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nº 27 - Caderno 360

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Foto: Flavia Rocha|<strong>360</strong><br />

Foto: Magu|<strong>360</strong><br />

Nesta Edição:<br />

empresas:<br />

Esposas que<br />

são o “braço direito” do marido<br />

Mônica, da Mec Car,<br />

de Ourinhos.<br />

Funcionária da<br />

empresa do marido<br />

P.12<br />

eleições: em Espírito Sto.<br />

do Turvo, prefeita fala de sua<br />

administração em entrevista<br />

EXCLUSIVA<br />

Foto: Flavia Rocha|<strong>360</strong><br />

Paola já<br />

aprendeu a<br />

ler e usa<br />

ÓCULOS.<br />

Dr. Zé Mário<br />

comenta<br />

Serviços<br />

Ofertas:<br />

produtos<br />

P.20<br />

P.6<br />

CIRCULAÇÃO mensal nas cidades: Avaré • Sta. Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo<br />

Timburi • Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira Cesar • Águas de Sta. Bárbara • Fartura<br />

• São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes ‹‹MAIO_JUNHO/2008››<br />

Foto: Bruno Figueira|<strong>360</strong><br />

Foto: Flavia Rocha|<strong>360</strong><br />

P.16<br />

cultura:Festivais de teatro<br />

aquecem os meses frios em cidades<br />

da região. Confira na agenda e<br />

aproveite os destaques imperdíveis<br />

Grupo de Fartura se<br />

apresenta em Bernardino<br />

P.4<br />

gastronomia:<br />

inverno é tempo de Fondue.<br />

Conheça a receita original e<br />

delicie-se a dois ou em grupo<br />

bem viver: você gosta<br />

de dizer não para as pessoas?<br />

Isso pode ser sinal de “Síndrome da<br />

pequena autoridade”<br />

Foto: Divulgação<br />

Dia do Desafio<br />

em Ourinhos<br />

FAPI começa em Ourinhos<br />

A maior feira agropecuária<br />

da região figura entre as<br />

melhores do país. Conheça<br />

o lado “animal” do evento<br />

<strong>nº</strong> <strong>27</strong><br />

ano III<br />

Um dos maiores municípios<br />

da região, a cidade foi<br />

fundada por bandeirantes<br />

vindos de Minas Gerais<br />

São Pedro do Turvo: 117 anos<br />

Foto: Divulgação<br />

P.15 P.23<br />

esportes: Dia do Desafio<br />

movimenta a região com<br />

atividades físicas para todos .<br />

Confira também o rodeio da FAPI<br />

Fernanda Lira diz que<br />

ENGANAR é vício<br />

P.14 P.8 P.5<br />

P.11<br />

Arte: Rodrigo Biancão|<strong>360</strong>


2 | editorial 2:°Editorial • OraAção<br />

4:°Gastronomia<br />

É impressionante a quantidade de<br />

pedras que encontramos num caminho.<br />

Seja no campo profissional ou<br />

pessoal, com filhos, amores, chefes e<br />

funcionários, toda relação é cheia de<br />

altos e baixos. Seja no trabalho, na<br />

escola, em casa, nossos sonhos,<br />

desejos e objetivos muitas vezes se<br />

mostram verdadeiros desafios, tantos<br />

os percalços que temos que superar<br />

e enfrentar para mantê-los vivos e<br />

continuar seguindo a vida com alguma<br />

consistência e sentido.<br />

No mundo moderno, imediatista e consumista que vivemos,<br />

diante dessa realidade que não muda, ainda mais<br />

no Brasil, essa terra linda, ensolarada, fértil e… cheia de<br />

problemas em termos nação, lugar pra se viver, é natural<br />

que mais e mais gente entre em depressão.<br />

Não consigo ver outro caminho que não a fé pra driblar<br />

tudo isso sem perder a alegria de viver. Seja qual for a<br />

religião, ou mesmo, no ateísmo, acreditar (em Deus ou<br />

no próprio homem) é essencial. Além de manter viva a<br />

chama do prazer, da confiança, da ação e da criação,<br />

acreditar nos torna mais fortes e vigorosos, capazes de<br />

superar embates sem perder o fôlego,<br />

a alma, o rumo.<br />

Acreditar que se pode realizar uma tarefa até então<br />

impensada pode trazer resultados impressionantes, A<br />

seção de EMPRESAS traz mulheres a todo vapor em<br />

terrenos tipicamente masculinos e, ainda, liderados pelos<br />

seus respectivos maridos. É com fé, também, que se<br />

administra uma cidade, como vemos em CIDADANIA,<br />

com a prefeita de Espírito Sto. do Turvo. Assim como se<br />

vence os adversários ou simplesmente se mantém ativo<br />

quando o assunto é ESPORTES.<br />

Sem crer que é possível não se realiza um evento do<br />

porte da FAPI, a maior feira agropecuária da nossa<br />

região, que aparece em AGRONEGÓCIO, ou festivais<br />

de teatro que são verdadeiros mergulhos no mundo das<br />

artes, como mostra a seção EDUCAÇÃO E CULTURA.<br />

COMO chegar lá<br />

Sem crer, não se chega<br />

a lugar nenhum. Com<br />

fé, todos os obstáculos<br />

são transponíveis.<br />

Na foto ao lado,<br />

artistas de Guararapes<br />

são premiados pelo<br />

Festival de Teatro de<br />

Avaré, em 2007<br />

É com uma fé imensurável na nossa região, caro leitor,<br />

que continuamos na ativa, lidando com cada imprevisto,<br />

desastre, traição, incompetência, susto no dia-a-dia da<br />

produção de um periódico que, antes de mais nada, se<br />

mantém fiel à sua essência: trazer notícias pautadas no<br />

acerto, manter a área editorial distante da comercial e a<br />

ética das relações.<br />

Com todo o ânimo de quem chega à <strong>27</strong>ª edição mensal<br />

com cerca de 85% dos anunciantes apoiando a cada mês<br />

o projeto editorial que pretende informar e valorizar a<br />

nossa região. Só posso pensar no que diz um dos nossos<br />

melhores compositores:<br />

“Andar com fé eu vou.<br />

Que a fé não costuma<br />

falhar.” (GGil) erramos!<br />

Boa leitura!<br />

na edição 26<br />

Flávia Rocha Manfrin<br />

editora <strong>360</strong><br />

Entre erros de digitação<br />

que “passaram batido”, o<br />

nome da dona da farmácia<br />

Santa Cruz saiu errado. Ela<br />

se chama Cecília Picinin.<br />

Foto: Divulgação<br />

5:°Ponto de Vista<br />

6:°Cidadania _ ELEIÇÕES<br />

7:°Drops<br />

8:°Agronegócio<br />

11:°Acontece<br />

12:°Empresas<br />

14:°Meninada<br />

15:°Bem Viver<br />

16:°Educação e Cultura<br />

18:°Agenda<br />

19:°Gente NOITE<br />

20:°Bacana ‹CLASSIFICADOS›<br />

21:°Onde ir<br />

22:°Gente DIA<br />

23:°Esportes<br />

Índice<br />

PRÓXIMA EDIÇÃO: Entrevista<br />

com Dr. Renato Mardegan,<br />

delegado de polícia de Sta.<br />

Cruz. Não perca!<br />

Ora,Ação!<br />

João 4, VS 18<br />

"No amor não há medo.<br />

Antes o perfeito amor<br />

lança fora o medo; porque<br />

o medo envolve castigo; e<br />

quem tem medo não está<br />

aperfeiçoado no amor."<br />

e xpediente<br />

<strong>360</strong> é publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos<br />

reservados. Tiragem mínima: 8 mil exemplares. Circulação: Sta. Cruz do Rio Pardo, Ourinhos,<br />

Avaré, Piraju, Chavantes, Bernardino de Campos, São Pedro do Turvo, Ipaussu, Espírito Sto. do<br />

Turvo, Timburi, Águas de Sta Bárbara, Manduri, Fartura, Cerqueira César e Óleo. Redação: Flávia<br />

Rocha Manfrin ‹editora e jornalista responsável | Mtb 21563›, Patrícia Bernardo ‹produção executiva›<br />

Odette Rocha Manfrin ‹assistente de produção›, Juliana Barbosa ‹administrativo-comercial›Bruno<br />

Figueira ‹anúncios›, Jussara Alves ‹limpeza, copa e separação›, Guca Domenico, José<br />

Mario Rocha de Andrade, Fernanda Lira, Claudio Antoniolli, Dila G. Rodrigues e Tiago Cachoni<br />

‹colunistas›, Franco Catalano Nardo, Wellington Ciardulo e Rodrigo Biancão ‹ilustrações›, Luiza<br />

Sanson Menon ‹revisão›, Fullgraphics ‹impressão›, Fernando Bitencourt ‹distribuição›. ARTIGOS<br />

ASSINADOS NÃO EXPRESSAM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DESTA PUBLICAÇÃO. Redação: Pç.<br />

Dep. Leônidas Camarinha, 38 | SCRPardo/SP | Cartas: Caixa Postal 89 – cep 18900.000 –<br />

SCRPardo/SP ou <strong>360</strong>@caderno<strong>360</strong>.com.br |Publicidade: comercial@caderno<strong>360</strong>.com.br<br />

Contatos e assinaturas 14 3372.3548 e 14 9126.2342 www.caderno<strong>360</strong>.com.br| mai_jun/2008


4 | gastronomia<br />

divirta-se fazendo fondue<br />

O inverno pede aconchego entre amigos,<br />

famílias e casais. Para aproveitar<br />

esses momentos de forma bem descontraída<br />

e satisfazendo o apetite, o fondue<br />

(fala-se "fondí") aparece como<br />

prato muito saboroso e criativo, que a<br />

gente faz ali, na hora, numa panelinha<br />

sobre um fogareirinho.<br />

A receita original prevê a mistura de<br />

queijos derretidos em bebida alcoólica.<br />

Essa opção, aliás, vai bem também para<br />

a versão de carne. Evita-se a fumaça da<br />

gordura ao trocar o óleo de fritura pelo<br />

vinho tinto seco. Para completar a<br />

brincadeira, frutas para acompanhar a<br />

versão de chocolate. Dica: quem deixar<br />

cair do espetinho o pão, a fruta ou o<br />

legume deve pagar uma prenda (ou um<br />

mico).<br />

Originário na Suiça, (fondue significa<br />

queijo fundido ou derretido), onde são<br />

produzidos os queijos emmental,<br />

gruyère e tantos outros, o fondue é<br />

cercado por histórias quanto à época<br />

de seu surgimento. Alguns dizem que<br />

foi durante a Segunda Guerra<br />

Mundial, em razão das dificuldades<br />

dos camponeses das regiões monta-<br />

nhosas em alimentar-se. Outras fontes<br />

informam que nasceu no século XIII,<br />

pela mesma razão: sobras de queijos<br />

eram derretidos em bebida alcoólica<br />

para não estragar. Ao esfriarem formavam<br />

blocos endurecidos. Bastava<br />

derretê-los na hora de comer.<br />

Foi na década de 50 do século XX, no<br />

entanto, que o fondue ganhou mundo.<br />

O chefe Conrad Egli, do restaurante<br />

FONDUE de chocolate<br />

Ingredientes<br />

300 gramas de chocolate ao<br />

leite Nestlé<br />

1 lata de creme de leite<br />

com soro<br />

5 colheres de sopa de conhaque<br />

Pedaços de abacaxi, maçã,<br />

gomos de mexerica, uva,<br />

cereja, ameixa, morango,<br />

bolo etc.<br />

Preparo<br />

Chalet Suísse, em Nova Iorque, passou<br />

a servi-lo. Para complementar, criou a<br />

versão de chocolate. Típico de restaurantes<br />

sofisticados, o fondue se popularizou<br />

e hoje encontramos a mistura<br />

pronta em supermercados.<br />

Para se fazer o fondue é preciso de um<br />

réchaud (um fogareiro sobre o qual se<br />

sustenta uma panelinha). Os ingredientes<br />

são colocados e o preparo vai<br />

sendo feito enquanto a delícia é<br />

saboreada.<br />

Como nem tudo é perfeito, do<br />

ponto de vista nutricional mergulhar<br />

numa sessão de fondue<br />

significa consumir muitas calorias,<br />

seja do queijo, dos pães, do<br />

chocolate e dos molhos que<br />

envolvem a opção de carne.<br />

RECEITAS<br />

Cláudia Aidar Corrêa<br />

Colocar no centro da mesa<br />

o fogareiro próprio para<br />

fondue, junte na panelinha<br />

o chocolate com o creme<br />

de leite mexendo até que o<br />

chocolate esteja completamente<br />

derretido. Junte aos<br />

poucos o conhaque mexendo<br />

até que esteja bem ligado.<br />

Espetar com um garfo<br />

próprio, um pedaço de<br />

fruta, passando-o a seguir<br />

no chocolate.<br />

FONDUE de<br />

queijo<br />

Ingredientes<br />

200g de queijo<br />

emental<br />

200g de queijo<br />

alpestre<br />

2 copos de vinho<br />

branco seco<br />

1 dente de alho<br />

espremido<br />

1 pitada de noz<br />

moscada<br />

1 pitada de<br />

pimenta do reino<br />

1 cálice de vodca<br />

1 colher de sopa<br />

de maisena<br />

Preparo<br />

Ralar ou picar o<br />

queijo, colocar<br />

numa panela<br />

apropriada, juntar<br />

o vinho, o<br />

alho, a pimenta<br />

do reino, a noz<br />

moscada e levar<br />

ao fogo mexendo<br />

sempre até derreter<br />

o queijo.<br />

Juntar a vodka<br />

onde foi<br />

dissolvida a<br />

maizena.Misturar<br />

bem.Bater bem<br />

até dissolver o<br />

queijo e formar<br />

um creme bem<br />

liso.Pode ser<br />

feito no fogão e<br />

levar a mesa<br />

pronto.<br />

Come-se com<br />

pedaços de pão<br />

cortados em<br />

quadradinhos e<br />

fatias de<br />

baguete. Servir<br />

acompanhado de<br />

vinho branco.


