17.04.2013 Views

2 - Discípulos em Campina Grande

2 - Discípulos em Campina Grande

2 - Discípulos em Campina Grande

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1. Introdução<br />

2. O coração de um pai e uma mãe espiritual<br />

3. Proteger e guardar os discípulos<br />

4. Os 2 “Ps” – Paternidade e Padrão<br />

5. O esforço de oração pelos discípulos<br />

6. Dar a Palavra<br />

7. Ensino de crise e Ensino de formação<br />

8. O Kerigma e o Didaquê<br />

9. O “Currículo” para a formação de um discípulo<br />

10. “Atendendo ao t<strong>em</strong>po decorrido”<br />

11. Fidelidade na transmissão<br />

12. O que é Catequese e o que é um Catequizado<br />

13. Discipulado não é Reunião – é Relacionamento!<br />

14. Encontros formais e Encontros informais<br />

15. Firmeza e Brandura<br />

16. Três r<strong>em</strong>édios para Três doenças diferentes<br />

17. Passos para formar uma vida<br />

18. Autoridade para servir<br />

19. Tipos de palavra e níveis de autoridade<br />

20. Um discipulador frutifica e leva os discípulos a frutificar<br />

ÍNDICE<br />

3<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

10<br />

11<br />

11<br />

12<br />

13<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

2


ORIENTAÇÕES AOS DISCIPULADORES<br />

1. Introdução<br />

Deus está formando um povo, Sua família. Seu coração e mente infinitos estão envolvidos<br />

neste propósito. E fomos chamados para sermos seus cooperadores neste plano eterno. Que<br />

privilégio incomparável.<br />

O Espírito Santo quer dar-nos revelação da grandiosidade deste serviço. Não há maior obra<br />

que alguém possa querer realizar nesta terra do que a obra de fazer discípulos.<br />

Que mantenhamos nossos corações ardendo e nossas vidas totalmente dedicadas ao nosso<br />

chamado: conduzir vidas a Cristo e trabalhar para edificá-las à Sua s<strong>em</strong>elhança.<br />

2. O Coração de um Pai e Mãe Espiritual<br />

“Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se<br />

compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia,<br />

não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão<br />

continuamente perante mim” (Is 49. 15-16).<br />

Esta é uma das mais belas declarações que expressam o sentimento de Deus por nós. É o<br />

relacionamento e cuidado de Pai que Ele t<strong>em</strong> para conosco. Que bendita confiança t<strong>em</strong>os.<br />

Este também deve ser o sentimento que deve encher o coração de alguém que cuida de um<br />

discípulo.<br />

Deus colocou sob nosso cuidado a vida de um de seus filhos<br />

Este era o sentimento de Paulo pelos discípulos:<br />

“meus filhos, por qu<strong>em</strong>, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado <strong>em</strong> vós”(Gl<br />

4.19).<br />

“Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que tenho preparado para vos apresentar como<br />

virg<strong>em</strong> pura a um só esposo, que é Cristo” (2Co 11.2).<br />

“Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas<br />

as igrejas. Qu<strong>em</strong> enfraquece, que também eu não enfraqueça? Qu<strong>em</strong> se escandaliza, que eu<br />

não me inflame?” (2Co 11.28-29)<br />

“Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e<br />

por quantos não me viram face a face” (Cl 2.1).<br />

“o qual nós anunciamos, advertindo a todo hom<strong>em</strong> e ensinando a todo hom<strong>em</strong> <strong>em</strong> toda a<br />

sabedoria, a fim de que apresent<strong>em</strong>os todo hom<strong>em</strong> perfeito <strong>em</strong> Cristo” (Cl 1.28).<br />

“Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós ...<br />

...advertindo a todo hom<strong>em</strong> e ensinando a todo hom<strong>em</strong> <strong>em</strong> toda a sabedoria, a fim de que<br />

apresent<strong>em</strong>os todo hom<strong>em</strong> perfeito <strong>em</strong> Cristo; para isso é que eu também me afadigo,<br />

esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficient<strong>em</strong>ente <strong>em</strong> mim”<br />

(Cl 1.24-29).<br />

3


Paulo era intensamente zeloso e amoroso com seus discípulos. Expressava o sentimento de<br />

um verdadeiro pai. Se afadigava ao máximo <strong>em</strong> favor deles, muitas vezes com sofrimento e<br />

dor.<br />

Um líder ou discipulador não é um simples professor ou gerente que apenas busca resultados<br />

e lucros. É um pai que ama, se dá, sofre, suporta, é paciente, esquece e não se ressente do<br />

mal.<br />

Que todos os relacionamentos na igreja sejam revestidos deste sentimento de puro e genuíno<br />

amor sacrificial.<br />

3. Proteger e Guardar dos <strong>Discípulos</strong><br />

Jo 17.6,9, 11,12<br />

Jesus é nosso modelo. Modelo de discipulador também. Em sua oração ao Pai, ele derrama o<br />

seu coração e revela o seu sentimento para com os seus discípulos.<br />

“Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos confiaste, e<br />

eles têm guardado a tua palavra” (Jo 17.6).<br />

“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”<br />

(Jo 17.9).<br />

“Já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os<br />

<strong>em</strong> teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Quando eu estava<br />

com eles no mundo, guardava-os <strong>em</strong> teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e<br />

nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse”<br />

(Jo 17.11-12)<br />

A ligação de Jesus com seus discípulos não era um simples encargo ou trabalho. Era um laço<br />

forte e profundo. Eles faziam parte de sua vida. Eram como seus filhos. “Jesus declarou ao Pai:<br />

Eram teus e Tu mos confiaste”; “Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que<br />

me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu”. Que palavras fortes: Guardava e Protegia.<br />

Se Ele fez menção destes fatos <strong>em</strong> sua oração, é porque esta havia sido uma preocupação<br />

Durante sua vida: “que não se perca nenhum dos que o Pai me deu”. Jesus tinha um<br />

sentimento de intenso amor e cuidado por seus discípulos.<br />

Este t<strong>em</strong> que ser também nosso sentimento e postura para com nossos discípulos. Guardá-los<br />

e protegê-los <strong>em</strong> nome de Jesus. De forma que não percamos nenhum daqueles que o Pai nos<br />

deu.<br />

É uma inocência nos esforçarmos muito para ganhar uma vida para depois a perdermos com<br />

facilidade. O esforço para não perder t<strong>em</strong> que ser no mínimo igual ao que faz<strong>em</strong>os para<br />

ganhar. Às vezes, um discípulo nos dá tanto trabalho, que aceitamos com facilidade que ele se<br />

vá e se perca, provavelmente eternamente.<br />

No capítulo 15 de Lucas, estão registradas três parábolas a respeito deste assunto, aonde<br />

pod<strong>em</strong>os conhecer, mais uma vez, o sentimento de Jesus para com os que se perd<strong>em</strong>:<br />

