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Cap 5 - Precipitação - Ticiana Marinho de Carvalho Studart

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1. DEFINIÇÕES<br />

<strong>Precipitação</strong><br />

<strong>Cap</strong>ítulo<br />

5<br />

<strong>Precipitação</strong>: É o processo pelo qual a água volta à terra, pela con<strong>de</strong>nsação do vapor d’água<br />

contido na atmosfera.<br />

Con<strong>de</strong>nsação: É o processo inverso da evaporação. Pela con<strong>de</strong>nsação, o vapor d’água se<br />

transforma em água. Há uma diferença fundamental entre con<strong>de</strong>nsação e precipitação. Pela<br />

con<strong>de</strong>nsação do vapor d’água, formam-se as nuvens e nevoeiros. Somente com a coalescência<br />

<strong>de</strong> várias gotículas <strong>de</strong> uma nuvem ou nevoeiro, que se unem para formar gotas maiores, é que<br />

po<strong>de</strong> ocorrer a precipitação. No processo <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação <strong>de</strong> 1 grama <strong>de</strong> vapor d’água, é<br />

liberada uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor correspon<strong>de</strong>nte a 590 calorias, <strong>de</strong>nominada “calor latente <strong>de</strong><br />

vaporização” (Santos, 1971).<br />

2. FORMAS DE PRECIPITAÇÃO<br />

<strong>Precipitação</strong>, em Hidrologia, é o termo geral dado a todas as formas <strong>de</strong> água <strong>de</strong>positada na superfície<br />

terrestre, tais como chuvisco, chuva, neve, saraiva, granizo, orvalho e geada.<br />

Chuvisco (neblina ou garoa): precipitação muito fina e <strong>de</strong> baixa intensida<strong>de</strong>.<br />

Chuva: gotas <strong>de</strong> água que <strong>de</strong>scem das nuvens para a superfície. É medida em milímetros.<br />

Neve: precipitação em forma <strong>de</strong> cristais <strong>de</strong> gelo que, durante a queda, coalescem formando<br />

flocos <strong>de</strong> dimensões variáveis.<br />

Saraiva: precipitação em forma <strong>de</strong> pequenas pedras <strong>de</strong> gelo arredondadas, com diâmetro <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 5mm.<br />

Granizo: quando as pedras, redondas ou <strong>de</strong> formato irregular, atingem diâmetro superior a<br />

5mm.<br />

Orvalho: objetos expostos ao ar a noite, amanhecem cobertos por gotículas d'água. Isto se<br />

dá <strong>de</strong>vido ao resfriamento noturno, que baixa a temperatura até o ponto <strong>de</strong> orvalho.<br />

Geada: é uma camada, geralmente fina, <strong>de</strong> cristais <strong>de</strong> gelo formada no solo ou na superfície<br />

vegetal. Processo semelhante ao do orvalho, só que temperaturas inferiores a 0° C.<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong>


<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Comumente os termos precipitação e chuva se confun<strong>de</strong>m, uma vez que a neve é incomum no nosso<br />

país, e as outras formas pouco contribuem para a vazão dos rios.<br />

3. FORMAÇÃO E TIPOS DE CHUVA<br />

2.1. Formação<br />

Embora a umida<strong>de</strong> atmosférica seja o elemento indispensável para a ocorrência <strong>de</strong> chuva, ela não<br />

respon<strong>de</strong> sozinha por sua formação, que está intimamente ligada a ascensão das massas <strong>de</strong> ar.<br />

Quando ocorre esse movimento vertical e o ar é transportado para níveis mais altos, seja por<br />

convecção , relevo ou ação frontal das massas, há uma expansão <strong>de</strong>vido a diminuição da pressão.<br />

Essa expansão é adiabática, uma vez que não há troca <strong>de</strong> calor com o ambiente. Porém, a<br />

temperatura é reduzida, <strong>de</strong>vido a energia térmica ter sido utilizada em seu processo <strong>de</strong> expansão. Com<br />

o resfriamento, a massa <strong>de</strong> ar po<strong>de</strong> atingir seu ponto <strong>de</strong> saturação com a conseqüente con<strong>de</strong>nsação<br />

do vapor em gotículas (nuvens); sua precipitação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da formação <strong>de</strong> núcleo higroscópicos<br />

para que atinjam peso suficiente para vencer as forças <strong>de</strong> sustentação.<br />

