e como alcança lo - Discípulos em Campina Grande
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e <strong>como</strong> <strong>alcança</strong> <strong>lo</strong><br />
Série Conselho de Deus
O Propósito<br />
Eterno de Deus<br />
e <strong>como</strong> alcançá-<strong>lo</strong>
O Propósito<br />
Eterno de Deus<br />
e <strong>como</strong> alcançá-<strong>lo</strong><br />
Série Conselho de Deus<br />
Salvador, 2012
©2012 by Igreja <strong>em</strong> Salvador.<br />
8ª Edição, fevereiro de 2012<br />
Capa<br />
Alana Martins e Roberto Carrilho<br />
Projeto gráfico e editoração<br />
Alana Gonçalves de Carvalho Martins<br />
Revisão<br />
Valdice Monção<br />
O texto deste trabalho pode ser citado ou copiado s<strong>em</strong> permissão por<br />
escrito dos irmãos <strong>em</strong> Salvador, desde que citada a referência. Não<br />
podendo, entretanto, ser usado para fins comerciais.<br />
•<br />
Av. Estados Unidos 397 - Ed. Cidade do Salvador, sala 507<br />
Salvador, Bahia. CEP 40.018-900<br />
publicacoes@fazendodiscipu<strong>lo</strong>s.com.br
Preâmbu<strong>lo</strong><br />
Este trabalho é uma nova edição da apostila O propósito<br />
eterno de Deus e <strong>como</strong> alcançá-<strong>lo</strong>. O Projeto, alguns textos de<br />
referência, expressões e os d<strong>em</strong>ais detalhes passíveis de correção<br />
foram revistos, a fim de oferecer aos irmãos um ensino<br />
ainda mais claro e organizado, buscando s<strong>em</strong>pre preservar a<br />
originalidade e simplicidade do primeiro texto.<br />
Salvador, fevereiro de 2012.<br />
Presbitério <strong>em</strong> Salvador
Sumário<br />
Apresentação 9<br />
Como deve ser o ensino na Igreja 11<br />
Como trabalhar com este material 13<br />
Parte 1 | O Propósito Eterno de Deus<br />
Lição 1 O propósito de Deus ao criar o hom<strong>em</strong> 17<br />
Lição 2 O que aconteceu quando o hom<strong>em</strong> pecou? 21<br />
Lição 3 O que Deus fez para realizar o Seu propósito? 24<br />
Lição 4 Qual o propósito de Deus hoje? 27<br />
Lição 5 Dev<strong>em</strong>os ser <strong>como</strong> Jesus 32<br />
Parte 2 | O Serviço da igreja<br />
para cumprir o propósito de Deus<br />
Lição 6 Qu<strong>em</strong> são os sacerdotes? 39<br />
Lição 7 Qu<strong>em</strong> edifica a Igreja? 43<br />
Lição 8 O ministério de test<strong>em</strong>unhas (1 a parte) 48<br />
Lição 9 O ministério de test<strong>em</strong>unhas (2 a parte) 53<br />
Lição 10 O ministério das juntas e ligamentos 58<br />
Lição 11 Juntas e ligamentos de discipulado (1 a parte) 62<br />
Lição 12 Juntas e ligamentos de discipulado (2 a parte) 66<br />
Lição 13 Juntas e ligamentos de companheirismo (1 a parte) 71<br />
Lição 14 Juntas e ligamentos de companheirismo (2 a parte) 76<br />
Lição 15 A necessidade de dar fruto 80<br />
Lição 16 O trabalho nas casas 84
Apresentação<br />
T<strong>em</strong> sido grande a satisfação ao constatar que a Apostila 1,<br />
Os Princípios El<strong>em</strong>entares, v<strong>em</strong> sendo de real utilidade, não<br />
somente para os irmãos <strong>em</strong> Salvador, <strong>como</strong> também para a<br />
Igreja do Senhor Jesus Cristo <strong>em</strong> outras cidades do Brasil.<br />
Também esperamos que esta apostila, O Propósito Eterno<br />
de Deus e <strong>como</strong> Alcançá-<strong>lo</strong>, que ora co<strong>lo</strong>camos à disposição<br />
dos irmãos, venha a cooperar com a edificação daqueles<br />
que buscam compreender o coração do Pai e executar a sua<br />
vontade.<br />
Quer<strong>em</strong>os honrar nosso irmão Ivan Baker, de Buenos Aires,<br />
Argentina. Sua paciência e amor foi um claro instrumento de<br />
Deus cooperando com o Senhor no ensino das verdades aqui<br />
contidas.<br />
Tudo o que faz<strong>em</strong>os só terá va<strong>lo</strong>r eterno na medida que<br />
cooperar com o propósito de Deus. Oramos para que nosso<br />
precioso Senhor Jesus seja g<strong>lo</strong>rificado na vida daqueles que,<br />
deixando o presente sécu<strong>lo</strong> e renegando tradições de homens,<br />
se tornaram prisioneiros da santa vocação: participar e cooperar<br />
com o propósito do Senhor.<br />
O conteúdo básico da primeira apostila é a Porta de entrada<br />
no Reino de Deus. Esta segunda enfoca, basicamente, o<br />
Alvo para aqueles que estão no reino. Todas as apostilas que<br />
se seguirão, tratarão dos vários aspectos do Caminho para<br />
<strong>alcança</strong>r o Alvo.<br />
Salvador, outubro de 1991<br />
Presbitério <strong>em</strong> Salvador<br />
www.fazendodiscipu<strong>lo</strong>s.com.br 9
Como deve ser o ensino na Igreja<br />
Os discípu<strong>lo</strong>s que aprend<strong>em</strong> e que ensinam dev<strong>em</strong> estar<br />
dispostos a manejar estudos simples. O Senhor nos manda<br />
alimentar “cordeiros” e não “girafas”. Aqueles que têm maior<br />
capacidade, dev<strong>em</strong> inclinar-se humild<strong>em</strong>ente para comer do<br />
prato dos pequeninos: Exclamou Jesus: “Graças te dou ó Pai,<br />
Senhor do Céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios<br />
e entendidos, e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11.25). A<br />
Igreja não necessita de um ensino acadêmico e intelectualizado<br />
(1Co 1.18-31; 2.1-16) para agradar ao Senhor.<br />
É bom recordar o ex<strong>em</strong>p<strong>lo</strong> da primeira Igreja <strong>em</strong> Jerusalém.<br />
Ela é o mode<strong>lo</strong> <strong>em</strong> tudo para todos os t<strong>em</strong>pos. Os irmãos<br />
daquele t<strong>em</strong>po eram simples e muitos deles não sabiam ler<br />
n<strong>em</strong> escrever. Não tinham imprensa, n<strong>em</strong> papel. Também não<br />
tinham Bíblias. Contudo, a igreja era santa e g<strong>lo</strong>riosa, mode<strong>lo</strong><br />
para nós.<br />
Olhando para a maneira <strong>como</strong> viviam, notamos que os<br />
apósto<strong>lo</strong>s usavam o método de constante repetição (catequese).<br />
Aqueles que aprendiam podiam assimilar e guardar a Palavra<br />
<strong>em</strong> suas mentes e corações. Eles não andavam buscando novidades<br />
ou inventando coisas. Mas as coisas importantes que<br />
ensinavam eram repetidas por muito t<strong>em</strong>po até que todos<br />
tivess<strong>em</strong> aprendido b<strong>em</strong> (Fp 3.1; 2Pe 1.12-15).<br />
Os apósto<strong>lo</strong>s estavam b<strong>em</strong> conscientes da necessidade de<br />
transmitir todo o conselho de Deus e não meros estudos bíblicos<br />
ou teológicos. Cada discípu<strong>lo</strong> tinha que ser formado à<br />
Imag<strong>em</strong> de Jesus Cristo (At 20.26,27; Fp 4.9; 2Tm 2.2). O ensino<br />
dos apósto<strong>lo</strong>s apontava basicamente para três coisas:<br />
• Revelar a Cristo: Sua pessoa, seu poder, suas promessas;<br />
www.fazendodiscipu<strong>lo</strong>s.com.br 11
12<br />
• Ensinar todos os Mandamentos que Jesus ordenara para<br />
viver;<br />
• Estabelecer todos os princípios para o funcionamento da<br />
Igreja.<br />
É necessário voltar à simplicidade para que todo o conselho<br />
de Deus possa ser recebido e absorvido por todos os irmãos.<br />
Principalmente pe<strong>lo</strong>s mais simples.<br />
Deus não vai examinar o nosso conhecimento a respeito<br />
do conteúdo da Bíblia. Ele vai nos perguntar <strong>como</strong> viv<strong>em</strong>os.<br />
A doutrina são mandamentos práticos para a vida dos discípu<strong>lo</strong>s<br />
(Tt 2.1-15).<br />
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Como trabalhar com este material<br />
Esta apostila está dividida <strong>em</strong> lições, para ser<strong>em</strong> estudadas<br />
pe<strong>lo</strong>s discípu<strong>lo</strong>s sozinhos e juntamente com os seus discipuladores.<br />
Como não quer<strong>em</strong>os trazer todo o ensino já mastigado para<br />
o discípu<strong>lo</strong>, cada lição t<strong>em</strong> duas seções: Buscando Revelação e<br />
Compreendendo Mais.<br />
Buscando Revelação<br />
Nesta seção, quer<strong>em</strong>os que o discípu<strong>lo</strong> tenha contato com<br />
Deus, com a Sua palavra e que receba revelação do próprio<br />
Senhor através da oração.<br />
Ele deve ler cada um dos textos indicados na Leitura bíblica,<br />
orando ao Senhor para ter revelação.<br />
Deve buscar também responder no seu caderno as perguntas<br />
do Auxílio à Meditação, anotando tudo o que aprendeu e<br />
também as dúvidas que teve.<br />
Em cada lição, há algumas frases e textos bíblicos para<br />
M<strong>em</strong>orização. Buscamos escolher a melhor tradução de cada<br />
texto. Eles dev<strong>em</strong> ser m<strong>em</strong>orizados <strong>como</strong> estão na apostila,<br />
assim todos os discípu<strong>lo</strong>s terão m<strong>em</strong>orizado textos iguais.<br />
Compreendendo Mais<br />
Nesta seção, o discípu<strong>lo</strong> dispõe de conteúdo para aprofundar<br />
e enriquecer o seu entendimento a respeito do assunto que<br />
meditou sozinho.<br />
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Porém, ele só deve passar para esta seção após ter feito<br />
cuidadosamente a seção anterior, Buscando Revelação, e ter<br />
mostrado suas meditações e anotações ao seu discipulador. Só<br />
então dev<strong>em</strong> ler o conteúdo da seção Compreendendo Mais<br />
juntamente com ele.<br />
14<br />
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Parte 1 | O Propósito<br />
Eterno de Deus<br />
Sab<strong>em</strong>os que todas as coisas cooperam para<br />
o b<strong>em</strong> daqueles que amam a Deus, daqueles<br />
que são chamados segundo o seu propósito.<br />
Porquanto aos que de ant<strong>em</strong>ão conheceu,<br />
também os predestinou para ser<strong>em</strong> conformes<br />
à imag<strong>em</strong> de seu Filho, a fim de que ele seja o<br />
primogênito entre muitos irmãos.<br />
(Rm 8.28-29)
Lição 1 | O propósito de Deus<br />
ao criar o hom<strong>em</strong><br />
Buscando Revelação<br />
Leitura Bíblica<br />
• Gn 1.26-27; Ef 1.4-5,11.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• O que Deus queria quando criou o hom<strong>em</strong>? Qual era o<br />
Seu desejo e propósito?<br />
• Como era o hom<strong>em</strong> quando foi criado? Quais eram as<br />
suas características?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Qual o propósito de Deus quando<br />
criou o hom<strong>em</strong>?<br />
Deus queria uma família de<br />
homens s<strong>em</strong>elhantes a Ele.<br />
Também disse Deus;<br />
Façamos o hom<strong>em</strong> à nossa<br />
imag<strong>em</strong> conforme a nossa<br />
s<strong>em</strong>elhança. (Gn 1.26).<br />
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Compreendendo Mais<br />
18<br />
O propósito de Deus ao criar o hom<strong>em</strong><br />
Trata-se de um assunto fundamental. Isso deve tomar<br />
conta de nossa mente. Dev<strong>em</strong>os abrir nossos corações para o<br />
que Deus nos fala sobre o Seu propósito. Não pode ser apenas<br />
o estudo de uma apostila. O conhecimento da glória que há no<br />
propósito de Deus deve tomar todo o nosso ser. Seu propósito,<br />
objetivo e alvo dev<strong>em</strong> direcionar nossas vidas.<br />
Tudo <strong>em</strong> nossa vida, nossa maneira de viver, nosso comportamento,<br />
nosso trabalho e esforço, é dirigido pela meta que<br />
t<strong>em</strong>os. Por isso, o propósito de Deus deve se tornar o nosso<br />
propósito, o nosso alvo.<br />
Se quer<strong>em</strong>os cooperar com Deus dev<strong>em</strong>os conhecer os seus<br />
desejos e o seu coração. Tudo que faz<strong>em</strong>os só terá va<strong>lo</strong>r eterno<br />
à medida que cooperar com o propósito de Deus.<br />
Um erro muito comum<br />
Muitos de nós viv<strong>em</strong>os vários anos s<strong>em</strong> conhecer qual é o<br />
propósito de Deus para nossas vidas. Críamos erradamente que<br />
nosso alvo <strong>como</strong> cristãos era chegar ao céu. Nós víamos a Bíblia<br />
com um enfoque humanista (o hom<strong>em</strong> no centro de tudo), e<br />
concluíamos que o propósito era a salvação dos homens. Tudo<br />
girando <strong>em</strong> torno do hom<strong>em</strong> e de suas necessidades.<br />
Essa visão equivocada ocorreu porque s<strong>em</strong>pre víamos o<br />
propósito de Deus começando com a queda do hom<strong>em</strong>. Sendo<br />
assim, <strong>como</strong> o hom<strong>em</strong> está perdido, a sua salvação se tornou<br />
o centro desse propósito. Aqui estava o erro e aqui deve ser<br />
feita a correção.<br />
É claro que Deus quer salvar a todos os homens. Pod<strong>em</strong>os<br />
ver isso claramente nos textos de 1Tm 2.3-4; 2Pe 3.9 e Jo 3.16.<br />
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Mas nós não dev<strong>em</strong>os confundir aqui<strong>lo</strong> que Deus deseja com<br />
o que é o Seu propósito. O propósito de Deus não surgiu com<br />
a queda do hom<strong>em</strong>. É algo que já estava no Seu coração antes<br />
da fundação do mundo.<br />
... assim <strong>como</strong> nos escolheu nele antes da fundação do<br />
mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante<br />
ele. (Ef 1.4,11).<br />
Pens<strong>em</strong>os um pouco sobre a seguinte argumentação: Se,<br />
antes da fundação do mundo, Deus tinha o propósito de salvar o<br />
hom<strong>em</strong>, então Ele seria cúmplice do pecado, porque necessitaria<br />
que o hom<strong>em</strong> pecasse para cumprir Seu propósito. Quando<br />
Deus disse: “não coma deste fruto”, na<br />
verdade, queria que o hom<strong>em</strong> comesse<br />
e pecasse, ficando perdido e <strong>em</strong> trevas.<br />
Deste modo, Deus poderia cumprir o<br />
propósito de salvar o hom<strong>em</strong> e mostrar<br />
o Seu grande amor.<br />
Ora, tudo isso é uma grande confusão!<br />
