14.04.2013 Views

(N itro itrog ato d Nitr ocelu glic de p rope ulos cerin pen enta ... - USP

(N itro itrog ato d Nitr ocelu glic de p rope ulos cerin pen enta ... - USP

(N itro itrog ato d Nitr ocelu glic de p rope ulos cerin pen enta ... - USP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ni <strong>itro</strong><strong>ocelu</strong><br />

<strong>ulos</strong> se<br />

Ni <strong>itro</strong>g<strong>glic</strong><br />

<strong>cerin</strong> na<br />

Tetraniitra<br />

<strong>ato</strong> d<strong>de</strong><br />

<strong>pen</strong> p ntaeeritritool<br />

(N <strong>Nitr</strong><strong>rope</strong><br />

<strong>enta</strong> a)<br />

Prof.<br />

MSc. MMarcos<br />

Villela V Barcza B


1. Introdução:<br />

1.1. Cel<strong>ulos</strong>e:<br />

N<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e<br />

Matéria-prima para a produção da n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e. Ma<strong>de</strong>ira e linter <strong>de</strong> algodão<br />

são as principais fontes <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> cel<strong>ulos</strong>e; utilizam-se polpas com mais <strong>de</strong><br />

98% <strong>de</strong> pureza. É um polímero <strong>de</strong> alto peso molecular, <strong>de</strong> estrutura linear, que tem<br />

como unida<strong>de</strong> repetidora a β-D-glucose (C6H10O5)n ao longo <strong>de</strong> sua ca<strong>de</strong>ia,<br />

chegando a ter <strong>de</strong> 1.500 a 10.000 unida<strong>de</strong>s ou mais, po<strong>de</strong>ndo atingir peso<br />

molecular <strong>de</strong> até 300.000 (Figura 01).<br />

Cada unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> β-D-glucose contém uma hidroxila primária e duas hidroxilas<br />

secundárias que repres<strong>enta</strong>m papel importante na transformação química da<br />

cel<strong>ulos</strong>e em n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e. São estes grupos funcionais que reagem parcialmente<br />

com ácido nítrico formando a n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e. Os grupos hidroxílicos primários<br />

apres<strong>enta</strong>m maior reativida<strong>de</strong> que os secundários sendo os primeiros a reagirem<br />

durante a nitração.<br />

Figura 01 – Molécula da Cel<strong>ulos</strong>e<br />

Por um processo <strong>de</strong> imersão, faz-se a nitração da cel<strong>ulos</strong>e com mistura<br />

sulfonítrica.<br />

1.2. N<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e:<br />

OH OH<br />

O<br />

OH OH O OH OH<br />

É consi<strong>de</strong>rada uma das mais antigas resinas sintéticas utilizadas na fabricação<br />

<strong>de</strong> tintas e vernizes <strong>de</strong> alta performance. Produzida pela primeira vez há mais <strong>de</strong><br />

160 anos, passou a ser largamente empregada em tintas após a 1ª Guerra Mundial.<br />

A n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e representou um marco no <strong>de</strong>senvolvimento da indústria <strong>de</strong><br />

tintas mundial, foi responsável pela popularização das lacas automotivas e<br />

industriais, propiciando acabamentos <strong>de</strong> fácil aplicação, rápida secagem e alto<br />

<strong>de</strong>sem<strong>pen</strong>ho. Devido à sua rápida secagem, foi o principal f<strong>ato</strong>r que tornou possível<br />

a produção em massa na indústria automobilística (Figura 02).<br />

Por tratar-se da resina <strong>de</strong> mais rápida secagem, é usada em segmentos como<br />

repintura automotiva, seladores e acabamentos para ma<strong>de</strong>ira, tintas <strong>de</strong> impressão<br />

por retogravura e flexografia, cosméticos (esmalte <strong>de</strong> unha) e acabamentos para<br />

couro, além <strong>de</strong> diversas outras aplicações, mesmo com o aparecimento <strong>de</strong> novos<br />

sistemas <strong>de</strong> resinas.<br />

OH ONO2<br />

O<br />

ONO2 ONO2 O ONO2 ONO2<br />

Figura 02 – Molécula da N<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e<br />

