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Revolução Mexicana (1910 – 1917) Setores ... - Anglo Piracicaba

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<strong>Revolução</strong> <strong>Mexicana</strong> (<strong>1910</strong> <strong>–</strong> <strong>1917</strong>)<br />

<strong>Setores</strong> sociais envolvidos na <strong>Revolução</strong>:<br />

a) Campesinato: Luta por terra e pela sobrevivência - tradição rebelde nas montanhas.<br />

Norte: liderança Pancho Villa<br />

- Forte presença de estrangeiros (americanos, ingleses e franceses)<br />

- Insatisfação dos pequenos proprietários de cidades pequenas contra o governo central;<br />

- Conteúdo ideológico frágil - consciência brotou no processo revolucionário.<br />

SUL: liderança - Emiliano Zapata - região de Morelos.<br />

- comunidades indígenas - expropriadas pelas grandes empresas<br />

- cana de açúcar: aquecimento devido à demanda internacional<br />

- Modernização da produção: mecanização - inicialmente ocupa mão de obra; posteriormente desemprego /<br />

engenhos avançaram por áreas produtivas de alimentos;<br />

- Na região custo de vida aumentou com a necessidade de aquisição de produtos alimentícios de fora.<br />

b) Áreas Urbanas: cidades inseridas como Centros de trocas Internacionais.<br />

- Operariado: pouco expressivo - organizado por Anarquistas: incorporaram reivindicações trabalhistas / Não<br />

evoluíram para a clássica aliança operário/camponesa.<br />

- <strong>Setores</strong> médios e liberais: oposição à ditadura = organização de clubes políticos, Partido Liberal, jornais =<br />

[Francisco Madero].<br />

Oxigênio da revolução: campesinato<br />

- Forças dispersas: se levantam em todo o pais.<br />

Respostas populares:<br />

1) Sul - Zapata: Plano Ayala<br />

- denomina Madero como traidor da <strong>Revolução</strong>;<br />

- Indica Zapata à presidência;<br />

- Redistribuição das terras;<br />

- Nacionalização dos bens mexicanos.<br />

2) Norte - Paschoal Orozco / Pancho Villa<br />

- autonomia para o poder local;<br />

- Reforma agrária;<br />

- Crítica aos EUA: interessados em intervenção;<br />

- Formam-se milícias e colunas guerrilheiras onde se destaca Villa.<br />

3) Áreas Urbanas:<br />

- organização sindical - inspiração anarquista;<br />

- Expropriação dos meios de produção;<br />

- Greves e ações diretas.<br />

Avanço da <strong>Revolução</strong>:<br />

Ao Norte: Villa controla vários Estados<br />

Ao Sul: Zapata - implementa o Plano Ayala: restabelece a organização comunal indígena e procura disseminar a<br />

Instrução.


Carranza <strong>–</strong> apoiado pelos EUA <strong>–</strong><br />

- procura neutralizar as forças revolucionárias: convoca a Convenção Revolucionária <strong>Mexicana</strong>: sem<br />

participação de Zapata e Villa.<br />

- Sem a participação dessas duas lideranças - impossibilidade de pacificação nacional.<br />

- Em termos práticos a Convenção ratificou a importância das duas lideranças populares.<br />

Nova Convenção: Águascalientes - presença de Zapata e Villa - decidem marchar para a Cidade do México.<br />

Divisão política do momento (1915):<br />

a) Zapatistas e Villistas: dispersos pelo interior<br />

b) Constitucionalistas: Carranza / Obregon<br />

- recebiam suporte dos EUA: armas.<br />

- controlavam as áreas litorâneas;<br />

- Estratégia: dividir as forças populares - impedir a aliança Operário-Camponesa;<br />

- manobraram com medidas trabalhistas visando o apoio operário;<br />

- Denunciam Zapata e Villa como bárbaros;<br />

- Obregon forma os “Batalhões Vermelhos”: milícias operárias contra o Norte que derrotará Villa.<br />

- pressionado ao Norte, Villa atravessa a fronteira promovendo saques e fuzilamentos de americanos;<br />

- Nova intervenção dos EUA e desmantelamento do grupo de Villa.<br />

<strong>1917</strong>: A <strong>Revolução</strong> se institucionalizou com a promulgação da Constituição<br />

Lei Eleitoral: Excluiu da Assembleia Nacional Constituinte todos os setores que pegaram em armas contra os<br />

Constitucionalistas: Zapatistas, Villistas e Anarquistas.<br />

Constituição de <strong>1917</strong>:<br />

- Art. 3: Ensino Leigo e obrigação do Estado;<br />

- Art; 27: Reforma Agrária e reconhecimento da organização comunal indígena - Plano Ayala era irreversível.<br />