2.2. Tipos<br />

Como a ascensão do ar é consi<strong>de</strong>rada o estopim da formação das chuvas, nada mais lógico que<br />

classificá-las segundo a causa que gerou este movimento.<br />

Orográficas – o ar é forçado mecanicamente a transpor barreiras impostas pelo<br />

relevo.<br />

Figura 5.1 – Chuvas Orográficas (Fonte: FORSDYKE, 1968)<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

2


<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Convectivas – Devido ao aquecimento diferencial da superfície, po<strong>de</strong>m existir<br />

bolsões menos <strong>de</strong>nsos <strong>de</strong> ar envolto no ambiente, em equilíbrio instável. Este<br />

equilíbrio pe<strong>de</strong> ser rompido facilmente, acarretando a ascensão rápida do ar a gran<strong>de</strong>s<br />

altitu<strong>de</strong>s (típicas <strong>de</strong> regiões tropicais).<br />

Figura 5.2 – Chuva <strong>de</strong> convecção (Fonte: FORSDSYKE, 1968)<br />

Ciclônicas – Devido ao movimento <strong>de</strong> massas <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> regiões <strong>de</strong> alta para <strong>de</strong> baixa<br />

pressões. Po<strong>de</strong>m ser do tipo frontal e não frontal.<br />

a) Frontal - Resulta da ascensão do ar quente sobre ar frio na zona <strong>de</strong><br />

contato entre duas massas <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> características diferentes.<br />

Figura 5.3 – Seção vertical <strong>de</strong> uma superfície frontal. (Fonte: FORSDSYKE, 1968)<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

3


4. PLUVIOMETRIA<br />

4.1. Gran<strong>de</strong>zas<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

b) Não frontal - É <strong>de</strong>vido a uma baixa barométrica; neste caso o ar é<br />

elevado em conseqüência <strong>de</strong> uma convergência horizontal em áreas <strong>de</strong> baixa<br />

pressão.<br />

As gran<strong>de</strong>zas que caracterizam uma chuva são altura, duração e intensida<strong>de</strong> (Bertoni e Tucci, 1993):<br />

Altura pluviométrica (h): é a espessura média da lâmina d’água precipitada que recobriria a<br />

região atingida pela precipitação, admitindo-se que essa água não evaporasse, não infiltrasse,<br />

nem se escoasse para fora dos limites da região. A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medição habitual é o milímetro<br />

<strong>de</strong> chuva, <strong>de</strong>finido como a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva correspon<strong>de</strong>nte ao volume <strong>de</strong> 1 litro por metro<br />

quadrado <strong>de</strong> superfície.<br />

Duração (t): é o período <strong>de</strong> tempo durante o qual a chuva cai. As unida<strong>de</strong>s normalmente são<br />

o minuto ou a hora.<br />

Intensida<strong>de</strong> (i): é a precipitação por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo, obtida como a relação i=h/t.<br />

Expressa-se, normalmente em mm/h<br />

4.2. Aquisição <strong>de</strong> dados pluviométricos<br />

A variável precipitação po<strong>de</strong> ser quantificada pontualmente, através <strong>de</strong> dois instrumentos<br />

meteorológicos - o pluviômetro e o pluviógrafo – e espacialmente, através <strong>de</strong> radares.<br />

A diferença básica entre pluviômetro e pluviógrafo é que este último registra automaticamente os<br />

dados, ao contrário do pluviômetro, que requer leituras manuais a intervalos <strong>de</strong> tempo fixo. Apesar da<br />

