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Acções de Formação 2 - EEC - Ensino Experimental das Ciências

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competências técnicas (laboratoriais e <strong>de</strong> campo) através <strong>de</strong> exercícios práticos e,<br />

ainda, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> familiarização com os fenómenos em estudo através <strong>de</strong><br />

experiências exploratórias simples e consequente discussão e reflexão sobre os<br />

dados obtidos. Como ilustração <strong>de</strong>ste último tipo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s apresenta-se o<br />

seguinte extracto: "(...) os alunos foram incentivados a realizar algumas<br />

experiências simples com o objectivo <strong>de</strong> esclarecer melhor as variáveis e<br />

parâmetros relevantes em relação às suas questões. (...) A exploração prática <strong>de</strong><br />

algumas questões relaciona<strong>das</strong> com o problema é fundamental na sua<br />

compreensão. (...) Deste modo, a transformação do(s) problema(s) foi sendo feita<br />

com base nos resultados que foram sendo obtidos nestas primeiras experiências".<br />

O processo <strong>de</strong> concepção <strong>de</strong> um procedimento experimental, para a realização <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s práticas (laboratoriais e <strong>de</strong> campo) com vista à testagem <strong>das</strong> hipóteses<br />

formula<strong>das</strong>, foi vivenciado <strong>de</strong> modo diferente, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo se se tratou <strong>de</strong> um<br />

processo em que os alunos em pequeno e/ou gran<strong>de</strong>-grupo construíram um<br />

protocolo, e conceberam eles próprios alguns dos dispositivos experimentais (o<br />

que aconteceu nalguns casos), ou, se simplesmente recorreram a técnicas<br />

conheci<strong>das</strong> e disponibiliza<strong>das</strong> em bibliografia ou pelo professor. Como exemplos<br />

ilustrativos da primeira situação apresentam-se extractos dos relatórios <strong>de</strong> dois<br />

f o r m a n d o s :<br />

1 ) "A participação do professor resumiu-se nesta etapa apenas a algumas<br />

sugestões pontuais <strong>de</strong> materiais e procedimentos. Pr o c u r o u -se que os alunos<br />

<strong>de</strong>senvolvessem todos os protocolos por eles propostos, mesmo quando,<br />

nalguns casos, esses protocolos se afiguravam difíceis <strong>de</strong> concretizar,<br />

<strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quados em relação aos objectivos ou mesmo errados nalguns aspectos.<br />

Nesse sentido, não foi exigido que os mesmos fossem à partida, extensivamente<br />

<strong>de</strong>scritos. À medida que as experiências foram sendo realiza<strong>das</strong>, os alunos<br />

pu<strong>de</strong>ram i<strong>de</strong>ntificar alguns dos erros cometidos na sua planificação, evoluindo<br />

assim <strong>de</strong> experiência em experiência com base numa reflexão sobre esses<br />

mesmos erros";<br />

2 ) " Foi a primeira vez que os alunos <strong>de</strong>sta turma se viram confrontados com o<br />

<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> construir um protocolo <strong>de</strong> trabalho prático. Surgiram muitas<br />

incertezas pelo que uma hora se revelou insuficiente e pouco produtiva. Os<br />

alunos [em pequeno-grupo] não só não terminaram a tarefa como<br />

manifestaram dificulda<strong>de</strong>s em distinguir os aspectos essenciais dos acessórios;<br />

d i s p e r s a r a m -se excessivamente com questões <strong>de</strong> pormenor (...). Em plenário<br />

foram confronta<strong>das</strong> as dificulda<strong>de</strong>s senti<strong>das</strong> pelos vários grupos e,<br />

posteriormente, discutidos alguns aspectos essenciais, como a utilização <strong>de</strong><br />

réplicas e/ou o controlo <strong>de</strong> variáveis; em seguida proce<strong>de</strong>u-se à elaboração<br />

conjunta <strong>de</strong> um esboço <strong>de</strong> protocolo que, posteriormente, viria a ser<br />

aperfeiçoado por cada grupo <strong>de</strong> alunos".<br />

A importância formativa da vivência <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> processos, em que as coisas não<br />

surgem como ‘por magia’, mas têm <strong>de</strong> ser (re)construí<strong>das</strong> progressiva e<br />

continuadamente através do <strong>de</strong>bate, reflexão e confronto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, é ressaltada<br />

por alguns alunos nos seus relatórios, <strong>de</strong> que se apresenta o seguinte exemplo:<br />

"Este trabalho quanto a mim foi interessante porque foi diferente, foi mais<br />

entusiasmante, porque <strong>de</strong>ste modo ficámos com alguma liberda<strong>de</strong> para criar<br />

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