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AVALIAÇÃO DA SUCESSÃO DE CULTURAS E ... - Embrapa Algodão

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<strong>AVALIAÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>SUCESSÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>CULTURAS</strong> E NITROGÊNIO NA PRODUTIVI<strong>DA</strong><strong>DE</strong> <strong>DE</strong><br />

ALGODOEIRO EM SISTEMA <strong>DE</strong> PLANTIO DIRETO<br />

Getulio Moreno 1 , Luiz Carlos Ferreira de Sousa 2 , Rogério Ortoncelli 3 , Manuel Carlos Gonçalves 3 ,<br />

Alberto Pippus Junior 3 . (1) Departamento de Ciências Agrárias/UFMS, Caixa Postal 533, 79804.970,<br />

Dourados, MS, e-mail: moreno.g@bol.com.br, (2) Departamento de Ciências Agrárias/UFMS, Caixa<br />

Postal 533, 79804.970, Dourados, MS, e-mail: lcfsouza@ceud.ufms.br, (3) Departamento de Ciências<br />

Agrárias/UFMS, Caixa Postal 533, 79804.970, Dourados, MS.<br />

RESUMO<br />

O algodão é importante para o Brasil, produzindo 804600 toneladas de plumas na safra 2001/02.<br />

O algodoeiro responde à rotação de culturas e adubação nitrogenada, obtendo-se resultados<br />

satisfatórios. Realizou-se a pesquisa no NCA-UFMS, Dourados-MS, na safra 2001/02. Utilizou-se<br />

delineamento experimental blocos casualizados com tratamentos em parcelas subsubdivididas com<br />

quatro repetições. As parcelas (30x12m) constituíram-se pelas culturas antecessoras ervilhaca-peluda,<br />

nabo-forrageiro, aveia-preta, trigo e pousio. As subparcelas (4 linhas de algodão de 5m) foram<br />

representadas por 0, 50, 100 e 200kg.ha -1 de nitrogênio e as subsubparcelas pelas fontes uréia e<br />

sulfato de amônio. <strong>Algodão</strong> após trigo apresentou maior altura, entretanto não detectou-se diferenças<br />

estatísticas utilizando Newman keuls (p


MATERIAL E MÉTODOS<br />

Esta pesquisa foi realizada no Núcleo de Ciências Agrárias da UFMS, Campus de Dourados-MS,<br />

no ano agrícola 01/02. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados com os<br />

tratamentos em parcelas subsubdivididas com quatro repetições. As parcelas (30x12m) foram<br />

constituídas pelas culturas antecessoras ervilhaca, nabo, aveia, trigo e pousio invernal. As subparcelas<br />

(4 linhas de 5m) foram representadas por quatro doses de nitrogênio (0, 50, 100 e 200 kg ha -1 de N)<br />

aplicados em cobertura aos 45 dias após emergência do algodão e as subsubparcelas foram<br />

constituídas pelas fontes de nitrogênio uréia e sulfato de amônio, sendo feita a colheita nas duas linhas<br />

centrais. O algodão foi semeado no dia19/11/01 sobre as culturas antecessoras, em sistema de plantio<br />

direto, utilizando-se a variedade Delta Opal e adubação de 300 kg ha -1 da fórmula 00-20-20. Avaliou-se<br />

a altura das plantas de algodão, número de maçãs e capulhos por planta, peso de capulhos,<br />

produtividade e o teor de N foliar.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

O algodão semeado após o trigo apresentou maior altura de planta, entretanto devido às<br />

pequenas diferenças entre as médias, não detectou-se diferenças estatísticas pelo teste de Newman<br />

keuls (p


Tabela 1. Valores médios de altura de plantas (m) na cultura do algodão em função da interação<br />

culturas antecessoras x fontes de nitrogênio. Dourados-MS, 2002.<br />

Tratamento Uréia 1 Sulfato de Amônio 1<br />

Trigo 0,89 a 0,90 a<br />

Ervilhaca peluda 0,87 a 0,83 a<br />

Aveia preta 0,84 a 0,86 a<br />

Nabo forrageiro 0,83 a 0,88 a<br />

Pousio 0,81 a 0,89 a<br />

CV 6,44% 6,44%<br />

a As médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Newman Keuls à 5% de probabilidade.<br />

