<br />

74 Luhtanen P. Soccer-Biomechanical Aspects. In: Ekblom B, ed. Handbook of Sports Medicine<br />

and Science - Football (Soccer). Lon<strong>do</strong>n: Blackwell Publications 1994: 59-77<br />

75 Dunbar G, Power K. Fitness profiles of English professio<strong>na</strong>l and semi-professio<strong>na</strong>l soccer<br />

players using a battery of field tests. In: Reilly T, Bangsbo J, Hughes M, eds. Science and<br />

Football III. Lon<strong>do</strong>n: E & FN Spon 1995: 27-31<br />

76 MirWald RL, Baxter-Jones ADG, Bailey DA, Beunen GP. An assessment of maturity from<br />

anthropometric measurements. Med Sci Sports Exerc 2002; 34 (4): 689-694<br />

77 Mali<strong>na</strong> R. Relações entre Maturação, Crescimento e Performance - Efeitos de uma prática<br />

desportiva regular no crescimento e maturação. Conferências FCDEF-UP 1990<br />

50


Referências Bibliográficas<br />

78 Delga<strong>do</strong> A, Alleman<strong>do</strong>u A, Peres G. Changes in the characteristics of a<strong>na</strong>erobic exercise in the<br />

upper limb during puberty in boys. Eur J Appl Physiol Occup Physiol 1993; 66 (4): 376-80<br />

79 Katzmarzyck PT, Mali<strong>na</strong> RM, Beunen GP. The contribution of biological maturation to the<br />

strength and motor fitness of children. Ann Hum Biol 1997; 24 (6): 493-505<br />

80 Duke PM, Lift IF, Gross RT. A<strong>do</strong>lescents' Self-Assessment of Sexual Maturation. Pediatrics<br />

1980; 66: 918-20<br />

81 Matsu<strong>do</strong> SMM, Matsu<strong>do</strong> VKR. Self-Assessment and Physician Assessment of Sexual<br />

Maturation in Brazilian Boys and Girls: Concor<strong>da</strong>nce and Reproducibility. Am J Human Biol 1994;<br />

6: 451-455<br />

82 Horta L, Miller R, Branco P, Rio C, Rodrigues V, Miran<strong>da</strong> M, Rodriques J, Aguiar P, Costa O.<br />

Estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> Predição <strong>da</strong> I<strong>da</strong>de Cronológica em Jovens Futebolistas - A Importância <strong>da</strong><br />

Composição Corporal e <strong>da</strong> Maturi<strong>da</strong>de Biológica. Arq Med 2001; 15 (1-2-3): 4-10<br />

83 Pratt M. Strength, Flexibility, and Maturity in A<strong>do</strong>lescents Athletes. Am J Dis Child 1989; 143:<br />

560-563<br />

84 Coelho e Silva MJ, Figueire<strong>do</strong> AJ, Gonçalves CE, Ramos MI. Fun<strong>da</strong>mentos auxológicos <strong>do</strong><br />

treino com jovens: conceitos, evidências , equívocos e recomen<strong>da</strong>ções. Treino Desportivo 2002;<br />

19: 4-15<br />

85 Helsen FW, Starkes, JL, Van Winckel J. The Influence of Relative Age on Success and<br />

Dropout in Male Soccer Players. Am J Hum Biol 1998; 10: 791-798<br />

86 Vrijens J. Muscle Strength Development in the Pre and Post-Pubescent Age. Med Sport 1978;<br />

11: 152-158<br />

87 Froberg K, Lammert O. Development of Muscle Strength During Childhood. In: Bar-Or O, ed.<br />

Child and A<strong>do</strong>lescent Athlete. Oxford: Blackwell Science 1996<br />

88 Wilmore J, Costill D. Growth, Development and the Young Athlete. In: Mauck S, ed.<br />

Physiology of Sport and Exercise. Champaign: Human Kinetics 1994: 400-421<br />

89 GasserT, Sheehy A, Moli<strong>na</strong>ri L, Largo RH. Growth of early and late maturers. Ann Hum Biol<br />

2001; 28 (3): 328-36<br />

51


Referências Bibliográficas<br />

90 Franks AM, Williams AM, Reilly T, Nevill AM. Talent Identification in Elite soccer Players:<br />

Physical and Physiological Characteristics. In: Spinks W, Reilly T, Murphy A, eds. Science and<br />