Organização Meteorológica Mundial tentar uniformizar a instalação dos aparelhos, existem várias<br />

regras. Mas <strong>de</strong> uma maneira geral, admite-se que a interceptação da chuva <strong>de</strong>ve ser feita a uma<br />

altura média <strong>de</strong> 1 a 1,5 metros acima da superfície do solo. O aparelho <strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ficar longe <strong>de</strong><br />

qualquer obstáculo que possa prejudicar a medição (prédios, árvores, relevo, etc.).<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

4


Figura pág 491, Tucci Hidrologia v. 4<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Pluviômetro – consiste <strong>de</strong> um receptor cilindro-cônico e <strong>de</strong> uma proveta graduada <strong>de</strong> vidro.<br />

Consegue medir apenas a altura <strong>de</strong> precipitação. A área <strong>de</strong> interceptação não é normalizada. A<br />

princípio o resultado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da área, mas é preciso atenção ao calcular a lâmina precipitada:<br />

Relação entre altura da chuva medida no pluviômetro (H) e na proveta (h):<br />

Uma chuva <strong>de</strong> volume V e altura H é relacionada a área A <strong>de</strong> recepção do pluviômetro por:<br />

V<br />

H = , com<br />

A<br />

A<br />

∏ D<br />

4<br />

2<br />

= , sendo assim<br />

H.<br />

∏ D<br />

V =<br />

4<br />

Para graduar a proveta <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> diâmetro d e na qual o volume V <strong>de</strong> chuva <strong>de</strong>termina<br />

uma altura h (em mm), proce<strong>de</strong>-se da seguinte forma:<br />

Assim sendo,<br />

H.<br />

∏ D<br />

4<br />

V<br />

∏d<br />

4<br />

= ; don<strong>de</strong><br />

h 2<br />

2<br />

h.<br />

∏ d<br />

=<br />

4<br />

2<br />

h ∏ d<br />

V =<br />

4<br />

2<br />

⎛ d ⎞<br />

H = h . ⎜ ⎟<br />

⎝ D ⎠<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

2<br />

2<br />

5


<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Estabelecida a relação entre os diâmetros da área <strong>de</strong> recepção do pluviômetro e da proveta, os valores<br />

da chuva H po<strong>de</strong>m ser facilmente estabelecidos.<br />

Figura 5.5 – Pluviômetro<br />

Pluviógrafo – Consiste <strong>de</strong> um registrador automático, trabalhando em associação a um<br />

mecanismo <strong>de</strong> relógio; este imprime rotação a um cilindro, envolvido em papel<br />

graduado, sobre o qual uma pena grafa a altura da precipitação registrada.<br />

Figura 5.6 – Desenho esquemático do Pluviógrafo <strong>de</strong><br />

Helmann – Fuess (Fonte: WILKEN, 1978)<br />

G. Tambor que contém o<br />

movimento <strong>de</strong> relojoaria<br />

a. Aro do receptor<br />

b. Funil do receptor<br />

t. Tubo metálico<br />

s. Haste do flutuador<br />

i. braço do registrador<br />

p. Pena do registrador<br />

T. Tubo <strong>de</strong> vidro, sifão<br />

V. Vasilha <strong>de</strong> ferro galvanizado<br />

d. Aba do receptor<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

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Figura 5.7 – Pluviógrafo<br />

Figura 5.8 – Tambor Registrador do Pluviógrafo<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

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Figura 5.9 – Segmento <strong>de</strong> fita <strong>de</strong> pluviógrafo (Fonte: WILKEN, 1978)<br />

5. PROCESSAMENTOS DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Uma vez coletados, os dados observados em postos pluviométricos <strong>de</strong>vem ser analisados <strong>de</strong> forma a<br />

evitar conclusões incorretas. São esse os procedimentos:<br />

1. Detecção <strong>de</strong> erros grosseiros<br />

• dias inexistentes<br />

• valores anormais <strong>de</strong> precipitação<br />

2. Preenchimento <strong>de</strong> falhas<br />

• <strong>de</strong>feito do aparelho ou ausência <strong>de</strong> observador<br />

• levar em conta os registro pluviométricos <strong>de</strong> três estações vizinhas<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

