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Crônic@ - Canoa Multimidia

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90<br />

Enfim um reveillon sóbrio<br />

Comecei a beber aos nove<br />

anos de idade em um revellon<br />

na Rua Lauro Muller no bairro<br />

da Urca no Rio de Janeiro na<br />

casa de tias. Eu e um primo roubamos<br />

uma garrafa de vinho<br />

barato de cima da mesa farta e<br />

fomos beber com outra prima da mesma idade no vão da escada<br />

do prédio. Depois a família toda foi ver queima de fogos na Praia<br />

Vermelha e eu bêbado pra caralho. Gostei tanto da sensação que<br />

não parei até o dia de hoje, meu primeiro revellon sóbrio aos quarenta<br />

e oito anos de idade. Resolvi passar com meus pais o primeiro<br />

ano novo completamente de cara e não achei ruim, descobri<br />

ao acaso as delicias da sobriedade, e como estou na casa deles<br />

espero que não seja só mais um surto de sonso. Para passar o tempo<br />

resolvi conversar inutilidades com amigos pela rede. Encontro<br />

uma amiga de Manaus que tem alma de ema, feminino de emo,<br />

odeia alegria e principalmente alegria histérica coletiva de fim de<br />

ano, portanto fica em casa mais deprimida que o normal, falando<br />

mal da grande bobagem que é ficar feliz por passagem de ano.<br />

Enche a cara sozinha e quando bate a lombra ela cria coragem e<br />

cai na gandaia até de manhã também e me deixa sozinho no MSN<br />

com outra amiga de Santos que traba-lha com “hair design”, uma<br />

nova profissão antes chamada de cabeleireira.

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