4


A parábola da Ovelha Perdida<br />

A parábola da Dracma perdida<br />

A parábola do Filho Pródigo<br />

Cada uma destas parábolas ilustra uma situação diferente de perda. Na primeira, encontramos<br />

uma perda que se deu, provavelmente, pela fraqueza, debilidade ou fragilidade da própria<br />

ovelha. Na segunda, encontramos uma perda causada por deficiência ou descuido do<br />

responsável pelo dracma, pois a dracma não pode se perder sozinha. Na terceira, v<strong>em</strong>os um<br />

caso de rebeldia e abandono deliberado por parte do filho mais moço.<br />

Nas duas primeiras, a ação de qu<strong>em</strong> cuida foi a de ir atrás da perdida. Procurar, buscar com<br />

zelo até encontrar. Na terceira parábola o pai ficou esperando. Porém, nas três situações o<br />

sentimento era de perda, amor e desejo intenso de encontrar de volta.<br />

Primeiramente, necessitamos fazer todos os esforços para evitar que alguém se perca. Se<br />

algum discípulo não esta b<strong>em</strong>, busque ajudá-lo. Se você não conseguir procure ajuda. Não<br />

espere que ele caia e se afaste.<br />

Se, porém alguém chegar a se afastar. Vamos fazer todos os esforços para trazê-lo de volta.<br />

Vamos até ele, vamos ouvi-lo, vamos amá-lo, vamos lavar-lhe os pés. Só voltamos depois de<br />

encontrá-lo. Entretanto, se ao buscar uma ovelhinha, quando a encontramos receb<strong>em</strong>os uma<br />

chifrada, é sinal de que não é ovelha, é bode. Neste caso, não pod<strong>em</strong>os trazê-lo, apenas<br />

ficamos na expectativa de que a pessoa se arrependa e retorne ao Senhor.<br />

ESQUADRÃO RESGATE. Pod<strong>em</strong>os também efetuar ações de ir <strong>em</strong> busca daqueles que se<br />

afastaram há algum t<strong>em</strong>po (encontros, visitas, etc.). Ir atrás de muitos que desanimaram, se<br />

esfriaram ou que não entenderam o evangelho e que pod<strong>em</strong> chegar a ter uma verdadeira<br />

experiência com Deus.<br />

4. Os 2 “Ps” – Paternidade e Padrão<br />

Exist<strong>em</strong> dois aspectos que o discipulador deve manter elevados:<br />

- Uma postura de PATERNIDADE elevada pelo discípulo<br />

-Uma busca de um PADRÃO elevado de caráter e vida para o discípulo<br />

São os dois “Ps”: Paternidade e Padrão. Se o discipulador deixar enfraquecer algum dos dois<br />

aspectos, não poderá ser um bom discipulador.<br />

Se ele tiver o sentimento de Paternidade elevado e o Padrão baixo, será “frouxo” e permissivo<br />

com o discípulo, não o formando corretamente.<br />

Se ele tiver uma postura cobradora do Padrão elevado e uma Paternidade baixa, será<br />

impacient<strong>em</strong>ente rigoroso com o discípulo, tendendo a um relacionamento de cobrança e não<br />

de socorro e ajuda amorosa.<br />

O verdadeiro e completo discipulador é aquele que zela pelos dois “Ps”, e os mantém<br />

elevados: Padrão e Paternidade.<br />

5


5. O Esforço de Oração pelos <strong>Discípulos</strong><br />

A oração, além de um prazer, é o trabalho mais produtivo e eficaz do discipulador. É a chave<br />

para que haja frutos de todo o restante do trabalho. É parte fundamental do ministério de<br />

discipulador. E é o trabalho que exige mais fé, porque a sua ação é invisível e não traz glória ao<br />

hom<strong>em</strong>.<br />

O próprio Senhor Jesus, com toda a Sua graça e poder, sabia da necessidade e importância<br />

dele mesmo interceder ao Pai <strong>em</strong> favor de seus discípulos.<br />

“É por eles que ei rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são<br />

teus;”<br />

“Pai santo, guarda-os <strong>em</strong> teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.”<br />

“Não peço que os tire do mundo, e sim que os livre do mal.”<br />

“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”<br />

(Jo 17.9,11,15,17)<br />

Ao lermos João 17, v<strong>em</strong>os que 90% da oração de Jesus foi <strong>em</strong> favor de seus discípulos. Isto não<br />

era um acaso. Certamente este é um ex<strong>em</strong>plo do conteúdo que caracterizava a vida de oração<br />

que Jesus teve na terra. Certamente, Jesus ofereceu intensa intercessão <strong>em</strong> favor de seus<br />

discípulos.<br />

A obra de fazer discípulos é espiritual. Não se pode fazer com recursos humanos. E a oração é<br />

um recurso potentíssimo, ilimitado, para este trabalho.<br />

“Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamos para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei<br />

por ti, para que a tua fé não desfaleça;” (Lc 22.31-32).<br />

Às vezes corr<strong>em</strong>os o risco de achar que pod<strong>em</strong>os resolver todos os probl<strong>em</strong>as dos discípulos<br />

com palavras e conselhos. Este é um grave engano. No texto acima, v<strong>em</strong>os que, quando<br />

Satanás pediu para provar a Pedro, Jesus não simplesmente advertiu a Pedro. Jesus intercedeu<br />

ao Pai <strong>em</strong> favor de Pedro, e rogou para que ele não desfalecesse na fé. A oração é a forma pela<br />

qual o discipulador poderá guardar e proteger seus discípulos.<br />

Ao lermos as cartas de Paulo, chama-nos a atenção o seu test<strong>em</strong>unho pessoal a respeito de<br />

suas orações pelos irmãos.<br />

“Porque Deus, a qu<strong>em</strong> sirvo <strong>em</strong> meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha test<strong>em</strong>unha<br />

de como incessant<strong>em</strong>ente faço menção de vós <strong>em</strong> todas as minhas orações, ...” (Rm 1.9-10)<br />

“não cesso de dar graças a Deus por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações.”<br />

(Ef 1.16)<br />

“fazendo s<strong>em</strong>pre, com alegria, súplicas por todos vós, <strong>em</strong> todas as minhas orações,” (Fp 1.4)<br />