Football IV. Lon<strong>do</strong>n: Routledge 2002: 265-270<br />

91 Garganta J, Maia J, Pinto J. Somatotype, Body Composition and Physical Performance<br />

Capacities of Elite Young Soccer Players. In: Reilly T, Clarys J, Stibbe A, eds. Science and<br />

Football II. Lon<strong>do</strong>n: E & FN Spon 1993: 292-294


VIII-ANEXOS<br />

Anexos<br />

53


o<br />

Ci<br />

"3<br />

><br />

o<br />

"3<br />

s<br />

fa<br />

fa<br />

U<br />

fa<br />

e<br />

es<br />

-*■»<br />

en<br />

fa<br />

O<br />

en<br />

CU<br />

fa<br />

CS<br />

1*<br />

S<br />

■4-»<br />

es<br />

fa<br />

O<br />

tes<br />

*tn<br />

O<br />

fa<br />

CU<br />

es<br />

O<br />

OJD<br />

■3<br />

U<br />

<<br />

H<br />

fa<br />

fa<br />

H<br />

«


o<br />

co (O oo OO IO Tt oo CM CD IO CD oo 00 CO to o> 00 O) ­* 00<br />

CM<br />

CM CD O) T— CN 00 CN<br />

O) CM CM T— CO CM CD «Î<br />

oo oo ­<br />

00 I s ­ CM<br />

0)<br />

> Ti­ Tt tf) tfj Tt tf) tf) Tf Tf Tt IO IO IO IO Tf to Tf UJ Uj" tf) tf) IO Tf Tf Tf Tf IO Tf Tf tf)<br />

o<br />

en to CM CM oo CM CO CD CN CO O) Tf IO 00 O) 00 Tf<br />

O) O)<br />

00 Tf Tf oo CM<br />

00 O<br />

O o O) I<br />

T—<br />

T— CN T— CM" CM"<br />

s ­ CM o o><br />

CN<br />

O) CM CM O)<br />

T— CN a>_ O)<br />

o 0» o T— co<br />

CM" CM"<br />

O) 00 o o o> oo<br />

CN CM" T—<br />

CJ<br />

Csí<br />

05<br />

><br />

N<br />

O m Tf Tf I s ­ 00 o> 00 co IO<br />

00 I s ­ CO Tl­<br />

CO<br />

CD CO CM Tf s<br />

I ­<br />

CD eo o IO Tf r— CM 00 oo lO co T— 00 Tl­ Tl­ CD v IO<br />

o _ to<br />

CO T— T—<br />

00 O) T—<br />

o oo a> CM Is­ 00 00 oo oo co 00 00 I s ­ I s ­ 00 00 oo" OO OO 00 oo oo oo" oo 00 co" oo oo I s ­ I s ­ 00 r­ oo oo"<br />

><br />

U.<br />

5 Tt 00 ro Is­ 00 IO Tj­ Tf O) CO CO CM TI­ 00 oo oo co O) U) 00 00 00 oo I s ­<br />

5 co o CT) o 00 oo CM Tf oo IO CN O) TI­ IO I s ­ CO oo a> IO I s ­ CM CD O) I oo s ­ CO T— O) I o s ­<br />

k o" ro" Tt" o IO tf) O) O) Tf CO o tf) 00 oo _ Tf o I s ­<br />

U Is­ CM CM iO O) CM 00 I s ­ CD CD T— co co co oo IO tf) Is­ T— O) Tf Tf U) I oo tf)<br />

s ­ Tf Tf u><br />

> r­ O) r\l o> O) r­ o oo O IO 00 a> I s ­ o Is­ co CO T— Is­ CO I s ­ oo oo T— o Is­ 00 co oo oo<br />

