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Avaliação do Desempenho Docente - Manual de Procedimentos

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Introdução ................................................................................................................................. 4<br />

SECÇÃO 1 ................................................................................................................. 5<br />

O Enquadramento <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong> ................. 5<br />

1.1. Quais as finalida<strong>de</strong>s e parâmetros <strong>de</strong> realização da avaliação? ................................... 6<br />

1.2. Quem são os intervenientes no processo <strong>de</strong> avaliação? .............................................. 6<br />

1.3. Qual o objecto da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente? ............................................... 7<br />

1.4. Quais são as fontes <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s? .................................................................... 8<br />

1.5. Qual a periodicida<strong>de</strong> da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho? ................................................... 8<br />

1.6. O que é o regime transitório <strong>de</strong> avaliação? .................................................................. 9<br />

SECÇÃO 2 ............................................................................................................... 11<br />

O Formulário e Relatório <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong> ....................... 11<br />

2.1. Qual o mo<strong>de</strong>lo para o relatório <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente? ................... 11<br />

2.2. Quais os princípios, objectivos e características <strong>do</strong> relatório <strong>de</strong> avaliação? .............. 11<br />

2.3. Quais são os <strong>do</strong>cumentos probatórios a seleccionar? ................................................ 12<br />

2.4. O que é o formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente? ................................... 13<br />

2.5. Qual o processo <strong>de</strong> classificação usa<strong>do</strong> nas partes A e B <strong>do</strong> formulário <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente? ...................................................................................................... 13<br />

2.6. Quais são os itens que se constituem como objecto <strong>de</strong> avaliação na parte A <strong>do</strong><br />

formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente? ............................................................... 15<br />

2.7. Quais são os itens que se constituem como objecto <strong>de</strong> avaliação na parte B <strong>do</strong><br />

formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente? ............................................................... 18<br />

2.8. Quais são os itens que se constituem como objecto <strong>de</strong> avaliação na parte C <strong>do</strong><br />

formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente? ............................................................... 23<br />

2.9. Como se apresentam os resulta<strong>do</strong>s da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente? ............ 26<br />

SECÇÃO 3 ............................................................................................................... 27<br />

A Observação <strong>de</strong> Aulas. ........................................................................................................... 27<br />

3.1. Quan<strong>do</strong> ocorre a observação <strong>de</strong> aulas? ...................................................................... 27<br />

3.2. Quantas vezes são os <strong>do</strong>centes observa<strong>do</strong>s em contexto <strong>de</strong> aula? ........................... 27<br />

3.3. Quais os <strong>do</strong>centes que terão aulas observadas? ........................................................ 27<br />

3.4. Quem <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r/observa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> aulas? ............................... 28<br />

3.5. Como se processa a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas e em que<br />

situações ocorre? .................................................................................................................... 28<br />

3.6. Em que situações ocorre a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r? ....................... 29<br />

3.7. Como perspectivar a observação <strong>de</strong> aulas no processo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>do</strong>cente? .................................................................................................................................. 29<br />

2


3.8. Quais são as fases <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas? .................................................. 31<br />

3.9. O que é o encontro pré-observação e que aspectos <strong>de</strong>vem ser explora<strong>do</strong>s? ............ 31<br />

3.10. Que aspectos <strong>de</strong>vem ser respeita<strong>do</strong>s no momento da observação <strong>de</strong> aulas? ....... 32<br />

3.11. Quais os instrumentos a usar na observação <strong>de</strong> aulas? ......................................... 33<br />

3.12. Como proce<strong>de</strong>r à análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s por observação <strong>de</strong> aulas? ............ 33<br />

3.13. Que erros-tipo são inerentes à observação? .......................................................... 34<br />

3.14. O que é o encontro pós-observação e que aspectos <strong>de</strong>vem ser explora<strong>do</strong>s? ........ 35<br />

SECÇÃO 4 ............................................................................................................... 37<br />

Papéis e Responsabilida<strong>de</strong>s na Reunião <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>Docente</strong>. ................. 37<br />

4.1. Quem são os intervenientes na reunião <strong>de</strong> avaliação? .............................................. 37<br />

4.2. Qual o objectivo da reunião <strong>de</strong> avaliação e que estrutura <strong>de</strong>ve ter? ......................... 37<br />

4.3. Qual o papel <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res na reunião <strong>de</strong> avaliação? ............................................. 37<br />

4.4. Qual o papel <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong> na reunião <strong>de</strong> avaliação? .................................................... 38<br />

SECÇÃO 5 ............................................................................................................... 39<br />

O Circuito <strong>do</strong>s Documentos <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>Docente</strong> ..................................... 39<br />

5.1. Qual a composição da comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da avaliação? ................................... 39<br />

5.2. Quais são as competências da comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da avaliação? ...................... 39<br />

5.3. A quem compete atribuir a classificação/menção ao <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>? .................. 40<br />

5.4. Como se expressa o resulta<strong>do</strong> final da avaliação? ...................................................... 40<br />

5.5. Quais os requisitos para a atribuição <strong>de</strong> Excelente?................................................... 40<br />

5.6. A quem compete homologar as classificações <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes avalia<strong>do</strong>s? ................... 41<br />

5.7. Há lugar a reclamação e recurso da classificação obtida? .......................................... 41<br />

5.8. Quais as garantias <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> avaliação? ............................................................ 41<br />

5.9. Quais os efeitos da avaliação na carreira <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente? ............................................... 41<br />

SECÇÃO 6 ............................................................................................................... 43<br />

Glossário – <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>Docente</strong> .................................................................... 43<br />

Referências bibliográficas ....................................................................................... 50<br />

3


Introdução<br />

Um sistema <strong>de</strong> ensino eficaz e <strong>de</strong> sucesso tem que procurar continuadamente formas<br />

<strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> da aprendizagem e <strong>do</strong> ensino. Acreditamos que na base <strong>de</strong>sta<br />

melhoria terá que existir um sistema eficiente <strong>de</strong> avaliação das escolas e <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes.<br />

Assim, enten<strong>de</strong>mos a avaliação como um tema nuclear no <strong>de</strong>bate sobre as questões<br />

da educação e como um instrumento essencial na procura <strong>de</strong> melhores resulta<strong>do</strong>s<br />

para os alunos e para a escola (Rodrigues & Peralta, 08). Esta avaliação processa-se a<br />

diferentes níveis e assume, <strong>de</strong> forma integrada, vários papéis, vértices <strong>de</strong> um mesmo<br />

triângulo que, necessariamente, temos que equacionar em paralelo: falamos da<br />

avaliação das aprendizagens <strong>do</strong>s alunos, da avaliação das escolas, quer na sua vertente<br />

<strong>de</strong> auto-avaliação regulada quer na vertente <strong>de</strong> avaliação externa <strong>de</strong> escolas e falamos<br />

também da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente.<br />

A avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente articula-se com o <strong>de</strong>senvolvimento profissional<br />

<strong>do</strong>s professores e o crescimento <strong>de</strong>stes é um factor <strong>de</strong>terminante para o sucesso<br />

escolar <strong>do</strong>s alunos. Este é, naturalmente, um círculo virtuoso <strong>de</strong> melhoria que<br />

queremos ver alargar-se. Um círculo em que a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente<br />

promove o <strong>de</strong>senvolvimento profissional que, por sua vez, conduz ao sucesso escolar.<br />

Com o objectivo <strong>de</strong> orientar a implementação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente na região autónoma <strong>do</strong>s Açores, produzimos este <strong>Manual</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Procedimentos</strong>. Trata-se <strong>de</strong> um recurso orienta<strong>do</strong>r para a implementação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e não dispensa a leitura da legislação <strong>de</strong> suporte.<br />

O <strong>Manual</strong> está organiza<strong>do</strong> nas seguintes secções:<br />

Secção 1: enquadra o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente e a lógica<br />

avaliativa que o <strong>de</strong>termina.<br />

Secção 2: apresenta o <strong>do</strong>cumento - Formulário e Relatório <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong>, <strong>de</strong>screven<strong>do</strong> as partes que o integram e os<br />

diversos itens.<br />

Secção 3: <strong>de</strong>screve os processos inerentes à observação <strong>de</strong> aulas.<br />

Secção 4: clarifica os diferentes papéis e responsabilida<strong>de</strong>s na reunião <strong>de</strong><br />

avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente.<br />

Secção 5: expõe o circuito <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>do</strong>cente.<br />

Secção 6: consiste num glossário <strong>de</strong> conceitos da área da avaliação.<br />

4


SECÇÃO 1<br />

O Enquadramento <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong><br />

Na tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o conceito <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>Docente</strong>, adiante<br />

<strong>de</strong>signa<strong>do</strong> ADD, citamos Rodrigues e Peralta para quem avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s<br />

professores é um processo que implica a observação, a <strong>de</strong>scrição, a análise, a<br />

interpretação da activida<strong>de</strong> profissional (…). Avaliar é saber, por inferência, através da<br />

observação da sua activida<strong>de</strong> no local <strong>de</strong> trabalho se, e em que medida, os professores<br />

adquiriram e <strong>de</strong>senvolveram as competências consi<strong>de</strong>radas como integran<strong>do</strong> os<br />

referentes da avaliação (…) como constam <strong>do</strong> perfil <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, <strong>do</strong> currículo<br />

nacional <strong>do</strong>s alunos, <strong>do</strong> projecto local <strong>de</strong> escola e <strong>do</strong> plano individual <strong>do</strong> professor<br />

(08:11).<br />

Socorremo-nos também <strong>de</strong> M. Scriven (67), uma referência clássica na área da<br />

avaliação, para salientar as características <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> lógica<br />

formativa, orienta<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento profissional. Trata-se <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo que<br />

assenta na recolha e feedback <strong>de</strong> informação, realiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma sistemática no<br />

<strong>de</strong>curso <strong>de</strong> um processo, com vista à melhoria e ao <strong>de</strong>senvolvimento profissional.<br />

Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação tem, igualmente, uma finalida<strong>de</strong> sumativa que não<br />

preten<strong>de</strong>mos ocultar. Pacheco e Flores (99:175) afirmam que a avaliação respon<strong>de</strong> a<br />

uma dupla finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> progressão e certificação, em função <strong>do</strong> contexto <strong>de</strong> trabalho,<br />

e da melhoria da aprendizagem profissional, no âmbito <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento pessoal.<br />

Ambas as finalida<strong>de</strong>s se inter-relacionam num permanente diálogo <strong>de</strong> contrários, entre<br />

o formativo e o sumativo ou entre o julgamento e o <strong>de</strong>senvolvimento, direccionan<strong>do</strong>-o<br />

para a formação contínua (99:175).<br />

Sustentamo-nos ainda em C. Day (01) para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong>cente<br />

evolutivo, dinâmico, apoia<strong>do</strong> em <strong>do</strong>cumentação simples, assisti<strong>do</strong> por formação e<br />

informação a<strong>de</strong>quada e sustenta<strong>do</strong> na organização das instituições. Privilegiamos a<br />

auto-avaliação e a avaliação formativa e regula<strong>do</strong>ra, acreditan<strong>do</strong> que este processo só<br />

contribuirá para a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino se for dada ênfase à auto-avaliação e à<br />

avaliação partilhada, se o mo<strong>de</strong>lo for orienta<strong>do</strong> para as necessida<strong>de</strong>s sentidas e<br />

manifestas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes nos contextos on<strong>de</strong> exercem funções, e se a avaliação<br />

proporcionar o <strong>de</strong>senvolvimento profissional <strong>do</strong>s professores, o sucesso <strong>do</strong>s alunos e a<br />

melhoria da escola.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista legislativo, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ADD enquadra-se no Sistema Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> da Administração Pública Regional <strong>do</strong>s Açores (SIADAPRA),<br />

aprova<strong>do</strong> pelo Decreto Legislativo Regional nº 41/2008, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Agosto, que prevê a<br />

avaliação da Função Pública e encontra o seu suporte normativo no Estatuto da<br />

Carreira <strong>Docente</strong> na Região Autónoma <strong>do</strong>s Açores, adiante <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> ECDRAA,<br />

aprova<strong>do</strong> pelo Decreto Legislativo Regional nº 21/2007/A, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Agosto, altera<strong>do</strong><br />

5


pelo Decreto Legislativo Regional nº 4/2009/A <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Abril e pelo Decreto Legislativo<br />

Regional nº 11/2009/A, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Julho.<br />

O <strong>do</strong>cumento que permite operacionalizar este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação é O Formulário e<br />

Relatório <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong>, um <strong>do</strong>cumento<br />

normaliza<strong>do</strong>, <strong>de</strong> carácter funcional, aprova<strong>do</strong> pelo Decreto Regulamentar Regional nº<br />

13/2009/A, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Agosto.<br />

Do ECDRAA <strong>de</strong>stacamos os seguintes capítulos:<br />

Capítulo II – Direitos e <strong>de</strong>veres profissionais.<br />

Capítulo VII – Perfil geral <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e respectivas dimensões funcionais.<br />

Capítulo VII – Conteú<strong>do</strong> funcional.<br />

Capítulo VIII – <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

1.1. Quais as finalida<strong>de</strong>s e parâmetros <strong>de</strong> realização da avaliação?<br />

No respeito pelo estipula<strong>do</strong> no ECDRAA, no seu artigo 66.º, a ADD visa:<br />

A melhoria da qualida<strong>de</strong> da educação e <strong>do</strong> ensino;<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissional <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente;<br />

A a<strong>de</strong>quação da organização <strong>do</strong> sistema educativo às necessida<strong>de</strong>s da<br />

comunida<strong>de</strong>, no âmbito da educação.<br />

Preten<strong>de</strong>-se pois melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço presta<strong>do</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os aspectos <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m funcional até aos níveis conceptuais <strong>do</strong> sistema educativo, passan<strong>do</strong> sempre<br />

pelo investimento na qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong>cente.<br />

Ainda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o mesmo artigo, a ADD realiza-se a partir <strong>de</strong> parâmetros<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> por isso uma avaliação criterial, feita por referência a perfis <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>linea<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong>sempenhos alvo, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o contexto sócio-educativo<br />

em que o <strong>do</strong>cente <strong>de</strong>senvolve a sua activida<strong>de</strong> profissional. A importância <strong>do</strong> contexto,<br />

<strong>de</strong>termina que o mo<strong>de</strong>lo seja implementa<strong>do</strong> entre pares o que permite <strong>de</strong>volver às<br />

estruturas <strong>de</strong> chefia intermédia das escolas diferentes níveis <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> na<br />

i<strong>de</strong>ntificação, promoção e valorização <strong>do</strong> mérito profissional <strong>do</strong>s professores, bem<br />

como no reconhecimento <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> melhoria e na promoção <strong>de</strong> mudanças.<br />

1.2. Quem são os intervenientes no processo <strong>de</strong> avaliação?<br />

A ADD assume duas formas <strong>de</strong> avaliação distintas e complementares: a auto-avaliação,<br />

da responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>, e a hetero-avaliação, que se concretiza pelo<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento curricular ou <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>r com competência<br />

<strong>de</strong>legada, pelo presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> conselho executivo e pela comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da<br />

avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, adiante <strong>de</strong>signada CCA. Sublinha-se a co-responsabilização<br />

<strong>do</strong>s intervenientes e das diferentes estruturas das escolas que vêem assim o seu papel<br />

reforça<strong>do</strong> neste mo<strong>de</strong>lo.<br />

6


O acompanhamento e a monitorização <strong>do</strong> processo são assegura<strong>do</strong>s por diferentes<br />

entida<strong>de</strong>s:<br />

Inspecção Regional da Educação.<br />

Conselho Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Sistema Educativo, que proce<strong>de</strong> anualmente à<br />

análise global das menções obtidas.<br />

Comissão para o Acompanhamento e Monitorização da Implementação <strong>do</strong><br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong>.<br />

Comissão <strong>de</strong> Acompanhamento da Implementação da <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong>, que exerce funções durante 2009/2010, ano<br />

<strong>de</strong> implementação.<br />

Conselho Científico para a <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong>,<br />

órgão consultivo da Secretaria Regional da Educação e Formação, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

autonomia técnica e científica, composto por três especialistas em educação.<br />

1.3. Qual o objecto da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

A ADD <strong>de</strong>senvolve-se em quatro áreas e concretiza-se através da aferição <strong>do</strong>s padrões<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho profissional nas seguintes dimensões:<br />

Dimensão social e ética da acção <strong>do</strong>cente.<br />

Desenvolvimento <strong>do</strong> ensino e da aprendizagem.<br />

Participação na vida da escola e na relação com a comunida<strong>de</strong>.<br />

Desenvolvimento profissional ao longo da vida.<br />

Concretizan<strong>do</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o artigo 72.º <strong>do</strong> ECDRAA, a avaliação pelo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento curricular inci<strong>de</strong> nos seguintes parâmetros classificativos:<br />

a) Preparação e organização das activida<strong>de</strong>s lectivas.<br />

b) Realização das activida<strong>de</strong>s lectivas.<br />

c) Grau <strong>de</strong> cumprimento das orientações curriculares e programáticas.<br />

d) Processo <strong>de</strong> avaliação das aprendizagens <strong>do</strong>s alunos.<br />

e) Participação nas activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento curricular.<br />

f) A<strong>de</strong>quação, fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> relatório <strong>de</strong> auto-avaliação.<br />

g) Participação em activida<strong>de</strong>s formativas.<br />

h) Partilha <strong>de</strong> práticas profissionais.<br />

i) Desenvolvimento <strong>de</strong> dinâmicas conducentes à melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

escolar <strong>do</strong>s alunos, ten<strong>do</strong> em conta o seu contexto escolar e sócio-educativo.<br />

A avaliação pelo conselho executivo recai nos seguintes indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> classificação:<br />

a) Nível <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong>, nos termos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s pelo Estatuto.<br />

b) Participação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente nas activida<strong>de</strong>s escolares e apreciação <strong>do</strong> seu trabalho<br />

colaborativo.<br />

c) Acções <strong>de</strong> formação contínua frequentadas ou dinamizadas.<br />

d) Exercício <strong>de</strong> cargos no âmbito da escola.<br />

e) Envolvimento em activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio aos alunos.<br />

7


f) Relação com os pais e encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> educação <strong>do</strong>s alunos a cargo, nos<br />

termos <strong>do</strong>s seus <strong>de</strong>veres profissionais.<br />

g) A<strong>de</strong>quação, fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> relatório <strong>de</strong> auto-avaliação.<br />

Note-se que o relatório ou análise crítica está integra<strong>do</strong> em cada um <strong>do</strong>s itens <strong>do</strong><br />

próprio formulário e é objecto <strong>de</strong> avaliação nos <strong>do</strong>is contextos. Contu<strong>do</strong>, como item <strong>de</strong><br />

avaliação <strong>do</strong> formulário ele surge integra<strong>do</strong> na parte A, avaliada pelo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>partamento.<br />