8


x<br />

1 ⎛<br />

⎞<br />

⎜<br />

P x P x P x<br />

= ⎟<br />

⎜<br />

. PA<br />

+ . PB<br />

+ . PC<br />

3<br />

⎟<br />

⎝ P A P B P C ⎠<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

P (5.1)<br />

on<strong>de</strong>: Px – precipitação ausente no posto X<br />

PA, PB, PC - precipitação postos vizinhos A, B e C<br />

P X , P A , P B , P C – precipitação média anual nos postos X, A, B e C<br />

3. Análise <strong>de</strong> dupla massa<br />

Verifica a homogeneida<strong>de</strong> dos dados, isto é, se houve alguma anormalida<strong>de</strong> na estação tais como<br />

mudanças <strong>de</strong> local, nas condições do aparelho ou no método <strong>de</strong> observação, indicada pela mudança<br />

na <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da reta.<br />

Figura 5.10 – Verificação da homogeneida<strong>de</strong> dos dados. (Fonte: VILLELA, 1975)<br />

On<strong>de</strong>:<br />

M<br />

Pa .<br />

M<br />

= (5.2)<br />

a<br />

Po<br />

o<br />

Pa – observações ajustadas às condições atuais.<br />

Po – dados a serem corrigidos.<br />

Mo – <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da reta período anterior.<br />

Ma – <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da reta mais recente.<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

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6. PRECIPITAÇÃO MÉDIA EM UMA BACIA<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

A maioria dos problemas hidrológicos requer a <strong>de</strong>terminação da altura <strong>de</strong> chuva ocorrida em uma<br />

bacia hidrográfica. Devido a precipitação, pela própria natureza do fenômeno, não ocorrer <strong>de</strong> modo<br />

uniforme sobre toda a bacia, é necessário calcular a altura média precipitada.<br />

6.1. Método Aritmético<br />

Este método consiste em se calcular a média aritmética <strong>de</strong> todos os postos situados <strong>de</strong>ntro da área <strong>de</strong><br />

estudo. É o <strong>de</strong> maior simplicida<strong>de</strong>, porém apresenta algumas restrições quanto ao seu uso, tais como:<br />

os postos <strong>de</strong>vem ser uniformemente distribuídos, os valores <strong>de</strong> cada posto <strong>de</strong>vem estar próximos ao<br />

da média e o relevo <strong>de</strong>ve ser o mais plano possível.<br />

6.2. Método <strong>de</strong> Thiessen<br />

Este método po<strong>de</strong> ser usado para aparelhos não uniformemente distribuídos, uma vez que o mesmo<br />

pon<strong>de</strong>ra os valores obtidos em cada posto por sua zona <strong>de</strong> influência, como se segue:<br />

1. De posse do mapa da bacia hidrográfica unir os postos pluviométricos adjacentes por<br />

linhas retas.<br />

2. Traçar as mediatrizes <strong>de</strong>ssas retas formando polígonos.<br />

3. Os lados dos polígonos são os limites das áreas <strong>de</strong> influência <strong>de</strong> cada estação.<br />

4. A precipitação média sobre a bacia é calculada por:<br />

on<strong>de</strong>:<br />

∑ Pi<br />

∑<br />

. A<br />

h = i<br />

(5.3)<br />

Ai<br />

Pi = precipitação observada no posto;<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

10


Ai = área <strong>de</strong> influência do postos;<br />

∑A = área total da bacia.<br />

6.3. Métodos das Isoietas<br />

Figura 5.11 – Método <strong>de</strong> Thiessen<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Consi<strong>de</strong>rado o mais preciso, este método baseia-se em curvas <strong>de</strong> igual precipitação. A dificulda<strong>de</strong><br />

maior em sua implementação consiste no traçado <strong>de</strong>sta curvas, que requer sensibilida<strong>de</strong> do analista. O<br />

método é <strong>de</strong>talhado a seguir:<br />

1. De posse dos dados pluviométricos obtidos nos postos da bacia, traçar curvas <strong>de</strong> igual<br />

precipitação (ISOIETAS). O procedimento é semelhante ao adotado para curvas <strong>de</strong><br />

