Revista O Economista Nº 17 - Julho de 2009 - corecon - sp
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Jornalismo<br />
à <strong>de</strong>riva<br />
nº<strong>17</strong><br />
juLho <strong>2009</strong><br />
Publicação do Conselho Regional <strong>de</strong> Economia - 2ª Região - CORECON-SP<br />
O impacto para as ciências humanas<br />
Destaque<br />
Eduardo Pereira Nunes
Participe do<br />
XVIII Congresso<br />
Brasileiro <strong>de</strong> Economia<br />
<strong>de</strong> 16 a 18 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong><br />
Palácio das convenções do Parque Anhembi<br />
auditório economista celso furtado SÃO PAULO - SP<br />
XVIII CONGRESSO<br />
BRASILEIRO<br />
DE ECONOMIA<br />
“ECONOMIA BRASILEIRA PÓS-ESTABILIZAÇÃO<br />
E RETOMADA DO CRESCIMENTO: A URGÊNCIA<br />
DO RESGATE DA DÍVIDA SOCIAL.”<br />
www.cbe<strong>2009</strong>.com.br<br />
www.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Monumento às Ban<strong>de</strong>iras<br />
Mais informações:<br />
· APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS · CURSOS<br />
· CONFERÊNCIAS · 7ª GINCANA BRASILEIRA DE ECONOMIA<br />
· PRÊMIO JOVEM ECONOMISTA · ENCONTRO PAULISTA DE PERITOS<br />
· PALESTRAS TÉCNICAS<br />
Patrocínio:<br />
Realização: Organização:<br />
Apoio:<br />
Apoio Institucional:
Conselho Regional<br />
<strong>de</strong> Economia<br />
2ª Região - SP<br />
Presi<strong>de</strong>nte: Antonio Luiz <strong>de</strong> Queiroz Silva<br />
Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Manuel Enriquez Garcia<br />
Conselheiros Efetivos: Carlos Alberto Safatle, Carlos Eduardo Soares<br />
<strong>de</strong> Oliveira Junior, Celina Martins Ramalho, Gilson <strong>de</strong> Lima Garófalo; Jin<br />
Whan Oh, João Pedro da Silva, Nancy Goreti Gorgulho Chaves Braga,<br />
Pedro Afonso Gomes, Rafael Olivieri Neto, Synésio Batista da Costa<br />
Conselheiros Suplentes: Cláudio Gonçalves dos Santos, Eduardo<br />
Montalban, Francisco da Silva Coelho, José Carlos Me<strong>de</strong>iros Magliano,<br />
Mo<strong>de</strong>sto Stama, Orozimbo José <strong>de</strong> Moraes, Paulo Brasil<br />
Corrêa <strong>de</strong> Mello, Paulo Henrique Coelho Prado, Roberto Luis Troster,<br />
Teruo Hida, Vera Martins da Silva<br />
Conselheiros por São Paulo do<br />
Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Economia - CoFECoN:<br />
Efetivos - Heron Carlos Esvael do Carmo, Synésio Batista da Costa,<br />
Wilson Roberto Villas Boas Antunes;<br />
Suplentes - Antonio Luiz <strong>de</strong> Queiroz Silva, Marco Antonio Sandoval<br />
<strong>de</strong> Vasconcellos, Waldir Pereira Gomes<br />
Administração: Rua Líbero Badaró, 425 – 14º andar – Centro<br />
São Paulo - SP – Tel.: (11) 3291-8700 – Fax: (11) 3291-8701<br />
E-mail: <strong>corecon</strong><strong>sp</strong>@<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
DELEGACIAS REGIONAIS<br />
ABC – Delegado: Leonel Tinoco Neto<br />
(11) 4436-6482 – www.abc.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Araçatuba – Delegado: Alair Orlando Barão<br />
(18) 3624-5311 - www.aracatuba.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Bauru – Delegado: Reinaldo César Cafeo<br />
(14) 3227-1646 – www.bauru.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Campinas – Delegado: Paulo César Adani<br />
(19) 3236-2664/9742 – www.campinas.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Jundiaí – Delegado: Marino Mazzei Júnior<br />
(11) 4586-6121 – www.jundiai.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte – Delegado: Álvaro Barboza dos Santos<br />
(18) 3223-9015 – www.presi<strong>de</strong>ntepru<strong>de</strong>nte.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Ribeirão Preto – Delegado: José Avelino Franco do Amaral<br />
(16) 3610-6126 – www.ribeiraopreto.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Santos – Delegada: Josefa Barbera Molina Poleti<br />
(13) 3284-9890 – www.santos.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
São José dos Campos – Delegado: Jair Capatti Jr<br />
(12) 3941-5201 – www.saojosedoscampos.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
São José do Rio Preto – Delegado: Hipólito Martins Filho<br />
(<strong>17</strong>) 3233-0154 – www.saojosedoriopreto.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Sorocaba – Delegado: Alexan<strong>de</strong>r Itria<br />
(15) 3233-3552 – www.sorocaba.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br<br />
Núcleo <strong>de</strong> Criação e Desenvolvimento<br />
Rua Cayowaá, 228 - Perdizes<br />
São Paulo - SP - CEP: 05018-000<br />
Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296<br />
Site: www.r<strong>sp</strong>ress.com.br<br />
Jornalista re<strong>sp</strong>onsável: Roberto Souza (Mtb 11.408)<br />
Editor-chefe: Fábio Berklian | Editora: Lilian Burgardt<br />
Reportagem: Thiago Bento e Amanda Campos<br />
Projeto gráfico: Leonardo Fial<br />
julho <strong>2009</strong><br />
Diagramação: Leonardo Fial, Gabriel Rabesco e Fernando Almeida<br />
05<br />
06<br />
12<br />
08<br />
Sumário<br />
CORECON-SP na web<br />
Eduardo Pereira Nunes<br />
JUCESP virtual<br />
Jornalismo sem regulamentação<br />
04 editorial<br />
05 radar<br />
06 <strong>de</strong>staque<br />
08 capa<br />
11 e<strong>sp</strong>ecial<br />
12 educação<br />
3
Editorial<br />
Será o fim das ciências humanas?<br />
Em junho, por oito votos a um, o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral<br />
(STF) optou pelo fim da obrigatorieda<strong>de</strong> do diploma <strong>de</strong> jornalismo<br />
e pela <strong>de</strong>sregulamentação da profissão. Em sua justificativa,<br />
o relator da <strong>de</strong>cisão, o presi<strong>de</strong>nte do STF, Gilmar Men<strong>de</strong>s,<br />
afirmou que a exigência do diploma fere o direito <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> expressão e, que a ativida<strong>de</strong> não necessita <strong>de</strong> qualificações<br />
profissionais e<strong>sp</strong>ecíficas para ser exercida.<br />
Ora, chama a atenção do Conselho Regional <strong>de</strong> Economia <strong>de</strong><br />
São Paulo (CORECON-SP) o argumento <strong>de</strong> que merecem regulamentação<br />
apenas as profissões, como disse o ministro, que “po<strong>de</strong>m<br />