1.4. Quais são as fontes <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s?<br />

Ainda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o artigo 72.º <strong>do</strong> ECDRAA, são diversas as fontes <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s:<br />

a) Relatórios certificativos <strong>de</strong> presença.<br />

b) Relatório <strong>de</strong> auto-avaliação.<br />

c) Observação <strong>de</strong> aulas.<br />

d) Análise <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> gestão curricular (i.e. projecto curricular <strong>de</strong> turma e<br />

<strong>de</strong> escola, projecto educativo da escola, projectos educativos individuais/por<br />

aluno).<br />

e) Instrumentos <strong>de</strong> avaliação pedagógica e seus resulta<strong>do</strong>s.<br />

f) Planificação <strong>de</strong> aulas e instrumentos <strong>de</strong> avaliação utiliza<strong>do</strong>s com os alunos.<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se importante não a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s apresentada mas antes a<br />

diversificação <strong>de</strong>stas fontes <strong>de</strong> informação. Assim, sustenta<strong>do</strong>s numa breve revisão da<br />

literatura, apontamos três critérios que <strong>de</strong>vem presidir à selecção <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos a<br />

apresentar como prova <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho:<br />

Relevância da informação: aten<strong>de</strong>r à utilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, evitan<strong>do</strong><br />

redundâncias.<br />

Credibilida<strong>de</strong> e fiabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s: garantir o rigor e a valida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

apresenta<strong>do</strong>s.<br />

Triangulação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s: assegurar o cruzamento da informação para reduzir o<br />

grau <strong>de</strong> subjectivida<strong>de</strong> das apreciações feitas.<br />

A selecção <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos apresentada é da responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente e é, ela<br />

mesma, um indica<strong>do</strong>r da qualida<strong>de</strong> da reflexão feita pelo <strong>do</strong>cente aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu<br />

processo avaliativo.<br />

1.5. Qual a periodicida<strong>de</strong> da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho?<br />

Para os <strong>do</strong>centes pertencentes aos quadros das escolas há sempre <strong>do</strong>is momentos<br />

distintos <strong>de</strong> avaliação em cada escalão. De cada um <strong>de</strong>les resulta uma menção <strong>de</strong><br />

avaliação. Assim:<br />

Para os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s no 1.º, no 2.º e no 3.º escalão, a avaliação ocorre<br />

no final <strong>do</strong> 2.º ano <strong>de</strong> permanência no escalão e no final <strong>do</strong> 5.º ano.<br />

8


Para os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s no 4.º e no 5.º escalão, a avaliação ocorre no final<br />

<strong>do</strong> 2.º ano <strong>de</strong> permanência no escalão e no final <strong>do</strong> 4.º ano.<br />

Para os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s no 6.º, no 7.º e no 8.º escalão, a avaliação ocorre<br />

no final <strong>de</strong> cada triénio.<br />

Recorda-se que o processo avaliativo se reporta sempre a anos escolares completos e<br />

anteriores. Para os professores <strong>do</strong> quadro a periodicida<strong>de</strong> da avaliação é <strong>de</strong> <strong>do</strong>is ou<br />

três anos escolares completos e para os <strong>do</strong>centes contrata<strong>do</strong>s é anual.<br />

Para efeitos <strong>de</strong> progressão na carreira é consi<strong>de</strong>rada a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

relativa ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> duração <strong>do</strong> escalão, até 31 <strong>de</strong> Agosto <strong>do</strong> ano escolar anterior<br />

àquele em que o <strong>do</strong>cente complete o tempo <strong>de</strong> serviço necessário a tal progressão na<br />

carreira.<br />

1.6. O que é o regime transitório <strong>de</strong> avaliação?<br />

O regime transitório <strong>de</strong> avaliação está regulamenta<strong>do</strong> no artigo 3.º <strong>do</strong> Decreto<br />

Legislativo Regional n.º 4/2009/A, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Abril, que altera e republica o Decreto<br />

Legislativo Regional n.º 21/2007/A, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Agosto, que aprova o Estatuto da Carreira<br />

<strong>Docente</strong> na Região Autónoma <strong>do</strong>s Açores.<br />

Este regime reporta-se ao ano escolar <strong>de</strong> 2008/09 e aplica-se a to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes,<br />

pertencentes ao quadro e contrata<strong>do</strong>s, em exercício <strong>de</strong> funções no Sistema Educativo<br />

Público Regional. A avaliação é efectuada pelo conselho executivo, ouvi<strong>do</strong> o<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento, se necessário, e traduz-se na menção <strong>de</strong> Bom ou<br />

Insuficiente.<br />

O <strong>do</strong>cente <strong>de</strong>verá elaborar um relatório <strong>de</strong> auto-avaliação com o máximo <strong>de</strong> quinze<br />

páginas, no âmbito das seguintes dimensões funcionais <strong>do</strong> perfil <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho:<br />

1. Dimensão social e ética: refere-se à participação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente nas activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>partamento curricular, nível <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> e exercício <strong>de</strong> cargos no âmbito<br />

da escola.<br />

2. Desenvolvimento <strong>do</strong> ensino e da aprendizagem: refere-se à preparação e<br />

realização das activida<strong>de</strong>s lectivas, cumprimento das orientações curriculares e<br />

processo <strong>de</strong> avaliação das aprendizagens <strong>do</strong>s alunos.<br />

3. Participação nas activida<strong>de</strong>s da escola e relação com a comunida<strong>de</strong> escolar:<br />

refere-se à participação nas activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> plano anual <strong>de</strong> escola e à<br />

dinamização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio aos alunos.<br />

4. Desenvolvimento profissional: refere-se à participação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente na formação<br />

contínua.<br />

Note-se que os <strong>do</strong>cumentos probatórios e <strong>de</strong> coadjuvação <strong>de</strong> análise que o <strong>do</strong>cente<br />

consi<strong>de</strong>re relevante apresentar não são contabiliza<strong>do</strong>s como parte das quinze páginas.<br />

9


Os <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> quadro que não reuniram os requisitos para progredir no <strong>de</strong>curso <strong>do</strong><br />

ano escolar 2009/10 integram a reflexão avaliativa feita sobre o ano escolar <strong>de</strong><br />

2008/09 no primeiro processo da sua próxima avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

10


SECÇÃO 2<br />

O Formulário e Relatório <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong> Pessoal <strong>Docente</strong><br />

No seu processo <strong>de</strong> avaliação, o <strong>do</strong>cente entrega ao coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento<br />

curricular o <strong>do</strong>cumento Formulário e Relatório <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>do</strong><br />

Pessoal <strong>Docente</strong>, preenchi<strong>do</strong> na parte que se lhe refere, até trinta dias antes da data<br />

em que complete o tempo <strong>de</strong> serviço necessário à progressão na carreira ou até trinta<br />

dias antes <strong>do</strong> termo <strong>do</strong> primeiro perío<strong>do</strong> avaliativo <strong>de</strong> cada escalão. A data <strong>de</strong> entrega<br />

para os <strong>do</strong>centes contrata<strong>do</strong>s é até 10 <strong>de</strong> Julho.<br />

2.1. Qual o mo<strong>de</strong>lo para o relatório <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório <strong>de</strong> avaliação é <strong>de</strong> preenchimento obrigatório e está integra<strong>do</strong><br />

no formulário <strong>de</strong> avaliação normaliza<strong>do</strong>, isto é, formulário e relatório são um só<br />

<strong>do</strong>cumento. O formulário estrutura o relatório, haven<strong>do</strong> em cada parâmetro ou<br />

indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> classificação um espaço para análise crítica em que o <strong>do</strong>cente enquadra e<br />

justifica a sua auto-avaliação. Esse espaço não é limita<strong>do</strong>, estan<strong>do</strong> a versão Word <strong>do</strong><br />

formulário disponível no Portal da Educação. O conjunto das análises críticas<br />

apresentadas constitui o relatório <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente. O formulário <strong>de</strong> avaliação<br />

é acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos probatórios e <strong>de</strong> coadjuvação da análise que o<br />

<strong>do</strong>cente consi<strong>de</strong>re relevantes.<br />

A análise crítica apresentada em cada item <strong>do</strong> formulário assegura o registo<br />

continua<strong>do</strong> e reflexivo <strong>do</strong>s elementos que <strong>do</strong>cumentam o <strong>de</strong>sempenho profissional <strong>do</strong><br />

professor nas diferentes dimensões <strong>do</strong> seu perfil funcional. Trata-se da apreciação que<br />

o <strong>do</strong>cente faz <strong>do</strong> seu próprio <strong>de</strong>sempenho, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> oportunida<strong>de</strong>s para o seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento profissional. Sublinha-se o carácter continua<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta análise que se<br />

reporta a um, <strong>do</strong>is ou três anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> <strong>do</strong>cente e a sua natureza crítica, reflexiva<br />

e analítica, sen<strong>do</strong> algo que ultrapassa o <strong>de</strong>scritivo.<br />

2.2. Quais os princípios, objectivos e características <strong>do</strong> relatório <strong>de</strong> avaliação?<br />

Sugerem-se alguns princípios a observar na elaboração das análises críticas:<br />

Referir os aspectos positivos <strong>do</strong> seu <strong>de</strong>sempenho.<br />

I<strong>de</strong>ntificar necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria.<br />

Apontar necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação profissional.<br />

Enquadrar, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> o <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> à situação, e<br />

justificar a auto-avaliação apresentada.<br />

O relatório <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>ve ser visto numa perspectiva formativa e <strong>de</strong> melhoria<br />

profissional e tem como objectivos:<br />

Coligir as evidências <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente nas diferentes dimensões <strong>do</strong><br />

respectivo perfil profissional.<br />

I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente.<br />

11


Constituir um registo <strong>do</strong> percurso profissional <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente, numa perspectiva <strong>de</strong><br />

reflexão crítica e <strong>de</strong> auto-avaliação.<br />

O relatório <strong>de</strong> avaliação tem as seguintes características:<br />

Sistematiza e organiza informação/evidências <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente.<br />

Tem um valor formativo no âmbito <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissional <strong>do</strong>cente.<br />

Tem um carácter longitudinal, constituin<strong>do</strong>-se como uma narrativa da acção<br />

<strong>do</strong>cente.<br />

Tem uma natureza reflexiva, assente na auto-análise e auto-avaliação.<br />

Tem um carácter selectivo e <strong>do</strong>cumental.<br />

Permite <strong>do</strong>cumentar o processo <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente e resulta<strong>do</strong>s da sua<br />

acção.<br />

Abrange diversos tipos <strong>de</strong> informação.<br />

Tem um carácter emancipatório, uma vez que as opções tomadas na sua<br />

elaboração ou construção são da responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente.<br />

Apresenta <strong>do</strong>cumentos que se reportam a situações significativas <strong>de</strong><br />

aprendizagem e avaliação.<br />

Apresenta registos <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes críticos ou episódios que suscitem reflexão e<br />

até teorização, levan<strong>do</strong> a um crescimento profissional e mudança <strong>de</strong> crenças,<br />

percepções ou atitu<strong>de</strong>s.<br />

Apresenta reflexões sobre as práticas, ao nível da planificação, execução e<br />

avaliação.<br />

2.3. Quais são os <strong>do</strong>cumentos probatórios a seleccionar?<br />

Sublinhan<strong>do</strong> que a selecção <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos probatórios e <strong>de</strong> coadjuvação da análise<br />

crítica é da exclusiva responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong> e <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> <strong>de</strong> novo os<br />

critérios <strong>de</strong> selecção para a apresentação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, referi<strong>do</strong>s em 1.4., apresentamos<br />

uma listagem <strong>de</strong> sugestões <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>cumentos <strong>de</strong> sustentação:<br />

Actas <strong>de</strong> conselhos <strong>de</strong> turma/coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> ano (referência à acta ou excerto<br />

da mesma).<br />

Planificações <strong>de</strong> ano, <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> aula, <strong>de</strong> projectos.<br />

Materiais didácticos produzi<strong>do</strong>s.<br />

Planos <strong>de</strong> recuperação, <strong>de</strong> acompanhamento, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

competências <strong>do</strong>s alunos.<br />

Planificações no âmbito da diferenciação pedagógica.<br />

Instrumentos <strong>de</strong> avaliação: matrizes, testes/provas, grelhas <strong>de</strong> classificação,<br />

grelhas <strong>de</strong> observação, listas <strong>de</strong> verificação ou outros.<br />

Grelhas <strong>de</strong> análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s escolares <strong>do</strong>s alunos.<br />

Projectos curriculares <strong>de</strong> turma.<br />

Relatórios <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> projectos ou activida<strong>de</strong>s.<br />

Registos <strong>de</strong> participação em eventos.<br />

Certifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> participação em acções <strong>de</strong> formação.<br />

Da<strong>do</strong>s administrativos.<br />

12


Com o objectivo <strong>de</strong> assegurar a harmonização <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada<br />

unida<strong>de</strong> orgânica e sustentar o processo <strong>de</strong> apreciação <strong>do</strong>s relatórios, as comissões<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ras da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho po<strong>de</strong>m, caso o entendam, construir<br />

grelhas <strong>de</strong> análise ou listas <strong>de</strong> verificação para enquadrar o processo <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>do</strong>cumental <strong>do</strong> relatório e <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos probatórios. Estes instrumentos <strong>de</strong> análise<br />

e registo <strong>de</strong>vem ter carácter utilitário, permitin<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumentar a avaliação a que se<br />

reportam e anotar factores situacionais. Alguns itens <strong>de</strong> análise que apontamos como<br />

relevantes são, por exemplo, o rigor <strong>de</strong> linguagem, a qualida<strong>de</strong> da reflexão e a<br />

selecção <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos probatórios.<br />

2.4. O que é o formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

O formulário <strong>de</strong> avaliação é um <strong>do</strong>cumento normaliza<strong>do</strong> e aprova<strong>do</strong> por Decreto<br />

Regulamentar Regional, da competência <strong>do</strong> Governo. Respeita as quatro dimensões<br />

funcionais <strong>do</strong> perfil profissional <strong>do</strong>cente, a saber: dimensão social e ética,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino e da aprendizagem, participação nas activida<strong>de</strong>s da escola<br />

e relação com a comunida<strong>de</strong> escolar e o <strong>de</strong>senvolvimento profissional. Nele se <strong>de</strong>finem<br />

os factores que integram as componentes <strong>de</strong> competências e atitu<strong>de</strong>s pessoais <strong>do</strong><br />

professor, bem como a <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> comportamento profissional que lhes<br />

correspon<strong>de</strong>. O formulário obe<strong>de</strong>ce a um sistema <strong>de</strong> pontuação fixa, num máximo <strong>de</strong><br />

200 pontos, contempla a auto e a hetero-avaliação e divi<strong>de</strong>-se em três partes.<br />

A primeira parte <strong>do</strong> formulário, parte A, é preenchida pelo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>partamento curricular ou pelo avalia<strong>do</strong>r com competência <strong>de</strong>legada, cf. 3.6., e tem<br />

uma pontuação máxima <strong>de</strong> 115 pontos, correspon<strong>de</strong>nte a 57,5% da classificação final<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>cente. Se o <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong> for o coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento, o<br />

preenchimento será assegura<strong>do</strong> pelo conselho executivo.<br />

A segunda parte, parte B, é preenchida pelo conselho executivo e tem uma pontuação<br />

máxima <strong>de</strong> 65 pontos, correspon<strong>de</strong>nte a 32,5% da classificação final <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente.<br />

Note-se que as quatro dimensões funcionais <strong>do</strong> perfil profissional <strong>do</strong>cente são<br />

<strong>de</strong>s<strong>do</strong>bradas em diferentes itens nas partes A e B <strong>do</strong> formulário, permitin<strong>do</strong> que sejam<br />

objecto <strong>de</strong> avaliação sob perspectivas ou ângulos diferentes, sem contu<strong>do</strong> haver<br />

duplicação <strong>do</strong>s itens a avaliar.<br />

A terceira parte <strong>do</strong> formulário, parte C, D ou E, focaliza-se nas competências <strong>de</strong><br />

leccionação e é preenchida pelo observa<strong>do</strong>r/avalia<strong>do</strong>r. A classificação faz-se por<br />

referência aos indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cada item em análise, haven<strong>do</strong> uma escala com três<br />

pontuações fixas por competência. Esta parte tem uma pontuação máxima <strong>de</strong> 200<br />

pontos, correspon<strong>de</strong>nte a 10% da classificação final <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente.<br />

2.5. Qual o processo <strong>de</strong> classificação usa<strong>do</strong> nas partes A e B <strong>do</strong> formulário <strong>de</strong><br />

avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

13


O processo <strong>de</strong> classificação usa<strong>do</strong> no formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente<br />

tem por referência três <strong>de</strong>scritores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, haven<strong>do</strong> para cada <strong>de</strong>scritor uma<br />

pontuação fixa associada.<br />

Cada <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho caracteriza um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> comportamento ou perfil,<br />

recorren<strong>do</strong>, preferencialmente, a indica<strong>do</strong>res qualitativos. Trata-se <strong>de</strong> uma breve<br />

<strong>de</strong>scrição, que acompanha uma banda ou escala <strong>de</strong> classificação, que resume o grau<br />

<strong>de</strong> proficiência ou tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho espera<strong>do</strong>. Utiliza-se uma escala verbal <strong>de</strong><br />

classificação, que se apresenta através <strong>de</strong> <strong>de</strong>scritores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho cujas diferenças<br />

se sustentam na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>s ou situações, na adjectivação e no uso <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminantes qualitativos.<br />

Os três <strong>de</strong>scritores apontam três tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho que importa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já<br />

distinguir: o primeiro <strong>de</strong>scritor aponta sempre para uma situação <strong>de</strong> incumprimento<br />

ou para um <strong>de</strong>sempenho que fica aquém <strong>do</strong> estatuí<strong>do</strong> para profissão <strong>do</strong>cente, o<br />

<strong>de</strong>scritor intermédio caracteriza o <strong>de</strong>sempenho espera<strong>do</strong> e que é retrata<strong>do</strong> pelo<br />

ECDRAA, o terceiro <strong>de</strong>scritor representa um <strong>de</strong>sempenho que ultrapassa o perfil<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente. Assim, a atribuição reiterada <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>stes<br />