Deus jamais quis que o hom<strong>em</strong><br />
pecasse! A salvação não era o propósito<br />
do coração de Deus. A redenção foi<br />
necessária por causa da queda. A queda<br />
não foi “programada” para que houvesse<br />
salvação. Nós precisamos conhecer<br />
qual era a primeira intenção de Deus,<br />
qual era o propósito que Deus tinha <strong>em</strong><br />
seu coração quando criou o hom<strong>em</strong>.<br />
Qual o propósito de Deus ao criar o hom<strong>em</strong>?<br />
•<br />
O propósito<br />
de Deus não<br />
começou com a<br />
queda do hom<strong>em</strong>.<br />
É algo que já<br />
estava <strong>em</strong> Seu<br />
coração antes<br />
da fundação<br />
do mundo.<br />
Também disse Deus: Façamos o hom<strong>em</strong> à nossa imag<strong>em</strong>,<br />
conforme a nossa s<strong>em</strong>elhança. (Gn 1.26)<br />
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Quando Deus fez o hom<strong>em</strong>, Ele queria ter filhos com a Sua<br />
imag<strong>em</strong>, com a Sua natureza e com a Sua vida. Deus queria<br />
ter uma grande família que expressasse na terra a Sua glória e<br />
autoridade.<br />
•<br />
Quando Deus criou o hom<strong>em</strong>,<br />
Ele queria uma família<br />
de homens s<strong>em</strong>elhantes a Ele.<br />
20<br />
Criou Deus, pois, o hom<strong>em</strong> à sua imag<strong>em</strong>, à imag<strong>em</strong><br />
de Deus o criou; hom<strong>em</strong> e mulher os criou. E Deus<br />
os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicaivos,<br />
enchei a terra e sujeitai-a. (Gn 1:27-28)<br />
Por isso, Adão e Eva foram criados à imag<strong>em</strong> de Deus.<br />
Sab<strong>em</strong>os que cada ser vivo se reproduz segundo a sua própria<br />
espécie. Então, quando Adão e Eva se multiplicass<strong>em</strong>, reproduziriam<br />
filhos à imag<strong>em</strong> de Deus. Esta seria a família de Deus.<br />
Uma família de homens e mulheres santos e perfeitos <strong>como</strong><br />
Deus é. Que g<strong>lo</strong>rioso e amoroso propósito!<br />
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Lição 2 | O que aconteceu quando<br />
o hom<strong>em</strong> pecou?<br />
Buscando Revelação<br />
Leitura bíblica<br />
• Rm 3.12; 5.12; Gn 5.3.<br />
• Hb 6.17; Is 46.10.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• O que aconteceu com o hom<strong>em</strong> por causa do pecado (Rm<br />
3.12)?<br />
• Que tipo de filhos Adão gerou depois que perdeu a vida<br />
e imag<strong>em</strong> de Deus (Gn 5.3)?<br />
• Se Adão estava morto, <strong>em</strong> que condição nasceram seus<br />
filhos?<br />
• Deus desistiu do Seu propósito por causa do pecado?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
O que aconteceu quando o<br />
hom<strong>em</strong> pecou?<br />
O hom<strong>em</strong> se tornou inútil para o<br />
propósito de Deus.<br />
Deus desistiu do seu propósito<br />
por causa do pecado?<br />
Não. Deus não desistiu do seu<br />
propósito.<br />
Todos se extraviaram e<br />
juntamente se fizeram inúteis.<br />
(Rm 3.12)<br />
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Compreendendo Mais<br />
22<br />
O que aconteceu quando o hom<strong>em</strong> pecou?<br />
Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis.<br />
(Rm 3.12).<br />
Como o pecado interferiu no Propósito de Deus?<br />
Todos nós conhec<strong>em</strong>os a triste história. O pecado de Adão<br />
foi uma intromissão violenta e diabólica no propósito de Deus.<br />
Por causa do pecado, o hom<strong>em</strong> se tornou culpado, alvo da ira<br />
de Deus, merecedor de castigo eterno, expulso da presença<br />
do Senhor e s<strong>em</strong> comunhão com Ele. “O salário do pecado é a<br />
morte” (Rm 6.23).<br />
Mas o probl<strong>em</strong>a não foi apenas que o hom<strong>em</strong> se tornou<br />
culpado diante de Deus, mas também que a sua própria natureza<br />
se corrompeu e se estragou. O hom<strong>em</strong> perdeu a vida<br />
e a imag<strong>em</strong> de Deus. Tornou-se uma outra criatura. Não era<br />
mais o mesmo, era um hom<strong>em</strong> morto para Deus e inútil para<br />
o Seu propósito.<br />
•<br />
Com o pecado,<br />
o hom<strong>em</strong><br />
se tornou uma<br />
criatura inútil<br />
para o propósito<br />
de Deus.<br />
E não foi apenas Adão que se tornou inútil.<br />
Depois que se corrompeu, ele teve filhos<br />
à sua própria s<strong>em</strong>elhança e imag<strong>em</strong> (Gn<br />
5.3). Agora, toda a descendência de Adão<br />
ficou arruinada e inútil para o Propósito<br />
de Deus. A Palavra afirma que o pecado e<br />
a morte passaram a todos os homens.<br />
Portanto, assim <strong>como</strong> por um só hom<strong>em</strong> entrou<br />
o pecado no mundo, e pe<strong>lo</strong> pecado, a morte, assim<br />
também a morte passou a todos os homens,<br />
porque todos pecaram. (Rm 5.12)<br />
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Deus desistiu do seu Propósito ou mudou de plano por<br />
causa do pecado?<br />
Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firm<strong>em</strong>ente<br />
aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu<br />
propósito, se interpôs com juramento. (Hb 6.17).<br />
Deus nunca mudou o seu propósito inicial. Ele não t<strong>em</strong><br />
diversos planos, não criou um novo alvo, n<strong>em</strong> desistiu do que<br />
queria desde o princípio. O propósito de Deus é imutável.<br />
Aleluia!<br />
... que desde o princípio anuncio o que há de acontecer<br />
e desde a antigüidade, as coisas que ainda não<br />
sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá<br />
de pé, farei toda a minha vontade. (Is 46.10)<br />
•<br />
Deus não desistiu<br />
do Seu propósito<br />
por causa do pecado.<br />
Ele é imutável.<br />
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Lição 3 | O que Deus fez<br />
para realizar o Seu propósito?<br />
Buscando Revelação<br />
24<br />
Leitura bíblica<br />
• 2 Co 5.17; Cl 1.27.<br />
• 1 Co 15.45-48.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Se o hom<strong>em</strong> se tornou inútil, o que Deus fez para realizar<br />
o seu propósito?<br />
• Medite e explique o texto de 1Co 15.45-48.<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Se o hom<strong>em</strong> se tornou inútil,<br />
<strong>como</strong> Deus t<strong>em</strong> esperança de<br />
realizar o Seu propósito?<br />
Ele nos dá uma nova vida <strong>em</strong><br />
Cristo. A esperança de Deus é a<br />
vida de Cristo <strong>em</strong> nós.<br />
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E, assim, se alguém está <strong>em</strong><br />
Cristo, é nova criatura; as coisas<br />
antigas já passaram; eis que se<br />
fizeram novas. (2 Co 5.17)<br />
Cristo <strong>em</strong> vós, a esperança da<br />
glória. (Cl 1.27)
Compreendendo Mais<br />
•<br />
Deus nos dá<br />
uma nova vida<br />
<strong>em</strong> Cristo.<br />
A esperança<br />
de Deus é a<br />
vida de Cristo<br />
<strong>em</strong> nós.<br />
Se o hom<strong>em</strong> se estragou, qual foi a<br />
solução que Deus providenciou para<br />
realizar o Seu propósito?<br />
Deus criou uma nova raça de homens.<br />
Pois assim está escrito: O primeiro hom<strong>em</strong>, Adão,<br />
foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito<br />
vivificante. Mas não é primeiro o espiritual,<br />
e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro<br />
hom<strong>em</strong>, formado da terra, é terreno; o segundo<br />
hom<strong>em</strong> é do céu. Como foi o primeiro hom<strong>em</strong>, o<br />
terreno, tais são também os d<strong>em</strong>ais homens terrenos;<br />
e, <strong>como</strong> é o hom<strong>em</strong> celestial, tais também os<br />
celestiais. (1 Co 15.45-48)<br />
Uma vez que todos os descendentes de Adão ficaram inúteis<br />
para o Seu propósito, Deus teve que criar uma nova raça de<br />
homens. Como Ele fez isto? Através do novo nascimento que<br />
todo hom<strong>em</strong> t<strong>em</strong> que experimentar. Pe<strong>lo</strong> nascimento natural<br />
(de carne e sangue), pertenc<strong>em</strong>os à raça de Adão, estragada e<br />
inútil. Pe<strong>lo</strong> novo nascimento, da água e do Espírito, nos tornamos<br />
participantes da raça celestial.<br />
Adão perdeu a imag<strong>em</strong> de Deus porque foi rebelde (Gn<br />
3.1-7). Jesus s<strong>em</strong>pre fez a vontade do Pai (Jo 4.34), <strong>em</strong> tudo lhe<br />
agradou (Jo 8.29) e foi obediente até a morte (Fp 2.8).<br />
E, assim, se alguém está <strong>em</strong> Cristo, é nova criatura; as<br />
coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.<br />
(2 Co 5.17)<br />
O hom<strong>em</strong> se torna uma nova criatura, recebe a natureza de<br />
Deus (2Pe 1.4) e a imag<strong>em</strong> Daquele que o criou (Cl 3.10) quando<br />
crê Naquele que o Pai enviou (Jo 6.29), nega-se a si mesmo,<br />
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toma a sua cruz e perde a sua vida (Mt 16.24,25), recebe o senhorio<br />
de Jesus (Rm 10.9) e se batiza <strong>em</strong> Cristo (Mc 16.16).<br />
Toda a glória do plano de Deus não se perdeu com o pecado.<br />
Ele não desistiu do Seu propósito. Qual é a esperança de Deus para<br />
cumpri-<strong>lo</strong>? “Cristo <strong>em</strong> vós, a esperança da glória” (Cl 1.27).<br />
Por meio de Cristo, Deus restaura o Seu propósito, gerando<br />
uma nova raça de homens à sua imag<strong>em</strong> e s<strong>em</strong>elhança.<br />
26<br />
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Lição 4 | Qual o propósito de Deus hoje?<br />
Buscando Revelação<br />
Leitura bíblica<br />
• Rm 8.28-29; Ef 4.13.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Qual é a família de Deus? Qu<strong>em</strong> é o primogênito?<br />
• Quantas famílias Deus t<strong>em</strong>? O que isto significa?<br />
• Quantos filhos t<strong>em</strong> esta família? O que Deus quer?<br />
• Qual a característica destes filhos? A qu<strong>em</strong> eles são s<strong>em</strong>elhantes?<br />
O que dev<strong>em</strong>os buscar?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Qual é o propósito de Deus<br />
hoje?<br />
Deus quer uma família de<br />
muitos filhos s<strong>em</strong>elhantes<br />
a Jesus.<br />
Sab<strong>em</strong>os que todas as coisas<br />
cooperam para o b<strong>em</strong> daqueles que<br />
amam a Deus, daqueles que são<br />
chamados segundo o seu propósito.<br />
Porquanto aos que de ant<strong>em</strong>ão<br />
conheceu, também os predestinou<br />
para ser<strong>em</strong> conformes à imag<strong>em</strong><br />
de seu Filho, a fim de que ele seja o<br />
primogênito entre muitos irmãos.<br />
(Rm 8.28-29)<br />
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28<br />
Por que uma família?<br />
Porque Deus quer unidade.<br />
Por que muitos filhos?<br />
Porque Deus quer<br />
quantidade.<br />
Por que s<strong>em</strong>elhantes a<br />
Jesus?<br />
Porque Deus quer<br />
qualidade.<br />
Até que todos chegu<strong>em</strong>os à unidade<br />
da fé e do pleno conhecimento do<br />
Filho de Deus, à ser hom<strong>em</strong> perfeito,<br />
à medida da estatura da plenitude de<br />
Cristo. (Ef 4.13)<br />
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Compreendendo Mais<br />
Qual o propósito de Deus hoje?<br />
Sab<strong>em</strong>os que todas as coisas cooperam para o b<strong>em</strong><br />
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados<br />
segundo o seu propósito. Porquanto aos que<br />
de ant<strong>em</strong>ão conheceu, também os predestinou para<br />
ser<strong>em</strong> conformes à imag<strong>em</strong> de seu Filho, a fim de<br />
que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. (Rm<br />
8.28-29)<br />
Como pod<strong>em</strong>os definir o Propósito de Deus hoje?<br />
O texto acima nos mostra com muita clareza o propósito de<br />
Deus. Pod<strong>em</strong>os defini-<strong>lo</strong> assim: Uma família de muitos filhos<br />
s<strong>em</strong>elhantes a Jesus.<br />
•<br />
Deus quer uma família<br />
de muitos filhos<br />
s<strong>em</strong>elhantes a Jesus.<br />
Vejamos por etapas:<br />
Uma família: Isso nos fala de unidade. Esse é um requisito<br />
indispensável para o cumprimento do propósito de Deus. Embora<br />
a unidade não esteja enfatizada no texto acima, sab<strong>em</strong>os<br />
que filhos à imag<strong>em</strong> de Jesus não pod<strong>em</strong> ser brigões, facciosos<br />
ou intransigentes. A unidade de família de Deus está muito<br />
b<strong>em</strong> enfatizada <strong>em</strong> passagens <strong>como</strong> Jo 17.20-22; 2Co 1.10-12;<br />
3.1-4;10.16-17; Ef 2.14-16; 3.15; 4.1-6; 4.12-16; Fp 1.27; 2.1-4<br />
e outras mais.<br />
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De muitos filhos: Isso nos fala de multiplicação. Discípu<strong>lo</strong>s,<br />
que faz<strong>em</strong> discípu<strong>lo</strong>s, que faz<strong>em</strong> discípu<strong>lo</strong>s, etc... (Mt 28.28-<br />
20). Onde há vida natural, s<strong>em</strong>pre há multiplicação. A vida<br />
espiritual também deve ser assim. Aquele que t<strong>em</strong> a vida de<br />
Cristo, frutifica e reproduz essa vida <strong>em</strong> outros. Há um pensamento<br />
cômico e quase ridícu<strong>lo</strong>, que diz: “somos poucos e<br />
bons”. Ora, se foss<strong>em</strong> bons não seriam poucos, porque os que<br />
têm a vida de Cristo faz<strong>em</strong> discípu<strong>lo</strong>s e se multiplicam. Deus<br />
quer muitos filhos.<br />
S<strong>em</strong>elhantes a Jesus: Isso nos fala de edificação. Deus não<br />
se contenta com quantidade, n<strong>em</strong> se satisfaz com números.<br />
É necessário que seus filhos tenham qualidade de vida, que<br />