1,00<br />

0,90<br />

0,80<br />

0,70<br />

0,60<br />

0,50<br />

0,40<br />

0,30<br />

0,20<br />

0,10<br />

0,00<br />

0 50 100 200<br />

Doses de N (kg.ha<br />

Figura 1. Variação da altura de plantas de algodão em função da interação das culturas antecessoras x doses de N.<br />

-1 Aveia<br />

Ervilhaca<br />

Nabo<br />

Pousio<br />

Trigo<br />

)<br />

Altura (m)<br />

Tabela 2. Equações de regressão ajustadas e valores de R 2 para altura de plantas de algodão, em<br />

função da interação entre culturas antecessoras x doses de N.<br />

Culturas antecessoras Equações de regressão R 2<br />

Aveia preta Y = 0,763264 + 1,73411 -3* X - 4,50227 -6* X 2 0,948131<br />

Ervilhaca peluda Y = 0,833084 - 2,24841 -4* X + 3,30682 -6* X 2 0,545491<br />

Nabo forrageiro Y = 0,774184 + 1,94866 -3* X - 6,49318 -6* X 2 0,750933<br />

Pousio Y = 0,778569 + 1,08206 -3* X - 1,57614 -6* X 2 0,716894<br />

Trigo Y = 0,818166 + 1,81609 -3* X - 5,93182 -6* X 2 0,73925<br />

Tabela 3. Valores médios de número de maçãs por planta na cultura do algodão em função da<br />

interação cultura antecessora x fonte de nitrogênio. Dourados-MS, 2002.<br />

Tratamento Uréia 1 Sulfato de Amônio 1<br />

Trigo 11,93 a 12,06 a<br />

Ervilhaca peluda 12,14 a 10,53 a<br />

Aveia preta 10,96 a 10,77 a<br />

Nabo forrageiro 9,62 a 10,98 a<br />

Pousio 9,95 a 10,95 a<br />

CV 6,44% 6,44%<br />

1As médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Newman Keuls à 5% de probabilidade.


Nº de Maçãs<br />

14,00<br />

12,00<br />

10,00<br />

8,00<br />

6,00<br />

4,00<br />

2,00<br />

0,00<br />

0 50 100 200<br />

Doses de N (kg.ha -1 )<br />

Aveia<br />

Ervilhaca<br />

Nabo<br />

Pousio<br />

Trigo<br />

Figura 2. Variação do número médio de maçãs por plantas de algodão em função da interação cultura antecessora x doses<br />

de N.<br />

Tabela 4. Equações de regressão ajustadas e valores de R 2 para número de maçãs por planta, em<br />

função da interação entre culturas antecessoras x doses de nitrogênio.<br />

Cultura antecessora Equações de regressão R 2<br />

Aveia preta Y = 8,97046 + 2,96704 -2* X - 5,34091 -5* X 2 0,942694<br />

Ervilhaca peluda Y = 11,4342 - 1,88170 -2* X + 1,17841 -4* X 2 0,287185<br />

Nabo forrageiro Y = 8,95477 + 4,08773 -2* X - 1,69545 -4* X 2 0,400227<br />

Pousio Y = 9,21455 + 3,16795 -2* X - 1,16591 -4* X 2 0,44588<br />

Trigo Y = 10,6315 + 4,51102 -2 X - 1,96704 -4* X 2 0,459091<br />

Peso de capulhos (g)<br />

5,80<br />

5,60<br />

5,40<br />

5,20<br />

5,00<br />

4,80<br />

4,60<br />

4,40<br />

0 50 100 200<br />

D oses de N (kg.ha -1 )<br />

Aveia<br />

Ervilhaca<br />

Nabo<br />

Pousio<br />

Trigo<br />

Figura 3. Variação do peso médio de capulhos de algodão em função da interação entre culturas antecessoras x doses de<br />

N.


