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Crônic@ - Canoa Multimidia

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linda tinha feito curso por correspondência de massagem tailandesa<br />

e está dando a maior força aqui em casa, cozinhando, lavando,<br />

passando a minha roupa e de vez em quando me dando uma<br />

sapecada, cantando “ado, ado, ado cada um no seu quadrado...”.<br />

Dei um tempo na Dalila, minha boneca inflável.<br />

Tirando o grão de bico e o gergelim, estou comendo bem, graças<br />

a deus!<br />

20<br />

O amor não precisa de consolo<br />

O amor é cego, Ray Charles é cego,<br />

Steve Wonder é cego e o albino Hermeto<br />

não enxerga mesmo muito bem, mas<br />

não dá pra fingir não ver um consolo<br />

daquele tamanho.<br />

Quando meu amor voltou da viagem<br />

veio trazendo na bagagem a novidade.<br />

Havia comprado um vibrador, um sonho<br />

de consumo antigo, travado na ideologia,<br />

no falso pudor ou na vergonha de<br />

encarar o balconista do sex shop. Tanto tempo de sonho adiado<br />

contribuiu para que ele se transformasse em um desejo reprimido,<br />

e quando se manifestou veio como a força de água represada.<br />

Quando meu benzinho resolveu me mostrar o treco, me deu uma<br />

sensação de impotência. Ela passou quase uns cinco segundos<br />

para conseguir tirar todo “ele” da sacola. Ela puxava e não parava<br />

de sair. A porra tinha o tamanho de uma bisnaga que francês adora<br />

carregar embaixo do sovaco.<br />

A louca aloprou dessa vez. O consolo devia ter uns trinta centímetros.<br />

Depois da sensação de impotência veio uma ponta de raiva

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