5 | ponto de vista<br />

MEU<br />

primeiro<br />

cavaquinho Arte:<br />

Guca Domenico*<br />

Em 1981, Carlos Melo e<br />

eu fizemos a “Tragédia<br />

Afrodisíaca” e inscrevemos<br />

o samba no Festival<br />

de Bauru. A música foi<br />

classificada, já estava<br />

tudo certo e ensaiado<br />

quando o Lizoel me<br />

abordou no corredor da<br />

faculdade, na maior crise<br />

existencial.<br />

- Bitchô, eu não vou tocar<br />

cavaquinho no festival. Sou guitarrista,<br />

bitchô, num dá.<br />

Depois que o primeiro pensamento<br />

(jogá-lo pela janela do<br />

quinto andar) passou, achei<br />

melhor focar na solução em vez<br />

de ruminar o problema.<br />

Minha irmã, a Mana, trabalhava<br />

no Banco do Brasil, tinha crédito<br />

(naqueles dias não era essa<br />

moleza) e ficou responsável pelo<br />

crediário no Mappin onde adquiri<br />

um valioso cavaquinho para<br />

preencher a mancada do colega.<br />

Falei com o Motta, nosso colega<br />

de faculdade, ele ensinou os<br />

acordes da minha música. Com<br />

um detalhe: como o tempo era<br />

curto, ao invés do tradicional Re-<br />

Si-Sol-Re simplifiquei para Mi-Si-<br />

Sol-Re – a mesma afinação das<br />

últimas quatro cordas do violão.<br />

O único problema é que às vezes<br />

a última corda não aguentava e<br />

estourava.<br />

Todo dia eu ia pra faculdade a<br />

bordo do cavaco. Aprendi logo a<br />

“Tragédia” e peguei gosto. No<br />

embalo, Castelo me deu umas<br />

letras e compus no cavaco “Irene”<br />

e “João-sem-braço”. Pelos corredores<br />

já me chamavam de<br />

Gucavaquinho!<br />

Fomos para Bauru e fizemos<br />

um baita sucesso.<br />

No final do festival, uma morena<br />

se aproximou e disse que tinha<br />

gostado do meu jeito de tocar.<br />

- Ah... – eu fiz. - Você toca?<br />

- Um pouco – a bela respondeu.<br />

- Toma! – estendi o cavaquinho,<br />

junto com meu coração.<br />

Ela pegou o instrumento e<br />

analisou.<br />

- Legal.<br />

- Qual é seu nome?<br />

- Luciana Souza.<br />

Os pais dela eram músicos<br />

(geração bossa nova) e tinham um<br />

selo de música instrumental chamado<br />

“Som da Gente”.<br />

Me ferrei, pensei.<br />

Luciana pediu minha palheta e<br />

tocou.<br />

- Nossa, tá desafinado! – ela<br />

notou que a Ré tava afinada em<br />

Mi.<br />

- Emprestei pros caras de<br />

Marília, eles detonaram – saí pela<br />

tangente porque eu era besta<br />

mans não era tonto.<br />

Luciana tocou maravilhosamente<br />

bem me devolveu:<br />

- Toca você. Tenho vergonha<br />

de tocar na sua frente. Você é<br />

fera.<br />

Depois de ouvir essa frase altamente<br />

comprometedora, peguei o<br />

cavaco e escorreguei feito peixe<br />

ensaboado.<br />

- O Carlão tá me esperando lá<br />

no boteco. Até mais, Luciana.<br />

Até nunca mais! – pensei. Ah,<br />

se ela soubesse a fraude.<br />

Semana passada, li no Estadão<br />

que a cantora brasileira Luciana<br />

Souza faz o maior sucesso nos<br />

Estados Unidos cantando jazz e<br />

bossa nova. É uma espécie de<br />

diva.<br />

Ela deve contar pros filhos que<br />

um dia conheceu um cara no festival<br />

de Bauru, “aquele, sim, tocava<br />

bem cavaquinho”.<br />

Quanto ao meu amigo Lizoel...<br />

Bem, Lizoel é um cara que...deixa<br />

pra lá!<br />

*escritor e músico santa-cruzense radicado em São Paulo guca@caderno<strong>360</strong>.com.br<br />

Franco Catalano Nardo | <strong>360</strong><br />

ME engana que eu gosto<br />

Tem gente que sente prazer em enganar.<br />

Ou se acha acima de qualquer suspeita,<br />

ou acima da inteligência da maioria ou,<br />

ainda, diverte-se enquanto não é descoberto.<br />

O fato é que enganar lesa, humilha e<br />

machuca os outros. Em diferentes proporções,<br />

mas isso tudo acontece.<br />

Às vezes a pessoa não consegue controlar.<br />

É da sua natureza enganar os outros,<br />

mesmo que entenda que isso não é coisa<br />

que se faça. Geralmente, a cada novo<br />

engano a culpa logo passa e a sensação de<br />

agir segundo os próprios instintos prevalece.<br />

Mas qual um alcoólatra, essa natureza poderia<br />

ser domada a cada dia, pra que não se<br />

“caia em tentação”.<br />

Também tem o<br />

enganador que se<br />

acha no direito de<br />

brincar com as pessoas,<br />

pois tem um<br />

ego perturbado, que<br />

representa uma<br />

importância acima<br />

do necessário e do<br />

saudável em seu viver.<br />

Esse enganador muitas<br />

vezes não percebe as conseqüências<br />

de seus atos,<br />

porque não vê o outro.<br />

Não há outros à sua altura,<br />

em seu campo de visão<br />

direto, tipo olho no olho.<br />

Alguns casos ilustram<br />

bem essa situação.<br />

Seja – ainda<br />

temos que aguardar a<br />

justiça para tal conclusão<br />

– o casal<br />

Nardoni e Jatobá culpado<br />

pelo assassinato<br />

da menina Isabella, de<br />

uma coisa podemos estar certos: eles e suas<br />

respectivas famílias acham-se acima de toda<br />

a sociedade brasileira. Ou não insistiriam em<br />

anunciar-se inocentes. Sejam eles culpados,<br />

estão suficientemente à vontade para zom-<br />

Fernanda Lira*<br />

bar de todos nós insistindo em sua inocência.<br />

Outros que adoram enganar são os<br />

políticos, o que faz dessa "profissão" um<br />

sinônimo de descrédito. Voltando à campanha<br />

dos EUA, pensar que mais de um bilhão<br />

de dólares foi gasto nas prévias que vão<br />

definir os candidatos nos leva logo a pensar<br />

nos favorecimentos que isso implica. E dálhe<br />

enganar, ludibriar os eleitores.<br />

No Brasil é ainda pior. O crime<br />

impera. A corrupção se faz presente em<br />

todas as esferas do setor público e em<br />

grande parte do meio privado. E o que é ser<br />

corrupto senão enganar alguém (com o agravante<br />

de lesar financeiramente)?<br />

Ainda há os<br />

enganos que os casais<br />

se aplicam, especialmente<br />

os homens<br />

nas mulheres. Mas<br />

falar disso é chover no<br />

molhado, não seria<br />

crônica, pois é crônico!<br />

O fato é que<br />

nunca gostei de enganar<br />

ninguém. Sempre tive<br />

vergonha. Rabo preso<br />

não é comigo não. No<br />

máximo, uma brincadeirinha<br />

de 1º de<br />

abril, para reverenciar o<br />

"Dia da Mentira".<br />

Enganar, na<br />

minha opinião, é ser<br />

semelhante ao lixo<br />

orgânico, aquele que<br />

não tem jeito de<br />

aproveitar, é insalubre<br />

e cheira mal, muito<br />

mal. Aliás, seria bom<br />

que ao enganar alguém o sujeito<br />

exalasse um cheiro assim, de lixão. As indústrias<br />

de cosméticos teriam um desafio e tanto<br />

para criar produtos que os ajudasse a disfarçar<br />

o odor. E eles então poderiam continuar<br />

com a sua arrogante missão.<br />

*jornalista de São Paulo que adora a nossa região | felira@caderno<strong>360</strong>.com.br<br />

