Parques Tecnológicos - Indesi

2
Conhecimento é hoje insumo essencial para a competitividade.
A velocidade vertiginosa da tecnologia eliminou a possibilidade de
inserção nos mercados de empresas que se limitam a copiar produtos.
Cada vez mais somente aqueles capazes de criar ou agregar
conhecimento ao que fazem conseguem vencer.
A Fundação Itabirana Difusora do Ensino (Fide) compartilha com a
comunidade itabirana a satisfação de ver a implantação do Parque
Tecnológico que em muito irá contribuir no processo de construção
de uma sociedade que busca o desenvolvimento associando conhecimento
e tecnologia com oportunidades de negócio.
“A diretoria da Associação Comercial, Industrial,
de Serviços e Agropecuária de Itabira acredita
que, através do i.tec, será gerada um nova
mola propulsora para a diversificação econômica
e desenvolvimento sustentável de Itabira.
Apóia e participa da iniciativa e cumprimenta o
prefeito Ronaldo Magalhães por mais este importante
e significativo projeto”.
Reginaldo Calixto - Presidente

SUMÁRIO EXPEDIENTE
Compromisso com o futuro
Parques Tecnológicos
Ciência e
tecnologia
brasileiras
O ambiente
do parque
itabirano
Pré-incubação e incubação
Apoio do
Governo
Federal
Parque industrial mineiro
Mais uma
peça na
engrenagem
Tecnologia e conhecimento
Relação trisetorial
Parques Científicos e Tecnológicos
Base para uma indústria competitiva
Instituição de
fomento de MG
O Sebrae e os empreendimentos
IEL: o seu papel e a sua contribuição
Empreendimentos do i.tec
Empresas
programadas
para operar
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Revista Parques Científicos e Tecnológicos C
Parque Tecnológico de Itabira (Itabira Tech Park)
i.tec – Itabira Tecnologia e Ciência
Publicação inédita da Prefeitura de Itabira
com apoio da Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Econômico e Turismo de Itabira
PREFEITURA DE ITABIRA
Prefeito/Mayor: Ronaldo Lage Magalhães
Vice-prefeito/Vice: João Izael Querino Coelho
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL DE ITABIRA
(INDESI)
Presidente/Chairman: Cácio Duarte Guerra
Vice-presidente/Chairman: Sérgio Amaral
Diretor Executivo/Executive Director:
Sebastiana Luiza Bragança Lana
Diretora Operacional/Operational Director:
Ana Cristina Alvarenga Lage
Diretor-Financeiro/Finance Director:
Alexandre Pires Guedes
Produção: Revista DeFato (xx) 31.3831-3656
Programação visual: Roneijober Andrade
Revisão/Edição: Marcos Caldeira
Tradução: Sebastiana Luiza Bragança
Lana e Cristiane Miranda Bahia Araújo
Tiragem: 2 mil exemplares
Impressão: Gráfica Vip (xx) 31.3831-2461
Aprovação Final/Final Aproval: Cácio Duarte
Guerra – SMDET
Consultor/Consultant: Eduardo Márcio
Teixeira Nery
Contato/Contact: Rua São Paulo, 377,
Bairro Amazonas, Itabira / MG, Brasil,
CEP: 35900-373
Telefone: xx (31) 3834 6472
Site: www.indesi.org.br
E-mail: secretaria@indesi.org.br
Agradecemos a todos que contribuíram para
a execução deste projeto.
3

Foto Silva
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Um compromisso
com o futuro
Ronaldo Magalhães
Prefeito de Itabira
Itabira é uma cidade do passado com os pés
no futuro. O nosso ideal é a manutenção da
história, lendas, costumes e tradições de uma
gente fabulosa. Isso é fundamental. Afinal, um
povo sem esses valores básicos não tem identi-
dade. A preservação desses princípios é um compromisso
com o respeito à memória de todos
aqueles que lutaram por um cidade digna para
viver. Os nossos casarões e igrejas são monumentos
ao gênio criativo dos itabiranos. Esse
conjunto histórico é um belo exemplo de talento
e bom gosto.
Mas Itabira jamais adormeceu sobre o plácido
leito do passado. Pelo contrário. Hoje, com
muito trabalho e dedicação, estamos construindo
belas páginas para a população de agora e
dos tempos vindouros. A adversidade nunca foi
motivo para esmorecimento. Na verdade, ela é
uma boa ferramenta de motivação. A nossa cidade
tem um histórico de constante superação
de desafios. Isso é normal. Mesmo porque a alma
do itabirano foi forjada com a essência do ferro.
Itabira é a própria encarnação de fênix. A nossa
terra já se levantou dos escombros em diversas
ocasiões, sem jamais perder a altivez. E sempre
ressurgiu mais forte e tenaz. Itabira, nos dias
que se seguem, tem uma simbiose com a modernidade.
Vivemos numa localidade bela, bem urbanizada,
com um excelente modelo de saúde pública
e sistema de ensino de elevada qualidade.
Poucas cidades, em Minas Gerais, têm uma infra-estrutura
como essa. E isso é fruto de um
compromisso maior com a qualidade em todos
os segmentos sociais. Por tudo isso, temos orgulho
de ser quem somos: itabiranos. A nossa preocupação,
no exercício do poder, foi única: a
busca constante de uma melhor condição de vida
para a população. E esse objetivo —sem dúvida
— passou necessariamente pelo investimento no
desenvolvimento social, econômico e cultural.

Dentro desse contexto, a implantação do
Parque Tecnológico foi um referencial que colocará
a terra de Drummond na vanguarda do
estado de Minas Gerais. Deve-se salientar que
apenas sete municípios mineiros têm o privilégio
dessa iniciativa futurista. E nós estamos
entre eles. O nosso Parque Tecnológico, que
conta com uma estrutura de funcionamento
invejável, está apto para receber empresas de
ponta em seus segmentos. Essa iniciativa significa
um avanço inédito. Por isso, até mes-
mo vale a pena sonhar com um novo eldorado.
Essa revista representa uma bela oportunidade
para divulgação da rotina do Parque Tecnológico
de Itabira. Com uma periodicidade
semestral, ela sempre será uma portadora de
boas novas. E, não tenho dúvidas, as novas
sempre serão muito boas. O crescimento contínuo
e ascendente é a sina inevitável de quem
trabalha com coragem e determinação.
A compromise with the future
I hope that the Itabira Tech Park exists to increase values
to the work already done in this city, like education, tourism,
mining activities, among others. I see the Itabira Tecnological
Park as a concentrated effort to create jobs and to
increase life quality, when it come to knowledge, Itabira is
always successful.
Ronaldo Lage Magalhães
Itabira City Council Major
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Roneijober Andrade
6
Ciência e tecnologia brasileiras
Estruturas e políticas
Cenário Atual
O Sistema Brasileiro de Ciência e Tecnologia
se organiza observando os mesmos níveis políticos
nacionais, tendo o Ministério da Ciência e
Tecnologia liderando o Sistema, no âmbito maior
da governança e da política de país, aglutinando
e coordenando as contribuições de outros ministérios,
a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior, no Estado de Minas Gerais,
e Secretarias Municipais ou Agências ou
Institutos de Desenvolvimento Tecnológico, em
alguns dos municípios que se voltam e estão mais
comprometidos com atividades dessa natureza
para o seu desenvolvimento econômico-social
com base no conhecimento.
Tanto os secretários estaduais quanto os municipais
se reúnem em dois Fori, que representam
a idéia do conjunto existente junto ao Governo
Federal e ao Congresso Nacional. Neste,
tanto na Câmara quanto no Senado, há comissões
que tratam das matérias de Ciência e Tecnologia,
nos processos legislativos ou de interesse
especializado.
De maneira análoga, numa arquitetura equivalente,
as instituições de funding do Sistema
também se organizam, através da Finep e dos
quatorze Fundos Setoriais (além do FUST) e do
Fundo Verde Amarelo, no nível federal, as Fun-
dações de Amparo a Pesquisa e os Bancos de
Desenvolvimento Econômico, com carteiras ou
programas dedicados, no contexto estadual,
como é o caso da Fapemig e do BDMG com o
seu Fundese-Base Tecnológica, em Minas Gerais,
e os Fundos Municipais, mais raros, nos ambientes
municipais, tendo exemplo típico o Fun-
Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social
de Itabira (Fundesi). Complementarmente, instituições
de capital de risco e angels, ainda em
número e atuação pequenos, começam a revelar
uma certa propensão ao seu crescimento e ao seu
papel no desenvolvimento da tecnologia nacional.
Há naturalmente uma plêiade de outras instituições,
de importância maior, como o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), o grande responsável pela
formação da pós-graduação e pesquisa básica
nacionais, as universidades com centenas de
núcleos e áreas de competência especializados,
centros de pesquisa especializados públicos, em
associação ou privados, como é o caso do CPqD,
Cepel, IPT, Tecpar, CTA, Inpe, Ipen, a CNEN,
na área das atividades nucleares, a CTNBio, nas
atividades de biossegurança, dentre outros.
Concomitantemente, no terceiro setor, comparece
outro elenco de instituições destacadas
como é o caso da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), Associação Brasi-