<strong>de</strong>scritores, com a pontuação que lhes está associada, tem as seguintes repercussões<br />

na progressão na carreira <strong>do</strong>cente:<br />

Obter, maioritariamente, a pontuação inferior nos diferentes itens significará a<br />

obtenção <strong>de</strong> uma menção <strong>de</strong> Insuficiente ou <strong>de</strong> Regular, com as consequências<br />

que se <strong>de</strong>screvem em 5.9.<br />

Obter, maioritariamente, a pontuação intermédia nos diferentes itens<br />

significará a obtenção <strong>de</strong> uma menção <strong>de</strong> Bom, o que assegura a progressão<br />

natural na carreira <strong>do</strong>cente com o tempo <strong>de</strong> permanência estabeleci<strong>do</strong> para<br />

cada escalão.<br />

Obter, maioritariamente, a pontuação superior nos diferentes itens significará<br />

a obtenção <strong>de</strong> uma menção <strong>de</strong> Muito Bom ou <strong>de</strong> Excelente, o que permite a<br />

progressão mais rápida na carreira <strong>do</strong>cente, reduzin<strong>do</strong> o tempo <strong>de</strong><br />

permanência estabeleci<strong>do</strong> para cada escalão, ou a atribuição <strong>de</strong> prémios <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho, cf. 5.9.<br />

No processo <strong>de</strong> avaliação e classificação <strong>de</strong>stacamos <strong>do</strong>is conceitos estruturantes na<br />

concepção <strong>do</strong>s diferentes <strong>de</strong>scritores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho:<br />

Inovação. Este conceito distingue-se pelo seu elemento <strong>de</strong> planificação ou<br />

intenção <strong>de</strong>liberada, remeten<strong>do</strong> sempre para uma operação completa, cujo<br />

objectivo é fazer instalar, aceitar e utilizar <strong>de</strong>terminada mudança, que <strong>de</strong>ve<br />

perdurar, ser amplamente utilizada e não per<strong>de</strong>r as suas características iniciais<br />

(Huberman, 73). A inovação comporta algo <strong>de</strong> novo para as pessoas que se<br />

confrontam com <strong>de</strong>terminada situação e implica mudanças nos<br />

comportamentos e crenças <strong>de</strong>ssas pessoas. Assim, a inovação resi<strong>de</strong> na<br />

implementação das mudanças (Fullan, 92).<br />

14


Eficácia. Este conceito remete para o grau <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> um output<br />

estabeleci<strong>do</strong> ou <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, entendi<strong>do</strong> na sua vertente <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> ou<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço. A eficácia implica sempre a comparação entre os<br />

resulta<strong>do</strong>s ou efeitos obti<strong>do</strong>s e os objectivos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s ou fixa<strong>do</strong>s, e afere-se<br />

pelo impacto, efeito da acção ou pelo resulta<strong>do</strong> obti<strong>do</strong>.<br />

Deste processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição resulta uma clara articulação entre os <strong>do</strong>is conceitos e a<br />

implicação <strong>de</strong> ambos que se traduz numa intenção <strong>de</strong>liberada, numa alteração <strong>de</strong><br />

práticas, num resulta<strong>do</strong> positivo e, consequentemente, em melhoria. Melhoria das<br />

aprendizagens <strong>do</strong>s alunos, melhoria <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong>s órgãos <strong>de</strong> gestão<br />

intermédia ou <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho em que o <strong>do</strong>cente se envolva, melhoria das<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação profissional, melhoria da relação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente com a<br />

comunida<strong>de</strong> escolar.<br />

2.6. Quais são os itens que se constituem como objecto <strong>de</strong> avaliação na parte A <strong>do</strong><br />

formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

1. Dimensão Social e Ética<br />

1.1 Participação nas activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento curricular<br />

Este item refere-se às activida<strong>de</strong>s que o <strong>do</strong>cente <strong>de</strong>senvolveu no seio <strong>do</strong> seu<br />

<strong>de</strong>partamento, distinguin<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> item 3.1., que implica activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento<br />

que integram o plano anual <strong>de</strong> escola e que po<strong>de</strong>m envolver outros intervenientes.<br />

As activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento serão todas as que envolvem os <strong>do</strong>centes que<br />

integram este órgão, por exemplo: reflexão sobre temáticas ou práticas pedagógicas,<br />

elaboração <strong>de</strong> pareceres, concepção <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos <strong>de</strong> trabalho, elaboração <strong>de</strong><br />

orientações curriculares, estabelecimento <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> trabalho, entre outros.<br />

A atribuição <strong>do</strong> <strong>de</strong>scritor com pontuação superior implica a apresentação, pelo<br />

<strong>do</strong>cente, <strong>de</strong> propostas inova<strong>do</strong>ras para o <strong>de</strong>senvolvimento das activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>partamento.<br />

1.2 A<strong>de</strong>quação, fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> relatório <strong>de</strong> auto-avaliação<br />

Este item é relativo à globalida<strong>de</strong> das análises críticas apresentadas, incidin<strong>do</strong>: na sua<br />

a<strong>de</strong>quação, isto é, no enquadramento que é feito e na sustentação que é apresentada;<br />

na sua qualida<strong>de</strong>, entendida no aspecto formal, nomeadamente, no rigor<br />

terminológico, e na dimensão da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong>, em particular<br />

nos aspectos reflexivos e ainda na sua fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong>, isto é, no tipo <strong>de</strong> justificação que<br />

suporta a auto-avaliação, verifican<strong>do</strong>-se se é ou não merece<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> crédito.<br />

O <strong>de</strong>scritor com a pontuação mais elevada será atribuí<strong>do</strong> se o relatório, para além <strong>de</strong><br />

respeitar os atributos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação, fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>, apresentar uma<br />

sustentação teórica e bibliográfica que enquadre as práticas profissionais<br />

<strong>de</strong>senvolvidas no <strong>de</strong>sempenho da profissão.<br />

15


A análise crítica a apresentar neste item é facultativa.<br />

2. Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino e da Aprendizagem<br />

2.1 Preparação e organização das activida<strong>de</strong>s lectivas<br />

Este item avalia o mo<strong>do</strong> como o <strong>do</strong>cente prepara e organiza a sua activida<strong>de</strong> lectiva,<br />

sen<strong>do</strong> esta preparação articulada com as orientações <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento curricular e<br />

condicionada pelo grupo <strong>de</strong> alunos.<br />

O <strong>de</strong>scritor com a pontuação máxima envolve, além <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> aprendizagem<br />

inova<strong>do</strong>ras, isto é que provoquem mudança <strong>de</strong> práticas ou atitu<strong>de</strong>s e melhoria <strong>do</strong>s<br />

resulta<strong>do</strong>s, a articulação <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem com dispositivos <strong>de</strong><br />

avaliação congruentes, ou seja, articula<strong>do</strong>s, váli<strong>do</strong>s e credíveis e também funcionais.<br />

Falamos <strong>de</strong> instrumentos cuja valida<strong>de</strong> seja aceite, que <strong>de</strong> facto avaliem ou meçam<br />

aquilo que o <strong>do</strong>cente se propõe avaliar ou medir. Isto pressupõe que, no processo <strong>de</strong><br />

concepção <strong>do</strong>s instrumentos <strong>de</strong> avaliação, sejam explicita<strong>do</strong>s os objectivos da<br />

aplicação <strong>do</strong> instrumento bem como as competências em avaliação e os diferentes<br />

patamares <strong>de</strong> proficiência, articula<strong>do</strong>s com os critérios <strong>de</strong> classificação.<br />

2.2 Realização das activida<strong>de</strong>s lectivas<br />

Este item reporta-se à totalida<strong>de</strong> das aulas leccionadas no perío<strong>do</strong> avaliativo,<br />

distinguin<strong>do</strong>-se da parte C, em que se avaliam, exclusivamente, as aulas observadas. A<br />

avaliação das activida<strong>de</strong>s lectivas <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente baseia-se na reflexão que é apresentada<br />

sobre esse processo, isto é, a partir da preparação e organização das activida<strong>de</strong>s<br />

lectivas, o <strong>do</strong>cente exerce a sua capacida<strong>de</strong> reflexiva, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> uma realização<br />

lectiva com correcção científica e pedagógica.<br />

A qualida<strong>de</strong> das experiências <strong>de</strong> aprendizagem promovidas é que irá <strong>de</strong>terminar a<br />

atribuição <strong>do</strong> <strong>de</strong>scritor com a pontuação mais alta. Essas aprendizagens <strong>de</strong>verão, <strong>do</strong><br />

ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong>s alunos, ser significativas, inova<strong>do</strong>ras e eficazes. Ou seja, <strong>de</strong>vem ser<br />

motiva<strong>do</strong>ras, provocar a alteração <strong>de</strong> quadros cognitivos ou atitudinais e a construção<br />

<strong>do</strong> saber.<br />

2.3 Cumprimento das orientações curriculares<br />

Neste item está em avaliação o cumprimento <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos enquadra<strong>do</strong>res das<br />

activida<strong>de</strong>s lectivas, ou seja, as orientações curriculares, programáticas e os planos<br />

traça<strong>do</strong>s para to<strong>do</strong>s os alunos a cargo <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>. Estes <strong>de</strong>scritores apontam<br />

sempre um contexto específico, <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> e condiciona<strong>do</strong> pelo conjunto <strong>de</strong> alunos<br />

a cargo <strong>do</strong> professor.<br />

Os <strong>do</strong>centes que, por alguma circunstância, só exercem a sua activida<strong>de</strong> lectiva em<br />

apoio a alunos, cumprem os planos educativos individuais traça<strong>do</strong>s para esses alunos,<br />

sen<strong>do</strong> essas as orientações curriculares a ter em conta.<br />

16


O <strong>de</strong>scritor com a pontuação mais elevada será atribuí<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> o <strong>do</strong>cente, partin<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> contexto <strong>do</strong>s seus alunos, <strong>de</strong>senvolver um trabalho sistemático, <strong>de</strong> gestão e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento curricular, cumprin<strong>do</strong> a totalida<strong>de</strong> das orientações curriculares e<br />

programáticas fixadas para os seus alunos.<br />

2.4. Processo <strong>de</strong> avaliação das aprendizagens <strong>do</strong>s alunos<br />

Este é o item relativo aos procedimentos <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong>s alunos, concebi<strong>do</strong>s e<br />

aplica<strong>do</strong>s pelo <strong>do</strong>cente. Estes procedimentos <strong>de</strong>verão respeitar os <strong>do</strong>cumentos<br />

orienta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> avaliação das aprendizagens <strong>do</strong>s alunos, isto é, os<br />

referenciais curriculares e programáticos, o projecto curricular <strong>de</strong> escola, o projecto<br />

curricular <strong>de</strong> turma, os critérios uniformes <strong>de</strong> avaliação da unida<strong>de</strong> orgânica, os<br />

critérios <strong>de</strong> avaliação estabeleci<strong>do</strong>s pelo <strong>de</strong>partamento curricular e quaisquer outros<br />

<strong>do</strong>cumentos regula<strong>do</strong>res <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> alunos. Para além <strong>de</strong>ste<br />

alinhamento com os <strong>do</strong>cumentos orienta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> processo, o <strong>do</strong>cente <strong>de</strong>verá a<strong>de</strong>quar<br />

os procedimentos <strong>de</strong> avaliação às necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s seus alunos.<br />

O <strong>de</strong>scritor associa<strong>do</strong> à pontuação máxima prevê toda esta a<strong>de</strong>quação aliada a<br />

procedimentos globalmente inova<strong>do</strong>res e eficazes. Aponta-se, neste caso, para mo<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> actuação diferentes, que resultem em melhoria nas aprendizagens realizadas. A<br />

eficácia implica a diversificação <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> avaliação, a respectiva<br />

validação e concretização <strong>do</strong> objecto <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> cada instrumento e o respeito<br />

por diferentes estilos <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

2.5 Desenvolvimento <strong>de</strong> práticas conducentes à melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho escolar,<br />

ten<strong>do</strong> em conta o contexto sócio-educativo <strong>do</strong> aluno<br />

Este item avalia as práticas <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente que <strong>de</strong>vem conduzir a melhores resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

alunos, reportan<strong>do</strong>-se a to<strong>do</strong>s os alunos a cargo. A evidência <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sempenho obriga<br />

a uma avaliação diagnóstica e prognóstica validada e fiável que possa servir <strong>de</strong><br />

referencial para <strong>de</strong>monstrar a progressão e avanço <strong>do</strong>s alunos, nas aprendizagens<br />

realizadas. A avaliação é sempre feita ten<strong>do</strong> em conta a realida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s alunos, o seu<br />

ponto <strong>de</strong> partida e a <strong>de</strong>sejável mais-valia que as práticas <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente representaram no<br />

processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> saberes <strong>de</strong>sses alunos.<br />

O <strong>de</strong>scritor com a pontuação mais elevada será atribuí<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se verificar uma<br />

melhoria significativa <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho escolar <strong>do</strong>s alunos, isto é, quan<strong>do</strong> ocorrer uma<br />

melhoria consistente, que não é pontual mas que se mantém, que é progressiva e<br />

continuada.<br />

3. Participação na Escola e Relação com a Comunida<strong>de</strong> Escolar:<br />

3.1 Participação nas activida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> plano anual da escola<br />

Este é o item relativo às activida<strong>de</strong>s propostas pelo <strong>de</strong>partamento curricular <strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>cente, que integram o plano anual <strong>de</strong> escola e que envolvem vários intervenientes<br />

da comunida<strong>de</strong> educativa.<br />

17


A atribuição <strong>do</strong> <strong>de</strong>scritor com pontuação mais alta conten<strong>de</strong> um trabalho com<br />

qualida<strong>de</strong> e relevância e o reconhecimento formal, isto é, em suporte escrito, <strong>de</strong>ssa<br />

qualida<strong>de</strong> e relevância, pela escola, através <strong>de</strong> órgãos como o conselho pedagógico,<br />

executivo ou a assembleia <strong>de</strong> escola.<br />

4. Desenvolvimento Profissional:<br />

4.1 Participação em activida<strong>de</strong>s formativas<br />

As activida<strong>de</strong>s formativas a pon<strong>de</strong>rar neste item são todas aquelas, validadas pela<br />

escola ou por outra entida<strong>de</strong> certificada, em que o <strong>do</strong>cente participa sem ser objecto<br />

<strong>de</strong> avaliação individual e sem obter unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crédito, distinguin<strong>do</strong>-se pois <strong>do</strong> item<br />

8.1., que diz respeito às acções <strong>de</strong> formação contínua frequentadas.<br />

A qualificação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente através <strong>do</strong> <strong>de</strong>scritor associa<strong>do</strong> à pontuação mais elevada<br />

obriga a que o mesmo organize ou participe na organização <strong>de</strong>stes eventos ou ainda<br />

que seja ele mesmo a dinamizar uma activida<strong>de</strong> formativa, validada pela escola ou por<br />

outra entida<strong>de</strong> legalmente certificada. Referimo-nos a workshops, apresentações,<br />

fóruns, mesas re<strong>do</strong>ndas, comunicações, palestras, entre outros.<br />

4.2 Partilha <strong>de</strong> práticas profissionais<br />

Neste item avalia-se a partilha, pelo <strong>do</strong>cente, <strong>de</strong> práticas educativas ou projectos<br />

profissionais. Esta partilha será sempre da iniciativa e responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> próprio.<br />

Importa verificar se a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partilha não se constitui como activida<strong>de</strong><br />

formativa, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a que uma mesma activida<strong>de</strong> não seja objecto <strong>de</strong> avaliação em<br />

<strong>do</strong>is itens distintos.<br />

Para a obtenção da pontuação mais alta, associada ao <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

superior, será necessário que as boas práticas <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente sejam, formalmente,<br />

reconhecidas pela escola, através <strong>do</strong> conselho pedagógico, e divulgadas externamente,<br />

ou seja, através <strong>de</strong> publicações ou em eventos que envolvam outros intervenientes<br />

que não os da comunida<strong>de</strong> educativa <strong>de</strong> pertença <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente.<br />

2.7. Quais são os itens que se constituem como objecto <strong>de</strong> avaliação na parte B <strong>do</strong><br />

formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

5. Dimensão Social e Ética:<br />

5.1 Nível <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong><br />

Este item, pela sua natureza factual, não inclui análise crítica.<br />

Ao <strong>do</strong>cente que tiver uma ou mais faltas não equiparadas a serviço efectivo ser-lhe-á<br />

atribuída a pontuação mais baixa, associada ao primeiro <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

As faltas não equiparadas a serviço efectivo são:<br />

18


As faltas injustificadas;<br />

As faltas por prisão resultante <strong>de</strong> sentença;<br />

As faltas por pena <strong>de</strong> suspensão;<br />

As faltas por <strong>do</strong>ença para além <strong>do</strong>s trinta dias por ano escolar e até <strong>de</strong>zoito<br />

meses;<br />

As faltas com perda <strong>de</strong> vencimento.<br />

Enquadram-se no <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho intermédio os <strong>do</strong>centes que apenas<br />

registarem faltas equiparadas a serviço efectivo sem, contu<strong>do</strong>, reunirem os requisitos<br />

para serem avalia<strong>do</strong>s pelos padrões <strong>do</strong> <strong>de</strong>scritor associa<strong>do</strong> à pontuação mais elevada.<br />

As faltas equiparadas a serviço efectivo são:<br />

As faltas por <strong>do</strong>ença até trinta dias por cada ano escolar;<br />

As faltas por <strong>do</strong>ença até trinta dias <strong>de</strong> internamento;<br />

As faltas por <strong>do</strong>ença incapacitante até trinta e seis meses;<br />

As faltas por tratamento ambulatório, consulta e exames <strong>de</strong> diagnóstico <strong>do</strong><br />

próprio e <strong>de</strong> familiares;<br />

As faltas por assistência a menores <strong>de</strong> treze anos;<br />

As faltas por assistência a membro <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar;<br />

As faltas por assistência a netos <strong>de</strong> filhos com menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>zasseis anos;<br />

As faltas por assistência a pessoa com <strong>de</strong>ficiência ou <strong>do</strong>ença crónica;<br />

As faltas por activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> pertença à Associação <strong>de</strong> Pais;<br />

As faltas por activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> pertença à Assembleia <strong>de</strong> Escola;<br />

As faltas por activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> pertença ao Conselho Pedagógico;<br />

As faltas por activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> pertença ao Conselho <strong>de</strong> Turma;<br />

As faltas por activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> pertença à Assembleia Municipal;<br />

As faltas por activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> pertença ao Conselho <strong>de</strong> Educação;<br />

As faltas por activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> pertença, enquanto pai ou encarrega<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> educação, à Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens, ao nível municipal;<br />

As faltas ao abrigo <strong>do</strong> estatuto <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>r estudante;<br />

As faltas por exercício <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> pai ou encarrega<strong>do</strong> <strong>de</strong> educação;<br />