vivam <strong>como</strong> Jesus, que and<strong>em</strong> <strong>como</strong> Jesus andou.<br />
30<br />
Até que todos chegu<strong>em</strong>os à unidade da fé e do pleno<br />
conhecimento do Filho de Deus, à ser hom<strong>em</strong> perfeito,<br />
à medida da estatura da plenitude de Cristo.<br />
(Ef 4.13)<br />
Qual a nossa posição dentro do propósito de Deus?<br />
Quando nós compreend<strong>em</strong>os e abraçamos o propósito de<br />
Deus, ele se torna o nosso chamado e a nossa vocação (2Tm<br />
1.8-9; Rm8.28-29). De uma maneira simples, pod<strong>em</strong>os definir<br />
a nossa vocação <strong>como</strong> um chamado para sermos participantes<br />
do propósito de Deus e cooperadores do seu cumprimento.<br />
•<br />
Quando compreend<strong>em</strong>os<br />
e abraçamos o propósito de Deus,<br />
ele se torna o nosso chamado<br />
e a nossa vocação.<br />
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Oh! que Deus ilumine os olhos de nosso coração para compreendermos<br />
a esperança deste chamamento (Ef 1.18), a fim<br />
de que o propósito eterno seja para nós, muito mais do que<br />
o estudo de uma apostila. Aquele que recebe o propósito de<br />
Deus <strong>em</strong> seu coração, compreende o seu chamado e torna-se<br />
prisioneiro da santa vocação (Fp 3.12-14). Dev<strong>em</strong>os andar de<br />
modo digno dessa vocação (Ef 4.1-3) e nos esforçarmos para<br />
confirmá-la (2Pe 1.10).<br />
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Lição 5 | Dev<strong>em</strong>os ser <strong>como</strong> Jesus<br />
Buscando Revelação<br />
32<br />
Leitura bíblica<br />
• 1Jo 2.6; Cl 1.28.<br />
• Mt 11.29; 1Pe 1.15; Jo 13.14; 17.18; Cl 3.13; Jo 13.34.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Qual deve ser o nosso alvo?<br />
• Medite nos textos acima e descreva <strong>em</strong> que dev<strong>em</strong>os ser<br />
<strong>como</strong> Jesus?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Mas o propósito de Deus<br />
não é a salvação do hom<strong>em</strong>?<br />
Não, a salvação é o meio<br />
para <strong>alcança</strong>r o propósito.<br />
Seu propósito é que sejamos<br />
s<strong>em</strong>elhantes a Jesus.<br />
Em que dev<strong>em</strong>os ser <strong>como</strong><br />
Jesus?<br />
Ser mansos e humildes <strong>como</strong><br />
Jesus<br />
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Aquele que diz que está nele,<br />
deve andar <strong>como</strong> ele andou.<br />
(1Jo 2.6)<br />
Tomai sobre vós o meu jugo<br />
e aprendei de mim que sou<br />
manso e humilde de coração e<br />
achareis descanso para vossas<br />
almas. (Mt 11.29)
Ser santos <strong>como</strong> Jesus Como é santo aquele que vos<br />
chamou, sede vós também<br />
santos <strong>em</strong> todo o vosso<br />
procedimento. (1Pe 1.15)<br />
Em que dev<strong>em</strong>os ser <strong>como</strong><br />
Jesus?<br />
Servir <strong>como</strong> Jesus<br />
Ora, se eu, sendo o Senhor<br />
e o Mestre, vos lavei os pés,<br />
também vós deveis lavar os pés<br />
uns dos outros. (Jo 13.14)<br />
Pregar ao mundo <strong>como</strong> Jesus Assim <strong>como</strong> tu me enviaste ao<br />
mundo, também eu os enviei ao<br />
mundo. (Jo 17.18)<br />
Perdoar <strong>como</strong> Jesus Assim <strong>como</strong> o Senhor vos<br />
perdoou, assim também<br />
perdoai vós. (Cl 3.13)<br />
Amar <strong>como</strong> Jesus Novo mandamento vos dou:<br />
que vos ameis uns aos outros;<br />
assim <strong>como</strong> eu vos amei,<br />
que também vos ameis uns<br />
aos outros. (Jo 13.34)<br />
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Compreendendo Mais<br />
34<br />
Dev<strong>em</strong>os ser <strong>como</strong> Jesus<br />
A salvação é um meio e não um fim.<br />
A obra redentora de Cristo Jesus é algo tão tr<strong>em</strong>endo e<br />
maravilhoso, que corr<strong>em</strong>os o risco de vê-la <strong>como</strong> se fosse o<br />
todo. Essa salvação é tão grandiosa que t<strong>em</strong>os a tendência de<br />
confundi-la com o próprio propósito de Deus. Mas não é assim.<br />
Não dev<strong>em</strong>os pensar que o propósito de Deus é simplesmente<br />
salvar o hom<strong>em</strong> do inferno e levá-<strong>lo</strong> para o céu.<br />
Jesus Cristo, o admirável Filho de Deus, com sua obra<br />
redentora, deu uma nova vida ao hom<strong>em</strong>, restaurando-lhe<br />
a comunhão com o Pai. E também deu a Deus os recursos de<br />
infinita graça, para que ele continue com o Seu plano eterno.<br />
A redenção efetuada por Jesus Cristo e encarnada pela igreja<br />
é o meio para Deus restaurar todas as coisas, e assim concluir<br />
seu propósito.<br />
A redenção nunca poderia ser um fim <strong>em</strong> si mesma, mas<br />
apenas um meio de graça para consertar um grande erro. Para<br />
Pau<strong>lo</strong>, a redenção nunca foi o propósito de Deus. Ele entendia<br />
que o propósito de Deus era a família eterna (Ef 1.4,5; Rm<br />
8.28,29). Uma família perfeita <strong>em</strong> Cristo (Fp 3.12-14). Sua obra<br />
para o Senhor não consistia <strong>em</strong> buscar apenas a redenção do<br />
hom<strong>em</strong>, mas <strong>em</strong> apresentar este hom<strong>em</strong> a Deus, restaurado à<br />
imag<strong>em</strong> de Jesus Cristo.<br />
(...) o qual nós anunciamos, advertindo a todo hom<strong>em</strong><br />
e ensinando a todo hom<strong>em</strong> <strong>em</strong> toda a sabedoria,<br />
a fim de que apresent<strong>em</strong>os todo hom<strong>em</strong> perfeito<br />
<strong>em</strong> Cristo. (Cl 1.28)<br />
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Deus quer que sejamos s<strong>em</strong>elhantes a Jesus<br />
Aquele que diz que permanece nele, esse deve também<br />
andar assim <strong>como</strong> ele andou. (1Jo 2.6)<br />
•<br />
O propósito de Deus<br />
é que sejamos s<strong>em</strong>elhantes a Jesus.<br />
A salvação não é o alvo,<br />
é o meio para <strong>alcança</strong>r o propósito.<br />
Em que dev<strong>em</strong>os ser <strong>como</strong> Jesus?<br />
• Ser mansos e humildes <strong>como</strong> Jesus<br />
• Ser santos <strong>como</strong> Jesus<br />
• Servir <strong>como</strong> Jesus<br />
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,<br />
porque sou manso e humilde de coração; e achareis<br />
descanso para a vossa alma. (Mt 11.29)<br />
Como é santo aquele que vos chamou, sede vós<br />
também santos <strong>em</strong> todo o vosso procedimento.<br />
(1Pe 1.15)<br />
Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os<br />
pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.<br />
(Jo 13.14)<br />
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36<br />
• Pregar ao mundo <strong>como</strong> Jesus<br />
• Perdoar <strong>como</strong> Jesus<br />
• Amar <strong>como</strong> Jesus<br />
Assim <strong>como</strong> tu me enviaste ao mundo, também eu os<br />
enviei ao mundo. (Jo 17.18)<br />
Assim <strong>como</strong> o Senhor vos perdoou, assim também<br />
perdoai vós. (Cl 3.13)<br />
Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos<br />
outros; assim <strong>como</strong> eu vos amei, que também vos<br />
ameis uns aos outros. (Jo 13.34)<br />
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Parte 2 | O serviço<br />
da Igreja<br />
para cumprir<br />
o propósito<br />
de Deus<br />
E ele mesmo concedeu uns para apósto<strong>lo</strong>s,<br />
outros para profetas, outros para evangelistas<br />
e outros para pastores e mestres, com vistas ao<br />
aperfeiçoamento dos santos para o des<strong>em</strong>penho<br />
do seu serviço, para a edificação do corpo de<br />
Cristo, até que todos chegu<strong>em</strong>os à unidade da<br />
fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à<br />
perfeita varonilidade, à medida da estatura da<br />
plenitude de Cristo. (Ef 4.11-13)
Lição 6 | Qu<strong>em</strong> são os sacerdotes?<br />
Buscando Revelação<br />
Leitura bíblica<br />
• Ex 19.5,6; 20.18-21.<br />
• 1Pe 2.9, Ap 5.10.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Qual o desejo de Deus, desde o início, para o seu povo<br />
(Ex 19.6)? O que aconteceu com o povo (Ex 20.18-21)?<br />
• Para qu<strong>em</strong> é a palavra de 1Pe 2.9? Qu<strong>em</strong> são os sacerdotes<br />
hoje na igreja?<br />
• Existe alguém que não é um sacerdote e proclamador na<br />
igreja?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Qu<strong>em</strong> são os sacerdotes<br />
na igreja?<br />
Todos os santos são<br />
sacerdotes.<br />
Vós, porém, sois raça eleita,<br />
sacerdócio real, nação santa, povo de<br />
propriedade exclusiva de Deus, a fim<br />
de proclamardes as virtudes daquele<br />
que vos chamou das trevas para a sua<br />
maravilhosa luz. (1 Pe 2.9)<br />
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Compreendendo Mais<br />
40<br />
Qu<strong>em</strong> são os sacerdotes?<br />
Quando alguém t<strong>em</strong> <strong>em</strong> mente um determinado propósito,<br />
um alvo para <strong>alcança</strong>r, deve também planejar os passos que<br />
precisa dar para alcançá-<strong>lo</strong>. Não pode agir de qualquer forma,<br />
usando qualquer estratégia, “atirando” <strong>em</strong> qualquer direção.<br />
Deve ter uma estratégia específica e buscar os meios coerentes<br />
para dar passos que o levarão a <strong>alcança</strong>r o alvo pretendido.<br />
Assim também é Deus. Ele elaborou o propósito e também<br />
definiu os recursos, a estratégia e quais são os passos que dev<strong>em</strong><br />
ser dados. A Igreja é a encarnação do propósito de Deus e<br />
está cheia dos recursos de Deus para o desenvolvimento desse<br />
propósito. Neste tópico procurar<strong>em</strong>os entender b<strong>em</strong> alguns<br />
pontos principais da estratégia divina.<br />
No povo de Deus todos são sacerdotes<br />
Desde o início da formação do seu povo na terra, Deus queria<br />
que todos (a nação inteira) foss<strong>em</strong> sacerdotes (Ex 19.6). O<br />
povo rejeitou seu sacerdócio porque ficou com medo de chegar<br />
à presença de Deus (Ex 20.18-20). Então o Senhor constituiu,<br />
dos filhos de Levi, uma tribo de sacerdotes. Moisés, que conhecia<br />
o coração de Deus, também desejava que todo o povo<br />
tivesse o Espírito do Senhor e fosse profeta (Nm 11.26-30). Mais<br />
tarde, Deus prometeu derramar o Seu Espírito sobre todos (Jl<br />
2.28-29). Jesus fa<strong>lo</strong>u que esta promessa viria para capacitar a<br />
todos para servir<strong>em</strong> a Deus (At 1.8). Com a vinda do Espírito<br />
Santo e o estabelecimento da Igreja, cumpriu-se o desejo de<br />
Deus de ter uma nação de sacerdotes.<br />
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Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação<br />
santa povo de propriedade exclusiva de Deus, afim<br />
de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou<br />
das trevas para a sua maravilhosa luz. (I Pe 2.9)<br />
As palavras acima rompiam com sécu<strong>lo</strong>s de tradição judaica:<br />
uma “casta sacerdotal” onde apenas alguns podiam ser<br />
sacerdotes. Essa era uma limitação dos t<strong>em</strong>pos da velha aliança<br />
que só poderia mudar com a vinda de Jesus e a descida do Espírito<br />
Santo. Por isso, pode-se perceber o tom de exultação nas<br />
palavras de Pedro. O Espírito Santo esteve esperando muito<br />
t<strong>em</strong>po para trazer essa revelação. Note as palavras: raça, nação,<br />
povo. Todos são sacerdotes. Aleluia!<br />
Lamentavelmente, a igreja não soube preservar essa revelação.<br />
Geralmente, cai no erro de abraçar conceitos do Antigo<br />
Testamento. Por mais que se fale do sacerdócio de todos os<br />
santos, na prática a igreja mantém a ideia de um povo dividido<br />
entre dois tipos de pessoas. Os católicos se divid<strong>em</strong> entre os<br />
do clero e os leigos. Os evangélicos se divid<strong>em</strong> entre os servos<br />
de Deus e as ovelhas, entre os “ungidos” e os d<strong>em</strong>ais. Pela<br />
tradição evangélica, os “servos de Deus“ dev<strong>em</strong> cumprir exigências<br />
muito grandes. Dev<strong>em</strong> negar a si mesmos, renunciar<br />
a tudo e se consagrar totalmente ao Senhor, dedicando-se<br />
completamente à sua obra. Os d<strong>em</strong>ais só precisam assistir<br />
a algumas reuniões, ler a bíblia e orar um pouco. Se alguns<br />
poucos, no meio do povo, fizer<strong>em</strong> mais do que isso, <strong>lo</strong>go serão<br />
destacados <strong>como</strong> pessoas muito consagradas. Isso tudo é<br />
uma grande doença que atrapalha todo o desenvolvimento do<br />
propósito de Deus.<br />
Nestes dias, dev<strong>em</strong>os recuperar a revelação perdida. Dev<strong>em</strong>os<br />
receber a palavra que Deus nos dá através de Pedro e crer,<br />
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viver e proclamar: “somos uma nação de sacerdotes”. Há um só<br />
chamado, uma só vocação, uma mesma condição para todos.<br />
Todos são servos de Deus e a igreja deve oferecer condições para<br />
que todos desenvolvam o seu serviço. Se a igreja é um lugar para<br />
alguns “super astros do púlpito”, enquanto os outros sentam e<br />
ouv<strong>em</strong> e não é um lugar onde todos pod<strong>em</strong> desenvolver o seu<br />
sacerdócio, então ela está atrofiada. Dessa forma, não passa de<br />
um judaísmo reformado, um meio caminho entre a nova e a<br />
velha aliança e não poderá <strong>alcança</strong>r o propósito de Deus.<br />
42<br />
•<br />
Somos uma nação de sacerdotes.<br />
Todos os discípu<strong>lo</strong>s são<br />
servos de Deus.<br />
Quando Jesus disse: “...edificarei a minha igreja, e as portas<br />
do inferno não prevalecerão contra ela...”, não estava pensando<br />