Arte: Rodrigo Biancãõ | <strong>360</strong>


6 | cidadania_ ELEIÇÕES<br />

COMO é ser prefeita de Espírito Sto. do Turvo<br />

entrevista com Luciana Maria Retz<br />

Ela é engenheira agronôma<br />

formada pela melhor escola<br />

do país, a ESALQ/USP. Tem<br />

mestrado em Gestão<br />

Ambiental e Pedagogia<br />

Waldorf, sistema de ensino<br />

baseada na antroposofia<br />

Era professora universitária da<br />

UNESP e da 1ª à 8ª séries na<br />

Escola Viver, em Bauru. Tem<br />

quatro filhos e uma história<br />

de amor com a pequena<br />

Esturvo. Entrou na vida pública<br />

movida pela desigualdade<br />

social e busca dar oportunidades<br />

e melhores condições<br />

de vida para a comunidade<br />

<strong>360</strong>: Como avalia sua administração do<br />

ponto de vista ético?<br />

Eu acho que foi excelente, nós conseguimos<br />

muita coisa para a cidade. Da maneira<br />

como eu peguei a Prefeitura e como ela<br />

está hoje, assim com uma administração<br />

transparente, clara. Ainda gostaria de fazer<br />

muita coisa, porque quatro anos é pouco.<br />

Eu acredito muito naquele ditado “Ser ou<br />

não ser eis a questão.” Sou uma pessoa honesta,<br />

correta e pronto. Então em relação à<br />

ética eu sou bem clara: não pode. Não pode.<br />

A gente infelizmente, ou felizmente,<br />

tem que obedecer regras estando no cargo<br />

que a gente está, então nem sempre a gente<br />

consegue fazer tudo, por problemas burocráticos.<br />

Mas hoje eu vejo que é necessário<br />

seguir regras, justamente por causa da<br />

ética e da honestidade, da transparência<br />

<strong>360</strong>: E quanto aos resultados de sua<br />

administração?<br />

Acho que na parte de obras conseguimos<br />

muitas coisas importantíssimas, como pontes<br />

e recape, que eram reivindicações do<br />

município há muito tempo. Fizemos uma<br />

arceria com a SABESP e trocamos mais de<br />

00 ligações de água, colocamos galerias<br />

mportantíssimas. Também conseguimos o<br />

erminal rodoviário e a reforma do posto de<br />

aúde, que estão licitandos. São obras de<br />

extrema importância que nós estamos conseguindo<br />

para a cidade.<br />

<strong>360</strong>: Qual foi a área mais focada da sua<br />

administração e por quê?<br />

É difícil falar de uma área. A saúde foi uma<br />

reivindicação da população. Assim que assumi,<br />

o que mais eles pediam eram condições<br />

melhores, médico, dentista. Então<br />

focamos muito nisto. E numa saúde preventiva,<br />

junto com a educação. Mas não dá<br />

para falar só de uma coisa. Tratamos a parte<br />

das obras, porque é uma cidade nova e<br />

tem necessidade de muitas obras, temos<br />

que correr atrás mesmo. Outra coisa inte-<br />

ressante que fazemos aqui é a inclusão digital<br />

dos jovens. A área de limpeza pública<br />

tmbém foi importante. Estamos fazendo a<br />

coleta seletiva e orientando a população<br />

para separar na casa, fazendo o adubo<br />

orgânico e o reciclado.<br />

<strong>360</strong>: A senhora foi acusada de praticar<br />

nepotismo o que tem a dizer sobre isto?<br />

É uma questão muito complicada. Meu<br />

filho e minha irmã trabalham comigo. Os<br />

dois são capacitados para estar no cargo<br />

que estão. Minha irmã é doutorada em pedagogia<br />

e meu filho é formado em administração<br />

de empresas pela GV (Fundação<br />

Foto: Patrícia Bernardo | <strong>360</strong><br />

A prefeita de ESTURVO,<br />

Luciana Retz, em seu gabinete:<br />

Envolvimento da comunidade e<br />

busca por recursos<br />

Getúlio Vargas). E você sabe que a política<br />

é difícil porque você tem que ter pessoas<br />

de extrema confiança. Não são pessoas que<br />

estão aqui pra ganhar salário, pelo contrário.<br />

Estão aqui porque têm um ideal<br />

como eu.Ideal de fazer uma cidade melhor.<br />

Eu realmente acho que não é legal você<br />

encher a prefeitura com parente, mas acho<br />

que tudo tem que ser separado. Se eles são<br />

pessoas que têm capacidade para estar no<br />

cargo, acho que é viável. Acho que é justo<br />

estar no cargo por competência e não por<br />

oportunismo. A lei do nepotismo é muito<br />

genérica e eu acho errado isto. E não me<br />

sinto fazendo nada errado, pelo contrário.<br />

Batalho quanto for necessário para mantêlos<br />

no cargo porque acho que estão trazendo<br />

muitos benefícios para nossa cidade,<br />

tanto o Tomás, secretário de finanças,<br />

como a Cláudia, secretária de educação.<br />

<strong>360</strong>: Após 4 anos, quais os principais<br />

desafios de uma administração pública?<br />

Um dos grandes desafios é o dinamismo<br />

para correr atrás. É você conseguir ligar o<br />

que a população necessita, precisa e anseia<br />

e você conseguir trazer este recurso para o<br />

município. O maior desafio que eu vejo é<br />

transformar os recursos em obras, em<br />

ações. E também um grande desafio é este<br />

entendimento com o poder legislativo, tentar<br />

fazer que a oposição política não<br />

prevaleça e sim a cidade prevaleça.<br />

<strong>360</strong>: Quais os caminhos mais práticos e<br />

que trouxeram resultados mais efetivos<br />

para a população na sua administração?<br />

Foi uma administração muito próxima dos<br />

funcionários e tem este contato muito<br />

próximo com a população também.<br />

<strong>360</strong>: A sua administração sofreu algum<br />

processo de corrupção,desvio de verbas<br />

ou uso indevido de dinheiro público?<br />

Não. Nenhum. É o que eu falei do “ser ou


7 |drops<br />

Dá-lhe POPAI<br />

Comer um quilo de espinafre<br />

todo dia pode deixar você<br />

mais forte, pois aumenta a<br />

velocidade do crescimento<br />

dos músculos. É o que dizem<br />

cientistas da Universidade<br />

de Rutgers, de Nova Jersey,<br />

Estados Unidos.<br />

Outros estudos mostram que<br />

o espinafre pode aumentar a<br />

capacidade cerebral, além de<br />

ajudar obesos a emagrecer.<br />

Porém, grandes quantidades<br />

dos fatores anti-nutricionais<br />

contidos no espinafre pode<br />

ter um efeito tóxico, como<br />

mostra o estudo da Escola<br />

Superior de Agricultura Luiz<br />

de Queiroz (ESALQ/USP),<br />

de Piracicaba.<br />

não ser”. Eu não sou corrupta, não gosto<br />

de corrupção, pelo contrário, procuro fazer<br />

tudo corretíssimo. Se às vezes acontece<br />

uma coisa ou outra é por desinformação.<br />

Às vezes num processo licitatório falta um<br />

documento. Às vezes acontece uma coisa<br />

ou outra, mas é por desinformação, não<br />

por corrupção ou por má fé<br />

<strong>360</strong>: O fisiologismo e a baixa produtividade<br />

em órgãos e departamentos públicos<br />

são comuns em todas as esferas.<br />

Como avalia sua administração do<br />

ponto de vista da eficiência?<br />

Hoje eu vejo que está excelente. Temos<br />

uma equipe muito boa, um pessoal bem<br />

responsável. Uma coisa importante é ter o<br />

concurso público e deixar as pessoas fixas<br />

no cargo, porque daí a pessoa não é temporária,<br />

quando o prefeito sai ela continua.<br />

A responsabilidade dela é a cidade, é este<br />

setor, então se você forma estas pessoas,<br />

depois elas têm condições de continuar. O<br />

órgão público está sempre mudando alguma<br />

coisa, então a gente precisa sempre<br />

estar se formando, sempre se atualizando<br />

<strong>360</strong>: Sobre a questão de troca de<br />

favores, durante a sua administração foi<br />

um caminho a ser seguido?<br />

Não. Isto não aconteceu, pelo contrário. Eu<br />

ão trabalho desta maneira, acho que não<br />

unciona. Acho que a prefeitura está aqui<br />

ara ajudar e orientar toda a população na<br />

arte de educação e saúde para todo muno,<br />

Tudo igual, independente se você é<br />

obre ou rico. E não existe esta questão de<br />

roca de favores. Eu vejo assim: por exemlo,<br />

se estou interessada que uma indústria<br />

e fixe na minha cidade o que eu posso<br />

ferecer para ela legalmente? Se posso ofeecer<br />

o terreno, eu vou oferecer se o legislaivo<br />

concordar. Porque acho que os benefíios<br />

vão ser muito maiores para toda a<br />

opulação, eu vou ter geração de emprego,<br />

NAS nuvens<br />

vou ter um aumento no ICMS que vai ser<br />

um aumento da arrecadação do município.<br />

<strong>360</strong>: Entre os projetos apresentados à<br />

comunidade durante sua campanha<br />

eleitoral, quais foram cumpridos?<br />

Eu acredito que todos foram cumpridos.<br />

Uma coisa que gostaria muito e não lembro<br />

se coloquei, era um centro para curso<br />

profissionalizante para jovens, isto ainda<br />

não consegui, principalmente pelo número<br />

de habitantes ser pequeno na cidade.<br />

<strong>360</strong>: Quais projetos apresentados não<br />

foram cumpridos e por quê?<br />

Da campanha foi basicamente tudo que eu<br />

tinha prometido eu consegui alcançar. O<br />

hospital era uma reivindicação grande da<br />

população, mas eu sabia que o governo só<br />

libera a verba para uma cidade acima de<br />

10 mil habitantes (o dobro da atual população<br />

cidade). Então melhoramos o posto<br />

de saúde. Fizemos um pronto-atendimento<br />

que faz até micro cirurgia. Temos médicos<br />

até às 23h da noite. Contratamos novos<br />

CONCURSO de luteria<br />

profissionais, como psicólogos, nutricionistas,<br />

pediatras, dentistas. Conseguimos<br />

uma unidade de saúde móvel.<br />

Montamos a segunda equipe de saúde da<br />

família, que acho importante porque orienta,<br />

esclarece, prevene e trata o imediatismo<br />

também. Firmamos convênios com hospitais,<br />

temos duas equipes de agentes de<br />

saúde, três assistentes sociais e apoio à terceira<br />

idade. Aliar saúde e educação é muito<br />

interessante. Fizemos um trabalho de<br />

saúde bucal que dimimuiu de 3,9 cáries<br />

por boca nas crianças, quando assumimos,<br />

para 1,4 cárie por boca, em 2008. Também<br />

trabalhamos a prevenção de doenças juntamente<br />

com o Estado. Mudamos a alimentação<br />

das crianças, com todas as refeições<br />

servidas nas escolas criadas por uma nutricionista<br />

que também atende a população.<br />

Agora vamos iniciar um projeto de R$ 100<br />

mil de conscientização sobre violência,<br />

alcoolismo e drogas.<br />

<strong>360</strong>: O que aprendeu na vida pública?<br />

Tantas coisas que a gente aprende com a<br />

Dr. João A. Pereira Nantes<br />

O setor supermercadista apurou<br />

aumento de 6% nas vendas em<br />

2007, a maior alta dos últimos 10<br />

anos segundo a ABRAS (Associação<br />

Brasileira de Supermercados). 2008<br />

também promete. Apenas de<br />

janeiro a março a alta já atingia<br />

10,3% . O aumento dos salários e a<br />

diminuição do desemprego são as<br />

razões apontadas. Cerca de 800 mil<br />

pessoas são empregadas pelo setor<br />

segundo a ACEB (Associação<br />

Comercial e Empresarial do Brasil).<br />

: se a sua<br />

cidade só<br />

agora está<br />

recebendo<br />

melhorias, cuidado: pode ser<br />

campanha eleitoral<br />

com dinheiro público.<br />

NÃO SE DEIXE INFLUENCIAR<br />

NA HORA DE VOTAR!<br />

O Conservatório de Tatuí realiza<br />

Concurso Nacional de Luteria<br />

“Enzo Bertelli” e premiará com<br />

uma bolsa de estudos de três<br />

meses na Europa quem produzir o<br />

melhor violino. Haverá prêmios de<br />

R$ 6 mil e R$ 4 mil para segundo e<br />

terceiro colocados. O concurso<br />

que premia talentos da fabricação<br />

de instrumentos e divulga a arte<br />

de luteria homenageia um dos mais<br />

importantes luthiers da Itália que,<br />

há 20 anos, fundou em Tatuí o<br />

curso de fabricação de instrumentos,<br />

gratuito no Conservatório.<br />

Serão avaliados qualidade do<br />

verniz, acabamento e estilo,<br />

potência, projeção sonora, facilidade<br />

de execução, entre outros<br />

aspectos. Inscrições: até julho<br />

www.conservatoriodetatui.org.br<br />

f:14 3372.1544 ›SCRP<br />

Grana solta<br />

Ano eleitoral é para tirar a barriga<br />

da miséria ou os projetos<br />

urbanos do armário. As verbas<br />

correm soltas nas prefeituras e<br />

secretarias, especialmente de<br />

obras. Assim finalmente as<br />

cidades da região ganham algum<br />

recurso para suas necessidades<br />

básicas. A população só avalia,<br />

pois sabe que tem obra que é<br />

atrasada só para inaugurarem às<br />

vésperas da eleição.<br />

vida. Tem que ter bastante paciência para<br />

esperar as coisas realmente virem, porque<br />

você assina um convênio hoje só vai poder<br />

usar o dinheiro daqui a praticamente seis<br />

meses.Todo este trâmite é muito demorado.<br />

Aprendi que vale a pena trabalhar para<br />

famílias mais necessitadas e que também o<br />

retorno é muito rápido. E que tem que ter<br />

uma equipe eficiente. A gente tem que ser<br />

rápido e a prefeitura tem que estar sempre<br />

em dia com as suas certidões todas, com os<br />

pagamentos, para não ter bloqueio de<br />

recursos, pra não ter empecilhos.<br />

<strong>360</strong>: Que nota a senhora daria para sua<br />

administração? Por quê?<br />

Eu daria 8. Não daria 10 porque quando<br />

assumi a prefeitura eu demorei um tempo<br />

para aprender e sofri bastante por pegar a<br />

prefeitura sem condições de trabalho. A<br />

formação dos funcionários é muito importante.<br />

Estou investindo bastante nisso e<br />

tentar passar para o meu funcionalismo<br />

que o mais importante para eles é cidade e<br />

não a política.


