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juliana montijo pinto rosa - Unioeste

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Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

JULIANA MONTIJO PINTO ROSA<br />

FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DISPNÉIA EM INDIVÍDUOS COM<br />

FIBROMIALGIA E SUA CORRELAÇÃO COM PARÂMETROS SUBJETIVOS<br />

CASCAVEL - PR<br />

2005


Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE<br />

CURSO DE FISIOTERAPIA<br />

JULIANA MONTIJO PINTO ROSA<br />

FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DISPNÉIA EM INDIVÍDUOS COM<br />

FIBROMIALGIA E SUA CORRELAÇÃO COM PARÂMETROS SUBJETIVOS<br />

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado<br />

ao Curso de Fisioterapia da Universidade<br />

Estadual do Oeste do Paraná, Campus<br />

Cascavel como requisito parcial para obtenção<br />

do título de Graduação em Fisioterapia.<br />

Orientadora: Profª Maiza Ritomy Ide.<br />

CASCAVEL - PR<br />

2005


Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

TERMO DE APROVAÇÃO<br />

JULIANA MONTIJO PINTO ROSA<br />

FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DISPNÉIA EM INDIVÍDUOS COM<br />

FIBROMIALGIA E SUA CORRELAÇÃO COM PARÂMETROS SUBJETIVOS.<br />

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtençãodo<br />

título graduado em Fisioterapia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná.<br />

Profº. Eduardo Alexandre Loth.<br />

Coordenador do curso<br />

BANCA EXAMINADORA<br />

.......................................................................<br />

Orientadora: Profª Maiza Ritomy Ide<br />

Colegiado de Fisioterapia – UNIOESTE<br />

........................................................................<br />

Profº Gladson Ricardo Flor Bertolini.<br />

Colegiado de Fisioterapia – UNIOESTE<br />

........................................................................<br />

Profª Francyelle Pires dos Santos Suzin.<br />

Colegiado de Fisioterapia – UNIOESTE<br />

Cascavel, 23 de novembro de 2005.


Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

“A felicidade que a humanidade pode ter não<br />

está no prazer mas no alívio da dor”.<br />

Jhon Dryden


Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Aos meus pais Raquel e Wantuil, pelo apoio, incentivo e esforços realizados para<br />

que eu alcance meus objetivos e persista na busca pelos meus ideais.<br />

Ao meu namorado Fernando Thöming, pelo carinho, companheirismo, paciência e<br />

amizade que dividiu comigo a cada etapa desta realização.<br />

À Profª Maiza pela ajuda com seu conhecimento e dedicação na orientação deste<br />

trabalho.<br />

As minhas amigas Anna Paula, Cássia, e Luana por estarem presentes nos bons<br />

momentos, nas horas difíceis e por sempre me apoiarem...guardarei vocês por toda<br />

vida!!!<br />

A todas pessoas que diretamente ou indiretamente colaboraram para realiazação<br />

deste trabalho...<br />

Em especial Claudia, Márcia, Izabela, Nayara, Andrey, Alessandra, Vanessa, Poli,<br />

Laís, Giovana, Carine, Rafael, Fran, Rafaela, Carol e Suelen sem eles com certeza<br />

esse trabalho não existiria.


Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

RESUMO<br />

A fibromialgia é uma patologia crônica, caracterizada por dor, distúrbios do sono e<br />

intestino, fadiga, rigidez matinal, ansiedade e dispnéia. Objetivou-se com esse<br />

estudo detectar alterações na força muscular respiratória e presença de dispnéia,<br />

bem como verificar a correlação destes com parâmetros subjetivos (ansiedade,<br />

fadiga, dor e capacidade funcional) em indivíduos com fibromialgia. Foram avaliadas<br />

31 mulheres com diagnóstico clínico de fibromialgia. Os indivíduos foram submetidos<br />

a avaliação da dor e dispnéia por escalas análogas e também responderam<br />

questionários para avaliação da capacidade funcional (FIQ) e fadiga (Escala de<br />

Severidade da Fadiga). Foram avaliadas ainda as pressões respiratórias máximas.<br />

Apenas seis indivíduos não relataram dispnéia. Os indivíduos apresentaram redução<br />

das pressões respiratórias máximas, tanto PEmáx quanto PImáx. Verificou-se<br />

correlação da dispnéia com FIQ total (p = 0,01), função física (p =0,01), depressão<br />

(p = 0,03), ansiedade (p=0,03), rigidez (p= 0,01), dor (p=0,05). Verificou-se<br />

correlação da PImáx com PEmáx (p = 0,01), ansiedade (p = 0,01), dor (p = 0,03),<br />

rigidez (p = 0,05). Conclui-se que indivíduos com fibromialgia apresentam redução<br />

na força muscular respiratória. Apresentam também dispnéia, possivelmente<br />

causada por distúrbios psicossomáticos e não somente por alterações respiratórias.<br />

Palavras chaves: Fibromialgia, dispnéia, força muscular respiratória


Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

ABSTRACT<br />

The fibromyalgia is a chronic pathology, characterized by pain, sleep and bowel<br />

disturbances, fatigue, morning stiffness, anxiety and dyspnea. This research aim to<br />

investigate changes in the respiratory muscle strength and the presence of dyspnea,<br />

as well as to verify the correlation between these parameters with subjective findings<br />

(as anxiety, fatigue, pain and functional capacity) in subjects with fibromyalgia. Thirtyone<br />

women with clinical diagnosis of fibromyalgia were assessed. The subjects were<br />

submitted to pain and dyspnea assessment, through analogous scales and also<br />

answered questionnaires about their functional capacity (FIQ) and fatigue (Fatigue<br />

Severity Scale). The maximum respiratory pressures were still measured. Only 6<br />

subjects did not present dyspnea. The subjects presented reduction in the respiratory<br />

muscle strength (both inspiratory and expiratory maximum pressures – IP and<br />

EPmax). It was verified correlation of the dyspnea with functional capacity (p = 0.01),<br />

physical function (p = 0.01), depression (p = 0,03), anxiety (p=0,03), stiffness (p =<br />

0.01) and pain (p=0,05). One verified correlation of the IPmáx with EPmáx (p = 0.01),<br />

anxiety (p = 0.01), pain (p = 0,03) and stiffness (p = 0,05). Subjects with fibromialgia<br />

have reduction in the respiratory muscle strength. They also present dyspnea,<br />

probably due to psychosomatic disturbances and not only due to respiratory<br />

changes.<br />

Key-words – fibromyalgia, dyspnea, respiratory muscle strength


Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

SUMÁRIO<br />

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS....................................................................09<br />

LISTA DE ILUSTRAÇÕES........................................................................................10<br />

LISTA DE TABELAS.................................................................................................11<br />

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................12<br />

1.1Objetivos..............................................................................................................14<br />

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................15<br />

2.2Definição..............................................................................................................15<br />

2.3História da Fibromialgia.....................................................................................16<br />

2.4Etiologia...............................................................................................................17<br />

2.5Etiopatogenia......................................................................................................18<br />

2.5.1Distúrbio do Sono............................................................................................18<br />

2.5.2 Distúrbio Musculoesquelético..........................................................................20<br />

2.5.3 Distúrbio Imunológico......................................................................................21<br />

2.5.4 Distúrbio Neurossomático...............................................................................21<br />

2.5.5 Distúrbio Cronobiológico.................................................................................22<br />

2.6 Quadro Clínico....................................................................................................22<br />

2.6.1 Avaliação da Dor.............................................................................................25<br />

2.6.2 Avaliação da Ansiedade..................................................................................26<br />

2.7 Tratamento..........................................................................................................27<br />

2.7.1 Tratamento Farmacológico..............................................................................28<br />

2.7.2 Tratamento Fisioterapêutico............................................................................29<br />

3 MECÂNICA DA VENTILAÇÃO..............................................................................32<br />

3.1 Fibromialgia e Função Respiratória.................................................................35<br />

3.1.1 Força Muscular Respiratória de Indivíduos com Fibromialgia........................36<br />

3.1.1.1 Avaliação da Força Muscular Respiratória...................................................37<br />

3.1.2 Dispnéia...........................................................................................................40<br />

3.1.2.1 Avaliação da Dispnéia...........................l.......................................................41<br />

4 CAPACIDADE FUNCIONAL NA FIBROMIALGIA................................................43<br />

4.1 Avaliação da Capacidade Funcional................................................................43<br />

5 METODOLOGIA....................................................................................................45<br />

5.1 Participantes.......................................................................................................45<br />

5.2 Avaliação.............................................................................................................46<br />

5.2.1 Força Muscular Respiratória...........................................................................46<br />

5.2.2 Dispnéia...........................................................................................................48<br />

5.2.3 Capacidade Funcional.....................................................................................49<br />

5.2.4 Dor...................................................................................................................49<br />

5.2.5 Ansiedade........................................................................................................50<br />

5.2.6 Fadiga..............................................................................................................50<br />

5.3 Análise dos dados............................................................................................51


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

6 RESULTADOS......................................................................................................52<br />

7 DISCUSSÃO.........................................................................................................66<br />

CONCLUSÃO............................................................................................................69<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................70<br />

APÊNDICE A - PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA...................74<br />

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO............78<br />

ANEXO A - TERMO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA.............................76<br />

ANEXO B - VISUAL ANALOGUE SCALE................................................................80<br />

ANEXO C - FIBROMYALGIA IMPACT QUESTIONNAIRE..................................... 82<br />

ANEXO D - ESCALA DE ANSIEDADE DE HAMILTON...........................................84<br />

ANEXO E - ESCALA DE SEVERIDADE DA FADIGA..............................................87


Monografias do Curso de Fisioterapia da <strong>Unioeste</strong><br />

n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

ACR - American College of Rheumatology<br />

cmH2O - Centímetros de Àgua<br />

EPE - Erro Padrão<br />

EVN - Escala Visual Análoga Numérica<br />

FIQ - Fibromyalgia Impact Questionnaire<br />

LIN – Limite Inferior de Normalidade<br />

PImáx - Pressão Inspiratória Máxima<br />

PEmáx - Pressão Expiratória Máxima<br />

VAS - Visual Analogue Scale<br />

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

LISTA DE ILUSTRAÇÕES<br />

FIGURA 1 - Ciclo vicioso da dor................................................................................19<br />

FIGURA 2 - Localização dos 18 pontos dolorosos em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................24<br />

FIGURA 3 - Mecânica respiratória: inspiração e expiração.......................................34<br />

FIGURA 4 - Avaliação da força muscular respiratória ..............................................47<br />

GRÁFICO 1 - Correlação entre Dispnéia e PImáx (cmH2O) em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................55<br />

GRÁFICO 2 - Correlação entre dispnéia e FIQ total em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................56<br />

GRÁFICO 3 - Correlação entre dispnéia e função física em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................57<br />

GRÁFICO 4 - Correlação entre dispnéia e dor (FIQ) em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................58<br />