“Por esta razão, também nós, desde o dia <strong>em</strong> que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e<br />

de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, <strong>em</strong> toda sabedoria e<br />

entendimento espiritual;” (Cl 1.9)<br />

6


“Damos, s<strong>em</strong>pre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos <strong>em</strong> nossas orações e , s<strong>em</strong><br />

cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, ...” (1Ts 1.2-3)<br />

“Dou graças a Deus, a qu<strong>em</strong>, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura, porque,<br />

s<strong>em</strong> cessar, me l<strong>em</strong>bro de ti nas minhas orações, noite e dia.” (2Tm 1.3)<br />

Nos repetidos test<strong>em</strong>unhos acima, perceb<strong>em</strong>os a intensidade da prática da intercessão de<br />

Paulo por todos os irmãos: “incessant<strong>em</strong>ente...; <strong>em</strong> todas as minhas orações...; por todos<br />

vós...; <strong>em</strong> todas as minhas orações...; não cessamos de orar por vós e de pedir...; damos<br />

s<strong>em</strong>pre...; e s<strong>em</strong> cessar...; noite e dia...". Todas estas expressões nos revelam a carga e a<br />

importância da intercessão na vida de Paulo.<br />

Imit<strong>em</strong>os também o ex<strong>em</strong>plo de nosso amado irmão Epafras, que fazia parte da equipe<br />

apostólica de Paulo, do qual pouco se sabe, além do fato de que se tornou conhecido por uma<br />

das mais especiais qualidades: o esforço de oração pelos seus irmãos.<br />

“Saúda-vos Epafras, que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobr<strong>em</strong>aneira,<br />

continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente convictos<br />

<strong>em</strong> toda a vontade de Deus. E dele dou test<strong>em</strong>unho de que muito se preocupa por vós, pelos de<br />

Laodicéia e pelos de Hierápolis.” (Cl 4.12-13)<br />

Atendamos, como discipuladores, a exortação que o Espírito Santo nos dá nos dias de hoje:<br />

“... com toda oração e súplica, orando <strong>em</strong> todo t<strong>em</strong>po no Espírito e para isto vigiando com toda<br />

perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18)<br />

Há um poder de Deus, à nossa disposição, que só se manifestará à medida que orarmos.<br />

6. Dar a Palavra<br />

Este é outro aspecto fundamental do ministério do discipulador.<br />

Ao atentarmos novamente para a oração de Jesus <strong>em</strong> João 17, v<strong>em</strong>os mais uma das<br />

características e preocupações de Jesus ao formar seus discípulos: dar a palavra.<br />

“Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo... e eles têm guardado a tua<br />

palavra”<br />

“Porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam...”<br />

“Eu lhes tenho dado a tua palavra...”<br />

“Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.”<br />

(Jo 17.6, 8, 14, 17)<br />

Em Mateus 28.18-20, quando Jesus dá as instruções a seus discípulos, ele foca a continuação<br />

do trabalho de fazer discípulos <strong>em</strong> “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho<br />

ordenado”.<br />

O ministério de ensino da Palavra de Deus no discipulado é um ministério central. No grego:<br />

Discípulo = mathete = aprendiz<br />

Mestre = didáskalos = ensinador (Discipulador)<br />

7


Discipulador que não ensina a palavra não é discipulador (não é didáskalos). Pode ser um bom<br />

amigo, mas se não dá abundant<strong>em</strong>ente a Palavra de Deus, não é discipulador. Porque<br />

discipular é ensinar a palavra.<br />

O que vai edificar o discípulo é a Palavra de Deus. Não é a nossa palavra. O discípulo não v<strong>em</strong><br />

atrás de nossos próprios conselhos. V<strong>em</strong> atrás do Conselho de Deus.<br />

A Palavra de Deus é diferente da palavra do hom<strong>em</strong>. A nossa palavra não produz nada (às<br />

vezes produz confusão). Mas a Palavra de Deus é diferente, é poderosa e produz vida no<br />

discípulo. Jesus é a própria Palavra (O Verbo – O “Logos” = A Palavra de Deus). A Palavra de<br />

Deus:<br />

Produz fé (Rm 10.17)<br />

Vivifica e regenera (Sl 119.50, 1Pe 1.23)<br />

É criadora (Hb 4.12)<br />

Guarda de pecar (Sl 119.9)<br />

Em nossa estrutura de obra t<strong>em</strong>os poucas reuniões grandes. <strong>Grande</strong> parte da edificação, ao<br />

longo da vida de um discípulo, está nas mãos dos discipuladores. Que grande<br />

responsabilidade.<br />

Que os discípulos sejam banhados com a Palavra de Deus ao se aproximar<strong>em</strong> de nós.<br />

“Habite, ricamente, <strong>em</strong> vós a palavra de Cristo; instrui-vos e aconselhai-vos mutuamente <strong>em</strong><br />

toda a sabedoria...” (Cl 3.16)<br />

7. Ensino de Crise e ensino de Formação<br />

Um discípulo é edificado por meio da Palavra de Deus. Mas o que deve ser ensinado? Existe<br />

algum “currículo”? Existe alguma ord<strong>em</strong>? Sim, o ensino deve ser b<strong>em</strong> definido e b<strong>em</strong><br />

ordenado.<br />

O nosso objetivo é edificar cada discípulo até que chegue a ser como Jesus. Todo o ensino<br />

deve apontar para este propósito. (Cl 1.28)<br />

Um dos erros cometidos na igreja é a improvisação s<strong>em</strong>anal. Confunde-se a dependência do<br />

Espírito Santo com a improvisação. Muitas vezes, o conteúdo s<strong>em</strong>anal do ensino é definido no<br />

momento que o discípulo chega e apresenta uma dificuldade da s<strong>em</strong>ana. Chamamos a isto de<br />

“Ensino de Crise”.<br />

Outras vezes o discipulador prepara algum t<strong>em</strong>a para ensino, porém é um ensino diferente e<br />

desconexo a cada s<strong>em</strong>ana, causando um efeito imediato de “boas reuniões s<strong>em</strong>anais”, porém<br />

não conduz uma eficaz formação da vida do discípulo.<br />

A Bíblia é um vasto conjunto de livros inspirados por Deus, contendo uma enorme diversidade<br />

e conteúdos, e um discipulador não deve estar perdido quanto ao que deve ensinar ao seu<br />

discípulo.<br />

A chave está <strong>em</strong> perguntar: o que Jesus e os apóstolos ensinaram?<br />

Jesus, <strong>em</strong> seus três anos de ministério, comunicou a seus discípulos um pacote completo de<br />

ensinamentos e, quando os mandou fazer discípulos de todas as nações, disse-lhes<br />

expressamente que os ensinass<strong>em</strong> a “guardar todas as coisas que lhes havia ordenado”.<br />