<strong>em</strong> alguns pregadores super dotados. Estava pensando no<br />
Seu povo. Ele pensava <strong>em</strong> você. Aleluia!<br />
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Lição 7 | Qu<strong>em</strong> edifica a Igreja?<br />
Buscando Revelação<br />
Leitura bíblica<br />
• Ef 4.11-13; 1Co 12.12-31.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Quais são os ministérios específicos na igreja (Ef 4.11)?<br />
• De acordo com Ef 4.11-12, <strong>como</strong> acontece a edificação da<br />
Igreja? Os apósto<strong>lo</strong>s, profetas, evangelistas e pastores são<br />
os únicos que edificam a igreja? Qu<strong>em</strong> edifica a igreja?<br />
• O que diz 1Co 12.12-31? Exist<strong>em</strong> alguns ministérios<br />
comuns que todos os irmãos dev<strong>em</strong> des<strong>em</strong>penhar na<br />
igreja?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Qu<strong>em</strong> edifica o corpo de<br />
Cristo?<br />
O corpo de Cristo<br />
edifica o corpo de Cristo.<br />
E ele mesmo concedeu uns para<br />
apósto<strong>lo</strong>s, outros para profetas,<br />
outros para evangelistas e outros<br />
para pastores e mestres, com vistas<br />
ao correto ordenamento dos santos<br />
para o des<strong>em</strong>penho do seu serviço,<br />
para a edificação do corpo de Cristo.<br />
(Ef 4.11-12)<br />
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Compreendenco Mais<br />
44<br />
Qu<strong>em</strong> edifica a Igreja?<br />
E ele mesmo concedeu uns para apósto<strong>lo</strong>s, outros<br />
para profetas, outros para evangelistas e outros para<br />
pastores e mestres, com vistas ao correto ordenamento<br />
dos santos para o des<strong>em</strong>penho do seu serviço,<br />
para a edificação do corpo de Cristo. (Ef 4.11-12)<br />
Como deve ser a edificação da igreja?<br />
O probl<strong>em</strong>a visto na lição anterior, da igreja estar dividida<br />
entre os “servos de Deus” e os d<strong>em</strong>ais, produziu uma distorção<br />
do padrão bíblico para a edificação do corpo de Cristo. Assim,<br />
formou-se a tradição de uma edificação apenas através dos<br />
pastores.<br />
Mas não é isto que nós v<strong>em</strong>os nas escrituras. Em Efésios<br />
4.11-12, pod<strong>em</strong>os ver <strong>como</strong> deve ser a edificação da igreja.<br />
Vejamos primeiro o versícu<strong>lo</strong> 11:<br />
E Ele mesmo concedeu uns para apósto<strong>lo</strong>s, outros<br />
para profetas, outros para evangelistas, e outros para<br />
pastores e mestres.<br />
Primeiro, t<strong>em</strong>os que observar que Jesus não estabeleceu<br />
apenas pastores e evangelistas, <strong>como</strong> se pratica hoje. No começo,<br />
havia também apósto<strong>lo</strong>s e profetas. E assim também deve<br />
ser a igreja nos dias atuais.<br />
Segundo, dev<strong>em</strong>os nos perguntar: para que Jesus instituiu<br />
esses ministérios? Qual é a função deles? A resposta tradicional<br />
seria: Eles foram instituidos para edificar a igreja. Mas<br />
ao analisarmos o versícu<strong>lo</strong> 12 ver<strong>em</strong>os algo muito diferente.<br />
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Ali aprend<strong>em</strong>os claramente qual a verdadeira função destes<br />
ministérios.<br />
Vejamos <strong>como</strong> o versícu<strong>lo</strong> 12 se desenvolve <strong>em</strong> três etapas<br />
distintas:<br />
1. Com vistas ao correto ordenamento dos santos...<br />
2. Para o des<strong>em</strong>penho do seu serviço...<br />
3. Para a edificação do corpo de Cristo.<br />
Observação: As palavras “correto ordenamento”, <strong>em</strong>bora<br />
não apareçam <strong>em</strong> nenhuma tradução <strong>em</strong> português, são na<br />
verdade a melhor tradução para a palavra grega “Katartismos”<br />
que aparece no original <strong>em</strong> grego. Isso é plenamente<br />
confirmado por qu<strong>em</strong> conhece profundamente o grego do<br />
novo testamento.<br />
A terceira e última etapa, descrita acima, é a edificação do<br />
corpo de Cristo. Quando nós diz<strong>em</strong>os que os pastores é que<br />
edificam a igreja, estamos pulando direto do versícu<strong>lo</strong> 11 para<br />
a última parte do versícu<strong>lo</strong> 12. Estamos assim, anulando as<br />
duas primeiras etapas.<br />
Na verdade, para que ocorra a edificação do corpo de Cristo,<br />
é necessário que primeiro aconteça a 2º etapa: O des<strong>em</strong>penho<br />
do serviço dos santos. A edificação não deve ser o resultado<br />
do trabalho de alguns pastores, mas sim o fruto do serviço de<br />
todos os santos. Somente quando cada m<strong>em</strong>bro do corpo des<strong>em</strong>penhar<br />
o seu serviço, é que haverá a edificação do corpo de<br />
Cristo. Por mais que os pastores e alguns líderes trabalh<strong>em</strong> e se<br />
esforc<strong>em</strong>, se não houver o des<strong>em</strong>penho do serviço dos d<strong>em</strong>ais<br />
santos, não haverá uma edificação do corpo conforme o nível<br />
encontrado no versícu<strong>lo</strong> 13 (hom<strong>em</strong> perfeito).<br />
Assim, pod<strong>em</strong>os entender qual é a função dos ministérios<br />
do versícu<strong>lo</strong> 11. Eles dev<strong>em</strong> primeiro trabalhar para o correto<br />
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ordenamento dos santos. Fazendo isto, os santos vão des<strong>em</strong>penhar<br />
o seu serviço. Então acontecerá a edificação do corpo<br />
de Cristo. Por isso pod<strong>em</strong>os afirmar:<br />
46<br />
•<br />
O corpo de Cristo<br />
é que edifica o corpo de Cristo.<br />
Para praticarmos isso, é necessário romper com nossas<br />
tradições. Infelizmente, a estrutura da igreja hoje está voltada<br />
para o funcionamento do ministério de poucos. Tudo gira <strong>em</strong><br />
torno dos púlpitos e de algumas “estrelas” da pregação. A<br />
maior parte do t<strong>em</strong>po, das energias e dos recursos são canalizados<br />
para produzir grandes reuniões e grandes eventos onde<br />
apenas alguns se desdobram para edificar uma “massa” que<br />
senta e ouve.<br />
A igreja primitiva não tinha nada disso e não sentia a menor<br />
falta. Todavia, revolucionaram o mundo. Tudo porque entendiam<br />
que cada um era sacerdote, obreiro e tinha um serviço<br />
para des<strong>em</strong>penhar.<br />
Agora t<strong>em</strong>os que responder à próxima pergunta: Qual é o<br />
serviço que os santos dev<strong>em</strong> des<strong>em</strong>penhar?<br />
Os ministérios específicos e os ministérios comuns<br />
Embora haja muitos serviços e tarefas práticas a ser<strong>em</strong><br />
feitas (tais <strong>como</strong> limpar, arrumar <strong>lo</strong>cais de reuniões, hospedar,<br />
preparar a ceia, tocar instrumentos, etc.), o serviço dos santos é<br />
muito mais do que isso. Essas tarefas simples são muito importantes,<br />
mas certamente não são um ministério ou sacerdócio.<br />
Ninguém pode fazer só estas coisas e dizer “estou cumprindo<br />
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o meu ministério”. O ministério do corpo é multiplicar a vida<br />
de Cristo. Isso acontece quando, através deste serviço, alguém<br />
se converte a Cristo ou cresce <strong>em</strong> Cristo.<br />
Todos os santos dev<strong>em</strong> participar nesse ministério. Todos<br />
têm graça e unção do Senhor para tal.<br />
Os ministérios encontrados no versícu<strong>lo</strong> 11 não são dados a<br />
todos os irmãos, pois são específicos. Deus, pela sua soberana<br />
vontade, co<strong>lo</strong>ca pessoas específicas para des<strong>em</strong>penhá-<strong>lo</strong>s.<br />
Entretanto, há alguns serviços que são dados para todos os<br />
irmãos. São ministérios comuns, nos quais todos dev<strong>em</strong> ser<br />
treinados e exercitados para funcionar<strong>em</strong>.<br />
Ministérios comuns dados a todos os irmãos<br />
Pod<strong>em</strong>os resumir estes ministérios comuns <strong>em</strong> basicamente<br />
dois:<br />
1. Ser test<strong>em</strong>unhas e proclamadores. At 1.8 e I Pe 2.9.<br />
2. Edificar nas juntas e ligamentos. Ef 4.15-16 e Cl 2.19.<br />
O assunto do restante desta apostila é o funcionamento<br />
destes ministérios.<br />
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Lição 8 | O ministério de test<strong>em</strong>unhas<br />
48<br />
(1ª parte)<br />
Buscando Revelação<br />
Leitura bíblica<br />
• At 1.8; 1Pe 2.9.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Para que o Espírito Santo foi derramado (At 1.8)?<br />
• Qual é um dos principais papéis do sacerdote (1Pe 2.9)?<br />
• O que é proclamar as virtudes de Jesus?<br />
• A qu<strong>em</strong> é dado este serviço de test<strong>em</strong>unha e proclamador?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Como iniciamos o serviço de<br />
fazer discípu<strong>lo</strong>s?<br />
Sendo test<strong>em</strong>unhas e<br />
proclamadores.<br />
Mas recebereis poder, ao descer<br />
sobre vós o Espírito Santo, e<br />
sereis minhas test<strong>em</strong>unhas tanto<br />
<strong>em</strong> Jerusalém, <strong>como</strong> <strong>em</strong> toda<br />
a Judéia e Samaria, e até aos<br />
confins da terra. (At 1.8)<br />
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Compreendendo Mais<br />
O ministério de test<strong>em</strong>unhas (1ª parte)<br />
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito<br />
Santo, e sereis minhas test<strong>em</strong>unhas tanto <strong>em</strong> Jerusalém,<br />
<strong>como</strong> <strong>em</strong> toda a Judéia e Samaria, e até aos<br />
confins da terra. (At 1.8)<br />
No texto acima, Jesus nos diz qual é o real motivo da descida<br />
do Espírito Santo. Dar-nos poder para sermos test<strong>em</strong>unhas.<br />
Como o Espírito Santo foi derramado sobre todos, então esse<br />
poder é para todos. Trata-se de um dos serviços comuns que<br />
todos os santos dev<strong>em</strong> des<strong>em</strong>penhar.<br />
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação<br />
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim<br />
de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou<br />
das trevas para a sua maravilhosa luz. (1Pe 2.9)<br />
Aqui, Pedro também fala que nosso papel <strong>como</strong> sacerdotes é<br />
proclamar as virtudes daquele que nos chamou. Isso é o mesmo<br />
que ser test<strong>em</strong>unhas.<br />
De sorte que somos <strong>em</strong>baixadores <strong>em</strong> nome de Cristo,<br />
<strong>como</strong> se Deus exortasse por nosso intermédio. Em<br />
nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis<br />
com Deus. (2 Co 5.20)<br />
Nesse texto, Pau<strong>lo</strong> nos diz que somos <strong>em</strong>baixadores de<br />
Cristo, ou seja, representantes de Cristo diante do mundo. Isso<br />
também envolve o ministério de ser test<strong>em</strong>unhas.<br />
Jesus, aproximando-se, fa<strong>lo</strong>u-lhes, dizendo: Toda a<br />
autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto,<br />
fazei discípu<strong>lo</strong>s de todas as nações, batizando-<br />
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50<br />
os <strong>em</strong> nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;<br />
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho<br />
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até<br />
à consumação do sécu<strong>lo</strong>. (Mt 28.18-20)<br />
Jesus nos mandou fazer discípu<strong>lo</strong>s. Mas, <strong>como</strong> começa o<br />
ministério de fazer discípu<strong>lo</strong>s? Começa quando funcionamos<br />
<strong>como</strong> test<strong>em</strong>unhas. Depois, as pessoas são batizadas, então<br />
t<strong>em</strong>os que ensiná-las a guardar as coisas que Jesus ordenou.<br />
Mas <strong>como</strong> se desenvolve o ministério de test<strong>em</strong>unhas?<br />
Vejamos a seguir alguns princípios que ajudarão o discípu<strong>lo</strong> a<br />
se desenvolver neste ministério.<br />
Como abordar as pessoas<br />
Dev<strong>em</strong>os abordar as pessoas com naturalidade e simplicidade.<br />
Para isso, precisamos compreender algo muito importante:<br />
nós não pod<strong>em</strong>os converter ninguém. Essa é uma função<br />
do Espírito Santo (veja Jo 16.7-8). Somos apenas cooperadores.<br />
Nosso papel não é converter as pessoas, mas sim, cooperar com<br />
o Espírito Santo.<br />
Vejamos um ex<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>: Nós não pod<strong>em</strong>os fazer um pintinho.<br />
Só Deus pode. Mas pod<strong>em</strong>os co<strong>lo</strong>car o ovo debaixo da galinha.<br />
Assim, estamos harmonizando dois el<strong>em</strong>entos da natureza: o<br />
ovo e a galinha. Essa tarefa é muito simples, contudo indispensável,<br />
porque, s<strong>em</strong> ela, o pintinho não nasce.<br />
•<br />
Somos apenas cooperadores.<br />
Para produzir uma nova vida <strong>em</strong> Cristo é a mesma coisa.<br />
Nós não pod<strong>em</strong>os fazê-<strong>lo</strong>. Só Deus pode. Mas t<strong>em</strong>os a tarefa<br />
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indispensável de harmonizar dois el<strong>em</strong>entos espirituais: a<br />
Palavra de Deus com a fome espiritual. Não pod<strong>em</strong>os produzir<br />
fome. Isso é tarefa de Deus. Nós somos apenas cooperadores.<br />
Assim, t<strong>em</strong>os um serviço muito importante: procurar pessoas<br />
que têm fome e sede de justiça. Pessoas <strong>em</strong> qu<strong>em</strong> o Espírito<br />
já está trabalhando. Assim poder<strong>em</strong>os cooperar com Ele.<br />
O “Gancho” ou Anzol<br />
Nosso primeiro contato com as pessoas é a procura de<br />
qu<strong>em</strong> tenha interesse para ouvir. É <strong>como</strong> se jogáss<strong>em</strong>os o anzol<br />