GRÁFICO 5 - Correlação entre dispnéia e rigidez (FIQ) em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................59<br />

GRÁFICO 6 - Correlação entre dispnéia e ansiedade (FIQ) em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................60<br />

GRÁFICO 7 - Correlação entre dispnéia e depressão (FIQ) em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................61<br />

GRÁFICO 8 - Correlação entre PImáx (cmH2O) e PEmáx em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................62<br />

GRÁFICO 9 - Correlação entre PImáx e ansiedade em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................63<br />

GRÁFICO 10 - Correlação entre PImáx e dor em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................64<br />

GRÁFICO 11 - Correlação entre PImáx e rigidez (FIQ) em indivíduos com<br />

fibromialgia.................................................................................................................65


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

LISTA DE TABELAS<br />

TABELA 1 - Estimativa dos limites de normalidade para PImáx e PEmáx, de acordo<br />

com a idade ...............................................................................................................48<br />

TABELA 2 - Escores PImáx e PEmáx (cmH2O)............................... ........................53<br />

TABELA 3 - Correlação entre as variáveis estudadas..............................................54


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

A fibromialgia é uma síndrome dolo<strong>rosa</strong> difusa não–inflamatória, não auto-<br />

imune e crônica (duração maior que três meses) de etiologia desconhecida (WEST,<br />

2001). Caracteriza-se por dores musculares difusas crônicas em sítios dolorosos<br />

específicos (tender points), associados freqüentemente à presença de fadiga,<br />

distúrbios do sono e disfunção intestinal. Outros sintomas são encontrados,<br />

provavelmente decorrente dos sintomas primários, como ansiedade, dispnéia e<br />

depressão (MARTINEZ et al. 1992).<br />

Indivíduos com fibromialgia apresentam um grau significativamente mais alto<br />

de ansiedade quando comparados com controles normais ou outras condições<br />

dolo<strong>rosa</strong>s tais, como artrite reumatóide. Por sua vez, sabe-se que indivíduos<br />

ansiosos tendem a respirar disfuncionalmente e tendem a apresentar padrão<br />

respiratório predominantemente torácico com envolvimento diafragmático mínimo<br />

podendo exarcebar, causar ou agravar os sintomas da fibromialgia (UVEGES, et al.<br />

1990).<br />

As repercussões de respiração com tendência a hiperventilação podem<br />

comprometer gravemente as estruturas musculoesqueléticas envolvidas, além da<br />

possibilidade de produzir influências disfuncionais diversas (CHAITOW, 2002).<br />

Sabe-se que indivíduos com fibromialgia apresentam pressões respiratórias<br />

máximas abaixo do esperado, indicando redução na força muscular respiratória.<br />

Esta é encontrada especialmente naqueles indivíduos que referem dispnéia


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

(sensação subjetiva de falta de ar) (ÖZGÖCMEN, CIMEN e ARDICOGLU, 2002;<br />

MARTINS e AMARAL, 2003). A dispnéia é um sintoma comum na prática médica,<br />

referida por indivíduos com moléstias dos aparelhos respiratório, cardiovascular e<br />

indivíduos com quadros psicogênicos (MARTINEZ, PADUA e TERRA, 2004).<br />

Pouco se estuda a respeito das alterações respiratórias em indivíduos com fi-<br />

bromialgia, sendo necessário a determinação de alterações nas pressões respiratóri-<br />

as máximas e presença ou não de dispnéia nesses indivíduos. Alterações nas pres-<br />

sões respiratórias máximas e dispnéia podem ser precipitadas ou agravadas pela<br />

presença de outros sintomas como dor, fadiga, ansiedade e alterações da capacida-<br />

de funcional. A verificação destas alterações são importantes para que se determine<br />

o enfoque fisioterapêutico para esses indivíduos.<br />

1.1Objetivos do Estudo


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•Detectar alterações na força muscular respiratória em indivíduos com fibromialgia;<br />

•Verificar a prevalência de dispnéia e sua correlação com parâmetros subjetivos<br />

(ansiedade, fadiga, dor e capacidade funcional) em indivíduos com fibromialgia;<br />

•Verificar a correlação entre força muscular respiratória e parâmetros subjetivos<br />

(ansiedade, fadiga, dor e capacidade funcional) em indivíduos com fibromialgia;<br />

•Verificar a correlação entre dispnéia e força muscular respiratória em indivíduos<br />

com fibromialgia


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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA<br />

2.1 Definição<br />

Segundo WEST (2001) a fibromialgia é uma síndrome dolo<strong>rosa</strong> difusa não<br />

inflamatória, não auto-imune e crônica (duração maior que três meses), de etiologia<br />

desconhecida, com presença de tender points característicos ao exame físico.<br />

Acomete preferencialmente mulheres e é caracterizada por dores<br />

musculares difusas crônicas em sítios dolorosos específicos. Associada<br />

freqüentemente a distúrbios do sono, fadiga, cefaléia crônica, distúrbios psíquicos e<br />

intestinais funcionais (MARTINEZ et al. 1992).<br />

A dor difusa parece ter origem nos músculos, articulações ou ambos.<br />

Pode ser confundida nos estágios iniciais com artropatias inflamatórias, como artrite<br />

reumatóide. A dor muscular envolve tipicamente a região cervical e lombar, com<br />

presença de rigidez matinal, melhora e piora sem razões aparentes. Podendo piorar<br />

com exercícios vigorosos, cessação repentina de atividade física, mudança no<br />

padrão de sono, estado emocional ou coexistência de outras patologias<br />

(GREMILION, 1998), como enxaqueca, cólon irritável, síndrome uretral feminina e<br />

tensão pré-menstrual (HAUN, FERRAZ e POLLAK, 1999).<br />

2.2 História da Fibromialgia


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Durante muitas décadas, a fibromialgia não foi aceita como uma entidade<br />

clínica distinta. Conceituavam-na ora como distúrbio psicológico, ora como síndrome<br />

dolo<strong>rosa</strong> regional. Essas divergências revelavam que a doença parecia diferente a<br />

cada observador (HAUN, FERRAZ e POLLAK, 1999).<br />

Em 1971, Smythe e Moldofsky (desenvolveram os primeiros critérios<br />

diagnósticos para a fibromialgia. Esse estudo provocou o aparecimento de uma série<br />

de publicações científicas de critérios diagnósticos, contribuindo para aumentar o<br />

interesse sobre a fibromialgia. No entanto, os vários critérios propostos<br />

apresentavam problemas metodológicos e de aplicação clínica e nenhum dos<br />

grupos de critérios foi testado entre os vários centros de estudo (WOLFE et al.<br />

1990).<br />

Wolfe et al. (1990) após realização de um estudo envolvendo 16 centros de<br />

estudos em fibromialgia do Canadá e Estados Unidos, publicaram uma proposta de<br />

critérios para classificação da fibromialgia. De acordo com o estudo do American<br />

College of Rheumatology (1990), os critérios ficaram restritos à história de dor,<br />

difusa, dor em 11 de 18 pontos dolorosos pré-determinados à palpação digital com<br />

pressão aproximada de 4 kgf. Os resultados deste estudo demonstraram<br />

sensibilidade de 88,4 % e especificidade de 81,1 %, em relação a outras doenças<br />

reumatológicas.<br />

2.3 Etiologia


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A prevalência da fibromialgia na população adulta geral é de provavelmente<br />

0,5 a 5 % (WEST, 2001). A fibromialgia ocorre predominantemente no sexo<br />

feminino. Somente de 5 a 20 % dos indivíduos são do sexo masculino. A idade varia<br />

de 40 a 50 anos e a média de duração do sintoma é de seis a sete anos, quando os<br />

indivíduos se apresentam à clínica reumatológica (KAZIYAMA, 1998). Esta patologia<br />

é verificada isoladamente ou associada a outras patologias reumáticas, como artrite<br />

reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, entesopatias e doenças endócrinas ou<br />

metabólicas, como hipertireoidismo, hipotireoidismo, osteoporose e outras (ATRA,<br />

POLLAK e MARTINEZ, 1993).<br />

Segundo West (2001) apesar de os indivíduos freqüentemente não<br />

relatarem eventos precipitantes prévios ao início da fibromialgia, a doença é<br />

ocasionalmente precedida por uma síndrome viral aguda, trauma físico ou<br />

emocional, síndrome dolo<strong>rosa</strong> localizada diagnosticada como síndrome dolo<strong>rosa</strong><br />

miofacial, ou suspensão de certos medicamentos (particularmente glicocorticóides).<br />

Embora seja possível que tais distúrbios possam precipitar fibromialgia, é menos<br />

provável que desempenhem uma função primária na manutenção ou na<br />

fisiopatologia da síndrome.<br />

A fibromialgia é de distribuição universal, sem predileção por raça. Não há<br />

estudos comparando áreas rurais e urbanas, nem regiões com diferentes condições<br />

socioeconômicas e mesmo culturais (FELDMAN, 1998).<br />

2.4 Etiopatogenia


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A etiopatogenia da fibromialgia ainda é desconhecida e, como em outras sín-<br />

dromes, provavelmente deve ser multifatorial, com a possibilidade de predisposição<br />

genética seguida de uma única experiência traumática importante (física ou psicoló-<br />

gica) ou de uma infecção (viral como de costume), ou de um efeito composto de es-<br />

tresses múltiplos de menor importância. Diversas hipóteses tentam dar plausibilida-<br />

de biológica à patologia (ATRA, POLLAK e MARTINEZ, 1993; CHAITOW, 2002).<br />

2.4.1 Distúrbio do Sono<br />

Uma das teorias para o início da fibromialgia é que a maioria dos indivíduos<br />

não desenvolverão fibromialgia a menos que haja associado uma anomalia nas<br />

ondas alfa-delta do sono, que irá alterar a secreção do hormônio do crescimento.<br />

Como o hormônio do crescimento é essencial para a reparação muscular normal e<br />

homeostase, uma combinação de uma deficiência neste sentido levaria o indivíduo a<br />

diminuir sua atividade física e ter dificuldades em realizar suas tarefas diárias, com<br />

aumento da ansiedade, estresse e contraturas musculares. Estas alterações<br />

levariam à dor, acentuando ainda mais as dificuldades de um sono restaurador.<br />

Dessa forma, o ciclo vicioso da dor estaria estabelecido como demonstrado na<br />

Figura 1, levando a uma tendência repetitiva para lesão tecidual pode ser o cenário<br />

para o início da dor muscular crônica (CHAITOW, 2002; LIPHAUS et al. 2001).