8 |agronegócio<br />

Seja para conhecer, avaliar<br />

como investimento, comprar,<br />

vender ou simplesmente admirar,<br />

a exposição de animais é<br />

uma das principais atrações da<br />

42ª FAPI, a Feira Agropecuária e<br />

Industrial de Ourinhos<br />

PECUÁRIA continua em alta na FAPI<br />

Uma feira agropecuária, pelo próprio<br />

nome, implica exposição de animais.<br />

Esteja ou não desde o início envolvendo<br />

outros setores, como a indústria, o<br />

comércio e o entretenimento, os animais<br />

sempre aparecem como forte característica,<br />

que se mantêm no cartaz da feira,<br />

dividindo, cada vez mais, espaço com<br />

outras atrações, mas sem perder sua<br />

importância no evento.<br />

Talvez por essa razão a 42ª FAPI tenha<br />

em sua programação uma extensa<br />

relação de raças e atividades ligadas ao<br />

setor animal, compreendendo gado,<br />

eqüinos, ovinos, entre outros. Apenas no<br />

campo da pecuária, são 11 raças, leiteiras<br />

e de corte que compradores,<br />

vendedores, estudantes, interessados e<br />

curiosos poderão conhecer em detalhes<br />

durante os 11 dias do evento.<br />

Divididos em dois turnos, uma das características<br />

da feira, bovinos, eqüinos,<br />

muares, ovinos estarão expostos e<br />

poderão ser comercializados livremente.<br />

“Não teremos comissionamento”, conta<br />

o presidente da feira, Eduardo Luiz<br />

Bicudo Ferraro, o Brigadeiro.<br />

Aprendizado e curiosidades – Além da<br />

Os dois principais agentes de<br />

promoção da FAPI: Fernando Luiz<br />

Quagliato e Eduardo B. Ferraro,<br />

o Brigadeiro. Com talento e<br />

dedicação, o desafio de atrair<br />

criadores e permitir o acesso<br />

gratuito do público continua<br />

sendo vencido a cada ano<br />

exposição, haverá atividades típicas e<br />

provas de habilidade que valem pontos<br />

em competições estaduais e nacionais,<br />

caso dos mini-horses, muares e das duas<br />

raças Mangalarga (Marchador e Paulista),<br />

veja detalhes no quadro. Também<br />

estão programadas palestras relacionadas<br />

ao setor e um seminário promovido<br />

pela raça Apaloosa. Estudantes de veterinária,<br />

zootécnica e agronomia têm aí<br />

uma ótima oportunidade, além de criadores<br />

e do público em geral.<br />

Grandes negócios – Os leilões de gado<br />

não acontecem este ano na feira, mas<br />

criadores de muares e ovinos vão leiloar<br />

animais. “Grandes leilões, que movimentam<br />

grandes somas, sempre têm um<br />

dono”, explica Brigadeiro, destacando<br />

que o papel da FAPI é dar apoio e<br />

suporte a quem promova tais eventos.<br />

Os criadores de muares pretendem fazer<br />

o primeiro Leilão Entre Amigos, realizado<br />

pelos expositores e sem intermediadores.<br />

Já o Núcleo de Criadores de<br />

Ovinos de Ourinhos, com apoio da<br />

ASPACO (Associação Paulista de<br />

Criadores de Ovinos) promete movimentar<br />

os tatersais com o leilão que terá<br />

as raças Santa Inês, Dorper, Ile de<br />

France, White Dorper, Sulffok, Texel e<br />

Hampshire Down no dia 7/6. “Esperamos<br />

cerca de 200 animais para o<br />

leilão” diz Francisco Manoel Fernandes,<br />

o Chico Borborema, da Aspaco, encarregado<br />

de inspecionar os animais.<br />

Fotos: Flavia Rocha | Banco de Imagem <strong>360</strong><br />

Foto: Carlos Eduardo dos Santos


Animais<br />

DE RAÇA<br />

A FAPI é uma oportunidade para<br />

se aprender mais sobre animais<br />

que compõem a nossa pecuária.<br />

Leigos podem conhecer diversas<br />

aças e suas origens, característias<br />

e utilidades. Conhecedores<br />

aproveitam para acompanhar o<br />

mercado, novidades, qualidade e<br />

bons negócios. Os julgamentos e<br />

provas atraem criadores de diversos<br />

pontos de todo o país.<br />

Os organizadores estimam cerca<br />

de 1.000 bovinos, 400 eqüinos e<br />

600 ovinos. O dinheiro de<br />

nscrições para provas e julgaentos<br />

é revertido em prêmios,<br />

roféus e pagamentos de juízes.<br />

EQÜINOS:<br />

Bretão: Animal de tração pesada originada<br />

em torno de 1830 na Bretanha,<br />

noroeste da França<br />

Entrada: 28/6_ Saída: 9/6<br />

Mangalarga: Criadoa partir do cavalo<br />

Álter de Portugal, tem como características<br />

a pele fina e lisa e o temperamento<br />

ativo e dócil<br />

Entrada: 2 e 3/6_ Saída: 8/6<br />

Julgamento e Provas: 6 e 7/6<br />

Mangalarga Marchador: Raça geninamente<br />

brasileira destaque-se por se<br />

daptar com facilidade às diferen-ças<br />

limáticas e de terreno<br />

Entrada: 28/5_ Saída:1/6<br />

Julgamentos e Provas: 29 e 30/5<br />

Appaloosa: Formada a partir dos cavaos<br />

europeus levaros para a América,<br />

apturados e domesticados pelos índios<br />

ez Perce, do vale do rio Palouse.<br />

nimal de sela muito hábil em velociade<br />

a curtas distâncias, além de ter<br />

esistência, agilidade e tranqüilidade<br />

Entrada: 5/6 _ Saída: 8/6<br />

Julgamento e Provas: 6 a 8/6<br />

Mini-Horses: Mestiçagem de várias<br />

aças, possui características de um cavlo<br />

em miniatura, bem estruturado,<br />

musculoso e proporcional<br />

Entrada: 28/5_ Saída: 2/6<br />

Julgamentos e Provas: 29/5 a 1/6<br />

MUARES: Cruzamento de jumento com<br />

égua que resultam em animais híbridos<br />

(não se reproduzem) cuja principal característica<br />

é a aptidão para marcha e a<br />

resistência, duram em média 30 anos e<br />

são bastante rentáveis<br />

Veja quadro na próx. página (10)<br />

BOVINOS:<br />

Nelore e Nelore Mocho: Direcionados<br />

à produção de carne, têm temperamento<br />

dócil e ativo, ossatura leve, robusta e<br />

forte. O Nelore moderno é fruto da<br />

influência de 14 outras raças. O Nelore<br />

Mocho, como descrição, é um Nelore<br />

tradicional, mas sem os chifres<br />

Entrada: 2 a 4/6_ Saída: 9/6<br />

Pesagem / data base: 5/6<br />

Julgamentos: 6 a 8/6<br />

Santa Gertrudis: Esta raça tem feito<br />

grande progresso espalhando-se<br />

através do mundo; atualmente, é criada<br />

em 54 países. Adaptada a variadas situações<br />

climáticas, reúne a rusticidade do<br />

zebu e a produtividade do europeu<br />

Entrada: <strong>27</strong> e 28/5_ Saída: 2/6<br />

Pesagem / data base: 30/5<br />

Julgamentos: 31/5 e 1/6<br />

Guzerá: A raça tem origem nas regiões<br />

desérticas da Índia com registros de<br />

cinco mil anos de existência. Uma das<br />

principais raças no Brasil por ser produtora<br />

de leite e carne<br />

Entrada: 28/5_ Saída: 1/6<br />

Pesagem e data base: 29/5<br />

Julgamentos: 30/5<br />

Brahman: Criada nos Estados Unidos,<br />

é uma raça pura do cruzamento de outras<br />

quatro. Destaca-se pela capacidade<br />

de reprodução e produção de carne<br />

Entrada: <strong>27</strong>/5_ Saída: 1/6<br />

Pesagem / data base: 29/5<br />

Julgamentos: 31/5<br />

Aberdeen Angus: Tem nome dos condados<br />

da Escócia. Touros de excelentes<br />

resultados para corte. Rusticidade, facilidade<br />

de parto e qualidade da carne<br />

Pesagem / data base: 29/5<br />

Julgamento: 30/5<br />

Canchin: Criada para unir a rusticidade<br />

e adaptação aos trópicos do Zebu à<br />

precocidade e rendimento econômico<br />

do gado europeu. Excelente produtor<br />

de carne, precoce e ganhador de peso<br />

Entrada: <strong>27</strong>/5_ Saída: 1/6<br />

Julgamento e Provas: 30/5<br />

Girolando: Criada nos anos 40, com a<br />

mistura das raças Gir (rusticidade) e<br />

Holandesa produção leiteira)<br />

Entrada: 28/5_ Saída: 1/6<br />

Pesagem / data base: 29/5<br />

Julgamento: 01/06<br />

Jersey: Originária de pequena ilha, no<br />

Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a<br />

França, na região da Normandia. Muito<br />

eficiente na produção de leite.<br />

Entrada: 28/5_ Saída: 1/6<br />

Pesagem / data base: 29/5<br />

Julgamento: 30/5<br />

Sindi: Originária do norte da província<br />

desértica de Sindi, no Paquistão.<br />

Pelagem de cor avermelhada, pequeno<br />

porte, boa eficiência reprodutiva e boa<br />

produção de leite<br />

Entrada: 28/6_ Saída: 9/6<br />

Simental: Difundiu-se pelo sul da<br />

Alemanha, tornando-se raça germânica.<br />

Usada para corte e leite, tem altas<br />

taxas de fertilidade e rusticidade<br />

Entrada: 28/5_ Saída:1/6<br />

Pesagem / data base: 29/5<br />

Julgamento: 30/5<br />

Tabapuã: Animal muito dócil e genuinamente<br />

brasileiro. Possui rusticidade e<br />

precocidade típicas das raças zebuínas.<br />

Excelente para corte<br />

Entrada: <strong>27</strong>/5_ Saída: 1/6<br />

Pesagem / data base: 29/5<br />

Julgamento: 30/5<br />

OVINOS:<br />

Para todas as raças de ovinos:<br />

Entrada: 3/6_ Saída: 9/6<br />

Pesagem / data base: 04/06<br />

Julgamentos e provas: 05 e 06/06<br />

Santa Inês: Criada no Brasil do cruzamento<br />

das raças Morada Nova, Crioula<br />

e Bergamácia. Fêmeas são ótimas criadoras<br />

(alta fertilidade e prolificidade)<br />

Dorper e White Dorper: Criada na<br />

África do Sul para produção de carne<br />

sob variadas condições ambientais<br />

Suffolk: Oriunda dos condados do<br />

sudoeste da Inglaterra tem grande<br />

desenvolvimento corporal, constituição<br />

robusta e conformação para corte<br />

Ile de France: Originária da França, é<br />

uma raça de grande porte, constituição<br />

robusta e conformação harmoniosa<br />

Texel: Originária da ilha de mesmo<br />

nome, na Holanda. Constituição robusta,<br />

vigor, vivacidade e aptidão predominantemente<br />

para corte<br />

Hampshire Down: Originária do sul da<br />

Inglaterra, tem tamanho grande, conformação<br />

harmoniosa e robusta<br />

*Fonte: pesquisa realizada em sites especializados na área agropecuária.


Não PERCA!<br />

Destaques da<br />

Pecuária na 42ª Fapi<br />

Criadores de Ourinhos e Região, além<br />

Mato Grosso, Paraná e São Paulo, prometem<br />

comparecer com seus rebanhos,<br />

num total de 2.000 animais, segundo os<br />

organizadores.<br />

MINI-HORSE: Exposição Estadual<br />

29/05 _ 2/06: Muitos julgamentos e<br />

rovas de Mini-Horse movimentam a<br />

api. Provas Funcionais, de tambores e<br />

alizas, andamento do animal e o tempo<br />

e realização das provas. Além de troéus,<br />

os vencedores somam pontos nos<br />

ankings estadual e nacional. Participam<br />

a Exposição cerca de 30 criadores de<br />

ão Paulo e Rio Grande do Sul.<br />

Fotos: Flavia Rocha | Banco de Imagem <strong>360</strong><br />

Concursos de Potro ao Pé e Melhor<br />

Cabeça – provas de conformação onde<br />

é avaliada a proporcionalidade e<br />

pelagem do animal<br />

Campeonatos da Raça – provas de conformação<br />

entre os melhores das categorias,<br />

escolhe-se o grande campeão da<br />

raça adulto macho e fêmea; grande<br />

campeão da raça jovem macho e fêmea.<br />

Apoio: Associação Brasileira dos<br />

Criadores de Mini-Horse<br />

Organização: Diretores da ABCMH –<br />

Ourinhos<br />

Expectativa: 200 animais<br />

MUARES: 1º Encontro Nacional de<br />

Muladeiros e Marcha de Muares e<br />

Eqüinos:<br />

31/05: Categorias muares iniciantes e<br />

eqüinos iniciantes, muares trotados<br />

31/05: Julgamentos e provas, com premiação<br />

de mais de R$ 12 mil.<br />

Julgamentos de conformação (morfologia)<br />

de muares e eqüinos; provas de<br />

muares mochos w provas de marcha de<br />

eqüinos iniciantes.<br />

01/06: Categorias eqüinos trotados,<br />

muares dente de leite, eqüinos elite e<br />

muares elite<br />

01/06: Grande Leilão Entre Amigos<br />

Os criadores avaliam os animais, estipulam<br />

os preços e vendem para os interessados<br />

sem intermediadores.<br />

31/5_01/06: Catira (compra e venda )<br />

Apoio: Assoc. Brasi-leira de Proprietários<br />

de Muares e<br />

Eqüinos de Marcha<br />

Expectativa: 200<br />

animais<br />

EQÜINOS<br />

7 _ 8/06: Congresso Pan-Americano da<br />

Raça Appaloosa<br />

Potro do Futuro e Futurity<br />

7/06: Provas como de apartação, laço ao<br />

bezerro; laço em dupla; 3 e 5 tambores.<br />

8/06: Provas previstas de rédeas; 6 balizas;<br />

conformação, entre outras.<br />

Concurso de Pelagem, com 70% do<br />

valor arrecadado com as inscrições<br />

revertido para a premiação.<br />

Para o Congresso há previsão da participação<br />

de animais de diversos países,<br />

como Argentina e Uruguai<br />

Apoio: Associação Brasileira<br />

dos Criadores do Cavalo<br />

Appaloosa<br />

Expectativa: 400 eqüinos<br />

OVINOS:<br />

7/06 _ 14h: IV Leilão de Ovinos de<br />

Ouro<br />

Criadores de São Paulo e do Sul do<br />

Brasil participam com as raças Santa<br />

Inês, Dorper, White Dorper, Ile de<br />

France, Suffolk, Texel e Hampshire<br />

Down. Segundo Francisco Manoel<br />

Fernandes, tesoureiro e técnico de registro<br />

da ASPACO, o leilão é indicado<br />

para criadores interessados em animais<br />

de qualidade e com garantia sanitária.<br />

Apoio: Associação Paulista de Criadores<br />

de Ovinos (ASPACO)<br />

Organização: Núcleo de Criadores de<br />

Ovinos de Ourinhos<br />

Participação: 500 ovinos, entre julgamentos<br />

e leilão.


11 | acontece<br />

SÃO Pedro do Turvo<br />

completa 117 anos<br />

Pequena em área urbana e população (7 mil/hab.), São Pedro é o 2º maior município da região em área territorial. Espaço para crescer.<br />