As faltas por tuberculose;<br />

As faltas por casamento;<br />

As faltas por falecimento <strong>de</strong> familiar;<br />

As faltas ao abrigo <strong>do</strong> estatuto <strong>de</strong> bolseiro ou equipara<strong>do</strong>;<br />

As faltas por <strong>do</strong>ação <strong>de</strong> sangue;<br />

As faltas por socorrismo;<br />

As faltas por prisão preventiva;<br />

As faltas por cumprimento <strong>de</strong> obrigações legais;<br />

As faltas por prestação <strong>de</strong> provas <strong>de</strong> concurso público;<br />

As faltas por conta <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> férias;<br />

As faltas por motivos não imputáveis ao trabalha<strong>do</strong>r;<br />

As faltas por participação nos órgãos <strong>de</strong> administração e gestão <strong>do</strong>s<br />

estabelecimentos <strong>de</strong> ensino;<br />

19


As faltas por aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho ou <strong>do</strong>ença profissional.<br />

Importa ainda distinguir da noção <strong>de</strong> falta o conceito <strong>de</strong> licença. As licenças não são<br />

contabilizadas como faltas.<br />

Distinguimos as seguintes licenças:<br />

Por gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> risco;<br />

Por interrupção da gravi<strong>de</strong>z;<br />

Licença parental inicial, exclusiva da mãe;<br />

Licença parental inicial, com ou sem partilha;<br />

Licença parental inicial, sem partilha ou partilha livre;<br />

Licença parental inicial, partilhada segun<strong>do</strong> as condições legais exigidas;<br />

Licença parental inicial, partilhada;<br />

Licença parental inicial, <strong>de</strong> um progenitor em caso <strong>de</strong> impossibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> outro;<br />

Licença parental <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30 dias por cada gémeo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da<br />

modalida<strong>de</strong> da licença;<br />

Licença parental, exclusiva <strong>do</strong> Pai (obrigatória);<br />

Licença parental, exclusiva <strong>do</strong> Pai (facultativa);<br />

Licença por a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> menores <strong>de</strong> 15 anos;<br />

Licença parental complementar alargada;<br />

Licença parental complementar com trabalho a tempo parcial;<br />

Licença parental alargada e tempo parcial alternadamente;<br />

Licença sabática.<br />

Acrescenta-se ainda que o exercício <strong>do</strong> direito à greve é uma figura atípica, não<br />

consagrada na lei como falta, mas tida como ausência ao serviço, cuja única<br />

penalização é a perda <strong>de</strong> vencimento.<br />

A atribuição da pontuação mais alta, associada ao terceiro <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho,<br />

acontece na situação em que o <strong>do</strong>cente tem até 2% <strong>de</strong> faltas a activida<strong>de</strong>s lectivas, por<br />

ano escolar, equiparadas a serviço efectivo. Na contabilização <strong>de</strong>ste número <strong>de</strong> faltas<br />

exceptuam-se as seguintes situações, que por serem protegidas não têm efeitos para<br />

esta contagem:<br />

• Faltas por <strong>do</strong>ença até 30 dias;<br />

• Faltas por <strong>do</strong>ença incapacitante ou prolongada;<br />

• Faltas por assistência a filhos menores, em caso <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença ou aci<strong>de</strong>nte;<br />

• Faltas por assistência a filhos com <strong>de</strong>ficiência ou <strong>do</strong>ença crónica;<br />

• Faltas por falecimento <strong>de</strong> familiar;<br />

• Faltas por casamento;<br />

• Licença parental inicial;<br />

• Licença por a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> menores <strong>de</strong> 15 anos.<br />

A avaliação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente com a pontuação máxima implica, ainda, a ausência <strong>de</strong> faltas<br />

por conta <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> férias.<br />

20


Salvaguardamos também todas as dispensas <strong>de</strong> serviço, não contabilizadas para a<br />

avaliação da assiduida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente:<br />

Dispensa para formação;<br />

Dispensa <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> trabalho por parte <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>ra grávida, puérpera<br />

ou lactente, por motivo <strong>de</strong> protecção da sua segurança e saú<strong>de</strong>;<br />

Dispensa <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> trabalho nocturno;<br />

Dispensa para consulta pré-natal;<br />

Dispensa para avaliação para a<strong>do</strong>pção;<br />

Dispensa para amamentação ou aleitação;<br />

Dispensa para activida<strong>de</strong> sindical (crédito <strong>de</strong> horas/dias);<br />

Dispensa para activida<strong>de</strong>s socioculturais ou <strong>de</strong>sportivas;<br />

Dispensa para campanha eleitoral – Assembleia da República;<br />

Dispensa para campanha eleitoral – Assembleia Legislativa Regional;<br />

Dispensa para campanha eleitoral – Parlamento Europeu;<br />

Dispensa para campanha eleitoral – Autarquias Locais;<br />

Dispensa <strong>do</strong>s eleitos locais;<br />

Dispensa <strong>de</strong> serviço <strong>do</strong>s membros <strong>de</strong> Assembleia <strong>de</strong> voto.<br />

5.2 Exercício <strong>de</strong> cargos<br />

Este item contempla a avaliação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente no âmbito <strong>do</strong> exercício <strong>de</strong> cargos<br />

previstos no Regime <strong>de</strong> Criação, Autonomia e Gestão das Unida<strong>de</strong>s Orgânicas <strong>do</strong><br />

Sistema Educativo Regional, aprova<strong>do</strong> pelo Decreto Legislativo Regional n.º<br />

12/2005/A, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto Legislativo<br />

Regional n.º 35/2006/A, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro e pelo Decreto Legislativo Regional n.º<br />

17/2010/A, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Abril.<br />

O <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho intermédio, e a pontuação que lhe está associada, aplicase<br />

nas seguintes situações:<br />

<strong>Docente</strong> não eleito ou escolhi<strong>do</strong> para o exercício <strong>de</strong> qualquer cargo.<br />

<strong>Docente</strong> que tenha, justificadamente, recusa<strong>do</strong> o exercício <strong>de</strong> cargo(s).<br />

<strong>Docente</strong> que exerceu, nos termos da legislação em vigor, o(s) cargo(s) para o(s)<br />

qual/quais foi eleito.<br />

A pontuação máxima será atribuída ao <strong>do</strong>cente que, no exercício <strong>do</strong> cargo,<br />

implemente propostas inova<strong>do</strong>ras, que sejam um contributo para a eficácia <strong>do</strong> órgão<br />

que coor<strong>de</strong>na e que motive a equipa <strong>de</strong> trabalho.<br />

6. Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino e da Aprendizagem:<br />

6.1 Competências <strong>de</strong> leccionação - Parte C/D/E<br />

Neste espaço, os <strong>do</strong>centes avalia<strong>do</strong>s e avalia<strong>do</strong>res/observa<strong>do</strong>res inscrevem a<br />

pontuação correspon<strong>de</strong>nte aos resulta<strong>do</strong>s das observações <strong>de</strong> aula realizadas. Essa<br />

pontuação regista-se numa escala <strong>de</strong> 0 a 20 e obtém-se fazen<strong>do</strong> a média <strong>do</strong>s totais das<br />

várias observações, multiplicada pelo factor 0,1 e arre<strong>do</strong>ndada às décimas.<br />

21


Os <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> 3.º ao 8.º escalão que não estejam abrangi<strong>do</strong>s pelo disposto no<br />

número 9 <strong>do</strong> artigo 72.º <strong>do</strong> ECDRAA, isto é, que não tenham aulas observadas para<br />

efeitos <strong>de</strong> acesso à menção <strong>de</strong> Muito Bom ou Excelente, ou os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s<br />

nos 3.º, 4.º e 5.º escalões para quem a observação <strong>de</strong> aulas, ten<strong>do</strong> carácter<br />

obrigatório, não releva para efeitos <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, não preenchem este<br />

campo.<br />

7. Participação na Escola e Relação com a Comunida<strong>de</strong> Escolar:<br />

7.1 Participação nas activida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong> escolar e apreciação <strong>do</strong> trabalho<br />

colaborativo.<br />

Este item refere-se ao trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por equipas <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes e contempla<br />

áreas tão diversificadas quanto, por exemplo, o processo <strong>de</strong> auto-avaliação das<br />

escolas, através da equipa QUALIS, o processo <strong>de</strong> matrículas <strong>de</strong> alunos, a constituição <strong>de</strong><br />

turmas, a inventariação <strong>de</strong> material, a produção <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos orienta<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

ín<strong>do</strong>le curricular, os grupos <strong>de</strong> reflexão sobre temáticas <strong>de</strong> interesse para a<br />

comunida<strong>de</strong> educativa, entre outros.<br />

Para se enquadrar no <strong>de</strong>scritor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho associa<strong>do</strong> à pontuação mais alta, o<br />

<strong>do</strong>cente terá que ver formalmente reconhecida pela escola, através <strong>do</strong>s seus órgãos, a<br />

qualida<strong>de</strong> e relevância <strong>do</strong> seu trabalho, num ou mais <strong>de</strong>sses grupos <strong>de</strong> trabalho.<br />

7.2 Relação com os pais e encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> educação <strong>do</strong>s alunos a cargo<br />

Este item reporta-se à totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s alunos a cargo e respectivos encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

educação e não se confina à situação <strong>de</strong> direcção <strong>de</strong> turma.<br />

O <strong>do</strong>cente será avalia<strong>do</strong> através <strong>do</strong> <strong>de</strong>scritor intermédio quan<strong>do</strong>, no cumprimento <strong>do</strong><br />

seu <strong>de</strong>ver, informar os encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> educação ou outras entida<strong>de</strong>s,<br />

nomeadamente o director <strong>de</strong> turma, <strong>de</strong> quaisquer situações que <strong>de</strong>terminem a sua<br />

intervenção.<br />

Quan<strong>do</strong>, para além das informações prestadas, o <strong>do</strong>cente estabelecer um tipo <strong>de</strong><br />

relacionamento que, por via da eficácia das suas estratégias, escola e família se<br />

orientem por finalida<strong>de</strong>s e objectivos comuns, o seu <strong>de</strong>sempenho será traduzi<strong>do</strong> pelo<br />

terceiro <strong>de</strong>scritor, associa<strong>do</strong> à pontuação mais elevada. Este quadro <strong>de</strong><br />

relacionamento exige uma caracterização aprofundada das turmas, das respectivas<br />

famílias e o estabelecimento <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> melhoria, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> áreas <strong>de</strong><br />

intervenção, acções a <strong>de</strong>senvolver e resulta<strong>do</strong>s a atingir.<br />

7.3 Dinamização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio aos alunos<br />

Este item respeita a to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes e concretiza-se <strong>de</strong>ntro e fora <strong>do</strong> espaço formal<br />

<strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula. Na sala <strong>de</strong> aula, as medidas <strong>de</strong> apoio traduzem-se em actuações <strong>de</strong><br />

22


diferenciação curricular, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a que o <strong>do</strong>cente dê resposta às necessida<strong>de</strong>s<br />

específicas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os alunos a cargo.<br />

Fora <strong>do</strong> espaço da sala <strong>de</strong> aula, a legislação prevê um conjunto <strong>de</strong> iniciativas das quais<br />

<strong>de</strong>stacamos: as sessões <strong>de</strong> apoio suplementar, as aulas <strong>de</strong> substituição, as salas <strong>de</strong><br />

estu<strong>do</strong> e encaminhamento disciplinar, os clubes temáticos, as oficinas, a leitura<br />

orientada, a pesquisa bibliográfica, a tutoria.<br />

Cada unida<strong>de</strong> orgânica terá <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> o seu projecto <strong>de</strong> apoio educativo que enquadra<br />

estas práticas e torna possível a sua maior eficácia.<br />

A pontuação máxima nesta área <strong>de</strong> actuação <strong>do</strong>cente, <strong>de</strong>corre da implementação <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio aos alunos, <strong>de</strong>ntro ou fora <strong>do</strong> contexto da sala <strong>de</strong> aula, <strong>de</strong> forma<br />

sistemática, estrategicamente planificada, com recurso a meto<strong>do</strong>logias inova<strong>do</strong>ras,<br />

que produzam resulta<strong>do</strong>s dura<strong>do</strong>uros e melhorias na qualida<strong>de</strong> das aprendizagens<br />

realizadas pelos alunos.<br />

8. Desenvolvimento Profissional:<br />

8.1 Acções <strong>de</strong> formação contínua frequentadas ou dinamizadas<br />

Este é o item em que se consi<strong>de</strong>ram as acções <strong>de</strong> formação contínua, com avaliação<br />

individual, frequentadas ou dinamizadas pelo <strong>do</strong>cente. Para efeitos <strong>do</strong> processo <strong>de</strong><br />

avaliação, estas acções po<strong>de</strong>m ser na área específica <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência ou centradas na<br />

escola e nos contextos profissionais <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong> professor, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se encontrem<br />

creditadas nos termos legais e regulamentares aplicáveis.<br />

Note-se que, para efeitos <strong>de</strong> progressão na carreira <strong>do</strong>cente, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> duração<br />

<strong>do</strong> escalão o <strong>do</strong>cente <strong>de</strong>ve obter um número <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crédito igual ao número<br />

<strong>de</strong> anos <strong>de</strong> permanência no escalão, sen<strong>do</strong> 50% <strong>de</strong>ssa formação na área científica e<br />

nas didácticas específicas correspon<strong>de</strong>ntes às disciplinas que o <strong>do</strong>cente lecciona. Para<br />

efeitos <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho é exigida a participação, com aproveitamento, em<br />

cada perío<strong>do</strong> avaliativo, em acções <strong>de</strong> formação contínua, não sen<strong>do</strong> relevante, para<br />

estes efeitos, a área <strong>de</strong> formação.<br />

O <strong>de</strong>scritor intermédio enquadra as situações em que o <strong>do</strong>cente participou, com<br />

aproveitamento, em acções <strong>de</strong> formação contínua e as situações em que, por motivos<br />

justifica<strong>do</strong>s, o <strong>do</strong>cente não as frequentou.<br />

O terceiro <strong>de</strong>scritor, associa<strong>do</strong> à pontuação máxima <strong>do</strong> item, <strong>de</strong>fine as situações em<br />

que o <strong>do</strong>cente foi forma<strong>do</strong>r em acções <strong>de</strong> formação contínua, nos termos <strong>do</strong> ECDRAA,<br />

e as situações em que o <strong>do</strong>cente, enquanto forman<strong>do</strong>, obteve classificação máxima no<br />

processo <strong>de</strong> avaliação individual da acção.<br />

2.8. Quais são os itens que se constituem como objecto <strong>de</strong> avaliação na parte C <strong>do</strong><br />

formulário <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

23


A terceira parte <strong>do</strong> formulário é uma ficha <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas (parte C),<br />

existin<strong>do</strong> um mo<strong>de</strong>lo específico para a educação especial (parte D) e um mo<strong>de</strong>lo para<br />

o ensino artístico (parte E). Esta ficha focaliza-se nas competências <strong>de</strong> leccionação e é<br />

preenchida pelo observa<strong>do</strong>r/avalia<strong>do</strong>r. A classificação faz-se por referência aos<br />

indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cada competência em análise, haven<strong>do</strong> uma escala com três<br />

pontuações fixas por competência. Os indica<strong>do</strong>res são os comportamentos, verifica<strong>do</strong>s<br />

por observação ou análise <strong>do</strong>cumental, que <strong>de</strong>finem o senti<strong>do</strong> da competência a que<br />

estão associa<strong>do</strong>s.<br />

A escala a utilizar é uma escala holística com três níveis. As escalas holísticas, por<br />

oposição às escalas analíticas, expressam uma apreciação global da competência <strong>do</strong><br />

avalia<strong>do</strong> num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio. São escalas a<strong>de</strong>quadas à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões,<br />

<strong>de</strong>stinam-se a tornar o processo classificativo rápi<strong>do</strong> e flexível e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>do</strong> uso <strong>de</strong><br />

quantifica<strong>do</strong>res (Sari, 07). A cada apreciação da escala correspon<strong>de</strong> uma pontuação<br />

fixa <strong>de</strong> 0, 28 ou 40 pontos.<br />

A apreciação que correspon<strong>de</strong> à pontuação mais baixa, 0, é aplicada quan<strong>do</strong> o <strong>do</strong>cente<br />

não <strong>de</strong>monstra <strong>do</strong>minar os aspectos fundamentais da competência ou o faz <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

inconsistente.<br />

A apreciação que correspon<strong>de</strong> à pontuação mais alta, 40, é aplicada quan<strong>do</strong> o <strong>do</strong>cente<br />

correspon<strong>de</strong>, sem excepção, a to<strong>do</strong>s os indica<strong>do</strong>res da competência em análise e<br />

apresenta práticas inova<strong>do</strong>ras, ainda que não o faça sistematicamente.<br />

Por cada aula observada é preenchida uma ficha <strong>de</strong> registo. Note-se que, na situação<br />

<strong>de</strong> <strong>do</strong>is observa<strong>do</strong>res, resultará o preenchimento <strong>de</strong> uma só ficha.<br />

A média <strong>do</strong>s totais das várias observações é multiplicada pelo factor 0,1 e arre<strong>do</strong>ndada<br />

às décimas, sen<strong>do</strong> registada no item 6.1. da Parte B <strong>do</strong> formulário.<br />

Competências <strong>de</strong> Leccionação:<br />

1. Conhecimentos científicos e didácticos<br />

A primeira competência <strong>de</strong> leccionação em análise diz respeito ao saber científico e<br />

didáctico <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>. Estão em apreciação quatro indica<strong>do</strong>res relativos ao<br />

conhecimento <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s, à clareza das explicações <strong>de</strong>sses conteú<strong>do</strong>s, ao uso e<br />

promoção da língua portuguesa ou estrangeira a que correspon<strong>de</strong> o exercício lectivo e<br />

à promoção <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logias que favoreçam o raciocínio e o pensamento articula<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s alunos, a sua integração, motivação e gosto pela escola e pelo saber e um<br />

relacionamento intra e interpessoal positivo.<br />

2. Promoção da aprendizagem<br />

A segunda competência <strong>de</strong> leccionação em análise focaliza-se na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o<br />

<strong>do</strong>cente promover, nos seus alunos, a aprendizagem. Há quatro indica<strong>do</strong>res que<br />

<strong>de</strong>finem esta competência: a utilização <strong>de</strong> estratégias promotoras da aprendizagem<br />

<strong>do</strong>s alunos, a sistematização <strong>de</strong> procedimentos e o comprometimento <strong>do</strong>s alunos em<br />

24


experiências <strong>de</strong> aprendizagem diversificadas, a criação <strong>de</strong> um clima <strong>de</strong> aula facilita<strong>do</strong>r<br />

da aprendizagem e a promoção da iniciativa e da reflexão crítica nos alunos. Caberá ao<br />

observa<strong>do</strong>r verificar até que ponto estas práticas promotoras da aprendizagem foram<br />

apropriadas pelos alunos e se tornaram rituais <strong>de</strong> funcionamento da turma.<br />

