COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR, DA FIRMA E DO MERCADO
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<strong>COMPORTAMENTO</strong> <strong>DO</strong> CONSUMI<strong>DO</strong>R, <strong>DA</strong> <strong>FIRMA</strong> E <strong>DO</strong> MERCA<strong>DO</strong><br />
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A Figura 3.l0a mostra os diferentes valores que a elasticidade-preço da demanda<br />
assume ao longo de uma mesma curva de demanda (os dados são da Tabela 3.2). A<br />
elasticidade é unitária no ponto em que o preço é 20 (os valores são considerados em<br />
módulo, isto é, sem o sinal), ou seja: [(18 - 24) / 18] / [(30 - 20) / 30] = I1I. Pontos da curva<br />
referentes a preços maiores do que 20 fornecem εpd >1, enquanto as elasticidades para<br />
preços menores do que 20 geram εpd < 1.<br />
Devido a essa variação, costuma-se utilizar também o conceito de elasticidade-arco,<br />
considerando-se a média dos preços e das quantidades, ou seja:<br />
ε a pd = [∆q/(q1 + q2)/2] / [∆P/(P1 + P2)/2)] (2)<br />
No exemplo anterior, a elasticidade-arco seria 1,40 quando o preço passa de 40 para<br />
30 e de 0,71 quando a variação é de 30 para 20. Como se observa, a elasticidade-arco,<br />
pegando as médias, reduz o valor das elasticidades em relação àquela obtida em um ponto<br />
específico da curva de demanda.<br />
Dependendo dos valores da elasticidade-preço, a demanda é considerada elástica<br />
(εpd > 1), inelástica (εpd < 1) ou unitária (εpd = 1). Produtos como carne bovina de<br />
primeira, eletrodomésticos e viagens apresentam demanda elástica, ou seja, pequenas<br />
variações proporcionais de preços acarretam variações proporcionais maiores das<br />
quantidades demandadas, enquanto alguns produtos como sal, medicamentos e alimentos<br />
de primeira necessidade apresentam demanda inelástica.<br />
Na Figura 3.10b, observa-se que a demanda mais elástica é a que se apresenta<br />
menos inclinada: assim, para uma mesma variação proporcional de preço (como de 3 para<br />
2), as quantidades variam de 4,1 para 5,8 no caso da demanda elástica (gráfico da<br />
esquerda), e de 3,8 para 4,4 para a demanda inelástica (gráfico da direita).<br />
Observando-se a equação 1, constata-se que, se as quantidades demandadas (∆Q/Q)<br />
variam com alterações muito pequenas de preços (∆P/P tendendo a zero), então a<br />
elasticidade tenderá ao infinito (εpd = ∞). Elasticidade infinita corresponde a uma<br />
demanda perfeitamente elástica e, nesse caso, a curva de demanda será horizontal.<br />
Exemplos de demanda perfeitamente elástica podem ser fornecidos por alguns produtos<br />
agrícolas no mercado internacional (concorrência perfeita): ao preço P0, qualquer<br />
quantidade poderá ser demandada, mas nenhuma a um preço maior (a um preço menor<br />
não será lógico, pois nenhum vendedor irá querer ofertar, se ele pode vender ao preço P0.<br />
Inversamente, elasticidade igual a zero corresponde a uma demanda perfeitamente<br />
inelástica e a curva de demanda será vertical: as quantidades demandadas não variam,<br />
por maior que seja a mudança dos preços (∆q/q tendendo a zero). Esse é o caso de<br />
medicamentos essenciais, como antibióticos e, provavelmente, o sal de cozinha: ninguém<br />
irá colocar mais sal nos alimentos por menor que seja seu preço.<br />
Prof. Drd. Marcos Rambalducci<br />
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