O<br />

O<br />

O<br />

O<br />

n<br />

n


Há muito tempo foram <strong>de</strong>tectadas proprieda<strong>de</strong>s explosivas do algodão<br />

nitrado. A <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> gelificar o material, transformando-o numa<br />

massa uniforme e <strong>de</strong>nsa, <strong>de</strong> aparência resinosa, reduziu a superfície e a rapi<strong>de</strong>z da<br />

explosão. Com a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> métodos apropriados <strong>de</strong> estabilização, para<br />

prolongar a vida em <strong>de</strong>pósitos, a n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e logo <strong>de</strong>slocou a pólvora negra como<br />

p<strong>rope</strong>lente militar. É uma das principais matérias-primas para pólvoras e dinamites.<br />

O grau <strong>de</strong> polimerização da n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e é <strong>de</strong>terminado pelo número médio<br />

<strong>de</strong> β-D-glucose que existe em uma molécula <strong>de</strong> resina. O índice nos revela a<br />

viscosida<strong>de</strong> do produto. A n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e po<strong>de</strong> ser umectada em etanol ou em<br />

isopropanol.<br />

O processo <strong>de</strong> fabricação consiste na purificação do linter bruto para obtenção<br />

<strong>de</strong> cel<strong>ulos</strong>e, nitração da cel<strong>ulos</strong>e com mistura sulfonítrica, estabilização e<br />

fervimentos para extração <strong>de</strong> ácido residual ocluso nas fibras da NC.<br />

Durante o processo, algumas variáveis são controladas <strong>de</strong> acordo com a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua aplicação. Os diferentes tipos do produto são caracterizados<br />

principalmente em relação ao teor <strong>de</strong> n<strong>itro</strong>gênio e à viscosida<strong>de</strong> (ou grau <strong>de</strong><br />

polimerização).<br />

A n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e com alto teor <strong>de</strong> n<strong>itro</strong>gênio possui entre 11,8% a 12,3% do<br />

elemento em sua fórmula. O produto tem boa solubilida<strong>de</strong> em ésteres, cetonas e<br />

<strong>glic</strong>ois e é insolúvel em álcoois, exceto com metanol e quando em mistura com os<br />

solventes acima. Atua com solvente nas áreas <strong>de</strong> tintas e vernizes. O produto com<br />

baixo teor <strong>de</strong> n<strong>itro</strong>gênio possui entre 10,8% a 11,3% do componente em sua<br />

fórmula e tem boa solubilida<strong>de</strong> em álcoois, sua maior aplicação encontra-se na<br />

fabricação <strong>de</strong> filmes. N<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e com teor <strong>de</strong> n<strong>itro</strong>gênio acima <strong>de</strong> 12,5% a<br />

13,6%, praticamente insolúvel em álcoois, são <strong>de</strong>stinadas na fabricação <strong>de</strong><br />

pólvoras e cargas para diversos explosivos <strong>de</strong> aplicações civil e militar.<br />

2. Processo Industrial:<br />

Existem três grupos hidroxila por unida<strong>de</strong> fundam<strong>enta</strong>l <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> β-Dglucose<br />

que po<strong>de</strong>m ser esterificados pelo ácido nítrico repres<strong>enta</strong>da pela seguinte<br />

reação:<br />

C 6H 7O 2(OH) 3 + 3HNO 3 + H 2SO 4 C 6H 7(ONO 2) 3 + 3H 2O + H 2SO 4<br />

É possível alcançar um teor teórico <strong>de</strong> n<strong>itro</strong>gênio próximo <strong>de</strong> 13,6%, o mais<br />

elevado entre os produtos comercialmente obtidos.<br />

2.1. Descrição do processo:<br />

- 1ª Etapa: Purificação do linter bruto<br />

Nesta primeira etapa, a purificação do linter <strong>de</strong> algodão ocorre através <strong>de</strong><br />

dois tratamentos, mecânico e químico.<br />

Linters brutos são estocados em fardos com aproximadamente 200 Kg,<br />

algodão bruto com coloração bege claro, indicando pequena presença <strong>de</strong> óleo.<br />

Inicialmente são retiradas impurezas grossas tais como: cascas, ramos, sementes,<br />

areia, pedras. Após, são colocados na <strong>de</strong>sfia<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>sfiado e enviado por uma<br />

esteira, que contém um imã, para a retirada <strong>de</strong> partículas metálicas. Segue para<br />

uma centrífuga que opera a pressão negativa, para eliminar finos do linter. Esses<br />

finos, consi<strong>de</strong>rados impurezas, são mandados para filtros manga, on<strong>de</strong> ficam<br />

armazenados.