na água para ver se o peixe belisca. Funciona <strong>como</strong> um radar<br />
que percebe o avião atrás das nuvens. Ele <strong>em</strong>ite uma onda e,<br />
se não encontra um avião, a onda se perde. Caso contrário, a<br />
onda volta. Jesus disse com clareza que as pessoas d<strong>em</strong>onstram<br />
diferentes reações de interesse ao ouvir<strong>em</strong> a Palavra do Reino.<br />
(Mt 13.1-23)<br />
•<br />
O “gancho” é para descobrir<br />
qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> interesse <strong>em</strong> ouvir.<br />
A abordag<strong>em</strong> inicial deve ser assim: Lançamos a Palavra e<br />
esperamos o retorno. Não dev<strong>em</strong>os falar o t<strong>em</strong>po todo, forçar,<br />
insistir ou discutir. Não é hora de pregar, mas de procurar.<br />
Dev<strong>em</strong>os dar uma porção da Palavra do Senhor e esperar a<br />
reação. Dev<strong>em</strong>os cuidar para não querermos “fabricar” uma<br />
reação. Se alguém mostra uma abertura ou interesse, então<br />
damos continuidade. Para esses dev<strong>em</strong>os dar tudo: nosso<br />
t<strong>em</strong>po, nossa dedicação, nossa amizade, nossa vida. T<strong>em</strong>os que<br />
ver essas pessoas <strong>como</strong> vidas muito preciosas. Vamos cooperar<br />
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com Deus, nos envolvendo com amor e compaixão. Dev<strong>em</strong>os<br />
olhá-las <strong>como</strong> Jesus as vê (Mt 9.36).<br />
Atenção: Algumas pessoas pod<strong>em</strong> dar a impressão de que<br />
não estão abertas por ter<strong>em</strong> muitos questionamentos. Por isso,<br />
dev<strong>em</strong>os estar atentos e procurar responder com paciência e<br />
amor às perguntas que faz<strong>em</strong>. Muitas vezes, são pessoas sinceras<br />
que têm dúvidas e perguntas coerentes.<br />
Importante: Quando alguém não mostra interesse, é sinal<br />
de que ainda não é o momento de se pregar para ela. Contudo,<br />
não quer dizer que devamos abandoná-la. Dev<strong>em</strong>os, ao<br />
contrário, ser despertados e desafiados à oração e ao jejum.<br />
Se procedermos assim, certamente, dentro de algum t<strong>em</strong>po,<br />
a reação será outra.<br />
52<br />
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Lição 9 | O ministério de test<strong>em</strong>unhas<br />
(2ª parte)<br />
Buscando Revelação<br />
Leitura bíblica<br />
• At 1.8; 1Pe 2.9.<br />
• 2Co 5.20; Mt 28.18-20.<br />
Auxílio a meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Em Mt 28.18-20 Jesus nos manda fazer discípu<strong>lo</strong>s. Como<br />
se inicia essa tarefa?<br />
• O que significa ser test<strong>em</strong>unha?<br />
• Medite e escreva um test<strong>em</strong>unho pessoal de sua conversão<br />
e do que Deus fez com você.<br />
• Em resumo, o que todos na igreja dev<strong>em</strong> ser?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Como iniciamos o serviço de<br />
fazer discípu<strong>lo</strong>s?<br />
Sendo test<strong>em</strong>unhas e<br />
proclamadores.<br />
Mas recebereis poder, ao descer<br />
sobre vós o Espírito Santo, e<br />
sereis minhas test<strong>em</strong>unhas tanto<br />
<strong>em</strong> Jerusalém, <strong>como</strong> <strong>em</strong> toda<br />
a Judéia e Samaria, e até aos<br />
confins da terra. (At 1.8)<br />
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Compreendendo Mais<br />
54<br />
O ministério de test<strong>em</strong>unhas (2ª parte)<br />
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito<br />
Santo, e sereis minhas test<strong>em</strong>unhas tanto <strong>em</strong> Jerusalém,<br />
<strong>como</strong> <strong>em</strong> toda a Judéia e Samaria, e até aos<br />
confins da terra. (At 1.8)<br />
Dando o test<strong>em</strong>unho pessoal<br />
Jesus, porém, [...] ordenou-lhe: Vai para tua casa,<br />
para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez<br />
e <strong>como</strong> teve compaixão de ti. (Mc 5.19)<br />
Uma test<strong>em</strong>unha é assim chamada, porque pode contar fatos<br />
concretos, ou por ter participado deles, ou porque os viu. A<br />
coisa mais simples e concreta de que t<strong>em</strong>os para falar é do nosso<br />
test<strong>em</strong>unho pessoal. Em Marcos 5.19 v<strong>em</strong>os <strong>como</strong> até aquele<br />
hom<strong>em</strong> recém libertado de d<strong>em</strong>ônios podia dar test<strong>em</strong>unho<br />
de Jesus. Quando encontramos alguém que ouviu a Palavra e<br />
mostrou alguma reação positiva, então dev<strong>em</strong>os contar-lhe o<br />
nosso test<strong>em</strong>unho pessoal.<br />
•<br />
O test<strong>em</strong>unho pessoal<br />
é a coisa mais simples e concreta<br />
que t<strong>em</strong>os para falar.<br />
É irrefutável.<br />
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Chamamos de test<strong>em</strong>unho pessoal ao relato da experiência<br />
de conversão de cada um, baseada na palavra que recebeu ao<br />
ouvir o evangelho. Todos nós fomos gerados pela palavra de<br />
Deus (1Pe 1.23). No test<strong>em</strong>unho pessoal, dev<strong>em</strong>os contar de<br />
forma simples a nossa conversão, anunciando também a palavra<br />
que nos transformou. Deve ser contado com convicção<br />
e alegria para comunicar aos d<strong>em</strong>ais a benção da palavra de<br />
Deus <strong>em</strong> nossas vidas.<br />
Anunciando o Evangelho do Reino<br />
Quando uma pessoa se abre plenamente para ouvir a Palavra<br />
do Senhor e está disposta a nos receber <strong>em</strong> sua própria<br />
casa, costumamos chamá-la de “contato”. Então dev<strong>em</strong>os<br />
anunciar-lhe o Evangelho do Reino com toda clareza.<br />
A pregação do Evangelho do Reino consiste <strong>em</strong> falar tudo<br />
sobre Jesus e a Porta do Reino (arrependimento, batismo <strong>em</strong><br />
Cristo e o Dom do Espírito Santo). É fundamental ajudá-la<br />
a enxergar o amor de Deus manifestado <strong>em</strong> Cristo Jesus.<br />
Dev<strong>em</strong>os enfatizar que Deus quer lhe dar um coração novo,<br />
capaz de fazer toda a Sua vontade. Ensinar-lhe sobre o que<br />
é o pecado, a independência e a necessidade de negar-se a si<br />
mesmo para, então, submeter-se a Deus.<br />
•<br />
Pregar<br />
o Evangelho do Reino<br />
é falar de Jesus<br />
e da Porta do Reino.<br />
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56<br />
Observações:<br />
1. Não existe uma regra fixa para desenvolver o evangelismo.<br />
Cada pessoa é diferente das outras. Algumas precisam<br />
de t<strong>em</strong>po para entender, para meditar e calcular o<br />
preço de seguir a Jesus. Não pod<strong>em</strong>os apressá-las. Dev<strong>em</strong>os<br />
acompanhar o Senhor, cooperando e esperando que<br />
Ele complete a obra. Entretanto, há outras pessoas que<br />
estão prontas. São pessoas que t<strong>em</strong> muita fome e sede.<br />
Pod<strong>em</strong> se converter <strong>lo</strong>go. Talvez no primeiro dia. Nesse<br />
caso, não dev<strong>em</strong>os atrasar a obra de Deus. Portanto,<br />
dev<strong>em</strong>os estar s<strong>em</strong>pre sensíveis, procurando discernir<br />
no Espírito a real situação de cada pessoa para agirmos<br />
corretamente.<br />
2. Quando um discípu<strong>lo</strong> está anunciando o evangelho pela<br />
primeira vez, ele não deve trabalhar com o “contato”<br />
sozinho, mas junto com alguém mais experiente.<br />
A Igreja estava s<strong>em</strong>pre na rua<br />
Como Jesus fez para treinar os seus discípu<strong>lo</strong>s no ministério<br />
de ser test<strong>em</strong>unhas? Jesus estava s<strong>em</strong>pre nas ruas com eles.<br />
Raramente ficavam dentro de quatro paredes. Eles aprenderam<br />
a ser test<strong>em</strong>unhas vendo Jesus s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> contato com as pessoas.<br />
Eles viam Jesus fazer a obra. A sala de aula dos discípu<strong>lo</strong>s<br />
era a rua, pois as pessoas estavam lá.<br />
Até mesmo quando Jesus ensinava algo aos discípu<strong>lo</strong>s, ele<br />
o fazia na rua, diante das multidões. E as multidões também<br />
ouviam os ensinos de Jesus (compare Mt 5.1-2 com 7.28).<br />
•<br />
Jesus estava s<strong>em</strong>pre na RuA<br />
com os discípu<strong>lo</strong>s, e é lá<br />
que nós dev<strong>em</strong>os estar também.<br />
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Depois que Jesus subiu ao Pai, os discípu<strong>lo</strong>s continuaram<br />
usando a sua estratégia. Em Atos 2.46 e 5.12, v<strong>em</strong>os que os<br />
irmãos costumavam se encontrar diariamente no t<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>, no<br />
pórtico de Sa<strong>lo</strong>mão. Ora, esse lugar não era de reunião com<br />
bancos e púlpitos <strong>como</strong> t<strong>em</strong>os hoje. Era um lugar público,<br />
onde havia muita gente. Era o principal lugar de encontro do<br />
povo da cidade.<br />
Se hoje quer<strong>em</strong>os que os irmãos sejam treinados para ser<strong>em</strong><br />
test<strong>em</strong>unhas, falando aos homens com toda intrepidez, dev<strong>em</strong>os<br />
estar na rua com eles o maior t<strong>em</strong>po possível. Dev<strong>em</strong>os<br />
“sair” de todas as formas: Em grupos pequenos, com alguns<br />
discípu<strong>lo</strong>s e também <strong>em</strong> grupos maiores. Dev<strong>em</strong>os estar na rua<br />
com os discípu<strong>lo</strong>s, no meio do povo.<br />
•<br />
um discípu<strong>lo</strong><br />
t<strong>em</strong> um desejo intenso<br />
de ganhar<br />
o maior número possível<br />
de vidas.<br />
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Lição 10 | O ministério das juntas<br />
e ligamentos<br />
Buscando Revelação<br />
58<br />
Leitura bíblica<br />
• Ef 4.15-16; Cl 2.19.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Medite e comente detalhadamente o texto de Ef 4.16.<br />
• O que é necessário para que haja a edificação do corpo<br />
de Cristo?<br />
• Segundo Cl 2.19, <strong>como</strong> o corpo é unido?<br />
• Estude e explique o que são juntas e ligamentos?<br />
• De acordo com os textos, para que serv<strong>em</strong> as juntas e<br />
ligamentos?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
O que são juntas e ligamentos no<br />
corpo de Cristo?<br />
Juntas e ligamentos no corpo<br />
de Cristo são relações fortes e<br />
resistentes entre os seus m<strong>em</strong>bros.<br />
Para que serv<strong>em</strong> as juntas e<br />
ligamentos?<br />
Para unir, alimentar e<br />
edificar o corpo de Cristo.<br />
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Mas, seguindo a verdade <strong>em</strong><br />
amor, cresçamos <strong>em</strong> tudo<br />
naquele que é o cabeça, Cristo,<br />
de qu<strong>em</strong> todo o corpo, b<strong>em</strong><br />
ajustado e ligado pe<strong>lo</strong> auxílio de<br />
todas as juntas, segundo a justa<br />
cooperação de cada parte,<br />
efetua o seu próprio aumento<br />
para a edificação de si mesmo<br />
<strong>em</strong> amor. (Ef 4.15-16)
Compreendendo Mais<br />
O ministério das juntas e ligamentos<br />
Mas, seguindo a verdade <strong>em</strong> amor, cresçamos <strong>em</strong><br />
tudo naquele que é o cabeça, Cristo, de qu<strong>em</strong> todo<br />
o corpo, b<strong>em</strong> ajustado e ligado pe<strong>lo</strong> auxílio de todas<br />
as juntas, segundo a justa cooperação de cada parte,<br />
efetua o seu próprio aumento para a edificação de si<br />
mesmo <strong>em</strong> amor. (Ef 4.15-16)<br />
Esse é outro ministério que Deus deu à igreja e confiou a<br />
todos os santos. Observ<strong>em</strong>os o texto de Ef 4.16, <strong>como</strong> fiz<strong>em</strong>os<br />
com o 4.12. Esse versícu<strong>lo</strong> também se desenvolve <strong>em</strong> três etapas<br />
distintas:<br />
1. De qu<strong>em</strong> todo o corpo, b<strong>em</strong> ajustado e ligado pe<strong>lo</strong> auxílio<br />
de todas as juntas...<br />
2. Segundo a justa cooperação de cada parte...<br />
3. Efetua o seu próprio aumento para a edificação de si<br />
mesmo <strong>em</strong> amor.<br />
Aqui t<strong>em</strong>os uma seqüência encadeada para a edificação. A<br />
terceira etapa do versícu<strong>lo</strong> contém uma afirmação tr<strong>em</strong>enda.<br />
O Espírito Santo está afirmando que é o próprio corpo<br />
que produz o seu aumento e a sua edificação. Mais uma vez<br />
pod<strong>em</strong>os entender que não são os ministérios do versícu<strong>lo</strong><br />
11 que vão produzir a edificação, mas é o próprio corpo que<br />
se edifica.<br />
No entanto, <strong>como</strong> o corpo vai produzir essa edificação? Not<strong>em</strong>os<br />
que, assim <strong>como</strong> no versícu<strong>lo</strong> 12, também não pod<strong>em</strong>os<br />
<strong>alcança</strong>r a terceira etapa s<strong>em</strong> passar pela segunda. O corpo<br />
produzirá essa edificação quando houver a justa cooperação<br />
de cada parte (cada m<strong>em</strong>bro) e não pela cooperação de alguns<br />
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poucos. Aqui t<strong>em</strong>os, novamente, o ministério dos santos <strong>como</strong><br />
vimos no versícu<strong>lo</strong> 12.<br />
Agora vamos à pergunta principal: <strong>como</strong> <strong>alcança</strong>r isso?<br />
Como levar cada m<strong>em</strong>bro a dar a sua justa cooperação? A resposta<br />
encontra-se na primeira parte do versícu<strong>lo</strong>. Para que<br />
cada m<strong>em</strong>bro do corpo faça a sua parte, é necessário que todo o<br />
corpo esteja b<strong>em</strong> ajustado e ligado pe<strong>lo</strong> auxílio de toda junta.<br />
60<br />
•<br />
Todos os m<strong>em</strong>bros do corpo<br />