nível.<br />

2. Calcular para cada par sucessivo <strong>de</strong> isoietas o valor médio da altura <strong>de</strong> chuva<br />

precipitada.<br />

3. Planimetrar as áreas entre isoietas sucessivas.<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

11


<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

4. Calcular a média pon<strong>de</strong>rada dos valores obtidos no passo 2, tomando como peso a<br />

área planimetrada correspon<strong>de</strong>nte. A média obtida correspon<strong>de</strong> à precipitação média<br />

sobre a bacia em analise.<br />

on<strong>de</strong>:<br />

( )<br />

∑ +<br />

hi = valor da isoieta da origem i<br />

Ai = área entre isoietas sucessivas<br />

A = área total<br />

7. CHUVAS MÁXIMAS<br />

hi<br />

+ h(<br />

i 1 )<br />

. Ai<br />

h = 2<br />

(5.4)<br />

A<br />

É <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse para a hidrologia o conhecimento das características das precipitações. Para<br />

projetos <strong>de</strong> vertedores <strong>de</strong> barragens, dimensionamento <strong>de</strong> canais, dimensionamento <strong>de</strong> bueiros, etc, é<br />

necessário o conhecimento, a priori, da magnitu<strong>de</strong> das enchentes que po<strong>de</strong>m acontecer com uma<br />

<strong>de</strong>terminada freqüência. Portanto, é necessário conhecer-se as precipitações máximas esperadas.<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

12


<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Entretanto, <strong>de</strong>ve-se levar em conta também o fator <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m econômica, e assim corre-se o risco da<br />

obra falhar durante sua vida útil. É necessário, portanto, conhecer esse risco. Para isso, analisa-se<br />

estatisticamente as precipitações observadas nos postos pluviométricos verificando-se com que<br />

freqüência as mesmas assumiram uma <strong>de</strong>terminada magnitu<strong>de</strong>.<br />

7.1. Período <strong>de</strong> Retorno<br />

O período <strong>de</strong> retorno (ou tempo <strong>de</strong> recorrência) <strong>de</strong> um evento é o tempo médio (em anos) em<br />

que esse evento é superado ou igualado pelo menos uma vez. É <strong>de</strong>finido por:<br />

T r<br />

1<br />

P<br />

= (5.5)<br />

Se o período <strong>de</strong> retorno for bem inferior ao número <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> observação, “F” po<strong>de</strong>rá dar uma<br />

boa idéia do valor real <strong>de</strong> “P”. Entretanto, para gran<strong>de</strong>s períodos <strong>de</strong> retorno, as observações <strong>de</strong>verão<br />

ser ajustadas a uma distribuição <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> modo que o cálculo da probabilida<strong>de</strong> possa ser<br />

efetuado <strong>de</strong> modo mais correto.<br />

É importante salientar o caráter não-cíclico dos eventos randômicos, ou seja, uma enchente com<br />

período <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong> 100 anos (que ocorre, em média, a cada 100 anos) po<strong>de</strong> ocorrer no próximo<br />

ano, ou po<strong>de</strong> não ocorrer nos próximos 200 anos, (ou ainda po<strong>de</strong> ser superada diversas vezes nos<br />

próximos 100 anos).<br />

7.2. Série Anual X Série Parcial<br />

Na análise da freqüência <strong>de</strong> fenômenos hidrológicos, tais como precipitação e vazão, os dados po<strong>de</strong>m<br />

estar dispostos em dois tipos <strong>de</strong> séries: séries anuais (<strong>de</strong> valores máximos anuais) e séries parciais<br />

(aquelas que apresentam valores superiores a uma certa base).<br />

Em termos práticos, a seleção <strong>de</strong> uma das séries <strong>de</strong>ve ser julgada pelo tipo <strong>de</strong> estrutura ou projeto.<br />

Na série anual, apenas o valor máximo <strong>de</strong> cada ano é utilizado na análise. Esse tipo <strong>de</strong> série tem seu<br />

emprego em projetos <strong>de</strong> dimensionamento para condições críticas, tais como vertedouros <strong>de</strong><br />

barragens, on<strong>de</strong> o valor máximo é que importa, uma vez que a obra já está comprometida quando da<br />

sua ocorrência, não mais importando o segundo ou terceiro maiores valores.<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