Foto: Flávia Rocha|<strong>360</strong><br />

Foto: Flávia Rocha|<strong>360</strong><br />

Foto: Bruno Figueira|<strong>360</strong><br />

Foto: Bruno Figueira|<strong>360</strong><br />

sob o signo de:<br />

Gêmeos<br />

São Pedro do Turvo é a aniversariante deste<br />

mês, completando 117 anos. É uma cidade<br />

com jeito jovem, alegre e irreverente, como<br />

seu signo, Gêmeos.<br />

Gêmeos rege a inteligência, os estudos, as<br />

crianças e adolescentes, o lado jovial da vida<br />

e a criatividade. São Pedro do Turvo não<br />

perdeu essas características. Investe em educação<br />

e em muitos projetos para crianças e<br />

jovens, que vão desde a inclusão digital a<br />

programas de parceria para doar leite, abrir<br />

creches e ajudar as mães com cursos profissionalizantes<br />

o que cria oportunidade de<br />

ampliar a renda familiar. Ou seja, é uma<br />

cidade que prioriza as pessoas, cuida e<br />

investe nos jovens e crianças, acreditando<br />

que neles está o futuro.<br />

Mercúrio, que rege Gêmeos, se encontra<br />

sob o signo de Touro, o que traz maior<br />

capacidade de realização destes projetos, os<br />

quais, em sua maioria, têm como objetivo<br />

oferecer mais oportunidades de crescimento<br />

aos são-pedrenses, e, conseqüentemente,<br />

maior desenvolvimento à cidade.<br />

Neste ano, São Pedro do Turvo completa seu<br />

quarto ciclo de Saturno. Este ciclo é muito<br />

importante, pois trará maior confiança e<br />

maturidade, fazendo com que antigos projetos<br />

tenham êxito e os que já estão em andamento,<br />

cresçam significativamente.<br />

Além disso, a cidade diversifica bastante seus<br />

interesses, pois Marte se encontra também<br />

sob o signo de Gêmeos, o que facilita o<br />

desenvolvimento de projetos sociais. Será<br />

uma boa época para dar maior atenção à<br />

cultura, esporte e lazer, melhorando a qualidade<br />

de vida de seus habitantes.<br />

por Adriana Righetti<br />

• astróloga • mapa astral<br />

adrianarighetti@yahoo.com.br


12 | empresas<br />

Seja como sócias ou<br />

funcionárias, as esposas<br />

mostram que podem<br />

ser eficientes e trazer<br />

segurança nos negócios<br />

dos maridos<br />

As mulheres, especialmente, as<br />

esposas, estão com tudo. Além<br />

de cuidar da casa, dos filhos e<br />

do marido, já que a maioria<br />

deles gosta de um cuidado, elas<br />

também mostram que podem<br />

ajudar – e muito – quando o<br />

assunto é fazer o negócio da família<br />

prosperar. Seja numa função<br />

mais comedida, ou tomando<br />

decisões, as esposas acabam<br />

se tornando o braço direito de<br />

muitos empresários, que têm<br />

nelas, antes de tudo, uma profissional<br />

de elevada confiança.<br />

Segundo o economista João<br />

Batista Sundfeld, da Sundfeld<br />

& Associados Gestão Empresarial,<br />

até quando não participa<br />

da administração e nem figura<br />

como sócia, a esposa tem um<br />

papel relevante na empresa.<br />

“Muitas vezes ela convive com<br />

as pessoas que sucederão o marido,<br />

representando, não raro,<br />

uma personagem decisiva nesse<br />

Foto: Magu | <strong>360</strong><br />

ESPOSA pode ser a alma do negócio<br />

ambiente”, diz ele. Sundfeld<br />

alerta apenas para a questão da<br />

qualificação, que muitas vezes<br />

não acontece na hora da esposa<br />

atuar na empresa, um fator que,<br />

através de ajuda de terceiros, de<br />

estudos ou do próprio marido,<br />

pode ser solucionado.<br />

Negócios de homens – Em<br />

lojas, escolas, restaurantes e<br />

supermercados, é comum a<br />

presença da esposa ajudando o<br />

negócio do marido a prosperar.<br />

Por isso, fomos saber de mulheres<br />

que atuam em setores<br />

tipicamente masculinos, como é<br />

trabalhar na “firma do marido”.<br />

De cara encontramos uma ótima<br />

revelação: é comum as mulheres<br />

serem sócias no negócio,<br />

podendo, inclusive, ter um peso<br />

decisivo na tomada de decisões.<br />

É o caso de Jacqueline Drummond<br />

Blanco, que divide em<br />

pé de igualdade com marido a<br />

sociedade na empresa Café<br />

Foto: Magu | <strong>360</strong><br />

Gourmet Vovó Márcia, que<br />

produz e comercializa face de<br />

alta qualidade. Com humor, o<br />

casal conta que já acontece de<br />

haver divergências e a opinião<br />

de Jacqueline acabar prevalecendo.<br />

Formados em agronomia,<br />

eles vieram do Paraná para<br />

Fartura, onde plantam o café.<br />

Recentemente, se mudaram<br />

para Piraju, onde funciona o<br />

escritório. Ela cuida da parte<br />

financeira e comercial, enquanto<br />

o marido cuida da fazenda e<br />

trabalha como agrônomo no<br />

Banco do Brasil.<br />

O mercado de automóveis,<br />

paixão de 90% dos homens,<br />

também tem mulheres atuando<br />

com força e fazendo a diferença.<br />

É comum visitar concessionárias<br />

de veículos onde esposas<br />

tomam conta do marketing ou<br />

da parte administrativa. É em<br />

meio a automóveis, que não estão<br />

à venda, mas em manutenção<br />

ou reparo, que nos deparamos<br />

com a simpatia de Mônica<br />

Volpe Calegari Costa. Há quase<br />

10 anos ela ocupa função na<br />

área administrativa da Mec Car,<br />

a oficina mecânica do marido.<br />

“Foi uma coincidência. Eu<br />

“Tem muitos casos em que a<br />

mulher começa trabalhar com o<br />

marido e a empresa cresce<br />

muito. As esposas se empenham<br />

muito e depois que você entra<br />

não consegue mais sair, porque<br />

você se sente dona também.”<br />

Mônica, da Mec Car, na foto com o<br />

marido Fabio<br />

tinha deixado de trabalhar na<br />

loja de minha sogra quando<br />

meu marido, ficou sócio da oficina<br />

junto com o pai. Eles precisavam<br />

de alguém e vim para<br />

cá”, diz Mônica, formada em<br />

Matemática e Ciências. Uma de<br />

suas primeiras surpresas foi<br />

descobrir que isso é bastante<br />

comum. “Muitas mulheres trabalham<br />

em oficinas como eu, é<br />

mais comum do que muita<br />

gente pensa”, revela Mônica.<br />

F:14 3302.4444 ›Ourinhos<br />

F:14 3372.7124 ›SCRP<br />

“É só ir de degrau em degrau<br />

que não é difícil. O que não<br />

pode é se apavorar. Tem que ir<br />

devagar.” Doraci, dos postos<br />

Brasília e N.Sra. Aparecida, na foto<br />

com o marido Antonio Celso<br />

Em postos de gasolina as mulheres<br />

também mostram que sabem,<br />

fazer a diferença. Doraci<br />

Campidelli de Oliveira era funcionária<br />

pública e adorava sua<br />

função, sempre administrativa.<br />

Acabou ingressando na rede de<br />

postos que o marido criou com<br />

um dos filhos. Hoje, passados<br />

13 anos, ela acumula as funções<br />

de supervisora da unidade de<br />

Santa Cruz e é sócia-proprietária<br />

no Auto Posto Nossa Sra.<br />

Aparecida, em São Pedro do


Turvo. “Faço supervisão, projeção<br />

de promoção, qualidade<br />

de atendimento e acompanho<br />

inovações que estão surgindo.<br />

Houve época que trabalhava de<br />

gerente a servente, fazia de<br />

tudo”, conta Doraci.<br />

Confiança – Um fator que fica<br />

bastante claro no papel das<br />

esposas nas empresas é a confiança<br />

que a relação pessoal imprime<br />

no desempenho profissional.<br />

“Tudo nosso é junto, só<br />

a empresa que está no meu nome.<br />

Eu faço a parte financeira e<br />

de vendas e ele cuida da parte<br />

de quanto tem que produzir. É<br />

bem dividido, cada um cuidando<br />

de uma área”, diz Jacqueline.<br />

A esposa da Mec Car também<br />

exerce função de confiança<br />

na oficina do marido. “Eu controlo<br />

as senhas, contas e dinheiro,<br />

então é complicado colocar<br />

outra pessoa. A gente cuida<br />

melhor porque é da gente”,<br />

diz Mônica. Doraci diz o mesmo.<br />

“Ninguém manda mais que<br />

ninguém. Se um tem medo, o<br />

outro ajuda. Há uma comunhão<br />

de pensamentos”, avalia.<br />

Espaço para agir e crescer –<br />

Sobre o desenvolvimento profissional,<br />

as três foram unânimes:<br />

todas são respeitadas e<br />

têm seu espaço na empresa, inclusive<br />

Mônica, que não é sócia<br />

do marido no negócio. “Aqui<br />

tudo é conversado antes, mas<br />

sempre acatam minhas idéias.<br />

Falam que eu que vejo e sei o<br />

que é melhor”, afirma. Segun-<br />

do ela, sua participação nas atividades<br />

da empresa aumentou<br />

bastante. Doraco também é<br />

ouvida: “Coloco minhas idéias<br />

em prática. Minha opinião é<br />

sempre bem aceita e, na maioria<br />

das vezes, aproveitadas”.<br />

Outro ponto que parece claro é<br />

a contribuição das esposas para<br />

a organização e fortalecimento<br />

do negócio. Mônica, por exemplo,<br />

estruturou o escritório, coisa<br />

que o marido e o pai, donos<br />

do negócio, não tinham tempo<br />

para realizar. Doraci foi quem<br />

deu apoio ao empreendimento<br />

do marido após a perda do<br />

filho, que era pessoa fundamental<br />

no negócio. “Vim para<br />

cá com uma bagagem. Já tinha<br />

Foto: Flavia Rocha | <strong>360</strong><br />

“Para mim não é desconforto nenhum.<br />

Independente de tudo a gente sabe que é<br />

investimento. Mas acho que atrapalha.”<br />

Jacqueline, do Café Vovó Marcia, na foto com o<br />

marido Ronaldo<br />

experiência e me sentia perfeitamente<br />

capaz para assumir<br />

o cargo”, diz emocionada.<br />

Mulher do dono – Nem na oficina<br />

de Ourinhos, nem nos postos<br />

de gasolina de Sta. Cruz e<br />

São Pedro, as esposas sentiram<br />

resistência dos outros funcionários.<br />

“Aqui não tem isso<br />

de ‘a mulher do dono’. Não foi<br />

difícil conquistar meu espaço”,<br />

diz Mônica. Doraci também<br />

não teve problemas. “Exerço<br />

uma parceria muito boa com os<br />

funcionários. Somos como uma<br />

família”, garante.<br />

Reconhecimento – Todas as<br />

esposas foram aprovadas pelos<br />

maridos (veja box). No caso de<br />

Jacqueline, o reconhecimento<br />

ao seu trabalho tornou-se público.<br />

Ela foi uma das 34 mulheres<br />

premiadas pelo Sebrae<br />

com o título de Mulher de<br />

Negócios 2007, tendo concorrido<br />

com 2 mil mulheres de<br />

todo o Estado de São Paulo.<br />

Entre as vantagens de trabalhar<br />

com o marido, Mônica destaca<br />

a flexibilidade de horário. “Eu<br />

recomendo. Acho que os dois<br />

têm que trabalhar juntos, por-<br />

que se ele precisa de alguém para<br />

trabalhar, quem seria melhor<br />

que a esposa? Somos os dois, e<br />

tudo é nosso, é tudo junto. Não<br />

somos um comércio, somos<br />

uma família”, conclui. Doraci<br />

faz coro. “Adorava minha outra<br />

função, larguei mais por necessidade,<br />

mas não me arrependo<br />

nem um pouco”, afirma.<br />

Quem casa quer casa – Nossas<br />

entrevistadas têm visões diferentes<br />

a respeito da idéia de trabalhar<br />

com o marido, assim como<br />

sobre levar assuntos de trabalho<br />

para casa. Enquanto Mô-<br />

saiba<br />

a opinião dos<br />

maridos<br />

“Estamos<br />

lutando<br />

pelo<br />

mesmo<br />

objetivo, tudo o que<br />

crescer é para nós mesmos<br />

e isto é um ponto positivo.<br />

O ponto negativo é este<br />

envolvimento sentimental,<br />

temos que fazer as coisas<br />

darem certo de qualquer<br />

jeito.” Ronaldo Blanco Jr.,<br />

do Café Vovó Márcia, marido<br />

de Jacqueline<br />

“Para mim foi ótimo. Ela<br />

aqui só me ajuda. E o fato<br />

de trabalharmos juntos<br />

não atrapalha nada porque<br />

a gente procura não levar<br />

assunto do trabalho para<br />

F:14 3372.1173<br />

nica e Doraci aprovam a idéia e<br />

evitam o assunto nos momentos<br />

em família, Jacqueline mantém<br />

a empresa em pauta também na<br />

convivência familiar e pondera,<br />

com ótimo humor: “Daria meu<br />

irmão de sócio para ele”.<br />

Mônica diz: “É tranqüilo trabalhar<br />

com ele. Às vezes, comentamos<br />

algo em casa, mas não<br />

todos os dias.” Doraci age da<br />

mesma forma: “De um tempo<br />

para cá optamos por tentar não<br />

levar problemas do trabalho<br />

para casa. Comentamos alguma<br />

coisa, mas sem perder o sono.”<br />

casa.” Fábio Evandro<br />

Costa, da Mec Car, marido<br />

de Mônica<br />

“O trabalho familiar é<br />

muito importante. A<br />

esposa trabalhando na<br />

empresa se torna primordial<br />

no dia-a-dia, porque<br />

quando um se ausenta o<br />

outro substitui a contento.<br />

A mulher tem que achar<br />

um lugar e conquistar seu<br />

espaço, seria bom que<br />

todas mulheres tivessem o<br />

otimismo de ajudar o<br />

marido. E aqui nossa convivência<br />

de trabalho é<br />

ótima.” Antonio Celso de<br />

Oliveira, do Posto Brasília,<br />

marido de Doraci


14<br />

| meninada<br />

ALVINHO anda<br />

tão calado II<br />

Calado, porém esperto. Passou um<br />

jato riscando o céu e gritei:<br />

”Alvinho, olha o avião riscando o<br />

céu!” Alvinho me olhou intrigado,<br />

pensou, fez cara de malandro e<br />

perguntou: “Pingo, que tamanho é<br />

esse giz pra riscar o céu?”<br />

gostoso de LER<br />

Nome: Arthur Henrique Sciarini<br />

Conceição<br />

Idade: 10 anos | Ipaussu<br />

Escola: EMEF Amador Bueno<br />

“Já li entre livros,<br />

revistinhas e<br />

histórias em<br />

quadrinhos, uns 60<br />

exemplares. A<br />

maioria foi minha<br />

avó que comprou<br />

para mim. Gosto<br />

de ler porque<br />

aprendo mais e a<br />

escrever melhor.<br />

Incentiva a estudar<br />

e tem bastante<br />

história que me<br />

interessam.<br />

Aventura e contos<br />

de fada são as<br />

histórias que gosto<br />

mais. É muito<br />

divertido as ilustrações, o jeito como é escrito, as palavras<br />

que usam. Acho tudo interessante.”<br />

Dica do Arthur: Arthur e o desastre do computador<br />

autor: Marc Brown editora: Salamandra<br />

Foto: Magu | <strong>360</strong><br />

Artes: Wellington Ciardulo | <strong>360</strong><br />

Foto: Flavia Rocha | <strong>360</strong><br />

PINGO<br />

euUSO<br />

ÓCULOS<br />

Tão logo o médico oftalmologista disse que minha<br />

filha não precisava usar óculos eu sorri e ela caiu<br />

no choro: ”mas eu quero usar óculos”, esbravejava.<br />

Algumas crianças precisam usar óculos para o<br />

desenvolvimento normal da visão e, além de bonitos,<br />

a segurança é fundamental. As lentes acrílicas,<br />

ou de policarbonato, com filtro para radiação<br />

ultravioleta são obrigatórias. A armação mais indicada<br />

é a de acetato flexível bem adaptada. E devem<br />

ser sempre conferidos pelo médico.<br />

Quem disse: Dr. José Mário Rocha de Andrade, oftalmologista<br />

Onde ele estudou:<br />

• Ensino fundamental no Grupo Escolar “Professora Sinharinha Camarinha” (Sta. Cruz do Rio Pardo)<br />

• Ensino médio no Instituto de Educação “Leônidas do Amaral Vieira” (SCRP)<br />

• Faculdade de Medicina e Especialização em Oftalmologia na UNICAMP (Campinas)<br />

• Especialização em Oftalmopediatria na Mc Gill University (Montreal/ Canadá)


15 I bem viver<br />

“Vocês vão querer a porção de pastel?<br />

Já aviso que não trocamos os sabores.<br />

Quer um suco de lima da pérsia? Não<br />

fazemos. A fruta só é usada pra fazer<br />

capirinha”, bradou a garçonete descolada<br />

de um bar moderninho em São Paulo<br />

do alto de seu poderio a respeito de<br />

nosso pedido. Olhei-a. Minutos depois<br />

voltava com o que nos foi permitido<br />

consumir. E foi logo dizendo. “Não é<br />

culpa minha. A casa é que dita essas<br />

regras.” Não aguentei. Sorri para ela e<br />

argumentei: “Mas o prazer em dizer não<br />

que você está demonstrando é seu.”<br />

Essa cena me vem sempre à mente<br />

quando me deparo com pessoas que<br />

aproveitam a situação para negar o que<br />

o outro pede, geralmente com aquela<br />

arrogância de quem está no poder. Essa<br />

doença chama-se “síndrome da peque-<br />

arte: Brother Boaventura | <strong>360</strong><br />

na autoridade”. Basta dar algum poder<br />

ao indivíduo que ele logo põe as garrinhas<br />

de fora, muitas vezes detonando<br />

anos de dedicação ao bom atendimento<br />

e a trabalhos de relações públicas.<br />

Isso me faz lembrar outro episódio. Era<br />

um músico muito famoso, com ares de<br />

aristocracia, radicado na Europa. Vinha<br />

ao Brasil ocasionalmente, para concertos<br />

disputadíssimos. Na condição de<br />

“formador de opinião”, mandamos-lhe<br />

um vistoso kit de produtos cosméticos<br />

masculinos, a fim de tornar mais conhecida<br />

e respeitada a marca de produtos<br />

para a qual eu trabalhava. Ele gostou.<br />

Agradeceu e passou a mandar convites<br />

para a diretoria executiva e a conhecer<br />

a empresa e seus valores, além da<br />

qualidade dos produtos. Apaixonou-se<br />

pelo creme de barbear e com toda a de-<br />

O mundo que nos envolve<br />

Estudar com meu filho de 12 anos tornou-se<br />

rotina. Ajudá-lo a entender os<br />

conceitos, as idéias, a malandragem do<br />

aprendizado, o que está nos livros e o<br />

que não se ensina na escola. Como<br />

disse Noel Rosa, “ninguém aprende<br />

samba no Colégio”, e<br />

na vida, se é preciso<br />

ir à escola, é preciso<br />

saber sambar. O que<br />

está no livro, o que<br />

cai na prova, ensinava:<br />

“neurônios são<br />

tecidos especiais que<br />

permitem aos animais<br />

sentirem o<br />

mundo que os envolve<br />

e carregam informações<br />

de todas as<br />

partes do seu corpo<br />

para um gânglio, ou<br />

nos animais mais<br />

desenvolvidos, para<br />

um cérebro”.<br />

Lembrei-me, com<br />

meu cérebro de animal<br />

mais desenvolvido,<br />

de um livro sobre<br />

fotografia que diz: “a gente olha e não<br />

enxerga, há que se esquecer o que é<br />

uma árvore para poder enxergá-la”. O<br />

rapaz míope durante um ano sem<br />

José Mário Rocha de Andrade*<br />

óculos ficou encantado com o que via<br />

com os óculos. Tudo parecia novo. A<br />

música está nesse mundo que nos<br />

envolve e não a ouvimos. Estudar de<br />

novo é ter novos olhos, ouvidos, sentir<br />

além, usar melhor nossos neurônios,<br />

fazer jus a esse nosso cérebro de animal<br />

bem desenvolvido. E pensei:<br />

“quem acha que está ensinando está é<br />

aprendendo.”<br />

*Médico santacruzense radicado em Campinas_zemario@caderno<strong>360</strong>.com.br<br />

Em todas as esferas, o poder pode suscitar o prazer<br />

da negação. É a “síndrome da pequena autoridade”<br />

O PRAZER de dizer não<br />

por Flávia Manfrin<br />

Arte: Brother Boaventura | <strong>360</strong><br />

licadeza ligava para conseguir algumas<br />

unidades quando vinha ao Brasil, pois o<br />

produto não era vendido em lojas.<br />

Um dia eu deixei a empresa e quem o<br />

atendeu foi a minha antiga secretária,<br />

acostumada a presenciar o atendimento<br />

diferenciado que eu dedicava ao artista.<br />

Ela não perdeu tempo. Aproveitou<br />

aqueles minutinhos de poder, sem ter<br />

ainda uma nova chefe e pimba: tascoulhe<br />

um não. Soube quando visitei seu<br />

camarim, após um concerto.<br />

Prazer nefasto – Graças a Deus detesto<br />

mesquinharia e consigo perceber cada<br />

vez que essa possibilidade me cerca,<br />

desviando-me de mergulhar de cabeça<br />

num poder barato. Sei que quanto<br />

maior o poder, maior deve ser nossa boa<br />

vontade e humildade. Acontece que a<br />

vida nos prega peças e nos convida a<br />

escolher: você quer ser legal, bacana,<br />

generoso, atencioso? Ou prefere usar a<br />

oportunidade de atender ao outro para<br />

mostrar que “é você quem manda”?<br />

A síndrome da pequena autoridade pode<br />

atacar em todas as esferas, chefes, subalternos,<br />

ricos, pobres, intelectuais,<br />

ignorantes... basta haver o cenário ideal:<br />

alguém precisando que você resolva<br />

alguma questão. Com que frequência<br />

você opta por atender ou prefere saborear<br />

o gosto duvidoso de dizer não?<br />

Na própxima edição, a Dra. Deborah<br />

Epelman vai comentar o assunto.