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Figura 1 - Ciclo vicioso da dor (modificado de SHERRY,1998)<br />

Segundo Kakiyama et al. (2001) quando os indivíduos são submetidos à<br />

privação do estágio quatro do sono não-REM, com intrusão das ondas alfa no sono<br />

delta, podem apresentar sintomas musculoesqueléticos e alterações do humor<br />

similares às da fibromialgia. Porém indivíduos com bom condicionamento<br />

cardiorrespiratório, quando submetidos à privação do estágio quatro não-REM,<br />

apresentam queixa de fadiga, mas não apresentam dor no corpo, sugerindo que a<br />

atividade física de alguma maneira protege os indivíduos contra a dor crônica<br />

generalizada.<br />

O problema de despertar durante o sono é um sintoma encontrado em 80 % a<br />

100 % de todos indivíduos com fibromialgia. A melhora da qualidade do sono deve<br />

reduzir a gravidade dos sintomas experimentados por indivíduos com fibromialgia<br />

(BATES e HANSON, 1998).<br />

2.4.2 Distúrbio Musculoesquelético<br />

Apesar de nenhuma alteração muscular global ter sido demonstrada, estudos<br />

sugerem que o músculo muda focalmente devido à redução dos fosfatos de energia,


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fibras lesadas difusamente, mudanças focais na tensão de oxigênio e faixas de<br />

contração repetitivas (CHAITOW, 2002). Estes estados alterados do músculo podem<br />

derivar de microtrauma muscular, seguidos de exercícios não habituais. É<br />

considerado que um polimorfismo genético exista na suscetibilidade para<br />

microtrauma e os indivíduos com fibromialgia estão no extremo desta curva. Assim<br />

sendo, uma alteração muscular focal, decorrente de uma baixa perfusão capilar,<br />

levaria liberação de substâncias álgicas (substância P, bradicinina, íons potássio,<br />

prostaglandinas) que sensibilizariam os nociceptores, levando à dor (CHAITOW,<br />

2002; LIPHAUS et al. 2001).<br />

2.4.3 Distúrbio Imunológico<br />

A hipótese da disfunção imunológica acredita que “algo” provoca no sistema<br />

imune respostas excessivas, resultando no aumento da produção de citocinas<br />

(CHAITOW, 2002).


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2.4.4 Distúrbio Neurossomático<br />

A hipótese neurossomática propõe que a fibromialgia depende de uma<br />

suscetibilidade genética variável. Se for forte, sintomas neurossomáticos aparecerão<br />

cedo na vida. Se for fraco, outros fatores serão necessários para o desenvolvimento<br />

da síndrome (CHAITOW, 2002).<br />

2.4.5 Distúrbio Cronobiológico<br />

A hipótese cronobiológica sugere que a fibromialgia é o resultados de ritmos<br />

biológicos alterados, incluindo funções fisiológicas diurnas, influências ambientais<br />

sazonais e psicossociais e influências comportamentais (CHAITOW, 2002).


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2.5 Quadro Clínico<br />

O diagnóstico da fibromialgia é essencialmente clínico, já que os exames<br />

laboratoriais e os estudos radiológicos são normais nestes indivíduos (CHAITOW,<br />

2002). Portanto estes são utilizados para excluir patologias que possam mimetizar a<br />

fibromialgia e investigar possíveis condições associadas (WEST, 2001). Ressalta-se<br />

que é imprescindível uma anamnese e um exame físico detalhado para identificar os<br />

sinais e sintomas característicos da fibromialgia (CHAITOW, 2002).<br />

A definição de fibromialgia conforme apresentada pelo American College of<br />

Rheumatology - ACR (1990) é a seguinte:<br />

1.Uma história de dor generalizada por pelo menos três meses. A dor é considerada<br />

generalizada quando todos os seguintes sintomas estão presentes: dor no lado<br />

esquerdo e direito do corpo, abaixo da cintura e acima da cintura. Além disso, deve<br />

haver dor axial (coluna cervical ou parte anterior do peito ou coluna torácica ou<br />

lombar).<br />

2.Dor (com indivíduo relatando “dor” e não apenas sensibilidade) em 11 de 18<br />

pontos sensíveis quando submetidos à pressão digital envolvendo 4 Kgf de pressão.<br />

As localizações são todas bilaterais conforme demonstrado na Figura 2, e são<br />

situadas:<br />

•Suboccipitais – na inserção do músculo suboccipital, bilateral.


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•Cervical baixo – atrás do terço inferior do músculo esternocleidomastóideo,<br />

correspondendo ao ligamento intertransverso de C5-C7, bilateral.<br />

•Trapézio – ponto médio da borda superior, bilateral.<br />

•Supra-espinhoso – acima da espinha da escápula e próximo à borda medial, na<br />

origem do músculo supra-espinhoso, bilateral.<br />

•Segunda junção costocondral – lateral à junção, na origem do músculo peitoral<br />

maior, bilateral.<br />

•Epicôndilo lateral – 2 cm distal ao epicôndilo, bilateral.<br />

•Glúteo – no quadrante superior externo da nádega, na porção anterior do músculo<br />

glúteo médio, bilateral.<br />

• Trocantérico – posterior à proeminência do trocanter, bilateral.<br />

• Joelho – no coxim gorduroso, na linha medial do joelho, bilateral.


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Figura 2 - Localização dos 18 pontos dolorosos em indivíduos com fibromialgia<br />

Fonte: .<br />

Além das características essenciais para a sua classificação, as<br />

manifestações clínicas da fibromialgia exibem uma constelação tão variada de<br />

sintomas que formam um quadro característico, dificilmente simulado por outras<br />

condições (SILVA, PELEGRINO e COELHO, 1997). O principal sintoma é dor<br />

muscular generalizada, freqüentemente acompanhada de rigidez, fadiga e<br />

anormalidades do sono. Manifestam-se em períodos intermitentes de melhora e<br />

piora, tornando-se mais intensos durante alguns meses e depois estabilizando-se,<br />

de modo que a incapacidade física, em graus variados, está sempre presente<br />

(KAZIYAMA et al. 2001).


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Pode apresentar ainda outras anormalidades sensitivas, neurovegetativas e<br />

cognitivas, representadas por ansiedade, depressão, cefaléia, síndrome do cólon<br />

irritável, cistites de repetição, dismenorréia, sensibilidade ao frio, déficits de memória<br />

e de concentração, fenômeno de Raynaud e hiperemia cutânea (KAZIYAMA et al.<br />

2001).<br />

Enfim, queixas das mais diversas naturezas que, quando apresentadas a<br />

médicos não familiarizados com fibromialgia, geralmente significam investimento<br />

inútil de tempo e recursos em exames, numa tentativa de encontrar explicações para<br />

queixas psicossomáticas (SILVA, PELEGRINO e COELHO, 1997).<br />

2.5.1 Avaliação da Dor<br />

Os instrumentos para mensurar a dor podem ser unidimensionais ou<br />

multidimensionais (SERRANO, 2002).<br />

Escalas unidimensionais avaliam somente uma das dimensões da experiência<br />

dolo<strong>rosa</strong>, e dentre as mais usadas, destacam-se as Escala Visual Análoga Numérica<br />

(EVN), graduada de zero a 10, nas quais zero significa ausência de dor e 10, a pior<br />

dor imaginável (SERRANO, 2002). A Visual Analogue Scale (VAS) submete ao<br />

indivíduo uma linha não graduada, na qual uma das extremidades corresponde a<br />

ausência de dor, e na extremidade opostas a pior dor imaginável (SERRANO, 2002).


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2.5.2 Avaliação da Ansiedade<br />

A ansiedade é uma sensação de intranqüilidade, apreensão e medo, marcada<br />

por sinais corporais como sudorese, tensão muscular e taquicardia. Esta sensação é<br />

comum e é considerada um sintoma secundário da fibromialgia e freqüentemente<br />

grave (BECH, KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).<br />

A Escala de Ansiedade de Hamilton para avaliação da ansiedade foi proposta<br />

por Hamilton em 1959. Constituída por categorias de sintomas mediante os quais se<br />

explora a ansiedade como tensão, sintomas neurovegetativos e somáticos (BECH,<br />

KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).<br />

A Escala de Ansiedade de Hamilton é utilizada com freqüência para avaliação<br />

de ansiedade generalizada, é composta de 14 questões com pontuações de zero a<br />

quatro (BECH, KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).<br />

A avaliação é realizada mediante entrevista, através de perguntas realizadas<br />

aos indivíduos a respeito dos sintomas apresentados em relação a semana anterior<br />

a da aplicação do questionário (BECH, KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).


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Essa escala foi desenvolvida para obter valores quantitativos da ansiedade e<br />

para estudo da evolução clínica da patologia durante o tratamento (BECH,<br />

KASTRUP e RAFAELSEN, 1986).<br />

2.6 Tratamento<br />

Inúmeros tratamentos têm sido propostos visando a remissão do quadro<br />

clínico. O objetivo desses tratamentos é a eliminação dos “tender points",<br />

restauração da amplitude de movimento e força muscular normal, eliminação da dor,<br />

controle das anormalidades do humor, melhora da função do organismo e<br />

reintegração psicossocial, necessário uma educação para o indivíduo prevenir e lidar<br />

com as recorrências e também bloquear os fatores precipitantes e/ou perpetuantes<br />

(KAZIYAMA et al. 2001; SOUZA, FORGIONE e ALVES, 2000).<br />

Mas, ainda há muitas divergências nos resultados de diferentes estudos,<br />

sugerindo uma análise crítica dos mesmos e uma maior preocupação com as<br />

metodologias empregadas (SOUZA, FORGIONE e ALVES, 2000).


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2.6.1 Tratamento Farmacológico<br />

A abordagem de tratamento mais difundida para a fibromialgia envolve o uso<br />

de vários agentes farmacológicos (CHAITOW, 2002).<br />

Os antidepressivos tricíclicos têm sido investigados no tratamento da<br />

fibromialgia. Seu benefício parece estar relacionado com a capacidade de melhora<br />

na depressão e aumento na quantidade de serotonina no sistema nervoso central<br />

levando a um aumento na fase de sono de onda delta, com algum efeito específico<br />

na modulação da dor (CHAITOW, 2002, ANTONIO, 2001).<br />

Moldofsky e Lue (1980) avaliaram o efeito de 100 mg de clorpromazina ou 5 g<br />

de L-triptofano em indivíduos com fibromialgia. A clorpromazina foi superior ao<br />

triptofano na melhora da qualidade do sono, intensidade da dor e na qualidade do<br />

humor.<br />

Analgésicos utilizados em indivíduos com fibromialgia têm por objetivo<br />

interromper o ciclo “dor - espasmo muscular”. Já foram testados o acetaminofem, o<br />

propoxifeno, a codeína e combinações dessas drogas. Porém, não houve resultados<br />

benéficos, pois entre outras razões, não são encontrados espasmos musculares<br />

(ATRA, POLLAK e MARTINEZ, 1993).<br />

Embora os antiinflamatórios não hormonais sejam as drogas mais utilizadas<br />

na fibromialgia, não são consideradas eficientes. Seu uso é preconizado somente<br />

por suas propriedades analgésicas, já que não existem evidências de inflamação na