13


<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

As séries <strong>de</strong> duração parcial são formadas pela seleção <strong>de</strong> valores situados acima <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado<br />

patamar, po<strong>de</strong>ndo ser escolhidos mais <strong>de</strong> um valor para um mesmo ano. Deste modo, não se po<strong>de</strong><br />

esperar que os dados <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> série se ajustem a uma distribuição <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s. Esse tipo <strong>de</strong><br />

série é freqüentemente utilizado, por exemplo, para avaliar danos em fundações <strong>de</strong> pontes causadas<br />

pela repetição <strong>de</strong> enchentes.<br />

É importante observar ainda a diferença entre os significados dos períodos <strong>de</strong> retorno entre as duas<br />

séries. Na série anual, é o intervalo médio em que o evento tornará a ocorrer com um máximo anual;<br />

na série parcial, é o intervalo médio entre eventos <strong>de</strong> dados valor, sem consi<strong>de</strong>rar a relação com o<br />

ano.<br />

Tabela 5.1 – Correspondência entre os períodos <strong>de</strong> retorno das séries anual (Tra) e parcial (Trp).<br />

9. CHUVAS INTENSAS<br />

T ra T rp<br />

2 1,44<br />

5 4,48<br />

10 9,49<br />

15 14,49<br />

20 19,47<br />

25 24,50<br />

50 49,50<br />

75 74,63<br />

100 99,01<br />

Para o dimensionamento <strong>de</strong> estruturas hidráulicas, o hidrólogo <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>terminar a chuva <strong>de</strong><br />

maior intensida<strong>de</strong> que se po<strong>de</strong> esperar que ocorra com uma dada freqüência. A utilização prática<br />

<strong>de</strong>sse dados requer que se estabeleça uma relação analítica entre as gran<strong>de</strong>zas características <strong>de</strong> uma<br />

precipitação, quais sejam, a intensida<strong>de</strong> (i), a duração (t) e a freqüência (P).<br />

A equação da chuva, particular <strong>de</strong> cada localida<strong>de</strong>, é obtida partir <strong>de</strong> registros <strong>de</strong> pluviógrafos,<br />

estabelecendo-se para cada duração <strong>de</strong> chuva, as máximas intensida<strong>de</strong>s. A representação geral <strong>de</strong><br />

uma equação <strong>de</strong> chuvas intensas tem a forma:<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

14


on<strong>de</strong>: Tr – período <strong>de</strong> retorno<br />

T - duração<br />

B,d,c,b – constantes<br />

i - mm/h<br />

i<br />

( ) b<br />

t + c<br />

Equações <strong>de</strong> chuvas para algumas capitais brasileiras.<br />

Fortaleza<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Curitiba<br />

Belo Horizonte<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

d<br />

B T<br />

= r<br />

(6.1)<br />

0,18<br />

506,<br />

99 Tt<br />

i = (6.2)<br />

0,61<br />

( t + 8)<br />

0,217<br />

99,<br />

154 Tt<br />

i = (6.3)<br />

1,15<br />

( t + 26)<br />

0,15<br />

1239 Tt<br />

i = (6.4)<br />

( t + 20)<br />

0,74<br />

0,10<br />

1447,<br />

87 Tt<br />

i = (6.5)<br />

0,84<br />

( t + 8)<br />

Para cida<strong>de</strong>s que não tenham suas equações <strong>de</strong> chuva estabelecidas, faz-se uso <strong>de</strong> outros<br />

métodos para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> chuvas intensas para dada duração e período <strong>de</strong> retorno.<br />

1. Método do Prof. Otto Pfafstetter<br />

Analisando 98 postos pluviométricos, <strong>de</strong> períodos <strong>de</strong> observação variados, Otto Pfafstetter<br />

apresenta em seu livro “Chuvas intensas no brasil”, gráficos em escala bilogarítmica, associando a<br />

altura da precipitação ( P ) com seu período <strong>de</strong> retorno ( T ) e duração ( t ).<br />