16 I educação e cultura<br />

EXISTE teatro de<br />

qualidade no interior<br />

por Flávia Manfrin (reportagem e fotos)<br />

Festivais promovidos nas<br />

cidades do interior têm<br />

espetáculos de elevado<br />

padrão de qualidade técnica,<br />

muita poesia e pura arte<br />

A idéia era conhecer um festival de teatro<br />

do interior. De uma cidade pequena, às<br />

quais o <strong>360</strong> se dedica. Com dois eventos<br />

programados para a nossa região de circulação<br />

– Avaré e Bernardino de Campos<br />

(veja em Agenda Regional) – aproveitei o<br />

feriado do Dia do Trabalho e segui para<br />

Paraguaçu Paulista, onde aconteceu o 7º<br />

FETEAPP (Festival de Teatro Amador de<br />

Paraguaçu Paulista).<br />

Não consegui acompanhar todo o evento,<br />

que incluiu 13 peças durante a semana.<br />

Mas as duas sessões diárias me garantiram<br />

assistir a dois espetáculos infantojuvenis<br />

e três adultos. Particularmente,<br />

apesar de gostar de teatro e de freqüentálo<br />

desde pequena, sempre fui mais exigente<br />

com essa arte do que com o cinema,<br />

por exemplo. Daí considerar-me uma<br />

expectadora meio “cri-cri”.<br />

Além disso, venho de uma visão metropolitana,<br />

onde essa arte permanece viva e<br />

emergente, tradicional e vanguardista, o<br />

tempo todo em profusão. Estava, portanto,<br />

ciente da condescendência que peças<br />

apresentadas numa cidade de pouco mais<br />

de 40 mil habitantes a mais de 400km de<br />

São Paulo deve ter. Nada disso. Eu adorei<br />

o que vi e voltei encantada.<br />

Diante do meu espanto, ouvi de um dos<br />

jurados: “As montagens dos festivais do<br />

interior têm um nível de produção mais<br />

elevado que boa parte das centenas de<br />

espetáculos produzidos em São Paulo.”<br />

Realmente, foi uma ótima surpresa ver o<br />

trabalho de grupos de cidades como Guararapes,<br />

Presidente Prudente, Araçatuba<br />

e Salto, entre outras. Segundo meu informante,<br />

o ator e diretor Beto Magnani,<br />

membro do júri, as peças do grupo da<br />

pequena Paraguaçu não ficam atrás.<br />

Como anfitriões, eles não competiram,<br />

tampouco se apresentaram. Mas estão<br />

programados para encerrar o festival de<br />

Bernardino de Campos (veja Agenda).<br />

Início da jornada – Já na primeira noite,<br />

vi uma peça jovem, bem moderninha e<br />

muito divertida. Texto inteligente, bem<br />

montada, com luz, cenário, figurinos,<br />

som e interpretações que me levaram a<br />

deliciosas gargalhadas. Pensei: “Não é<br />

um teatro magistral, mas como tantas<br />

peças que não são, que delícia de ver.”<br />

No dia seguinte, à tarde, era vez do<br />

espe-táculo infantil. Uau. Lá estava<br />

eu, com seis anos de idade totalmente<br />

vidrada em cada cena, especialmente<br />

quando entraram duas bonecas<br />

muito bem interpretadas (veja foto).<br />

Eu me via olhando como quando<br />

Bonequinhas da peça fazem<br />

pose para a minha foto. De<br />

novo senti-me criança vendo a<br />

fantasia virar realidade<br />

era pequena para elas. Deslumbrada com<br />

a beleza, os detalhes das roupas, as sutis<br />

diferenças do figurino. Eu não vou esquecer<br />

jamais desse encontro comigo<br />

mesma, com o encanto da menina pela<br />

magia do teatro.<br />

Era noite e lá fomos nós. Desta vez não<br />

para o teatro, muito bem montado aliás, a<br />

duas quadras da praça central da cidade,<br />

mas num galpão. Era Morte e Vida<br />

Severina, que encantou a todos e arrematou<br />

10 dos prêmios. Daí por diante, apenas<br />

ótimas surpresas. Mesmo sem ter<br />

gostado de tudo com a mesma intensidade,<br />

foi um pequeno mergulho que me<br />

rendeu cinco peças de teatro ao custo de<br />

R$ 15,00 no total (que aliás não paguei,<br />

por delicadeza dos organizadores).<br />

Teatro em todo lugar – Voltei da viagem<br />

com algumas convicções renovadas: A<br />

primeira é que teatro é um universo maravilhoso<br />

que merece, deve e pode ser<br />

praticado por todo o tipo de gente e para<br />

toda a comunidade das pequenas cidades<br />

do interior. Depois de conversar com<br />

mestres como Antonio do Valle, ator e diretor<br />

premiadíssimo, e Reginaldo Galhardo,<br />

grande realizador e educador à frente<br />

do grupo de Paraguaçu há 15 anos, também<br />

passei a acreditar que toda cidade<br />

pode realizar um evento desse porte.<br />

Inclusive porque esse tipo de ação serve a<br />

inúmeros interesses (educação, inclusão,<br />

marketing, responsabilidade social...)<br />

sem perder sua razão de ser: a arte da<br />

transformação dos indivíduos.<br />

PRESENÇA de Mestres — Conhecer<br />

Antonio do Valle foi uma vivência<br />

à parte na viagem a Paraguaçu Paulista.<br />

Com mais de 60 anos de idade, o ator,<br />

A montagem era recente,<br />

mas mostrou a que veio.<br />

Além de nos levar ao reino da<br />

magia, o grupo Travessia<br />

levou vários prêmios com o<br />

espetáculo Ver Estrelas<br />

diretor e professor de teatro formado emT<br />

Artes Cênicas pela Eca, a Escola deA<br />

Comunicação e Artes da USP, ele mep<br />

pareceu um missionário do setor. n<br />

e<br />

Rapidamente premiado como ator e dire- d<br />

tor quando concluiu seus estudos, d<br />

Toninho do Valle, como é chamado noa<br />

meio, é um ícone reverenciado por toda a<br />

classe teatral. “Escolhi me dedicar à ativi- S<br />

dade em pontos distantes”, diz o especia- a<br />

lista que viaja pelo Brasil e pelo exterior aO<br />

convite de eventos, seja para realizar ofi- p<br />

cinas, para definir a programação ou pre- i<br />

sidir o grupo de jurados de festivais. c<br />

a<br />

O especialista me fez ver a riqueza quea<br />

uma atividade teatral pode garantir àse<br />

comunidades. “Um bom curso de inici- a<br />

ação teatral é bom para qualquer pessoa. p<br />

Para qualquer profissão. As pessoas<br />

levam uma riqueza para toda a vida”, dizO<br />

Antonio do Valle.<br />

e<br />

s<br />

O agente local – Professor de educaçãoB<br />

artística formado pela Unimar, Reginaldot<br />

Galhardo começou com o teatro na esco- p<br />

la onde dava aulas, há cerca de 15 anos. N<br />

“Tomamos gosto”, diz. Segundo ele, v<br />

através das aulas, foi nascendo um grupoq<br />

na escola municipal Prof. Maria Ângelaf<br />

Batista Dias, que até recentemente abri- f<br />

gou os ensaios. De lá para cá, o grupoo<br />

tornou-se conhecido e aguardado nos<br />

festivais realizados no Estado e no Mapa<br />

Cultural, projeto de fomento e reconhecimento<br />

de talentos promovido pela<br />

Secretaria Estadual de Cultura nas<br />

cidades do interior e na capital paulista.<br />

Atualmente a trupe não é formada<br />

somente por alunos e já tem lugar<br />

próprio para ensaio. Entre os prêmios<br />

conquistados, constam de festivais de<br />

Pindamonhangaba, Rezende, Ponta<br />

Grossa, Tatuí, Bernardino e Tupã, além<br />

Mapa Cultural.<br />

Foto: site www.moveiscolociaisdeacaju


EATRO e educação – Segundo<br />

ntonio do Valle, o teatro é importante<br />

ara a evolução do indivíduo e da comuidade.<br />

“Ele diverte e faz refletir sobre a<br />

xistência. Abre a cabeça. Tem a capacidae<br />

de tirar o jovem da droga, da marginaliade.<br />

As pessoas percebem que são cridores<br />

e isso eleva a auto-estima”, define.<br />

egundo ele, o que falta é informação e ter<br />

atividade. “Quando tem é maravilhoso.<br />

teatro abre o horizonte, é educativo. As<br />

essoas vão ao teatro sabendo que é<br />

nvenção. A pessoa se diverte, se emoiona,<br />

sai melhor de lá. Para quem faz é<br />

inda melhor. Você trabalha a respiração,<br />

s relações, a fala”, diz. Sobre o papel das<br />

scolas na formação de grupos, Toninho<br />

valia: “A escola é um dos canais onde se<br />

ode fomentar o teatro.”<br />

renomado conhecedor do assunto, no<br />

ntanto, alerta para o cuidado com o que<br />

e ensina às crianças. “A diferença entre o<br />

rasil e países desenvolvidos é que os auores<br />

são lidos na escola (lê-se Shakeseare<br />

na Inglaterra, Molière na França....).<br />

o Brasil não é assim. A leitura ocorre às<br />

ezes nas aulas de arte”, afirma. Para ele,<br />

ualquer pessoa tem a possibilidade de<br />

azer teatro desde que se dedique e os proessores<br />

e orientadores devem identificar o<br />

bom espetáculo. Isso significa saber dis-<br />

Atores, convidados,<br />

produtores... a alegria<br />

toma conta de quem<br />

trabalhou duro para<br />

realizar um evento<br />

que traz cultura,<br />

entretenimento e<br />

tantas coisas positivas<br />

para pessoas de todas<br />

as idades<br />

cernir o que é bom e não sair em busca de<br />

atrações comerciais. “Quanto mais poético,<br />

melhor para a criança. Quanto mais<br />

sentimentos ela atravessar durante o<br />

espetáculo, melhor”, ensina o mestre.<br />

Em visita à cidade natal, pai<br />

leva esposa e filhinha (Beatriz)<br />

ao teatro de Paraguaçu nas<br />

tardes do feriado prolongado<br />

O júri do Festival de Paraguaçu,<br />

que além de escolher os melhores<br />

em cada categoria, promoveu<br />

debates após todos os espetáculos<br />

com o intuito de agregar qualidade<br />

e possibilidades para os grupos do<br />

interior. A partir da esquerda: os<br />

atores e diretores Fabio Ribeiro,<br />

Antonio do Valle e Beto Magnani<br />

COMO CRIAR um<br />

GRUPO_Um grupo de teatro<br />

amador surge através do comprometimento<br />

que os participantes vão assumindo.<br />

Essa visão é partilhada pelos<br />

especialistas presentes ao 7º festival de<br />

Teatro de Paraguaçu Paulista. “Fomos<br />

adquirindo conhecimento, fazendo<br />

amizade com pessoas do meio, o que<br />

tem contribuído para que o grupo se<br />

sinta presente no cenário artístico,<br />

com montagens que participam de<br />

festivais estaduais e nacionais”, diz<br />

Reginaldo Galhardo, diretor do grupo<br />

da cidade há 15 anos.<br />

Apoio local_A partir de 2005, eles<br />

ganharam apoio da prefeitura através<br />

da Salvarte (organização não governamental<br />

que atende 500 pessoas da<br />

infância à terceira idade com atividades<br />

de iniciação artística, que incluem<br />

capoeira, dança, teatro e música).<br />

“Assim foi possível uma expansão do<br />

trabalho que acontecia na escola para<br />

toda a comunidade”, explica Reginaldo<br />

que tornou-se diretor e produtor<br />

teatral e hoje é<br />

teatro<br />

como criar<br />

um grupo... e<br />

um festival<br />

diretoria de cultura<br />

da cidade.<br />

Onde aprender_“Nossaorientação<br />

vem de<br />

debates de fes-<br />

tivais, do projeto Ademar Guerra<br />

(mantido pela Secretaria de Cultura do<br />

Governo do Estado) e de oficinas.” A<br />

contribuição do júri, formado geralmente<br />

por um pequeno grupo pessoas<br />

do meio teatral, acaba sendo uma<br />

ótima escola graças à detalhada<br />

análise que fazem dos espetáculos.<br />

Os debates consistem num diálogo<br />

franco entre os membros do júri, os<br />

artistas e o público, onde são apontados<br />

erros e oportunidades de melhorias.<br />

Quanto às oficinas, segundo<br />

Antonio do Valle, são muitas as<br />

modalidades e formas de imersão no<br />

universo da interpretação e da realização<br />

cênica de uma história.<br />

Como produzir_Segundo Reginaldo,<br />

além do amparo da prefeitura através<br />

da ONG Salvarte, o grupo de<br />

Paraguaçu se vale dos prêmios e das<br />

bilheterias dos espetáculos.<br />

COMO CRIAR UM<br />

FESTIVAL_Nossos entrevistados<br />

foram unânimes em agirmar que um<br />

bom festival oferece ajuda de custo<br />

aos participantes. Isso atrai a participação<br />

de bons espetáculos.<br />