leira das Instituições de Pesquisa Tecnológica
(Abipti), Associação Nacional de Entidades Promotoras
de Empreendimentos Inovadores (Anprotec)
e a sua correspondente Rede Mineira de Inovação
(RMI), dentre outras.
Finalmente, o setor produtivo apresenta sinais
de recuperação e, em alguns de seus segmentos,
observa-se já uma participação significativa da
tecnologia como fator diferencial de escala e escopo
econômico, com resultados inquestionáveis:
exemplo notável constitui a área de agronegócios,
que mostra ascensão extraordinária, que
vem persistindo, criando novos desafios a cada
etapa vencida, o que define e caracteriza precipuamente
um processo com uma trajetória de
desenvolvimento com base no conhecimento.
Instituições associadas e mantidas por esse setor,
como são o IEL e o Sebrae, assumiram e vêm
desempenhando um papel muito importante no
suporte aos empreendimentos de base tecnológica,
às aglomerações produtivas e aos arranjos
produtivos locais e regionais.
Numa primeira observação, constata-se, portanto,
que subsiste no país um subsistema MCT,
os subsistemas estaduais e os subsistemas municipais,
permeando entre eles instituições nucleares
que constituem plataformas de referência e
excelência em domínios da ciência e/ou tecnologia
preferenciais e as associações de financiamento
e de integração regional ou nacional.
Naturalmente, as ações dominantes se consubstanciam
cada vez mais através da formação
de redes e de programas que articulam as capacidades
criando sinergias e focalizações que respondam
às políticas de país.
Neste sentido cabe mencionar, como ilustração
expressiva, a Política Industrial Tecnológica
e de Comércio Exterior, que tem como objetivo
o aumento da efetividade (eficiência e eficácia)
da estrutura produtiva, o aumento da capacidade
de inovação e desenvolvimento tecnológico
das empresas brasileiras a expansão das exportações
(ou substituição seletiva de importações).
Essa política tem como objeto a inovação
ou a criação e o incentivo à diferenciação de
produtos. Para tanto, ela está estruturada compreendendo
três abordagens e áreas de aplica-
ção complementares:
a) horizontal - com ações voltadas para o desenvolvimento
tecnológico, a inserção nos mercados
externos, a modernização (incluindo pequenas
e médias empresas e arranjos produtivos
locais e naturalmente os parques tecnológicos) e
o ambiente institucional.
b) opções estratégicas preferenciais - semicondutores,
software, bens de capital, fármacos e
medicamentos.
c) atividades portadoras de futuro - biotecnologia,
nanotecnologia e biomassa.
A competição por inovação e criação e a diferenciação
de produto constituem a essência do
processo de desenvolvimento. É preciso alavancar
o potencial das empresas, pois só elas são
capazes de transformar o desenvolvimento científico
e tecnológico em produto e serviço, ou
solução, via inovação e criação.
Uma política de tal porte deve ser compreendida
como um processo articulado com o conjunto
das políticas de governo voltadas para sustentar
o crescimento.
Para que isso ocorra de fato, ela se insere e
decorre de uma estratégia do governo, construída
visando ao crescimento sustentável, à geração
de postos de trabalho e à inclusão social.
Na mesma direção, a Lei de Inovação, recentemente
aprovada, possibilitará melhor interação
entre instituições públicas de pesquisa e empresas
uma nova abertura para que a produção científica
se transforme em tecnologias geradoras de
produtos e riqueza.
Com essa mesma orientação, os Fundos Setoriais,
coordenados pelo MCT, estão reorientando
suas ações e o BNDES criou programas para
fármacos, bens de capital e software, além do
Fundo Tecnológico, destinado a reduzir o risco
do desenvolvimento tecnológico empresarial.
Foi assim também que a Finep e o CNPq
lançaram programas para a formação de recursos
humanos e desenvolvimento de áreas específicas.
E, mais recentemente, o Inpi está se
reestruturando e o Inmetro/Ipem (em Minas
Gerais) e as Redes Metrológicas investem em
metrologia científica.
7

8
Parques Tecnológicos
Consta que o primeiro Parque Tecnológico mineiro
foi constituído por decreto do então presidente
Getúlio Vargas, em Uberaba.
Em 2001, o governo do Estado de Minas Gerais,
numa decisão inédita, posteriormente seguida
por outros estados, lançou o Programa de
Apoio ao Desenvolvimento à Inovação Tecnológica,
do qual faz parte a proposta de implantação,
em princípio, de dez parques tecnológicos
nos municípios mineiros que ofereçam condições
adequadas e sustentáveis ao seu funcionamento.
O processo de seleção foi realizado em quatro
chamadas públicas aos proponentes interessados
até 2002, mediante edital de licitação pública,
tendo como objeto o estudo de viabilidade
econômico-financeira e o projeto básico. O
número de municípios participantes, aceitos, fruto
da aplicação desse processo, se aproximou do
proposto a priori, sendo que poucos deles foram
concluídos e entregues à Fapemig, com observância
rigorosa dos prazos (caso de Itabira), a
maioria tendo atrasos variados devido a um conjunto
distinto de causas.
Em simultaneidade, o BDMG estruturou e instituiu
o Fundese-Base Tecnológica como carteira
específica para os empreendimentos dos parques
tecnológicos mineiros. Ainda persiste por se tratar
de empresas de até médio porte, detentoras
de ativos intangíveis, a questão das garantias.
A legislação que disciplina as condições tributárias
e fiscais, que chegou a ser editada pelo
governo associada ao Programa, foi, por ele mesmo,
cancelada, não tendo sido substituída e regulamentada,
talvez pelo atraso geral da implantação
dos parques, o que produz uma substantiva
redução da condição de atração de empresas
maduras e já constituídas para os ambientes dos
parques mineiros, em relação a outras regiões do
país. Vale lembrar que as reformas realizadas pelo
Congresso, que poderiam ter equalizado e tratado
de modo isonômico a atividade produtiva,
pouco avançaram e/ou desoneraram essa atividade,
particularmente, para as empresas de até
médio porte, baseadas em tecnologia.
Como houve uma descontinuidade de fontes
de financiamento, mesmo os que cumpriram com
a etapa de projeto básico ou anteprojeto, uma
vez comprovada a sua viabilidade e portadores
de seus Planos de Negócios respectivos, tiveram
que alongar os seus prazos e/ou reprogramar essa
sua primeira etapa de implantação, diante das
limitações de financiamento e das restrições de
recursos para investimento. Em geral, tornou-se
necessário desenvolver um elenco de soluções
não convencionais que exigiram e consumiram
tempo, negociações e, às vezes, medidas institucionais
para se concretizarem. Diante dessa situação,
os prazos de implantação, sobretudo os
construtivos, ainda que com projetos simplificados,
demandaram tempos mais longos dos que
os previstos originalmente, sendo que há empreendimentos
que foram postergados, pelo menos
temporariamente.
Na verdade, os problemas de implantação não
se resumem à escassez de crédito; ao contrário,
há questões de maior complexidade que provocaram
ou despertam a necessidade de desenvolver
soluções não disponíveis, dado que esse processo
foi pouco experienciado no país e há pouco
lastro de conhecimento.
No governo atual, a Secretaria de Estado de
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Conselho
Estadual de Ciência e Tecnologia têm procurado
alternativas que possam contribuir para
mitigar e atenuar as dificuldades dos que prosseguem,
diante do severo contingenciamento financeiro
do Estado, nesses primeiros dois anos que se
somam ao período anterior, em que subsistiram
obstáculos maiores de acesso às fontes nacionais.
Um fator positivo, que tem ajudado a manter
os processos de implantação, constitui as participações
dos parceiros Sebrae e IEL, este mais
voltado aos arranjos ou aglomerações econômicas
(há casos em que coincidem).
Há uma grande expectativa para que a aplicação
da Lei de Inovação possa trazer os fundamentos
legais que permitam substituir o caráter
episódico das linhas de financiamento, que não
podem se constituir por editais, mas por programas
orientados, contínuos e duradouros, que
devem permitir às empresas ou instituições do
terceiro setor atuarem como tomadoras diretas,
que possibilitem a apreciação dos intangíveis e
uma formulação adequada para as garantias, dentre
outras melhorias absolutamente essenciais à
implantação dos empreendimentos produtivos
nos ambientes dos parques tecnológicos brasileiros
e mineiros.

Science and Brazilian Technology
Structures and politics
Current scenery
The Brazilian System of Science
and Technology is organized at the
national level, with the Ministry of Science
and Technology leading the System,
grouping and coordinating the
contributions of another Ministries
such as the State Department of Science,
Technology and Higher Education
and in the state of Minas Gerais;
Municipal Departments or Agencies
or Institutes of Technological Development
in some municipal districts.
The funding institutions of the Brazilian
System of Science and Technology
are organized via Finep, the
Sectorial Fund and the Yellow Green
Fund at the federal level; the Foundations
of Aid to Research and the Economic
Development Banks in the state
context and the Municipal Fund in
the municipal districts. There are also
small institutions for risk capital and
others of larger importance such as
the National Council of Scientific
and Technological Development
(CNPq), responsible for master degrees
and national level research in
addition to the universities with hundreds
of concentrated areas and either
public or private centers of specialized
research.
Dr. Eduardo NŽri
9

10
Parques Tecnológicos
Ana Bárbara Cardoso Alvarenga
Funcesi
Os Parques Tecnológicos surgiram nos EUA
na década de 50 no Vale do Silício (dando seqüência
a uma idéia iniciada em 1938), Califórnia,
próximo à Universidade de Stanford, onde
se fundamentaram os primeiros aglomerados de
empresas de base tecnológica. Empresas de renome
multinacional nasceram e/ou consolidaram
a partir dessas primeiras experiências.
Hoje, de acordo com a International Association
of Science Parks, existem cerca de 750 parques em
funcionamento no mundo, sendo a maioria localizada
no território norte-americano.
A experiência internacional mostra que a maioria
dos parques tecnológicos tem gestão privada
(direção executiva) supervisionada por um conselho
de administração composto predominantemente
por instituições educacionais e de pesquisa
pública e/ou privadas (universidades, faculdades,
empresas de pesquisa, municípios e
governos estadual e federal). Essa forma de gestão
garante estratégias de longo prazo para o parque,
onde estariam contemplados os interesses do desenvolvimento
regional, de forma sustentável e
socialmente mais igualitária, enquanto que a forma
privada de gestão traz consigo uma orientação
mais direcionada para uma racionalidade econômica
na tomada de decisões do empreendimento.
Entende-se como Parque Tecnológico o “espaço
inovador que congrega projetos e programas
voltados para inserção social, a geração de
emprego e renda, a geração e distribuição do
conhecimento, em todos os seus níveis, assim
como o desenvolvimento e transferência de tecnologia,
propiciando trocas de experiências e
integração entre pessoas para uma melhor compreensão
e mudança da realidade”.
Os parques tecnológicos são iniciativas desti-
nadas a receber empresas inovadoras ou intensivas
em conhecimento e a promover sua interação
com instituições de ensino e pesquisa. Instalam-se
em terrenos ou conjunto de prédios próximos
a universidades e centros de pesquisa e/
ou têm uma forte interação com tais instituições.
De modo geral, os parques tecnológicos tendem
a usar áreas físicas de uma maneira bastante
diferente de plantas industriais tradicionais.
Necessariamente, incluem-se em projetos de
parques, espaços para atividade de lazer e áreas
de conservação do ambiente natural, além de
escritórios de consultoria e comercialização e
serviços de apoio. Também são previstos locais
para convenções e exposições, hotéis e outras
instalações urbanas. O modelo de parque tecnológico
provê uma atmosfera agradável e um ambiente
empresarial limpo e saudável.
Os parques, como ambiente
propício ao desenvolvimento
tecnológico, se propõem a:
alterar a dinâmica urbana de uma cidade ou região;
favorecer a criação e consolidação de micro e pequenas
empresas;
favorecer a criação de novos postos de trabalho e a
geração de impostos;
oferecer infra-estrutura adequada às empresas;
fortalecer o espírito empreendedor;
estimular o aumento da qualidade e competitividade;
apoiar o desenvolvimento de áreas tecnológicas prioritárias;
estimular o acúmulo de capital humano e o aumento
da capacitação da força de trabalho;
aumentar a parceria entre empresas e outras instituições;
facilitar a transferência de tecnologia (interna e externa);
orientar a gestão do processo de inovação tecnológica;
facilitar a definição de linhas de fomento apropriadas;
oferecer espaços condominiais e promover ações associativas;
facilitar a troca de informações.