O IO IO IO tn tf) to m<br />

(0 o n on o> a> Is­ o CT) 00 lO CO Tl­ CO O) I tf) o s ­ 00 ^^ co r­ *^<br />

Q. •* IO lO IO IO ■ * Tf co<br />

IO 00 CD CO Tf oo TI­ CO<br />

Tt<br />

Tl­<br />

Is­ Tl­ Tt CO IO<br />

00 Tf 00 Tf tf) U) Tf CO 00 Tf Tf<br />

CS<br />

*­* Is­ m ■r|­ r­. Tt IO I s ^<br />

­ CM CM IO 00 IO m<br />

00 co o Tf tf) Tf O) CN r­ o CO l­~ Tf<br />

CO T— O Ul oo<br />

w<br />

lO IO *~ oo o oo T­ Is­ 00 to CO UJ o IM o U) (_> CO Tf CO<br />

T—<br />

tf) 00<br />

Ul<br />

(_> o<br />

O T­ CM T­ CM w<br />

o o CO<br />

Ul<br />

■ o o o o o 1 o o<br />

1 v o o o o o 1 o o r- T—<br />

1 1 w<br />

o o"<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

N<br />

IO lO IO IO lO tf)_ tf)_<br />

s<br />

CM o Tf on oo co 00 CO o o> I ­ T—<br />

00 00 CM tf)<br />

o CM I s ­<br />

­<br />

T fO CM" I s ­ o" IO lO a>" lO to TI­ TI­ o" IO TI­ co Tf" Tf Tf I tf)<br />

s ­ CN Tf<br />

n CD CD u) UJ UJ Tf co co tf) co tf) tf)<br />

T— T— Tf ▼— T— T— vi T— T— T—<br />

^<br />

3 o<br />

n m<br />

m<br />

ni<br />

T T— T— T ­ T ­<br />

* * *<br />

CD<br />

■o<br />

CO CM CM CM CM CN CM co CM oo CO CN CO 00 ^t— CM CM CN oo oo co CM CM 00 CM CN<br />

10 CO to to<br />

cu CD CU O T3 ■o ■a ■o cu<br />

«0 fl) cu cu o o<br />

o i_ ■a ■o<br />

Cfl CO CO CO CO ÇO CO CO CO CO CO<br />

O "2<br />

0. m V. "E e<br />

CO<br />

1—<br />

m<br />

cu<br />

m<br />

**<br />

2<br />

cu 5<br />

CO CO<br />

Ç0 Ç0 CO ÇO Ç0 o o o o o o o o o<br />

1—<br />

o<br />

cu cu Q3<br />

cu o<br />

T3 T3 T3 T3 T3<br />

T3<br />

cu<br />

ro CZ<br />

3 ZJ ZJ CU cu<br />

CO<br />

O O O<br />

CU<br />

O CU<br />

o cu cu cu<br />

O<br />

o o CO CO CO CO CO CO co ­0) 'CU vCU<br />

CO<br />

_l _l _l _J _l _l _l _l 5 •cu ­cu<br />

5<br />

'CU «cu «cu ­cu ><br />

2 2 <<br />

><br />

<<br />

O<br />

M<br />

• PH CD oo CD CO IO I<br />

■o .Q S CO<br />

CO .Q<br />

s 00 IO<br />

­<br />

T—<br />

J2 CO co o> o CM Tl­ o><br />

00<br />

CM CO O) I<br />

T—<br />

«í—<br />

J2 co £1 CO 03 CO<br />

03 co .Q<br />

s ­<br />

Tf Tf<br />

CO<br />

03<br />

«O<br />

U<br />

CO<br />

s<br />

U) I s ­<br />

2 CM<br />

CO s Is­ co<br />

Tf<br />

s<br />

tf)