trazer perigo <strong>de</strong> dano à coletivida<strong>de</strong> ou prejuízos diretos a<br />
direitos <strong>de</strong> terceiros, sem culpa das vítimas, tais como a medicina<br />
e <strong>de</strong>mais profissões ligadas à área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a engenharia, a advocacia<br />
e a magistratura, <strong>de</strong>ntre outras várias”. E a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />
que abriu-se prece<strong>de</strong>nte ao fim à exigência <strong>de</strong> diploma à outras<br />
profissões. Fato para o qual economistas <strong>de</strong>vem ficar atentos.<br />
Como escreveu ao Observatório da Imprensa o historiador<br />
Fabio Koifman, ao negar a cientificida<strong>de</strong> e a serieda<strong>de</strong> das <strong>de</strong>mais<br />
ciências, em e<strong>sp</strong>ecial as humanas, o STF po<strong>de</strong> estar indicando<br />
que não será mais necessário exigir o diploma para<br />
História, Língua Portuguesa, Filosofia, Sociologia, Economia e<br />
<strong>de</strong>mais áreas cuja cientificida<strong>de</strong> tenha como base teorias distintas<br />
das ciências exatas, aplicadas, naturais e formais.<br />
Muito bem observado pelo historiador curiosa e contraditoriamente,<br />
tanto o relator como os <strong>de</strong>mais juristas referenciados<br />
- não por acaso - não incluíram a profissão <strong>de</strong> advogado nesse<br />
bojo. Sem entrar no <strong>de</strong>bate a re<strong>sp</strong>eito do Direito, vale lembrar<br />
que a base teórica das jurídicas está fincada nas ciências sociais,<br />
o que <strong>de</strong> imediato, seguindo a mesma lógica do STF, já incluiria<br />
a profissão <strong>de</strong> advogado como uma das que o exercício in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ria<br />
<strong>de</strong> diploma.<br />
Negar a serieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tais profissões é fechar os olhos para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento propiciado pelo trabalho e pesquisas da área.<br />
É negar, sobretudo, a relevância <strong>de</strong> tais ciências. Visto isso, cabe-nos<br />
<strong>de</strong>monstrar solidarieda<strong>de</strong> aos jornalistas que pertencem<br />
à sua instituição <strong>de</strong> classe, atuando com ética e competência.<br />
Boa Leitura!<br />
Antonio Luiz <strong>de</strong> Queiroz Silva<br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
4 julho <strong>2009</strong>
julho <strong>2009</strong><br />
Radar<br />
Visita à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sorocaba nonono<br />
No dia 7 <strong>de</strong> julho, às 9h30, acompanhados<br />
do <strong>de</strong>legado regional <strong>de</strong><br />
Sorocaba, Alexan<strong>de</strong>r Itria, do <strong>de</strong>legado<br />
municipal <strong>de</strong> Itu, o economista<br />
Fabio Guimarães Moraes, e o <strong>de</strong>legado<br />
municipal <strong>de</strong> São Manuel, o<br />
economista José Roberto <strong>de</strong> Abreu<br />
Mello Ayres, a comitiva do Conselho<br />
Regional <strong>de</strong> Economia (CORECON-<br />
SP) participou <strong>de</strong> reunião na Câmara<br />
Municipal com o vereador e presi<strong>de</strong>nte<br />
da Comissão <strong>de</strong> Economia,<br />
Finanças, Orçamento e Parcerias,<br />
Hélio Godoy.<br />
Às 10h30, a comitiva fez uma visita<br />
à prefeitura on<strong>de</strong> foi recepcionada<br />
pelo secretário <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
José Dias Batista Ferrari e pelo viceprefeito,<br />
José Ailton Ribeiro. Mais<br />
Economia ao alcance <strong>de</strong> todos<br />
Durante a última plenária realizada<br />
na se<strong>de</strong> do Conselho Regional<br />
<strong>de</strong> Economia <strong>de</strong> São Paulo (CO-<br />
RECON-SP), o conselheiro Roberto<br />
Luis Troster sugeriu que as gravações<br />
do Fórum Permanente <strong>de</strong><br />
Análise da Conjuntura Econômica<br />
(FACE), realizadas mensalmente,<br />
tar<strong>de</strong>, o grupo visitou o Centro das<br />
Indústrias do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />
(CIESP), on<strong>de</strong> foi recebido pelos vicediretores,<br />
Erly Domingues <strong>de</strong> Syllos<br />
e Mário K. Tanigawa. Por último, foi<br />
visitada a se<strong>de</strong> da <strong>de</strong>legacia regional<br />
<strong>de</strong> Sorocaba, on<strong>de</strong> os membros da<br />
comitiva foram acompanhados por<br />
Itria, que será nomeado para o Conselho<br />
Municipal <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Econômico e Social <strong>de</strong> Sorocaba,.<br />
Vale lembrar que 47 cida<strong>de</strong>s integram<br />
a Regional da CIESP em Sorocaba,<br />
com 330 associados entre<br />
indústrias e prestadores <strong>de</strong> serviços.<br />
Com a vinda da fábrica da Toyota<br />
para Sorocaba será instalado o<br />
maior parque tecnológico em termos<br />
<strong>de</strong> extensão da América Latina.<br />
sejam colocadas à di<strong>sp</strong>osição dos<br />
usuários no site <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os “You<br />
Tube”. A proposta <strong>de</strong> Troster é tornar<br />
acessíveis à socieda<strong>de</strong> discussões<br />
econômicas sobre a atuação<br />
do Brasil para sair da crise. “A população<br />
é a maior interessada no<br />
assunto”, explica.<br />
Boa leitura!<br />
Para a maioria das pessoas, admi-<br />
nistrar cartões <strong>de</strong> crédito, cheques<br />
e<strong>sp</strong>eciais, investimentos ainda é um<br />
problema sério. Como viver sem dívidas,<br />
construir riqueza, planejar o<br />
orçamento familiar e outras tantas<br />
dúvidas sobre o universo das finanças<br />
pessoais po<strong>de</strong>m ser solucionadas com<br />
uma simples atitu<strong>de</strong>: a “alfabetização<br />
financeira”, proposta do autor, Carlos<br />
von Sohsten e explicada em <strong>de</strong>talhes<br />
neste livro. Afinal, como o próprio<br />
Sohsten nos ensina no prefácio, o<br />
que fará <strong>de</strong> você uma pessoa rica <strong>de</strong><br />
verda<strong>de</strong> não é o quanto gasta, mas o<br />
quanto conserva e investe.<br />
Como Cuidar Bem do Seu Dinheiro<br />
Autor: Carlos von Sohsten<br />
Preço: R$ 45,00<br />
Editora: Qualitymark<br />
5
Destaque Eduardo Pereira Nunes<br />