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fisiopatologia e quadro clínico dessa síndrome. Não se deve esquecer que, quando<br />

existem outras patologias associadas à fibromialgia, estas deverão ser tratadas<br />

independentemente (ATRA, POLLAK e MARTINEZ, 1993).<br />

A utilização dos benzodiazepínicos é contra-indicada, em primeiro lugar,<br />

devido à falta de trabalhos com essas drogas. Em segundo lugar, pois embora a<br />

ansiedade e a somatização possam fazer parte do quadro da fibromialgia, sua<br />

fisiopatologia ainda é controvertida. Esses compostos aumentam a freqüência de<br />

ondas alfa de vigília nas fases III e IV do sono não - REM, provocando sono não<br />

reparador (ATRA, POLLAK e MARTINEZ, 1993).<br />

2.6.2 Tratamento Fisioterapêutico<br />

A fisioterapia não deve ser somente um meio de alívio da dor, mas também<br />

de restauração da função e de estilos de vida funcionais, promovendo o bem-estar e<br />

a qualidade de vida dos indivíduos com fibromialgia. É importante que o indivíduo<br />

seja um elemento ativo em seu tratamento e que metas mútuas sejam estabelecidas<br />

entre o fisioterapeuta e o indivíduo logo no início do tratamento (CHAITOW, 2002).<br />

Segundo Marques et al. (2002) a terapia manual pode ser um recurso<br />

importante no tratamento da fibromialgia, dadas às propriedades fisiológicas e<br />

psicológicas e maior interação entre o fisioterapeuta e o indivíduo. Um estudo


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avaliou a efetividade da quiropraxia – uma técnica de terapia manual – no<br />

tratamento de indivíduos com fibromialgia. Os autores constataram que os<br />

indivíduos obtiveram aumento da mobilidade, flexibilidade e melhora da dor (BLUNT<br />

et al. 1997).<br />

Outro recurso terapêutico é a acupuntura, que de forma geral, apresenta<br />

excelentes resultados no tratamento da dor. Um dos principais especialistas no uso<br />

da acupuntura para alívio da dor, Baldry (1993) afirma que a acupuntura é o<br />

tratamento escolhido para lidar com a síndrome da dor miofascial ou com problemas<br />

de ponto-gatilho. O autor declara que a dor da fibromialgia - parecia ser causada por<br />

alguma substância nociva ainda não identificada na circulação, dando origem à<br />

hiperatividade neural dos pontos sensíveis e dos pontos-gatilhos – tem um curso<br />

prolongado e por meio da acupuntura suprimir esta hiperatividade neural por<br />

períodos curtos (BALDRY, 1993).<br />

Baldry (1993) acredita que é necessário repetir o tratamento a cada duas ou<br />

três semanas por meses, ou até mesmo por anos. Porém não demonstrando<br />

resultados satisfatórios. Entretanto, alguns indivíduos insistem que há melhora na<br />

qualidade de vida. Sabe-se que o alívio da dor durante semanas seguidas e a<br />

melhora da qualidade de vida parece ser um objetivo almejado por todos<br />

(CHAITOW, 2002).<br />

Os exercícios físicos, de forma geral, são considerados benéficos para os<br />

indivíduos com fibromialgia, não são constatadas evidências que explicam os<br />

mecanismos pelos quais os exercícios atuam no sentido de aliviar o sintoma<br />

primário desta síndrome, ou seja, a dor (MARQUES et al. 2002).


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Segundo Marques et al. (2002) os programas de exercícios aeróbicos no<br />

tratamento de indivíduos com fibromialgia são freqüentes. A maioria dos estudos<br />

mostram resultados benéficos. Entretanto, é difícil a sua comparação, em virtude da<br />

divergência dos protocolos de exercícios aplicados. Os exercícios aeróbicos são<br />

realizados de diversas maneiras, incluindo a caminhada, natação, bicicleta e jogos<br />

em grupo. Porém, exercícios de baixa intensidade são os mais eficazes, produzindo<br />

diminuição do impacto da fibromialgia na qualidade de vida dos indivíduos.<br />

Os programas de condicionamento cardiorrespiratório também estão<br />

presentes no tratamento da fibromialgia. Incluem-se nestes programas exercícios de<br />

alongamento, fortalecimento muscular e aeróbicos (MARQUES et al. 2002).<br />

A grande variedade de exercícios benéficos existentes no tratamento de<br />

indivíduos com fibromialgia demonstra o importante papel que estes desempenham<br />

na melhora da qualidade de vida dos mesmos, especialmente quando são<br />

respeitados os limites de dor e esforço. Se alcançada adesão permanente ao<br />

programa de exercícios, os ganhos podem ser consideráveis em longo prazo<br />

(MARQUES et al. 2002).


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3 MECÂNICA DA VENTILAÇÃO<br />

Os músculos da respiração podem ser classificados em duas categorias. Por<br />

um lado, os músculos da inspiração, que elevam as costelas e o esterno. Por outro,<br />

os músculos da expiração, que fazem baixar as costelas. Além disso, nestas duas<br />

categorias se distinguem dois subgrupos, os músculos principais e os músculos<br />

acessórios, embora estes últimos só ajam durante movimentos anormalmente<br />

amplos ou potentes (KAPANDJI, 2000).<br />

Os músculos principais da inspiração são os intercostais externos e os<br />

supracostais e, especialmente, o diafragma. Os músculos acessórios da inspiração<br />

são os esternocleidomastóideos, escalenos anteriores, médios e posteriores, peitoral<br />

maior e menor, feixes inferiores do serrátil anterior e do grande dorsal, serrátil menor<br />

posterior e superior e fibras superiores do sacrolombar (KAPANDJI, 2000).<br />

Os músculos principais da expiração estão representados pelos músculos<br />

intercostais internos. Os músculos acessórios da expiração não deixam de ser<br />

importantes nem extremamente potentes só porque são acessórios, visto que<br />

condicionam a expiração forçada e o esforço abdominal. Na região tóraco-lombar se<br />

encontram músculos acessórios da expiração: porção inferior do músculo<br />

sacrolombar, grande dorsal, serrátil menor posterior e inferior e quadrado lombar<br />

(KAPANDJI, 2000).


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O diafragma, principal músculo inspiratório, e os músculos abdominais,<br />

potentes músculos expiratórios acessórios, parecem ser antagonistas, mas não ao<br />

mesmo tempo, são sinergistas. Durante a inspiração, a contração do diafragma faz o<br />

centro frênico baixar. Em seguida, a resistência ao alongamento dos elementos<br />

verticais do mediastino especialmente a resistência das vísceras abdominais<br />

intervém. Essa massa está mantida pelos potentes músculos abdominais: retos do<br />

abdome, transversos, oblíquos internos e externos. Sem eles, o conteúdo abdominal<br />

seria empurrado para baixo e para frente e o centro frênico não poderia tomar um<br />

ponto fixo sólido que permitisse ao diafragma levantar as costelas inferiores<br />

(KAPANDJI, 2000).<br />

A expiração normal é um fenômeno puramente passivo de retorno do tórax<br />

sobre si mesmo pela simples elasticidade dos elementos ósteo-cartilaginosos e do<br />

parênquima pulmonar. Portanto, a energia necessária para a expiração é, na<br />

verdade, uma restituição da energia desenvolvida na inspiração pelos músculos<br />

inspiratórios e que é armazenada no nível dos elementos elásticos do tórax e do<br />

pulmão (KAPANDJI, 2000). Na expiração, o diafragma relaxa e a contração dos<br />

abdominais faz baixar o orifício inferior do tórax, diminuindo simultaneamente os<br />

diâmetros transversais e antero-posterior do tórax. Por outro lado, aumentando a<br />

pressão intra-abdominal os músculos abdominais deslocam a massa das vísceras<br />

para cima e fazem o centro frênico subir, o que diminui o diâmetro vertical do tórax.<br />

Os músculos abdominais são, então, os antagonistas perfeitos do diafragma, visto<br />

que diminuem simultaneamente os três diâmetros do tórax (KAPANDJI, 2000). A<br />

mecânica respiratória está demonstrada na Figura 3.


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Figura 3 - Mecânica respiratória: inspiração e expiração.<br />

Fonte:<br />

Os músculos inspiratórios participam da manutenção do tórax e são estáticos.<br />

Os abdominais ao contrário, são dinâmicos. Ao encurtar-se, os inspiratórios<br />

aumentam o diâmetro da caixa torácica em repouso. Em primeira análise, isto<br />

parece satisfatório, um tórax bem desenvolvido parece sinônimo de grande<br />

capacidade respiratória. Entretanto, a respiração é baseada na noção de troca.<br />

Como um fole, o tórax deve esvaziar-se para encher-se de novo de ar. Se os<br />

músculos inspiratórios estão demasiadamente rígidos, a caixa torácica não<br />

consegue descer até a sua posição normal. Em caso de hipertonia dos inspiratórios,<br />

a expiração torna-se insuficiente (SOUCHARD, 1996).


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3.1Fibromialgia e Função Respiratória<br />

Indivíduos com fibromialgia apresentam um grau significativamente mais alto<br />

de ansiedade quando comparados com controles normais ou com indivíduos com<br />

outras condições dolo<strong>rosa</strong>s tais, como artrite reumatóide. Indivíduos ansiosos<br />

tendem a respirar disfuncionalmente e os padrões respiratórios envolvidos,<br />

sobretudo torácico com envolvimento diafragmático mínimo podem exarcebar os<br />

sintomas da fibromialgia, existindo uma possibilidade de causar ou agravar muitos<br />

deles (UVEGES et al. 1990).<br />

As repercussões de respiração disfuncional crônica com uma tendência a<br />

hiperventilação podem comprometer gravemente as estruturas musculoesquelética<br />

envolvidas. Podem também produzir influências disfuncionais diversas como<br />

desequilíbrios bioquímicos em que excessivas quantidades de dióxido de carbono<br />

são exaladas, levando a alcalose e repercussões sistêmicas, produzindo<br />

automaticamente uma sensação de apreensão e ansiedade (CHAITOW, 2002). A<br />

primeira resposta a hiperventilação é a constrição vascular, reduzindo a<br />

disponibilidade de oxigênio em cerca de 50% de todos os tecidos. O sistema<br />

nervoso central é mais sensível à hipóxia e deprime a atividade cortical, causando<br />

vertigem, instabilidade vasomotora e embotamento da consciência e da visão. A<br />

perda da inibição cortical resulta em instabilidade emocional (CHAITOW, 2002). A<br />

hiperventilação pode ser aguda ou crônica (CHAITOW, 2002).