8


Quando Paulo faz menção aos três anos que passou com os irmãos <strong>em</strong> Éfeso, dizendo: “jamais<br />

deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus” (At 20.27), não estava dizendo que lhes havia<br />

ensinado toda a Bíblia. Paulo tinha consciência de que os havia formado como discípulos e<br />

que, para isto, lhes havia transmitido o pacote de ensinamentos indispensáveis, que ele<br />

chamou de “conselho de Deus”. Este é o “Ensino de Formação”.<br />

Às vezes, quando o discípulo t<strong>em</strong> alguma área de sua vida com dificuldades especificas,<br />

necessita de um “Ensino de Crise”, com orientações especiais para a sua situação. Entretanto o<br />

discipulador não deve parar com o “Ensino de Formação”, porque se o discípulo receber<br />

apenas “Ensinos de Crise”, nunca chegará a ser maduro e b<strong>em</strong> formado. Pod<strong>em</strong>os comparar o<br />

“Ensino de Crise” a uma medicação para o enfermo, e o “Ensino de Formação” à alimentação<br />

normal que lhe dará crescimento e saúde futura.<br />

Esse corpo completo de verdade e mandamentos para a formação de um discípulo é composto<br />

do Kerigma e do Didaquê.<br />

8. O Kerigma e o Didaquê<br />

Kerigma é o termo grego que quer dizer a Proclamação – a pregação. O Kerigma é a pregação<br />

das verdades que constitu<strong>em</strong> a base da fé. Jesus é a Verdade. A base do Kerigma é a<br />

proclamação de Cristo. Ex<strong>em</strong>plos de Kerigma: “Jesus é Deus”; “Todas as coisas foram criadas<br />

por meio dele”; “Fomos justificados pela fé <strong>em</strong> Cristo”; “Fomos ressuscitados com Cristo”;<br />

"Jesus voltará com poder e muita glória”. O Kerigma é a base da fé do discípulo. O Kerigma é<br />

para ser crido. E ele mesmo produz fé no coração de discípulo.<br />

Didaquê é a palavra grega traduzida por Doutrina. O Didaquê dos Apóstolos – ou a doutrina<br />

dos Apóstolos (At 2.42) – era o conjunto de mandamentos práticos para a vida dos discípulos.<br />

Por ex<strong>em</strong>plo: “Amai-vos uns aos outros”; “Orai s<strong>em</strong> cessar”; “Maridos, amai vossas mulheres”.<br />

O Didaquê deve ser simples e objetivo. Ele é essencial para formar o caráter e a vida do<br />

discípulo. O Didaquê é para ser obedecido. Ele direciona a obediência do discípulo.<br />

Ao atender estes dois aspectos da Palavra de Deus, v<strong>em</strong>os que um discípulo necessita receber<br />

abundant<strong>em</strong>ente Kerigma e Didaquê. Não pode receber muito de um e pouco de outro. Mas<br />

<strong>em</strong> igual medida. Se um discípulo recebe muito Kerigma e pouco Didaquê, será cheio de fé e<br />

ânimo, mas s<strong>em</strong> direção para sua vida, muitas vezes com erros e dificuldades sérias <strong>em</strong> seu<br />

caráter.<br />

Também se alguém receber muito Didaquê e pouco Kerigma, será alguém com muito<br />

conhecimento do padrão que deve ser vivido, mas s<strong>em</strong> fé, n<strong>em</strong> ânimo e n<strong>em</strong> forças para<br />

praticar o elevado padrão.<br />

Pod<strong>em</strong>os entender melhor comparando estes dois aspectos com um tr<strong>em</strong>. O Didaquê são os<br />

vagões com as cargas que dev<strong>em</strong> ser levadas. O Kerigma é a locomotiva. Se só damos<br />

mandamentos, sobrecarregamos o tr<strong>em</strong> e o deixamos com pesados vagões e s<strong>em</strong> a<br />

locomotiva. Se, porém proclamamos abundant<strong>em</strong>ente e rico Kerigma, pod<strong>em</strong>os depois<br />

acrescentar vagões ao tr<strong>em</strong>, pois ele t<strong>em</strong> potente locomotiva para levá-los.<br />

Encontramos ainda outra ilustração sobre a estreita ligação entre as verdades e os<br />

mandamentos. É a relação entre a agulha que vai abrindo o caminho ao costurar. E que o<br />

Didaquê é a linha que vai mantendo unido e consolidando tudo por onde a agulha passou. Não<br />

se pode abrir mão de nenhuma das duas. Não se pode costurar s<strong>em</strong> uma das duas.<br />

9


Assim o discípulo necessita de ambos os aspectos da Palavra de Deus. E todo discipulador deve<br />

zelar por dá-los ricamente.<br />

Em nossa experiência t<strong>em</strong> sido mais frequente encontrar discipuladores mais fortes na<br />

questão dos mandamentos do que nas verdades. Há uma tendência de pensar que, se um<br />

discípulo está tendo alguma área de dificuldade <strong>em</strong> sua vida pessoal, é porque está precisando<br />

de mandamentos. Na verdade muitas vezes ele já conhece muito b<strong>em</strong> o padrão que deve<br />

viver, porém não t<strong>em</strong> forças para vivê-lo. Há uma tendência de se querer resolver todos os<br />

probl<strong>em</strong>as por meio de mandamentos e admoestações. Quando muitas vezes o discípulo está<br />

precisando receber uma palavra que lhe gere fé no coração.<br />

9. O “Currículo” para a Formação de um Discípulo<br />

O Kerigma e o Didaquê formam aquilo que poderíamos chamar de o “currículo” para a<br />

formação de um discípulo.<br />

Na prática, para trabalhar na edificação dos discípulos, t<strong>em</strong>os dividido esse “currículo” nos<br />

seguintes t<strong>em</strong>as, que inclu<strong>em</strong> o Kerigma e o Didaquê:<br />

1. Orientações de Entrada + Andar na Luz<br />

2. Princípios El<strong>em</strong>entares (Jesus, Vida e Obra + A Porta do Reino)<br />

3. O Propósito Eterno e a Estratégia<br />

4. A Vida Em Cristo<br />

5. Comunhão Com Deus<br />

6. Família<br />

7. O Evangelho do Reino<br />

8. A Proclamação<br />

9. Relação entre irmãos<br />

10. O Caráter<br />

11. O Trabalho<br />

12. Finanças e Generosidade<br />

13. A Igreja<br />

14. A Volta de Cristo<br />

Estes t<strong>em</strong>as dev<strong>em</strong> ser transmitidos, s<strong>em</strong>ana após s<strong>em</strong>ana, a todos os discípulos, pelos seus<br />

discipuladores, de forma continua e criteriosa. O Ensino de Formação deve ser programado.<br />