O Parque Tecnológico de Itabira funcionará
como um elo entre indústria, centros de ensino
e governo para promover e impulsionar o desenvolvimento
empresarial. No Parque, a sinergia
cooperativa entre as várias instituições parceiras
favorece o estímulo e a consolidação dos sistemas
regionais de inovação. Medeiros (1991) afirma
que os parques, assim como as incubadoras, permitem
economias de escala, à medida que oferecem
infra-estrutura adequada, bem como telecomunicações,
banco de dados, documentação
e logística.
Diferentes modelos podem ser observados na
concepção de parques:
Modelo Público
São parques criados e gerenciados por agências
públicas ou diretamente pela administração
do governo local, regional ou por universidades
públicas. Este é o modelo mais comum. É a estrutura
predominante no Sul da Europa e América
Latina, mas também existe em outras regiões
(Reino Unido, Alemanha, Japão, etc).
Geralmente, estes parques surgem da iniciativa
pública, para atender a um programa
de desenvolvimento de
uma política industrial com
ênfase no regional, para a
qual se faz necessário criar
infra-estruturas e equipamentos
específicos de
apoio à inovação tecnológica,
como parques, incubadoras
de empresas, etc.
Modelo Privado
Diferentemente do modelo anterior, é uma iniciativa
em que todo o capital necessário para o
lançamento, criação e desenvolvimento do projeto
é oriundo de entidades estritamente privadas.
São poucos os exemplos de parques privados,
o Tagus é um deles, e raros os casos de
parques científicos, uma vez que o seu funcionamento,
com essa conotação, implica numa
participação direta e ativa das universidades que,
freqüentemente, são públicas.
Modelo Misto
Constitui a alternativa mais interessante e promissora.
Em geral, os primeiros investimentos – para
lançar o projeto – vêm de instituições ou fundos
públicos, com a sua gestão sendo entregue a
empresas ou instituições privadas que também
investem subseqüentemente no seu desenvolvimento,
incluídas as suas operações, assumindo
a sua parte do risco negocial.
Vantagens deste modelo:
maior proximidade e compatibilidade com
o modus de pensar e agir do empresariado da
região;
gestão do parque com critérios empresariais
de eficiência e eficácia, geralmente mais produtivos
do que os critérios de gestão pública;
independência da gestão, livre das pressões
políticas que freqüentemente prejudicam os projetos
essencialmente públicos.
A relevância do parque, como mecanismo
de indução de empreendimentos produtivos,
na forma de crescimento, depende da estrutura
industrial da região onde está localizado.
A proximidade geográfica de um parque
com universidade e institutos de pesquisa existentes
potencializará significativamente os efeitos
multiplicadores e de fertilização cruzada
resultantes da concentração das atividades de
pesquisa e desenvolvimento no interior desse
ambiente.
11

12
O funcionamento dos parques tecnológicos
está relacionado à disponibilidade de recursos
de pesquisa acadêmica da universidade local e
às relações com grupos de pesquisadores de outras
localidades, criando uma rede propícia ao
intercâmbio e às transferências de conhecimento
e tecnologias entre essas instituições, em complementaridade,
e delas com as empresas produtivas.
É importante lembrar que os parques tecnoló-
gicos, além de manter o processo de criação e
inovação, têm como seu aspecto fundamental
de sucesso o desenvolvimento do espírito empreendedor
dos que o constituem.
O Parque Tecnológico de Itabira, o i.tec,
assimila o que dissemos como um empreendimento
que soma talentos e conhecimentos,
dinamizando o cotidiano e conectando-nos
ao futuro.
Technological Parks
There is great expectation that the Law of Innovation, under consideration,
can bring about the legal foundations that will be able to substitute the current
disjointed character of financing. Resolvable not through official proclamations,
but by guided, continuous and lasting programs that would allow companies
or institutions in the commercial sector to get direct loans enabling them
to encourage the development of intangible benefits, among other improvements
absolutely essential to the implantation of the productive enterprises in
the atmosphere of the Brazilian technological parks and miners.

O ambiente do parque
tecnológico de Itabira
Glauciane da Piedade Rodrigues
Ana Cristina Alvarenga Lage
Equipe do i.tec
Itabira
Localizada no colar da região metropolitana
de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e com uma
vocação bem diversificada, Itabira apresenta um
perfil propício ao desenvolvimento de uma economia
de alta complexidade, pelas vantagens
naturais e diferenciais de que é portadora.
O seu sistema de logística de acesso e distribuição
é constituído por uma completa infraestrutura
em termos de estradas, ferrovias, aeroportuária,
telecomunicações e estações aduaneiras
de interior: modernas rodovias pavimentadas,
Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), que une
Itabira a Belo Horizonte e ao moderníssimo complexo
portuário de Vitória, aeroporto de Confins.
A mão-de-obra se destaca pela boa educação
pública e pelo elevado nível de qualificação profissional
em inúmeras instituições do município.
A qualidade de vida vem melhorando continuamente
e se aproxima das melhores do Estado.
Itabira oferece uma condição diferencial para
empreendimentos produtivos, em particular os
de base tecnológica, possuindo um arcabouço
institucional singular que sustenta todos os programas
estruturantes do seu desenvolvimento, um
Fundo de Desenvolvimento, incubadoras de
empresas e um moderno Parque Tecnológico:
i.tec, Itabira Tecnologia e Ciência.
i.tec
Itabira Tecnologia e Ciência
Os estudos e negociações para criação de um
Parque Tecnológico em Itabira começaram em
Vista parcial de Itabira
outubro de 2001, com a assinatura de um protocolo
de intenção entre as entidades componentes
do Instituto de Desenvolvimento Econômico
e Social de Itabira, uma associação constituída
na modalidade de uma organização da sociedade
civil de interesse público que inclui, entre os
seus campos de atuação, a responsabilidade de
implementar e gerir o i.tec.
A implementação efetiva do projeto teve seu
início em 30 de julho de 2002, com a assinatura
13

Boa notícia:
o Indesi é reconhecido e qualificado
como organização civil de interesse público
14
de um Convênio de Cessão do Direito de Uso
de Superfície e das Instalações de Imóvel entre
Prefeitura de Itabira e o Serviço Social da Indústria
(Sesi), integrante do Sistema Fiemg, tendo
como fim a implantação da Unidade Condominial
do Parque Tecnológico de Itabira, na área
do anterior Sesiminas.
Da mesma forma e, em simultaneidade, a Prefeitura
de Itabira destinou a área originalmente
prevista para se constituir em um novo Distrito
Industrial (o DI 2) para se transformar na Unidade
Empresarial do Parque Tecnológico
Para ambos foram realizados os estudos de
viabilidade econômico-financeira e o respectivo
Plano de Negócios. Contrapondo-se o potencial
tecnológico identificado, o diferencial do município,
sua competência intelectual e produtiva
ao desafio da constituição de um Parque com
empreendimentos baseados em tecnologias competitivas.
Experiências foram acumuladas e dados
reunidos para se trabalhar com informações
que permitissem a correta assimilação do que
representam a ciência e a tecnologia para o progresso
de uma cidade ou de uma região.
O Parque Tecnológico de Itabira, empreendimento
de viabilidade e atratividade comprova-
das, é um espaço aberto a iniciativas empresariais,
comprometidas com o desenvolvimento da
criação e a inovação representada pela geração
de conhecimentos, por novos produtos e serviços
e a aplicação de tecnologias avançadas. Para
que isso se realize, o Parque está dotado de condições
e serviços especializados para estimular e
gerir o fluxo de conhecimento e de tecnologia
criado nas universidades, instiutições de P & D,
empresas e mercados.
Com um sólido vínculo operacional com universidades,
instituições profissionalizantes, o
Poder Público e associações empresariais, a sua
condição básica de sucesso consiste na sua constituição
como um sistema produtivo ativo, sustentável
no conhecimento.
Por isso, foi constituído o Instituto de Desenvolvimento
Econômico e Social de Itabira (Indesi)
como órgão responsável pela administração
do Parque. Está formado como uma associação
entre a Prefeitura de Itabira, Fundação Comunitária
de Ensino Superior de Itabira (Funcesi),
a Fundação Itabirana de Ensino Superior de
Ensino (Fide), Associação Comercial, Industrial,
de Serviços e Agropecuária de Itabira (Acita) e
Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).
O município dispõe de um Fundo Municipal,
o Fundo de Desenvolvimento Econômico e
Social de Itabira, Fundesi, que contribui para a
manutenção do Instituto e para o desenvolvimento
da capacitação e qualificação empresarial do
sistema produtivo local.
Uma visão do i.tec.
LE

