manifesto ambiental - Escola Secundária Dr. José Afonso

Bioacumulação—Uma realidade no nosso Estuário!
A bioacumalação tem sido uma
consequência da actual situação da
sociedade industrial que tem afectado
diversas espécies marinhas, rios,
lagos, mares, assim como o próprio
homem.
Milhões de pessoas actualmente não
têm acesso a água potável devido ás
consequências da bioacumulação
esta provocada por derrames, contaminação
de águas, exposição de
químicos a lagos, mares … A biodiversidade
do mundo marinho está
seriamente em risco devido aos
nossos próprios erros centenas de espécies
aquáticas encontram-se em vias de
extinção e outras tantas já desapareceram
completamente.
No seixal a situação é idêntica à do mundo
O que é a bioacumulação?
A bioacumulação é um processo que se
baseia na absorção e na retenção de substâncias
químicas no organismo. A quantidade
de substâncias
acumuladas é maior à
medida que o nível
trófico sobe. A exposição
dos animais aquáticos
a águas contaminadas
por metais pesados
origina a absorção
da dessas substâncias entrando assim nos
seus tecidos, e posteriormente, ao servir de
alimento a seres de um nível trófico mais
elevado, contaminará esse outro organismo,
fazendo com que o contaminante suba
na cadeia alimentar em concentrações
cada vez mais elevadas.
Os efeitos tóxicos de concentrações elevadas
de metais pesados podem ser muito
minimizados se, através de condições
ambientais favoráveis, a sua disponibilidade
para os organismos ficar reduzida. Os metais
pesados podem, por exemplo, permanecer
indisponíveis nos sedimentos através da
absorção com substâncias orgânicas.
O conhecimento dos factores que determinam
as concentrações de metais presentes
nos tecidos das plantas é muito importante
para avaliar a toxidade para as plantas de
solos ou sedimentos contaminados e a consequente
transferência para as cadeias
tróficas. O impacto dos poluentes nos organismos
depende da sua concentração. Uma
concentração externa elevada não conduz
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O Homem , como pode ocupar um
nível trófico elevado, caso ingira
alimento com substâncias
bioacumuladas, pode ficar com a
sua saúde muito comprometida!
devido à sua actividade industrial de grande risco,
espécies já desapareceram e outras encontram-se
em risco, além disso actividades como á
pesca que têm um papel muito influente na economia
poderá em breve ser apenas história.
A nossa investigação no
terreno
Durante a nossa investigação no terreno, apercebemo-nos
de que, após termos
chegado ao local, as condições do
mesmo não eram de
todo favoráveis.
A Lagoa da Siderurgia
Nacional é uma das,
senão a Lagoa mais
poluída da Europa.
A Lagoa da Siderurgia
apresenta a maior quantidade de
Hidrocarbonetos da Europa, bem
como, provavelmente, um alto teor de
metais pesados. Durante a nossa
saída, observámos que as imediações
da Siderurgia se encontram urbanizadas.
Vários habitantes daquela área, poderão
utilizar águas poluídas para a rega das suas produções
agrícolas, e alguns podem mesmo usá-las
para confeccionar comida. Se admitir-mos que os
necessariamente a concentração interna elevada
dado que a quantidade de metais pesados
tomada pelas plantas depende da sua
disponibilidade e de processos específicos de
tomada.
Os sapais do estuário do Tejo onde foram registados
as concentrações mais elevadas de
metais pesados foram os sapais de Sarilhos
Pequenos, do Rosário, de Paio Pires, Talaminho
e Corroios, situados nas proximidades das fontes
antropogénicas.
Os sedimentos dos sapais, especialmente
os que se encontram junto a grandes
áreas industriais ou urbanas, acumulam
metais pesados. Algumas plantas que
colonizam os sapais são capazes de retirar
O Projecto “Realidade à nossa
Volta, no âmbito do Concurso
“Faz Portugal Melhor”
locais onde foram depositados resíduos não se
encontram impermeabilizados, os contaminantes
facilmente atingirão as águas utilizadas
pelos locais. Uma observação do Google earth
permitiu-nos encontrar a imagem seguinte.
Parece-nos evidente que os poluentes estão a
entra no estuário. De facto
o local circundante da
lagoa, apresenta imensos
vestígios do seu efeito
nefasto. Se houver metais
pesados e condições de
solubilidade, estes facilmente
atingirão o estuário,
que por sua vez contaminam
as plantas circundantes,
estas contaminando os
peixes e os outros organismos
vivos que delas se
alimentam.
No Concelho existem outros locais, onde a
bioacumulação pode ser uma realidade. Nomeadamente
nas imediações das antigas fábricas de
explosivos, na zona de Vale de Milhaços.
Que medidas devem ser tomadas para que este problema seja evitado?
A nossa turma tem vindo, ao
longo do ano, a desenvolver o projecto
“A Realidade à nossa volta”,
no âmbito do concurso “Faz Portugal
Melhor”, com vista a melhorar a
situação ecológica e ambiental do
nosso Concelho, e consequentemente,
do nosso País. Desenvolvemos
variadas e numerosas actividades
que têm como objectivo a sensibilização
das pessoas para a realidade
à nossa volta. Este artigo foi
baseado nos dados por nós recolhidos.
os metais pesados do ambiente sedimentar
contaminado, acumulando-os nos tecidos das
suas raízes, caules e folhas, impedindo dessa
forma que os seres vivos que se encontram nos
solas absorvam os metais pesados.
Após os metais pesados terem sido retirados
pelas plantas, o seu destino no interior da planta
depende da mobilidade do metal e da sua
afinidade para os diferentes componentes celulares
e da capacidade de compartimentação
da planta.
Uma maneira fácil de resolver o problema da
bioacumulação é preservar as plantas que se
encontram nos sapais.
TÍTULO DO BOLETIM