Há 30 anos<br />
<strong>de</strong> olho no Brasil<br />
Quase 30 anos no IBGE, sendo os últimos seis na presidência da<br />
instituição, conferiram a Eduardo Pereira Nunes sabedoria para<br />
afirmar que o País melhorou, e<strong>sp</strong>ecialmente quanto à inclusão no<br />
mercado <strong>de</strong> trabalho, mas que a injustiça social ainda é continental<br />
Tão versátil quanto o povo<br />
brasileiro - a quem estuda<br />
há 29 anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
ingressou como funcionário do<br />
Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e<br />
Estatística (IBGE) - é o atual presi<strong>de</strong>nte<br />
da instituição, Eduardo Pereira<br />
Nunes. À frente do instituto<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003, o economista carioca<br />
formado pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>-<br />
ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro (UFRJ) soma<br />
experiências pelos variados setores<br />
em que passou. Dentre eles,<br />
os <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> Geografia e<br />
<strong>de</strong> Agropecuária (DEGEO e DEA-<br />
GRO), na Coor<strong>de</strong>nação dos Censos<br />
Econômicos e na chefia do Departamento<br />
<strong>de</strong> Contas Nacionais.<br />
Nesta última posição antes <strong>de</strong><br />
assumir a presidência, coor<strong>de</strong>nou<br />
Gervásio Baptista/ABr<br />
o projeto que tornou possível o<br />
cálculo do Produto Interno Bruto<br />
(PIB) dos estados, conhecido como<br />
Sistema <strong>de</strong> Contas Regionais, e que<br />
vem sendo publicado anualmente<br />
em conjunto com as secretarias<br />
<strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> cada uma das<br />
unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração. Palestrante<br />
comfirmado no XVIII Congresso<br />
Brasileiro <strong>de</strong> Economia (CBE<br />
6 julho <strong>2009</strong>
<strong>2009</strong>), Nunes falará sobre o Censo<br />
2010 com enfoque para “Economia<br />
brasileira pós-estabilização e<br />
retomada do crescimento: a urgência<br />
do resgate da dívida social”.<br />
Em entrevista a O <strong>Economista</strong> ele<br />
adianta algumas questões.<br />
O <strong>Economista</strong> - Quem são os<br />
brasileiros?<br />
Eduardo Pereira Nunes - (risos)<br />
A re<strong>sp</strong>osta é apenas um retrato prévio,<br />
finalizado o Censo 2010 teremos<br />
dados mais concretos, mas po<strong>de</strong>mos<br />
dizer que o “brasileiro” não<br />
é um grupamento social e antropológico<br />
único. Em nossa socieda<strong>de</strong><br />
há alguns grupos marcantes em<br />
todas as regiões do País, relacionados<br />
à ocupação do território com<br />
ascendência tanto europeia, como<br />
africana e indígena. Esta última,<br />
do ponto <strong>de</strong> vista quantitativo, tem<br />
uma representação pequena: menos<br />
<strong>de</strong> um milhão em um universo<br />
<strong>de</strong> 190 milhões <strong>de</strong> habitantes.<br />
Há, também, um contingente<br />
enorme <strong>de</strong> pardos, que <strong>de</strong> maneira<br />
nenhuma po<strong>de</strong>m ser associados<br />
ou confundidos somente com <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> negros. Eles corre<strong>sp</strong>on<strong>de</strong>m<br />
a um grupo resultante da<br />
união <strong>de</strong> negros e brancos, brancos<br />
e índios, índios e negros, além da<br />
miscigenação com outras populações<br />
como os asiáticos.<br />
O <strong>Economista</strong> - Qual a relação<br />
<strong>de</strong> sua palestra com o CBE <strong>2009</strong>?<br />
Nunes - Des<strong>de</strong> 2000, quando<br />
realizamos o último Censo, mantivemos<br />
a continuida<strong>de</strong> da estabilização<br />
da economia, inclusive com<br />
o controle da inflação. Por outro<br />
julho <strong>2009</strong><br />
lado, fatores nacionais e internacionais<br />
colaboraram para que nossa<br />
economia acelerasse seu ritmo<br />
<strong>de</strong> crescimento. Paralelamente, o<br />
mercado <strong>de</strong> trabalho se sofisticou<br />
e absorveu mais pessoas com um<br />
nível <strong>de</strong> remuneração maior, o que<br />
resulta em melhores rendas. Isso<br />
nos posiciona entre as 10 maiores<br />
economias do mundo, mas quando<br />
falamos da distribuição <strong>de</strong>ssa<br />
renda integramos a lista dos 70<br />
piores.<br />
O <strong>Economista</strong> - Caminhamos<br />
para sermos um País mais justo?<br />
Nunes - Reduzimos a injustiça<br />
social medida pela concentração<br />
<strong>de</strong> renda, mas ela ainda é muito<br />
alta. Quanto à incorporação <strong>de</strong>ssas<br />
pessoas, isso vem acontecendo há<br />
décadas, mesmo porque a população<br />
cresceu. Além disso, o ingresso<br />
<strong>de</strong> mais pessoas no mercado <strong>de</strong><br />
trabalho tem duas características<br />
interessantes: a primeira é o crescimento<br />
mais do que proporcional<br />
<strong>de</strong> mulheres. A segunda é a exigência<br />
cada vez maior <strong>de</strong> qualificação<br />
e nível <strong>de</strong> instrução. Como disse<br />
anteriormente, há uma melhor remuneração,<br />
isso contribui para que<br />
a renda suba, porém, também contribui<br />
para a manutenção <strong>de</strong> certa<br />
di<strong>sp</strong>arida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rendas entre os empregados<br />
no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />
O <strong>Economista</strong> - Quais outras novida<strong>de</strong>s<br />
o Censo 2010 trará?<br />
Nunes - A taxa <strong>de</strong> crescimento<br />
da população vem caindo. Com<br />
mais pessoas envelhecendo, maior<br />
será o impacto econômico na previdência<br />
social.<br />
O <strong>Economista</strong> - Seremos um País<br />
idoso?<br />
Nunes - Diria que não será majoritariamente<br />
idoso, mas já é um<br />
País on<strong>de</strong> a longevida<strong>de</strong> da população<br />
está cada vez maior. Em alguns<br />
anos, o ritmo <strong>de</strong> crescimento<br />
do contingente <strong>de</strong> pessoas com<br />
mais <strong>de</strong> 60 anos será maior do que<br />
o <strong>de</strong> pessoas abaixo dos 15. Teremos<br />