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Os sinais físicos de hiperventilação aguda são difíceis de serem percebidos,<br />

uma vez que a taxa de respiração e a excursão da caixa torácica são características,<br />

produzindo um esforço do tórax superior. Quando resulta mais de emoção do que de<br />

atividade, há uma redução na atividade diafragmática com menor expansão das<br />

costelas inferiores. As costelas superiores são puxadas para dentro na inspiração<br />

rapidamente, seguidas por uma queda na expiração (CHAITOW, 2002).<br />

Em contrapartida, o quadro de hiperventilação crônica facilmente passa<br />

despercebido durante a observação, com a taxa respiratória geralmente abaixo do<br />

limite superior normal, em torno de 16 incursões por minuto. A taxa mais usual,<br />

entretanto está entre 20 e 25 incursões por minuto em hiperventilação crônica com<br />

quadro de respiração superficial, suspirante e arrítmica. O movimento das costelas<br />

superiores é acentuado (CHAITOW, 2002).<br />

3.1.2 Força Muscular Respiratória em Indivíduos com Fibromialgia<br />

A fraqueza muscular é a inabilidade de contrair os músculos para gerar uma<br />

força esperada máxima. A fadiga é a inabilidade de sustentar o músculo em um<br />

determinado nível de trabalho ou perda de força devido a sobrecarga muscular,<br />

sendo reversível pelo repouso (PRYOR e WEBBER, 2002).


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As formas de disfunções são freqüentes e difíceis de serem detectadas<br />

clinicamente. A avaliação dos músculos respiratórios é importante, pois a dispnéia<br />

pode ser causada quando não há nenhuma doença cardiovascular, por fraqueza<br />

muscular respiratória. Podem existir poucos sintomas mesmo em indivíduos com<br />

fraqueza de moderada à grave (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

Em indivíduos com fibromialgia as pressões inspiratórias e expiratórias estão<br />

abaixo do normal se comparadas a indivíduos normais podendo indicar disfunção<br />

muscular respiratória (CAIDAHL et al. 1989; LURIE et al. 1990).<br />

Sendo os principais fatores associados à disfunção muscular respiratória a<br />

dispnéia e redução da tolerância ao exercício (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

3.1.2.1Avaliação da Força Muscular Respiratória<br />

A avaliação da força dos músculos respiratórios é importante para que seja<br />

conhecido e quantificado seu trabalho. É normalmente avaliada pela mensuração<br />

das pressões que estes músculos podem gerar durante contrações voluntárias. O<br />

estiramento do músculo é avaliado pela alteração do volume criado, e velocidade da<br />

contração é observada pela quantidade de fluxo originado (AZEREDO, 2000;<br />

MACHADO, 2002; ROCHESTER, 1988).


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A mensuração da força dos músculos da respiração tem grande aplicação,<br />

pois permite o diagnóstico de insuficiência respiratória por falência da musculatura e<br />

auxilia o estabelecimento de protocolos de fortalecimento da musculatura<br />

respiratória (AZEREDO, 2002).<br />

Um dos métodos mais simples para tal avaliação foi proposto em 1871 por<br />

Black e Hyatt, utilizando um manômetro com escalas em fase negativa e positiva<br />

para mensurar as pressões respiratórias máximas. Este instrumento é denominado<br />

de manovacuômetro, um aparelho de custo baixo. Composto por um tubo rígido e<br />

cilíndrico, com a extremidade distal parcialmente ocluída (apresenta um orifício com<br />

1 a 2 mm de diâmetro). A extremidade proximal é aberta e encaixada a uma peça,<br />

que será acoplada a boca do indivíduo (SOUZA, 2002). Uma saída lateral e uma<br />

tubulação de plástico rígido unem o tubo ao manômetro aneróide apto a medir as<br />

pressões negativas e positivas (AZEREDO, 2000).<br />

A peça bucal pode estar ausente e a extremidade assume o papel da peça.<br />

Geralmente ela pode ser de material semi-rígido ou rígido, como a borracha, plástico<br />

e papelão. Usualmente é confeccionada de borracha semi-rígida e com abas que se<br />

acoplam nos sulcos lábios-gengivais, prevenindo vazamentos (SOUZA, 2002).<br />

O orifício é necessário durante os esforços inspiratórios máximos, pois os<br />

músculos da boca e da orofaringe podem originar uma pressão negativa que ilude o<br />

valor da pressão produzida pelos músculos inspiratórios da caixa torácica, com a<br />

glote aberta ou fechada. O pequeno orifício é utilizado para dispersar as pressões<br />

criadas pela musculatura do rosto e da orofaringe, sem alterar a pressão produzida<br />

pelos músculos da caixa torácica com a glote aberta (SOUZA, 2002).


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A medida da força deve ser realizada com a via área ocluída e com o máximo<br />

esforço voluntário do indivíduo (AZEREDO, 2000). Souza (2002) defende que, para<br />

a realização deste teste, o indivíduo deve adotar a posição sentada e o tronco deve<br />

assumir uma angulação de 90º com as coxas.<br />

Para Souza (2002) a pressão inspiratória máxima (PImáx) pode ser<br />

mensurada a partir de uma expiração máxima, quando os pulmões assumem o<br />

volume residual. Entretanto, esta pode ser medida também a partir de uma<br />

expiração calma, quando os pulmões assumem a capacidade residual funcional. A<br />

PImáx tem seu valor normal compreendido, na faixa de - 90 a - 120 cmH2O,<br />

enquanto que a PEmáx tem seu valor normal compreendido, em um adulto jovem,<br />

na faixa de + 100 a + 150 cmH2O. Sabe-se que a partir dos 20 anos de idade ocorre<br />

um decréscimo anual de 0,5 cmH2O nestes valores (AZEREDO, 2002). Para a<br />

caracterização da fraqueza, fadiga, ou falência muscular respiratória é necessário<br />

que os valores da PImáx estejam entre - 70 a - 45 cmH2O, - 40 a - 25 cmH2O, e<br />

menos do que - 20 cmH2O, respectivamente (AZEREDO, 2002).<br />

A pressão expiratória máxima (PEmáx) é mensurada a partir de uma<br />

inspiração máxima, quando os pulmões estão com a capacidade pulmonar total, ou<br />

a partir de uma expiração calma (SOUZA, 2002).<br />

A mensuração das pressões respiratórias máximas é extremamente<br />

dependente da habilidade, técnica e motivação do indivíduo avaliado (HAUTMANN<br />

et al., 2000).


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3.2 Dispnéia<br />

Do grego, “dys” significa dor, dificuldade, desordem, e “pnoia” indica<br />

respiração, é uma sensação subjetiva de “falta de ar”, percebida por um indivíduo. A<br />

consciência do esforço respiratório aumentado é desagradável e reconhecido como<br />

inapropriado (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

Clinicamente, o termo “falta de ar” e “dispnéia” são usados intercambialmente.<br />

A dispnéia é um dos sintomas mais comuns, vivenciados por indivíduos com doença<br />

respiratória crônica. Limita o funcionamento físico e social, com freqüência é acom-<br />

panhada pelo medo e ansiedade (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

Os sintomas podem ser de origem cardiovascular ou respiratório, em algumas<br />

situações torna-se difícil o diagnóstico, pois em ambas as situações o indivíduo<br />

queixa-se de falta de ar ao esforço quando deitado (ortopnéia devido aumento do<br />

trabalho respiratório em decúbito dorsal) falta de ar estando o indivíduo acordado à<br />

noite (dispnéia paroxística noturna) e de episódios agudos de falta de ar ao<br />

descanso (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

Os indivíduos utilizam diferentes termos para descrever a falta de ar, como<br />

dificuldade em respirar, compressão torácica, respiração pesada, sentimento de<br />

sufocamento e dificuldade para encher os pulmões (PRYOR e WEBBER, 2002).


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3.2.1 Avaliação da Dispnéia<br />

O curso de tempo para uma crise de dispnéia fornece informações<br />

importantes quanto à provável etiologia. O relato do indivíduo freqüentemente<br />

revelará que a tolerância ao exercício é limitada pela falta de ar, a menos que o<br />

indivíduo apresente um distúrbio hiperventilatório crônico. Neste caso, a dispnéia<br />

normalmente pode ocorrer ao repouso, sendo comumente acompanhada por uma<br />

excessiva freqüência de suspiros (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

O indivíduo normalmente apresentará padrão respiratório alterado, podendo<br />

incluir o uso de musculatura acessória (aumento do esforço abdominal durante a<br />

expiração). Em indivíduos com limitação ao fluxo aéreo crônico, a respiração<br />

paradoxal e freno labial podem estar presentes (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

A freqüência e profundidade da respiração devem ser observadas, assim<br />

como simetria dos movimentos do tórax e a relação entre o tempo inspiratório e o<br />

tempo expiratório. Caracteristicamente o tempo expiratório será prolongado na<br />

presença de limitação ao fluxo aéreo (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

Se for conhecida ou se houver suspeita de fraqueza muscular respiratória, as<br />

pressões (de boca) inspiratórias e expiratória (PImáx e PEmáx) deverão ser<br />

mensuradas (PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

A mensuração da dispnéia é útil para classificar a severidade do prejuízo<br />

funcional do indivíduo, individualização de um programa de reabilitação,


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monitorização da condição do indivíduo e resposta à terapia. A quantificação de uma<br />

sensação tal como a dispnéia é difícil. Os métodos disponíveis incluem escalas-<br />

limite de dispnéia, escalas de intensidade de dispnéia e escalas multidimensionais<br />

(PRYOR e WEBBER, 2002).<br />

As escalas de intensidade podem ser utilizadas num momento particular do<br />

tempo, por exemplo, durante ou após prática de atividade física. São exemplos<br />

dessas escalas a escala visual análoga (Visual Analogue Scale – VAS, conforme<br />

validada por BRUNETTO et al. 2002) e a escala modificada de Borg (PRYOR e<br />

WEBBER, 2002).


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4 CAPACIDADE FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA<br />

A capacidade funcional é a capacidade de o indivíduo realizar suas atividades<br />

físicas e mentais necessárias para manutenção de suas atividades básicas e<br />

instrumentais, ou seja: tomar banho, vestir-se, realizar higiene pessoal, transferir-se,<br />

alimentar-se, manter a continência, preparar refeições, controle financeiro, tomar<br />

remédios, arrumar a casa, fazer compras, usar transporte coletivo, usar telefone e<br />

caminhar certa distância (SOUZA, 2002).<br />

Indivíduos com fibromialgia têm a capacidade funcional diminuída, podendo<br />

esta relacionar-se a presença de dor (CHAITOW, 2002).<br />

4.1 Avaliação da Capacidade Funcional em Indivíduos com Fibromialgia<br />

O FIQ é um instrumento desenvolvido para avaliar o estado de saúde de indi-<br />

víduos com fibromialgia, bem como seus progressos. Foi desenvolvido para mensu-<br />

rar os aspectos de saúde que supõe-se serem mais afetados pela patologia. Os es-<br />

cores vão de zero a 100. Indivíduos fibromiálgicos freqüentemente alcançam valores


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por volta de 50. Os severamente afetados, freqüentemente alcançam 70 ou mais<br />

(BURCKHARDT, CLARK e BENNET, 2001).<br />

O FIQ é composto de 10 questões. A primeira questão avalia a função física.<br />

São 11 questões rankeados pela escala de Likert, que envolve valores de zero<br />

(sempre) a três (nunca). O número de itens respondidos pode não ser o total, visto<br />

que algumas atividades não necessariamente são desempenhadas por todos.<br />

Assim, soma-se todos os escores e divide-se pelo número de questões respondidas,<br />

o que resultará num valor entre zero e três. Este valor será multiplicado por 3,33,<br />

com o objetivo de gerar um valor entre zero e 10 (BURCKHARDT, CLARK e<br />

BENNET, 2001).<br />

O item dois trata do número de dias em que se sentiu bem. Seu escore gera<br />

valores invertidos (0=7, 1=6...7=0), entre zero e sete. Este valor será multiplicado por<br />

1,43, com o objetivo de gerar um valor entre zero e 10 (BURCKHARDT, CLARK e<br />

BENNET, 2001).<br />

O item três indica número de dias sem trabalhar, também gerando valores<br />

entre zero e sete. Este valor será multiplicado por 3,33, com o objetivo de gerar um<br />

valor entre zero e 10 (BURCKHARDT, CLARK e BENNET, 2001).<br />

Os outros sete itens incluem escalas análogo numéricas de zero a 10,<br />

gerando valores diretos para dor, fadiga, sono, rigidez, ansiedade e depressão<br />

(BURCKHARDT, CLARK e BENNET, 2001).<br />

Se alguma das questões não for respondida, será realizada a média<br />

aritmética das demais questões, com o objetivo de gerar um escore entre zero e 100<br />

(BURCKHARDT, CLARK e BENNET, 2001).