dev<strong>em</strong> estar unidos e b<strong>em</strong> ajustados<br />
por meio de juntas e ligamentos.<br />
Esta palavrinha – “junta” – foi esquecida pela Igreja, mas<br />
t<strong>em</strong>os que l<strong>em</strong>brar que o Espírito Santo não está fazendo poesia<br />
sobre o Corpo de Cristo. Está usando uma linguag<strong>em</strong> humana<br />
para nos falar da realidade espiritual. Sab<strong>em</strong>os b<strong>em</strong> o que é<br />
um m<strong>em</strong>bro do corpo humano, por isso pod<strong>em</strong>os entender o<br />
que é um m<strong>em</strong>bro no Corpo de Cristo e <strong>como</strong> cada m<strong>em</strong>bro é<br />
importante.<br />
(…) todo o corpo, suprido e b<strong>em</strong> vinculado por suas<br />
juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede<br />
de Deus. (Cl 2.19)<br />
O que é uma junta? O texto de Cl 2.19 ajuda muito, porque<br />
ali fala de juntas e ligamentos. Conforme o Novo Dicionário da<br />
Língua Portuguesa – Aurélio Buarque de Holanda, Editora Nova<br />
Fronteira - ligamento é uma “parte fibrosa muito resistente,<br />
que serve para ligar os ossos ou os órgãos”. As juntas são articulações<br />
que formam conexões entre os ossos. Os ligamentos<br />
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passam por dentro das juntas e dão firmeza e resistência a essas<br />
ligações. Juntas e ligamentos, portanto, serv<strong>em</strong> para harmonizar<br />
o corpo humano. Cada m<strong>em</strong>bro do corpo humano deve<br />
estar <strong>em</strong> seu devido lugar de funcionamento, firmado com os<br />
outros m<strong>em</strong>bros e consolidado por um víncu<strong>lo</strong> específico forte<br />
e resistente.<br />
Se as juntas e ligamentos no corpo humano são “conexões“<br />
entre os m<strong>em</strong>bros, no corpo de Cristo, <strong>lo</strong>gicamente, são relações<br />
fortes, resistente e específicas entre os m<strong>em</strong>bros, que<br />
produz<strong>em</strong> suprimento, cooperação, crescimento e edificação.<br />
Se a igreja não estiver assim estruturada, ela será <strong>como</strong> uma<br />
“sacola de m<strong>em</strong>bros” e não <strong>como</strong> um corpo. Uma sacola pode<br />
conter todos os m<strong>em</strong>bros de um corpo, mas se não estiver<strong>em</strong><br />
vinculados por juntas e ligamentos, não haverá harmonia n<strong>em</strong><br />
vida. Que tr<strong>em</strong>enda é a afirmação <strong>em</strong> Cl 2.19! Qu<strong>em</strong> não está<br />
vinculado dessa forma ao Corpo, não retêm a Cabeça, pois não<br />
pode ser comandado pe<strong>lo</strong> Cabeça! Mas é claro, <strong>como</strong> a cabeça<br />
pode comandar uma “sacola de m<strong>em</strong>bros”?<br />
•<br />
Juntas e ligamentos no corpo de Cristo<br />
são relações fortes e resistentes<br />
entre os seus m<strong>em</strong>bros.<br />
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Lição 11 | Juntas e ligamentos<br />
de discipulado (1ª parte)<br />
Buscando Revelação<br />
62<br />
Leitura bíblica<br />
• Mt 28.18-20; Mc 3.14; Jo 1.37-39; 2Tm 2.2.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Fazer discípu<strong>lo</strong>s não é só trazer pessoas e batizá-las. O<br />
que é necessário fazer com elas, após batizá-las? Como<br />
isto funciona?<br />
• O que perceb<strong>em</strong>os nos textos de Mc 3.24 e Jo 1.38-39<br />
a respeito do discipulado de Jesus com os discípu<strong>lo</strong>s?<br />
Imagine e descreva um pouco desse relacionamento.<br />
• Comente o texto de 2Tm 2.2, observando as várias “gerações”<br />
de discípu<strong>lo</strong>s.<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Qual é a função do<br />
discipulador?<br />
Ensinar a guardar todas as<br />
coisas que Jesus ordenou.<br />
Ide, portanto, fazei discípu<strong>lo</strong>s de<br />
todas as nações, batizando-os <strong>em</strong><br />
nome do Pai e do Filho e do Espírito<br />
Santo, ensinando-os a guardar<br />
todas as coisas que vos tenho<br />
ordenado. E eis que estou convosco<br />
todos os dias até à consumação do<br />
sécu<strong>lo</strong>. (Mt 28.19-20)<br />
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Compreendendo Mais<br />
Juntas e ligamentos de discipulado (1ª parte)<br />
Ide, portanto, fazei discípu<strong>lo</strong>s de todas as nações,<br />
batizando-os <strong>em</strong> nome do Pai e do Filho e do Espírito<br />
Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos<br />
tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os<br />
dias até à consumação do sécu<strong>lo</strong>. (Mt 28.19-20)<br />
As juntas e ligamentos de discipulado são a continuação<br />
do ministério de test<strong>em</strong>unhas. Após o batismo, t<strong>em</strong>os que<br />
formar a vida das pessoas que se convert<strong>em</strong>, edificar os novos<br />
discípu<strong>lo</strong>s. É necessário ensiná-<strong>lo</strong>s a guardar todas as coisas<br />
que Jesus ordenou.<br />
Formar é mais do que informar<br />
Certa vez um irmão fa<strong>lo</strong>u sobre o t<strong>em</strong>a “Luz do Mundo”: “A<br />
luz não se ouve; a luz se vê”. Jesus, que se apresentou <strong>como</strong> A<br />
Luz do Mundo, sabia que não poderia transmitir essa luz apenas<br />
com pregações. Ele não era o som do mun-<br />
do. Por mais que falasse, Jesus não conseguiria<br />
transmitir toda a Sua glória. Suas palavras eram<br />
espírito e vida (Jo 6.63), mas a vida que estava<br />
nEle era a Luz dos homens (Jo 1.4). Ele sabia que<br />
a luz deveria ser vista e observada de perto. As<br />
pregações são necessárias e até indispensáveis.<br />
Contudo, o máximo que elas faz<strong>em</strong> é animar e<br />
informar. Nunca promov<strong>em</strong> formação. A informação<br />
é importante, mas é apenas uma pequena<br />
parte da obra. Então, <strong>como</strong> Jesus fez?<br />
•<br />
Jesus não<br />
deu apenas<br />
pregações.<br />
Ele deu a si<br />
mesmo.<br />
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64<br />
Fazer discípu<strong>lo</strong>s não é uma “Reunião de Discipulado”<br />
Então, designou doze para estar<strong>em</strong> com ele e para os<br />
enviar a pregar. (Mc 3.14)<br />
Observ<strong>em</strong>os o chamado de Jesus aos doze. Ele não os chamou<br />
para uma reunião de “estudo bíblico de discipulado”.<br />
Também não os chamou para uma escola bíblica. Conforme Mc<br />
3.14, Jesus chamou os doze para estar<strong>em</strong> com Ele e depois para<br />
os enviar a pregar. A sentença “para estar<strong>em</strong> com Ele”, define<br />
a estratégia básica de Jesus. Estava estabelecendo as primeiras<br />
juntas e ligamentos no Corpo entre Ele e seus discípu<strong>lo</strong>s.<br />
Queria estabelecer uma relação estreita para transmitir-lhes<br />
a sua vida pe<strong>lo</strong> ex<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>. Jesus não era<br />
•<br />
Discipulado<br />
não é reunião,<br />
é relacionamento.<br />
um hom<strong>em</strong> de púlpito. Não era um<br />
hom<strong>em</strong> de mensagens elaboradas ou<br />
entusiasmadas. Jesus era um hom<strong>em</strong><br />
de relacionamentos. Seus discípu<strong>lo</strong>s<br />
aprenderam tudo vendo.<br />
Os discípu<strong>lo</strong>s viam <strong>como</strong> Jesus se relacionava<br />
com os pobres, o que dizia<br />
aos ricos, <strong>como</strong> tratava os enfermos, <strong>como</strong> respondia aos<br />
hipócritas, <strong>como</strong> expulsava os d<strong>em</strong>ônios, o que fazia quando<br />
estava cansado, <strong>como</strong> reagia a uma t<strong>em</strong>pestade no mar, <strong>como</strong><br />
tratava as prostitutas, <strong>como</strong> reagia às mentiras e calúnias,<br />
<strong>como</strong> amava a Israel, <strong>como</strong> orava ao Pai, quando ria, quando<br />
chorava, quando esbravejava e derrubava mesas, quando era<br />
preso e até <strong>como</strong> morreu.<br />
Que experiência fascinante! João disse: “O que t<strong>em</strong>os ouvido,<br />
o que t<strong>em</strong>os visto com os nossos próprios olhos, o que cont<strong>em</strong>plamos<br />
e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo<br />
da vida...”(1 Jo 1.1). Como isso é grandioso! Se não houvesse<br />
uma relação estreita entre Jesus e os seus discípu<strong>lo</strong>s, as mul-<br />
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tidões que vinham ouvi-<strong>lo</strong>, certamente, não permaneceriam<br />
muitos anos nos seus ensinamentos depois de sua morte.<br />
O que os 12 entenderam?<br />
Quando Jesus mandou os doze fazer<strong>em</strong> discípu<strong>lo</strong>s, não<br />
lhes foi difícil entender o que ele estava mandando fazer. Eles<br />
nunca tinham visto um salão de reuniões, púlpitos, bancos ou<br />
conjuntos musicais. Entenderam que essa tarefa consistia <strong>em</strong><br />
fazer com outros o que Jesus havia feito com eles no decorrer<br />
de três anos. O mesmo deve acontecer conosco. Dev<strong>em</strong>os<br />
observar <strong>como</strong> Jesus discipu<strong>lo</strong>u os doze e então sair e fazer o<br />
mesmo com aqueles que pretend<strong>em</strong>os formar. A comissão de<br />
Jesus incluía pregar a muitos <strong>como</strong> Ele pregou, mas, essencialmente,<br />
se referia a relações de discipulado.<br />
Não se trata de um método a mais. É a prática de Jesus. É o<br />
que ajusta ao Corpo alguém que se converte, <strong>como</strong> também<br />
sustenta e edifica. Esse víncu<strong>lo</strong> surge naturalmente quando,<br />
depois de pregar a outro e batizá-<strong>lo</strong>, aquele<br />
que o ganhou se sente responsável por sua<br />
vida. Então cuida, ensina, vela, ampara,<br />
sofre e leva a carga. Assim ninguém fica<br />
só. Todo recém nascido t<strong>em</strong> um “pai” ou<br />
uma “mãe” espiritual que vai cuidar dele<br />
e alimentá-<strong>lo</strong>. Isso é vital para a Igreja. Por<br />
esse motivo dev<strong>em</strong>os estar constant<strong>em</strong>ente<br />
revisando e vigiando pe<strong>lo</strong> funcionamento<br />
dessas relações.<br />
•<br />
Discipulado<br />
não é um<br />
método a mais.<br />
É a prática<br />
de Jesus.<br />
Precisamos entender também que essas relações não são<br />
apenas para o cuidado de novos. Em 2 Tm 2.2 v<strong>em</strong>os que Pau<strong>lo</strong><br />
fala de várias gerações de discípu<strong>lo</strong>s. O texto mostra <strong>como</strong> as<br />
relações prossegu<strong>em</strong> para a formação de vários níveis de ministérios.<br />
É nesse desenvolvimento que vão surgir discipuladores,<br />
ajudantes de líderes, líderes e até pastores.<br />
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Lição 12 | Juntas e ligamentos<br />
de discipulado (2ª parte)<br />
Buscando Revelação<br />
66<br />
Leitura bíblica<br />
• Mt 28.18-20;<br />
• 1Co 16.16; Ef 5.21; Mt 11.29; Pv 12.15; 1Sm 15.23; Hb<br />
13.17.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Quais as características que v<strong>em</strong>os <strong>em</strong> cada um dos textos<br />
acima, necessárias para que alguém seja discipulado?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
O que é necessário para<br />
ser discipulado?<br />
Ser manso, humilde<br />
e submisso.<br />
(...) sujeitando-vos uns aos outros<br />
no t<strong>em</strong>or de Cristo. (Ef 5.21)<br />
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Compreendendo Mais<br />
A formação de todas as áreas da vida<br />
Quando uma pessoa está no mundo, toda a sua vida é baseada<br />
<strong>em</strong> padrões humanos. 1 Pe 1.18 diz que fomos “resgatados<br />
do nosso fútil procedimento que nossos pais nos legaram”.<br />
Noutra tradução diz que fomos “resgatados de uma vã maneira<br />
de viver”. Todas as áreas da vida do hom<strong>em</strong> foram afetadas pe<strong>lo</strong><br />
pecado. Quando o Reino de Deus chega, é necessário ordenar<br />
a vida pe<strong>lo</strong> padrão que o Reino impõe até que sejamos s<strong>em</strong>elhantes<br />
a Jesus. Essa transformação deve atingir desde nossa<br />
mente (Rm 12.2) até os mínimos detalhes do comportamento<br />
(Ef 4.22-6.18). Todas as áreas da vida (a relação com Deus, relações<br />
familiares, trabalho, estudo, preparo para o casamento,<br />
lazer, santidade com o corpo, uso da língua, etc), dev<strong>em</strong> ser<br />
ordenadas pe<strong>lo</strong> padrão de Deus. Na verdade, passamos por um<br />
verdadeiro processo de reeducação <strong>como</strong> diz <strong>em</strong> Tt 2.12.<br />
O que é necessário para ser discipulado?<br />
Como Deus ordenará nossas vidas? Como Ele nos aconselhará?<br />
Todos os irmãos precisam entender que Deus não<br />
mandará um anjo ao nosso quarto para nos dar orientações. É<br />
para isso que exist<strong>em</strong> os relacionamentos no Corpo. Faz parte<br />
do relacionamento de discipulado.<br />
Por isso, para que alguém possa ser discipulado, é necessário<br />
que seja:<br />
• Manso e humilde - Mt 11.29.<br />
• Sujeito aos irmãos - 1 Co 16.16; Ef 5.21.<br />
• Submisso aos líderes - Hb 13.17.<br />
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68<br />
• Alguém que renunciou à rebelião e à obstinação - 1 Sm<br />
15.23.<br />
• Alguém que dá ouvidos aos conselhos - Pv 12.15.<br />
Ninguém pode ser edificado por outro se mantiver uma<br />
atitude de independência, orgulho ou auto-suficiência.<br />
Aquela ideia de que “eu sou submisso só ao Senhor” é uma<br />
forma “espiritual” de justificar a rebelião. Trata-se de uma<br />
característica de qu<strong>em</strong> está nas trevas. A obstinação é o pior<br />
de todos os pecados (1 Sm 15.23). Alguém que s<strong>em</strong>pre é correto<br />
aos seus próprios olhos não pode ser ensinado e n<strong>em</strong> corrigido<br />
(Pv 12.15).<br />
