UMA LEITURA DE GÊNERO A PARTIR DAS RELAÇÕES ... - Ceeduc
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Izabel Cristina Veiga Mello<br />
ves. 61 Nenhuma reflexão acerca do ministério feminino ou manifestação<br />
contrária a decisão da Convenção Geral acerca do assunto foi produzida.<br />
Embora a Convenção Geral seja o órgão que modelou a face do movimento<br />
pentecostal brasileiro, as mulheres sempre tiveram um papel importante<br />
desde a fundação da AD no Brasil, como em toda sua trajetória<br />
de expansão e desenvolvimento.<br />
2. SEM MEDO <strong>DE</strong> PER<strong>DE</strong>R A SINGULARIDA<strong>DE</strong>: UM DIÁLO-<br />
GO ACERCA DO MINISTÉRIO FEMININO NO PENTECOS-<br />
TALISMO BRASILEIRO<br />
O breve resgate histórico e o entendimento de como são estabelecidas<br />
as relações de poder nas Assembleias de Deus desafiam uma reflexão<br />
e proporcionam a construção de um diálogo acerca do ministério feminino.<br />
Essa reflexão também se revela oportuna num momento em que a<br />
mulher pentecostal brasileira, ainda que timidamente, começa a repensar<br />
o seu papel e o por que de terem sido excluídas da história que está aí.<br />
Para a construção deste diálogo é importante analisar o sistema de<br />
governo das Assembleias de Deus brasileiras à luz da concepção<br />
foucaultiana de poder e as proposições teológicas da teologia feminista. A<br />
teologia feminista e as reflexões de Foucault sobre poder/saber se imbricam<br />
e se complementam para o deciframento das relações humanas.<br />
Foucault enquanto teórico abre brechas nas aparentes instransponíveis<br />
muralhas do conhecimento estabelecido, enquanto a teologia feminista<br />
procura a modificação de um regime de verdade cujos discursos criam<br />
seres sexuados para melhor demarca-los em estrutura de poder. 62<br />
61 DANIEL, 2004, p. 636-637.<br />
62 SWAIN, Tânia Navarro. Quem tem medo de Foucault? Feminismo, corpo e sexualidade.<br />
Acesso<br />
em: 10 mar. 2010.