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evangélico - andrew murray - sê perfeito - Reavivamentos

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Capítulo 11<br />

OS PERFEITOS VENDEM TUDO PARA SEGUIR A CRISTO<br />

"Disse-lhe Jesus: Se queres ser <strong>perfeito</strong>, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro<br />

no céu; depois vem, e segue-me" (Mateus 19:21).<br />

Para o jovem rico, a pobreza seria a senda da perfeição. "O discípulo não está acima do seu mestre;<br />

todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre." A pobreza fez parte da perfeição<br />

do nosso Mestre, parte de Sua misteriosa disciplina de auto-negação e sofrimento, através das<br />

quais Deus Pai teve por bem aperfeiçoá-lO: enquanto Ele esteve neste mundo, a pobreza teria de<br />

ser a característica de todos aqueles que quisessem estar sempre em companhia do mestre, para<br />

que fosse inteiramente iguais a Ele.<br />

O que significa isso? Jesus era o Senhor de todos. Ele poderia ter vivido neste mundo em circunstâncias<br />

confortáveis e com possessões materiais moderadas. Poderia ter-nos ensinado como<br />

possuir, usar e santificar nossas propriedades. Nesse particular Ele poderia ter-se tornado<br />

semelhante a nós, andando pela vereda seguida pela maioria dos homens. Preferiu, entretanto, a<br />

pobreza. Sua vida de abnegação e dependência direta de Deus, sua humilhação, suas provações e<br />

tentações, esses seriam os elementos daquela perfeição mais alta que Ele mostrou e viveu.<br />

Nos discípulos que Ele escolheu para que estivessem em Sua companhia, a pobreza seria a<br />

característica dominante da comunhão deles com o Senhor, a escola de treinamento para uma<br />

perfeita conformidade com a Sua imagem, o segredo do poder da vitória sobre este mundo, para a<br />

plena possessão do espírito celestial. Mas, até mesmo no caso de Paulo, quando a humilhação de<br />

Cristo já pertencia ao passado e quando do seu trono de glória o chamou, a pobreza continuou<br />

sendo o veículo escolhido e de grande valia da perfeita comunhão com o Senhor.<br />

O que quer dizer isso? A ordem que diz "sede <strong>perfeito</strong>s" é dada tanto aos ricos como aos pobres. As<br />

Escrituras em página alguma se referem à possessão de propriedade como um pecado. Se por um<br />

lado adverte contra o perigo que as riquezas representam, e denuncia o abuso das mesmas, por<br />

outro lado, em parte alguma da Bíblia está promulgada uma lei que proíba a possessão de riquezas<br />

materiais. E ainda, as Escrituras reputam a pobreza como algo que ocupa alta posição na vida da<br />

perfeição.<br />

Para entendermos isso, temos de lembrar que a perfeição é um termo relativo. Não estamos<br />

sujeitos a alguma lei, com seus mandamentos externos como uma imposição de dever e conduta,<br />

que não leve em conta a diversidade de caráter ou de circunstâncias. Na perfeita lei da liberdade, na<br />

qual fomos chamados a viver, há espaço para infinita variedade na manifestação de nossa devoção<br />

a Deus e a Cristo.<br />

Conforme a diversidade de dons, circunstâncias e chamado, o mesmo espírito pode ser visto em<br />

veredas aparentemente opostas nesta vida. Há uma determinada perfeição que é buscada na<br />

possessão e utilização dos bens terrenos, quando o crente age como mordomo do Mestre; há,<br />

igualmente, uma perfeição que até mesmo nas coisas exteriores procura ser como o próprio<br />

Mestre o era, e que na pobreza procura dar seu testamento quanto à realidade e à suficiência das<br />

coisas celestes.<br />

Nos primeiros séculos da história da Igreja essa verdade, essa pobreza, para alguns significava o caminho<br />

da perfeição, exercendo uma poderosa e abençoada influência. Os homens sentiam que a<br />

pobreza, Sendo uma das características da vida santa de Jesus e de Seus apóstolos, era sagrada e<br />

bendita. Na medida em que a vida íntima da Igreja se foi enfraquecendo, essa verdade espiritual se<br />

perdeu em observâncias externas, e a comunhão na pobreza de Jesus passou a ser vista<br />

escassamente. Em seu protesto contra a justiça própria e a superficialidade do sistema romanista, a

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