No trabalho, foi empregada uma fórmula empírica original, com a expressão analítica:<br />

⎛ B ⎞<br />

P = T ⎜α<br />

+ ⎟.<br />

( a . t + b . log ( 1+<br />

c . t))<br />

(6.6)<br />

α<br />

⎝ T ⎠<br />

on<strong>de</strong> a, b, e c são valores característicos <strong>de</strong> cada posto e α e β são função da duração ( t ).<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

15


2. Método <strong>de</strong> Taborga Torrigo<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Sendo limitado o número <strong>de</strong> informações pluviográficas, notadamente em bacias <strong>de</strong> pequena<br />

área, Taborga Torrigo propôs um método que prescin<strong>de</strong> <strong>de</strong> registros em pluviograma, sendo<br />

suficientes dados diários <strong>de</strong> pluviômetros.<br />

O método tem por base o estabelecimento <strong>de</strong> “Isozonas”, os quais constituem zonas geográficas<br />

nas quais a relação entre as alturas <strong>de</strong> chuva <strong>de</strong> 1 hora e 24 horas é constante para um dado período<br />

<strong>de</strong> retorno (Figura 6.12).<br />

Figura 6.12 – Isozonas do Brasil (Fonte: Torrico, 1974)<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

16


Exemplo <strong>de</strong> aplicação:<br />

1. Compor série <strong>de</strong> precipitações máximas anuais.<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

Tabela 6.2 – Chuvas máximas diárias anuais observadas em Várzea Alegre no período <strong>de</strong> 1913/1972.<br />

Ano Chuva(mm) Ano Chuva(mm) Ano Chuva(mm)<br />

1913 64,4 1933 68,8 1953 48,4<br />

1914 114,5 1934 68,0 1954 54,0<br />

1915 60,1 1935 88,0 1955 103,5<br />

1916 64,5 1936 81,3 1956 90,0<br />

1917 85,0 1937 79,0 1957 72,0<br />

1918 63,2 1938 72,2 1958 80,5<br />

1919 46,0 1939 87,8 1959 78,0<br />

1920 69,5 1940 78,0 1960 127,0<br />

1921 63,0 1941 60,7 1961 76,0<br />

1922 57,0 1942 130,2 1962 75,3<br />

1923 60,8 1943 51,0 1963 132,0<br />

1924 80,7 1944 128,0 1964 67,6<br />

1925 61,7 1945 --- 1965 95,0<br />

1926 80,7 1946 118,5 1966 174,5<br />

1927 60,4 1947 --- 1967 74,3<br />

1928 94,7 1948 --- 1968 101,3<br />

1929 59,0 1949 76,5 1969 45,1<br />

1930 82,2 1950 95,6 1970 85,1<br />

1931 79,2 1951 105,2 1971 ---<br />

1932 46,2 1952 70,0 1972 133,0<br />

Fonte: DNOCS – COMAI/Sistema <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Recursos Hídricos – listagem <strong>de</strong> computador.<br />

2. Ajustar a série a um mo<strong>de</strong>lo probabilístico, verificando a qualida<strong>de</strong> do ajustamento.<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

17


Figura 6.13 – Ajustamento à Função Gamma II<br />

3. Obter as precipitações associadas aos diversos períodos <strong>de</strong> retorno.<br />

TR = 100 anos, P = 154,4 mm<br />

TR = 200 anos, P = 164,7 mm<br />

TR = 500 anos, P = 178,2 mm<br />

TR = 1000 anos, P = 186,2 mm<br />

4. Calcular chuva virtual <strong>de</strong> 24 horas (P24h = 1,1 P1dia)<br />

Tabela 6.3 – Chuvas virtuais <strong>de</strong> 24 horas <strong>de</strong> duração ( P24h) em<br />