O linnter<br />

livree<br />

<strong>de</strong> imp purezas ssegue<br />

pa ara o tra atamento químico o, em umma<br />

au utoclave recebe uuma<br />

soluç ção <strong>de</strong> ssoda<br />

cáus stica dilu uída (NaOOH).<br />

Sob pressão e<br />

ele evação <strong>de</strong><br />

temperratura,<br />

há á o processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgordura amento, oon<strong>de</strong><br />

são eliminaddas<br />

pr roteínas, ceras, graxas<br />

e go orduras qque<br />

envolvem<br />

as fi ibras. Tammbém,<br />

a soda reage<br />

co om a lignnina<br />

do llinter<br />

e a <strong>de</strong>ixa ssolúvel<br />

em e água. Faz se lavagem com água<br />

vis sando rettirar<br />

resídduos<br />

da solução<br />

<strong>de</strong>e<br />

soda do o linters.<br />

O traatamento<br />

químico é finalizaado<br />

com processo p <strong>de</strong> alvejaamento<br />

com<br />

soluçção<br />

<strong>de</strong> e hipoclorrito<br />

<strong>de</strong> cáálcio<br />

ou sódio,<br />

tammbém<br />

sob b pressão o e elevaçção<br />

<strong>de</strong> te emperaturra.<br />

No ovamentee,<br />

faz-se lavagem com água<br />

para a retirada<br />

do exccesso<br />

<strong>de</strong> solução <strong>de</strong><br />

hipoclorito.<br />

.<br />

Com a finalidaa<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> corrigir<br />

o pH do lin nters, um ma soluçãão<br />

<strong>de</strong> ácid do sulfúriico<br />

também<br />

é circuladaa<br />

<strong>de</strong>ntro da autocclave.<br />

Util lizando uma<br />

centrrífuga,<br />

o excesso <strong>de</strong><br />

ág gua é exxtraído,<br />

ficando com ≈30%<br />

<strong>de</strong> umida<strong>de</strong>.<br />

Depoiss,<br />

transportada<br />

ppor<br />

tubulações<br />

para umma<br />

secad dora comm<br />

circulaç ção <strong>de</strong> vapor,<br />

on<strong>de</strong><br />

a um mida<strong>de</strong> finnal<br />

alc cança ≈ 6% e seggue<br />

para o afofammento<br />

das s fibras e posterioormente,<br />

preparaçção<br />

pa ara a nitraação.<br />

- 2ª 2 Etapaa:<br />

<strong>Nitr</strong>ação<br />

da celu <strong>ulos</strong>e<br />

A cell<strong>ulos</strong>e<br />

preeparada<br />

é colocadda<br />

em si ilos para a alimenntação<br />

do os re<strong>ato</strong>rres<br />

(n nitradoress).<br />

É trannsportada<br />

através <strong>de</strong> roscas<br />

sem fim m para uma<br />

balan nça. Apóss<br />

a<br />

pe esagem a cel<strong>ulos</strong>ee<br />

é coloca ada nos nnitradores<br />

s (Figura 03), normmalmente<br />

e em sériies<br />

<strong>de</strong> e cinco, jjunto<br />

comm<br />

a mistura<br />

sulfoonítrica<br />

(M MSN) com m compoosição<br />

aproximadaa<br />

e<br />

es specífica <strong>de</strong> acorddo<br />

com tipo t <strong>de</strong> nn<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>e<br />