o<br />

CO<br />

><br />

o<br />

><br />

N<br />

O<br />

a><br />

><br />

u.<br />

T— IO 00 0> IO Tf IO<br />

Tf<br />

O co CD CD r­ CD.<br />

Tf<br />

IO*<br />

Tf" Tf"<br />

Tf"<br />

Tf" Tf" Tf"<br />

O)<br />

a» IO<br />

oo<br />

VO Tf<br />

Tf<br />

OO" oo"<br />

S CO. S<br />

Q. oo"<br />

CO<br />

o<br />

(0<br />

LU<br />

(0<br />

rs<br />

+■»<br />

(0<br />

LU<br />

O<br />

to<br />

N<br />

Tf<br />

oo"<br />

CM<br />

co<br />

CM<br />

lO<br />

o><br />

a> CM<br />

f­<br />

CD<br />

IO<br />

Tf<br />

oo CM 00 CM 00 CO<br />

co òõ CO<br />

eo_<br />

oo" r­" oo" o.<br />

f»."<br />

IO<br />

f­" oo"<br />

co co<br />

Tf CN<br />

Tf* aí<br />

CO CM<br />

o><br />

CN<br />

CO<br />

f­<br />

CD<br />

Tf"<br />

CO<br />

CM Tf<br />

Tf"<br />

CM co<br />

00<br />

CD<br />

aí<br />

CM<br />

CO CM"<br />

CO<br />

CO<br />

o"<br />

CO<br />

IO<br />

co"<br />

Tf<br />

CO.<br />

f­"<br />

CO o"<br />

Tf<br />

CM<br />

r­­<br />

Tf"<br />

f­ co CM<br />

lO. co Tf<br />

Tf" Tf"<br />

Tf"<br />

f­<br />

Tf<br />

Tf<br />

f­<br />

Tf"<br />

oo IO CM C7><br />

00 f­ CM CO 00 co<br />

O)<br />

CM IO<br />

CD.<br />

o" co<br />

co r­"<br />

CO<br />

r­"<br />

CO<br />

oo"<br />

co<br />

co 00<br />

CD"<br />

co<br />

o»<br />

co<br />

O) Tf Tf Tf<br />

f­ O)<br />

h~" f~"<br />

r­"<br />

O)<br />

CM<br />

CM"<br />

co<br />

O)<br />

CD<br />

r­"<br />

CO<br />

00<br />

5 Tf"<br />

Tf co o OO<br />

Tf" co" Tf" co"<br />

CO<br />

Tf<br />

CO CO 5<br />

CM<br />

00<br />

Tf" T—<br />

Tf Tf<br />

f~­<br />

Tf"<br />

CO<br />

o" co<br />

co"<br />

co<br />

o<br />

co"<br />

co<br />

Tf<br />

Tf<br />

O) o> CO<br />

Tf co IO<br />

f­" f~" f­­"<br />

co<br />

Tf o<br />

CM" co"<br />

m Tf<br />

00 00<br />

Tf"<br />

CO co"<br />

CN<br />

Tf co co<br />

to"<br />

co co" r>­"<br />

CO CM<br />

CM<br />

CO<br />

Tf<br />

IO<br />

Tf<br />

òõ fco<br />

Tf<br />

00<br />

co<br />

CN<br />

CO<br />

oo<br />

CN<br />

CO<br />

CO<br />

00<br />

h­"<br />

CD CM T— oo CO oo a><br />

IO Tf 00 CO co CD<br />

Tf Tf" Tf" Tf" Tf" Tf" Tf" Tf" Tf"<br />

IO CD<br />

00 CM<br />

co<br />

00<br />

f~­ õ> oo O) O) IO<br />

O)<br />

CD 00 IO IO oo Oi<br />

Tf<br />

Tf<br />

Tf<br />

1^<br />

00<br />

oo o CO.<br />

co<br />

h­"<br />

f­"<br />

f­" oo" f~" r^" f­"<br />

CN. o><br />

o 55<br />

co" IO" oo"<br />

Tf co IO<br />

r­"<br />

co io"<br />

Tf<br />

IO"<br />

oo<br />

CO CO<br />

00 CN<br />

Tf" co"<br />

co CO<br />

h~"<br />

co<br />

Tf"<br />

CO co<br />

Tf<br />

CD<br />

io"<br />

co" CO<br />

Tf<br />

f­<br />

o"<br />

CO<br />

Tf<br />

o>"<br />

CO<br />

00.<br />

CO<br />

òõ<br />

o"<br />

oo<br />

Tf<br />

00<br />

O)<br />

CO<br />

co co<br />

oo" Tf"<br />

CO oo<br />

o<br />

f~"<br />

CO<br />

f~" r­"<br />

VO<br />

CM. CD<br />

ai o"<br />

Tf Tf<br />

co<br />

o"<br />

Tf<br />

oo CO<br />

io"<br />

co oo"<br />

CO<br />

co<br />

o"<br />

Tf<br />

CO Tf<br />

Tf"<br />

CO<br />

co<br />

oo co.<br />

f­"<br />

CM cõ<br />

CD<br />

oo"<br />

CD<br />

00<br />

Tf<br />

Tf<br />

Tf<br />

oo<br />

io" Tf<br />

CO<br />

o<br />

o>"<br />

CM<br />

CM<br />

f­"<br />

CM<br />

co<br />

CM<br />

Tf<br />

CO<br />

CO<br />

Tf"<br />

00 CO<br />

f­ f^<br />

Tf<br />

CO<br />

o> t«~"<br />

f­"<br />

co<br />

co<br />

h­"<br />

CO<br />

00<br />

o<br />

oo"<br />

Tf<br />

oo<br />

O)<br />

co<br />

Tf<br />

CN<br />

Tf<br />

CO<br />

CO<br />

co"<br />

00<br />

o o><br />

CO" f­"<br />

CO co o>"<br />

CM<br />

■ *<br />

CM CO co co CM CO CO CO Tf co Tf Tf co Tf Tf CO co Tf Tf co oo Tf Tf co Tf CM Tf co Tf<br />

