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— 220 - luvas de pellica, e ande de calças á inglcza, e tenha os olhos tão azues como uma Allemãa! Queres que t'o jure pela Virgem Maria? MACARIO, bebe. Este vinho é bom. Quando se tem três garrafas de _ Johannisberg na cabeça, sente-se a gente capaz de escrever um poema. O poeta árabe bem o disse — o vinho faz do poeta um principe, e do príncipe um poeta. Sabes quem inventou o vinho? SATAN. É uma bella cousa o vapor de um charuto! E demais, o que é tudo no mundo senão vapor? A adoração é incenso e o incenso o que é? 0 amor é o vapor do coração que embebeda os sentidos. Tu o sabes — a gloria é fumaça. MACARIO Sim. É bello fumar! 0 fumo, o vinho e as mulheres! Sabes... ha oceasião em que me dão venetas de viver no Oriente. SATAN. Sim... o Oriente! mas que achas de tão bello naquelles homens que fumão sem fallar, que amão sem suspirar? É pelo fumo? Fuma aqui... vê, o luar está bello : as nuvens do céo parecem a fumaça do cachimbo do Omnipotente que resfolga dormindo. Pelas mulheres? Faze-te vigário de freguezia...
— 227 — MACARIO. É uma cousa singular esta vida. Sabes que ás vezes eu quereria ser uma daquellas estrellas para ver de camarote essa Comedia que se chama o Universo? essa Comedia onde tudo que ha mais estúpido é o homem que se crê uni espertalhão? Vês áquelle boi que rumina ali deitado somnolento na relva? Talvez seja um philosopho profundo que se ri de nós. A philosophia humana é uma vaidade. Eis-ahi, nós vivemos lado a lado, o homem dorme noite a noite com uma mulher : bebe, come, ama com ella, conhece todos os signaes de seu corpo, todos os contornos de suas fôrmas, sabe todos os ais que ella murmura nas agonias do amor, todos os sonhos de pureza que ella sonha de noite, e todas as palavras obscenas que lhe escapão de dia... Pois bem — a esse homem que deitou-se mancebo com essa mulher ainda virgem, que a vio em todas as phases, em todos os seus crepúsculos, e acordou um dia com ella ambos velhos c impotentes, a esse homem, perguntai-lhe o que é essa mulher, elle não saberá dizô-lo! Ter volvido e revolvido uni livro a ponto de manchar-lhe e romper-lhe as folhas, e não entendê-lo! Eis o que é a philosophia do homem! Ha cinco mil annos que elle se abysma em si, e pergunta-se quem é, donde veio, onde vai, e o que tem mais juízo é áquelle que moribundo crê que ignora! SATAN. Eis o que é profundamente verdade! Perguntai ao li-
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Ie ne fay rien sans Gayeté (Montai
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MRIS. — TTr. DE S. RAÇON F. COMP
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DISCURSO RECITADO NO DIA 11 DE AGOS
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- 3 - Senhores! Fora um bello ponto
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ALFREDO DE MUSSET JACQUES ROLLA O P
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JORGE SAND ALDO 0 RIMAÜOR Jorge Sa
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CARTA SERVINDO DE PRÓLOGO AO DISCU
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DISCURSO P B O N U S C1 A D O NA SE
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Á dòr são naturaes. — 104 —
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PENSEROSO. Oh! virgem! se acaso um
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Matou-se. Bem. Vem comigo. Vai-te.
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— 2S> - tura transformar-se num c
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— 290 — a antigüidade chamou B
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— 292 - Eu me encostei á aresta
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298 — III BERTRAM Um outro conviv
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— 500 - Dous annos depois foi que
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— 510 — vaga que varria nossas
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— 524 — Quando ergui a cabeça,
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— âò-1 Nos effluvios do amor li
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— 550 — tos : e pois requeria-s
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— 558 — com um annel que trazia
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— 560 — chou três vezes c fico
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— 564 — Quando a luz bateu em A
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' — 566 — longo como a vida. V
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