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Baixar - Brasiliana USP

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270 SYLVIO ROMERÕ<br />

Nas praias deste amor as conchas d'oiro<br />

N'um dia azul, mimoso encontrarás ;<br />

Da innocencia a flor se abrindo tremula,<br />

Seus perfumes singelos sentirás,<br />

Corre. A onda é mansa, a terra muda,<br />

Alh na Ygara leste é remador...<br />

Os descantes da noite se finaram,<br />

Bebem da brisa os mares o frescor.<br />

N'essa carreira louca da existência<br />

Não vás as crenças d'alma assim perder.,<br />

-*£omnambula na volúpia desviada,<br />

— Mariposa na chamma a fenecer.<br />

Oh ! pára ! tantas almas te contemplam,<br />

Tanta iava guardada a se aquecer...<br />

Abre teu peito ás vagas do infinito,<br />

Vem n'»ste vácuo immenso te conter.<br />

II<br />

Nuvens e luzes<br />

Se eu pudesse será nuvem que perpassa,<br />

A innocente rival das rosas brancas,—<br />

Essa nuvem, molhada de langores<br />

Vaporosa, amante, socegada,—<br />

A nuvem que te vira desgrenhada,<br />

Pallida e bella nocahir da tarde,<br />

Por phantasmas de amor arrebatada,<br />

Plácida a boiar nas ondas frias !<br />

—Ondina tu foste ; das praias te viram<br />

Qual flor desbotada nos seios do mar!<br />

As ramas dos mangue», as plantas agrestes,<br />

Os lotus, as conchas quizeram-te amor.

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