(NC) ) a ser ppreparada<br />

a, segundo<br />

tabela<br />

abaiixo:<br />

Tipo <strong>de</strong> NNC<br />

Baixa<br />

Explosivvo<br />

% N2<br />

11,3 - 12, 3<br />

12,5 - 13, 6<br />

% Ac. Sulfúr rico % Ac. Nítricco<br />

57,3 - 57,6 6<br />

26,0<br />

59,0 – 66,0 0<br />

Esta MSN é resfriada em troc<br />

te emperaturra<br />

próximma<br />

<strong>de</strong> 30 0<br />

du urante approximadamente<br />

nu uma centrífuga,<br />

onn<strong>de</strong><br />

os ác<br />

o cadores <strong>de</strong> calor do tipo casco-tu ubo a umma<br />

C. A rreação<br />

<strong>de</strong> e nitração<br />

ocorre nesta te emperatuura<br />

25 minuttos.<br />

Toda a carga do nitraddor<br />

é <strong>de</strong> escarregada<br />

idos residduais<br />

são separado os do nitrr<strong>ato</strong><br />

<strong>de</strong> ce el<strong>ulos</strong>e.<br />

Figura<br />

03 – Re<strong>ato</strong>r r (<strong>Nitr</strong>ado or).<br />

Os áccidos<br />

utilizados<br />

sã ão parcialmente<br />

co oncentrad dos, para reutilizaç ção, ou ssão<br />

en ncaminhados<br />

para <strong>de</strong>snitrifi icação e cconcentra<br />

ação do ácido<br />

sulfúúrico.<br />

26,0<br />

% Água<br />

16,4<br />

– 16,7<br />

8,0 8 – 15,0


O prooduto<br />

nitrrado<br />

segu ue para oos<br />

referve edores sem<br />

pressãão<br />

(Figura a 04), on<strong>de</strong><br />

é adicionadda<br />

água ppara<br />

remo over o áccido.<br />

Ness ses referv vedores d<strong>de</strong><strong>pen</strong><strong>de</strong>n<br />

ndo do grrau<br />

<strong>de</strong> e nitraçãoo,<br />

o prodduto<br />

po<strong>de</strong> e ficar <strong>de</strong>e<br />

2 horas s (baixa nitração) ) até 70 horas (alta<br />

nitração).<br />

A temperatura<br />

<strong>de</strong>n ntro dos rrefervedo<br />

ores é mantida<br />

a 98ºC.<br />

Figura<br />

04 – Ref fervedor<br />

Em toda<br />

reaçãão<br />

<strong>de</strong> nit tração ocoorre<br />

também<br />

uma a reação <strong>de</strong> sulfon nação e ppor<br />

iss so é neceessária<br />

a remoção dos proddutos<br />

sulfonados.<br />

A n<strong>itro</strong>ceel<strong>ulos</strong>e<br />

qu ue está nnos<br />

re efervedorees<br />

sem ppressão<br />

é enviado para aut toclaves (Figura ( 055)<br />

on<strong>de</strong> será s feitaa<br />

a<br />

re etirada <strong>de</strong>esses<br />

proodutos<br />

pa ara garantir<br />

a sua estabilid da<strong>de</strong>. A aautoclave<br />

trabalhaa<br />

a<br />

ele evadas teemperatuuras<br />

(≈142 2ºC) e prressões<br />

acima a da atmosférrica.<br />

Também<br />

ocorrre<br />

hidrólise<br />

paara<br />

diminuir<br />

o peso<br />

molecular<br />

da nit tr<strong>ocelu</strong>lose.<br />

Figuraa<br />

05 – Au utoclave<br />

Após a retiraada<br />

dos sulfonaddos,<br />

ainda<br />

resta um poucco<br />

<strong>de</strong> ác cido nítriico<br />

ne ecessitanddo<br />

<strong>de</strong> noova<br />

lavag gem, quee<br />

po<strong>de</strong> ser s à qu uente, frio<br />

ou alc calina (coom<br />

ca arbon<strong>ato</strong> <strong>de</strong> sódio ou cálcio)<br />

à presssão<br />

ambie ente (Figu ura 06-a) . A lavagem<br />

alcalina<br />

é feita na n<strong>itro</strong>celullose<br />

para fabricação<br />

<strong>de</strong> ex xplosivos. Na utilizzação<br />

com mo solvennte<br />

ou u fabricaçção<br />

<strong>de</strong> fillmes,<br />

a n<strong>itro</strong>celulo<br />

n ose produ uzida é la avada ap<strong>pen</strong>as<br />

com m água ffria<br />

pa ara retiraar<br />

a aci<strong>de</strong>ez.<br />

Após,<br />

segue para uma<br />

centrífuga<br />

(figuura<br />

06-b) ) com umma<br />

pe eneira <strong>de</strong> 100 messh<br />

on<strong>de</strong> será<br />

feito o controle<br />

da umid da<strong>de</strong> finaal<br />

(≈28%) .