Várzea Alegre, para período <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong> 100, 200, 500<br />

e 1000 anos.<br />

TR(anos) Prec. Diária (mm) P24h (mm)<br />

100 154,4 169,8<br />

200 164,7 181,2<br />

500 178,2 196,0<br />

1000 186,2 204,0<br />

5. Determinação da Isozona a qual pertence a bacia (Figura 6.14)<br />

isozona G<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

18


<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

6. Extrair das tabelas das isozonas o valor <strong>de</strong> R associado a cada período <strong>de</strong> retorno.<br />

7. Computar, para cada período <strong>de</strong> retorno, a precipitação <strong>de</strong> 1 hora <strong>de</strong> duração.<br />

P1hora = R . P24horas (6.7)<br />

Tabela 6.4 – Valores das precipitações intensas pontual <strong>de</strong> 1 e 24 horas <strong>de</strong> duração<br />

para TR = 100, 200, 500 e 1000 anos, em Várzea Alegre.<br />

TR (anos) Po24h (mm) R P1h (mm)<br />

100 169,8 0,459 77,9<br />

200 181,2 0,455* 82,4<br />

500 196,0 0,449* 88,0<br />

1000 204,8 0,445 91,1<br />

* Valores obtidos por interpolação logarítmica.<br />

8. Converter a chuva pontual em chuva espacial, através da relação:<br />

On<strong>de</strong>:<br />

P<br />

P<br />

a<br />

o<br />

⎛<br />

= ⎜<br />

1 − W log<br />

⎝<br />

Pa = precipitação média sobre a bacia;<br />

A<br />

A<br />

O<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

19<br />

(6.8)<br />

Po = precipitação no centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> da bacia, tomada igual a precipitação em Várzea<br />

Alegre;<br />

W = constante que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do local (0,22 para região Nor<strong>de</strong>ste do Brasil);<br />

A = área da bacia hidrográfica (71,8 km 2 );<br />

A0 = área base na qual Pa = P0 (25 km 2 ).<br />

P<br />

P<br />

a = (6.9)<br />

o<br />

0,<br />

9<br />

No que tange o parâmetro w, normalmente adotado como sendo 0,22 em projetos hidrológicos<br />

na Região Nor<strong>de</strong>ste, Meneses Filho (1991) alerta que seu valor é específico para cada duração <strong>de</strong><br />

chuva, indicando, para duração <strong>de</strong> 1 a 6 dias, os valores 0,16, 0,12, 0,11 0,09, 0,08 e 0,07,<br />

respectivamente. Segundo o autor, a adoção do valor 0,22 conduziria a uma "superestimativa da<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong>


<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

redução espacial da chuva, ou seja, a computarem-se menores valores <strong>de</strong> precipitação média<br />

superficial".<br />

Tabela 6.5 – Valores das precipitações intensas espacial <strong>de</strong> 1 e 24 horas <strong>de</strong><br />

duração para TR = 100, 200, 500 e 1000 anos distribuídos na bacia<br />

do açu<strong>de</strong> Várzea Alegre.<br />

TR (anos) Pa – 24h (mm) Pa – 1h (mm)<br />

100 152,8 70,1<br />

200 163,1 74,2<br />

500 176,4 79,2<br />

1000 184,3 82,0<br />

9. Determinação das precipitações intensas para durações entre 1 e 24 horas – a <strong>de</strong>terminação<br />

das precipitações intensas para essas durações é obtidas plotando-se em papel <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>s os<br />

valores para 1 e 24 horas e ligando-se por uma reta (Figura 6.15).<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

20


Figura 6.14 – Isozonas Nor<strong>de</strong>ste do do Brasil<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

21


Altura <strong>de</strong> chuva (mm)<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

Gráfico IDF<br />

<strong>Cap</strong>ítulo 5 - <strong>Precipitação</strong><br />

0,1 1 10 100<br />

Tempo <strong>de</strong> duração (em horas)<br />

100 200 500 1.000<br />

Figura 6.15 – Curvas Altura x Duração x Freqüência. Açu<strong>de</strong> Várzea Alegre<br />

Notas <strong>de</strong> Aula – Prof a . <strong>Ticiana</strong> <strong>Marinho</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> <strong>Studart</strong><br />

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