Constituído por um conjunto de empresas de
base tecnológica de diversas áreas do conhecimento,
o i.tec se organiza sobre um conjunto de
Institutos ou Centros, responsáveis por fazer a
intermediação entre as instituições acadêmicas
e de pesquisa básica e as empresas ou sistema
produtivos e de serviços. Naturalmente, o Parque
abriga todos os elementos comuns a esse
tipo de empreendimento e, em particular, o Eco-
Viver, empreendimento temático responsável por
disseminar o conhecimento, a ciência e a tecnologia,
aquilo que o i.tec produz para a população,
socializando e democratizando o acesso e a
compreensão com prazer, de modo lúdico, perceptivo
e prazeroso. O Eco-Viver trata da ecologia
humana no contexto ambiental de Itabira e
de seu entorno.
O i.tec atua na área de produção e desenvolvimento
tecnológico, da criação e da inovação,
priorizando as cadeias produtivas nos domínios
da metal-mecânica-logística e materiais, tecnologias
ambientais, biotecnologia, automação, robótica
e produção computadorizada (inclusive
desenvolvimento de software) e tecnologias culturais.
O Parque está formado, na atualidade, por
duas áreas não contíguas, sendo a primeira de
natureza condominial, para empreendimentos de
até médio porte, e a segunda empresarial, isto é,
para a implantação de empresas individuais. Em
ambas, a sua concepção observa uma definição
de um parque com área edificada de planta de
35% da área total, a maior parte, portanto, ocupada
por jardins, espelhos d’água, gramados,
cortinas arbóreas, áreas esportivas, bosques e espaços
de convivência.
O valor do investimento imobiliário total previsto
para os dez anos de sua implantação, em
cinco etapas de dois anos, é de 146,84 milhões
de reais e do investimento tecnológico de cerca
de 46,13 milhões de reais.
É um empreendimento caracterizado para receber
incentivos fiscais e tributários e linhas de
crédito especiais das leis estaduais, destinadas
aos parques tecnológicos, como acontece nos
países industrializados e que começam a crescer
em estruturação no cenário brasileiro.
Itabira
Itabira has distribution logistic with complete
infrastructure including: highways, railways, electric
energy and telecommunications, as well as
fiscal incentives, permission for using lands in
industrial districts, project incubators and a modern
technological park: i.tec (Itabira Technology
and Science).
i.tec (Itabira Technology
and Science)
Based on the notion that modern development
is connected to the domination of technology generated
by the applied science, the implantation
of a Technological Park was vital to the economic,
social and cultural development of Itabira.
Therefore the Institute of Economic and Social
Development of Itabira (INDESI) was created, responsible
for business development and improving
the quality of the local productive system.
i.tec acts in the area of production and technological
development in addition to innovation,
segmentation of the productive chain of metal-mechanic
commands, environmental technologies,
biotechnology, automation, robotics, computerized
production and cultural technologies.
Projected Results are as follows:
- Post of work: 5.671
- Combined value from i.tec product: MMR$
994/year (10 th year)
- Combined value from i.tec salary: MMR$
209/year (10 th year)
15

16
O começar da
criação e da
inovação: a
pré-incubação
e a incubação
Demétrius Gonçalves
Gestor da Incubadora do i.tec
Uma incubadora de empresas pode ser entendida
como instituição que se destina a apoiar
empreendedores, propiciando ambiente e condições
físicas, de infra-estrutura, intelectuais e
emocionais, apropriadas e compartilhadas em
cooperação, com orientação técnico-científica e
em sinergia, para o desenvolvimento de estruturas
produtivas de empresas. Ela é de base tecnológica
se as empresas que abrigam dependem da
tecnologia com responsabilidade social para conquistar
e manter condição mercadológica competitiva.
As incubadoras, especialmente no Brasil, costumam
localizar-se junto a uma universidade ou
a um instituto de pesquisas, para que as empresas
se beneficiem da proximidade cos laboratórios
e recursos humanos dessas instituições.
Essas vantagens, somadas à sinergia decorrente
da própria convivência entre os novos empresários,
fazem com que a taxa de mortalidade dos
empreendimentos seja minimizada. As incubadoras
geram emprego, renda e estimulam, a par-
tir da demonstração do sucesso de suas empresas,
uma atividade empreendedora dentro da própria
comunidade.
A Pré-Incubadora e Incubadora de Empresas
de Base Tecnológica do Parque Tecnológico de
Itabira, o i.tec, é gerida pela Fundação Comunitária
de Ensino Superior de Itabira, FUNCESI, que
garante um apoio regular e sistemático aos préincubados
e incubados, assistindo seus empreendimentos
para a obtenção dos resultados empresariais
almejados.
A infra-estrutura do Programa de Incubação
de Empresas é composta de salas individuais
com uma dimensão de cerca de vinte metros
quadrados, dotadas de serviços e infra-estrutura
completa, associados ao compartilhamento
dos serviços de uso comum tais como recepção,
sala de reuniões, auditório, biblioteca,
secretaria, restaurante, limpeza, depósito,
segurança, áreas de lazer, espaços naturais
dentre outros, disponibilizados pelo Parque
Tecnológico.

É importante destacar que, na fase de incubação,
a empresa se constitui legalmente, recebe
apoio técnico e empresarial, participa de cursos,
palestras e eventos empresariais como feiras e
rodadas de negócios nacionais e internacionais e
recebe incentivo comercial, assessoria para a sua
divulgação e outros tipos de apoio oferecidos pela
Incubadora.
Ao final do processo de incubação, a empresa
gradua-se e se torna associada, o que lhe permite
continuar participando do ambiente de sinergias
e de fertilidade do Parque, naturalmente transferindo-se
para outro setor e liberando o seu espaço
para uma outra recém entrante que percorrerá
a mesma trajetória.
A FUNCESI, como responsável pela gestão do
Programa de Pré-incubação do i.tec, provê o seu
apoio e orientação aos empreendedores que precisam
promover um desenvolvimento que transforme
suas idéias inovadoras ou projetos de criação
em negócios ou embriões de empresas de
base tecnológica. Em função do estágio da idéia
ou projeto, têm de passar por um desenvolvimento
que constitua o seu amadurecimento e as
leve a uma consolidação em termos da adequação
e aceitação da solução tecnológica quanto à
sua viabilidade e a sua aceitação de mercado.
Esse Programa destina-se, portanto, a empreendedores
que precisam de um período e de um
espaço físico adequado e específico, com orientação
e apoio de especialistas e professores qualificados,
bem como de uma infra-estrutura de
serviços oferecidos pela Incubadora e Pré-incubadora
de Empresas. Especificamente, o seu objetivo
consiste em desenvolver protótipos e o
plano de negócio, preferencialmente de inovação
tecnológica, oriundas da comunidade.
A Pré-Incubadora transforma idéias em projetos
e fomenta a criação de empresas que tendem
a vir a se instalar na Incubadora.
A infra-estrutura do Programa de Pré-incubação
de Empresas é composta de quinze módulos
de trabalho — espaço contíguo de até dois metros
lineares de bancada - separados por meia
divisória e mesa para trabalhos compartilhados
central, de uso comum, trabalhando em três turnos
com dois profissionais por projeto ou em-
preendimento, dotados de computadores e seus
serviços associados, além , naturalmente, dos
demais serviços e infra-estrutura disponibilizados
pelo Parque Tecnológico de Itabira.
As empresas e pessoas físicas a serem admitidas
pela Incubadora e Pré-incubadora de Empresas
do i.tec serão escolhidas por meio de chamada
pública ou induzida, que antecede um processo
de seleção com critérios previamente estabelecidos
e divulgados.
Os empreendimentos para a pré-incubação e
incubação deverão se deter nos domínios tecnológicos
preferenciais do i.tec, compreendendo a
tecnologia da informação — ênfases em automação,
manufatura computadorizada, software,
instrumentação – tecnologias ambientais (controle
e monitoramento, recomposição e recuperação,
tratamento de resíduos e efluentes, instrumentação
e sistemas de gerenciamento e acompanhamento,
reutilização de resíduos, educação
ambiental), biotecnologia (inclui a produção de
medicamentos e produtos naturais e fitoterápicos),
metal-mecânica, logística e materiais (inclui
a nanotecnologia) e tecnologias culturais
(gemas e jóias, editoração digital e gráfica, artes
e artesanato, etc), bem como outras tecnologias
de ponta e emergentes.
Incubator and Pre-incubator
A company incubator is destined to support
enterprising, provide infrastructure and
develop appropriate and shared conditions
in cooperation with technical-scientific orientation.
A Pre-incubator will transform ideas into
projects and work with the creation of companies
that can become installed in the Incubator
or in other local areas. The enterprises
destined for the pre-incubation and incubation
processes should preferentially be in the
field of computer technology.
17

18
Parques Tecnológicos e o
apoio do Governo Federal
Eduardo Campos
Ministro da Ciência e Tecnologia
O apoio aos parques tecnológicos está fundamentado
na relevância que apresentam como
mecanismo de transferência tecnológica das universidades
e centros de pesquisas para as empresas,
efetivando a inovação tecnológica e favorecendo
o desenvolvimento econômico, social, científico
e tecnológico em nível local e regional.
Por estarem vinculados a instituições de pesquisas,
são, geralmente, ambientes atraentes para
a instalação de empresas interessadas em utilizar
sua infra-estrutura para a realização de atividades
de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
Esses empreendimentos abrigam empresas graduadas
em incubadoras ou mesmo médias e grandes
empresas tecnológicas.
A Lei de Inovação, sancionada no dia 2 de
dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, é um instrumento essencial ao fortalecimento
dos parques tecnológicos e incubadoras:
permite que o setor produtivo compartilhe da
imensa gama de conhecimentos existentes nas
universidades e centros de pesquisa, agregando
valor à produção nacional, com reflexos no desempenho
no mercado externo e melhor oferta
de produtos para o consumidor brasileiro.
O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
apóia esses empreendimentos por meio de editais
periódicos, lançados por sua agência de fomento,
a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep),
no âmbito do Programa Nacional de Apoio
às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos
(PNI). Este programa tem como um de seus
objetivos específicos fomentar o surgimento e a
consolidação de parques tecnológicos, enquan-
Ministro Eduardo Campos
to espaço preferencial para a instalação das empresas
que se graduam nas incubadoras, dando
continuidade à trajetória natural de todo o processo
de incubação, desde a pré-incubação até a
pós-incubação.
Para a promoção das pequenas e médias empresas
de base tecnológica, o MCT está efetivando
o Projeto Inovar. Trata-se de ação desenvolvida
pela Finep, por meio de instrumentos de financiamento,
especialmente de capital de risco.
O desenvolvimento das PMEs de base tecnológica
depende de um ambiente tecnologicamente
ativo, com grande disponibilidade de recursos
técnicos e humanos, e que apresente espaços para
a iniciativa empresarial, favoreça o espírito empreendedor
e gere sinergias para o estabelecimento
de novas empresas. Por outro lado, é também