mais indivíduos entrando na<br />
terceira ida<strong>de</strong> do que nascendo.<br />
O <strong>Economista</strong> - Vamos nos aposentar<br />
mais tar<strong>de</strong>?<br />
Nunes - Provavelmente sim, mas<br />
quem preten<strong>de</strong> manter durante a<br />
aposentadoria o mesmo padrão<br />
que tinha em ida<strong>de</strong> ativa irá trabalhar<br />
por mais tempo. Para que isso<br />
aconteça, no entanto, o sistema<br />
previ<strong>de</strong>nciário precisa se a<strong>de</strong>quar à<br />
nova realida<strong>de</strong>. Des<strong>de</strong> que foi criado,<br />
na década <strong>de</strong> 1940, no governo<br />
Getúlio Vargas, ele mudou pouco.<br />
O <strong>Economista</strong> - Essa população,<br />
no geral, ainda vive nas cida<strong>de</strong>s ou<br />
está saindo das capitais?<br />
Nunes - Cerca <strong>de</strong> 85% da população<br />
brasileira vive em cida<strong>de</strong>s.<br />
A urbanização é uma tendência<br />
irreversível. Há um dado importante<br />
da década atual que é a diminuição<br />
do ritmo <strong>de</strong> migração <strong>de</strong><br />
pessoas <strong>de</strong> áreas rurais e pequenas<br />
cida<strong>de</strong>s para centros urbanos, isso<br />
não quer dizer que as pessoas estejam<br />
fazendo o caminho contrário.<br />
De fato, o padrão <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong><br />
e flutuação populacional em nosso<br />
território permanece, o que vai<br />
mudar daqui para frente é a velocida<strong>de</strong><br />
com que isso acontece.<br />
7
Capa<br />
Impacto <strong>de</strong><br />
uma <strong>de</strong>cisão<br />
Medida do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (STF)<br />
pela queda do diploma e <strong>de</strong>sregulamentação<br />
do Jornalismo po<strong>de</strong> resultar em <strong>de</strong>svalorização<br />
das ciências humanas como Ciência<br />
P<br />
or oito votos a um - o STF<br />
pôs fim à obrigatorieda<strong>de</strong><br />
do diploma para o exercício<br />
do jornalismo e acabou com a<br />
regulamentação da profissão sob o<br />
argumento <strong>de</strong> que encerrava-se ali<br />
um <strong>de</strong>creto-lei dos tempos da ditadura<br />
militar instituído no País para<br />
afastar profissionais contrários ao<br />
regime das redações. Os ministros<br />
do Supremo justificaram ainda que<br />
essa era uma <strong>de</strong>cisão favorável à liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> expressão.<br />
A polêmica <strong>de</strong>cisão foi tomada<br />
pelos ministros do STF Gilmar Men<strong>de</strong>s,<br />
Carmem Lúcia, Ricardo Lewandowski,<br />
Eros Grau, Carlos Ayres Britto,<br />
Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso<br />
<strong>de</strong> Mello. Na ocasião, Mello afirmou<br />
que restrições, mesmo indiretas à<br />
comunicação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, <strong>de</strong>vem ser<br />
combatidas. Britto acrescentou que<br />
po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar a função aqueles<br />
“íntimos às palavras” e com “olho<br />
clínico” ou quem se profissionalizar.<br />
O único ministro favorável à manutenção<br />
do diploma, Marco Aurélio,<br />
ressaltou que as técnicas aprendidas<br />
durante a graduação para entrevistar,<br />
editar ou reportar são extremamente<br />
importantes para o exercício<br />
da ativida<strong>de</strong>.<br />
À margem da discussão, porém,<br />
ficou a <strong>de</strong>svalorização das ciências<br />
humanas apesar <strong>de</strong> Gilmar Men<strong>de</strong>s<br />
reforçar em seu discurso que a <strong>de</strong>cisão<br />
tomada para o Jornalismo abre<br />
prece<strong>de</strong>nte para pôr fim à exigência<br />
do certificado e <strong>de</strong>sregulamentar<br />
muitas outras profissões com caráter<br />
semelhante. Para o ministro, “a profissão<br />
<strong>de</strong> jornalista por não implicar<br />
riscos à saú<strong>de</strong> ou à vida dos cidadãos<br />
em geral, não po<strong>de</strong>ria ser objeto <strong>de</strong><br />
exigências quanto às condições <strong>de</strong><br />
capacida<strong>de</strong> técnica para seu exercí-
cio. Eventuais riscos ou danos efetivos<br />
a terceiros causados pelo profissional<br />
do Jornalismo não seriam<br />
inerentes à ativida<strong>de</strong> e, <strong>de</strong>ssa forma,<br />
não seriam evitáveis pela exigência<br />
<strong>de</strong> um diploma <strong>de</strong> graduação”.<br />
Pela lógica do relatório aprovado e<br />
transformado em <strong>de</strong>cisão do STF, somente<br />
profissões ligadas à área biomédica<br />
e tecnológica justificariam a existência<br />
do diploma para seu exercício. O<br />
que, consequentemente, “con<strong>de</strong>naria”<br />
outras profissões ligadas às ciências<br />
humanas como História, Sociologia,<br />
Língua Portuguesa, Economia <strong>de</strong>ntre<br />
outras. Isso porque, tanto quanto<br />
o Jornalismo, são profissões que, em<br />
tese, não expõem a risco “à saú<strong>de</strong> ou à<br />
vida dos cidadãos em geral”.<br />
Em seu relatório justificando a<br />
<strong>de</strong>cisão, o ministro acrescentou que<br />
o fim da obrigatorieda<strong>de</strong> do diploma<br />
não significa acabar com os cursos<br />
universitários, pois a formação é importante<br />
como preparo técnico, mas<br />
que <strong>de</strong>verá seguir o mo<strong>de</strong>lo aplicado<br />
à culinária, moda ou costura, em que<br />
não são necessários para o exercício<br />
da ativida<strong>de</strong>.<br />
Atento à discussão, o presi<strong>de</strong>nte<br />
do Conselho Regional <strong>de</strong> Economia<br />
<strong>de</strong> São Paulo (CORECON-SP), Antônio<br />
Luiz <strong>de</strong> Queiroz Silva, enten<strong>de</strong><br />
que acabar com a exigência do diploma<br />
e <strong>de</strong>sregulamentar não só o Jornalismo<br />
como todas as <strong>de</strong>mais ciências<br />
cuja cientificida<strong>de</strong> tenha como<br />
base mo<strong>de</strong>los teóricos distintos das<br />
chamadas ciências exatas, aplicadas,<br />
naturais e formais, assim como as<br />
<strong>de</strong>mais profissões - que, em tese, não<br />
exponham risco “à saú<strong>de</strong> ou à vida<br />
dos cidadãos em geral”, é danoso.<br />