co<br />

co<br />

o"<br />

i<br />

O<br />

5 Tf<br />

r­co"<br />

CO<br />

CO<br />

CO<br />

CD<br />

o<br />

co<br />

o" o"<br />

1 o"<br />

o_<br />

aí<br />

Tf<br />

lO_<br />

h­"<br />

o<br />

V) 5 Tf<br />

cu<br />

Q.<br />

o<br />

Tf CD<br />

CO<br />

<br />

Tf<br />

CM CM CO ­<br />

o<br />

T3<br />

CO<br />

O<br />

CO<br />

><br />

<<br />

O<br />

■o<br />

co<br />

o<br />

cz<br />

CO<br />

><br />

<<br />

oo<br />

L CM<br />

.O<br />

o<br />

T3<br />

CO<br />

o<br />

c<br />

CO<br />

><br />

<br />

Tf<br />

r» CM<br />

00 CM<br />

o" o"<br />

o"<br />

o><br />

CD<br />

CM"<br />

CM<br />

Tf òõ co<br />

f­ co<br />

00<br />

O) co<br />

Tf<br />

o><br />

o<br />

Tf"<br />

CN<br />

CO 00<br />

CD<br />

CM Tf<br />

CO. Tf<br />

o*<br />

1<br />

00<br />

co<br />

CN<br />

CN<br />

Tf"<br />

CM<br />

Tf<br />

IO<br />

o"<br />

1<br />

o<br />

f­ co<br />

IO<br />

co Tf<br />

co<br />

o" o"<br />

cõ CM<br />

o"<br />

f~<br />

00<br />

f­" T—<br />

CN<br />

IO<br />

CN<br />

CO<br />

co<br />

o<br />

o"<br />

1<br />

CO<br />

CM<br />

o" o"<br />

CN co<br />

oo CN<br />

oo"<br />

o"<br />

CN<br />

CO Tf f~<br />

00<br />

co. f~_<br />

o" o"<br />

o<br />

a><br />

o<br />

oo<br />

o"<br />

CM<br />

CM<br />

o"<br />

t<br />

o<br />

Tf<br />

o"<br />

1<br />

o> o<br />

CN. CN<br />

oo" oo"<br />

o co o co<br />

CO 5) co<br />

Tf<br />

00<br />

Tf<br />

o"<br />

1<br />

o<br />

1^­ co<br />

f­ h^ CO<br />

co<br />

o<br />

00<br />

o"<br />

o><br />

co<br />

CM"<br />

IO<br />

co" co<br />

oo CM<br />

f~<br />

Tf<br />

Tf. o<br />

o"<br />

co<br />

a><br />

o"<br />

f~<br />

co o><br />

IO<br />

f­<br />

CO<br />

o"<br />

00<br />

IO<br />

T—<br />

CM<br />

IO.<br />

co<br />

o<br />

co<br />

o"<br />

1<br />

a><br />

CO<br />

00<br />

Tf<br />

o"<br />

1<br />

Tf<br />

IO<br />

o"<br />

1<br />

o<br />

o"<br />

CM<br />

CO<br />

o"<br />

co<br />

o"<br />

1<br />

CO<br />

00<br />

o"<br />

1<br />

CN CM Tf CO CN<br />

CD ÒÕ f­ oo Tf<br />

oo" f­" o>" oo"<br />

O) oo"<br />

CM<br />

CO<br />

Tf<br />

co<br />

IO<br />

CM<br />

io" IO<br />

IO<br />

oo<br />

LO<br />

CO<br />

CM<br />

o<br />

CO<br />

o"<br />

1<br />

00 f«­ CM<br />

co<br />

f­<br />

Tf<br />

00<br />

CO. CO<br />

t—<br />

ff­­<br />

o"<br />

a><br />

r­~<br />

CN<br />

CN<br />

CN<br />

IO o><br />

CD<br />

oo<br />

00<br />

o"<br />

CO<br />

CN<br />

CN<br />

CN<br />

CN<br />

CO<br />

co oo<br />

CO o<br />

o" o"<br />

o"<br />

o"<br />

r^ CD 00<br />

CO Tf<br />

f~ co<br />

CM co X — Tf Tf lO IO m Tf Tf IO Tf Tf CO CO Tf Tf IO IO Tf Tf co CO Tf IO Tf<br />