necessário um sistema de financiamento que atue
para estimular o crescimento das empresas de
pequeno porte.
O Projeto Inovar surgiu da percepção de que
as empresas de pequeno e médio porte, estruturadas
no conceito da inovação tecnológica e que
se constituem “clientes-base-Finep”, não encontram,
no sistema de crédito tradicional, mecanismos
adequados para se financiar. Nesse sentido,
o capital de risco representa um dos instrumentos
mais adequados. Portanto, uma das principais
ações do Projeto é estimular a formação
de fundos de capital de risco para financiamento
dessas empresas.
Com recursos dos Fundos Setoriais de C&T, o
MCT disponibilizou, em 2004, dentro do PNI,
recursos globais da ordem de R$ 9,650 milhões.
Foram destinados R$ 4 milhões para aplicação
em 2004 e mais R$ 5,650 milhões em 2005/
2006, envolvendo despesas de custeio/capital e
concessão de bolsas de fomento tecnológico, que
serão implementadas pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), também uma forma de fomento do
MCT.
Os recursos servirão para apoiar projetos que
visem à melhoria dos serviços operacionais prestados
às empresas incubadas no âmbito das Redes
Estaduais ou Regionais de Incubadoras; ações
e programas de capacitação de empreendedores
oriundos de empresas incubadas, graduadas,
associadas e em fase de pré-incubação; e
a realização de Estudos de Viabilidade Técnica
e Econômica (EVTEs) para identificação de
oportunidades de negócios, resultantes de projetos
de pesquisa.
Especificamente para Parques Tecnológicos,
o MCT lançou, em 2004, um edital de R$ 4
milhões, que resultou no apoio a 11 instituições,
nas diversas regiões do país. Para 2005,
estamos pleiteando recursos da ordem de R$
10 milhões, provenientes das ações transversais
dos fundos setoriais de ciência e tecnologia. Tais
recursos, somados à contrapartida das prefeituras
e associações empresariais, bem como de
outros parceiros, como o BNDES, Sebrae e governos
estaduais, servirão para consolidar os parques
já existentes e apoiar o desenvolvimento
Itabira Tech Park
Technological parks are linked to universities and
therefore attractive to organisations which are interested
to use this environment to favour their research and
development projects. The funds provided by the Science
and Technology Ministry were in 2004 of the order
of 9.650 Millions, of which a sum of 5.650 Millions
in 2005/2006 will be directed towards to sponsor capital
expenses, technological scholarships formalised by
the CNPq, which is also a source of the MCT fund.
This resources support projects destined to develop operational
services to incubators installed inside a technological
park, to enable pre-incubator people to their projects
and to study the economical viability of technological
products.
Next year the total sum will be of approximately 10
Millions and this sources allied to the City Hall counterparts
and other partnerships like BNDES, SEBRAE and
State Governments, will consolidate the already existing
Technological Parks and will give support the ones
in development, which are displaying economical and
technical viability.
Dr. Eduardo Campos
Science and Technology Ministry
daqueles que têm demonstrado viabilidade técnica
e econômica.
O orçamento do MCT previsto para 2005 é
de R$ 2,6 bilhões, além das emendas parlamentares.
Considerada estratégica para a retomada
do desenvolvimento, a área de ciência, tecnologia
e inovação deverá receber investimentos totais
do governo federal da ordem de R$ 37,6 bilhões
no período 2004/2007, percentual 54%
maior que no período 2000/2003. Tais valores vão
nos ajudar a dobrar, nos próximos anos, o investimento
nacional em P, D & I dos atuais 1% do
Produto Interno Bruto para 2% do PIB. Nesse novo
paradigma, que nos coloca ao lado das nações que
mais investem em inovação tecnológica, certamente
os parques tecnológicos e as incubadoras de empresas
cumprirão papel decisivo.
19

20
Inovação tecnológica no
parque industrial mineiro
Bilac Pinto
Secretário Estadual de Ciência
Tecnologia e Ensino Superior
O governo do Estado de Minas, preocupado
com a atualização do parque industrial mineiro,
criou o Programa de Inovação Tecnológica,
cujo objetivo é aliar a base do conhecimento das
instituições de ensino e pesquisa do Estado com
o setor empresarial, a fim de promover o desenvolvimento
sustentado, que aproveite as vantagens
comparativas regionais e a capacidade inovadora
local, promovendo a indução ao desenvolvimento
tecnológico regional adaptado ao
ambiente competitivo global.
São estratégias do Programa: estimular e apoiar
a criação e o desenvolvimento de empresas
inovadoras através do projeto de Incubadoras de
Empresas e promover a articulação com o Banco
de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG),
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), apoiando
a Rede Mineira de Inovação (RMI), para fazer
com que Minas Gerais tenha posição de destaque
no cenário nacional.
A Sectes apóia as micro e pequenas empresas
de base tecnológica induzindo e apoiando a implantação
de parques tecnológicos, pólos e tecnópolis:
Programa Proparque.
Através da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a Secretaria
conseguiu financiamento para os estudos de
viabilidade dos projetos.
No início do ano que vem, a Fapemig vai lan-
Paulo Márcio
Secretário Bilac Pinto
çar o edital para bolsas de gestão para implantação
de parques tecnológicos.
Os de Belo Horizonte e Viçosa já se encontram
em processo de implantação.
A Secretaria busca a transferência de tecnologia
através do programa de Incubadoras de cooperativas.
O Programa de Inovação Tecnológica
da Sectes dá apoio através de programas especiais,
como o de Gemas e Jóias, Programas
Estruturadores do Governo que contemplam
ações de inovação tecnológicas nos arranjos produtivos
locais.
A Secretaria aportou recursos de viabilidade
técnica e econômica para parques tecnológicos,
inclusive o de Itabira, no valor de até 160 mil
reais; além disso, o órgão conseguiu com o
BDMG, através da Fundese-Base Tecnológica,
financiamento especial para empresas que se
instalarem nos parques.

Em novembro último, através da Lei 15.398, o
governo estadual instituiu a Política Mineira de
Incentivo à Incubação de Empresas e Cooperativas
com o objetivo de gerar trabalho e renda; criar e
consolidar uma cultura empreendedora e cooperativista;
aumentar a competitividade da economia
mineira por meio de incorporação de inovações
tecnológicas; promover o desenvolvimento regional
através da implantação de empresas e cooperativas
voltadas para as atividades econômicas da
região, oferecendo aos empreendedores uma formação
complementar de cunho técnico e gerencial,
a fim de fomentar a cooperação entre instituições
de pesquisa e empresários, consolidando vínculos
de transferência de tecnologia, além de
estimular a produção intelectual sobre a criação
de empresas e cooperativas mediante a promoção
de estudos, pesquisas e seminários.
O governo mineiro, através da Sectes, vai apoiar
a implantação de incubadoras de empresas e
cooperativas por meio da adoção de incentivos à
formação de redes entre os diversos agentes, do
estabelecimento e da adequação de infra-estrutura
voltada para a produção e para a difusão de
novas tecnologias, da articulação intra-setorial e
intersetorial entre os diversos agentes governamentais,
universidades, centros de pesquisa e instituições
do setor privado, visando ao desenvolvimento
regional, com base em novas tecnologias.
A participação do sistema educacional de nível
superior e profissionalizante é fundamental neste
processo. A produção do conhecimento aplicado
em grande parte e não com exclusividade é feita
nas instituições de ensino superior que se dedicam
ao desenvolvimento da pesquisa.
Neste sentido, a participação das universidades
nos projetos é indispensável, tendo em vista
o processo de criação e inovação tecnológica.
Isto poderá significar uma abertura do sistema
educacional de nível superior, enquanto produtor
de conhecimento, para se abrir ao mundo
empresarial.
O desenvolvimento da produção de base científicas
nos Parques Tecnológicos mineiros far-se-á com a
participação efetiva das universidades.
Convém dizer ainda que o Programa de Inovação
Tecnológica no Parque Industrial Mineiro
Technological innovation
at the Industrial Parks
The law N° 15.398 on Incubator was created by the
State Government to raise the number of work places,
consolidate the co-operative and innovative culture, to stimulate
economic and social development, to perform the
transfer of technology, to induce investment inflows and
turn to best account the human resources in the area. The
State Government granted in 2004 a total of 160.000,00
for studying the business plan technical viability of each
pre incubator, incubator, small, medium size and big corporations
interested in installing their activities inside a
technological park, including the one in Itabira. Development
programs for infrastructure, investment and equipment
providing granted by the central and local public
administration, private companies and foreign financial assistance
are of main importance to assure the investment.
Dr. Bilac Pinto
Science and Technology
Secretary of the State of Minas Gerais
busca aliar a base do conhecimento das instituições
de ensino e pesquisa do Estado com o setor
empresarial, conforme o governador Aécio Neves
vem preconizando, para que juntos possamos
promover um desenvolvimento econômico
sustentado, que aproveite as vantagens comparativas
regionais e a capacidade inovadora local,
integrando-as ao mercado global.
Finalmente, ressalto que iniciativas empreendedoras,
como a do Prefeito Ronaldo Magalhães,
do secretário de desenvolvimento Cácio Guerra
e toda a equipe da Prefeitura, mostram que o
caminho do desenvolvimento passa pela inovação
tecnológica. O Parque Tecnológico de Itabira
cria novas alternativas para o crescimento da
cidade. É um projeto que estará sempre em construção,
trazendo maior capacidade acadêmica,
integrada com o setor produtivo, valorizando
sempre as vantagens competitivas regionais. Esta
construção, com o apoio do prefeito eleito João
Izael e do Governo do Estado de Minas, potencializa
Itabira como peça importante para tornar
Minas Gerais o melhor estado para se viver.
21