Figura<br />

06 – a: Batee<strong>de</strong>ira<br />

b: b Centrífuuga<br />

Para utilizaçãoo<br />

na obte enção <strong>de</strong>e<br />

explosiv vos o teor<br />

<strong>de</strong> águaa<br />

na nitr r<strong>ocelu</strong>losee<br />

é<br />

re eduzido a um valor<br />

mais baixo mmediante<br />

a percola ação comm<br />

álcool (etanol ou<br />

iso opropanool).<br />

É coloocada<br />

em centrífugga<br />

(Figura a 06 – b) e o álcoool<br />

é pulve erizado paara<br />

ga arantir umma<br />

distribbuição<br />

un niforme e obter um m produto o homogêêneo.<br />

Nesta<br />

etapaa<br />

a<br />

n<strong>itro</strong>cel<strong>ulos</strong>se<br />

não é inflamáve el.


2.2. FFluxograma<br />

do processo:<br />

Arma azenamentoo<br />

a<br />

úmido


1. Introdução:<br />

N<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina<br />

A n<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina foi o primeiro alto-explosivo a ser empregado em gran<strong>de</strong><br />

escala. É um líquido com a aparência da <strong>glic</strong>erina original. Muito senslvel a choques<br />

e congela a 13,3°C; o sólido é menos sensível. Uma vez que, na fase sólida, tem a<br />

tendência <strong>de</strong> explodir <strong>de</strong> forma incompleta; a n<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina congelada <strong>de</strong>ve sempre<br />

ser <strong>de</strong>scongelada antes do emprego. Para torná-la mais fácil e mais segura <strong>de</strong><br />

manusear, é usualmente transformada em dinamite e componente <strong>de</strong> outros<br />

explosivos <strong>de</strong> base dupla e tripla. Também é importante composto orgânico na<br />

industria farmacêutica, usado isoladamente ou intermediário na obtenção <strong>de</strong><br />

princípios ativos.<br />

2. Processo Industrial:<br />

2.1. Descrição do processo:<br />

Processo contínuo da reação da <strong>glic</strong>erina e mistura sulfonítrica:<br />

CH 2<br />

CH<br />

CH 2 OH<br />

Gli<strong>cerin</strong>a<br />

OH CH2 OH+<br />

3HNO3 H2SO4 CH<br />

O NO 2<br />

CH2 O NO2 N<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina<br />

Ácidos nítrico e sulfúrico são filtrados em filtro <strong>de</strong> placa (1), transferidos a<br />

partir dos tanques (2 e 3) para o nitr<strong>ato</strong>r (14). Gli<strong>cerin</strong>a aquecida (9) e filtrada (11)<br />

é enviada ao nitrador a partir do tanque (12) com pressão controlada (1,5 atm) e<br />

temperatura <strong>de</strong> ≈40°C para não ocorrer variação da viscosida<strong>de</strong>; mesmos valores<br />

<strong>de</strong> temperatura e pressão são consi<strong>de</strong>rados para a MSN. A reação se completa<br />

entre 60 e 90 minutos a uma temperatura <strong>de</strong> ≈40°C, mantida através <strong>de</strong> sistema<br />

<strong>de</strong> resfriamento por trocador <strong>de</strong> calor interno e pressão <strong>de</strong> 1,5 atm.<br />

N<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina é <strong>de</strong>scarregada e enviada ao primeiro separador orgânico (17)<br />

on<strong>de</strong> ocorre a separação dos ácidos residuais, enviados para reutilização no<br />

processo, e n<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina bruta. A partir do separador orgânico (17) a n<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina<br />

bruta é enviada para uma série <strong>de</strong> colunas lavadoras com recheio <strong>de</strong> anel <strong>de</strong><br />

raschig <strong>de</strong> vidro (22, 23 e 24). Estas colunas têm por finalida<strong>de</strong> a remoção dos<br />