Tabela 5. Equações de regressão ajustadas e valores de R 2 para peso médio de capulhos em função<br />

da interação entre culturas antecessoras x doses de nitrogênio.<br />

Culturas antecessoras Equações de regressão R 2<br />

Aveia preta Y = 4,97608 + 3,23920 -3* X - 1,03408 -6* X 2 0,637269<br />

Ervilhaca peluda Y = 5,34166 + 5,12341 -3* X - 2,40682 -5* X 2 0,61875<br />

Nabo forrageiro Y = 5,11265 + 5,21447 -3* X - 1,78795 -5* X 2 0,285485<br />

Pousio Y = 4,94115 + 1,11745 -2* X - 3,79795 -5* X 2 0,807852<br />

Trigo Y = 5,25924 + 6,87761 -3* X - 2,46022 -5* X 2 0,882523<br />

Figura 4. Teor foliar de N (mg.100mg -1 ) em função da interação culturas antecessoras x doses de N.<br />

Tabela 6. Equações de regressão ajustadas e valores de R 2 para teor foliar de N do algodão em função<br />

da interação entre culturas antecessoras x doses de nitrogênio.<br />

Culturas antecessoras Equações de regressão R 2<br />

Aveia preta Y = 2,55528 + 1,87096 -2* X - 6,84432 -5* X 2 0,681498<br />

Ervilhaca peluda Y = 3,25835 - 1,88352 -3* X + 2,89204 -5* X 2 0,423068<br />

Nabo forrageiro Y = 2,71338 + 2,35712 -2* X - 1,00875 -4* X 2 0,831615<br />

Pousio Y = 2,32215 + 1,63635 -2* X - 4,49205 -5* X 2 0,70587<br />

Trigo Y = 2,51930 + 2,06520 -2 X - 8,43409 -5* X 2 0,80294<br />

Produtividade (Arroba.ha -1 )<br />

Teor foliar de N (mg.100mg -1 )<br />

4,50<br />

4,00<br />

3,50<br />

3,00<br />

2,50<br />

2,00<br />

1,50<br />

1,00<br />

0,50<br />

0,00<br />

180,00<br />

160,00<br />

140,00<br />

120,00<br />

100,00<br />

80,00<br />

60,00<br />

40,00<br />

20,00<br />

0,00<br />

0 50 100 200<br />

D oses de N (kg.ha -1 )<br />

Y = 125,142 + 4,78989 -1 *X - 1,72584 -3 *X 2<br />

R 2 =0,934890<br />

0 50 100 200<br />

Doses de N (kg.ha -1 )<br />

Figura 5. Variação da produtividade de algodão em caroço(arrobas.ha -1 ) em função de doses de N.<br />

A v e ia<br />

E rv ilh a c a<br />

N a b o<br />

Pousio<br />

Trigo


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

CONAB - COMPANHIA NACIONAL <strong>DE</strong> ABASTECIMENTO: Comparativo de área, produção e<br />

produtividade entre as safras 00/01 e 01/02. SP. Disponível em http://www.conab.gov.br Julho/ 2002<br />

<strong>DE</strong>RPSCH, R.; CALEGARI, A., Plantas para adubação verde de inverno, por Rolf Derpsch e Ademir<br />

Calegari, Londrina, IAPAR, 1992. 80p. (IAPAR, Circular,73)<br />

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Recomendações técnicas para a cultura da soja<br />

na região Central do Brasil 2000/2001. Londrina, 2000. 164p.(EMBRAPA-Soja-Documentos)<br />

SATURNINO, H. M.; LAN<strong>DE</strong>RS, J. N. O meio ambiente e o plantio direto. Brasília: <strong>Embrapa</strong>-SPI, 97.<br />

STAUT, L. A.; KURIHARA, C. H. Calagem, nutrição e adubação. In: <strong>Algodão</strong> - Informações Técnicas.<br />

EMBRAPA - CPAO, Dourados, 1998. 267p. (Circular Técnico n o 7).

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