Em sua opinião, negar a serieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> tais áreas <strong>de</strong> atuação é fechar os<br />
olhos para o <strong>de</strong>senvolvimento propiciado<br />
não só pelo trabalho, mas<br />
também pelas pesquisas elaboradas<br />
por seus e<strong>sp</strong>ecialistas. É negar a relevância<br />
das ciências humanas como<br />
Ciência, o que só acarretará uma sucessiva<br />
<strong>de</strong>svalorização das áreas.<br />
Segundo ele, com a <strong>de</strong>cisão é prejudicado<br />
aquele que tem entusiasmo<br />
pela profissão, pois em <strong>de</strong>corrência<br />
da <strong>de</strong>sregulamentação e da nãoobrigatorieda<strong>de</strong><br />
do diploma per<strong>de</strong>m<br />
as Instituições <strong>de</strong> Ensino que <strong>de</strong>ixam<br />
<strong>de</strong> investir nos cursos. Na sequência,<br />
per<strong>de</strong>m os profissionais que não encontram<br />
mais qualificação e, logo,<br />
per<strong>de</strong> o mercado que provavelmente<br />
“Com a <strong>de</strong>cisão, não valerá a pena o estudante<br />
investir na profissionalização. Isso irá<br />
repercurtir diretamente nas Instituições<br />
<strong>de</strong> Ensino e no mercado <strong>de</strong> trabalho”
Capa<br />
Caminhávamos para<br />
o aprimoramento do<br />
Jornalismo. Com a<br />
<strong>de</strong>cisão do STF isso<br />
para e torna-se difícil<br />
saber a extensão<br />
da sentença<br />
continuará a exigir qualificação, mas<br />
a salários muito mais baixos. “Com a<br />
<strong>de</strong>cisão, não valerá a pena o estudante<br />
apostar na profissionalização e<br />
obviamente isso irá repercurtir diretamente<br />
nas Instituições <strong>de</strong> Ensino e<br />
no mercado <strong>de</strong> trabalho”, explica.<br />
Por essa razão, o <strong>de</strong>bate, na opinião<br />
<strong>de</strong> Queiroz, vai além do diploma,<br />
trata da habilitação formal, qualida<strong>de</strong><br />
do trabalho e da fiscalização<br />
do exercício da ativida<strong>de</strong>, itens que<br />
não integram o expediente das Instituições<br />
<strong>de</strong> Ensino, mas sim, das<br />
associações <strong>de</strong> classe. Na opinião <strong>de</strong><br />
Queiroz, a melhoria da qualificação<br />
e a criação <strong>de</strong> um Conselho forte<br />
para o Jornalismo seria muito mais<br />
pertinente do que a simples <strong>de</strong>sregulamentação<br />
da ativida<strong>de</strong>. “São as<br />
entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m o<br />
profissional <strong>de</strong> injustiças e também<br />
a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem atua <strong>de</strong> maneira<br />
prejudicial”, completa.<br />
Proteger profissionais e cidadãos<br />
é, na opinião do secretário-geral do<br />
Sindicato dos Jornalistas <strong>de</strong> São Paulo<br />
(SJSP), André Freire, e do diretor<br />
do Departamento <strong>de</strong> Mobilização,<br />
Negociação Salarial e Direito Autoral<br />
da Fe<strong>de</strong>ração Nacional dos Jornalistas<br />
(FENAJ), José Carlos Torves, a<br />
maior preocupação dos representantes<br />
da área no Brasil, diretamente<br />
prejudicada pela <strong>de</strong>cisão do STF.<br />
“Caminhávamos para o aprimoramento<br />
do exercício do Jornalismo.<br />
Com a <strong>de</strong>cisão do STF, isso para e torna-se<br />
difícil saber a extensão da sentença”,<br />
lamenta Freire que aponta a<br />
queda na credibilida<strong>de</strong> das informações<br />
transmitidas à socieda<strong>de</strong> como<br />
efeito imediato da não-obrigatorieda<strong>de</strong><br />
do diploma.<br />
Torves compartilha da preocupação<br />
do colega e afirma que a qualida<strong>de</strong><br />
não só ten<strong>de</strong> a piorar como<br />
o público irá perceber. Enfático,<br />
afirmou que a <strong>de</strong>cisão do STF não<br />
enxergou a complexida<strong>de</strong> técnica<br />
da profissão que envolve um conjunto<br />
<strong>de</strong> fatores, como estratégias<br />
<strong>de</strong> uma boa investigação, que se refletirá,<br />
mais adiante, em informação<br />
<strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong> para o cumprimento<br />
<strong>de</strong> sua função social.<br />
Um exemplo da falta <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong><br />
e qualida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser verificado<br />
no relatório “Public Trust In<br />
The News”, publicado pelo Reuters<br />
Insittute for the Study of Journalism.<br />
Nele, pesquisadores das universida<strong>de</strong>s<br />
inglesas <strong>de</strong> Manchester e Leeds<br />
verificaram que o público se sente<br />
excluído e confuso com matérias<br />
que não explicam sequer o básico<br />
das notícias, além <strong>de</strong> sentir-se inseguro<br />
quanto a quem acreditar.<br />
10 julho <strong>2009</strong>
julho <strong>2009</strong><br />
E<strong>sp</strong>ecial<br />
Por uma JUCESP<br />
também “virtual”<br />
À frente da Junta<br />
Comercial <strong>de</strong> São Paulo,<br />
o economista Valdir<br />
Saviolli investe em<br />
infraestrutura e<br />
tecnologia para<br />
mo<strong>de</strong>rnizar a entida<strong>de</strong><br />
e oferecer serviços pela<br />
Internet em benefício<br />
da população<br />
Imagine toda a tramitação <strong>de</strong><br />
documentos para abrir e fechar<br />
uma empresa totalmente realizada<br />
em ambiente virtual com códigos<br />
<strong>de</strong> segurança em diferentes níveis <strong>de</strong><br />
acesso, não apenas para os empresários,<br />
mas também seus contadores<br />
e advogados. É o que i<strong>de</strong>aliza para<br />
o futuro a equipe do economista e<br />
presi<strong>de</strong>nte da Junta Comercial <strong>de</strong><br />
São Paulo (JUCESP), Valdir Saviolli.<br />
“Queremos acabar com o estigma <strong>de</strong><br />
que Junta Comercial é sinônimo <strong>de</strong><br />
burocracia”, explica.<br />
Des<strong>de</strong> sua ascensão ao cargo, em<br />
outubro <strong>de</strong> 2007, Saviolli tem se empenhado<br />
em agilizar o atendimento<br />
da JUCESP. Assim, sua gestão passou<br />
por dois momentos, o primeiro,<br />
<strong>de</strong> colocar or<strong>de</strong>m na casa com a con-<br />