ácidos residuais que ainda persistem. Na primeira coluna é lavada com água fria,<br />

imediatamente enviada para a segunda, on<strong>de</strong> é colocada uma solução quente <strong>de</strong><br />

carbon<strong>ato</strong> <strong>de</strong> sódio a 3% e, finalmente, na última coluna a n<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina é lavada<br />

com água fria. Nos fundos e topos <strong>de</strong>stas colunas ocorrem as separações entre as<br />

fases aquosa, enviada para o tanque <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> carbon<strong>ato</strong> (8) e orgânica. A<br />

N<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina retirada pelo topo da última coluna é filtrada (28) e imediatamente<br />

enviada para separador orgânico, tipo “labirinto”, on<strong>de</strong> é retirada com alta pureza<br />

(97-99%) e is<strong>enta</strong> <strong>de</strong> ácidos residuais e água. A fase aquosa retirada da última<br />

coluna é enviada para outro separador orgânico, também tipo “labirinto” para<br />

recuperação <strong>de</strong> n<strong>itro</strong><strong>glic</strong>erina remanescente.<br />

O<br />

NO 2<br />

+ 3H 2O


2.2 Fluxograma<br />

do processo:<br />

Legenda:<br />

1, 4 e 111-<br />

Filtros; 2 e 3- Tanquues<br />

<strong>de</strong><br />

preparaçção<br />

da MSN; ; 5 e 6 – Sistema<br />

<strong>de</strong> H2O quente e fria a; 7 e 8 - Sistema<br />

<strong>de</strong> prepparação<br />

<strong>de</strong> solução<br />

<strong>de</strong> NNaCO3;<br />

9, 10 e 12– Sistema a <strong>de</strong> preparaçção<br />

da<br />

<strong>glic</strong>erinaa;<br />

13 – Comp pressor <strong>de</strong> arr;<br />

14–<br />

<strong>Nitr</strong>adorr;<br />

17– Separ rador orgânicco;<br />

18<br />

e 19– TTanques<br />

<strong>de</strong> ácido<br />

residuall;<br />

20–<br />

Tanque <strong>de</strong> emergênc cia; 22, 23 e 24–<br />

Colunas lavadoras;<br />

25 e 29–<br />

Separaddor<br />

orgânico o tipo “labirrinto”;<br />

27- Sepparador<br />

orgâ ânico; 28– Filtro;<br />

30– <strong>Nitr</strong>ro<strong>glic</strong>erina<br />

pu urificada


Detalhees<br />

<strong>de</strong> alguns<br />

eqquipam<br />

mentos - N<strong>itro</strong>g<strong>glic</strong>erina<br />

<strong>Nitr</strong>addor<br />

Coluna<br />

lavaadora<br />

Separ rador orggânico<br />

ti ipo “labirinto”


1. Introdução:<br />

Tetranitr<strong>ato</strong> <strong>de</strong> <strong>pen</strong>taeritritol (N<strong>itro</strong><strong>pen</strong>ta)<br />

Tetranitr<strong>ato</strong> <strong>de</strong> <strong>pen</strong>taeritritol conhecido como PETN ou n<strong>itro</strong><strong>pen</strong>ta, é um sólido<br />

branco com PF entre 140-141 O C. Possui alta resistência química e baixa<br />

sensibilida<strong>de</strong> ao impacto ou fricção. Explosivo muito utilizado nas áreas militar,<br />

como alto-explosivo e civil, como explosivo plástico em minas e <strong>de</strong>molições.<br />

2. Processo industrial:<br />

Processo semicontínuo da reação entre o álcool <strong>pen</strong>taeritritol e ácido nítrico<br />

concentrado:<br />

HO CH 2 C<br />

OH<br />

CH 2<br />

CH 2<br />

OH<br />

CH 2 OH<br />

P<strong>enta</strong>eritritol<br />

+ 4HNO 3<br />

T=50 o C<br />

O CH 2 C<br />

Tetranitr<strong>ato</strong> <strong>de</strong> <strong>pen</strong>taeritritol<br />