o<br />

■o<br />

CO<br />

o<br />

c<br />

CO<br />

><br />

<<br />

o<br />

5 00<br />

CO<br />

o<br />

"D<br />

CO<br />

o<br />

£=<br />

CO<br />

><br />

IO<br />

CO<br />

o<br />

■a<br />

CO<br />

o<br />

cz<br />

CO<br />

><br />

<<br />

o<br />

CM<br />

J3<br />

CO<br />

CD<br />

•a<br />

ÇD<br />

1<br />

CO<br />

CO<br />


CO*<br />

><br />

o<br />

><br />

N<br />

O<br />

0)<br />

><br />

U­<br />

Q.<br />

5<br />

o<br />

(0<br />

OJ<br />

00<br />

r­"<br />

CM<br />

O)<br />

co<br />

IO<br />

co"<br />

CM<br />

co<br />

■ *<br />

r­<br />

m OO co<br />

m<br />

■ * "<br />

m m<br />

co m<br />

00<br />

in m<br />

o><br />

I s CM<br />

­" h­"<br />

CM<br />

O<br />

o"<br />

m<br />

CD<br />

co"<br />

o><br />

5<br />

111<br />

(0 r»"<br />

oo<br />

CN 5 O)<br />

CM<br />

o<br />

'■5<br />

(0<br />

to<br />

LU<br />

O<br />

S<br />

m<br />

N<br />

O<br />

S<br />

o<br />

(A<br />

d)<br />

Q.<br />

(0<br />

W<br />

LU<br />

V)<br />

N<br />

(0<br />

(A<br />

LU<br />

00<br />

r~" o"<br />

CM "3­<br />

CM<br />

1^<br />

co"<br />

m ai<br />

m<br />

co"<br />

co<br />

CM m<br />

r­­_ CM<br />

■ * " •*"<br />

CM CD<br />

oo<br />

■ * "<br />

5<br />

■ * "<br />

oo OJ CM OJ<br />

00<br />

CD m o m<br />

r­~" r­* r­~" oo"<br />

CD"<br />

00<br />

m<br />

o"<br />

CO<br />

CM 00<br />

co co<br />

co" co"<br />

(D_<br />

CO<br />

CM<br />

co<br />

co<br />

o"<br />

<br />

CO~<br />

CO<br />

•*■"<br />

CM<br />

CD<br />

■ * "<br />

1*­ CD<br />

O)<br />

CD<br />

m<br />

OJ"<br />

m<br />

m<br />

o"<br />

m<br />

CM<br />

oo"<br />

■«*■<br />

co<br />

m<br />

r­"<br />

oo<br />

■*"<br />

oo T—<br />

oo<br />

00<br />

m<br />

h­"<br />

CD OJ<br />

co<br />

o<br />

CD"<br />

CO<br />

CD<br />

CO<br />

ai<br />

CO<br />

CM<br />

CO" co"<br />

CO co<br />

CM<br />

r­~"<br />

m<br />

ai<br />

co<br />

­ain<br />

CO<br />

oo<br />

co m<br />

■ * "<br />

a> m<br />

oo<br />

m co<br />

r~" h­"<br />

m<br />

00<br />

m"<br />

CO<br />

CM<br />

co"<br />

co<br />

o> co<br />

co"<br />

co co<br />

oo<br />

CM<br />

■ * "<br />

m<br />

i*­_<br />

5<br />

oo<br />

o"<br />

CO ■f •* •* co co CO CO ■ * CO co co •f co<br />

m<br />

o"<br />

■<br />

o<br />

OJ~<br />

co<br />