Por isso, é preciso ter um patrocinador<br />

que garanta um mínimo de recursos.<br />

O valor apontado por Fabio Ribeiro,<br />

ator e diretor de Bernardino de Campos<br />

que integrou o júri de Paraguaçu e<br />

participa da produção do festival de<br />

Avaré, a verba ideal gira em torno de<br />

R$ 50 mil. “Mas com R$ 30, mil já dá<br />

para fazer”, avalia. Não é um evento<br />

caro, especialmente se considerarmos<br />

os resultados, seja em termos de reconhecimento<br />

e público para as companhias<br />

e para atores e diretores individualmente,<br />

seja em termos do que<br />

fica para o público e para a cidade.<br />

Os recursos podem vir do poder público<br />

ou de empresas interessadas em<br />

promover suas marcas. Neste caso pode-se<br />

até buscar o apoio de leis de incentivo<br />

fiscal, como a Rouanet, de<br />

âmbito federal.<br />

Reginaldo, que pela primeira vez produziu<br />

o festival de Pagaraguaçu (nas<br />

edições anteriores apenas participou<br />

com o grupo), diz que uma dificuldade<br />

quando não há gente para trabalhar.<br />

“É preciso saber o que fazer”,<br />

destaca. O evento dirigido por ele<br />

envolveu a realização da Prefeitura,<br />

uma comissão de avaliação (que<br />

envolve especialistas como Antonio do<br />

Valle), equipe técnica, recepção e<br />

acompanhamento dos grupos.<br />

Em termos de estrutura, é preciso dar<br />

acomodação para os grupos e jurados,<br />

estrutura física e equipamentos para<br />

atrair bons espetáculos.<br />

Público é essencial_ Não existe teatro<br />

sem platéia e saber atrair o público é<br />

muito importante. “Já contamos com<br />

um público preparado”, conta Reginaldo<br />

destacando que em Paraguaçu a<br />

atividade permaneceu viva, mesmo<br />

durante a reforma do teatro (que durou<br />

seis anos durante os quais o festival<br />

não aconteceu). “Além disso o festival<br />

é torna-se atrativo para as cidades<br />

vizinhas que têm a oportunidade de<br />

assistir a bons espetáculos”, completa.<br />

Antonio do Valle explica que para<br />

haver público é preciso que os espetáculos<br />

aconteceça com frequência.<br />

“Teatro é como religião, é hábito.<br />

Quando se estabelece, as pessoas sentem<br />

falta”, garante.<br />

Reginaldo Galhardo exercita<br />

seu lado ultra bem humorado.<br />

Com descontração ele realiza<br />

um trabalho admirável numa<br />

cidade de apenas 40 mil hab.


18 |cultura _ agenda<br />

Com uma nova peça em São Paulo,<br />

o ator santa-cruzense Umberto<br />

Magnani é o homenageado do 4º<br />

FESESTE (Festival Estadual de de<br />

Teatro) de Avaré. Além de dar nome<br />

ao troféu, ele encerra o evento com<br />

o espetáculo que está em cartaz em<br />

São Paulo e comemora seus 40 anos<br />

de carreira.<br />

"Loucos por amor", de Sam Shepard,<br />

conta a história de um casal de<br />

namorados cuja relação passa por<br />

diversos conflitos. O texto já percorreu<br />

50 países e recebeu o prêmio OBIE de<br />

Melhor Texto em 1984, nos Estados<br />

Unidos. Sam Shepard é um autor bastante<br />

reverenciado. Entre suas premia-<br />

AVARÉ<br />

Feseste 2008<br />

20h30 Teatro Municipal<br />

R$10,00 inteira / R$5,00 meia<br />

20/6:Abertura:Auto do Amor<br />

Caipira - Cia.de artes cênicas<br />

Gil Vicente (Avaré)<br />

Após o espetáculo, show com<br />

o músico pernambucano Ozi<br />

dos Palmares<br />

21/6:Valsa Nº6 - Cia.<br />

Soencena (Bernardino de<br />

Campo)<br />

22/6:A ver Estrelas - Grupo<br />

Travessia (Sta. Bárbara D´<br />

Oeste)<br />

23/6:Carolinas - Vidraça<br />

Cia.de Teatro_Mogi mirim<br />

24/6:Mãe ´d água – Cia<br />

Rodamoinho_São Paulo<br />

25/6:Quase um Bibelô -<br />

Grupo boca de cena<br />

Araraquara<br />

26/6:Travessia – Grupo<br />

Tristan de Teatro_Jacareí<br />

<strong>27</strong>/6:A hora e a vez de<br />

Augusto Matraga<br />

Cia.Arteatrando_Amparo<br />

28/6:Candim - Cia da Casa<br />

Amarela_Amparo<br />

29/6:Loucos de Amor<br />

Espetáculo de encerramento.<br />

Homenagem a Umberto<br />

Magnani em seguida<br />

Premiação<br />

Concurso de poesias e contos<br />

do Festival Literário de<br />

Avaré. Inscrições:19/5 a 1/8.<br />

Info: 14 3732 5057<br />

Projeto "Horto Encanto"<br />

Todo 1º domingo do mês, com<br />

objetivo de valorizar os músicos<br />

da cidade. 1/6_16h _<br />

Local: Horto_ Rick Moraes e<br />

banda. Grátis Info:14 3732<br />

5057<br />

OURINHOS<br />

Exposição"Glauber Rocha<br />

em imagem e palavra"<br />

Imagens de alguns de seus<br />

filmes, trechos de entrevistas,<br />

livros e opiniões de artistas<br />

15/5 a 30/5 _ Faculdade<br />

Estácio de Sá. Grátis Info:<br />

14 3302.3344<br />

Teatro infantil: “Até mais<br />

ver”<br />

2 a 5/6 _ 8h30 _9h30_ 13h30-<br />

14h30 _Teatro Municipal<br />

Miguel Cury Grátis. Info: 14<br />

3324 7848<br />

Centenário da Imigração<br />

Japonesa<br />

Grupo Taikô Ibiki Wadaiko<br />

15/6_20h30_ Teatro Municipal<br />

Grátis<br />

Filmes Gaijin Asas da<br />

Liberdade e Depois da Vida<br />

16/6_14h30,18h30 e 20h30<br />

no Teatro Municipal. Grátis<br />

Show com Joe Hitara.<br />

17/6_20h30 no Teatro<br />

Umberto<br />

Magnani<br />

traz novo<br />

espetáculo a Avaré<br />

ções, recebeu a Palma de Ouro em<br />

Cannes pelo roteiro de Paris, Texas e o<br />

Oscar de Ator Coadjuvante pela sua<br />

atuação em Os Eleitos.<br />

"LOUCOS POR AMOR"<br />

de Sam Shepard<br />

Direção: Francisco Medeiros<br />

Elenco: Umberto Magnani, Charles<br />

Geraldi, Rennata Airoldi e Paulo Almeida<br />

Cenário e Figurino: Fábio Namatame<br />

Teatro Coletivo Fábrica São Paulo - Sala 1<br />

6ª e sáb. 21h30 | dom. 20h<br />

até 29/06 | Info: 11 3255.5922<br />

AGENDA regional<br />

Divulgue seu evento :agenda@caderno<strong>360</strong>.com.br<br />

Municipal. Grátis<br />

Espetáculo Mukashi, era<br />

uma vez no Japão.<br />

19/6_20h30 no Teatro<br />

Municipal. Grátis<br />

Dança Ourinhos 2008:Um<br />

olhar para o Japão.<br />

21/6_20h30 no Teatro<br />

Municipal. Grátis<br />

Info: 14 3302 3344<br />

STA CRUZ<br />

Festival Regional de Música<br />

Sertaneja Caipira e/ou Raiz<br />

28/6_20h no Ginásio de<br />

Esportes Aniz Abras.<br />

Inscrições e regulamento na<br />

Secretaria de Cultura<br />

Entrada:1 agasalho<br />

Info: 14 3372 12<strong>27</strong><br />

Show de MPB<br />

13/6_20h no Salão da<br />

Associação Comercial<br />

Empresarial. Apresentação de<br />

cantores de música popular<br />

brasileira. Entrada: 1litro de<br />

leite Info: 14 3372 12<strong>27</strong><br />

SÃO PEDRO DO TURVO<br />

Aniversário da cidade<br />

Sarau de poesias<br />

<strong>27</strong>/5_19h30 na Câmara<br />

Municipal. Grátis<br />

Show baile com a banda<br />

Frenesi. 28/5_22h no Centro<br />

de Lazer do Trabalhador.<br />

Grátis<br />

2º Festival Estadual de<br />

Teatro de Avaré (FESESTE)<br />

21 a 29/06/2008<br />

Teatro Municipal de Avaré<br />

20h30 _ R$ 10,00<br />

Grátis: p/ estudantes das escolas<br />

públicas<br />

Em sua segunda edição, o Festival de<br />

Teatro de Avaré tem como pressuposto<br />

apresentar peças ou grupos já premiadas<br />

no Estado de São Paulo. No total serão<br />

nove espetáculos, entre concorrentes e<br />

convidados. Os grupos são profissionais<br />

e as peças dedicadas ao público adulto.<br />

Durante o dia haverá palestras e oficinas.<br />

Destaque: Para a peça "Loucos de Amor",<br />

que encerra o evento. Fora da competição,<br />

o espetáculo está em cartaz em<br />

São Paulo (vide quadro) e traz em cena<br />

o ator Umberto Magnani, patrono do<br />

evento.<br />

Organização: FREA (Fundação Regional<br />

Educacional de Avaré) com apoio da<br />

Prefeitura Municipal de Avaré e<br />

Secretaria Municipal da Cultura.<br />

Prêmios: Serão conferidos troféus para<br />

os três melhores espetáculos, além das<br />

categorias melhor ator, atriz, diretor,<br />

cenário, sonoplastia, figurino, entre outras.<br />

"Para a população é uma oportunidade<br />

única de presenciar grupos excelentes<br />

com peças consagradas, tudo por um<br />

preço muito acessível", diz o secretário<br />

de Cultura Gilson Câmara.<br />

Honrando o rodapé desta coluna, dirigime<br />

até Bauru para prestar a famigerada<br />

prova da OAB. Lá, um belo acontecimento:<br />

a Virada Cultural<br />

Para quem não ouvir falar, trata-se de<br />

um evento em que são conjugados teatro,<br />

cinema, música e outras artes durante<br />

24 horas seguidas, das 18h de um dia<br />

até às 18 do seguinte. E o melhor, tudo<br />

ao ar livre e de graça!<br />

Chegando a Bauru, fomos até o Sesc,<br />

local do palco secundário. Quem viu<br />

disse que a Inlakesh, banda local focada<br />

no rock "setentista", formada só por<br />

mulheres, foi demais. Bom mesmo foi ver<br />

logo em seguida a também bauruense<br />

Mercado de Peixe, de uma criatividade<br />

ímpar, misturando moda de viola, rock e<br />

muito mais, sempre exaltando a cultura<br />

popular do interior paulista.<br />

Pena foi ter visto só uma parte do<br />

show, pois no palco principal, na Praça<br />

da Paz, já começavam a tocar os gaúchos<br />

da Cachorro Grande. Mesmo resvalando<br />

numa certa mesmice após alguns bons<br />

anos de carreira, pra quem quer o bom e<br />

velho rock, com suas virtudes e clichês,<br />

não há coisa melhor por aqui.<br />

4º Festival de Teatro<br />

Amador de Bernardino de<br />

Campos<br />

04 a 12/06/2008<br />

Clube Igarapé<br />

14h e 20h _ Grátis<br />

Em sua quarta edição, o Festival de<br />

Teatro de Bernardino compreende<br />

espetáculos adultos e infanto-juvenis,<br />

num total de 16 peças programadas, vindas<br />

de cerca de 12 cidades.<br />

Destaque: Para a presença do especialista<br />

Antonio do Valle como membro do<br />

júri.<br />

"O objetivo principal do evento é dar<br />

oportunidade para o amador e a comunidade<br />

poder ter contato com o teatro,<br />

além de estar prestigiando os artistas",<br />

diz João Henrique Aguera, da Secretaria<br />

de Cultura de Bernardino.<br />

Organização: Prefeitura Municipal<br />

através da Secretaria de Cultura<br />

Prêmios: Troféus e prêmios em dinheiro<br />

que variam de R$ 300,00 a R$ 1.000,00<br />

para os três primeiros colocados nas categorias<br />

infantil e adulto. giprimeiros<br />

colocados nas cate<br />

Festivais<br />

de TEATRO<br />

programados<br />

na região<br />

VIRADA cultural 2008<br />

Tiago Cachoni*<br />

Continuam quebrando tudo (não literalmente).<br />

O melhor da noite estava por vir:<br />

Funk Como Le Gusta. Que show! Funk,<br />

soul, samba: tudo pra balançar o povo<br />

de preto que estava ali. Veteranos, pouco<br />

conhecidos no interior e venerados na<br />

capital, eles mostram o que há de<br />

melhor na música brasileira.<br />

Após minguado sono<br />

de 3 horas, uma prova de mais 3, e mais<br />

outras horinhas de boteco, é hora da<br />

cereja do bolo, o fechamento do evento:<br />

Nação Zumbi! Perigando ser a melhor<br />

banda nacional há uns bons anos, os<br />

pernambucanos mandam às favas a grande<br />

mídia e mostram uma inquietude e<br />

uma admirável capacidade de se reinventar.<br />

A Nação, após a perda do ícone<br />

Chico Science e atualmente com o 8°<br />

disco na praça, continua a contagiar e<br />

conquistar quem se entrega ao seu som<br />

único, mistura de dub, reggae, maracatu,<br />

embolada, e muito, mas muito mais.<br />

Enquanto isso em Marília, mesmo<br />

horário, Ultraje à Rigor. Pena ter perdido.<br />

Espero mais oportunidades. Aguardo<br />

ansiosamente a próxima Virada Cultural...<br />

*Vocalista da banda Landau69 que há alguns anos tenta conciliar o vício pela<br />