(PETN)<br />

Ácido nítrico concentrado (98-99%) em seguida álcool <strong>pen</strong>taeritritol são<br />

colocados no nitrador a uma temperatura entre 15 O C e 20 O C e tempo <strong>de</strong> reação <strong>de</strong><br />

≈40 minutos. Esta temperatura é mantida através <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> refrigeração por<br />

ser<strong>pen</strong>tina interna com solução <strong>de</strong> nitr<strong>ato</strong> <strong>de</strong> sódio a ≈-5 O C. Ao final do tempo<br />

citado o efluente do nitrador (1) é enviado para o nitrador (2) on<strong>de</strong> a reação será<br />

finalizada. Imediatamente é colocada uma batelada <strong>de</strong> reagentes no nitrador (1) e<br />

uma nova reação é iniciada.<br />

A sus<strong>pen</strong>são <strong>de</strong> cristais <strong>de</strong> n<strong>itro</strong><strong>pen</strong>ta em ácido nítrico, concentração <strong>de</strong> 80%,<br />

é transferido para o tanque <strong>de</strong> diluição (3) com quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água suficiente para<br />

abaixar a concentração do ácido para 30%, mantendo a temperatura abaixo <strong>de</strong><br />

20 O C. Após, a sus<strong>pen</strong>são é enviada para o conjunto <strong>de</strong> filtros à vácuo do tipo<br />

Nutsche, ácido residual é recolhido pelo fundo, recuperado e reutilizado no<br />

processo. Os cristais <strong>de</strong> n<strong>itro</strong><strong>pen</strong>ta são recolhidos no tanque <strong>de</strong> lavagem (5),<br />

lavados com água e filtrados (6), transferidos para o tanque <strong>de</strong> neutralização (7)<br />

com solução <strong>de</strong> soda ou potassa a 60 O C por ≈1,5 hora, imediatamente filtrados à<br />

vácuo, em funil <strong>de</strong> Nutsche, água mãe é <strong>de</strong>scartada.<br />

Os cristais <strong>de</strong> n<strong>itro</strong><strong>pen</strong>ta, com ≈10% <strong>de</strong> água são enviados para<br />

recristalização em acetona no tanque (9). Este processo é levado a uma<br />

temperatura <strong>de</strong> ≈45 O C, também é colocado uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soda ou<br />

potassa. Imediatamente é filtrado à quente (10) para retirada das impurezas<br />

insolúveis e recolhido em um segundo tanque <strong>de</strong> diluição (11). Aqui é adicionado<br />

água até que a concentração <strong>de</strong> acetona no meio fique entre 50 e 55%. Esta<br />

mistura é enviada para uma série <strong>de</strong> concentradores (13) on<strong>de</strong> a concentração <strong>de</strong><br />

acetona é diminuída, através <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> evaporação, <strong>de</strong> tal forma que, no<br />

NO 2<br />

NO 2<br />

O<br />

CH 2<br />

CH 2<br />

O<br />

NO 2<br />

CH 2 O<br />

NO 2<br />

+ H 2O


último equipamento somente traços <strong>de</strong> acetona são <strong>de</strong>tectados. Acetona é<br />

recolhida, recuperada e reutilizada. A sus<strong>pen</strong>são, ainda quente, é resfriada e os<br />

cristais, insolúveis na água, são filtrados (12). O tetranitr<strong>ato</strong> <strong>de</strong> <strong>pen</strong>taeritritol obtido<br />

possui pureza entre 97 e 99%


2.2 Fluxograma<br />

do processo:<br />

Leggenda:<br />

1 e 2– <strong>Nitr</strong>adoores;<br />

3- Tanque<br />

<strong>de</strong> diluição;<br />

4–<br />

Filttros<br />

á vácuoo,<br />

tipo Nutsche;<br />

5- Tannque<br />

<strong>de</strong><br />

lavagem;<br />

6, 8, 10 e 12– Filtros; F 7- Tanque<br />

<strong>de</strong><br />

neuutralização;<br />

88-<br />

Filtro á vácuo, v tipo NNutsche;<br />

9- tanque <strong>de</strong> recristalizaçã ão; 11– Tannque<br />

<strong>de</strong><br />

diluuição;<br />

133–<br />

Conce entradores; 14–<br />

Conn<strong>de</strong>nsadores.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!