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Rico<br />
Família secular<br />
Vive de renda<br />
Fidalgo aristocrata<br />
Capítulo I<br />
O meu amigo Jacinto n<strong>as</strong>ceu num palácio,<br />
com cento e nove contos de renda em terr<strong>as</strong> de<br />
semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival.<br />
No Alentejo, pela Estremadura, através d<strong>as</strong><br />
du<strong>as</strong> Beir<strong>as</strong>, dens<strong>as</strong> sebes ondulando por entre os<br />
vale, muros altos de boa pedra, ribeir<strong>as</strong>, estrad<strong>as</strong>,<br />
delimitavam os campos desta velha família<br />
agrícola que já entulhava o grão e plantava cepa<br />
em tempos de el-rei d.Dinis. A sua Quinta e c<strong>as</strong>a<br />
senhorial de Tormes, no Baixo douro, cobriam uma<br />
serra. Entre o Tua e o Tinhela, por cinco fart<strong>as</strong><br />
légu<strong>as</strong>, todo o torrão lhe pagava foro... M<strong>as</strong> o<br />
palácio onde Jacinto n<strong>as</strong>cera, e onde sempre<br />
habitara, era em Paris, nos Campos Elísios, nº.202.