(...) sujeitando-vos uns aos outros no t<strong>em</strong>or de Cristo.<br />
(Ef 5.21)<br />
Há pessoas que são constant<strong>em</strong>ente aconselhadas, contudo<br />
fecham os ouvidos e segu<strong>em</strong> os seus próprios conselhos.<br />
Outros, quando corrigidos ou confrontados, se justificam<br />
com muitas argumentações. Esses acabam colhendo o fruto<br />
do seu procedimento, mas mesmo assim não enxergam. Não<br />
aprend<strong>em</strong> porque são teimosos e orgulhosos. Um discípu<strong>lo</strong><br />
não é assim.<br />
•<br />
É impossível edificar qu<strong>em</strong><br />
não se submete.<br />
Um discípu<strong>lo</strong> é <strong>como</strong> uma ovelha e não <strong>como</strong> uma cabra.<br />
Ele aceita a repreensão e ama a correção. Os discípu<strong>lo</strong>s dev<strong>em</strong><br />
buscar ensino e conselho, ouvir e praticar. Somos m<strong>em</strong>bros<br />
do Corpo de Cristo, somos guardas uns dos outros. T<strong>em</strong>os um<br />
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compromisso mútuo de edificação. Deus quer nos abençoar<br />
através dos irmãos.<br />
Perigos do discipulado<br />
Existe um grande perigo nesse ministério: O abuso da autoridade.<br />
O discipulador precisa entender que ele é o servo do<br />
discípu<strong>lo</strong> e não o dono. Deve ensinar-lhe todo o Conselho de<br />
Deus e não os seus gostos e preferências pessoais. Deve preservar<br />
a iniciativa e as qualificações pessoais do discípu<strong>lo</strong>.<br />
Dev<strong>em</strong>os ter <strong>em</strong> mente a visão de Deus acerca de autoridade.<br />
No mundo, a autoridade é sinal de posição e domínio. No<br />
reino de Deus é ao contrário. Jesus ensinou que nossa autoridade<br />
é confirmada na medida que sab<strong>em</strong>os servir (Mc 10.43). Ele<br />
foi o nosso ex<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>. Foi o que mais se humilhou e mais serviu.<br />
Por isso que o Pai Lhe deu toda a autoridade (Fp 2.5-11).<br />
Para que haja pleno equilíbrio, dev<strong>em</strong>os distinguir três<br />
níveis de autoridade:<br />
• A Palavra de Deus. A essa o discípu<strong>lo</strong> deve ter uma submissão<br />
absoluta. Quando damos a Palavra de Deus a um<br />
discípu<strong>lo</strong> e ele não a recebe, está sendo rebelde. Nesse<br />
caso dev<strong>em</strong>os seguir as orientações dadas por Jesus <strong>em</strong><br />
Mt 18.15-20. Todos no Corpo de Cristo e não apenas o<br />
discipulador, têm autoridade para corrigir e repreender<br />
outro irmão dentro do ensino da Palavra. (Deve-se observar<br />
antes o ensino de Gl 6.1 e Mt 7.1-5).<br />
• Nossos Conselhos. A submissão aqui é relativa. Ex<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>:<br />
quando diz<strong>em</strong>os a um discípu<strong>lo</strong> que ele não pode casar<br />
com uma moça incrédula, estamos dando a Palavra do<br />
Senhor. Isso é absoluto. Mas quando falamos que não é<br />
bom que ele se case com a “irmã fulana”, estamos dando<br />
um conselho. Pode ser que o conselho que damos seja<br />
baseado no conhecimento que t<strong>em</strong>os da Palavra de Deus<br />
mas, mesmo assim, não passa de conselho. É relativo.<br />
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70<br />
Se o discípu<strong>lo</strong> rejeita um conselho, não é necessariamente<br />
um rebelde. Entretanto, aquele que nunca aceita<br />
conselhos, é orgulhoso e auto-suficiente. Não pode ser<br />
edificado.<br />
• Nossas Opiniões. Não é necessário nenhum tipo de submissão<br />
às opiniões e gostos pessoais do discipulador.<br />
O que o discipulador deve dar ao discípu<strong>lo</strong>?<br />
Por fim, dev<strong>em</strong>os entender que o discipulador deve dar três<br />
coisas essenciais ao discípu<strong>lo</strong>:<br />
• Dar a si mesmo. Jesus não dava reuniões e sermões, dava<br />
a si mesmo. (Jo 1.38-39; Mc 2.15). Dar a si mesmo é dar<br />
o seu t<strong>em</strong>po, seu interesse, sua amizade. Deixar-se envolver,<br />
ter carga, zelar, orar. T<strong>em</strong>os que dar nossa casa,<br />
nosso amor, nossa vida.<br />
• Dar o ex<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>. Jesus era ex<strong>em</strong>p<strong>lo</strong> (Jo 13.15). Ele disse:<br />
“vinde e vede.” Nós também dev<strong>em</strong>os dizer “vinde e<br />
vede.” Dev<strong>em</strong>os chegar a dizer: “sede meus imitadores<br />
<strong>como</strong> eu sou de Cristo”. Isso não é pretensão. Jesus não<br />
era pretensioso, n<strong>em</strong> Pau<strong>lo</strong>. Deus é que nos torna ex<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>s<br />
pela vida de Cristo <strong>em</strong> nós.<br />
• Dar a Palavra de Deus. Jesus instruiu com a palavra (Jo<br />
15.3). Ele estava constant<strong>em</strong>ente mostrando a vontade<br />
do Pai. Ele ensinava e orientava <strong>em</strong> toda parte e <strong>em</strong> todo<br />
o t<strong>em</strong>po. No t<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>, <strong>em</strong> casa, no caminho, no barco (Mc<br />
10.1). Jesus dava ensino para todas as áreas da vida. Nós<br />
t<strong>em</strong>os que ensinar os discípu<strong>lo</strong>s a guardar todas as coisas<br />
que Jesus ordenou.<br />
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Lição 13 | Juntas e ligamentos de<br />
companheirismo (1ª parte)<br />
Buscando Revelação<br />
Leitura bíblica<br />
• Mc 6.7-12; Ec 4.9-12.<br />
• Ef 5.21; Tg 5.16; Jo 13.34; Rm 12.10; Cl 3.12-14.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Por que Jesus s<strong>em</strong>pre enviava os discípu<strong>lo</strong>s dois a dois?<br />
• Segundo os textos acima, quais as principais atitudes que<br />
deve haver no relacionamento de companheirismo?<br />
• Que tipo de compromisso deve haver nesse relacionamento?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Porque o discipulado<br />
e o companheirismo são<br />
tão importantes?<br />
Porque un<strong>em</strong> o corpo por<br />
juntas e ligamentos.<br />
Quais são as principais atitudes<br />
no companheirismo?<br />
Amor, submissão,<br />
transparência e perdão.<br />
Novo mandamento vos dou: que<br />
vos ameis uns aos outros; assim<br />
<strong>como</strong> eu vos amei, que também<br />
vos ameis uns aos outros.<br />
(Jo 13.34)<br />
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Compreendendo Mais<br />
72<br />
Juntas e ligamentos de companheirismo (1ª parte)<br />
Chamou Jesus os doze e passou a enviá-<strong>lo</strong>s de dois<br />
a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos<br />
imundos. (Mc 6.7)<br />
Melhor é ser<strong>em</strong> dois do que um, porque têm melhor<br />
paga do seu trabalho. Porque se caír<strong>em</strong>, um levanta<br />
o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois,<br />
caindo, não haverá qu<strong>em</strong> o levante.[...] Se alguém<br />
quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o<br />
cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.<br />
(Ec 4.9-10,12)<br />
Jesus não estabeleceu víncu<strong>lo</strong>s fortes somente entre Ele<br />
e seus discípu<strong>lo</strong>s. Ele também relacionou os discípu<strong>lo</strong>s entre<br />
si. Várias vezes Jesus enviou os discípu<strong>lo</strong>s de dois a dois. Eles<br />
saíam também s<strong>em</strong> o Mestre. Certamente, tinham que desenvolver<br />
uma relação profunda entre eles. O Espírito Santo<br />
trabalhava neles enquanto estavam juntos através da oração,<br />
conselhos, paciência, perdão, cuidado com o espírito de disputa<br />
e tantas outras formas.<br />
Aquela relação entre Jesus e os discípu<strong>lo</strong>s era uma relação<br />
de discipulado, algo vertical. Esse outro relacionamento específico<br />
é horizontal, que aqui chamamos de companheirismo.<br />
No discipulado, alguém mais maduro vela por alguém mais<br />
novo. No companheirismo, os dois se responsabilizam por<br />
edificar<strong>em</strong> um ao outro.<br />
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•<br />
No companheirismo<br />
há um compromisso de edificação<br />
e cuidado mútuo.<br />
O companheirismo só funcionará se houver um pacto<br />
mútuo diante do Senhor. Não havendo compromisso, não<br />
haverá des<strong>em</strong>penho de cada parte para edificação do outro.<br />
Isso quer dizer que esse relacionamento deve ser específico e<br />
distinto. Quando é assim, cada um sabe por qu<strong>em</strong> é responsável.<br />
Caso contrário, pensa-se que todos são responsáveis<br />
por todos (o que é verdade), mas ninguém se responsabiliza<br />
por ninguém.<br />
Como deve ser esse relacionamento?<br />
• Sujeição<br />
(…) sujeitando-vos uns aos outros no t<strong>em</strong>or de Cristo.<br />
(Ef 5.21)<br />
A grande prova de humildade é a submissão ao companheiro,<br />
pois muitas vezes é mais fácil sujeitar-se ao discipulador,<br />
alguém que consideramos mais maduro.<br />
• Transparência<br />
Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e<br />
orai uns pe<strong>lo</strong>s outros, para serdes curados. Muito<br />
pode, por sua eficácia, a súplica do justo. (Tg 5.16)<br />
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Confessar os pecados um ao outro produz cura. Não dev<strong>em</strong>os<br />
esconder nada. Aprender a co<strong>lo</strong>car a vida perante o<br />
outro s<strong>em</strong> barreiras. É necessário se expor e perder o individualismo.<br />
74<br />
• Amor<br />
Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos<br />
outros; assim <strong>como</strong> eu vos amei, que também vos<br />
ameis uns aos outros. (Jo 13.34)<br />
Esse amor começa com amizade. Quando Deus criou o<br />
hom<strong>em</strong>, ele viu algo que não achou bom: a solidão (Gn 2.18).<br />
Por causa disso criou uma ajudadora. O relacionamento não<br />
existe apenas para formar o caráter. Serve no propósito de trazer<br />
realização completa a cada um, de maneira que tenhamos<br />
prazer e alegria uns nos outros.<br />
•<br />
No companheirismo deve haver<br />
lealdade, cuidado e proteção.<br />
Amor também é lealdade e fidelidade. Ao fazermos uma<br />
aliança, não é só para momentos de alegria, mas também um<br />
compromisso para as provações. É justamente nessas horas que<br />
o compromisso vai ser testado e desafiado. O amor também<br />
envolve cuidado e proteção. Dev<strong>em</strong>os ter responsabilidade<br />
pe<strong>lo</strong> b<strong>em</strong> estar do companheiro e de sua família.<br />
• Honra<br />
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor<br />
fraternal, preferindo-vos <strong>em</strong> honra uns aos outros.<br />
(Rm 12.10)<br />
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Buscar s<strong>em</strong>pre o interesse do outro, mesmo que envolva<br />
perdas. Estar s<strong>em</strong>pre disposto a dar o primeiro lugar ao outro<br />
e ficar na posição de servo.<br />
• Longanimidade e Perdão<br />
Revesti-vos, pois, <strong>como</strong> eleitos de Deus, santos e<br />
amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade,<br />
de humildade, de mansidão, de <strong>lo</strong>nganimidade.<br />
Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente,<br />
caso alguém tenha motivo de queixa contra<br />
outr<strong>em</strong>. Assim <strong>como</strong> o Senhor vos perdoou, assim<br />
também perdoai vós. (Cl 3.12-13)<br />
É nesse relacionamento que várias áreas da vida irão se<br />
revelar e receber tratamento. É aí que o companheirismo<br />
deve funcionar a fundo. Diante das deficiências do caráter do<br />
outro, não dev<strong>em</strong>os desanimar, mas sim aprender a perdoar<br />
e a suportar. Nesse momento, o caráter de Cristo estará sendo<br />
formado <strong>em</strong> nós, porque ter<strong>em</strong>os que perdoar e suportar uns<br />
aos outros na prática.<br />
•<br />
As deficiências de caráter do outro<br />
não dev<strong>em</strong> nos desanimar, mas sim<br />
nos ensinar a perdoar e a amar.<br />
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Lição 14 | Juntas e ligamentos de<br />
76<br />
companheirismo (2ª parte)<br />
Buscando Revelação<br />
Leitura bíblica<br />
• Lc 10.1; At 13.2-3.<br />
• Cl 3.16; Mt 18.19-20; Mc 6.7-12; Gl 5.13; Hb 10.24.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• O que deve acontecer <strong>em</strong> um relacionamento de companheirismo<br />
que funciona?<br />
• Por que é importante orar juntos? Pe<strong>lo</strong> que dev<strong>em</strong><br />
orar?<br />
• Por que um discípu<strong>lo</strong> dev<strong>em</strong> fazer a obra junto com o<br />
companheiro? Que tipo de trabalho dev<strong>em</strong> fazer juntos?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Quais são as principais<br />
atividades no companheirismo?<br />
Orar, aconselhar, servir e<br />
fazer discípu<strong>lo</strong>s.<br />
Qual é o fruto de tudo isto?<br />
A edificação do corpo <strong>em</strong> amor.<br />
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Habite ricamente <strong>em</strong> vós a<br />
palavra de Cristo; Instrui-vos e<br />
aconselhai-vos mutuamente<br />
<strong>em</strong> toda a sabedoria. (Cl 3.16)
Compreendendo Mais<br />
Juntas e ligamentos de companheirismo (2ª parte)<br />
O que deve acontecer nesse relacionamento? O que os<br />
companheiros dev<strong>em</strong> fazer quando estão juntos?<br />
a. Edificar<strong>em</strong>-se com a Palavra<br />
Habite ricamente <strong>em</strong> vós a palavra de Cristo; Instruivos<br />
e aconselhai-vos mutuamente <strong>em</strong> toda a sabedoria.<br />
(Cl 3.16)<br />
Revisar<strong>em</strong> textos e ensinos ministrados, aconselhar<strong>em</strong>-se,<br />
animar<strong>em</strong>-se, consolar<strong>em</strong>-se, etc.<br />
b. Orar Juntos<br />
Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós,<br />
sobre a terra, concordar<strong>em</strong> a respeito de qualquer<br />
coisa que, porventura, pedir<strong>em</strong>, ser-lhes-á concedida<br />
por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde<br />
estiver<strong>em</strong> dois ou três reunidos <strong>em</strong> meu nome, ali<br />
estou no meio deles. (Mt 18.19-20)<br />
É bom ter<strong>em</strong> uma lista de oração.<br />
c. Sair para pregar aos incrédu<strong>lo</strong>s<br />
Chamou Jesus os doze e passou a enviá-<strong>lo</strong>s de dois<br />
a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos<br />
imundos. (Mc 6.7)<br />
Dev<strong>em</strong> visitar contatos juntos.<br />
d. Cuidar dos seus discípu<strong>lo</strong>s juntos.<br />
e. Servir<strong>em</strong>-se<br />
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade;<br />
porém não useis da liberdade para dar ocasião à car-<br />
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78<br />
ne; sede, antes, servos uns dos outros, pe<strong>lo</strong> amor.<br />
(Gl 5.13)<br />
f. Estimular<strong>em</strong>-se ao amor e às boas obras<br />
Consider<strong>em</strong>o-nos também uns aos outros, para nos<br />
estimularmos ao amor e às boas obras. (Hb 10.24)<br />
Como iniciar o relacionamento?<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
Não é necessário buscar afinidade. Não se deve idealizar<br />
um relacionamento s<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as.<br />
Não é necessário um <strong>lo</strong>ngo período de observação. Não<br />
é casamento.<br />
Pessoas de idades diferentes pod<strong>em</strong> se relacionar.<br />
Pode ser um relacionamento de três irmãos.<br />
Pode ser um irmão mais novo (ou antigo) na fé.<br />
Que seja funcional, por isso dev<strong>em</strong> morar o mais perto<br />
possível.<br />
É necessário que sejam do mesmo sexo.<br />
Dev<strong>em</strong> orar e buscar conselho antes de iniciar o relacionamento.<br />
Perigos que destro<strong>em</strong> o companheirismo:<br />
a. Egoísmo.<br />
O egoísmo é o câncer de qualquer relacionamento. Alguém<br />
que tenha tendências fortes para manipular e exp<strong>lo</strong>rar<br />
os outros deve ser acompanhado e corrigido de perto pe<strong>lo</strong>s<br />
discipuladores e líderes.<br />
b. Diferenças de personalidade<br />
Nunca encontrar<strong>em</strong>os pessoas idênticas, n<strong>em</strong> haveria<br />
vantag<strong>em</strong> nisso. É natural que os discípu<strong>lo</strong>s tenham algumas<br />
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dificuldades para se ajustar<strong>em</strong>. A benção desse relacionamento<br />
é a possibilidade de crescimento através das diferenças. Assim<br />
os companheiros têm a oportunidade de lidar biblicamente<br />
com suas diferenças, podendo aplicar princípios que, de outra<br />
forma, seriam apenas teóricos (Pv 27.17).<br />
c. Ataques do Diabo<br />
O diabo se levantará contra qualquer aliança de edificação<br />
entre irmãos. Usará mentiras, mal-entendidos, desânimos<br />
e suspeitas falsas, tentando co<strong>lo</strong>car um contra o outro. Os<br />
companheiros dev<strong>em</strong> vencer juntos <strong>em</strong> oração, b<strong>em</strong> <strong>como</strong><br />
esclarecer s<strong>em</strong>pre toda questão que surgir.<br />
d. Fofocas<br />
Um relacionamento de edificação não admitirá comentários<br />
nocivos sobre a vida de outros discípu<strong>lo</strong>s, n<strong>em</strong> mesmo<br />
a pretexto de “orar pe<strong>lo</strong> irmão”. Fofocas e contendas entre<br />
irmãos são as armas mais terríveis do diabo para destruir a<br />
unidade do Corpo (Pv 6.16-19).<br />
e. Julgar as motivações<br />
Julgar as intenções e motivações do outro e agir a partir dessas<br />
impressões s<strong>em</strong> expor ao outro suas desconfianças destroi<br />
qualquer relacionamento (Lv 19.17; Pv 27.5-6).<br />
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Lição 15 | A necessidade de dar fruto<br />
Buscando Revelação<br />
80<br />
Leitura bíblica<br />
•<br />
•<br />
Jo 15.1-8,16; Mt 13.23; 21.18-20; 25.14-30.<br />
Gl 5.22-23.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• O que Jesus diz <strong>em</strong> Jo 15 a respeito do fruto que o ramo<br />
deve dar?<br />
• O que é este fruto de que Jesus está falando?<br />
• Compare este fruto do qual Jesus está falando <strong>em</strong> Jo 15.16<br />
com o fruto ao qual Pau<strong>lo</strong> se refere <strong>em</strong> Gl 5.22-23. É o<br />
mesmo?<br />
• Qual é uma das características de um discípu<strong>lo</strong> (Jo<br />
15.8)?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
O que o agricultor exige do ramo?<br />
Todo ramo deve dar frutos.<br />
Qual é o fruto que o ramo deve dar?<br />
A multiplicação da vida de Cristo.<br />
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Eu vos escolhi a vós outros e<br />
vos designei para que vades<br />
e deis frutos, e o vosso fruto<br />
permaneça. (Jo 15.16)
Compreendendo Mais<br />
A necessidade de dar fruto<br />
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.<br />
Todo ramo que, estando <strong>em</strong> mim, não der fruto, ele o<br />
corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza<br />
mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra<br />
que vos tenho falado; permanecei <strong>em</strong> mim, e eu permanecerei<br />
<strong>em</strong> vós. Como não pode o ramo produzir<br />
fruto de si mesmo, se não permanecer na videira,<br />
assim, n<strong>em</strong> vós o podeis dar, se não permanecerdes<br />
<strong>em</strong> mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Qu<strong>em</strong><br />
permanece <strong>em</strong> mim, e eu, nele, esse dá muito fruto;<br />
porque s<strong>em</strong> mim nada podeis fazer. Se alguém não<br />
permanecer <strong>em</strong> mim, será lançado fora, à s<strong>em</strong>elhança<br />
do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o<br />
queimam. Se permanecerdes <strong>em</strong> mim, e as minhas<br />
palavras permanecer<strong>em</strong> <strong>em</strong> vós, pedireis o que quiserdes,<br />
e vos será feito. Nisto é g<strong>lo</strong>rificado meu Pai,<br />
<strong>em</strong> que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus<br />
discípu<strong>lo</strong>s. [...] Não fostes vós que me escolhestes a<br />
mim; pe<strong>lo</strong> contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos<br />
designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto<br />
permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai<br />
<strong>em</strong> meu nome, ele vo-<strong>lo</strong> conceda. (Jo 15.1-8,16).<br />
Que palavras tr<strong>em</strong>endas de Jesus! Que advertência! Dar<br />
fruto não é uma opção. É uma conseqüência inevitável quando<br />
alguém permanece <strong>em</strong> Cristo. Mas que fruto é esse que dev<strong>em</strong>os<br />
dar? Certamente, não é o fruto do Espírito que v<strong>em</strong>os <strong>em</strong><br />
Gl 5.22-23. Para provar, vejamos três considerações:<br />
1. A linguag<strong>em</strong>. Há uma distinção clara: <strong>em</strong> Jo 15, Jesus fala<br />
do Fruto do discípu<strong>lo</strong>, <strong>em</strong> Gálatas, Pau<strong>lo</strong> fala do Fruto<br />
do Espírito.<br />
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82<br />
2. Se verificarmos a parábola dos talentos (Mt 25.14-30),<br />
notamos que o Senhor não v<strong>em</strong> buscar aqui<strong>lo</strong> que Ele<br />
mesmo deu ao servo, mas sim, o lucro que o servo obteve<br />
aplicando aqui<strong>lo</strong> que recebeu do Senhor. Ora, o fruto<br />
do Espírito é aqui<strong>lo</strong> que Deus nos dá pela vida de Cristo<br />
<strong>em</strong> nós. Amor, alegria, paz etc. São os talentos que Deus<br />
co<strong>lo</strong>cou <strong>em</strong> nossas vidas. Ele não busca aqui<strong>lo</strong> que ele<br />
deu (o fruto do Espírito). Ele busca o lucro (o fruto do<br />
discípu<strong>lo</strong>).<br />
Mas o que foi s<strong>em</strong>eado <strong>em</strong> boa terra é o que ouve a<br />
palavra e a compreende; este frutifica e produz a c<strong>em</strong>,<br />
a sessenta e a trinta por um. (Mt 13.23)<br />
3. O texto de Mt 13.23 é claro e definitivo. Alí diz que frutificar<br />
é reproduzir a c<strong>em</strong>, a sessenta e a trinta por um.<br />
Assim, frutificação t<strong>em</strong> a ver com reprodução.<br />
Então conclui-se que o fruto que Jesus fala <strong>em</strong> Jo 15 é a<br />
reprodução e multiplicação da Sua vida. E <strong>como</strong> é que um<br />
discípu<strong>lo</strong> dá fruto? Quando o discípu<strong>lo</strong> permanece <strong>em</strong> Cristo,<br />
andando <strong>em</strong> Cristo e manifestando a sua vida, as pessoas que<br />
conviv<strong>em</strong> com ele são influenciadas. Algumas se convert<strong>em</strong> a<br />
Cristo. Outras, que já estão <strong>em</strong> Cristo, são edificadas e cresc<strong>em</strong>.<br />
Assim, a vida de Cristo se reproduz através do discípu<strong>lo</strong>. Esse<br />
é o seu fruto.<br />
•<br />
O fruto de um discípu<strong>lo</strong> é<br />
a multiplicação<br />
da vida de Cristo <strong>em</strong> outras vidas.<br />
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Quando entend<strong>em</strong>os isso, então compreend<strong>em</strong>os a importância<br />
do ministério dos santos. É através do des<strong>em</strong>penho<br />
dos serviços comuns que cada discípu<strong>lo</strong> vai frutificar para o<br />
Senhor. Relacionando-se nas juntas e ligamentos do corpo,<br />
edificando o companheiro, dando test<strong>em</strong>unho e edificando<br />
discípu<strong>lo</strong>s, cada um vai multiplicar a graça do Senhor que está<br />
<strong>em</strong> sua vida. Isso é frutificar.<br />
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Lição 16 | O trabalho nas casas<br />
Buscando Revelação<br />
84<br />
Leitura Bíblica<br />
•<br />
•<br />
At 2.46; 5.42.<br />
Rm 16.5,10,11,14,15; 1 Co 16.15,19; Fp 4.22; Cl 4.15.<br />
Auxílio à meditação<br />
Anote suas conclusões e dúvidas no caderno.<br />
• Onde a igreja dos primeiros t<strong>em</strong>pos se reunia?<br />
•<br />
•<br />
Por que o Espírito Santo dirigiu a igreja a reunir-se dessa<br />
forma? Será que era por falta de outros lugares?<br />
Qual é o objetivo do trabalho da igreja nas casas? Para<br />
que cada discípu<strong>lo</strong> vai ao encontro na casa?<br />
M<strong>em</strong>orização<br />
Qual é o motivo do encontro do grupo caseiro?<br />
A obra do grupo caseiro é o desenvolvimento do serviço dos santos.<br />
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Compreendendo Mais<br />
A igreja primitiva não era “t<strong>em</strong>plista“. A única menção<br />
a t<strong>em</strong>p<strong>lo</strong> no Novo Testamento é a que se refere ao t<strong>em</strong>p<strong>lo</strong> de<br />
Jerusalém. Em Jerusalém todos os irmãos eram judeus, acostumados<br />
a frequentar o t<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>. Por isso, continuaram indo<br />
ali <strong>como</strong> igreja por uma questão de costume e, também, para<br />
estar<strong>em</strong> no meio do povo (<strong>como</strong> já vimos no 3º tópico). Mas já<br />
<strong>em</strong> Jerusalém, a igreja começou a se reunir nas casas (At 2.46;<br />
5.42). Com o crescimento numérico essa prática se tornou cada<br />
vez mais indispensável.<br />
As igrejas que surgiram no mundo gentílico se reuniam<br />
somente nas casas. Toda a estrutura da igreja estava estabelecida<br />
sobre os lares (Rm 16.5,10,11,14,15; I Co 16.15,19; Fp<br />
4.22, Cl 4.15). Não há nenhuma menção acerca de t<strong>em</strong>p<strong>lo</strong>s. A<br />
única referência a um salão de reuniões é da escola de Tirano,<br />
utilizado por Pau<strong>lo</strong> por apenas dois anos.<br />
Porque o Espírito Santo dirigiu a igreja dessa maneira?<br />
Parece que é óbvio. Tudo que o Senhor t<strong>em</strong> revelado sobre o<br />
correto ordenamento dos santos, o des<strong>em</strong>penho do seu serviço,<br />
as juntas etc., não se pode praticar <strong>em</strong> grandes reuniões<br />
com muita gente. Só é possível <strong>em</strong> pequenos grupos.<br />
•<br />
Todos os discípu<strong>lo</strong>s<br />
são soldados de Cristo que vêm<br />
ao encontro caseiro para treinamento<br />
e limpeza das armas.<br />
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Logo, é muito importante que cada discípu<strong>lo</strong> compreenda<br />
b<strong>em</strong> qual é o objetivo da igreja nas casas. Cada irmão deve entender<br />
que não estamos querendo fazer uma reunião. Não é um<br />
“monte de gente“ que v<strong>em</strong> para aprender ou para ouvir palestras.<br />
Todos são soldados de Cristo que v<strong>em</strong> para treinamento<br />
e para limpar as armas. São “obreiros“ que se encontram para<br />
avaliar o serviço que estão fazendo para o Senhor e receber nova<br />
direção para continuar a obra. A igreja que se reúne na casa é<br />
uma equipe de trabalho e não apenas ovelhinhas necessitadas.<br />
Que Jesus nos dê a vitória.<br />
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Portanto meus amados irmãos,<br />
sede firmes, inabaláveis,<br />
e s<strong>em</strong>pre abundantes na obra do Senhor,<br />
sabendo que, no Senhor,<br />
o vosso trabalho não é vão.<br />
(1Co 15.58)
Esta apostila foi composta no formato 150x210mm,<br />
utilizando as fontes Leitura News e Leitura Sans.<br />
Impressa <strong>em</strong> papel Alcalino 75 gm 2 (mio<strong>lo</strong>) e Couche 230 gm 2 (capa)<br />
na Gráfica . Tirag<strong>em</strong> de ex<strong>em</strong>plares.<br />
Salvador, 2012.
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