3. Gestão da aula<br />

A terceira competência <strong>de</strong> leccionação a avaliar compreen<strong>de</strong> três indica<strong>do</strong>res e diz<br />

respeito à clareza <strong>do</strong> discurso instrucional <strong>do</strong> professor, isto é o mo<strong>do</strong> como ele dá<br />

instruções aos alunos acerca das tarefas <strong>de</strong> aprendizagem a realizar. Estão ainda em<br />

apreciação a varieda<strong>de</strong> e a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s recursos didácticos usa<strong>do</strong>s e a uma correcta<br />

gestão <strong>do</strong> tempo que assegure que os objectivos da aula são cumpri<strong>do</strong>s. Distinguimos<br />

aqui objectivos <strong>de</strong> aula e sequência <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, já o <strong>do</strong>cente po<strong>de</strong>rá alterar a<br />

sequência <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, ou até mesmo não apresentar alguma <strong>de</strong>las, sem que, com<br />

essa opção, comprometa os objectivos <strong>de</strong> aprendizagem fixa<strong>do</strong>s para a aula. Trata-se<br />

<strong>de</strong> gerir o tempo em função <strong>de</strong> objectivos e metas <strong>de</strong> aprendizagem e não tanto por<br />

referência ao número <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s.<br />

4. Planificação<br />

A quarta competência <strong>de</strong> leccionação inclui três indica<strong>do</strong>res para análise e diz respeito<br />

à planificação da aula. Deverá verificar-se se o <strong>do</strong>cente planifica respeitan<strong>do</strong> os<br />

<strong>do</strong>cumentos orienta<strong>do</strong>res da acção educativa, nomeadamente os planos fixa<strong>do</strong>s para<br />

os alunos, o projecto curricular <strong>de</strong> turma e <strong>de</strong> escola, as orientações programáticas e<br />

curriculares nacionais e regionais. Deve ainda verificar-se se as situações <strong>de</strong><br />

aprendizagem propostas se articulam com o trabalho realiza<strong>do</strong> anteriormente e se a<br />

planificação se a<strong>de</strong>qua ao perfil <strong>de</strong> competências <strong>do</strong>s alunos. Avalia-se a flexibilida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>cente em termos da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reformulação e a<strong>de</strong>quação da aula aos<br />

ritmos <strong>de</strong> aprendizagem <strong>do</strong>s alunos.<br />

Caso a calendarização da aula observada não seja <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente, não<br />

ten<strong>do</strong> ocorri<strong>do</strong> o encontro pré-observação e a entrega da planificação, alguns <strong>de</strong>stes<br />

aspectos terão que ser equaciona<strong>do</strong>s numa fase posterior à observação realizada, em<br />

presença da planificação da aula.<br />

5. <strong>Avaliação</strong><br />

A quinta e última competência <strong>de</strong> leccionação em análise inclui três indica<strong>do</strong>res<br />

respeitantes aos procedimentos <strong>de</strong> avaliação das aprendizagens <strong>do</strong>s alunos. Deverá<br />

ser apreciada a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente para diagnosticar dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />

nos seus alunos e apresentar estratégias <strong>de</strong> superação. Deverá também ser<br />

equacionada a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> práticas avaliativas e a sua a<strong>de</strong>quação à turma. Note-se<br />

que estas práticas não terão necessariamente que se traduzir na aplicação <strong>de</strong> um<br />

instrumento <strong>de</strong> avaliação com um suporte físico ou digital. O último indica<strong>do</strong>r remete<br />

para a integração da auto-avaliação e/ou hetero-avaliação como estratégias<br />

regula<strong>do</strong>ras da aprendizagem <strong>do</strong>s alunos. Trata-se <strong>de</strong> verificar se, e em que medida, o<br />

25


<strong>do</strong>cente varia e a<strong>de</strong>qua os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> evidências <strong>de</strong> aprendizagem <strong>do</strong>s<br />

alunos, usan<strong>do</strong> a avaliação como processo regula<strong>do</strong>r da construção <strong>de</strong> saberes.<br />

2.9. Como se apresentam os resulta<strong>do</strong>s da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

No formulário, nos campos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à auto-avaliação e à hetero-avaliação serão<br />

regista<strong>do</strong>s os somatórios das partes A, B e A mais B. Depois, o total será multiplica<strong>do</strong><br />

pelo factor 0,05 e arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong> às décimas, nos termos <strong>do</strong> artigo 76.º, n.º1, <strong>do</strong><br />

ECDRAA.<br />

Os <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> 3.º ao 8.º escalão que não estejam abrangi<strong>do</strong>s pelo disposto no<br />

número 9 <strong>do</strong> artigo 72.º <strong>do</strong> ECDRAA, isto é, que não tenham aulas observadas para<br />

efeitos <strong>de</strong> acesso à menção <strong>de</strong> Muito Bom ou Excelente, ou os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s<br />

nos 3.º, 4.º e 5.º escalões para quem a observação <strong>de</strong> aulas, ten<strong>do</strong> carácter<br />

obrigatório, não releva para efeitos <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, multiplicam o valor<br />

obti<strong>do</strong> na etapa anterior por 10/9.<br />

A menção a atribuir é assinalada na quadrícula correspon<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />

classificação obtida.<br />

Note-se que <strong>de</strong>verá ter-se em consi<strong>de</strong>ração o estipula<strong>do</strong> no artigo 76.º, número 1, e<br />

no artigo 72.º, números 10 e 11 <strong>do</strong> ECDRAA. Assim, no caso <strong>de</strong> o <strong>do</strong>cente não ter<br />

solicita<strong>do</strong> a observação <strong>de</strong> aulas para efeitos <strong>de</strong> acesso à menção <strong>de</strong> Muito Bom ou<br />

Excelente, a classificação obtida, ainda que seja superior a 7,9 valores, não<br />

correspon<strong>de</strong>rá à menção respectiva mas à menção Bom.<br />

26


SECÇÃO 3<br />

A Observação <strong>de</strong> Aulas<br />

No processo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas importa clarificar a noção <strong>de</strong> aula. Assim, <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com o número 6, <strong>do</strong> artigo 118.º <strong>do</strong> ECDRAA, cada aula po<strong>de</strong> ser constituída<br />

por um tempo lectivo <strong>de</strong> duração não inferior a 45 minutos ou por <strong>do</strong>is tempos que,<br />

no seu conjunto, não ultrapassem 110 minutos.<br />

A observação <strong>de</strong> duas aulas implica sempre <strong>do</strong>is momentos distintos, em dias<br />

diferentes, cf. número 4, artigo 72.º ECDRAA.<br />

Apenas os <strong>do</strong>centes que leccionam sempre em par pedagógico ou co-<strong>do</strong>cência serão<br />

observa<strong>do</strong>s neste regime. Nesta situação, aconselham-se <strong>do</strong>is observa<strong>do</strong>res para, em<br />

simultâneo, cada um observar um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes. Caso haja um par pedagógico<br />

constituí<strong>do</strong> por coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>cente, o coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r será observa<strong>do</strong> pelo membro<br />

<strong>do</strong> conselho executivo, sen<strong>do</strong> a observação <strong>do</strong> outro professor <strong>de</strong>legada.<br />

3.1. Quan<strong>do</strong> ocorre a observação <strong>de</strong> aulas?<br />

A observação <strong>de</strong> aulas ocorre <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com um calendário fixa<strong>do</strong> pelo conselho<br />

executivo.<br />

Compete à comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da avaliação e ao conselho executivo <strong>de</strong>cidir da<br />

divulgação <strong>de</strong>sse calendário, sen<strong>do</strong> que essa divulgação po<strong>de</strong> ser um contributo para a<br />

construção <strong>de</strong> um diálogo colegial entre <strong>do</strong>centes avalia<strong>do</strong>res e avalia<strong>do</strong>s e para<br />

assegurar a lógica formativa <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação, permitin<strong>do</strong> a realização <strong>de</strong><br />

encontros pré-observação.<br />

3.2. Quantas vezes são os <strong>do</strong>centes observa<strong>do</strong>s em contexto <strong>de</strong> aula?<br />

Os <strong>do</strong>centes serão observa<strong>do</strong>s em contexto formal <strong>de</strong> aula pelo menos duas vezes por<br />

perío<strong>do</strong> avaliativo. Por solicitação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente, dirigida ao conselho executivo, a<br />

observação <strong>de</strong> aulas po<strong>de</strong> ser alargada a um máximo <strong>de</strong> quatro aulas.<br />

3.3. Quais os <strong>do</strong>centes que terão aulas observadas?<br />

Para os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s no 1.º e no 2.º escalão, a observação <strong>de</strong> aulas tem<br />

carácter obrigatório e releva para efeitos <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

Para os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s no 3.º, 4.º e no 5.º escalão, a observação <strong>de</strong> aulas tem,<br />

igualmente, carácter obrigatório, mas não releva para efeitos <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho.<br />

Para os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s no 6.º, 7.º e no 8.º escalão, a observação <strong>de</strong> aulas não<br />

tem carácter obrigatório.<br />

27


As diferenças entre o tipo <strong>de</strong> avaliação efectua<strong>do</strong>, no que respeita à existência <strong>de</strong><br />

observação <strong>de</strong> aulas, fundamentam-se na valorização da experiência profissional<br />

<strong>do</strong>cente e na percepção, sustentada na revisão da literatura e em diferentes mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, <strong>de</strong> que o <strong>do</strong>cente em início <strong>de</strong> carreira <strong>de</strong>verá beneficiar<br />

<strong>de</strong> um maior acompanhamento.<br />

Os <strong>do</strong>centes integra<strong>do</strong>s no 3.º escalão e seguintes serão avalia<strong>do</strong>s sumativamente<br />

através da observação <strong>de</strong> aulas no caso <strong>de</strong>:<br />

Indício <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s no âmbito da prática pedagógica;<br />

Preten<strong>de</strong>rem obter as menções <strong>de</strong> Muito bom ou Excelente.<br />

Para a obtenção das menções <strong>de</strong> Muito bom ou Excelente, o <strong>do</strong>cente tem <strong>de</strong>,<br />

formalmente, requerer até 15 <strong>de</strong> Setembro ao conselho executivo, na pessoa <strong>do</strong> seu<br />

presi<strong>de</strong>nte, a observação <strong>de</strong> aulas. Nesta situação, por perío<strong>do</strong> avaliativo, são<br />

observadas quatro aulas consecutivas, <strong>do</strong> mesmo grupo <strong>de</strong> alunos e não há<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> requerer a observação <strong>de</strong> aulas extra.<br />

3.4. Quem <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r/observa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> aulas?<br />

Sem prejuízo <strong>de</strong> todas as aulas po<strong>de</strong>rem ser observadas por <strong>do</strong>is<br />

avalia<strong>do</strong>res/observa<strong>do</strong>res, pelo menos uma <strong>de</strong>las será observada pelo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>partamento curricular em que o <strong>do</strong>cente se insere, ou por um membro <strong>do</strong> conselho<br />

executivo ou ainda por ambos.<br />

As restantes observações, uma ou mais, po<strong>de</strong>m ser realizadas por um <strong>do</strong>cente <strong>do</strong><br />

quadro <strong>de</strong> nomeação <strong>de</strong>finitiva com competência <strong>de</strong>legada <strong>de</strong> observa<strong>do</strong>r/avalia<strong>do</strong>r.<br />

Quan<strong>do</strong> o conselho executivo o consi<strong>de</strong>re necessário po<strong>de</strong> haver <strong>de</strong>legação <strong>de</strong><br />

competência <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas.<br />

3.5. Como se processa a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas e em<br />

que situações ocorre?<br />

A <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas é da responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

conselho executivo e <strong>de</strong>verá ser publicitada nos termos legais previstos.<br />

De acor<strong>do</strong> com o artigo 72.º <strong>do</strong> ECDRAA, a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> observação<br />

<strong>de</strong> aulas ocorre nos casos em que nenhum <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res/observa<strong>do</strong>res pertença ao<br />

mesmo grupo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência <strong>do</strong> professor avalia<strong>do</strong>. O conselho executivo, relativamente<br />

aos <strong>do</strong>centes que consi<strong>de</strong>re necessário, <strong>de</strong>legará a competência <strong>de</strong> observação <strong>de</strong><br />

aulas num <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> quadro <strong>de</strong> nomeação <strong>de</strong>finitiva. O número 5 <strong>do</strong> artigo 72.º<br />

prevê que, em caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, essa <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência possa recair num<br />

professor <strong>do</strong> quadro <strong>de</strong> nomeação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong> outra unida<strong>de</strong> orgânica.<br />

28


A <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas significa que apenas é <strong>de</strong>legada a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas e o preenchimento da parte C <strong>do</strong> formulário,<br />

relativo às competências <strong>de</strong> leccionação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>.<br />

3.6. Em que situações ocorre a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r?<br />

A <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r é da responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>partamento, ouvi<strong>do</strong> o conselho executivo, e <strong>de</strong>verá ser publicitada nos termos legais<br />

previstos.<br />

De acor<strong>do</strong> com número 13 <strong>do</strong> artigo 72.º <strong>do</strong> ECDRAA, a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong><br />

avalia<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve ocorrer nas situações em que o número <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes a avaliar, por<br />

perío<strong>do</strong> avaliativo, num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento, seja igual ou superior a vinte ou<br />

quan<strong>do</strong> nenhum <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res pertença ao grupo <strong>de</strong> recrutamento <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente<br />

avalia<strong>do</strong>. Nestas circunstâncias, <strong>de</strong>ve o coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento, ouvi<strong>do</strong> o<br />

conselho executivo, relativamente aos <strong>do</strong>centes que consi<strong>de</strong>re necessário, <strong>de</strong>legar as<br />

suas funções <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r num <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> quadro <strong>de</strong> nomeação <strong>de</strong>finitiva.<br />

A <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r significa que é <strong>de</strong>legada toda a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação acometida ao coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento, o que<br />

inclui a apreciação da parte A <strong>do</strong> formulário <strong>de</strong> avaliação, a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

observação <strong>de</strong> aulas e o preenchimento da parte C <strong>do</strong> formulário, relativo às<br />

competências <strong>de</strong> leccionação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>.<br />

Na <strong>de</strong>signação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes a quem seja <strong>de</strong>legada a competência <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve<br />

ser dada preferência a quem <strong>de</strong>tenha formação em supervisão pedagógica, formação<br />

especializada em avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho ou currículo relevante na formação inicial<br />

<strong>de</strong> professores, cf. artigo 69.º <strong>do</strong> ECDRAA.<br />

3.7. Como perspectivar a observação <strong>de</strong> aulas no processo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente?<br />

A acção <strong>do</strong>cente materializa-se, por excelência, na sala <strong>de</strong> aula, por isso, uma<br />

abordagem rigorosa da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente terá que incluir a<br />

observação <strong>do</strong> ensino e da aprendizagem. Só assim, po<strong>de</strong>mos ajudar as escolas a<br />

<strong>de</strong>senvolverem procedimentos eficazes <strong>de</strong> auto-avaliação e a melhorar os seus níveis<br />

académicos (Mathews et al, 09).<br />

A observação <strong>de</strong> aulas integra-se no princípio <strong>do</strong> acompanhamento científico,<br />

pedagógico e didáctico <strong>do</strong>s professores, contribui para fomentar o trabalho<br />

colaborativo na activida<strong>de</strong> <strong>do</strong>cente, reforçan<strong>do</strong> a cultura <strong>de</strong> avaliação inter-pares, e<br />

crian<strong>do</strong> condições para uma melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho profissional. Cremos que é<br />

tempo <strong>de</strong>, nas nossas escolas, iniciarmos práticas formativas <strong>de</strong> auto e hetero<br />

observação, com recurso à autoscopia e a colegas observa<strong>do</strong>res ou amigos críticos.<br />

29


A fase <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas está ligada ao conceito <strong>de</strong> Supervisão que, segun<strong>do</strong> E.<br />

Stones (84), é um processo <strong>de</strong> co-construção <strong>de</strong> uma visão e inclui:<br />

Introvisão (insight) – o observa<strong>do</strong>r pergunta: o que está a acontecer?<br />

Antevisão (foresight) – o observa<strong>do</strong>r pergunta: o que po<strong>de</strong>ria acontecer?<br />

Retrovisão (hindsight) – o observa<strong>do</strong>r pergunta: o que <strong>de</strong>veria ter aconteci<strong>do</strong>?<br />

Segunda-visão (second sight) – o observa<strong>do</strong>r pergunta: como fazer acontecer?<br />

O processo <strong>de</strong> supervisão/observação <strong>de</strong> professores po<strong>de</strong> <strong>de</strong>correr ten<strong>do</strong> como pano<br />

<strong>de</strong> fun<strong>do</strong> diversos cenários que assumem contornos distintos no que diz respeito ao<br />

papel <strong>do</strong> supervisor/observa<strong>do</strong>r e <strong>do</strong> professor avalia<strong>do</strong>. Os diversos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

observação po<strong>de</strong>m ser mais directivos e prescritivos ou, pelo contrário, mais<br />

colaborativos e reflexivos. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Supervisão Clínica inscreve-se na corrente <strong>de</strong><br />

cenários supervisivos <strong>de</strong> natureza reflexiva e visa o aperfeiçoamento da prática<br />

<strong>do</strong>cente com base na observação e análise das situações reais <strong>de</strong> ensino.<br />

Relativamente ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Supervisão Clínica, Alarcão (94) <strong>de</strong>screve-o como:<br />

Focaliza<strong>do</strong> na sala <strong>de</strong> aula;<br />

Sem pretensões <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> princípios técnicos ou científicos;<br />

Caracteriza<strong>do</strong> pela colaboração entre professor avalia<strong>do</strong> e supervisor.<br />

É neste cenário <strong>de</strong> construção partilhada e crescimento profissional que se <strong>de</strong>ve<br />

<strong>de</strong>senvolver o processo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas e que se sustenta o seu valor<br />

formativo.<br />

Para a criação <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> confiança e cooperação, no processo <strong>de</strong> observação<br />

<strong>de</strong> aulas, o Conselho Científico para a <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Professores (08) recomenda:<br />

Garantir um processo <strong>de</strong> acompanhamento científico, pedagógico, didáctico e<br />

<strong>de</strong> interacção entre avalia<strong>do</strong>res e avalia<strong>do</strong>s, centra<strong>do</strong> nas práticas educativas.<br />