música, cinema e literatura com os estudos jurídicos


19 | gente<br />

_ NOITE<br />

Fotos: Flávia Rocha | <strong>360</strong><br />

Ourinhos<br />

Vila Madalena<br />

Ourinhos<br />

Jantar Brigadeiro_FAPI<br />

Fotos: Dani Dalmati| <strong>360</strong><br />

lazer_festas<br />

SHOWS<br />

14<br />

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autos<br />

VENDO Trator Esteira<br />

FiatAllis AD7-B ano 84<br />

Ótimo estado!!!<br />

Alfredo 14 9791.4022<br />

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CASA RAIMUNDO<br />

Quase tudo para construção.<br />

F: 14 3372.3000 • SCRPardo<br />

www.landau69.com.br


Onde IR: aproveite nossa região<br />

CINEMAS<br />

Cine Veneza :Avaré<br />

Todo dia. Programa-ção<br />

F: 14 3732.5058<br />

Cinemax :Piraju<br />

Todo dia. Programa-ção<br />

F: 14 3351.1555<br />

Cinecenter 1 e 2<br />

:Ourinhos Todo dia.<br />

Programação F: 14<br />

3325.1266<br />

Cine São Pedro :Sta.<br />

Cruz Todo dia. $4, e $2,<br />

até p/ adultos F: 14<br />

3373.2910<br />

CAFETERIAS<br />

Estação Baguete<br />

:Ourinhos Salgados,<br />

doces, sucos e cafés. Ar<br />

livre, padaria. Todo dia<br />

6h30_22h<br />

F: 3325.4124<br />

Estação Café :Avaré<br />

Salgados, doces, sucos<br />

e cafés. 2ª_sab. após<br />

10h, dom após 19h F:<br />

14 3731.2828<br />

Dona Ica Café<br />

:Ourinhos<br />

Local charmoso e<br />

cuidadoso cardápio de<br />

doces e salgados sem<br />

frituras. Destaque para<br />

delícias de café.Todo<br />

dia 8h-19h F: 14<br />

3326.3498<br />

Sabor da Fazenda<br />

:Sta. Cruz Bom cardápio<br />

e ambiente gostoso.<br />

2ª a 6ª : 8h às 6h | sab:<br />

9h_15h F: 14<br />

3372.3871<br />

RESTAURANTES<br />

Al Faiat :Ourinhos<br />

Cozinha variada.<br />

Propõe requinte sem<br />

perder o despojamento<br />

do interior. Boa carta de<br />

vinhos e cervejas.<br />

Almoço executivo 2ª_6ª<br />

F: 14 3326-9700<br />

Cantina Donana<br />

:Bernardino • !<strong>360</strong><br />

Cozinha mais “metropolitana”<br />

que “interiorana”<br />

com acerto em peixes,<br />

risotos, massas e<br />

entradas. Ambiente tipo<br />

Vila Madalena. Só jantar<br />

18h 3ª a dom F: 14<br />

3346.1888<br />

Boticelli :Piraju<br />

Cozinha variada. Serve<br />

com buffet no almoço.<br />

3ª-dom:11h-0h|6ª sab<br />

até 1h<br />

F: 14 3351.5458<br />

Pirabar :Piraju<br />

Almoço à beira do<br />

Paranapanema, vira<br />

movimentada casa<br />

noturna. 3ª a dom<br />

F: 14 3351.4387<br />

Pizzaria Alcatéia :Sta.<br />

Cruz • !<strong>360</strong><br />

Pizzas crocantes, massas<br />

e carnes. Música da<br />

boa e quadros à venda.<br />

À beira da piscina. 3ªdom.:<br />

19h à_23h<br />

F: 14 3372.<strong>27</strong>31<br />

Rancho do Peixe<br />

:Sta. Cruz Talento para<br />

preparar peixes, especialmente<br />

a tilápia.<br />

Lugar simples e barato.<br />

2ª a dom: 8h30-14h30.<br />

2ª a sab: 17h30 até 0h<br />

F: 14 3372.4828<br />

Rei Arthur :Sta. Cruz<br />

Comida italiana muito<br />

bem preparada, agora<br />

em novo endereço: n G<br />

F: 14 3373.2219<br />

Rosinha :S. Pedro<br />

Comida caseira que<br />

atrai gente de todo<br />

lugar. As misturas vão à<br />

mesa aos poucos,<br />

quentinhas. 2ª a sáb:<br />

11h30 às 15h F: 14<br />

3377.1241<br />

BARES<br />

Adrenalina’s :Piraju<br />

Tilápia no alho por<br />

preço incrível. Cortesia<br />

é marca registrada.<br />

Todo dia após 17h F: 14<br />

3351.3370<br />

Alternativo :Piraju<br />

Petiscos, lanches e<br />

drinks. Baladas. A<br />

varanda mais charmosa<br />

da região, vale até vazio<br />

para uma parada<br />

solitária ou a dois.<br />

Dentro da cidade e à<br />

beira do<br />

Paranapanema.<br />

3ª-dom | 15h_22h | F:<br />

14 3351.1752<br />

Dú-BAR :Sta. Cruz<br />

Espetinhos em versões<br />

que vão do simples<br />

queijo coalho ao exótico<br />

avestruz. Após 17h<br />

Fecha domingo. F: 14<br />

3372.7910<br />

São Sebastião :Piraju<br />

Boteco de salgados e<br />

sinuca. A simpatia dos<br />

donos garante tom<br />

familiar. 2ª a sab: 8h-<br />

22h Dom.: 8h-14h<br />

F: 14 3351.4<strong>27</strong>6<br />

Sasel Haus :Sta. Cruz<br />

Bar moderno e bem<br />

estruturado com restau-<br />

rante e loja de carros. É<br />

a nova sensação da<br />

região F: 14 3372.5656<br />

Taças e Cachaças<br />

:Piraju Instalado na<br />

Fecapi tem estilo rústico<br />

e acolhedor. Ca-chaças<br />

são destaque, petiscos,<br />

pratos e boa música.<br />

Tudo sob a incrível<br />

cortesia dos donos. 2ª a<br />

6ª : 18h| sab-dom:<br />

desde 10h F: 14<br />

3351.0811 • !<strong>360</strong><br />

LANCHES<br />

Piraju Lanches :Piraju<br />

Lanches para entrega,<br />

também atende no<br />

salão atrás da igreja<br />

matriz. Ótimas combinações.<br />

Todo dia após<br />

18h| F: 14 3351.5115<br />

Nina :Sta. Cruz<br />

Tradicional lanchonete<br />

da cidade onde os<br />

irmãos Ziloti pilotam a<br />

chapa preferida das crianças,<br />

inclusive das<br />

que já cresceram. Todo<br />

dia 18h_0h. F: 14<br />

3372.6555<br />

FRUTAS & SORVETES<br />

Frutaria do Baiano<br />

:Sta. Cruz As mais deliciosas<br />

laranjas descas-<br />

cadas e geladi-nhas. Ou<br />

melancia fatiada. Serve<br />

também ou-tras frutas e<br />

sucos na-turais em garrafinhas.<br />

Esquina da<br />

Mal. Bittencourt e<br />

Benjamin Constant 8h_<br />

23h. No verão até<br />

madrugada.<br />

Sorveteria União :Sta.<br />

Cruz Sorvete leve, artesanal<br />

em endereço<br />

mais antigo da cidade.<br />

Não perca o de chantilli,<br />

nem o de frutas da<br />

época. R. Cons. Dantas<br />

Todo dia 09h_23h<br />

Toca do Açaí<br />

:Ourinhos Trouxe para<br />

a região lugar que<br />

reúne moçada em torno<br />

de frutas e sucos, capitaneados<br />

pelo açaí.<br />

Bem decorada, tem<br />

anexo bom p/ festas. 2ª<br />

a 6ª: 14h-23h | sab.:<br />

18h-0h | dom.: 15h-0h<br />

F. 14 3324.3358<br />

MADRUGADA<br />

Altas Horas :Timburi<br />

Lanches a qualquer<br />

hora. “É só perguntar<br />

onde é na cidade”<br />

Xiró :Sta. Cruz<br />

Cozinha variada, talvez<br />

o cardápio mais extenso<br />

de todos. A partir das<br />

19h. Fecha às 3ªs F:<br />

14 3372.4960<br />

Zuk :Ourinhos<br />

Clube de música<br />

eletrônica bem arrumado<br />

onde funcionava o<br />

antigo Túnel. 6ª e sáb<br />

‹agenda sob consulta›<br />

F: 14 3325.2006<br />

RODOVIAS<br />

PIRAJU/CHAVANTES<br />

SP <strong>27</strong>0 ‹RAPOSO›<br />

Cia. da Fazenda<br />

Lanches e refeições.<br />

Loja. Palmito é destaque<br />

km 334 F: 14<br />

3346.1175<br />

Sabor Caipira Fogão a<br />

lenha.km 352| F: 14<br />

3344.2362<br />

OURINHOS/STA.CRUZ<br />

SP 352 ‹ORLANDO Q›<br />

Orquidário Cyber Café<br />

Lanches, sucos, loja.<br />

Destaque p/ orquidário.<br />

Todo dia 7h_19h km 14<br />

• !<strong>360</strong><br />

Varanda do Suco<br />

Lanches, sucos, refeições,<br />

loja. 9h_19h<br />

km <strong>27</strong>,5 F: 14<br />

8125.3433 • !<strong>360</strong><br />

Pesqueiro Paulo<br />

Andrade Peixes frescos,<br />

Aves e assados<br />

‹sob encomenda›.<br />

Atendimento familiar dia<br />

e noite. Após 9h F: 14<br />

9706.6518 • !<strong>360</strong>


22 I gente<br />

_ DIA<br />

Oapec/Galvani:<br />

1º lugar<br />

Cruzeiro:<br />

2º lugar<br />

S.Cruz<br />

Torneio Cinquentinha<br />

Fotos: Flávia Rocha | <strong>360</strong>


23 | esportes<br />

DIA do desafio agita a<br />

região<br />

O Dia do Desafio, realizado em 2008 no dia<br />

28/5 das 0h até às 21h00, é uma competição<br />

mundial entre cidades através da atividade física.<br />

Disputando entre duas ou três cidades com<br />

número similar de habitantes, vence quem<br />

alcançar o maior número de cidadãos praticando<br />

esportes ou qualquer outra atividade física.<br />

Para participar a prefeitura do município deve<br />

aderir ao evento e a comunidade deve se organizar<br />

para praticar 15 minutos consecutivos de<br />

alguma atividade que serão informados aos organizadores.<br />

No Brasil, o Dia do Desafio é coordenado<br />

pelo SESC-SP, nas cidades secretarias de<br />

Esportes e de Educação promovem e coordenam<br />

o evento.<br />

Pessoas e grupos devem registrar sua participação<br />

através dos coordenadores locais. Após o<br />

encerramento dados são enviados aos coordenadores<br />

regionais e repassados ao Centro<br />

Coordenador do Dia do Desafio, por internet. Os<br />

números finais são disponibilizados no site do<br />

Dia do Desafio. Não há prêmios aos vencedores.<br />

Todas as cidades da nossa área de circulação<br />

participaram disputando com cidades da<br />

América Latina ‹veja quadro›.<br />

RODEIO de premiação<br />

recorde acontece na FAPI<br />

Torneio de R$ 1 milhão em prêmios<br />

realiza sua 2ª etapa em Ourinhos<br />

O Circuito Crystal de Rodeio, que anunciou um<br />

prêmio recorde para o Campeonato 2008/2009,<br />

realiza nova etapa de 5 a 8 de junho na FAPI<br />

(Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos).<br />

O prêmio será distribuído entre os melhores do<br />

ranking final da competição nas modalidades<br />

Touro, Cavalo Cutiano (estilo de montar rústico<br />

que caracteriza-se pela falta de apoio do peão),<br />

Sela Americana (onde o cabresto é segurado a um<br />

cabo feito de corda de sisal, o cavalo é arriado com<br />

sela sem o pito e sem baixeiro, a capa colocada<br />

entre a sela e o lombo do animal) e Bareback (estilo<br />

onde não existe estribo e é usado uma espécie de<br />

assento de couro).<br />

Proprietários dos melhores animais participantes<br />

também serão contemplados. O Circuito Crystal<br />

começou em Fernandópolis (SP) e prevê 15 etapas.<br />

Depois de Ourinhos, a próxima parada será<br />

em Santa Helena (GO), de 12 a 15 de junho.<br />

Cidadãos de<br />

Ourinhos no Dia<br />

do Desafio 2007<br />

Dia do Desafio<br />

em Águas de<br />

Sta. Bárbara<br />

Águas de Sta Bárbara X Ismael Cortinas (Uruguai)<br />

Avaré X Cadereyta Jiménez (México)<br />

Bernardino X Panindicuro (México)<br />

CerqueiraCésar X Minero (Bolívia)<br />

Chavantes X La Reforme (Guatemala<br />

Espírito Santo do Turvo X Tocatlán (México)<br />

Fartura X Acosta (Costa Rica)<br />

Ipaussu X Salcajá (Guatemala)<br />

Começou o BRASILEIRÃO<br />

*por Claudio Antoniolli<br />

Grande abraço amigos do <strong>360</strong>, e começou o<br />

Campeonato Brasileiro da Série A, que promete ser<br />

uma dos mais equilibrados desde que a CBF resolver<br />

implantar os pontos corridos… Eu, que gosto de dar<br />

meus pitacos aqui neste espaço, estou quebrando a cabeça<br />

para apontar os favoritos ao título já que no meio do ano os times<br />

europeus aparecem com suas malas cheias de euros e levam nossos<br />

principais craques, e neste início de campeonato também algumas<br />

equipes que estão na fase decisiva de Libertadores e Copa do Brasil<br />

estão jogando com seus times reservas…<br />

Mas vamos lá. Se não tivermos surpresas, na minha humilde opinião,<br />

o título deve ficar entre Palmeiras, Cruzeiro ou Internacional… já no<br />

lado debaixo da tabela, já temos um “saco de pancada” nesse início<br />

de campeonato: o Ipatinga, que subiu ano passado, já vai ser rebaixado<br />

e as outras 3 vagas devem ficar com Vitória, Goiás ( esse não<br />

tem o Corinthians para salvá-lo) e para uma dos considerados<br />

grande onde o Atlético Mg corre grandes riscos…<br />

JÁ NO BRASILEIRINHO… No Campeonato Brasileiro da Série B,<br />

pelo seu iníci,o se nada de estranho acontecer, o Corinthians vai<br />

passear e voltar rapidamente a 1ª divisão…<br />

CINQUENTINHAS...Chegou ao final o 1º Campeonato Regional<br />

dos Cinquetinhas, realizado em Santa Cruz do Rio Pardo. N<br />

final a equipe da Oapec/Galvani venceu o Cruzeiro por 2<br />

a 0 e conquistou o título (ambas da casa). E já começou<br />

o Campeonato dos Quarentinhas e, meus amigos<br />

acreditem se quiser, vem aí o Campeonato dos<br />

Sessentinhas…<br />

*repórter da Band FM<br />

DIAdo desafio<br />

28/05/2008: CONFIRA as cidades com as quais competimos<br />

Manduri X São Luiz (Venezuela)<br />

Óleo X Magdalena Milpas Altas (Guatemala)<br />

Ourinhos X Comonfort (México)<br />

Piraju X Amatepec (México)<br />

Santa Cruz do Rio Pardo X Galvez (Argentina)<br />

São Pedro do Turvo X Cachipay (Colombia<br />

Timburi X VillaVieja (Colômbia)

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