tratação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra qualificada<br />
em diferentes níveis para aten<strong>de</strong>r a<br />
<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> trabalho. O segundo, o<br />
qual sua equipe tem se <strong>de</strong>dicado no<br />
momento, é a criação <strong>de</strong> um registro<br />
digital das ativida<strong>de</strong>s - uma e<strong>sp</strong>écie<br />
<strong>de</strong> “JUCESP virtual”. “O objetivo é<br />
que não haja mais a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>slocamento às unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento<br />
para serviços simples e<br />
corriqueiros”, justifica.<br />
A expectativa é a <strong>de</strong> que os serviços<br />
on-line comecem a funcionar em<br />
2010, missão para a qual a JUCESP<br />
conta com o apoio <strong>de</strong> parceiras como<br />
as Juntas Comerciais do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
e <strong>de</strong> Minas Gerais, além da Junta<br />
Comercial do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul - cuja<br />
presidência também está nas mãos<br />
<strong>de</strong> um economista -, Jorge Mello.<br />
Mais dois anos<br />
Colocar a Internet a serviço dos<br />
empresários paulistas é apenas uma<br />
das metas que estabeleceu para seus<br />
quatro anos <strong>de</strong> mandato e, com planejamento,<br />
o economista preten<strong>de</strong><br />
concretizar. Há projetos, porém, que<br />
prometem facilitar a vida dos cidadãos<br />
em um prazo ainda mais curto,<br />
como a consulta às fichas cadastrais,<br />
pedidos <strong>de</strong> certificação e acesso ao<br />
acervo digital da JUCESP, tudo isso<br />
já para o segundo semestre.<br />
A implementação das mudanças é,<br />
na opinião <strong>de</strong> Saviolli, reflexo <strong>de</strong> uma<br />
transformação cultural que iniciou<br />
em 2007 para fazer da Junta Comercial<br />
exemplo <strong>de</strong> que o serviço público<br />
po<strong>de</strong> ser sinônimo <strong>de</strong> eficiência. Nesse<br />
a<strong>sp</strong>ecto, ele ainda ressalta a importância<br />
<strong>de</strong> se ter um economista como<br />
aliado para dar segurança jurídica às<br />
transações comerciais. “É fundamental<br />
que as organizações públicas e<br />
privadas tenham um papel reservado<br />
para o economista na área <strong>de</strong> planejamento<br />
e assessoria. Além <strong>de</strong> meu<br />
conhecimento na área, conto com auxílio<br />
<strong>de</strong> mais dois economistas” diz.<br />
Saviolli tem acompanhado os esforços<br />
do CORECON-SP em difundir<br />
a importância dos profissionais, e<strong>sp</strong>ecialmente<br />
no setor público, iniciativa<br />
que consi<strong>de</strong>ra imprescindível para<br />
equilibrar as finanças <strong>de</strong> modo que o<br />
serviço funcione para a população.<br />
11
Educação<br />
Programação<br />
do CBE <strong>2009</strong><br />
Confira os eventos confirmados entre os dias 16 e 18 <strong>de</strong> setembro na XVIII edição do<br />
Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Economia<br />
Gran<strong>de</strong> Auditório <strong>Economista</strong> Celso Furtado<br />
19h00 Plenária solene <strong>de</strong> abertura, seguida <strong>de</strong> coquetel, premiações: Prêmio Jovem <strong>Economista</strong> <strong>2009</strong>, Prêmio Brasil <strong>de</strong> Economia, Prêmio Personalida<strong>de</strong> Econômica e<br />
homenagem ao profº Antonio Delfim Netto<br />
16/09<br />
Conferências<br />
<strong>17</strong>/09 Programação 18/09 Programação<br />
09h00 - 10h30 Per<strong>sp</strong>ectivas da Economia Brasileira e mundial diante da crise<br />
econômica<br />
Gustavo Franco; Yoshiaki Nakano<br />
10h30 - 11h00 Coffee Break 10h30 - 11h00 Coffee Break<br />
11h00 - 12h30 Políticas para a promoção do <strong>de</strong>senvolvimento econômico voltadas ao<br />
crescimento - per<strong>sp</strong>ectivas a longo prazo<br />
James Galbraigth; Francisco Murteiro Nabo<br />
12h30 - 14h00 Almoço 12h30 - 14h00 Almoço<br />
18h00 - 18h30 Homenagem ao Econ. Tamás Szmerecsanyi (in memorian)<br />
Francisco da Silva Coelho<br />
Sala 1<br />
09h00 - 10h30 Como enten<strong>de</strong>r a educação em todos os níveis, visando a cidadania e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
econômico<br />
Cláudio <strong>de</strong> Moura Castro; Márcio Porchmann<br />
11h00 - 12h30 Economia e Educação - Mercado <strong>de</strong> Trabalho<br />
Roberto Brás Matos Macedo; José Pastore<br />
16h30 - <strong>17</strong>h30 Premiação da Gincana <strong>de</strong> Economia<br />
<strong>17</strong>h30 - 18h30 Plenária <strong>de</strong> Encerramento do CBE<br />
Encontro Paulista <strong>de</strong> Perícia, Avaliação, Auditoria e Arbitragem Econômico-Financeira<br />
<strong>17</strong>/09 Programação 18/09 Programação<br />
14h00 -<br />
15H30<br />
Novos Campos <strong>de</strong> Aplicação da Pericia Econômico-Financeira<br />
Aurélio Libanori; Joe Akira Yoshino<br />
15h30 - 16h00 Coffee Break 15h30 - 16h00 Coffee Break<br />
16h00 - <strong>17</strong>h30 Avaliações <strong>de</strong> empresas: Contribuições da ciência Econômica e suas<br />
Técnicas - Aplicações Práticas<br />
Francisco D’orto Neto<br />
Sala 2<br />
Cursos<br />
14h00 - 15H30 Auditoria Econômica: Eficiência e Racionalida<strong>de</strong> no uso <strong>de</strong> Recursos<br />
Públicos e Privados<br />
Pedro Afonso Gomes<br />
16h00 - <strong>17</strong>h30 Perícia Judicial, Provas em Direito e a Área Econômica-financeira<br />
Marco Antonio Marques; Antonio Rulli Jr.<br />
<strong>17</strong>/09 Programação 18/09 Programação<br />
12h30 - 14h00 Almoço 12h30 - 14h00 Almoço<br />
14h00 - 14h45 Teoria Keynesiana I<br />
Fernando Ferrari Filho<br />
14h45 - 15h30 Teoria Keynesiana II<br />
Leda Paulani<br />
14h45 - 15h30 Mercado <strong>de</strong> Crédito<br />
Rubens Sar<strong>de</strong>nberg<br />
Roberto Luis Troster<br />
15h30 - 16h00 Coffee Break 15h30 - 16h00 Coffee Break<br />
16h00 - <strong>17</strong>h30 A dimensão moral da crise e as correntes do Pensamento Econômico<br />
Luiz Alberto Machado<br />
Marcos Gonçalves<br />
16h00 - <strong>17</strong>h30 Mercado <strong>de</strong> Ações<br />
Pedro Paulo Silveira<br />
12 julho <strong>2009</strong>
Sala 3<br />
Sala 4<br />