10. “Atendendo ao T<strong>em</strong>po Decorrido”<br />

“A esse respeito t<strong>em</strong>os muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes<br />

tornado tardios <strong>em</strong> ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao t<strong>em</strong>po<br />

decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os<br />

princípios el<strong>em</strong>entares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e<br />

não de alimento sólido” (Hb 5.11-12)<br />

Aqui encontramos outro principio chave da formação da vida de um discípulo: A edificação<br />

necessita de alvos claros. Não há edificação eficaz e consistente s<strong>em</strong> alvos.<br />

“... quando devíeis ser mestres, atendendo ao t<strong>em</strong>po decorrido,...”<br />

A frase acima revela, na reclamação do apóstolo, que ele tinha <strong>em</strong> mente dois fatores na<br />

edificação daqueles irmãos:<br />

10


Havia um ALVO para aqueles discípulos: ser<strong>em</strong> mestres nos princípios el<strong>em</strong>entares.<br />

Havia um TEMPO aceitável para alcançar aquele alvo, após o qual o apóstolo considerou que<br />

aqueles irmãos tornaram-se repreensíveis, chamando-os de “tardios” <strong>em</strong> ouvir e de crianças.<br />

Todas as vezes que não t<strong>em</strong>os alvos claros ficamos perdidos na edificação dos discípulos e os<br />

expomos a se tornar<strong>em</strong> “tardios” <strong>em</strong> aprender e crescer.<br />

Quando estabelec<strong>em</strong>os alvos:<br />

- sab<strong>em</strong>os o que quer<strong>em</strong>os alcançar e<br />

- pod<strong>em</strong>os verificar se já o alcançamos.<br />

Alvos traz<strong>em</strong> direção para o trabalho e orientam sua supervisão.<br />

Portanto, na edificação dos discípulos necessitamos de alvos definidos, associados a t<strong>em</strong>pos<br />

justos, para que ela seja eficaz. Na prática, faz<strong>em</strong>os isto dando a cada discípulo o plano ou<br />

agenda para seu estudo dos assuntos do “Ensino de Formação”.<br />

11. Fidelidade na Transmissão<br />

“E o que de minha parte ouviste através de muitas test<strong>em</strong>unhas, isso mesmo transmite a<br />

homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”. (2Tm 2.2).<br />

Aqui v<strong>em</strong>os várias gerações de discípulos: Paulo – muitas test<strong>em</strong>unhas – Timóteo – homens<br />

fiéis e idôneos – outros. Esta é uma cadeia de transmissão do ensino. E, para que ela funcione,<br />

deve haver uma característica essencial nestes homens que instru<strong>em</strong> a outros: dev<strong>em</strong> ser fiéis<br />

na transmissão do ensino. Esta é uma característica fundamental do discipulador: fidelidade.<br />

Isto quer dizer que o discipulador não pode n<strong>em</strong> acrescentar n<strong>em</strong> subtrair nada do ensino que<br />

recebeu. Deve transmiti-lo totalmente fiel e completo.<br />

Este princípio é o que assegurará que a verdade e a doutrina não se perderão ou diluirão após<br />

várias gerações de discípulos. Não pod<strong>em</strong>os abrir mão deste princípio.<br />

Se cada discipulador subtrai 10% daquilo que recebeu, após várias gerações não terá sobrado<br />

nada da verdade e doutrina.<br />

Discipuladores dev<strong>em</strong> ser autênticos, não originais. Não há lugar na igreja para “originais”.<br />

Nela, só há um original: Jesus. Os d<strong>em</strong>ais todos são cópias. Cópias autênticas, fiéis ao original.<br />

Discipuladores não pod<strong>em</strong> inventar nada quanto ao ensino. Dev<strong>em</strong> repetir aquilo que<br />

receberam, n<strong>em</strong> mais n<strong>em</strong> menos.<br />

12. O que é a Catequese e o que é um Catequizado<br />

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e<br />

delas falarás assentado <strong>em</strong> tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.<br />

Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás<br />

nos umbrais de tua casa e nas tuas portas” (Dt 6.6-9).<br />

11


Esta era a forma que o Senhor ordenou ao povo judeu para que transmitiss<strong>em</strong> o ensino de<br />

uma geração para outra. Esta forma de ensinar era conhecida como “catequese”.<br />

A catequese consistia da repetição oral do ensino frase por frase. O discípulo repetia as<br />

palavras ditas por aquele que o ensinava.<br />

No novo Testamento v<strong>em</strong>os a palavra catequese aparecer novamente <strong>em</strong> diversos textos: Lc<br />

1.4, At 18.25, Rm 2.18, 1Co 14.19, Gl 6.6; (a palavra grega original traduzida por instruiu é, na<br />

verdade, catequizar).<br />

Esta era a forma de ensino praticada pelos apóstolos e pela igreja no princípio. Naquela época<br />

não havia Bíblia e caderno. Os discípulos guardavam as palavras de Jesus e dos apóstolos na<br />

mente através da repetição. Era uma forma de ensinar muito simples e poderosa, que<br />

necessitamos resgatar nos dias atuais.<br />

O texto de At 18.24-25, fala de Apolo. Diz que ele era hom<strong>em</strong> eloquente e poderoso nas<br />

escrituras e que ele era catequizado no caminho do Senhor. O que é alguém catequizado?<br />

Alguém catequizado não é alguém que simplesmente conhece o ensino. É alguém que repetiu<br />

muitas vezes o ensino, o sabe de m<strong>em</strong>ória e está capacitado para ensiná-lo.<br />

Há um poder e uma eficiência na catequese. Não pod<strong>em</strong>os achar como algo chato e repetitivo.<br />

Os intelectuais não gostam da repetição. Estão s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> busca de novidades e distrações.<br />

Porém nosso alvo não é distrair-nos e n<strong>em</strong> apenas saber os ensinos, mas ser catequizados <strong>em</strong><br />

todo o caminho do Senhor. Para isto necessitamos praticar a catequese.<br />

“Há mim não me desgosta, e é segurança para vós outros, que eu vos escreva as mesmas<br />

coisas” (Fp 3.1).<br />

Hoje, entre nós, praticamos a catequese de diversas formas:<br />

Pela repetição oral do ensino pelos discipuladores para seus discípulos, <strong>em</strong> toda<br />

oportunidade que estiver<strong>em</strong> juntos.<br />

Pela m<strong>em</strong>orização dos textos bíblicos e resumo dos ensinos (cartelas de<br />

m<strong>em</strong>orização).<br />

Pela leitura repetida das escrituras, das apostilas de ensino, da audição repetida de<br />

fitas e CDs.<br />

13. Discipulado não é Reunião – é Relacionamento<br />

Hoje <strong>em</strong> dia, há muita gente falando de discipulado. Porém, para a maioria das pessoas,<br />

discipulado é um método de reunir a igreja <strong>em</strong> pequenos grupos para estudo bíblico. Nesses<br />

casos o discipulado resume-se a uma reunião.<br />

Um verdadeiro discipulado não se compõe apenas de reuniões. Discipulado é relacionamento.<br />