Mais uma peça na engrenagem
João Izael Querino Coelho
Vice-Prefeito e Prefeito Eleito
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Itabira teve a fase do ouro, vive a fase do minério
de ferro e da educação e se prepara para a
fase da tecnologia. Vejo com bons olhos a implantação
do Parque Tecnológico e lembro-me
de uma frase-preocupação dita amiúde por todos
na cidade: Itabira precisa diversificar sua economia
para não depender da Companhia Vale
do Rio Doce. Quantos planos, reuniões, encontros
diversos, discursos e palanques foram feitos
com esse tema?
Era preocupação permanente. Ainda não foi
superada de todo, é preciso dizer com clareza,
mas convenhamos: os esforços para tirar Itabira
do trilho único da mineração estão surtindo efeito.
Vejamos a educação, por exemplo, com duas
escolas de ensino superior e diversos cursos, que
Tecnologia e conhecimento
Cácio Duarte Guerra
Secretário Mun. de Desenvolvimento
Econômico e Turismo
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Assim que Ronaldo Magalhães e João Izael
Querino Coelho assumiram o governo municipal,
houve uma determinação para que Itabira
trabalhasse com afinco para criar empregos e renda
com sustentabilidade.
Assim, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Econômico e Turismo desenvolveu o projeto
de transformação de Itabira em uma economia
construída sobre a tecnologia, ou seja, em
um pólo tecnológico.
Os trabalhos com esse objetivo foram desenvolvidos
e o resultado é que Itabira terá em funcionamento
o primeiro Parque Tecnológico de
Minas Gerais dos tempos modernos.
Trata-se de um projeto ousado, com prazo de
12 a 15 anos. A idéia é, que com a consolida-
○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
atraem alunos de outras praças. Olhe em redor
da cidade e verá investimentos em restaurantes,
avenidas, livrarias, bares e lojas — o melhor termômetro
de nossa economia é o comércio. Itabira
hoje aposta no otimismo.
O Parque Tecnológico é mais um item favorável.
Que tenha uma administração competente,
que crie empregos e renda, que saiba gerir com
ética o conhecimento e que seja mais uma peça
na engrenagem do desenvolvimento desta cidade.
A good administration, an increase of jobs and profits,
a good knowledge and ethics management and
another piece in the gear,which is responsible for the
development of this city.
João Izael Querino Coelho
Itabira City Council vice Major and elected 2005 Major
ção, o Parque Tecnológico represente para economia
itabirana os mesmos ganhos proporcionados
pela Companhia Vale do Rio Doce. Futuramente,
teremos em Itabira a recuperação sonhada
há mais de 30 anos.
O futuro econômico de Itabira, tenho certeza,
passa pela tecnologia e pelo conhecimento, somados
ao turismo, à educação e outros setores.
The Municipal administration presented during the
Ronaldo Magalhães and João Izael Querino Coelho government
a 12 to 15 years project which will transform
Itabira in to a technological centre.
The Itabira economic future will come towards technology
and knowledge added to tourism, education and other
sectors. The Technological Park is an audacious project,
which will represent additional jobs and income stability.
Cácio Duarte Guerra
Economic Development and Tourism Municipal Minister
23 25

24
Relação
trisetorial
Júlio Tércio de Alvarenga
Médico e presidente da Funcesi
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
A implantação do Parque Tecnológico é um
empreendimento estratégico para Itabira à medida
que poderá gerar investimentos externos
e desenvolver as condições necessárias para o
desenvolvimento sustentável. Essa é a opinião
do médico e presidente da Funcesi, Júlio Tércio
de Alvarenga, para quem o funcionamento
do Parque Tecnológico deve ser o resultado
de uma relação trisetorial — empresa privada,
poder público e sociedade organizada. “Ou
seja, no seu Conselho de Administração, é
fundamental a presença de representantes dos
três setores. Defendo a implantação de uma
Diretoria Executiva, com atribuições claras,
que imprima um dinamismo gerador de resul-
São empreendimentos provenientes de iniciativas
governamentais e /ou públicas fortemente
dependentes dos Centros Universitários, focados
em idéias científicas, inovadoras e de alta tecnologia.
Abrigam atividades de pesquisas e desenvolvimento,
utilizando fontes materiais, humanas e
naturais, da região.
○ ○ ○ ○ ○ ○
tados positivos para o desenvolvimento do próprio
parque.”
O bom funcionamento deverá levar em consideração
alguns aspectos basilares, enumera Júlio
Tércio: primeiro, é fundamental que o poder
público incentive e invista no desenvolvimento
tecnológico do município; segundo, o planejamento
de ocupação e expansão das atividades
constitui-se em fator de credibilidade e atratividade
para que as empresas nele se instalem; terceiro,
a administração deve ser conduzida por
atores competentes e capazes de garantir sua perenidade.
“O parque não pode ficar vulnerável a
interferências políticas”, salienta.
The Itabira’s proposal to make investments in
technology reveals a great vision of future, a comprehension
of it’s important part in the regional
economy. Besides that, plots the city in the economical
world map, as it opens real possibilities
of national and international business.
Dr. Júlio Tércio de Alvarenga – Funcesi Chairman
Parques Científicos e Tecnológicos
Dra. Sebastiana Bragança Lana
Diretora-Executiva do i.tec
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○
Technological and Scientific Parks:
Strong dependence on universities centres,
focussed on innovation and start ups,
Governmental and public initiative, high
tech innovative science.
Research and/or technological development
activities are performed by using the
human and material potential available in
the region.
Dra. Sebastiana Luiza Bragança Lana
i.tec - Executive Director

Tecnologia, base para uma
indústria forte e competitiva
Robson Andrade
Presidente da Fiemg
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
A Federação das Indústrias do Estado de Minas
Gerais (Fiemg) recebe com entusiasmo o início
das operações produtivas do Parque Tecnológico
de Itabira, por entender a sua importância
para o desenvolvimento da indústria mineira,
reafirmando a sua intenção e disposição de apoiar
essa iniciativa e dela participar ativamente.
Berço de uma das maiores empresas do mundo,
a CVRD, Itabira demonstra, com a criação
de seu Parque Tecnológico, o compromisso com
o desenvolvimento sustentado e com a inovação
e o desenvolvimento tecnológico como instrumentos
indispensáveis à construção de um setor
produtivo moderno, forte e habilitado a competir,
por intermédio de suas empresas, nos principais
e mais exigentes mercados do mundo.
A Fiemg sente-se honrada em participar desta
revista, cujo objetivo é acompanhar as atividades
do Parque Tecnológico de Itabira, de forma
a funcionar como veículo de disseminação e
multiplicação de experiências bem-sucedidas que
possam servir de exemplo para empreendedores
de MG e do Brasil.
Queremos acompanhar e participar das atividades
do Parque Tecnológico de Itabira, uma vez
que os princípios que nortearam sua criação são
os mesmos que nos estimulam a direcionar as
atividades das instituições que integram o Sistema
Fiemg para a educação profissional e o desenvolvimento
tecnológico. É nesta direção que
atuam o Senai de Minas Gerais, a maior rede de
ensino profissional do Estado, e também o Instituto
Euvaldo Lodi (IEL).
○ ○ ○ ○ ○ ○
Num mundo de economia sem fronteiras, totalmente
globalizada, caracterizada pela competitividade
crescente, a busca da inovação e o
desenvolvimento tecnológico são fatores vitais
para assegurar às empresas condições de competitividade
que lhes garantam espaço no mercado
e sucesso em suas operações. A realidade da economia
mineira, sobretudo de sua indústria, mostra
claramente essa realidade, em especial no que
refere à participação nos grandes mercados mundiais.
Iniciativas do porte do Parque Tecnológico de
Itabira devem ser saudadas com entusiasmo, pelo
que representam para a economia mineira. Decorre
desta realidade, portanto, a disposição da
Fiemg em trabalhar com o governo do Estado na
implementação de políticas, programas e projetos
de desenvolvimento tecnológico, em apoio
às diretrizes do governador Aécio Neves e da
Secretaria de Ciência e Tecnológica.
Technology; base for strong and
competitive industry
The Federation of the Industries of the State of
Minas Gerais – FIEMG, welcome with enthusiasm
at the beginning of the Itabira Tech Park productive
operations. FIEMG understands that the
development of the industry, particularly from the
state of Minas Gerais is of main importance, confirming
the objective and the disposition of supporting
this programme and taking part actively
of this enterprise.
Robson Braga de Andrade - FIEMG - Chairman
27 25

26 28
Fapemig - a instituição de
fomento de Minas Gerais
José Geraldo de
Freitas Drumond
Presidente da Fapemig
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Parques Tecnológicos constituem programa
prioritário da política de desenvolvimento científico
e tecnológico do governo de Minas Gerais,
adotado pelo Conselho Estadual de Ciência
e Tecnologia (Conecit). A Fapemig, como parte
integrante do governo do Estado, na qualidade
de agência financiadora de ciência, tecnologia e
inovação, participa desse esforço financiando os
projetos de parques tecnológicos que mereceram
a devida aprovação de mérito nos seus comitês e
comissões de consultores. A Fapemig já financiou
(parcial ou totalmente) projetos de implantação
de parques tecnológicos em Belo Horizon-
Technical Scientific
Magazine Fapemig
Technological Parks makes up an important part of the
politics of the scientific and technological development
of the Minas Gerais Government, adopted by the State
Council of Science and Technology. FAPEMIG (Research
Support Foundation of Minas Gerais) finances the Technological
Parks approved projects and supports the funding
of incubation of companies through scholarships for
students and researchers. Through this program of development
leading to progress, richness and a better quality
of life, governor Aécio Neves has set out to transform
Minas in the best State to live, in a short time.
José Geraldo de Freitas Drumond - FAPEMIG President
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te, Montes Claros, Itajubá, Viçosa, Juiz de Fora,
Betim e Itabira. Além disso, apóia a instalação
de incubadoras de empresa por meio de
bolsas.Os recursos financeiros provêm do próprio
orçamento da Fapemig.
A Fapemig tem a missão constitucional de fomentar
a ciência, tecnologia e inovação mineiras,
por meio de financiamento de projetos de
pesquisa, bolsas de formação de pesquisadores,
estímulos para fixação de pesquisadores na indústria,
e ao desenvolvimento da propriedade intelectual,
por meio de seu escritório de apoio ao
registro de patentes. A cada dois anos realizamos
uma mostra das pesquisas financiadas por
nossa instituição e colocadas à disposição da indústria
e do comércio. Por outro lado, incentivamos
a criação de incubadoras de empresa de base
tecnológica, com apoio a bolsas para estudantes
e pesquisadores.
A Fapemig foi a primeira das Fundações de
Amparo à Pesquisa (FAPs) brasileiras a criar
um programa específico para o desenvolvimento
científico-tecnológico, há cerca de três anos,
com o Promitec, em convênio com a Financiadora
de Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia
(Finep) e o BDMG.
No ano passado, lançamos um edital específico
para o setor — o Pappe — no valor de 12
milhões de reais e já estamos na fase final de
seleção dos projetos enviados pelas empresas.
Esse é o caminho, se quisermos desenvolvimento,
progresso, riqueza e qualidade de vida.
Esse é o caminho que o governador Aécio
Neves delineou para transformar Minas Gerais
no melhor Estado para viver, em pouco tempo.
E a Fapemig é um dos instrumentos governamentais
para essa grande transformação, já iniciada
em Minas Gerais.

