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questão, esses diferentes grupos terão de<br />

se juntar de forma efetiva.<br />

A própria AccountAbility recorre ao<br />

networking como sistema de governança.<br />

Stakeholders com que atua de maneira<br />

mais próxima ajudam a avaliar seus planos<br />

e impactos. A instituição também ajuda a<br />

conectar agentes em todo o mundo. É o<br />

caso do MFA Forum, aliança internacional<br />

de empresas, agências de desenvolvimento,<br />

ONGs e organizações trabalhistas que<br />

incentiva a competitividade nas cadeias<br />

de suprimento em nível global.<br />

Segundo Joe, o uso da internet e das<br />

redes sociais virtuais oferece ganho em<br />

escala para as ações articuladas com<br />

stakeholders, pois fomenta um número<br />

maior de parcerias em diferentes regiões<br />

do globo e potencializa a disseminação de<br />

experiências. “Juntar pessoas fisicamente<br />

para criar confiança, trocar ideais e ‘codesenhar’<br />

soluções é necessário para sair<br />

do paradigma de isolamento. Mas, para<br />

ganhar escala, uma conexão virtual acaba<br />

sendo muito importante.”<br />

Estabelecendo a cultura<br />

de resultados<br />

Com mestrado em Política Pública e Economia<br />

Ecológica e 11 anos de experiência<br />

no Brasil, Joe percebe que o país conta<br />

com grande potencial para inovar e promover<br />

o engajamento de stakeholders.<br />

Porém, ele observa que ainda nos falta<br />

planejamento. “Um processo estruturado<br />

deve ter as etapas de analisar e planejar;<br />

engajar e aprender; e responder e<br />

entregar. O Brasil tem muita experiência<br />

em engajar e aprender, mas peca no aspecto<br />

de analisar e planejar, ou seja, de<br />

entender aonde realmente quer chegar.<br />

Isso acaba afetando a capacidade de res-<br />

Gislaine Rossetti<br />

foto: Rodolfo Grabner<br />

ponder e entregar”, analisa, adiantando<br />

que a AccountAbility lançará por aqui, no<br />

fim do ano, um módulo prático da norma<br />

AA1000 (leia mais no quadro Guias de<br />

relacionamento) com orientações para as<br />

empresas nesse sentido, além de divulgar<br />

uma pesquisa de mercado comparando as<br />

práticas brasileiras de engajamento com as<br />

de outros países<br />

Desde já, uma coisa é certa: os brasileiros<br />

precisarão correr se quiserem ser mais assertivos<br />

na próxima década. Para Joe, a<br />

pressão de grupos sociais tende a crescer<br />

e, em 2020, haverá pouco espaço para o<br />

mero discurso. “Cada vez mais entraremos<br />

na época do ‘me mostre, não me diga’.<br />

O aspecto de ‘responder e entregar’ será<br />

mais crítico para todas as empresas.” Joe<br />

acredita que as crescentes exigências por um<br />

diálogo mais efetivo com os stakeholders<br />

trarão novas atribuições à comunicação corporativa.<br />

Em sua opinião, a área, que “tem<br />

uma longa trajetória de via de mão única”,<br />

precisará criar uma cultura de buscar soluções<br />

conjuntas, engajando stakeholders em<br />

suas estratégias e ferramentas.<br />

BASF rumo a 2020<br />

A multinacional BASF, presente em 39<br />

países com suas unidades de produção,<br />

já considera os stakeholders diretamente<br />

relacionados ao negócio nas ações corporativas.<br />

E isso deve se intensificar. Com<br />

o olhar voltado para o futuro, a empresa<br />

alemã lançou, no fim de 2009, a Estratégia<br />

2020 para a América do Sul, pautada<br />

em sua ‘ambição de sustentabilidade’:<br />

“crescer de forma sustentável com pioneirismo<br />

e competência, sendo valorizada<br />

pelas partes interessadas nos países onde<br />

atua”. Para reforçar essa meta, a empresa<br />

lançou uma logomarca, a Pegada Sustentável,<br />

sugerindo uma abordagem com<br />

contornos específicos nessa região.<br />

Na prática, isso significa alinhar as oportunidades<br />

de negócio a uma atuação<br />

responsável em sintonia com as megatendências<br />

mundiais que se apresentam,<br />

como o crescimento e o envelhecimento<br />

da população; a globalização e o surgimento<br />

de mercados emergentes; o ritmo<br />

acelerado de urbanização; e a elevada<br />

demanda por energia e seu consequente<br />

impacto climático. “A Estratégia 2020 é<br />

uma continuidade da Estratégia 2015 –<br />

que tem como principal meta alavancar<br />

os negócios da empresa na região. O desafio<br />

é viabilizar a expansão sustentável<br />

‘Quem realmente<br />

trabalhar junto com<br />

os agentes ligados ao<br />

negócio sairá<br />

na frente’<br />

J. S.<br />

‘O grande desafio nesse<br />

cenário interativo é<br />

tornar as coisas cada<br />

vez mais simples diante<br />

de um mundo cada vez<br />

mais complexo’<br />

Gislaine Rossetti<br />

Mais em Nós da Comunicação<br />

Entrevista: Mark Schumann apresenta as novas regras do engajamento de colaboradores<br />

http://bit.ly/bvKgUU<br />

Multimídia: Gislaine Rossetti fala sobre projetos de sustentabilidade da BASF<br />

http://bit.ly/93VQkJ<br />

37 comunicação

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