Microbiota normal - UFSM
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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS<br />
Departamento de Microbiologia e Parasitologia<br />
Disciplina de Microbiologia Geral<br />
4. MICROBIOLOGIA CLÍNICA.<br />
A terapia clínica deve estar baseada na avaliação do clínico veterinário, no<br />
conhecimento médico disponível sobre assunto e na informação específica sobre o<br />
paciente obtida da anamnese e dos estudos clínico-laboratoriais. O uso racional de um<br />
antimicrobiano no tratamento da doença bacteriana pressupõe um conhecimento da<br />
natureza do agente envolvido no processo infeccioso. Cabe lembrar que, se não<br />
conhecermos previamente o agente causador do processo, o uso de um agente<br />
antimicrobiano torna-se irracional, e seu uso submete o paciente a riscos desnecessários.<br />
Além disso, esse tipo de conduta sujeita populações humanas e animais a demais riscos<br />
pelo desenvolvimento de organismos resistentes.<br />
O propósito da microbiologia clínica é de auxiliar no diagnóstico clínico, como um<br />
guia para a terapia, determinando a natureza do agente infeccioso no processo da doença,<br />
e orientando os procedimentos e a interpretação dos resultados de exames diretos,<br />
culturas e dos testes de susceptibilidade.<br />
Para a construção de uma terapia adequada, o clínico deve seguir passos sequenciais:<br />
(1) desenvolvimento de uma suspeita clínica baseada na apresentação do paciente; (2)<br />
identificação do sítio envolvido; (3) especificidades da espécie envolvida e adequação do<br />
manejo; (4) demonstração inicial do organismo pelo exame direto; (5) instituição de uma<br />
terapia antimicrobiana preliminar baseada nos resultados do primeiro e quarto passos; (6)<br />
ajuste, se necessário, da terapia antimicrobiana baseada na interpretação da cultura e<br />
testes de susceptibilidade. Terapias de suporte devem ser administradas quando houver<br />
necessidade.<br />
Uma vez determinado o sítio de infecção e o agente determinante, o clínico poderá<br />
determinar um “plano de conduta” para uma terapêutica adequada.<br />
Após a coleta de uma amostra, a primeira questão a ser observada é quanto à presença<br />
ou não do agente na mesma. Um procedimento simples e rápido que pode esclarecer a<br />
dúvida é a pesquisa do agente pelo esfregaço direto. Em um laboratório de microbiologia<br />
o teste de Gram é usado rotineiramente, entretanto, alguns exames utilizados na prática de<br />
citologia (Wrihgt, Giemsa) podem ser úteis para demonstrar a presença de<br />
microorganismos em secreções.<br />
Se o agente é observado no exame direto, a próxima questão que deve ser respondida<br />
é: Que microorganismo é e como posso combatê-lo? Se o exame direto não esclarece<br />
estas dúvidas, deve-se proceder a cultura (isolamento e identificação) e os testes de<br />
sensibilidade.<br />
4.1 – SISTEMA RESPIRATÓRIO.<br />
O sistema respiratório é um dos mais difíceis para a cultura bacteriológica. Amostras<br />
representativas não podem ser obtidas do trato respiratório por meio da cavidade oral,<br />
pois a potencial contaminação pela microbiota oral <strong>normal</strong> é muito grande. Técnicas<br />
utilizadas para a coleta de amostras do trato respiratório incluem as técnicas de aspiração<br />
6<br />
Prof. Daniel Roulim Stainki<br />
<strong>UFSM</strong>