É um vínculo forte, pessoal e intenso entre o discípulo e o discipulador. Assim era o discipulado<br />

de Jesus.<br />

“Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes? Respondeu-lhes: Vinde e vede.<br />

Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou<br />

menos a hora décima” (Jo 1.38-39).<br />

12


“Então, designou doze para estar<strong>em</strong> com ele...” (Mc .14).13 – “Vinde e vede”. Aonde Jesus<br />

ensinava? Ele não tinha uma sala de aula ou salão de reunião. Ele ensinava os discípulos aonde<br />

Ele vivia.<br />

Como Jesus formou os doze discípulos? O segundo texto acima declara: Ele designou os doze<br />

para estar<strong>em</strong> com ele. Jesus não os ensinou <strong>em</strong> reuniões ou <strong>em</strong> um s<strong>em</strong>inário. Formou-os<br />

fazendo-se acompanhar deles <strong>em</strong> todo t<strong>em</strong>po e <strong>em</strong> todo lugar. Eles viram Jesus fazendo tudo:<br />

evangelizando, ensinando, curando, expelindo d<strong>em</strong>ônios, visitando, orando, chorando,<br />

comendo, andando e dormindo.<br />

Por isso diz<strong>em</strong>os que discipulado não é reunião, é relacionamento.<br />

Como um discipulador ensina? Um discipulador ensina <strong>em</strong> todo t<strong>em</strong>po, <strong>em</strong> todo lugar, com<br />

sua vida e com a palavra. E, como um discípulo aprende? Um discípulo aprende vendo,<br />

ouvindo e perguntando.<br />

Necessitamos vencer as dificuldades da vida moderna e buscar crescer no relacionamento com<br />

os nossos discípulos. Abrir nossas casas e criar o máximo de oportunidades para estarmos<br />

juntos. Quanto mais t<strong>em</strong>po juntos, mais eficaz será o discipulado.<br />

Estar juntos para orar, sair para evangelizar, estudar a palavra, visitas a “contatos”, almoços<br />

após reuniões, lazer, praia, jogos, viagens, churrascos, compras, consertos da casa, enfim o<br />

máximo de atividades que conseguirmos fazer juntos. Isto solidificará o vínculo e acelerará a<br />

formação do discípulo.<br />

14. Encontros Formais e Encontros Informais<br />

O fato de que o discipulado não é reunião e de que o discípulo aprende <strong>em</strong> todo t<strong>em</strong>po, <strong>em</strong><br />

todo lugar, vendo, ouvindo e perguntando, não elimina a necessidade e proveito de termos<br />

reuniões com os discípulos, especialmente para o estudo da palavra. Chamamos isto de<br />

encontros formais.<br />

Diz<strong>em</strong>os então que no relacionamento de discipulado deve haver os encontros formais<br />

(programados na s<strong>em</strong>ana) e os encontros informais (não programados, <strong>em</strong> outras<br />

oportunidades da s<strong>em</strong>ana).<br />

Os encontros formais (programados), garantirão a continuidade do ensino de formação e<br />

catequese na vida do discípulo. Porque, na vida moderna, se não há um compromisso<br />

programado que garanta um mínimo de relacionamento, muitas vezes ocorre uma<br />

inconstância e debilidade na formação do discípulo.<br />

15. Firmeza e Brandura<br />

“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para<br />

com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõ<strong>em</strong>, na<br />

expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecer<strong>em</strong> plenamente<br />

a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se dos laços do diabo, tendo sido feitos<br />

cativos por ele para cumprir<strong>em</strong> a sua vontade” (2Tm 2.24-26)<br />

“Irmão, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com<br />

espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” (Gl 6.1)<br />

Como dev<strong>em</strong>os corrigir um discípulo que erra?<br />

13


Esta é uma resposta muito importante. É uma das partes mais difíceis do discipulado.<br />

Tratar com um discípulo bom, todo mundo sabe. Não é necessário ser um discipulador maduro<br />

para cuidar de um discípulo fiel, submisso, que pratica tudo que é ensinado, cumpre todas as<br />

tarefas, evangeliza, ora e vive uma vida santa e irrepreensível.<br />

Vamos conhecer a maturidade de um discipulador quando ele tiver que cuidar de um discípulo<br />

deficiente.<br />

Os textos acima nos ensinam qual a postura correta. Eles falam de uma mistura de firmeza<br />

com brandura.<br />

Um discipulador deve ser firme, porque ele não pode deixar de corrigir os erros dos discípulos.<br />

Não pode ser negligente e deixar passar suas deficiências s<strong>em</strong> tratá-las.<br />

Porém um discipulador não pode tratar o discípulo de forma carnal, áspera e rude. O texto<br />

acima diz que o servo do Senhor não é contencioso, não é de briga. Pelo contrário deve ser<br />

brando para com todos. Brando não é frouxo. É firme, porém cordial e amoroso. O texto<br />

também diz que t<strong>em</strong> que ser paciente. Paciente <strong>em</strong> meio às encrencas. Não se exaspera. O<br />

texto diz que até mesmo ao chegar a disciplinar os que se opõ<strong>em</strong>, ele deve fazê-lo com<br />

mansidão (observação: este é apenas um ex<strong>em</strong>plo de situação; os discipuladores e líderes não<br />

têm autoridade para disciplinar na igreja).<br />

Os textos acima ensinam uma rara mistura de firmeza e brandura. E esta é a atitude correta de<br />

um discípulo maduro. O texto <strong>em</strong> Gálatas 6.1 diz: “corrigi-o com espírito de brandura”.<br />

Em outras palavras, um discipulador deve ser firme com os erros do discípulo, s<strong>em</strong>pre com um<br />

espírito mando, humilde, brando e amoroso. Um discipulador deve tratar o discípulo com<br />

respeito. Não t<strong>em</strong> autoridade para se exasperar, brigar, ralhar ou gritar com o discípulo.<br />

Cuidado com a ira! Nossa ira não produz a justiça de Deus (Tg 1.20), e ainda ofenda a Deus (ver<br />

o erro de Moisés que lhe custou não entrar <strong>em</strong> Canaã. [Nm 20.2-13]).<br />