Reflectir sobre os processos e resulta<strong>do</strong>s gerais da observação <strong>de</strong> aulas, no que<br />

respeita a aspectos específicos <strong>de</strong> natureza científica, pedagógica ou didáctica,<br />

respeitan<strong>do</strong> o princípio da confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> e visan<strong>do</strong> a melhoria <strong>do</strong>s processos<br />

e a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> melhoria.<br />

O observa<strong>do</strong>r, segun<strong>do</strong> Alarcão & Tavares (07), tem como função promover mudanças<br />

positivas, monitorizar, recomendar, colocar <strong>de</strong>safios e <strong>de</strong>senvolver capacida<strong>de</strong>s e<br />

atitu<strong>de</strong>s com vista à excelência e qualida<strong>de</strong>. A ele compete garantir uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

abertura, disponibilida<strong>de</strong>, flexibilida<strong>de</strong> e senti<strong>do</strong> crítico.<br />

Compete ao observa<strong>do</strong>r/avalia<strong>do</strong>r:<br />

Prestar atenção e saber escutar;<br />

Compreen<strong>de</strong>r;<br />

Encontrar respostas a<strong>de</strong>quadas;<br />

Integrar as perspectivas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes avalia<strong>do</strong>s;<br />

30


Buscar a clarificação <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s;<br />

Comunicar verbal e não verbalmente.<br />

A sua acção, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> a um mo<strong>de</strong>lo colaborativo, <strong>de</strong>ve promover:<br />

O espírito <strong>de</strong> auto-formação/<strong>de</strong>senvolvimento;<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar, aprofundar e integrar os saberes inerentes ao<br />

exercício da <strong>do</strong>cência;<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver problemas e tomar <strong>de</strong>cisões;<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar e inovar numa dialéctica entre a teoria e a<br />

prática;<br />

A capacida<strong>de</strong> reflexiva;<br />

O entusiasmo e empenhamento nas tarefas;<br />

O trabalho colaborativo.<br />

Perspectivan<strong>do</strong> a observação <strong>de</strong> aulas num cenário reflexivo e colaborativo, as<br />

relações interpessoais que se estabelecem terão que ser dinâmicas, encoraja<strong>do</strong>ras e<br />

facilita<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e aprendizagem consciente e<br />

comprometi<strong>do</strong>. Assim, a actuação <strong>do</strong> observa<strong>do</strong>r/avalia<strong>do</strong>r é importante na sua<br />

dimensão analítica, referente aos processos operativos <strong>de</strong> monitorização da prática<br />

pedagógica, mas é também fundamental na sua dimensão interpessoal, relativa aos<br />

processos <strong>de</strong> interacção entre os sujeitos envolvi<strong>do</strong>s.<br />

3.8. Quais são as fases <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas?<br />

O ciclo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas prevê quatro fases:<br />

Encontro pré-observação. Este primeiro momento <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> observação, não<br />

sen<strong>do</strong> obrigatório neste mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ADD, é recomenda<strong>do</strong> pelo seu valor<br />

formativo.<br />

Observação.<br />

Análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s.<br />

Encontro pós-observação, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como encontro <strong>de</strong> reflexão no número 4 <strong>do</strong><br />

artigo 72.º <strong>do</strong> ECDRAA.<br />

3.9. O que é o encontro pré-observação e que aspectos <strong>de</strong>vem ser explora<strong>do</strong>s?<br />

O Encontro pré-observação é um momento que se caracteriza por uma atmosfera <strong>de</strong><br />

trabalho colegial, <strong>de</strong> diálogo profissional entre pares, <strong>de</strong> discussão <strong>de</strong> requisitos,<br />

procedimentos e expectativas inerentes ao processo <strong>de</strong> observação. É também o<br />

momento <strong>de</strong> revisão da ficha <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas, a parte C <strong>do</strong><br />

formulário, o momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> enfoque da observação e <strong>de</strong> conhecimento <strong>do</strong><br />

contexto <strong>de</strong> observação.<br />

Neste encontro <strong>de</strong>vem ser explora<strong>do</strong>s os seguintes aspectos:<br />

Discussão <strong>do</strong> esboço/plano da aula a observar.<br />

31


I<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s objectivos da aula/competências a<br />

<strong>de</strong>senvolver/aprendizagens a realizar/conteú<strong>do</strong>s a abordar.<br />

Caracterização da turma/especificida<strong>de</strong>s.<br />

Definição mínima <strong>de</strong> estratégias a implementar: tarefas a propor, formas <strong>de</strong><br />

organização <strong>do</strong> trabalho, recursos, entre outros.<br />

Indicação <strong>do</strong>s procedimentos <strong>de</strong> avaliação das aprendizagens.<br />

I<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s momentos/fases da aula.<br />

Explicitação das expectativas, previsão <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s e propostas <strong>de</strong><br />

resolução.<br />

Integração da aula na sequência <strong>de</strong> trabalho.<br />

Clarificação <strong>do</strong>s itens que caracterizam as cinco competências <strong>de</strong> leccionação.<br />

Motivação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente para a observação <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> nele uma postura<br />

pró-activa e reflexiva.<br />

Preten<strong>de</strong>-se instalar no <strong>do</strong>cente uma postura pró-activa relativamente ao seu exercício<br />

profissional, levan<strong>do</strong>-o a antecipar situações problema, a evitar os obstáculos e a<br />

contornar dificulda<strong>de</strong>s.<br />

3.10. Que aspectos <strong>de</strong>vem ser respeita<strong>do</strong>s no momento da observação <strong>de</strong> aulas?<br />

A observação ocorre num contexto <strong>de</strong> instrução formal, a aula.<br />

Na perspectiva <strong>do</strong> observa<strong>do</strong>r é importante recordar que:<br />

É uma observação orientada ou intencional que obe<strong>de</strong>ce a um protocolo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho previamente <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> e traça<strong>do</strong> na parte C <strong>do</strong> formulário. Deste<br />

mo<strong>do</strong>, o observa<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve focalizar a sua atenção no <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente,<br />

em particular nas competências <strong>de</strong> leccionação caracterizadas pela ficha <strong>de</strong><br />

registo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas.<br />

É uma observação não participante e, por isso, o(s) observa<strong>do</strong>r(es) não<br />

<strong>de</strong>ve(m) interferir no <strong>de</strong>curso da aula.<br />

Na perspectiva <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> observação é fundamental respeitar que:<br />

É uma observação instrumental que se apoia num instrumento <strong>de</strong> registo,<br />

constituí<strong>do</strong> pelas cinco competências <strong>de</strong> leccionação presentes na ficha C e<br />

pelos indica<strong>do</strong>res que as caracterizam.<br />

Na perspectiva <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> observação é importante saber que:<br />

É uma observação molar que preten<strong>de</strong> captar o processo global <strong>de</strong> ensino e<br />

aprendizagem e obter a significação <strong>do</strong>s factos observa<strong>do</strong>s pelo continuum.<br />

Opõe-se a uma observação <strong>de</strong> tipo molecular, extremamente analítica e que<br />

apresenta uma visão atomística da sala <strong>de</strong> aula e <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente.<br />

32


3.11. Quais os instrumentos a usar na observação <strong>de</strong> aulas?<br />

A ficha <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas é utilizada como o referencial obrigatório da<br />

observação e nela se assinala a pontuação fixa <strong>de</strong> cada uma das cinco competências <strong>de</strong><br />

leccionação. Esta ficha <strong>de</strong>termina a orientação da observação e os indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cada<br />

competência <strong>de</strong> leccionação são os referentes <strong>do</strong> observa<strong>do</strong>r/avalia<strong>do</strong>r.<br />

A observação po<strong>de</strong>rá ser operacionalizada por grelhas <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong><br />

aula criadas pela Comissão Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> e aprovadas pelo Conselho<br />

Pedagógico <strong>de</strong> cada unida<strong>de</strong> orgânica. Estes instrumentos <strong>de</strong>vem ter um carácter<br />

utilitário, permitir <strong>do</strong>cumentar a avaliação a que se reportam e anotar factores<br />

situacionais. Falamos <strong>de</strong> gra<strong>de</strong>s criteriais abertas, nas quais o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong><br />

professor é perspectiva<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma holística e integrada e não <strong>de</strong> instrumentos com<br />

maior <strong>de</strong>talhe analítico que traçam uma visão mais atomística <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>do</strong>cente (Rodrigues & Peralta, 08).<br />

Recomenda-se uma observação naturalista, em que o observa<strong>do</strong>r toma notas,<br />

<strong>de</strong>screve os episódios, os factores situacionais e contextuais. As notas <strong>de</strong>vem permitir<br />

<strong>do</strong>cumentar a avaliação que posteriormente for discutida, sen<strong>do</strong> o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong><br />

professor perspectiva<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma holística e integrada.<br />

A literatura sugere-nos que as práticas <strong>de</strong> observação estruturada têm evoluí<strong>do</strong> no<br />

senti<strong>do</strong> da valorização <strong>de</strong> abordagens mais <strong>de</strong>scritivas, exploratórias e explicativas,<br />

visan<strong>do</strong> a compreensão <strong>de</strong> como se ensina e como se apren<strong>de</strong>. São abordagens<br />

centradas na relação professor - aluno e não apenas no primeiro interveniente (Vieira,<br />

93).<br />

3.12. Como proce<strong>de</strong>r à análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s por observação <strong>de</strong> aulas?<br />

Para se proce<strong>de</strong>r à análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, distinguimos três fases:<br />

1. A leitura <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos <strong>de</strong> registo da observação para uma<br />

apreensão sincrética <strong>do</strong> seu significa<strong>do</strong>.<br />

2. A exploração <strong>de</strong>stes registos, <strong>de</strong> forma a criar estranheza e distância<br />

relativamente à informação, procuran<strong>do</strong> maior objectivida<strong>de</strong>.<br />

3. A análise da informação.<br />

No processo <strong>de</strong> análise, é importante <strong>de</strong>finir previamente uma gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura da<br />

informação ou proce<strong>de</strong>r ao levantamento <strong>do</strong>s campos temáticos aborda<strong>do</strong>s,<br />

orientan<strong>do</strong> a análise da informação pelas competências e indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s na<br />

ficha <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas. Recomenda-se o respeito pelas orientações<br />

gerais sobre análise <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> (Estrela, 86), procuran<strong>do</strong> o rigor sem impedir o<br />

exercício da intuição (Rodríguez Gómez et al, 95:27).<br />

Para a análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ve assegurar-se:<br />

33


A triangulação da informação, recorren<strong>do</strong> a fontes diversificadas <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s com vista a uma objectivação <strong>de</strong>scritiva da situação.<br />

O preenchimento individual por cada avalia<strong>do</strong>r da ficha <strong>de</strong> registo <strong>de</strong><br />

observação <strong>de</strong> aulas.<br />

O confronto interavalia<strong>do</strong>res e a construção <strong>de</strong> consensos.<br />

Salienta-se que, na situação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is observa<strong>do</strong>res, cada um preenche individualmente<br />

a sua ficha <strong>de</strong> registo e, posteriormente, são discuti<strong>do</strong>s os aspectos da observação e,<br />

por consenso, é preenchida uma só ficha <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas.<br />

Esta prática da intersubjectivida<strong>de</strong> entre analistas é uma garantia <strong>de</strong> que o avalia<strong>do</strong>r<br />

não projecta a sua forma peculiar <strong>de</strong> olhar a realida<strong>de</strong>. Um bom índice <strong>de</strong><br />

concordância entre diferentes avalia<strong>do</strong>res po<strong>de</strong> ser consegui<strong>do</strong> pela discussão<br />

extensiva <strong>do</strong>s critérios e da sua aplicação à realida<strong>de</strong>.<br />

A revisão da literatura releva a noção <strong>de</strong> que a objectivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> mais da partilha<br />

intersubjectiva <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s vários indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> que da selecção <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res<br />

pre<strong>do</strong>minantemente quantitativos (Rodrigues & Peralta, 08:15).<br />

3.13. Que erros-tipo são inerentes à observação?<br />

O observa<strong>do</strong>r/avalia<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve evitar erros-tipo inerentes ao acto <strong>de</strong> supervisão<br />

(Caetano, 08, cit Coelho & Rodrigues, 08). Destacamos:<br />

1. Erro <strong>de</strong> halo<br />

2. Tendência central<br />

3. Efeito <strong>de</strong> contraste<br />

4. Erro <strong>de</strong> brandura<br />

5. Erro <strong>de</strong> severida<strong>de</strong><br />

6. Efeito <strong>de</strong> recência<br />

7. Erro fundamental da atribuição causal<br />

Erro <strong>de</strong> Halo<br />

Tendência para que a opinião global sobre o avalia<strong>do</strong> influencie a apreciação pontual<br />

em cada atributo. Deve consi<strong>de</strong>rar-se cada atributo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong>s outros,<br />

partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio que o avalia<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser bom em um aspecto e menos bom em<br />

outro.<br />

Tendência central<br />

Atracção pelos pontos médios da escala, o que impossibilita a diferenciação <strong>do</strong> mérito<br />

<strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>s. Para que a ficha <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas seja um instrumento<br />

váli<strong>do</strong> e fiável é necessário que se i<strong>de</strong>ntifiquem claramente os aspectos positivos e os<br />

aspectos a melhorar.<br />

34


Efeito <strong>de</strong> contraste<br />

Tendência para sobrevalorizar os comportamentos que mais se i<strong>de</strong>ntificam com as<br />

concepções ou com os padrões <strong>de</strong> comportamento <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>r, por comparação com<br />

o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> outros <strong>do</strong>centes. O avalia<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve efectuar a avaliação com base<br />

nos critérios e padrões estipula<strong>do</strong>s e não com base no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> outros<br />

<strong>do</strong>centes observa<strong>do</strong>s.<br />

Erro <strong>de</strong> brandura<br />

Com o objectivo <strong>de</strong> não <strong>de</strong>spoletar possíveis reacções adversas por parte <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>,<br />

o avalia<strong>do</strong>r ten<strong>de</strong> a sobrevalorizar os níveis reais <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

Erro <strong>de</strong> severida<strong>de</strong><br />

Subvalorização <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho real <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>s, manifestan<strong>do</strong>-se uma tendência<br />

generalizada para uma classificação abaixo <strong>do</strong> ponto médio da escala.<br />

Efeito <strong>de</strong> recência<br />

Tendência para sobrevalorizar, negativa ou positivamente, os comportamentos<br />

observa<strong>do</strong>s mais perto <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> a que se reporta a avaliação. Para evitar este<br />

tipo <strong>de</strong> erro <strong>de</strong>vem <strong>do</strong>cumentar-se as apreciações.<br />

Erro fundamental da atribuição causal<br />

Tendência para estabelecer uma relação <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong> entre o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong><br />

avalia<strong>do</strong> e factores internos a essa pessoa, ignoran<strong>do</strong>-se a influência <strong>do</strong> contexto.<br />

Na atribuição das pontuações por competência <strong>de</strong> leccionação <strong>de</strong>ve utilizar-se, com<br />

equilíbrio e justiça, toda a escala <strong>de</strong> classificação, ten<strong>do</strong> presente que os níveis<br />

extremos se aplicam a situações excepcionais. É importante garantir que o sistema <strong>de</strong><br />

avaliação seja um instrumento activo para evi<strong>de</strong>nciar o mérito e promover a melhoria.<br />

3.14. O que é o encontro pós-observação e que aspectos <strong>de</strong>vem ser explora<strong>do</strong>s?<br />

O encontro pós-observação <strong>de</strong>ve ser um momento <strong>de</strong> rigor, verda<strong>de</strong>, transparência,<br />

reflexão, construção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s e encontro <strong>de</strong> opiniões. A importância <strong>de</strong>ste encontro<br />

reforça a dimensão formativa <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>cente e o<br />

seu contributo para o <strong>de</strong>senvolvimento profissional <strong>do</strong>s intervenientes.<br />

Embora se preveja que entre as fases <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong>corra tempo suficiente<br />

para reflexão, o encontro pós-observação entre o <strong>do</strong>cente e os<br />

observa<strong>do</strong>res/avalia<strong>do</strong>res <strong>de</strong>ve ocorrer logo que possível, após a observação da aula.<br />

35


O tempo que me<strong>de</strong>ia as fases <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> observação po<strong>de</strong> ser estipula<strong>do</strong> pela<br />

comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da avaliação, por exemplo, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> um perío<strong>do</strong> limite<br />

máximo.<br />

O <strong>do</strong>cente observa<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve preparar-se para este encontro, reflectin<strong>do</strong> sobre a aula em<br />

função das competências <strong>de</strong> leccionação em análise. O <strong>do</strong>cente não po<strong>de</strong> ser um<br />

interveniente passivo e o observa<strong>do</strong>r/avalia<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá requerer a sua participação<br />

activa através da análise, <strong>do</strong> confronto e <strong>do</strong> questionamento <strong>de</strong> concepções e práticas,<br />

numa perspectiva formativa. Deve-se procurar a reconstrução <strong>de</strong> teorias subjectivas<br />

acerca <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> ensinar e apren<strong>de</strong>r.<br />

No encontro pós-observação <strong>de</strong>ve evitar-se a pessoalização excessiva <strong>do</strong>s comentários<br />

críticos, a focalização excessiva no professor e a emissão <strong>de</strong> juízos <strong>de</strong> valor pouco<br />

fundamenta<strong>do</strong>s. O enfoque é no <strong>de</strong>sempenho profissional e não no <strong>do</strong>cente.<br />

Neste encontro sugere-se a exploração <strong>do</strong>s seguintes aspectos:<br />

Contextualização da observação.<br />

Discussão <strong>do</strong>s aspectos mais positivos da aula / razões explicativas.<br />

Relato <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes críticos (<strong>de</strong>scrição narrativa <strong>de</strong> situações particularmente<br />

relevantes).<br />

Discussão <strong>do</strong>s aspectos menos positivos da aula / razões explicativas.<br />

Reflexão sobre estratégias / meto<strong>do</strong>logias alternativas.<br />

I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> melhoria.<br />

Co-responsabilização <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente na sua formação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

profissional.<br />

É pertinente proce<strong>de</strong>r-se à análise <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> aulas, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser<br />

feita a apreciação da eficácia <strong>do</strong> esquema <strong>de</strong> acompanhamento, monitorização e<br />

avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes, assim como o confronto <strong>de</strong> diferentes<br />

perspectivas e concepções relativas ao processo <strong>de</strong> ensinar, apren<strong>de</strong>r, observar e<br />

avaliar.<br />

Neste processo reflexivo haverá a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se reestruturar procedimentos e<br />

instrumentos, e apostar em estratégias <strong>de</strong> formação na área da avaliação <strong>do</strong>cente que<br />

possam conduzir à melhoria e à mudança.<br />

36


SECÇÃO 4<br />

Papéis e Responsabilida<strong>de</strong>s na Reunião <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>Docente</strong>.<br />