O Sebrae e os empreendimentos
de base tecnológica
Mara Veit
Gerente de Atendimento e
Tecnologia do Sebrae-MG
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O Sebrae de Minas Gerais possui diversas metodologias
e ferramentas tecnológicas para as micro
e pequenas empresas e empreendedores e tem
trabalhado fortemente nos empreendimentos de
base tecnológica através de consultorias tecnológicas,
clínicas tecnológicas, ações de design e
fomento e desenvolvimento de incubadoras. As
empresas inseridas nos parques tecnológicos têm
atividades voltadas para inovação tecnológica e,
portanto, com elevada atividade em P&D, necessitando
dessas ferramentas e soluções para o
desenvolvimento do seu empreendimento.
Muitos empreendedores e empresas em fase
inicial, principalmente as de base tecnológica,
têm projetos de implementação ou aperfeiçoamento
de determinadas atividades econômicas,
que necessitam de apoio na concepção e estruturação
dos mesmos, sempre com o foco voltado
para a permanência ou amplitude do mercado
no qual estão inseridas.
Analisando essas demandas, o Sebrae tem desenvolvido
projetos que podem contribuir de
forma significativa como as consultorias tecnológicas,
realizadas através do Sebraetec, com o
objetivo de tornar disponível os conhecimentos
existentes no meio acadêmico e nas entidades
tecnológicas à disposição das empresas.
Para projetos de caráter inovador, é possível o
aporte de recursos para a elaboração de estudos
de viabilidade técnica e econômica e para a execução
dos projetos pré-determinados, como de
prototipagem, produção piloto e ferramental, em
que é possível subsidiar parte do investimento.
Nos últimos dois anos, o Sebrae-MG investiu
aproximadamente 13 milhões de reais em con-
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sultoria tecnológica para empresas que se encontram
inseridas, principalmente, em setores e arranjos
produtivos locais.
O Programa Sebrae de Incubadoras é o que
mais apóia o seu desenvolvimento no país, representando,
hoje, 283 em todo o Brasil, e conseqüentemente
essa iniciativa beneficia os parques
tecnológicos, uma vez que a incubadora é
uma de suas partes integrantes mais importante.
O Sebrae, desde 1998, investiu mais de cinco
milhões de reais nesta linha de promoção em
Minas Gerais, além de desenvolver outras ações
importantes, como: o Edital MG 01/204, o primeiro
em ambiente estadual destinado a incubadoras
em operação, contemplando 23 incubadoras
no Estado.
Destacamos também, no segmento do design, o
Programa Via Design, que tem como objetivo elevar
a competitividade no mercado nacional e promover
as exportações por meio do benefício do design como
valor agregado em produtos e serviços.
Nosso maior objetivo é contribuir para fortalecer
os pequenos empreendimentos e estimular
o espírito empreendedor, para que o Estado de
Minas Gerais cresça economicamente.
SEBRAE MG has several methodologies and technological
tools to assist micro and small businesses and
entrepreneurs and has worked extensively with enterprises
in the technological field. With the SEBRAE incubators
program, SEBRAE is the institution which most
supports small business development in Brazil and
consequently, the initiative of the technological parks.
Our main objective is to strengthen small enterprises
and stimulate the enterprising spirit in order to help
the state of Minas Gerais grows economically.
Mara Veit
Manager of Attendance and Technology of Sebrae MG
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IEL: o seu papel e
a sua contribuição
Heloisa Menezes
Superintendente do IEL
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O IEL/MG vem atuando em alguns projetos
de Parques Tecnológicos existentes em Minas
Gerais, seja diretamente — como no Parque Tecnológico
de Belo Horizonte, no qual integra o
Comitê Gestor — ou indiretamente. Tal atuação
está em consonância com o trabalho que a Fiemg
e o IEL já vêm realizando no Estado para o aumento
da competitividade da indústria e, conseqüentemente,
desenvolvimento econômico. Este trabalho
remonta há anos, quando, por exemplo,
em 1995, o IEL foi uma das entidades responsáveis
pelo início do movimento das incubadoras
do Estado, sendo um dos fundadores da Rede
Mineira de Incubadoras.
Incubadoras foram implantadas nas diversas regiões
de Minas e hoje contabilizamos ótimos resultados,
como a escolha, pelo terceiro ano consecutivo,
de uma incubadora mineira, a Biominas,
como a melhor do país, eleita pela Anprotec.
In 1995 the IEL, the Euvaldo Lodi Institute, was responsible
for the creation of the incubator movement
and was the creator of the RMI – “Rede Mineira de
Incubadoras”. The IEL Institute considers the business
man not a solicitor, but a partner. It is established a
bilateral relationship in which co-operative work is performed.
Together the share the results. The IEL focus the
promotion of the innovation and the development of
the state industry.
Heloisa Menezes - IEL - Superintendent
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A teoria já previu o que a prática vem comprovando:
o Arranjo Produtivo Local (APL) é um
eficiente potencializador do desenvolvimento
Regional. Minas Gerais vem se tornando referência
no assunto com os resultados já contabilizados
nos diversos APL’s com os quais o IEL
atua. São inúmeros os benefícios que as empresas
inseridas nos APL’s encontram. Para citar alguns
deles, estão o aumento do poder de negociação,
com conseqüente redução de custos, a cooperação
facilitando o desenvolvimento de novos
modelos e processos, bem como a criação e barateamento
de campanhas de marketing e distribuição
dos produtos nos mercados interno e externo.
Os modelos APL e Parque Tecnológico compartilham
similaridades interessantes. Algumas
delas: concentração geográfica das empresas,
cooperação e interação entre as organizações
participantes, superação de gargalos comuns,
combinação de competição e colaboração levando
a melhorias constantes e, acima de
tudo, o objetivo comum de desenvolvimento
regional. No caso dos Parques, a questão da
inovação tecnológica é mais acentuada, inclusive
pelo perfil das empresas nele a serem instaladas.
Os APLs podem ser mais inovadores
quanto maior é a existência de locus inovadores,
como os parques tecnológicos e incubadoras de
empresas e sua relação com as empresas e demais
instituições do APL.
Fazendo um paralelo, resguardando-se as similaridades
e peculiaridades dos dois, podemos
considerar que os benefícios já citados dos APL’s
poderão ser também das empresas dos Parques.
O IEL possui vários programas e soluções para
o empresário, como: Estágio Empresarial, Rede de
Tecnologia (Retec - www.mg.retec.org.br), Estudos
e Projetos Setoriais, Prospecção de Fontes de
Financiamento, Elaboração de Projetos de Inovação
Tecnológica, Rede Metrológica, além de Soluções
em Qualidade para a Gestão Empresarial.