julho <strong>2009</strong><br />
Apresentação <strong>de</strong> Trabalhos Científicos<br />
<strong>17</strong>/09 Programação 18/09 Programação<br />
14h00 - 14h45 Apresentação trabalhos 14h00 - 14h45 Apresentação trabalhos<br />
14h45 - 15h30 Apresentação trabalhos 14h45 - 15h30 Apresentação trabalhos<br />
15h30 - 16h00 Coffee Break 15h30 - 16h00 Coffee Break<br />
16h00 - 16h45 Apresentação trabalhos 16h00 - 16h45 Apresentação trabalhos<br />
16h45 - <strong>17</strong>h30 Apresentação trabalhos 16h45 - <strong>17</strong>h30 Apresentação trabalhos<br />
Políticas <strong>de</strong> Promoção Social<br />
<strong>17</strong>/09 Programação 18/09 Programação<br />
14h00 - 14h45 Educação<br />
Armando Dias Men<strong>de</strong>s<br />
14h45 - 15h30 Educação, Pobreza e Distribuição <strong>de</strong> Renda<br />
Naercio Menezes Filho<br />
14h00 - 14h45 Economia e Democracia<br />
José Raimundo Novaes Chiappin<br />
14h45 - 15h30 Economia e Re<strong>sp</strong>onsabilida<strong>de</strong> Social<br />
Custódio Pereira<br />
15h30 - 16h00 Coffee Break 15h30 - 16h00 Coffee Break<br />
16h00 - 16h45 Saú<strong>de</strong> Pública<br />
Aquilas Men<strong>de</strong>s<br />
16h45 - <strong>17</strong>h30 A Constituição Cidadã<br />
Cláudio Lembo<br />
Sala 8<br />
16h00 - 16h45 Expansão São Paulo - Novas per<strong>sp</strong>ectivas para a mobilida<strong>de</strong> urbana<br />
José Jorge Fagali<br />
16h45 - <strong>17</strong>h30 A formação do economista frente aos <strong>de</strong>safios da realida<strong>de</strong> econômica<br />
Carmem Aparecida Feijó; Lineu Carlos Maffezoli<br />
Economia Urbana<br />
<strong>17</strong>/09 Programação 18/09 Programação<br />
14h00 - 14h45 A Economia e o meio ambiente<br />
Carlos Eduardo Frickmann Young<br />
14h45 - 15h30 Censo 2010<br />
Eduardo Pereira Nunes<br />
14h00 - 14h45 Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s - Condições <strong>de</strong> Habitação<br />
Ladislau Dowbor<br />
14h45 - 15h30 Condições <strong>de</strong> Tran<strong>sp</strong>orte<br />
Solange Paiva<br />
15h30 - 16h00 Coffee Break 15h30 - 16h00 Coffee Break<br />
16h00 - 16h45 Políticas Públicas - Lei <strong>de</strong> Re<strong>sp</strong>onsabilida<strong>de</strong> Fiscal<br />
Carlos Antonio Luque<br />
16h45 - <strong>17</strong>h30 Solidarieda<strong>de</strong> e Trabalho<br />
Aramis Maia Patti<br />
Sala 9<br />
16h00 - 16h45 Condições <strong>de</strong> Saneamento<br />
Gesner Oliveira<br />
16h45 - <strong>17</strong>h30 Infra-estrutura urbana - Humanização das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s<br />
Silvia Maria Schor<br />
Economia e Movimento Demográfico<br />
Um novo salto para o <strong>de</strong>senvolvimento econômico do Brasil: a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reformas<br />
<strong>17</strong>/09 Programação 18/09 Programação<br />
14h00 - 14h45 Efeitos Econômicos da Transição Demográfica<br />
Antonio Corrêa <strong>de</strong> Lacerda<br />
14h45 - 15h30 Efeitos da Transição Demográfica sobre a Segurida<strong>de</strong> e Previdência<br />
Social<br />
Fábio Giambiagi<br />
14h00 - 14h45 A importância da Política<br />
Luís Marinho<br />
14h45 - 15h30 Mercado <strong>de</strong> Trabalho<br />
Nei Cardim<br />
15h30 - 16h00 Coffee Break 15h30 - 16h00 Coffee Break<br />
16h00 - 16h45 Políticas públicas para aten<strong>de</strong>r as novas <strong>de</strong>mandas sociais<br />
Walter Barelli<br />
16h45 - <strong>17</strong>h30 Conflitos éticos da socieda<strong>de</strong> do século XXI e as mudanças na<br />
estrutura populacional<br />
Joaquim Villaça<br />
16h00 - 16h45 Finanças e Reforma Tributária<br />
Raul Velloso<br />
16h45 - <strong>17</strong>h30 O novo <strong>de</strong>senho das instituições financeiras nacionais e internacionais pós-crise<br />
Francisco da Silva Coelho<br />
13
Homenagem aos Remidos<br />
Homenagem aos Remidos<br />
<strong>Economista</strong>s registrados e com mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong> contribuição junto ao CORECON-SP, em dia com<br />
as anuida<strong>de</strong>s e com mais <strong>de</strong> 65 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (*homens), ou 60 anos (*mulheres), po<strong>de</strong>m requerer<br />
a “Inscrição Remida”. Acompanhe a relação completa dos Remidos <strong>de</strong> julho:<br />
1.340 - CHRISTIANO JANK; 1.342 - ARy BADDINI TAVARES; 1.824 - NOBORu MATSuMOTO; 2.613 - LuIz SADAO<br />
AKAMINE; 3.156 - RuBENS GORSKI; 3.433 - MILTON DE SOuzA; 4.153 - RuBENS ARLINDO PASTRELLO; 5.608 -<br />
JOSé CARLOS MuzzI MARTINS; 6.262 - JOAquIM FRANCISCO DE OLIVEIRA; 6.605 - MARIA ANGéLICA TRáVOLO<br />
POPOuTCHI; 7.378 - LuIz OSCAR DE LEO; 9.340 - MáRIO MELIANI; 9.589 - MARIA LuIzA DOS SANTOS MOTA;<br />
9.626 - CARLOS ROBERTO FLuETE; 9.854 - JOSé ANTONIO FERREIRA; 9.872 - ADMIR PEDROSSANTTI; 10.213<br />
- JúLIA SCHREINER ALVES; 10.401 - JOãO DE OLIVEIRA ROCHA; 10.485 - MAxIMILIANO HERLINGER; 11.1<strong>17</strong><br />
- BENEDITO JOSé DOS SANTOS; 12.444 - SHIGEO yAMAGuCHI; 13.835 - HELISE CuRVO DE ARRuDA; 13.860 -<br />
MARCO ANTONIO BATAN; 14.707 - ELIzETE JuSTINO DANTAS; 16.481 - EDuARDO JOSé SANTOS; <strong>17</strong>.887 - JOSé<br />
DOS SANTOS COSTA; 20.480 - LESLIE DENISE BELOquE; 25.157 - ARI IGNáCIO BARBOzA<br />
Na relação acima constam os nomes dos Remidos do mês <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Atenção: o Conselho<br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Economia, consi<strong>de</strong>rando o princípio da anteriorida<strong>de</strong>, já observado pelo Departamento<br />
Jurídico do Conselho Regional <strong>de</strong> Economia <strong>de</strong> São Paulo (CORECON-SP) em seus pareceres,<br />
<strong>de</strong>liberou por estabelecer que a Resolução que fixa o limite <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> para os homens (70 anos) e<br />
para as mulheres (65 anos) - 1807/08-publ. DOu em 09/01/09 - passe a produzir efeitos somente<br />
a partir do 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2010. Com isso, ficam revogados os efeitos da norma no período <strong>de</strong> 9<br />
<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong> a 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Caso queira fazer parte dos Remidos <strong>de</strong>sta coluna,<br />