Se o discípulo for desobediente e insubmisso, e o discipulador não estiver conseguindo cuidar<br />

do discípulo, deve levar o assunto aos líderes e pastores para que julgu<strong>em</strong> a situação e passam<br />

tomar as medidas necessárias.<br />

16. Três r<strong>em</strong>édios para Três Doenças Diferentes<br />

“Exortamos-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os<br />

desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos” (1Ts 5.14)<br />

Qu<strong>em</strong> procuraria um médico que não sabe diagnosticar as enfermidades de seus doentes? Ou<br />

qu<strong>em</strong> confiaria <strong>em</strong> um médico que não sabe prescrever a medicação adequada para cada<br />

doença?<br />

A função básica e essencial de um médico é reconhecer b<strong>em</strong> cada tipo de doença e saber<br />

tratá-la com a medicação correta. Se um médico trata um canceroso com aspirina, certamente<br />

irá matá-lo e se não conhece um simples resfriado e prescreve uma quimioterapia, também irá<br />

matá-lo.<br />

Assim também na igreja há diferentes tipos de enfermos e dev<strong>em</strong>os cuidar de cada um da<br />

forma mais sábia e correta.<br />

14


No texto acima, o apóstolo Paulo enumera três tipos de pessoas na igreja, e exorta a três tipos<br />

de atuação:<br />

Admoesteis os insubmissos;<br />

Consoleis os desanimados;<br />

Ampareis os fracos.<br />

Estes são três tipos completamente diferentes de enfermidade, e Paulo dá a indicação exata<br />

do tratamento para cada uma delas:<br />

a) Os insubmissos: Esta é a categoria mais complicada. A enfermidade mais grave para a<br />

qual Paulo descreve a medicação mais potente: Admoesteis os insubmissos.<br />

Admoestação está no mesmo nível de uma repreensão. Os insubmissos não pod<strong>em</strong><br />

continuar <strong>em</strong> seu caminho de rebelião. Necessitam ser corrigidos firm<strong>em</strong>ente para<br />

ser<strong>em</strong> salvos. Mas cuidado! Não dev<strong>em</strong>os estar tão prontos para considerar alguém<br />

um insubmisso. Muitas vezes um desobediente pode ser um fraco ou um desanimado.<br />

A insubmissão está ligada a uma atitude interior de rebelião, de não reconhecer<br />

autoridade sobre si, ou de levantar-se contra a autoridade.<br />

b) Os desanimados: O Desânimo é um estado <strong>em</strong>ocional momentâneo e circunstancial,<br />

que qualquer um pode passar. Muitas vezes um bom discípulo, diante de probl<strong>em</strong>as e<br />

dificuldades pode ser tomado de desânimo e o apóstolo Paulo dá a indicação do<br />

r<strong>em</strong>édio que ele necessita: Consolo. Consolo muitas vezes é uma palavra de ânimo,<br />

colocando-se ao lado, proclamando a verdade e procurando gerar fé <strong>em</strong> seu coração.<br />

c) Os fracos: Os fracos são aqueles que desde o início da fé, mesmo tendo o desejo<br />

sincero de seguir a Cristo, t<strong>em</strong> debilidades e deficiência <strong>em</strong> sua vida como discípulo.<br />

Difer<strong>em</strong>-se totalmente dos insubmissos <strong>em</strong> sua atitude de coração, pois reconhec<strong>em</strong><br />

seus erros e aceitam a correção, ainda que às vezes tard<strong>em</strong> <strong>em</strong> vencer as suas<br />

debilidades. A estes Paulo orienta que sejam amparados. Amparo quer dizer, suporte e<br />

ajuda. Os fracos são como ovelhas debilitadas que necessitam, às vezes, de ser<strong>em</strong><br />

carregadas nos ombros.<br />

Dar uma repreensão a um desanimado é o mesmo que dar uma quimioterapia a um gripado,<br />

lhe causará muitos males. E dar ampara a um insubmisso é dar uma aspirina a um canceroso.<br />

Certamente acabará morrendo. Portanto é fundamental que cada discipulador saiba discernir<br />

com precisão a dificuldade de cada discípulo e dar a cada um o que ele necessita.<br />

Ao final do texto, Paulo nos exorta a respeito da atitude que dev<strong>em</strong>os ter com todos os tipos<br />

de probl<strong>em</strong>as: “Sejais longânimos para com todos”. Portanto qualquer que seja a situação a<br />

tratar – seja insubmisso, desanimado ou fraco – dev<strong>em</strong>os nos revestir de paciência, sabedoria<br />

e graça. Não pod<strong>em</strong>os nos exasperar e impacientar com ninguém.<br />

17. Passos para Formar uma Vida<br />

Um discípulo é alguém disposto e desejoso de ser ensinado. Alguém que t<strong>em</strong> fome e sede de<br />

aprender, não simplesmente para saber, mas para praticar. Quer conhecer a vontade de seu<br />

Senhor para obedecê-lo.<br />

Quais os passos para formar a vida de um discípulo?<br />

a) Ensinar – Mt 28.20. Instruir o discípulo com a Palavra <strong>em</strong> todas as áreas de sua vida.<br />

Não pod<strong>em</strong>os cobrar aquilo que não ensinamos primeiro.<br />

b) Repetir (Catequizar) – Fp 3.1. Repetir o ensino diversas vezes. O alvo não é apenas<br />

conhecer o ensino, mas estar catequizado.<br />

15


c) Exortar e Animar – Hb 3.13. Exortar significa animar. Isto é importantíssimo. Deve ser<br />

a nota principal do relacionamento de discipulado. Estamos <strong>em</strong> luta contra “o<br />

desanimador”, que com suas mentiras, quer derrubar as vidas. Dev<strong>em</strong>os incutir fé<br />

através da proclamação da verdade, animando, estimulando e reconhecendo os<br />

progressos.<br />

d) Corrigir – Gl 6.1. Após ensinar, repetir e animar, se o discípulo não pratica a palavra,<br />

deve ser corrigido.<br />

e) Repreender <strong>em</strong> particular (Admoestar) – 1Ts 4.14. Se o discípulo d<strong>em</strong>onstra<br />

resistência <strong>em</strong> obedecer, após ser<strong>em</strong> cumpridas as etapas acima, deve ser<br />

repreendido, para que se arrependa e mude.<br />

f) Disciplinar (exclusivamente pelos presbíteros)- 2Tm 2.25-26. Nos casos de pecados ou<br />

insubmissão, o assunto deve ser levado aos presbíteros para, se for o caso, ser<br />

aplicada alguma medida de disciplina, ainda com o propósito de salvar a pessoa.<br />