m<br />

0_<br />

o"<br />

l'en<br />

CM<br />

OJ<br />

o" o<br />

co<br />

m<br />

CM"<br />

CM<br />

T—<br />

CM<br />

co<br />

co<br />

o"<br />

i<br />

CM<br />

■ *<br />

oo"<br />

o><br />

CD CD CM<br />

m<br />

OJ<br />

0»<br />

o"<br />

d)<br />

■a ** ■ora<br />

2<br />

o<br />

■CO<br />

'3><br />

O<br />

Q.<br />

o<br />

­CD<br />

O<br />

D<br />

CO<br />

■5<br />

00<br />

00<br />

o"<br />

co<br />

o"<br />

m O oo<br />

CD<br />

o<br />

2<br />

m<br />

co<br />

o<br />

00<br />

CD<br />

o"<br />

CD o<br />

CO_<br />

oo"<br />

CM<br />

•«t CM<br />

m<br />

00<br />

o"<br />

CD<br />

(N<br />

o"<br />

1<br />

O<br />

CO m<br />

o<br />

CM<br />

o"<br />

1<br />

m<br />

o<br />

o<br />

OJ<br />

r­ co<br />

o>" ai<br />

CM<br />

CD<br />

a><br />

o"<br />

m<br />

ai<br />

­a­<br />

m m<br />

o co<br />

o" o"<br />

m<br />

o"<br />

CM<br />

00<br />

m<br />

­<br />

ai<br />

oo o<br />

CM m<br />

o" o"<br />

CD<br />

CN<br />

CM<br />

m<br />

oo" o<br />

CD<br />

oo<br />

oo<br />

o"<br />

l<br />

CO<br />

m<br />

o"<br />

1<br />

c»<br />

CM<br />

C3><br />

m<br />

a><br />

a><br />

o"<br />

i<br />

oo<br />

o"<br />

■<br />

CM<br />

o"<br />

CN<br />

o CM<br />

oo"<br />

Cvi<br />

in m<br />

CD<br />

05<br />

o»<br />

o"<br />

CM<br />

m<br />

o"<br />

00<br />

CD CD 00<br />

CD m<br />

■ * ■ * ■ * co m ■ * m co m m co m<br />

o<br />

­0)<br />

o<br />

"O<br />

co<br />

a<br />

c<br />

co<br />

3<br />

m < m co<br />

CO<br />

o<br />

■o<br />

co<br />

a<br />

cz<br />

co<br />

3<br />

00<br />

m<br />

o<br />

■a<br />

co<br />

o<br />

c<br />

co<br />

CM<br />

o<br />

■a<br />

CO<br />

o<br />

co<br />

3<br />

o<br />

CO<br />

O<br />

co<br />

><br />

<<br />

< CM<br />

<<br />

o<br />

"O<br />

CD<br />

o<br />

co<br />

3<br />

00<br />

<<br />

o<br />

•o<br />

co<br />

t><br />

co<br />

><br />

<<br />

o<br />

­o<br />

co<br />

o<br />

c:<br />

co<br />

><br />

<<br />

00<br />

s co<br />

<<br />

o<br />

■a<br />

co<br />

o<br />

cr<br />

co<br />

00<br />

<<br />

o<br />

CO<br />

. O<br />

co<br />

><br />

<<br />

CD<br />

m<br />

o<br />

"O<br />

co<br />

o<br />

co<br />

3<br />

a><br />

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!