Luís Fontes - Casa de Sarmento - Universidade do Minho
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Medievais Portuguesas (séculos XI-XV). A Perspectiva Paleobiológica (CUNHA<br />
1997).<br />
produções cerâmicas<br />
O IV Congresso Internacional “A Cerâmica Medieval no Mediterrâneo<br />
Oci<strong>de</strong>ntal” que <strong>de</strong>correu em Lisboa em 1987, constituiu a realização <strong>de</strong><br />
referência para os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> cerâmica medieval no nosso país. A exposição<br />
paralela <strong>de</strong> cerâmicas islâmicas, quase todas provenientes <strong>de</strong> Mértola, abriu as<br />
portas <strong>de</strong> um vasto campo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s, que foi aproveita<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma exemplar<br />
por inúmeros investiga<strong>do</strong>res, que produziram obras fundamentais - refiram-se,<br />
entre outros e para além <strong>do</strong>s <strong>de</strong> Mértola (TORRES 1987), os estu<strong>do</strong>s sobre as<br />
cerâmicas <strong>de</strong> Silves (GOMES 1988) e <strong>do</strong> castelo <strong>de</strong> Palmela (FERNANDES e<br />
CARVALHO 1993; 1997).<br />
Pela mesma época iniciavam-se em Braga estu<strong>do</strong>s das produções<br />
cerâmicas medievais locais, relevan<strong>do</strong> o conjunto proveniente das escavações<br />
da Rua <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>do</strong> Leite, publica<strong>do</strong> por Alexandra Gaspar em 1985<br />
(GASPAR 1985).<br />
Em 1992 começaram a organizar-se em Ton<strong>de</strong>la as “Jornadas <strong>de</strong><br />
Cerâmica Medieval e Pós-Medieval. Méto<strong>do</strong>s e resulta<strong>do</strong>s para o seu estu<strong>do</strong>”,<br />
que já vai na sua terceira edição, respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à crescente produção científica e<br />
consequente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> divulgar e confrontar os resulta<strong>do</strong>s e <strong>de</strong><br />
aperfeiçoar as meto<strong>do</strong>logias (CMT 1995; DIOGO e ABRAÇOS 1998).<br />
A atenção voltou-se também para a área transmontana, com Miguel<br />
Rodrigues a escolher para tema da sua tese <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> as Cerâmicas<br />
medievais da Região <strong>de</strong> Moncorvo (sécs.XII-XIII), num trabalho on<strong>de</strong> ensaia uma<br />
caracterização sistemática das tipologias formal e <strong>de</strong>corativa das produções <strong>do</strong>s<br />
séculos centrais da Ida<strong>de</strong> Média e que constitui hoje referência obrigatória para<br />
quaisquer outros estu<strong>do</strong>s que incidam sobre o território transmontano<br />
(RODRIGUES 1994).<br />
Um outro polo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> tem por base os trabalhos em torno da <strong>Casa</strong> <strong>do</strong><br />
Infante, no Porto, para cujos conjuntos cerâmicos se conhecem já resulta<strong>do</strong>s e<br />
algumas propostas <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> longa duração (REAL et al 1995). Em torno<br />
<strong>de</strong>ste núcleo <strong>de</strong> investigação veio a implementar-se, em 1995, o “PROCEN -<br />
Pojecto para o estu<strong>do</strong> das produções cerâmicas da Região Norte” (CAPELA et al<br />
1996), cuja consequência mais significativa foi estimular o aparecimento da<br />
revista Olaria, em 1996, editada pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Barcelos, publicação<br />
on<strong>de</strong> periodicamente se vão dan<strong>do</strong> a conhecer os últimos resulta<strong>do</strong>s da<br />
investigação relacionada com produções cerâmicas.<br />
3. PERSPECTIVAS DE INVESTIGAÇÃO<br />
© <strong>Luís</strong> <strong>Fontes</strong> | <strong>Casa</strong> <strong>de</strong> <strong>Sarmento</strong><br />
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