entre em contato com a redação <strong>de</strong> “O <strong>Economista</strong>”.<br />
O Editor<br />
14 julho <strong>2009</strong>
Divisão Indicadores e Pesquisa<br />
Tabela <strong>de</strong> Indicadores Selecionados<br />
Índices <strong>de</strong> Preços<br />
IPCA - Acumulado Trimestral %<br />
2,09<br />
1,07 1,09<br />
1,24 1,32<br />
06/2008<br />
09/2008<br />
12/2008<br />
03/<strong>2009</strong><br />
06/<strong>2009</strong><br />
IPC-Fipe - Acumulado Trimestral %<br />
2,75<br />
1,21 1,05 1,13 0,77<br />
06/2008<br />
09/2008<br />
12/2008<br />
03/<strong>2009</strong><br />
06/<strong>2009</strong><br />
Fonte: Bacen<br />
Taxas Efetivas <strong>de</strong> Juros<br />
SELIC overnight Acumulado Trimestral%<br />
2,76 3,22 3,36<br />
jun/08<br />
jun/08<br />
5,90 6,00<br />
PIB Trimestral<br />
6,30<br />
mar/08<br />
abr/08<br />
Fonte: IBGE<br />
set/08<br />
set/08<br />
<strong>de</strong>z/08<br />
<strong>de</strong>z/08<br />
2,90<br />
mar/09<br />
mar/09<br />
2,39<br />
jun/09<br />
CDI overnight Acumulado Trimestral %<br />
2,74 3,21 3,32<br />
Fonte: Bacen<br />
2,89 2,38<br />
jun/09<br />
PIB Trimestral<br />
06/2008<br />
09/2008<br />
mai/08<br />
jun/08<br />
jul/08<br />
ago/08<br />
set/08<br />
out/08<br />
nov/08<br />
IGP-M - Acumulado Trimestral %<br />
4,34<br />
jun/08<br />
jun/08<br />
1,55 1,23<br />
set/08<br />
set/08<br />
5,10<br />
12/2008<br />
06/2008<br />
09/2008<br />
12/2008<br />
03/<strong>2009</strong><br />
<strong>de</strong>z/08<br />
<strong>de</strong>z/08<br />
-0,92 -0,32<br />
03/<strong>2009</strong><br />
06/<strong>2009</strong><br />
IPA-M - Acumulado Trimestral %<br />
5,00<br />
1,48 1,12<br />
-1,98 -1,19<br />
TR - Acumulado Trimestral %<br />
0,28 0,55 0,63<br />
3,10<br />
<strong>de</strong>z/08<br />
jan/09<br />
fev/09<br />
mar/09<br />
Com a divulgação dos dados do<br />
PIB, referentes ao segundo trimestre<br />
<strong>de</strong> <strong>2009</strong>, não restaram<br />
mais dúvidas <strong>de</strong> que a economia<br />
brasileira está em recessão<br />
técnica, isto porque, por dois<br />
trimestres consecutivos, ocorreu<br />
um recuo da produção em termos<br />
físicos. Sob a ótica da oferta<br />
global, e na comparação com o<br />
último trimestre <strong>de</strong> 2008, a produção<br />
nacional, em termos reais,<br />
registrou uma queda <strong>de</strong> 0,8%,<br />
<strong>de</strong>vido principalmente ao forte<br />
recuo observado na indústria<br />
(-3,1%), seguida pela agropecuária<br />
(-0,5%). Já o setor serviços<br />
amenizou o quantum da queda,<br />
uma vez que apresentou uma<br />
elevação <strong>de</strong> 0,8%. Sob a ótica da<br />
<strong>de</strong>manda global, e em igual período<br />
<strong>de</strong> comparação, as <strong>de</strong><strong>sp</strong>esas<br />
<strong>de</strong> consumo das famílias tiveram<br />
crescimento <strong>de</strong> 0,7%, as <strong>de</strong><strong>sp</strong>esas<br />
<strong>de</strong> consumo da administração<br />
pública registraram incremento<br />
positivo <strong>de</strong> 0,6%, enquanto a<br />
formação bruta <strong>de</strong> capital fixo, o<br />
investimento, amargou queda <strong>de</strong><br />
12,6%, o maior recuo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<br />
da série base <strong>de</strong> comparação<br />
(1996). Em igual período <strong>de</strong> comparação,<br />
observaram-se variações<br />
negativas, tanto por parte das<br />
exportações <strong>de</strong> bens e serviços<br />
(-16,0%) como das importações<br />
<strong>de</strong> bens e serviços (-16,8%).Embora<br />
tecnicamente em recessão,<br />
a economia brasileira vem registrando<br />
incrementos sucessivos na<br />
produção física industrial, embora<br />
insuficientes para que o País<br />
saia do estágio recessivo. Assim,<br />
em maio <strong>de</strong>ste ano, e segundo o<br />
IBGE, a produção industrial registrou<br />
incremento positivo <strong>de</strong> 1,3%<br />
em face do mês anterior, <strong>de</strong>scontadas<br />
as influências sazonais.<br />
Deve- se registrar que esse foi o<br />
quinto resultado positivo consecutivo<br />
nessa mesma comparação,<br />
conseguindo-se, <strong>de</strong>sse modo,<br />
uma expansão <strong>de</strong> 7,8% nos cinco<br />
primeiros meses <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.<br />
Manuel Enríquez Garcia<br />
Vice-presi<strong>de</strong>nte do CORECON-SP<br />
Fonte: Banco Central do Brasil<br />
IBGE, Fipe. FGV e DIEESE<br />
organização CORECON-SP<br />
<strong>Economista</strong> Re<strong>sp</strong>onsável: Flávio Antunes Estaiano <strong>de</strong> Rezen<strong>de</strong><br />
indicadores@<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br - (11) 3291-8728<br />
Estes e outros indicadores econômicos po<strong>de</strong>m ser encontrados no site do CORECON-SP (www.<strong>corecon</strong><strong>sp</strong>.org.br) na página da Divisão Indicadores e Pesquisas<br />
0,32<br />
mar/09<br />
TBF Acumulado Trimestral%<br />
2,65 3,05 3,18<br />
2,70<br />
mar/09<br />
Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego - Região metropolitana - São Paulo (na semana) - %<br />
05/2008<br />
Fonte: IBGE<br />
Categorias <strong>de</strong> uso<br />
06/2008<br />
Indicadores da Produção Industrial por Categorias <strong>de</strong> Uso<br />
Brasil - Maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong><br />
8,6 8,2 8,3 8,0 8,0 7,7<br />
07/2008<br />
08/2008<br />
09/2008<br />
10/2008<br />
8,2<br />
11/2008<br />
7,1<br />
Desemprego RMSP<br />
12/2008<br />
9,4<br />
Variação (%)<br />
01/<strong>2009</strong><br />
10<br />
02/<strong>2009</strong><br />
10,5<br />
03/<strong>2009</strong><br />
04/<strong>2009</strong><br />
06/<strong>2009</strong><br />
10,2 10,2<br />
0,16<br />
jun/09<br />
2,34<br />
jun/09<br />
Mês/Mês* Mensal Acumulado Acumulado 12 Meses<br />
Bens <strong>de</strong> Capital 0,7 -22,8 -22,7 -2,4<br />
Bens Intermediários 1,2 -13,8 -16,7 -7,4<br />
Bens <strong>de</strong> Consumo 2,3 -4,8 -7,4 -2,8<br />
Duráveis 3,8 -13,7 -20,5 -10,1<br />
Semiduráveis e não Duráveis 1,3 -1,8 -2,8 -0,5<br />
Indústria Geral 1,3 -11,3 -13,9 -5,1<br />
Fonte:IBGE, Diretoria <strong>de</strong> Pesquisas, Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Indústria<br />
*série com ajuste sazonal<br />
05/<strong>2009</strong>