18. Autoridade para servir<br />

“Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: sabeis que os que são considerados<br />

governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exerc<strong>em</strong><br />

autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, qu<strong>em</strong> quiser tornar-se grande entre vós,<br />

será esse o que vos sirva; e qu<strong>em</strong> quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o<br />

próprio Filho do Hom<strong>em</strong> não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida <strong>em</strong> resgate<br />

por muitos.” (Mc 10.42-45)<br />

O modelo de autoridade deste mundo está totalmente corrompido. Os homens desejam ser<br />

investidos de autoridade <strong>em</strong> busca de honra, glória e privilégios. Exerc<strong>em</strong> sua autoridade <strong>em</strong><br />

benefício próprio, dominando, oprimindo e prejudicando aqueles que lhes estão sujeitos. Por<br />

isso, normalmente, os subordinados obedec<strong>em</strong> somente às vistas e aborrec<strong>em</strong> e maldiz<strong>em</strong> o<br />

seu superior <strong>em</strong> seu coração.<br />

Este modelo de autoridade do exército, por ex<strong>em</strong>plo. No exército, as autoridades são<br />

impostas, normalmente não são queridas n<strong>em</strong> admiradas. Geralmente são autoritárias e<br />

abusivas. Também a obediência dos subalternos é apenas exterior. Por fora diz<strong>em</strong>: “Sim,<br />

senhor.”; mas por dentro estão praguejando contra a autoridade. Este é um exercício de<br />

autoridade mau e penoso. Isto nada t<strong>em</strong> a ver com o gracioso modelo de autoridade do reino<br />

de Deus.<br />

Jesus, autoridade máxima na igreja, aquele que t<strong>em</strong> todo poder e autoridade nos céus e na<br />

terra é o nosso modelo no exercício de autoridade.<br />

“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa perguntou-lhes:<br />

compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e Senhor e dizeis b<strong>em</strong>: porque eu o sou.<br />

Ora, se eu sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos<br />

outros. Porque eu vos dei o ex<strong>em</strong>plo, para que, como eu vos fiz façais vós também.”<br />

(Jo 13.12-15)<br />

Neste marcante episódio, Jesus deixa registrada a característica que deve ser marcante<br />

naquele que exerce autoridade <strong>em</strong> seu reino: serviço. A autoridade no reino de Deus é para<br />

servir. A autoridade no reino de Deus não é imposta, é conquistada pelo serviço.<br />

“Pois o próprio Filho do Hom<strong>em</strong> não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida <strong>em</strong><br />

resgate por muitos.” (Mc 10.45)<br />

16


Em seu relacionamento com o discípulo, o discipulador deve aproveitar todas as<br />

oportunidades para servi-lo: visitá-lo, acudi-lo nas necessidades, recebê-lo <strong>em</strong> casa, servi-lo<br />

com suas capacidades físicas, materiais, <strong>em</strong>ocionais e espirituais.<br />

19. Tipos de Palavra e Níveis de Autoridade<br />

Ao longo do relacionamento de discipulado, o discipulador dá três tipos diferentes de palavra<br />

aos discípulos:<br />

Palavra de Deus<br />

Conselho<br />

Opinião<br />

É necessário fazer-se uma distinção clara de cada um destes tipos de palavra, porque para<br />

cada uma delas, o discipulador deverá usar um nível de autoridade diferente. O discipulador<br />

que não compreende b<strong>em</strong> isto pode tornar-se autoritário, exigindo submissão e obediência a<br />

toda e qualquer palavra sua.<br />

a) Palavra de Deus (1Co 7.10) – Autoridade Absoluta<br />

É toda palavra ou princípio claramente enunciado nas Escrituras. Por ex<strong>em</strong>plo: Honra a teu pai<br />

e tua mãe; Maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou a igreja; Perdoai-vos uns aos<br />

outros.<br />

Este tipo de palavra – Palavra de Deus – t<strong>em</strong> autoridade total e absoluta. É inquestionável.<br />

Diante da palavra de Deus, o discípulo deve ter total e absoluta submissão e obediência.<br />

b) Conselho (1Co 7.12) – Autoridade Relativa<br />

É toda orientação importante dada para a vida de um discípulo, que não esteja explicitamente<br />

enunciada nas Escrituras. Por ex<strong>em</strong>plo: recomendo que você não se case agora; aconselho que<br />

você faça uma faculdade ou que procure outro <strong>em</strong>prego.<br />

Este tipo de palavra – Conselho – t<strong>em</strong> autoridade limitada e relativa. Embora seja aconselhável<br />

que o discípulo dê ouvidos aos conselhos, pois é segurança para ele, ele não é obrigado a<br />

segui-los. O discipulador não deve se sentir ofendido, n<strong>em</strong> pode chamar o discípulo de rebelde<br />

se ele questiona algum conselho.<br />

c) Opinião (1Co 7.40) – Nenhuma Autoridade<br />

É toda orientação ou sugestão que pode ser ou não seguida pelo discípulo, <strong>em</strong> assuntos <strong>em</strong><br />

que não há uma forma certa ou errada. Por ex<strong>em</strong>plo: você poderia passar as férias <strong>em</strong><br />

determinado lugar; construa uma casa maior; use roupas mais modernas.<br />

Para Este tipo de palavra – Opinião – não há nenhuma autoridade. O discípulo fica<br />

completamente livre para seguir ou não a opinião do discipulador.<br />

20. Um Discipulador Frutifica e leva os <strong>Discípulos</strong> a Frutificar<br />

“Nisto é glorificado meu Pai, <strong>em</strong> que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.”<br />

(Jo 15.8)<br />

17


Uma das características de um discípulo é que dá muito fruto. Logo, a missão de um<br />

discipulador não termina enquanto seu discípulo não frutifica. Ele não pode descansar<br />

enquanto seus discípulos não estiver<strong>em</strong> frutificando.<br />

A missão do discipulador não se limita a formar o caráter do discípulo, mas envolve também<br />

desenvolver o seu serviço, levá-lo a frutificar.<br />

É claro que para isto, todo discipulador deve também estar dando fruto. Não pode se<br />

acomodar porque ganhou um ou dois discípulos e já se tornou discipulador. Se for assim, seus<br />

discípulos não frutificarão.<br />

Um discipulador deve ser alguém dedicado e apaixonado por ganhar vidas e deve transmitir<br />

isto a seus discípulos.<br />

Isto implica <strong>em</strong> mobilizar os discípulos a proclamar. Cada discipulador é responsável por enviar<br />

e supervisionar a proclamação de seus discípulos. Sair com discípulo, ensiná-lo com o ex<strong>em</strong>plo,<br />

investir com ele <strong>em</strong> seu círculo de amigos e parentes. (Ver orientações para investimento no<br />

“Oikos”).<br />

18

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!