A reunião/entrevista é um momento <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> retorno sobre o <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>cente através da análise da auto-avaliação apresentada, da comunicação da<br />

proposta <strong>de</strong> avaliação e da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> melhoria.<br />

4.1. Quem são os intervenientes na reunião <strong>de</strong> avaliação?<br />

Na reunião ou entrevista participam o coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento curricular, ou o<br />

<strong>do</strong>cente com competência <strong>de</strong>legada <strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r, o conselho executivo e o <strong>do</strong>cente<br />

avalia<strong>do</strong>.<br />

4.2. Qual o objectivo da reunião <strong>de</strong> avaliação e que estrutura <strong>de</strong>ve ter?<br />

O objectivo da reunião é analisar e avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente, através da<br />

apresentação <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> notação a atribuir em cada item.<br />

Neste âmbito, a literatura sugere-nos uma <strong>de</strong>terminada estrutura <strong>de</strong> entrevista.<br />

Sublinha-se a importância <strong>do</strong> espaço <strong>de</strong> palavra <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong> que,<br />

recomendamos, <strong>de</strong>ve surgir antes <strong>de</strong> qualquer retorno <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>r. Este<br />

procedimento compromete o <strong>do</strong>cente na sua própria avaliação, tornan<strong>do</strong>-o coresponsável<br />

neste processo.<br />

Sugestão da estrutura da entrevista (Caetano, 08, cit Coelho & Rodrigues, 08):<br />

1. Clarificar os objectivos da entrevista.<br />

2. Ouvir o avalia<strong>do</strong> na apreciação <strong>do</strong> seu <strong>de</strong>sempenho.<br />

3. Dar feedback sobre esse <strong>de</strong>sempenho, salientan<strong>do</strong> os aspectos positivos e<br />

i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> os que <strong>de</strong>vem ser melhora<strong>do</strong>s.<br />

4. Acordar propostas para os níveis <strong>de</strong> classificação.<br />

4.3. Qual o papel <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res na reunião <strong>de</strong> avaliação?<br />

Cabe aos avalia<strong>do</strong>res conduzir a entrevista e apresentar as respectivas apreciações.<br />

Sublinha-se a importância das competências <strong>de</strong> comunicação e negociação <strong>do</strong>s<br />

avalia<strong>do</strong>res. As apreciações <strong>de</strong>vem ser sempre numa perspectiva forma<strong>do</strong>ra, <strong>de</strong>vem<br />

restringir-se ao <strong>de</strong>sempenho profissional <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente, absten<strong>do</strong>-se o avalia<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

emitir juízos revela<strong>do</strong>res <strong>de</strong> inferências sobre a personalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>.<br />

De novo se clarifica que, neste processo, se avaliam os <strong>de</strong>sempenhos e não as pessoas.<br />

Há alguns aspectos a consi<strong>de</strong>rar, nomeadamente:<br />

Assegurar o tempo necessário para a entrevista e não permitir<br />

interrupções.<br />

Dispor <strong>de</strong> toda a informação necessária.<br />

37


Comunicar claramente os objectivos e os resulta<strong>do</strong>s da entrevista.<br />

A<strong>do</strong>ptar uma atitu<strong>de</strong> dialogante e saber escutar.<br />

Ser construtivo relativamente a qualquer crítica.<br />

Analisar as apreciações apresentadas pelo avalia<strong>do</strong>.<br />

Estimular uma atitu<strong>de</strong> positiva no avalia<strong>do</strong>.<br />

A questão da duração da entrevista po<strong>de</strong>rá ser objecto <strong>de</strong> regulamentação por parte<br />

da comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da avaliação, através <strong>de</strong> uma directiva que estipule uma<br />

duração mínima e máxima.<br />

O feedback <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res <strong>de</strong>ve:<br />

Focalizar-se nas dimensões <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e na sua relação com os<br />

resulta<strong>do</strong>s;<br />

Sistematizar os aspectos positivos e as áreas <strong>de</strong> melhoria;<br />

Ser o mais <strong>de</strong>scritivo possível;<br />

Consubstanciar as apreciações em evidências.<br />

O que não <strong>de</strong>ve ser feito:<br />

Realizar a entrevista sem o formulário <strong>de</strong> avaliação preenchi<strong>do</strong>.<br />

Dirigir a entrevista numa posição superior não permitin<strong>do</strong> a participação <strong>do</strong><br />

avalia<strong>do</strong>.<br />

Assinalar só os aspectos negativos.<br />

Ignorar assuntos complica<strong>do</strong>s ou problemas graves.<br />

Criar falsas expectativas.<br />

4.4. Qual o papel <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong> na reunião <strong>de</strong> avaliação?<br />

A preparação <strong>de</strong>ste encontro, por parte <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>, irá <strong>de</strong>terminar o valor<br />

formativo <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> avaliação, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> maximizar este potencial formativo ou,<br />

pelo contrário, torná-lo menos rico <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> crescimento profissional <strong>do</strong><br />

professor.<br />

Nesta perspectiva <strong>de</strong> co-avaliação, compete ao <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>:<br />

Apreciar o seu <strong>de</strong>sempenho, ten<strong>do</strong> em conta as dimensões em análise.<br />

Salientar os aspectos positivos.<br />

I<strong>de</strong>ntificar as áreas <strong>de</strong> melhoria.<br />

Basear a sua auto-avaliação centran<strong>do</strong>-se no seu <strong>de</strong>sempenho e não em<br />

expectativas futuras.<br />

Não estabelecer comparações com os seus pares.<br />

Evitar apreciações que não sejam passíveis <strong>de</strong> ser ilustradas com evidências.<br />

O <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong> po<strong>de</strong>, se assim o enten<strong>de</strong>r, registar a sua posição relativamente à sua<br />

avaliação em <strong>de</strong>claração escrita a apensar ao formulário <strong>de</strong> avaliação.<br />

38


SECÇÃO 5<br />

O Circuito <strong>do</strong>s Documentos <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>Docente</strong><br />

A comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, CCA (cf. 1.2.), recebe toda a<br />

<strong>do</strong>cumentação referente à avaliação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes da sua unida<strong>de</strong> orgânica, analisa-a e<br />

<strong>de</strong>volve-a ao conselho executivo, acompanhada das <strong>de</strong>liberações que, sobre essa<br />

<strong>do</strong>cumentação, entenda tomar.<br />

5.1. Qual a composição da comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da avaliação?<br />

Em cada unida<strong>de</strong> orgânica <strong>do</strong> sistema educativo funciona uma CCA composta por um<br />

presi<strong>de</strong>nte, obrigatoriamente o <strong>do</strong>cente que exerce as funções <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong><br />

conselho pedagógico e quatro vogais, eleitos entre os <strong>do</strong>centes com nomeação<br />

<strong>de</strong>finitiva, com um mínimo <strong>de</strong> cinco anos <strong>de</strong> serviço. Quan<strong>do</strong> o presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Conselho<br />

Pedagógico seja membro <strong>do</strong> conselho executivo ou seu assessor, é substituí<strong>do</strong> na<br />

presidência da CCA por um <strong>do</strong>cente especificamente eleito para tal, <strong>de</strong> entre os<br />

<strong>do</strong>centes com nomeação <strong>de</strong>finitiva, com um mínimo <strong>de</strong> cinco anos <strong>de</strong> serviço.<br />

5.2. Quais são as competências da comissão coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra da avaliação?<br />

Compete à comissão:<br />

1. Garantir o rigor <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> avaliação, <strong>de</strong>signadamente através da emissão<br />

<strong>de</strong> directivas para a sua aplicação e da validação ou confirmação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

constantes das fichas <strong>de</strong> avaliação.<br />

2. Validar as menções qualitativas <strong>de</strong> Excelente, Muito bom ou Insuficiente.<br />

3. Proce<strong>de</strong>r à avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho nos casos <strong>de</strong> impedimento ou ausência<br />

<strong>de</strong> avalia<strong>do</strong>r e propor as medidas <strong>de</strong> acompanhamento e correcção <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho insuficiente.<br />

4. Atribuir a classificação final <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

As directivas da CCA são orientações que fixam um resulta<strong>do</strong> aos seus <strong>de</strong>stinatários,<br />

permitin<strong>do</strong> que cada um escolha os meios mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s, no âmbito das suas<br />

competências. São orientações <strong>de</strong> implementação que são submetidas a parecer <strong>do</strong><br />

conselho pedagógico e ratificação <strong>do</strong> conselho executivo.<br />

Sugere-se que a comissão proceda à auscultação prévia <strong>do</strong>s <strong>de</strong>partamentos<br />

curriculares relativamente às directivas, sugere-se também que clarifique<br />

atempadamente os procedimentos e que, se assim o enten<strong>de</strong>r, proceda à construção<br />

<strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> análise <strong>do</strong>cumental, <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s lectivas e não<br />

lectivas e <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> verificação que aju<strong>de</strong>m a objectivar a avaliação. Estes<br />

procedimentos po<strong>de</strong>m contribuir para tranquilizar os professores em avaliação e<br />

credibilizar o processo.<br />

A comissão <strong>de</strong>libera por maioria e sempre na presença <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os seus membros.<br />

39


Depois <strong>de</strong> analisada toda a <strong>do</strong>cumentação referente aos <strong>do</strong>centes avalia<strong>do</strong>s, a CCA<br />

<strong>de</strong>volve ao conselho executivo os <strong>do</strong>cumentos <strong>de</strong> avaliação, acompanha<strong>do</strong>s das<br />

<strong>de</strong>liberações que sobre eles entenda tomar.<br />

Compete à CCA confirmar os processos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> Regular e Bom e validar os<br />

processos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> Insuficiente, Muito bom e Excelente.<br />

A validação das propostas <strong>de</strong> avaliação implica confirmação formal <strong>do</strong> cumprimento<br />

<strong>do</strong>s requisitos correspon<strong>de</strong>ntes e assinatura <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os membros da comissão.<br />

5.3. A quem compete atribuir a classificação/menção ao <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>?<br />

Compete à CCA a atribuição da classificação/menção ao <strong>do</strong>cente avalia<strong>do</strong>. Esta é uma<br />

competência formal já que esta atribuição correspon<strong>de</strong> ao somatório das pontuações<br />

obtidas em cada item, converti<strong>do</strong> para uma escala <strong>de</strong> 0 a 10, arre<strong>do</strong>ndada por excesso<br />

à décima mais próxima.<br />

Note-se que não compete à CCA alterar as pontuações atribuídas pelos avalia<strong>do</strong>res,<br />

po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>, tomar as <strong>de</strong>cisões que entenda a<strong>de</strong>quadas, remeten<strong>do</strong>-as ao<br />

conselho executivo.<br />

5.4. Como se expressa o resulta<strong>do</strong> final da avaliação?<br />

O resulta<strong>do</strong> final da avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho traduz-se nas seguintes menções<br />

qualitativas:<br />

1. Excelente – <strong>de</strong> 9,0 a 10 valores.<br />

2. Muito bom – <strong>de</strong> 8,0 a 8,9 valores.<br />

3. Bom – <strong>de</strong> 6,5 a 7,9 valores.<br />

4. Regular – <strong>de</strong> 5,0 a 6,4 valores.<br />

5. Insuficiente – <strong>de</strong> 0,0 a 4,9 valores.<br />

5.5. Quais os requisitos para a atribuição <strong>de</strong> Excelente?<br />

A atribuição da menção <strong>de</strong> Excelente pressupõe uma fundamentação da menção pelos<br />

avalia<strong>do</strong>res e implica:<br />

Especificação <strong>do</strong>s contributos relevantes proporciona<strong>do</strong>s pelo avalia<strong>do</strong> à<br />

escola.<br />

Inclusão <strong>de</strong>sses contributos numa base <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s sobre boas práticas.<br />

Publicação no Jornal Oficial por <strong>de</strong>spacho <strong>do</strong> director regional competente em<br />

matéria <strong>de</strong> administração educativa (cf. número 4, art.º 76.º ECDRAA).<br />

A confirmação da atribuição da menção <strong>de</strong> Excelente cabe a uma comissão<br />

especializada, constituída por um <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> recrutamento <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>,<br />

indica<strong>do</strong> por este, um <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> ensino superior na área das Ciências da Educação,<br />

40


<strong>de</strong>signa<strong>do</strong> pelo director regional e uma individualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconheci<strong>do</strong> mérito na área<br />

da educação, também <strong>de</strong>signada pelo director regional.<br />

À comissão especializada cabe analisar to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente,<br />

analisar a fundamentação apresentada pelos avalia<strong>do</strong>res e proce<strong>de</strong>r, caso o entenda, à<br />

audição <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>.<br />

5.6. A quem compete homologar as classificações <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes avalia<strong>do</strong>s?<br />

Cabe ao presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> conselho executivo proce<strong>de</strong>r à homologação das classificações<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes avalia<strong>do</strong>s.<br />

A classificação é dada a conhecer ao professor avalia<strong>do</strong>, através <strong>de</strong> assinatura<br />

presencial ou através <strong>do</strong> envio, por correio regista<strong>do</strong> com aviso <strong>de</strong> recepção, <strong>de</strong> cópia<br />

<strong>do</strong> formulário <strong>de</strong> avaliação.<br />

5.7. Há lugar a reclamação e recurso da classificação obtida?<br />

No prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias úteis, após a notificação, o <strong>do</strong>cente po<strong>de</strong> apresentar reclamação<br />

escrita da classificação obtida, em requerimento dirigi<strong>do</strong> ao presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> conselho<br />

executivo.<br />

No prazo <strong>de</strong> cinco dias úteis, após a notificação, o <strong>do</strong>cente po<strong>de</strong> apresentar recurso<br />

hierárquico, com efeito suspensivo, dirigin<strong>do</strong>-se ao director regional competente na<br />

matéria.<br />

5.8. Quais as garantias <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> avaliação?<br />

O processo <strong>de</strong> avaliação tem carácter confi<strong>de</strong>ncial, fican<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os intervenientes<br />

obriga<strong>do</strong>s ao <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> sigilo.<br />

O <strong>do</strong>cente tem o direito <strong>de</strong> examinar to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong> processo, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>-lhe<br />

ser facultada cópia gratuita.<br />

O <strong>do</strong>cente a quem tenha si<strong>do</strong> atribuída menção inferior a Bom, po<strong>de</strong> requerer, no<br />

prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias, em requerimento dirigi<strong>do</strong> ao conselho executivo, uma avaliação<br />

intercalar a realizar no final <strong>de</strong>sse mesmo ano escolar ou <strong>do</strong> seguinte.<br />

A avaliação é consi<strong>de</strong>rada para progressão na carreira, concessão <strong>de</strong> prémios <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho e conversão da nomeação provisória em nomeação <strong>de</strong>finitiva no termo<br />

<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> probatório.<br />

5.9. Quais os efeitos da avaliação na carreira <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente?<br />

A atribuição da menção <strong>de</strong> Excelente durante <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>s consecutivos <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho permite a redução <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos no tempo exigi<strong>do</strong> para progressão na<br />

carreira.<br />

41


A atribuição da menção <strong>de</strong> Muito bom durante três perío<strong>do</strong>s consecutivos <strong>de</strong> avaliação<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho permite a redução <strong>de</strong> um ano no tempo exigi<strong>do</strong> para progressão na<br />

carreira.<br />

A atribuição da menção <strong>de</strong> Bom <strong>de</strong>termina que seja consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o tempo a que<br />

respeita para progressão na carreira.<br />

A atribuição da menção <strong>de</strong> Regular implica a contagem <strong>do</strong> tempo avalia<strong>do</strong> para efeitos<br />

<strong>de</strong> antiguida<strong>de</strong>.<br />

A atribuição da menção <strong>de</strong> Insuficiente implica a não contagem <strong>do</strong> tempo a que<br />

respeita para efeitos <strong>de</strong> progressão e é fundamento para a não renovação <strong>do</strong> contrato<br />

<strong>de</strong> trabalho, cf. artigo 78º <strong>do</strong> ECDRAA.<br />

Há ainda prémios pecuniários <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, regula<strong>do</strong>s no artigo 89.º <strong>do</strong> ECDRAA:<br />

por cada quatro perío<strong>do</strong>s avaliativos consecutivos <strong>de</strong> serviço efectivamente presta<strong>do</strong><br />

com avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> Excelente, o <strong>do</strong>cente tem direito a um prémio <strong>de</strong><br />

montante equivalente ao <strong>de</strong> quatro vezes o valor mensal da retribuição a que tenha<br />

direito.<br />

42


SECÇÃO 6<br />

Glossário – <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>Docente</strong><br />

Aferir Definir normas ou padrões.<br />

<strong>Avaliação</strong><br />

<strong>Avaliação</strong> criterial<br />

<strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong><br />

competências<br />

<strong>Avaliação</strong><br />

diagnóstica<br />

<strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>Avaliação</strong> externa<br />

<strong>Avaliação</strong><br />

formativa<br />

Juízo <strong>de</strong> valor. Recolha sistemática <strong>de</strong> informação com o objectivo <strong>de</strong><br />

tomar <strong>de</strong>cisões. Conjunto <strong>de</strong> processos sistemáticos que permitem<br />

revelar em que medida os avalia<strong>do</strong>s alcançam os objectivos propostos.<br />

<strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> aluno por referência a objectivos <strong>de</strong><br />

aprendizagem. <strong>Avaliação</strong> cujo quadro <strong>de</strong> referência é constituí<strong>do</strong> por<br />

objectivos ou <strong>de</strong>sempenhos alvo.<br />

Implica observar o aluno [neste caso o professor], directa ou<br />

indirectamente, na realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, tão próximas quanto<br />

possível <strong>de</strong> situações autênticas (...) usan<strong>do</strong> para tal um conjunto <strong>de</strong><br />

instrumentos que permitam a recolha <strong>de</strong> evidências sobre o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento (parcial ou geral) das competências <strong>do</strong> aluno ou<br />

sobre a sua <strong>de</strong>monstração em situação (Peralta, 2002).<br />

<strong>Avaliação</strong> que, efectuada antes <strong>de</strong> uma acção <strong>de</strong> formação ou <strong>de</strong> uma<br />

sequência <strong>de</strong> aprendizagem, tem a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir informações<br />

que permitem orientar o apren<strong>de</strong>nte para uma área específica<br />

a<strong>de</strong>quada ao seu perfil, ou <strong>de</strong> ajustar esse perfil.<br />

Abordagem avaliativa em que as tarefas <strong>de</strong> avaliação estão<br />

intimamente relacionadas com o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> e se<br />