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5 METODOLOGIA<br />

5.1 Participantes<br />

Foram avaliados 31 indivíduos do sexo feminino, com diagnóstico clínico de<br />

fibromialgia segundo critérios do American College of Rheumatology (1990). Os<br />

indivíduos apresentavam idades entre 22 e 61 anos, com média de 47,10 ± 9,55.<br />

Apresentavam média de 16,23 ± 2,39 tender points.<br />

Foram excluídos do estudo indivíduos que participassem de programa de<br />

atividade física regular (mais de uma vez por semana), apresentassem outras<br />

disfunções de origem respiratória, musculoesquelética, neuromotora, cardiovascular,<br />

doença crônica ou outras queixas.<br />

Os indivíduos foram selecionados mediante cadastros realizados por<br />

instituições religiosas ou unidades básicas de saúde. O convite foi realizado via<br />

ligação telefônica e/ou visita residencial, no qual pretendeu-se esclarecer objetivos<br />

básicos do projeto e realização do convite para comparecimento no local de<br />

execução da avaliação para que fosse submetido ao “Protocolo de Avaliação<br />

Fisioterapêutica”, composto por questões referentes à dados pessoais, queixas<br />

principais, uso de medicamento e dose e Escala Visual Análogo Numérica da dor<br />

(APÊNDICE A).


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O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual do<br />

Oeste do Paraná (ANEXO A) e todos os participantes assinaram um termo de<br />

consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE B).<br />

5.2 Avaliação<br />

5.2.1 Força Muscular Respiratória<br />

As voluntárias selecionadas foram submetidas a uma avaliação da força<br />

muscular respiratória, através da mensuração das pressões respiratórias máximas.<br />

Para avaliação das pressões respiratórias máximas foi utilizado um<br />

manovacuômetro da marca Gerar ®, com escala variando de 0 a ± 300 cmH2O. As<br />

participantes foram colocadas sentadas eretas, sem recostar-se na cadeira, com os<br />

pés apoiados no chão e com uma pinça de obstrução nasal. A própria participante<br />

segurou firmemente o conector bucal do aparelho, pressionando-o contra os lábios<br />

no momento da medida das pressões, como demonstrado na Figura 4.


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Figura 4 – Avaliação da força muscular respiratória (do autor).<br />

Para realizações das manobras o indivíduo partiu do volume residual para<br />

mensuração da PImáx e da capacidade pulmonar total para a PEmáx. Foram<br />

realizadas cinco tentativas para PImáx e PEmáx (sem vazamentos e com duração<br />

de pelo menos dois segundos) e duas manobras reprodutíveis (com valores que não<br />

diferiram entre si por mais de 10 % do valor mais elevado). O indivíduo recebeu<br />

comandos verbais em linguagem simples e clara para que a falta de compreensão<br />

ou de incentivo não alterasse os valores a serem obtidos (SOUZA, 2002). Os


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cálculos da PImáx e PEmáx foram realizados de acordo com as equações da<br />

Tabela1.<br />

Tabela 1 – Estimativa dos limites de normalidade para PImáx e PEmáx, de acordo<br />

com a idade<br />

Fonte: SOUZA, 2002.<br />

5.2.2 Dispnéia<br />

Mulheres com idade entre 20-80 anos<br />

Cálculo PImáx Limite Inferior de<br />

Normalidade (LIN)<br />

Posteriormente a avaliação da força muscular respiratória, as participantes<br />

foram submetidas à avaliação da dispnéia através da Visual Analogue Scale (VAS),<br />

(ANEXO B) validada por BRUNETTO et al. (2002) em que a participante indicava em<br />

uma folha graduada por cores a intensidade de sua dispnéia.<br />

Erro<br />

Padrão<br />

PImáx = [110,4 –(0,49 x idade)] LIN=[PImáx – (EPE -1,645)] 9,1<br />

PEmáx = [115,6 –(0,61 xidade)] LIN=[PEmáx – (EPE -1,645)] 11,2


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5.2.3 Capacidade Funcional<br />

A capacidade funcional foi avaliada através do Fibromyalgia Impact<br />

Questionnaire (FIQ) com questões a respeito de depressão, rigidez, dor, ansiedade,<br />

fadiga, sono, ansiedade, dias em que se sentiu bem, dias sem trabalhar e função<br />

física (ANEXO C).<br />

5.2.4 Dor<br />

A Escala Visual Análogo Numérica (EVN) foi utilizada para estimar a dor. A<br />

mesma é graduada de zero a 10, nas quais zero significa ausência de dor e 10 a<br />

pior dor imaginável.<br />

5.2.5 Ansiedade


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A ansiedade foi quantificada através da Escala de Ansiedade de Hamilton. A<br />

escala contém 14 itens. O instrumento é utilizado para avaliar o grau de intensidade<br />

de ansiedade generalizada. Sete dos itens dessa escala são referentes a sintomas<br />

somáticos e os outros sete a psíquicos (ANEXO D).<br />

5.2.6 Fadiga<br />

A fadiga foi avaliada pela Escala de Severidade da Fadiga, composta por<br />

nove itens, em que o indivíduo marca, de zero a sete, o valor para cada questão<br />

relacionado a fadiga (ANEXO E).


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5.3 Análise dos Dados<br />

Para verificação de correlação entre os parâmetros foi utilizado o teste não<br />

paramétrico de correlação de Spearman, ao nível de significância de p< 0,05.


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6 RESULTADOS<br />

Os indivíduos foram avaliados quanto à dispnéia através da Visual<br />

Analogue Scale (VAS). Apresentaram média de 4,52 ± 2,94, sendo que seis dos 31<br />

indivíduos relataram não apresentaram dispnéia.<br />

Para avaliação da dor foi utilizada a Escala Visual Análogo Numérica,<br />

que resultou em média de 8,19 ± 1,56.<br />

Para a fadiga avaliada através da Escala de Severidade da Fadiga, foi<br />

encontrado o valor médio de 46,42 ± 12,92. A ansiedade avaliada pela Escala de<br />

Ansiedade de Hamilton, apresentou escore médio de 27,39 ± 9,5.<br />

Os escores da PImáx e PEmáx estão demonstrados na Tabela 2.


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Tabela 2 - Escores PImáx e PEmáx (cmH2O)<br />

Indivíduos Idade PImáx<br />

LIN<br />

PImáx PEmáx<br />

LIN<br />

PEmáx<br />

1 61 5 73,055 30 68,835<br />

2 59 30 74,035 40 70,055<br />

3 58 10 74,525 20 70,665<br />

4 57 20 75,015 30 71,275<br />

5 57 30 75,015 60 71,275<br />

6 57 20 75,045 50 71,275<br />

7 55 20 75,995 40 72,495<br />

8 55 40 75,955 50 72,495<br />

9 55 20 75,955 40 72,495<br />

10 55 30 75,955 60 72,495<br />

11 53 50 76,975 60 73,715<br />

12 52 20 76,975 15 74,325<br />

13 52 30 76,975 60 74,325<br />

14 51 20 77,955 20 74,935<br />

15 49 30 78,935 30 76,155<br />

16 49 30 78,935 50 76,155<br />

17 48 30 79,425 40 76,765<br />

18 48 30 79,425 10 76,765<br />

19 44 20 81,385 30 79,205<br />

20 43 20 81,875 30 79,815<br />

21 42 40 82,365 50 80,425<br />

22 41 50 82,855 50 81,035<br />

23 41 20 82,855 20 81,035<br />

24 41 20 82,855 40 81,035<br />

25 40 20 83,425 20 81,645<br />

26 39 40 83,835 35 82,255<br />

27 39 30 83,835 60 82,255<br />

28 33 30 86,775 10 85,915<br />

29 32 10 86,775 20 86,525<br />

30 32 30 86,775 30 86,525<br />

31 22 30 92,165 20 92,625<br />

Média 47,10 26,45 79,80 35,32 77,45<br />

(DP)<br />

Fonte: do autor<br />

(±9,55) (±10,58) (±4,64) (±18,07) (±5,66)<br />

Observar-se que a PImáx está cerca de 70,7 % abaixo do valor esperado. A<br />

PEmáx encontra-se também reduzida (59,6 % abaixo do esperado).


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A Tabela 3 demonstra a correlação entre as variáveis estudadas em<br />

indivíduos com fibromialgia.<br />

PImáx<br />

PEmáx<br />

Ansiedade<br />

Dor<br />

Fadiga<br />

FIQ<br />

Tabela 3 – Correlação† entre as variáveis estudadas<br />

Variáveis Dispnéia PImáx PEmáx<br />

0,05 - -<br />

0,71 0,01* -<br />

0,19 0,01* 0,28<br />

0,35 0,03* 0,26<br />

0,52 0,88 0,39<br />

FIQ Total 0,01* 0,12 0,14<br />

Função física 0,01* 0,07 0,64<br />

Dias em que<br />

se sentiu bem<br />

Dias sem<br />

trabalhar<br />

0,98 0,57 0,12<br />

0,18 0,73 0.39<br />

Dor 0,05 0,17 0,35<br />

Fadiga 0,41 0,33 0,21<br />

Sono 0,10 0,71 0,26<br />

Rigidez 0,01* 0,05 0,43<br />

Ansiedade 0,03* 0,40 0,30<br />

Depressão 0,03* 0,36 0,09


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† Teste de correlação de Spearman<br />

* Diferença estatisticamente significativa<br />

Fonte: do autor<br />

A dispnéia e PImáx apresentaram uma tendência à correlação em<br />

indivíduos com fibromialgia e está demonstrada no Gráfico 1.<br />

Gráfico 1 – Correlação† entre dispnéia e PImáx (cmH2O) em indivíduos com<br />

fibromialgia


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PImáx<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

0 2 4 6 8 10<br />

Dispnéia<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,05<br />

R 2 = 0,3500<br />

Fonte: do autor<br />

A correlação entre dispnéia e FIQ total em indivíduos com<br />

fibromialgia e está demonstrada no Gráfico 2.<br />

Gráfico 2 – Correlação† entre dispnéia e FIQ total em indivíduos com fibromialgia


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FIQ<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

0 2 4 6 8 10<br />

Dispnéia<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,01<br />

R 2 = 0,0002<br />

Fonte: do autor<br />

A correlação entre dispnéia e função física em indivíduos com<br />

fibromialgia está demonstrada no Gráfico 3.