- Art. 123: Leis Trabalhistas: jornada de 8 hrs; Descanso remunerado; liberdade sindical e direito de greve;<br />

controle sobre o trabalho feminino e de menores;<br />

- Art. 130: Restrição ao poder da Igreja sobre a vida civil - laicismo.<br />

A <strong>Revolução</strong> <strong>Mexicana</strong><br />

A <strong>Revolução</strong> iniciada em <strong>1910</strong> foi um grande movimento popular, anti-latifundiário e anti-imperialista, que foi<br />

responsável por importantes transformações no México, apesar da supremacia da burguesia sobre as<br />

instituições do Estado.<br />

O PORFIRIATO<br />

O período de 1876 a 1911 caracterizou-se pela ditadura de Porfírio Diaz, responsável pelo desenvolvimento do<br />

capitalismo mexicano, apoiado no ingresso de capitais e empresas estrangeiras e em uma política anti popular.<br />

O governo de Diaz foi dominado por uma burocracia positivista - os científicos - responsáveis pelo<br />

desenvolvimento do capitalismo associado e pela política repressiva às camadas populares. Apoiou-se ainda no<br />

exército, que possuía a função de polícia do Estado e na Igreja Católica, que apesar de estar proibida de possuir<br />

propriedades que não se destinassem ao culto, possuía grande liberdade de ação.<br />

A principal base de apoio da ditadura foi a camada latifundiária; estes os grandes beneficiários da política do<br />

governo, que eliminou o ejido ( terras comunitárias de origem indígena ) possibilitando maior concentração


fundiária e a formação de grande contingente de camponeses superexplorados.<br />

O último pilar de sustentação do governo foi o capital estrangeiro, que durante a ditadura passou a controlar a<br />

exploração mineral, petrolífera, as estradas de ferro, bancos, produção e distribuição de energia elétrica,<br />

grande parte das indústrias e do grande comércio.<br />

O INÍCIO DA REVOLUÇÃO<br />

Do ponto de vista institucional, oficial, considera-se a revolução como o movimento que derrubou a ditadura e<br />

possibilitou a ascensão de Francisco Madero em junho 1911. Apesar de originário de uma família de<br />

latifundiários, Madero passou a liderar a pequena burguesia urbana, nacionalista, que organizou o movimento<br />

"Anti Reeleicionista" Perseguido, foi forçado a exilar-se e tornou-se o símbolo da luta contra a ditadura para as<br />

camadas urbanas, inclusive o proletariado.<br />

No entanto, o movimento revolucionário possuía outra dimensão: os camponeses do sul, liderados por<br />

Emiliano Zapata, invadiam e incendiavam fazendas e refinarias de açúcar, e ao mesmo tempo organizavam um<br />

exército popular. Ao norte, o movimento camponês foi liderado por Pancho Villa , também defendendo a<br />

reforma agrária.<br />

Os exércitos camponeses ao longo de <strong>1910</strong> e 1911 ampliaram sua atuação, combateram o exército federal e os<br />

grandes proprietários, conquistando vilas e cidades em sua marcha em direção à capital.<br />

A REVOLUÇÃO POPULAR<br />

Em novembro de 1911, Zapata define o Plano de Ayala, propondo a derrubada do governo de Madero e um<br />

processo de reforma agrária sob controle das comunidades camponesas. O plano defendia a reorganização do<br />

ejido, a expropriação de um terço dos latifundiários mediante indenização e nacionalização dos bens dos<br />

inimigos da revolução. A existência de um exército popular organizado e armado era visto como uma ameaça<br />

pelo novo governo, pela velha elite e pelos EUA. O avanço popular era contínuo, pois apesar das mudanças no<br />

governo, as estruturas sócio econômicas permaneciam sem alterações.<br />

A deposição e assassinato de Madero em 1913 e a ascensão do general Vitoriano Huerta, apoiado pelos<br />

porfiristas somente fez crescer as lutas camponesas e desencadeou nas cidades um movimento<br />

constitucionalista, que levaria ao poder Venustiano Carranza em 1914.<br />

O governo Carranza adotou uma série de medidas para consolidar as estruturas políticas: promoveu intenso<br />

combate às forças populares tanto no sul como no norte do país, adotou medidas nacionalistas que levariam a<br />

nacionalização do petróleo ao mesmo tempo em que fez concessões às grandes empresas norte americanas e<br />

organizou uma Assembléia Constituinte (excluindo a participação camponesa).<br />

Toda essa situação e a nova Constituição de <strong>1917</strong>, considerada extremamente progressista, somente foi<br />

possível pela grande pressão popular e pelo envolvimento do México e das grandes potências na Primeira<br />

Guerra Mundial.<br />

A Constituição de 17, garantia os direitos individuais, o direito à propriedade, leis trabalhistas, reconhecia o<br />

ejido e regulava a propriedade do Estado sobre as terras , águas e riquezas do subsolo; e em parte serviu para<br />

desmobilizar os camponeses, fato que contribuiu para o assassinato do líder agrarista Zapata.<br />

(http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=54)

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