<strong>de</strong>senrolam num contexto autêntico. Na realização <strong>de</strong> tarefas reais o<br />

professor constrói respostas, cria produtos ou faz apresentações –<br />

evi<strong>de</strong>ncia os seus conhecimentos ou competências.<br />

Implica a utilização <strong>de</strong> técnicas e instrumentos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong><br />

informação no <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> (aula, reunião com os<br />

encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> educação, etc.) e a utilização <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong><br />

registo e análise apropria<strong>do</strong>s.<br />

Provas organizadas e classificadas por júris in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes das escolas,<br />

à escala local, regional ou nacional.<br />

<strong>Avaliação</strong> que se <strong>de</strong>stina a <strong>de</strong>terminar os progressos realiza<strong>do</strong>s<br />

relativamente aos objectivos, em diferentes momentos <strong>de</strong> uma acção<br />

ou <strong>de</strong> um projecto. <strong>Avaliação</strong> que procura guiar o apren<strong>de</strong>nte para lhe<br />

facilitar os progressos. <strong>Avaliação</strong> centrada na gestão das<br />

aprendizagens.<br />

43


<strong>Avaliação</strong> holística Abordagem à avaliação com base numa apreciação global.<br />

<strong>Avaliação</strong><br />

normativa<br />

<strong>Avaliação</strong><br />

sumativa<br />

Avaliar<br />

Classificação<br />

Classificação<br />

analítica<br />

Competência<br />

<strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada apren<strong>de</strong>nte por referência ao<br />

<strong>de</strong>sempenho médio <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> que faz parte.<br />

<strong>Avaliação</strong> pela qual se faz um inventário <strong>de</strong> competências adquiridas,<br />

ou um balanço, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma sequência ou activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação<br />

ou aprendizagem, <strong>de</strong> duração mais ou menos longa.<br />

Apreciar, julgar. Dizer o valor <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> em referência a uma<br />

exigência particular.<br />

Manifestação <strong>de</strong> uma avaliação, expressa por uma menção<br />

quantitativa ou qualitativa.<br />

Apreciação hierárquica <strong>de</strong> respostas ou <strong>de</strong>sempenhos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

classes pre<strong>de</strong>finidas.<br />

Apreciação separada <strong>de</strong> cada componente <strong>de</strong> uma resposta ou<br />

<strong>de</strong>sempenho, com base nos respectivos <strong>de</strong>scritores.<br />

O termo adquire vários senti<strong>do</strong>s:<br />

Associa<strong>do</strong> à tradição utilitarista ou à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> comportamento<br />

observável e sinónimo <strong>de</strong> saber-fazer, opon<strong>do</strong>-se, assim, competência<br />

a conhecimento.<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> recursos cognitivos<br />

(saberes, capacida<strong>de</strong>s, informações, etc.) para resolver com<br />

pertinência e eficácia uma série <strong>de</strong> situações, não se opon<strong>do</strong>,<br />

portanto, a conhecimento.<br />

Capacida<strong>de</strong> para respon<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> forma positiva, a uma exigência, tarefa<br />

ou problema complexo, mobilizan<strong>do</strong> e combinan<strong>do</strong> recursos pessoais<br />

e <strong>de</strong> contexto.<br />

Saber em acção, em uso.<br />

O opera<strong>do</strong>r competente é aquele que é capaz <strong>de</strong> mobilizar (pôr em<br />

acção <strong>de</strong> forma eficaz) as diferentes funções <strong>de</strong> um sistema em que<br />

intervêm recursos tão diversos como operações <strong>de</strong> raciocínio,<br />

conhecimentos, activações da memória, as avaliações, capacida<strong>de</strong>s<br />

relacionais ou esquemas comportamentais. Esta alquimia permanece<br />

ainda largamente uma terra <strong>de</strong>sconhecida (Le Boterf, 1994).<br />

Um sistema <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong>clarativos (o quê), processuais<br />

(como) e condicionais (quan<strong>do</strong> e porquê), organiza<strong>do</strong>s em esquemas<br />

44


Concertação<br />

Critério<br />

Da<strong>do</strong>s<br />

Descritor<br />

<strong>Desempenho</strong><br />

Dispositivo<br />

operatórios e que permitem, no interior <strong>de</strong> uma família <strong>de</strong> situações,<br />

não só a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas mas também a sua resolução<br />

através <strong>de</strong> uma acção eficaz (Tardif, 1996).<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agir eficazmente num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> situação,<br />

apoiada em conhecimentos, mas sem se limitar a eles. Uma<br />

competência pressupõe a existência <strong>de</strong> recursos mobilizáveis mas não<br />

se confun<strong>de</strong> com eles (…) Ela acrescenta o valor <strong>de</strong> uso <strong>do</strong>s recursos<br />

mobilizáveis (Perrenoud, 1997).<br />

Harmonização na aplicação <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> avaliação.<br />

Formulação que serve para discriminar, para distinguir os êxitos <strong>do</strong>s<br />

fracassos ou para emitir um juízo <strong>de</strong> valor. Uma realização específica<br />

que estabelece uma ou mais formas <strong>de</strong> operacionalizar o sucesso na<br />

consecução <strong>de</strong> um objectivo ou no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um produto.<br />

Observações registadas, geralmente em forma numérica ou textual.<br />

Breve <strong>de</strong>scrição que acompanha uma banda ou escala <strong>de</strong> classificação<br />

que resume o grau <strong>de</strong> proficiência ou tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho espera<strong>do</strong>.<br />

Termo ou expressão que caracteriza um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> objecto sem<br />

recorrer à quantificação; para alguns é equipara<strong>do</strong> a um indica<strong>do</strong>r<br />

qualitativo.<br />

Activida<strong>de</strong> concretamente realizada por um indivíduo, observável e<br />

susceptível <strong>de</strong> ser analisada.<br />

Resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma organização ou <strong>de</strong> uma<br />

intervenção num certo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo.<br />

Duas concepções distintas, conforme se salientam os meios ou os fins.<br />

Quan<strong>do</strong> se salientam os meios, o <strong>de</strong>sempenho correspon<strong>de</strong> aos<br />

comportamentos que o indivíduo manifesta quan<strong>do</strong> realiza as tarefas<br />

que lhe competem. Quan<strong>do</strong> se salientam os fins, o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong><br />

um indivíduo resi<strong>de</strong> na contribuição que os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seus<br />

comportamentos têm para a consecução <strong>do</strong>s objectivos da<br />

organização.<br />

Conjunto coerente e articula<strong>do</strong> <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong><br />

informações construí<strong>do</strong> em função <strong>do</strong>s objectivos <strong>de</strong> avaliação.<br />

Dupla classificação Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> classificar em que <strong>do</strong>is indivíduos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente,<br />

avaliam um <strong>de</strong>sempenho.<br />

45


Efeito <strong>de</strong> halo<br />

Efeito <strong>de</strong> recência<br />

Correlação elevada entre os atributos que são avalia<strong>do</strong>s numa pessoa,<br />

a qual po<strong>de</strong> revelar que o avalia<strong>do</strong>r se baseou numa apreciação geral<br />

da pessoa para classificar cada um <strong>do</strong>s atributos.<br />

Verifica-se quan<strong>do</strong> o avalia<strong>do</strong>r baseia os seus julgamentos em<br />

situações ocorridas nos meses ou semanas que antece<strong>de</strong>m<br />

imediatamente o momento da avaliação, apesar <strong>de</strong> esta incidir sobre<br />

um perío<strong>do</strong> muito mais vasto.<br />

Eficácia Relação entre os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s e os objectivos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s.<br />

Eficiência Relação entre os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s e os recursos envolvi<strong>do</strong>s.<br />

Equida<strong>de</strong><br />

Erro <strong>de</strong> brandura<br />

Erro <strong>de</strong> contraste<br />

Erro <strong>de</strong> severida<strong>de</strong><br />

Erro <strong>de</strong> tendência<br />

central<br />

Erro <strong>do</strong>s<br />

estereótipos<br />

Erro fundamental<br />

da atribuição<br />

causal<br />

Garantia <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s em função <strong>de</strong> situações<br />

específicas.<br />

Tendência <strong>de</strong> alguns avalia<strong>do</strong>res para classificarem os atributos ou os<br />

comportamentos <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong> acima <strong>do</strong> ponto médio da escala ou,<br />

mais propriamente, para os classificarem acima <strong>do</strong> que seria requeri<strong>do</strong><br />

pelo seu <strong>de</strong>sempenho.<br />

Manifesta-se quan<strong>do</strong> o avalia<strong>do</strong>r ten<strong>de</strong> a apreciar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong><br />

um colabora<strong>do</strong>r por comparação com o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> outro<br />

colabora<strong>do</strong>r, em vez <strong>de</strong> o fazer comparan<strong>do</strong> com os critérios e<br />

padrões estipula<strong>do</strong>s, o que po<strong>de</strong> levar, por exemplo, a consi<strong>de</strong>rar<br />

como Regular um Bom <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um colabora<strong>do</strong>r numa<br />

unida<strong>de</strong> em que pre<strong>do</strong>minam <strong>de</strong>sempenhos Excelentes.<br />

É o oposto <strong>do</strong> erro <strong>de</strong> brandura. Tendência <strong>de</strong> alguns avalia<strong>do</strong>res para<br />

classificarem os atributos ou os comportamentos <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong> abaixo<br />

<strong>do</strong> ponto médio da escala ou, mais propriamente, para os<br />

classificarem abaixo <strong>do</strong> que seria requeri<strong>do</strong> pelo seu <strong>de</strong>sempenho.<br />

Exprime o pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> classificações em torno <strong>do</strong> ponto médio da<br />

escala, evitan<strong>do</strong>-se assim efectuar distinções entre os colabora<strong>do</strong>res,<br />

por receio <strong>de</strong> o fazer, por incompetência <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>r ou por outras<br />

razões <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> contexto organizacional.<br />

Manifesta-se na avaliação quan<strong>do</strong> os julgamentos emiti<strong>do</strong>s se baseiam<br />

mais no facto <strong>de</strong> a pessoa pertencer a <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s grupos <strong>do</strong> que ao<br />

seu <strong>de</strong>sempenho específico.<br />

Tendência para se atribuir as causas <strong>do</strong> comportamento <strong>de</strong> uma<br />

pessoa a factores disposicionais internos a essa pessoa, ignoran<strong>do</strong> a<br />

influência que os factores situacionais po<strong>de</strong>m ter ti<strong>do</strong> nesse<br />

comportamento.<br />

46


Escala<br />

Evidência Prova.<br />

Fiabilida<strong>de</strong><br />

Fonte<br />

Gestão curricular<br />

Impacto<br />

Indica<strong>do</strong>r<br />

Inovação<br />

Categorização <strong>de</strong> uma métrica. Instrumento que serve para medir<br />

competências, capacida<strong>de</strong>s, atributos ou <strong>de</strong>sempenhos <strong>de</strong> um<br />

indivíduo.<br />

Medida da consistência e estabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s. Consistência <strong>de</strong><br />

medida. Grau <strong>de</strong> concordância entre classifica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> mesmo teste<br />

ou <strong>de</strong>sempenho.<br />

Pessoa, <strong>do</strong>cumento, artefacto que fornece informação acerca <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> objecto.<br />

A gestão curricular envolve to<strong>do</strong> o conjunto <strong>de</strong> processos e<br />

procedimentos através <strong>do</strong>s quais se tomam as <strong>de</strong>cisões necessárias<br />

quanto aos mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> implementação e organização <strong>de</strong> um currículo<br />

proposto, no quadro <strong>de</strong> uma instituição escolar. Incluem-se nestes<br />

processos, por exemplo, (...) o <strong>de</strong>senvolvimento das diferentes<br />

componentes curriculares, a sequência temática a a<strong>do</strong>ptar, as<br />

meto<strong>do</strong>logias a privilegiar, os projectos a <strong>de</strong>senvolver, as modalida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> integração (Roldão, 1999).<br />

Efeito sustentável das intervenções ou projectos, isto é, das<br />

consequências <strong>do</strong>s mesmos junto <strong>do</strong>s seus públicos-alvo. O impacto<br />

po<strong>de</strong> ser positivo ou negativo, espera<strong>do</strong> ou não espera<strong>do</strong>.<br />

Termo que admite vários entendimentos:<br />

É uma estatística directa e válida que dá informação sobre o esta<strong>do</strong> ou<br />

as mudanças <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za e natureza <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> objecto, ao<br />

longo <strong>do</strong> tempo. Opõe-se, assim, a <strong>de</strong>scritor.<br />

Expressão quantitativa ou qualitativa da realida<strong>de</strong> observada. Nesta<br />

perspectiva, indica<strong>do</strong>r e <strong>de</strong>scritor são coinci<strong>de</strong>ntes.<br />

Distingue-se pelo seu elemento <strong>de</strong> planificação ou <strong>de</strong> intenção<br />

<strong>de</strong>liberada, qualquer que seja o seu objecto, constituin<strong>do</strong> uma<br />

operação completa em si mesma, cujo objectivo é fazer instalar,<br />

aceitar e utilizar <strong>de</strong>terminada mudança, que <strong>de</strong>ve perdurar, ser<br />

amplamente utilizada e não per<strong>de</strong>r as suas características iniciais<br />

(Huberman, 1973).<br />

É qualquer coisa que é novo para as pessoas que se confrontam com<br />

ela e que implica mudanças nos seus comportamentos e crenças, para<br />

que essas mudanças sejam implementadas, residin<strong>do</strong> nelas o<br />

problema-chave da implementação da inovação (Fullan, 1992).<br />

Uma acção que tem na sua origem a intenção <strong>de</strong> produzir uma<br />

47


Instrumento <strong>de</strong><br />

avaliação<br />

Li<strong>de</strong>rança<br />

Meta<br />

Monitorização<br />

Mudança<br />

mudança no interior <strong>de</strong> um contexto existente (Cros, 1996).<br />

Suporte que serve <strong>de</strong> base à recolha <strong>de</strong> informação: questionário,<br />

guião <strong>de</strong> entrevista, grelha <strong>de</strong> observação, grelha <strong>de</strong> análise <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>cumentos escritos já existentes, etc.<br />

É o papel que se <strong>de</strong>fine pela frequência com que uma pessoa<br />

influencia ou dirige o comportamento <strong>de</strong> outros membros <strong>do</strong> grupo<br />

(McDavid e Herrara, s/d).<br />

É a capacida<strong>de</strong> para promover a acção coor<strong>de</strong>nada, com vista ao<br />

alcance <strong>do</strong>s objectivos organizacionais (Gomes e colabs., 2000).<br />

É um fenómeno <strong>de</strong> influência interpessoal exercida em <strong>de</strong>terminada<br />

situação através <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> comunicação humana, com vista à<br />

comunicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s objectivos (Fachada, 1998).<br />

Processo <strong>de</strong> influência e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> uma função grupal<br />

orientada para a consecução <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s, aceites pelos membros<br />

<strong>do</strong>s grupos. Li<strong>de</strong>rar é pilotar a equipa, o grupo, a reunião, é prever,<br />

<strong>de</strong>cidir, organizar (Parreira, 2000).<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar pessoas para que se envolvam<br />

voluntariamente em tarefas para a concretização <strong>de</strong> objectivos<br />

comuns.<br />

O resulta<strong>do</strong> espera<strong>do</strong> <strong>de</strong> um projecto ou intervenção/actuação; <strong>de</strong>ve<br />

ser objecto <strong>de</strong> quantificação para facilitar a sua medição por<br />

indica<strong>do</strong>res.<br />

Acto <strong>de</strong> avaliação, cuja finalida<strong>de</strong> é regular e acompanhar a acção.<br />

É muitas vezes involuntária, apresentan<strong>do</strong>-se como a evolução<br />

natural, um movimento objectivo <strong>de</strong> modificação da realida<strong>de</strong> (Cros,<br />

1996).<br />

Nível <strong>de</strong> proficiência Medida ou <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um apren<strong>de</strong>nte, com base<br />

numa escala.<br />

Objectivo Descrição <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s da acção pedagógica.<br />

Objectivo<br />

operacional<br />

Pertinência<br />

Objectivo que menciona um comportamento observável, as condições<br />

em que esse comportamento se <strong>de</strong>ve manifestar e os critérios que<br />

permitem apreciá-lo.<br />

Grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> uma intervenção ou projecto às necessida<strong>de</strong>s<br />

i<strong>de</strong>ntificadas; verifica a a<strong>de</strong>quação entre o projecto e as suas medidas,<br />

48


Projecto curricular<br />

Projecto curricular<br />

<strong>de</strong> turma<br />

Referencial<br />

acções e activida<strong>de</strong>s e os problemas que procura resolver.<br />

Forma particular como, em cada contexto, se reconstrói e se apropria<br />

um currículo face a uma situação real, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> opções e<br />

intencionalida<strong>de</strong>s próprias, e construin<strong>do</strong> mo<strong>do</strong>s específicos <strong>de</strong><br />

organização e gestão curricular, a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à consecução das<br />

aprendizagens que integram o currículo, para os alunos concretos<br />

daquele contexto.<br />

É a forma particular como, em cada turma, se reconstrói e se apropria<br />

um currículo face a uma situação real (Roldão, 1999).<br />

Conjunto <strong>de</strong> referentes; produto resultante <strong>do</strong> processo <strong>de</strong><br />

referencialização.<br />

Referencialização Processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> referentes.<br />

Referente<br />

Situação i<strong>de</strong>al, com a qual vai ser compara<strong>do</strong> o referi<strong>do</strong> (situação real);<br />

faz parte <strong>do</strong> referencial.<br />

Referi<strong>do</strong> Situação real a confrontar com o referente (situação i<strong>de</strong>al), faz parte<br />

<strong>do</strong> referencial.<br />

Resulta<strong>do</strong>s<br />

Supervisão<br />

Técnicas <strong>de</strong><br />

recolha <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

Valida<strong>de</strong><br />

Efeitos directos e imediatos produzi<strong>do</strong>s por uma acção, individual ou<br />

colectiva, ou por um projecto.<br />

Ambiente formativo estimula<strong>do</strong>r (conceito), que visa apoiar e regular o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento (finalida<strong>de</strong>), através <strong>de</strong> feedback, questionamento,<br />

apoio/encorajamento, sugestões/recomendações, sínteses/balanços,<br />

esclarecimentos conceptuais (estratégias). Foca-se na reflexão acerca<br />

da prática (focagem) e tem relevância.<br />

O exercício realiza<strong>do</strong> para recolher informação. Entre as técnicas mais<br />

comuns contam-se a observação, o inquérito (por entrevista ou por<br />

questionário) e a análise <strong>do</strong>cumental.<br />

Extensão em que a informação recolhida diz respeito ao que se<br />

preten<strong>de</strong> avaliar.<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um instrumento que lhe permite medir o que preten<strong>de</strong><br />

medir e que exprime o que tem por função exprimir.<br />

49


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