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Gráfico 3 – Correlação† entre dispnéia e função física em indivíduos com<br />

Dispnéia<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

fibromialgia<br />

0 10 20 30 40<br />

Função Física<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,01<br />

R 2 = 0,5109<br />

Fonte: do autor<br />

A correlação entre dispnéia e dor em indivíduos com fibromialgia está<br />

demonstrada no Gráfico 4.


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Dispnéia<br />

Gráfico 4 - Correlação† entre dispnéia e dor (FIQ) em indivíduos com<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

fibromialgia<br />

0 5 10 15<br />

Dor<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p =0,05<br />

R 2 = 0,3274<br />

Fonte: do autor<br />

A correlação entre dispnéia e rigidez em indivíduos com fibromialgia<br />

está demonstrada no Gráfico 5.


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Gráfico 5 – Correlação† entre dispnéia e rigidez (FIQ) em indivíduos com<br />

Dispnéia<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

fibromialgia<br />

0 2 4 6 8 10<br />

Rigidez<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,01<br />

R 2 = 0,4197<br />

Fonte: do autor<br />

A correlação entre dispnéia e ansiedade em indivíduos com<br />

fibromialgia está demonstrada no Gráfico 6.


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Gráfico 6 – Correlação† entre dispnéia e ansiedade (FIQ) em indivíduos com<br />

Dispnéia<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

fibromialgia<br />

0 2 4 6 8 10<br />

Ansiedade<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,03<br />

R 2 = 0,3660<br />

Fonte: do autor<br />

A correlação entre dispnéia e depressão em indivíduos com<br />

fibromialgia está demonstrada no Gráfico 7.


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Gráfico 7 – Correlação† entre dispnéia e depressão (FIQ) em indivíduos com<br />

Dispnéia<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

fibromialgia<br />

0 2 4 6 8 10<br />

Depressão<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,03<br />

R 2 = 0,0322<br />

Fonte: do autor<br />

A PEmáx (p = 0,71), ansiedade (p = 0,19), dor (p = 0,35), fadiga (p = 0,52),<br />

componentes do FIQ como dias em que se sentiu bem (p = 0,98), dias sem trabalhar<br />

(p = 0,18), fadiga (p = 0,41) e sono (p = 0,10) não se correlacionaram com a dispnéia<br />

nos indivíduos avaliados .<br />

A correlação entre PImáx e PEmáx em indivíduos com fibromialgia está<br />

demonstrada no Gráfico 8.


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Gráfico 8 – Correlação† entre PImáx (cmH2O) e PEmáx em indivíduos com<br />

PImáx<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

fibromialgia<br />

0 20 40 60<br />

PEmáx<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,01<br />

R 2 = 0,4381<br />

Fonte: do autor<br />

A correlação entre PImáx (cmH2O) e ansiedade em indivíduos com<br />

fibromialgia está demonstrada no Gráfico 9 .


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

PImáx<br />

Gráfico 9 - Correlação† entre PImáx e ansiedade em indivíduos com<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

fibromialgia<br />

0 20 40 60<br />

Ansiedade<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,01<br />

R 2 = -0,5135<br />

Fonte: do autor<br />

A correlação entre PImáx (cmH2O) e dor em indivíduos com fibromialgia está<br />

demonstrada no Gráfico 10.<br />

Gráfico 10 – Correlação† entre PImáx e dor em indivíduos com fibromialgia


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

PImáx<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

0 5 10 15<br />

Dor<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,03<br />

R 2 = -0,3838<br />

Fonte: do autor<br />

A PImáx (cmH2O) e rigidez apresentaram uma tendência à correlação em<br />

indivíduos com fibromialgia e está demonstrada no Gráfico 11.<br />

Gráfico 11 - Correlação† entre PImáx e rigidez (FIQ) em indivíduos com<br />

fibromialgia


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

PImáx<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

0 5 10 15<br />

Rigidez<br />

† Teste de correlação de Spearman<br />

p = 0,05<br />

R 2 = -0,3495<br />

Fonte: do autor<br />

A fadiga (p = 0,88), FIQ total (p = 0,12), componentes do FIQ como função<br />

física (p = 0,07), dias em que se sentiu bem (p = 0,57), dias sem trabalhar (p = 0,73),<br />

dor (p = 0,17), fadiga (p = 0,33), sono (p = 0,71), ansiedade (p = 0,40) e depressão<br />

(p = 0,36) não se correlacionaram com PImáx nos indivíduos avaliados.<br />

7 DISCUSSÃO


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

Observou-se redução na força muscular inspiratória e expiratória nos<br />

indivíduos avaliados.<br />

O mesmo resultado foi encontrado por Lurie et al. (1990) que demonstraram<br />

que as pressões respiratórias máximas em indivíduos com fibromialgia são<br />

significativamente baixas quando comparadas a controles saudáveis.<br />

Conforme citado, Chaitow (2002) afirma que indivíduos com fibromialgia<br />

tendem a respirar disfuncionalmente, apresentando padrão respiratório<br />

predominantemente apical, o que leva a uma menor utilização da musculatura<br />

inspiratória, predispondo a fraqueza muscular inspiratória.<br />

No estudo foi encontrada tendência de correlação entre a PImáx com rigidez.<br />

Foi encontrado ainda correlação entre PImáx com dor e ansiedade.<br />

Os valores encontrados para dispnéia indicaram a presença da sensação de<br />

falta de ar em alguns indivíduos. A dispnéia apresentou tendência para correlação<br />

com PImáx.<br />

Porém, apesar de encontrada uma tendência de correlação entre estes<br />

parâmetros, acredita-se não ser este o principal fator causal da dispnéia, podendo<br />

ser esta precipitada por fatores psicossomáticos e não somente por disfunções<br />

respiratórias.


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

Özgöcmen et al. (1990) em um estudo verificaram a redução dos valores de<br />

PImáx e PEmáx em indivíduos com fibromialgia, porém estes não relataram<br />

dispnéia.<br />

Por outro lado o trabalho realizado por Lurie et al. (1990) demonstrou que<br />

pressões respiratórias máximas são baixas em indivíduos com fibromialgia, podendo<br />

indicar disfunção muscular respiratória, especialmente encontrada em indivíduos<br />

referindo dispnéia.<br />

Complementando a idéia anterior, Caidahl et al. (1989) sugere que indivíduos<br />

com fibromialgia a dispnéia está associada ao baixo desempenho físico, disfunção<br />

muscular respiratória e disfunção nervosa central ou ainda decorrente de alteração<br />

muscular respiratória juntamente com uma disfunção nervosa central.<br />

Segundo Pryor e Webber (2002) os principais fatores associados à disfunção<br />

muscular respiratória são dispnéia, redução na tolerância ao exercício e em<br />

indivíduos com doença respiratória grave.<br />

Observou-se uma correlação significativa entre dispnéia e fatores<br />

psicossomáticos como ansiedade, dor e depressão e também correlação com<br />

aspectos físicos como função física e rigidez nos indivíduos com fibromialgia.<br />

Peuter et al. (2004) encontraram resultados semelhantes em indivíduos com<br />

fibromialgia. Concluíram que a dispnéia tem relação com alterações respiratórias.<br />

Porém, a prevalência é superior em indivíduos que apresentam desordens<br />

psicossomáticas (ansiedade, depressão e dor). Estes indivíduos relatam respiração<br />

encurtada ou desconforto respiratório.


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

O fato de não ter sido avaliado a presença ou não de fumantes no grupo de<br />

estudo pode ter sido uma limitação do mesmo. Um estudo realizado por Yunus,<br />

Arslan e Aldag (2002) avaliou 233 mulheres tabagistas com diagnóstico de<br />

fibromialgia. Observaram que os indivíduos apresentavam aumento dos sintomas<br />

psicológicos da fibromialgia dentre eles ansiedade, fadiga e depressão.<br />

Além disso, o resultado obtido referente à redução das pressões respiratórias<br />

máximas possa ter sido influenciado pela variação das faixas etárias (22 – 61 anos)<br />

dos indivíduos avaliados. De acordo com o estudo realizado por Black e Hyatt (1969)<br />

com indivíduos saudáveis, não são encontradas alterações nas pressões<br />

respiratórias máximas até os 55 anos. A partir desta idade, foi observada importante<br />

redução da pressão expiratória máxima (PEmáx).<br />

Assim pode-se sugerir que a redução das pressões respiratórias máximas<br />

encontradas neste estudo, podem não ser devido a patologia, mas decorrente do<br />

processo de envelhecimento, pois, dos 31 indivíduos avaliados, seis apresentavam<br />

idade superior a 55 anos.<br />

Outra limitação do estudo decorre do fato de não ter sido avaliada a relação<br />

entre peso e altura, pois sabe-se que o peso influencia as pressões respiratórias<br />

máximas.<br />

Identificar a existência de dispnéia e força muscular respiratória reduzida e<br />

sua correlação com outros sintomas torna mais fácil a caracterização do<br />

acometimento do indivíduo e direcionamento de conduta terapêutica com o paciente,<br />

podendo este se beneficiar de um programa de atividade física regular sabendo-se<br />

que é necessário a quebra do ciclo de sedentarismo, além de programas em grupo.


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CONCLUSÃO<br />

Conclui-se que indivíduos com fibromialgia apresentam força muscular<br />

respiratória abaixo do valor normal, correlacionando-se com dor e ansiedade.<br />

Indivíduos com fibromialgia apresentam ainda dispnéia que correlaciona-se a<br />

ansiedade, dor, rigidez, depressão e função física. Não apresentando correlação<br />

com força muscular respiratória. Portanto a dispnéia é provavelmente decorrente de<br />

distúrbios psicossomáticos.


