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Luís Fontes - Casa de Sarmento - Universidade do Minho

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IV Congresso Nacional <strong>de</strong> Arqueologia, realiza<strong>do</strong> em Faro em 1980, passou-se<br />

para as 14 no 1.º Congresso <strong>de</strong> Arqueologia Peninsular, feito no Porto em 1993<br />

e para mais <strong>de</strong> duas <strong>de</strong>zenas no 3.º Congresso <strong>de</strong> Arqueologia Peninsular,<br />

realiza<strong>do</strong> em 1999 em Vila Real, relevan<strong>do</strong> neste o facto <strong>de</strong> se terem instituí<strong>do</strong> já<br />

quatro secções distintas: “Antiguida<strong>de</strong> Tardia na Península Ibérica”; “Arqueologia<br />

das Socieda<strong>de</strong>s Feudais”; “Arqueologia <strong>do</strong> Al-Andalus”; “Fortificações <strong>do</strong>s reinos<br />

cristãos: origem e evolução (sécs. IX-XIV)”.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a articulação entre a História, História da Arte e a<br />

Arqueologia realizava-se superiormente com Carlos A. Ferreira <strong>de</strong> Almeida,<br />

cujos estu<strong>do</strong>s sobre a viação medieval (ALMEIDA 1968), a arquitectura românica<br />

(ALMEIDA 1978a; 1986) e a castelologia medieval (ALMEIDA 1978b; 1986),<br />

permanecem referências obrigatórias para qualquer abordagem arqueológica <strong>do</strong><br />

Portugal medieval. A<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta última temática das fortificações, Rigaud <strong>de</strong><br />

Sousa oferece na mesma altura um importante contributo para o conhecimento<br />

das casas-torre medievais <strong>do</strong> Baixo-<strong>Minho</strong> (SOUSA 1978).<br />

Na esteira <strong>do</strong> primeiro, Mário Jorge Barroca acrescentou significativos<br />

contributos sobre as práticas funerárias medievais (BARROCA 1987), sobre a<br />

<strong>de</strong>coração arquitectónica pré-românica (BARROCA 1990) e sobre a evolução<br />

<strong>do</strong>s sistemas castelares nos primeiros séculos da Ida<strong>de</strong> Média (BARROCA<br />

1990-91), ten<strong>do</strong> conclui<strong>do</strong> mais recentemente uma importante recolha e análise<br />

da epigrafia medieval portuguesa (BARROCA 1999).<br />

Uma série <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s exposições relacionadas com o mun<strong>do</strong> medieval<br />

testemunham igualmente a vitalida<strong>de</strong> e o contributo da investigação<br />

arqueológica nesta última década, asseguran<strong>do</strong> a transferência <strong>de</strong><br />

conhecimento para um público mais vasto. Refiro-me às exposições Nos Confins<br />

da Ida<strong>de</strong> Média, Festival Europalia Portugal 91, Gand (MATOS 1992), Portugal.<br />

A Formação <strong>de</strong> Um País, apresentada na Exposição Universal <strong>de</strong> Sevilha,<br />

Sevilha, 1992 (PAULINO 1992), e Portugal Islâmico. Os últimos sinais <strong>do</strong><br />

Mediterrâneo, no Museu Nacional <strong>de</strong> Arqueologia, Lisboa, 1998 (MACIAS e<br />

TORRES 1998).<br />

Do mesmo mo<strong>do</strong>, as mais recentes História <strong>de</strong> Portugal (MATTOSO 1992)<br />

e História da Arte Portuguesa (PEREIRA 1995) escreveram-se incorporan<strong>do</strong> já<br />

os novos contributos da Arqueologia Medieval, contributo particularmente<br />

evi<strong>de</strong>nte na abordagem da ocupação islâmica <strong>do</strong> actual território português.<br />

No conjunto, e haverá que acrescentar to<strong>do</strong>s os inúmeros artigos dispersos<br />

por um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> publicações, têm si<strong>do</strong> trazi<strong>do</strong>s ao conhecimento<br />

público muitos da<strong>do</strong>s. Porém, para além da maior ou menor qualida<strong>de</strong> que se<br />

possa reconhecer a toda esta produção, a que não será alheia a falta <strong>de</strong> reflexão<br />

teórica e a tardia introdução <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logias avançadas na recolha <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

arqueológicos, a verda<strong>de</strong> é que se apreen<strong>de</strong> uma imagem da activida<strong>de</strong><br />

arqueológica algo difusa, em que se distinguem com dificulda<strong>de</strong> as acções<br />

© <strong>Luís</strong> <strong>Fontes</strong> | <strong>Casa</strong> <strong>de</strong> <strong>Sarmento</strong><br />

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