Gênesis Automação e Serviços Ltda.
ATIVIDADE: Desenvolvimento de projetos de engenharia
elétrica e integração de sistemas de automação
industrial e comercial.
PROPRIETÁRIOS: Emílio Silva Pinto
CONTATO: emilio@genesis.eng.br
Tel: (31) 3835-1243/9967-3197
Núcleo Diagnóstico Produtos
Especializados Ltda.
ATIVIDADE: Fabricação de produtos de biotecnologia
dirigidos ao diagnóstico humano de grande importância
clínica. Indústria, comércio, importação e
exportação.
PROPRIETÁRIOS: Geraldo Célio Fontes Lopes
Antônio Medeiros de Faria
CONTATO: nucleo@invitro.com.br - Tel: 3834-6300
TOUCH HPC
Empresas do i.tec
ATIVIDADE: Elaboração, aprimoramento e desenvolvimentos
de projetos e equipamentos na área de
super-computação.
PRODUTO: Cluster de Computadores Touch HPC
PROPRIETÁRIOS: Fábio Márcio Alves
CONTATO: fabio@touchhpc.com.br - Tel: 3421-5941
O desenvolvimento em tecnologia e a introdução de
novos produtos no mercado nacional possibilitarão a expansão
e o reconhecimento da região como referência
tecnológica.
Daniela Eugênia Silva Lopes
The technological development and the emergence
of new products in the national market will enable the
expansion and recognition of Itabira as a reference knowledge
centre.
Daniela Lopes – Phytotec and Naitres Chairwomen
Espero que o projeto se consolide e atraia capital intelectual
de alto nível, possibilitando o desenvolvimento de novas
tecnologias e colocando Itabira como cidade de vanguarda.
Antônio Medeiros de Faria
Diretor Comercial da In Vitro Diagnóstica
I hope that this project brings into Itabira high levels
of intellectual capital, allowing new technological ideas
and placing this city at the highest level of knowledge.
Antônio Medeiros de Faria
Business Director of the In-Vitro diagnóstica
Estou certo de que serão criados novos laços entre comunidade,
instituições de ensino e empresas, pois a principal
função do Parque é, sem dúvida, promover o desenvolvimento
tecnológico, econômico e social da região.
Fábio Márcio Alves
I am sure that this project will bring new links among
the community, research institutes, and companies, because
the main purpose of a tech Park is, without doubt,
to promote the technological, economic and social
development of a region.
Fábio Márcio Alves –Touch HPC Chairman
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APOLO ENERGIA ALTERNATIVA
ATIVIDADE: Produção tecnológica através do uso
de energia solar.
PRODUTO: Concentrador solar
parabólico; fogão solar.
PROPRIETÁRIOS: Flávio Calixto
Xavier - Priscilla Silva Ferreira Xavier
CONTATO: fcalixtoxavier@yahoo.com.br
Tel: 3842-6652 / 3842-5170
Vila Rica Pesquisa e
Desenvolvimento Ltda
ATIVIDADE: Elaboração de projetos de habitação sustentável
utilizando materiais alternativos e sustentáveis.
PRODUTO: Eco casas populares
PROPRIETÁRIOS: Kioshi Márcio
Kaneko - Irineu Gomes de Faria Júnior
CONTATO: kioshi.kaneko@cvrd.com.br
kmkaneko@feop.com.br - Tel:3839-4207 / 9612-8010
PETRA GEOLOGIA E MINERAÇÃO LTDA
ATIVIDADE: Pesquisa e desenvolvimento de produtos
e processos a partir de matérias-primas da região
(rejeitos industrias, estéreis, argilominerais).
PRODUTO: Cerâmicas e polímeros
PROPRIETÁRIOS: Flávio de Castro
Dutra - Cláudio Fabián Rosas
CONTATO: petramg@terra.com.br
rosascf@terra.com.br - Tel: 3831-5086 / 9144-3326
NAITRES LTDA.
ATIVIDADE: Indústria de cosméticos.
PRODUTO: Fitocosméticos (shampoo, creme, condicionador
e outros)
PROPRIETÁRIOS: Daniela
Eugênia da Silva Lopes -
Maria Naitres Silva - Ramon Silva Leite
CONTATO: danieugenia@ig.com.br -
Tel: 3834-1824 / 9956-1457
Nota-se por estatísticas que a taxa de mortalidade de
empresas criadas neste meio é muito menor que em outros,
o que, por si só, já é um fator que alavanca os investimentos
dos empreendedores e entidades de apoio ao desenvolvimento
tecnológico.
Flávio Calixto Xavier
It is statically proved that the survival of a company
is higher when it is installed in a technological park
and this is a factor which attracts investments from different
sources.
Flávio Calixto Xavier – Apolo Solar Energy Chairman
Itabira tem grande potencial de fornecimento de matérias-primas,
profissionais capacitados, infra-estrutura de logística
e, principalmente, vontade política para o engrandecimento
deste negócio.
Kioshi Márcio Kaneko
Itabira has raw material supply great potential, skilled
professionals, logistic infrastructure and of more
importance, political resolution to promote and improve
the Technological Park.
Kioshi Kaneko - Vila Rica e Pesquisa Tecnológica Chairman
Itabira, geograficamente inserida num ponto interessantíssimo,
próxima à capital e com viabilização de escoamento de
produção a baixo custo e com saída para o Atlântico, abre um
leque de oportunidades para o mercado interno e externo.
Cláudio Fabián Rosas
Itabira is located near to the capital of the State and
also near to the Atlantic sea harbour. This is an advantage
because the products can flow to be exported with
lowest cost. This facilities opens the opportunities for
internal and external markets.
Cláudio Fabián Rosas – Petra Geologia – Chairman
Uma das atividades da Naitres é a indústria de cosméticos.
Iremos gerar no início quatro empregos envolvendo os
estudantes de Farmácia de Itabira e aproveitar os ricos recursos
naturais da região.
Daniela Eugênia da Silva Lopes - Chairman
One of the activities of Naitres is the cosmetic industry.
We will create at the beginning four places designed to
students of the pharmacy course of Itabira. We also will
take advantage of the rich natural resource of this region.
Daniela Eugênia da Silva Lopes - Chairman

Empreendimentos programados para
iniciar sua operação em 2005-2006
Dra. Sebastiana Bragança Lana
Diretora Executiva do i.tec
Plataforma de Design
de Gemas e Jóias
Contando com a parceria da Secretaria de Estado
de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior está
em implantação uma Plataforma de Design de
Gemas e Jóias que atuará como um centro de desenvolvimento
de tecnologia e formação e qualificação
de especialistas. A sua atuação prevê a constituição
de um parque de empresas de produção
de jóias, utilizando as pedras e materiais produzidos
no município e região circunvizinha, grande
parte desses hoje considerados como resíduos ou
refugos, tendo no design a sua condição diferencial
de inserção e conquista mercadológica.
Em paralelo, a Funcesi está desenvolvendo um
Instituto de Gemologia, que tratará das diversas
manifestações desse assunto no contexto acadêmico,
o que reforçará e dará sustentabilidade à
implantação do parque produtivo.
A parceria de empresas produtoras locais e regionais
das matérias-primas começa a se estabelecer,
estando programado um mapeamento de
todas as fontes fornecedoras, com a respectiva
caracterização de seus produtos.
Instituto de Medicamentos
Naturais e Fitoterápicos
Phytotec
O Phytotec, que se encontra pronto para a instalação,
tem como objetivo a produção semiindustrial
de toda a linha de medicamentos fitoterápicos
e naturais autorizados pelo Ministério
da Saúde. Constituir-se-á em um núcleo de pesquisa
e desenvolvimento neste campo de atividades,
visando transferir conhecimento para uma
constelação de empreendimentos que subsistirão
em seu entorno.
Em simultaneidade, esse instituto deverá reativar
e estender a cadeia produtiva da fito-cultura,
viabilizando-a em condições sustentáveis não
apenas no município onde já existe há longo tempo,
mas em toda a região.
Assim, esse instituto corresponde a uma das
vertentes da realização do compromisso e inserção
social da geração do conhecimento e
da tecnologia do Parque Tecnológico de Itabira,
oferecendo, de um lado, a oportunidade
de fixação e valorização das populações rurais
através da implantação regular de uma
atividade persistente e rentável, associada ao
conhecimento, e de outro, a produção de medicamentos
e produtos de igual efetividade, a
custos menores, para serem distribuídos nas
UBSs e pelos PSFs a populações de renda mais
baixa, em toda a região.
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Instituto de Tecnologias em
Cerâmicas e Ligas Especiais
Esse instituto detém as tecnologias de produção
de materiais cerâmicos e ligas especiais, cujos
elementos existem em abundância no município
e região — a maior parte deles não é utilizada
ou é refugada. A sua orientação é análoga
ao Phytotec: trata-se de uma unidade de P&D —
tecnologia de produto — e de produção semiindustrial
— tecnologia de processo — voltada
para transferir tecnologia e conhecimento diretamente
ou via incubação para outras empresas
existentes ou a constituir. Na mesma linha da
Plataforma de Design, ele reaproveitará e aproveitará
uma riquíssima disponibilidade de matérias-primas
existentes na região, que não possuem
utilização econômica e social na atualidade,
além de gerar os produtos iniciais de cadeias de
Companies programmed to
start operating in 2005
i.tec counts on the participation of the following companies
through partnerships that will optimize production processes
such as reducing costs and creating employment and
trained specialized labor.
- Gênesis Automação e Serviços Ltda. will develop electronic
products for industrial and commercial automation,
based on customers’ specific needs.
- Núcleo Diagnóstico Produtos Especializados Ltda. will
implant a substantial technological base and know-how of
manufacturing and distribution for the internal and external
market.
- Petra Geologia e Mineração Ltda. will research and develop
ceramic products with new scientific material technologies
using CVRD scrap material.
- Vila Rica Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Ltda.
will develop a project of maintainable popular habitation,
using alternative and recycled materials.
- Apolo Desenvolvimento e Pesquisa de Energia Solar Ltda.,
which has built a parabolic solar concentrator and has developed
a solar stove, is developing new projects.
- Touch HPC develops studies and refines projects for the
creation of supercomputers with lower overall cost.
Two new institutes will be created: Phytotec intends to
make feasible the productive chain of vegetable based material
and therapeutic products in Itabira and a second one
with the aim of establishing a group of inductive actions
for the diversification of industrial and technological modernization
that add value to the products derived from
mineral materials.
agregação de valor a serem verticalizadas, passando
a representar um dos diferenciais brasileiros
para sua inserção no mercado global.
Ao mesmo tempo em que se implanta o instituto,
começam a ser desenvolvidas as empresas satélites,
em incubação, que comporão esse parque de empresas,
que farão uso de suas tecnologias.
Uma delas é a Petra Geologia e Mineração,
empresa jovem que tem como objeto pesquisar
e desenvolver produtos cerâmicos com novas tecnologias
das ciências dos materiais. A empresa
busca ser a pioneira em uma variedade de produtos
cerâmicos em Minas Gerais e retomar a
indústria de pigmentos no Estado devido a abundância
e qualidade das matérias-primas disponíveis
na região. Utilizará para isso rejeitos ou parcela
dos estéreis da CVRD, o que contribuirá
para que o controle ecológico das regiões de lavras
atinja melhoria considerável e sustentável.
De maneira análoga, uma outra empresa, a Vila
Rica Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, está
surgindo da percepção de um grupo de engenheiros,
que pesquisam e principalmente acreditam no
desenvolvimento de uma nova tecnologia voltada
para um produto/projeto de habitação sustentável,
utilizando materiais alternativos e reciclados para
construção de residências populares.
ECO-VIVER
Espaço temático voltado à disseminação do
conhecimento e da tecnologia, inclusive o produzido
no Parque, representando o elemento de
intermediação com a população, principalmente
os jovens, os integrantes de corpos discentes,
os pesquisadores e investigadores. O Eco-Viver
será um parque dentro do Parque e constitui um
conjunto dinâmico e interativo de atrações com
base no conhecimento sobre a ecologia humana,
de modo que os visitantes compartilham e
experienciam o prazer de viver, de aprender e de
se divertir no conhecer e compreender a ciência
através dos recursos e manifestações da tecnologia
e dos jogos humanos que estimulam e desafiam
as pessoas, os grupos, as redes em cooperação.
O Eco-Viver será instalado na Unidade Empresarial
e incorporará a mata nativa, remanescente
da vegetação Atlântica existente, oferecendo
uma combinação de espaços edificados e
naturais como abrigo às atrações a serem oferecidas
aos seus visitantes. Além disto, ele atuará
como plataforma de divulgação e acesso à pesquisa,
disponibilizando sua base de conhecimento
pela internet para públicos-alvo interessados
em desenvolvê-la. Também contará com unidades
móveis e volantes, modelos reduzidos para
serem levadas às unidades educacionais de todas
as regiões.