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

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APÊNDICE A – PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA


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Protocolo de Avaliação Fisioterapêutica<br />

Data: Colaborador responsável:<br />

Identificação<br />

Nome:<br />

Idade: DN: Sexo: Raça:<br />

Estado civil: Ocupação:<br />

Endereço: Telefone:<br />

Anamnese. Queixas:<br />

Dor<br />

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

nenhuma muita<br />

FR<br />

Tipo respiratório: misto, predomínio ( ) costal ( ) diafragmático<br />

Ritmo respiratório: ( ) 1:2 ( )1: 1 ½ ( ) 1:1<br />

Dispnéia<br />

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

nenhuma muita<br />

Dor torácica<br />

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

nenhuma muita<br />

Outras queixas<br />

( ) Distúrbios no<br />

sono<br />

( ) Fadiga<br />

( ) Dismenorréia<br />

(cólica menstrual)<br />

( ) Membranas<br />

mucosas secas<br />

( )Intolerância ao<br />

exercício<br />

( ) Distúrbios do<br />

intestino<br />

( ) Cefaléia<br />

( ) Perda cognitiva<br />

(esquecimento, cansaço mental)<br />

( ) Parestesia<br />

( ) Sensação de frieza em<br />

extremidades<br />

( ) edema<br />

( ) ↑ peso<br />

( ) ↓ peso<br />

( ) estresse<br />

Medicamentos em uso/dose<br />

Exame em imersão<br />

Estado psicológico ( ) inseguro ( ) tranqüilo ( ) agitado<br />

Controle Respiratório ( ) bom ( ) regular ( ) ruim<br />

( ) hiperventilação (↑FR)<br />

( ) sensação de edema<br />

( ) irritabilidade<br />

( ) náuseas<br />

( ) cãibras<br />

( ) parestesia<br />

( ) vertigens<br />

( ) rigidez<br />

( ) dor torácica<br />

( ) dispnéia<br />

outros_____________<br />

Exame músculo-esquelético (idem mapa dos pontos)<br />

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9( )10 ( )11 ( )12 ( )13 ( )14 ( )15 ( )16<br />

( )17 ( )18<br />

Total pontos:


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APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<br />

Nome da pesquisa: Exercícios respiratórios aquáticos em sujeitos com<br />

fibromialgia<br />

Pesquisador responsável: Maiza Ritomy Ide<br />

Este trabalho estuda os efeitos de exercícios de respiração desenvolvidos em piscina<br />

aquecida na respiração e qualidade de vida em pacientes com fibromialgia. Todos os<br />

voluntários serão divididos por sorteio em dois grupos. Um deles realizará exercícios de<br />

respiração em piscina aquecida. O segundo participará de palestras relacionadas a<br />

saúde. Antes e depois do tratamento, todos responderão questionários simples com<br />

perguntas pertinentes ao bem-estar geral, qualidade de vida e estresse no período.<br />

Também realizarão testes simples de avaliação da função respiratória. O programa de<br />

exercícios terá duração de 10 semanas. Ao término do trabalho, o grupo que não<br />

realizou exercícios receberá tratamento em hidroterapia.<br />

Sua participação será muito importante para o sucesso desta pesquisa.<br />

Assinatura do pesquisador:________________________________________<br />

Tendo recebido as informações anteriores e, esclarecido dos meus direitos<br />

relacionados a seguir, declaro estar ciente do exposto e desejar participar da<br />

pesquisa.<br />

1.A garantia de receber a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a<br />

dúvidas sobre os procedimentos, riscos, benefícios e outros relacionados com<br />

a pesquisa;<br />

2.A liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de<br />

participar do estudo;<br />

3.A segurança de que não serei identificado e que será mantido o caráter<br />

confidencial das informações relacionadas com a minha privacidade;<br />

4.Compromisso de me proporcionar informação atualizada durante o estudo,<br />

ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando.<br />

Em seguida, assino meu consentimento.


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Cascavel, _____de __________ de 2005.<br />

Nome:<br />

___________________________________________RG_________________<br />

_<br />

Assinatura: ______________________________<br />

Maiores informações: fones 9965-4581, 234-1828 (com Maiza).<br />

ANEXO A - TERMO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA


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ANEXO B - VISUAL ANALOGUE SCALE


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VISUAL ANALOGUE SCALE (VAS)


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ANEXO C - FIBROMYALGIA IMPACT QUESTIONNAIRE


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FIBROMYALGIA IMPACT QUESTIONNAIRE (FIQ)<br />

1. O que você é capaz de sempre muitas ocasionalmente nunca<br />

fazer?<br />

vezes<br />

a) Fazer compras 0 1 2 3<br />

b) Lavar e estender roupa 0 1 2 3<br />

c) Cozinhar 0 1 2 3<br />

d) Lavar a louça 0 1 2 3<br />

e) Passar aspirador no tapete 0 1 2 3<br />

f) Arrumar a cama 0 1 2 3<br />

g) Caminhar vários quarteirões 0 1 2 3<br />

h) Visitar os amigos 0 1 2 3<br />

i) Trabalhar fora 0 1 2 3<br />

j) Dirigir carro 0 1 2 3<br />

2. Dos sete dias da última semana, quantos dias sentiu-se bem?<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

3. Quantos dias da última semana faltou ao trabalho por causa da fibromialgia? (Se não tiver<br />

um emprego, deixa este item em branco)<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

4. No trabalho, quanto a dor ou outros sintomas da fibromialgia interferem na<br />

habilidade de trabalhar?<br />

_________________________________________________________<br />

nenhum problema grande<br />

dificuldade<br />

5. Como tem sido a intensidade da sua dor?<br />

_________________________________________________________<br />

sem dor dor muito<br />

severa<br />

6. Como tem sido a intensidade do seu cansaço?<br />

_________________________________________________________<br />

sem cansaço muito<br />

cansado<br />

7. Como você se sente quando acorda pela manhã?<br />

_________________________________________________________


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n. 01 – 2005 ISSN 1675-8265<br />

acordo bem acordo muito<br />

cansado<br />

8. Você sente rigidez?<br />

_________________________________________________________<br />

não sinto rigidez muita rigidez<br />

9. Você sente tensão, nervosismo ou ansiedade?<br />

_________________________________________________________<br />

nenhuma tensão muita tensão<br />

10. Você se sente deprimido ou triste?<br />

_________________________________________________________<br />

nenhuma depressão muita<br />

depressão<br />

ANEXO D - ESCALA DE ANSIEDADE DE HAMILTON


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ESCALA DE ANSIEDADE DE HAMILTON<br />

Instruções: esta lista de verificação visa a auxiliar o médico ou psiquiatra a avaliar cada paciente<br />

quanto ao seu grau de ansiedade e condição patológica. Preencha na linha a pontuação<br />

apropriada:<br />

Humor<br />

ansioso<br />

NENHUM = 0 LEVE = 1 MODERADO = 2 GRAVE = 3 GRAVE E<br />

AMPLAMENTE INCAPACITANTE = 4<br />

Item Avaliação Item Avaliação<br />

Preocupação,<br />

previsão do pior,<br />

antecipação<br />

teme<strong>rosa</strong>,<br />

irritabilidade.<br />

Tensão Sentimento de<br />

tensão,<br />

fadigabilidade,<br />

resposta de<br />

susto, facilmente<br />

levado às<br />

lágrimas,<br />

trêmulo,<br />

sentimentos de<br />

inquietação,<br />

incapacidade<br />

para relaxar.<br />

Medo De escuro, de<br />

estranhos, de<br />

ficar sozinho, de<br />

animais, de<br />

trafego, de<br />

multidões.<br />

Insônia Dificuldade para<br />

adormecer, sono<br />

interrompido,<br />

insatisfatório e<br />

fadiga ao<br />

despertar,<br />

sonhos,<br />

pesadelos,<br />

terrores<br />

Humor<br />

deprimido<br />

noturnos.<br />

Perda do<br />

interesse, falta<br />

de prazer por<br />

passatempos,<br />

depressão,<br />

Sintomas<br />

cardiovasculares<br />

Sintomas<br />

respiratórios<br />

Sintomas<br />

gastrintestinais<br />

Sintomas<br />

geniturinários<br />

Sintomas<br />

autonômicos<br />

Taquicardia,<br />

palpitações, dor<br />

torácica,<br />

latejamento nos<br />

vasos sanguíneos,<br />

vertigens,<br />

batimentos<br />

irregulares.<br />

Pressão ou<br />

constrição no tórax,<br />

sensação de<br />

sufocamento,<br />

suspiros, dispnéia.<br />

Dificuldade para<br />

engolir, gases, dor<br />

abdominal, ardência<br />

ou azia, plenitude<br />

abdominal, náusea,<br />

vômitos,<br />

relaxamento<br />

intestinal, perda de<br />

peso, constipação.<br />

Freqüência da<br />

micção, urgência da<br />

micção, amenorréia,<br />

menorragia,<br />

desenvolvimento de<br />

frigidez, ejaculação<br />

prematura, perda da<br />

libido, impotência.<br />

Boca seca, rubor,<br />

palidez, tendência<br />

para suar,<br />

inquietação, tensão,<br />

dor de cabeça, pêlos


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Somáticos<br />

(musculares)<br />

Somáticos<br />

(sensoriais)<br />

Intelectual<br />

(cognitivo)<br />

despertar nas<br />

primeiras horas<br />

da manhã,<br />

oscilação diurna.<br />

Dores e malestar,<br />

torções,<br />

rigidez,<br />

espasmos<br />

mioclônicos,<br />

ranger de dentes,<br />

voz instável,<br />

tono muscular<br />

aumentado.<br />

Tinido, visão<br />

turva, ondas de<br />

calor e frio,<br />

sensação de<br />

fraqueza,<br />

sensação de<br />

irritação.<br />

Dificuldades de<br />

concentração,<br />

fraca memória.<br />

Comentários Adicionais<br />

Assinatura do Avaliador<br />

Comportamento<br />

na Entrevista<br />

eriçados<br />

Inquietação, andar a<br />

esmo ou remexerse,<br />

tremor nas<br />

mãos, sobrancelhas<br />

eriçadas, rosto<br />

tenso, suspiros ou<br />

respiração rápida,<br />

palidez facial,<br />

engolir em seco,<br />

arrotar, abalos<br />

tendinosos rápidos,<br />

pupilas dilatadas e<br />

exoftalmia.


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ANEXO E - ESCALA DE SEVERIDADE DA FADIGA


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Escala de severidade de fadiga<br />

Durante a semana passada, eu acho que: Pontos<br />

1. Minha motivação é menor quando estou cansada 1 2 3 4 5 6 7<br />

2. O exercício me causa cansaço 1 2 3 4 5 6 7<br />

3. Fico facilmente cansada 1 2 3 4 5 6 7<br />

4. O cansaço interfere na minha condição física 1 2 3 4 5 6 7<br />

5. O cansaço freqüentemente me causa problemas. 1 2 3 4 5 6 7<br />

6. Meu cansaço impede a sustentação da minha condição física 1 2 3 4 5 6 7<br />

7. O cansaço interfere em determinados deveres e responsabilidades 1 2 3 4 5 6 7<br />

8. O cansaço é um dos meus três principais sintomas mais incapacitantes 1 2 3 4 5 6 7<br />

9. O cansaço interfere no meu trabalho, família ou vida social. 1 2 3 4 5 6 7

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