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CPVO cursinho que mais aprova na GV

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F<strong>GV</strong> — Administração — Prova Objetiva — 03/dezembro/2006<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

16. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva em <strong>que</strong> a flexão dos compostos esteja<br />

de acordo com a norma culta.<br />

a) Leões-de-chácara, prontos-socorros, quartas-feiras,<br />

guardas-noturnos.<br />

b) Leões-de-chácaras, pronto-socorros, quartas-feira,<br />

guarda-noturnos.<br />

c) Leões-de-chácara, pronto-socorros, quartas-feiras,<br />

guardas-noturno.<br />

d) Leões-de-chácaras, prontos-socorros, quartas-feiras,<br />

guardas-noturnos.<br />

e) Leões-de-chácara, pronto-socorros, quarta-feiras,<br />

guardas-noturno.<br />

Resolução:<br />

Leões-de-chácara – em substantivos compostos unidos por<br />

preposição, somente o primeiro elemento sofre flexão;<br />

prontos-socorros – substantivo composto pela justaposição<br />

de adjetivo (pronto) e substantivo (socorro), assim, pelas regras<br />

de flexão, ambos os elementos são pluralizados, já <strong>que</strong> são<br />

variáveis;<br />

quartas-feiras – substantivo composto formado por numeral<br />

(quarta) e substantivo (feira), assim, os dois elementos sofrem<br />

flexão de número;<br />

guardas-noturnos – o primeiro elemento da composição é<br />

substantivo sinônimo de segurança. Portanto, sofre flexão, assim<br />

como o adjetivo noturno (também uma palavra variável).<br />

Alter<strong>na</strong>tiva A<br />

17. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva em <strong>que</strong> os verbos prever, intervir,<br />

propor e manter estão corretamente conjugados.<br />

a) Previu / interviu / propuser / mantesse.<br />

b) Prevesse / intervisse / proposse / mantesse.<br />

c) Previu / interveio / propusesse / mantera.<br />

d) Preveu / intervim / propuser / mantivesse.<br />

e) Previsse / intervier / propusesse / mantinha.<br />

Resolução: Os verbos “prever”, “intervir”, “propor” e “manter”<br />

seguem o modelo de conjugação das formas simples “ver”, “vir”,<br />

“pôr” e “ter”, respectivamente. A única alter<strong>na</strong>tiva em <strong>que</strong> a<br />

conjugação desses verbos está correta, no tempo e modo verbal<br />

em <strong>que</strong> se apresentam, é a E (“previsse”: pretérito imperfeito do<br />

subjuntivo; “intervier”: futuro do subjuntivo; “propusesse”:<br />

pretérito imperfeito do subjuntivo e “mantinha”: pretérito<br />

imperfeito do indicativo). Alter<strong>na</strong>tiva E<br />

CPV fgv06dezobjadm<br />

CPV O <strong>cursinho</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>aprova</strong> <strong>na</strong> <strong>GV</strong><br />

18. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva correta quanto à concordância verbal.<br />

a) Agora, trata-se de casos <strong>mais</strong> sérios, <strong>mais</strong> difíceis de<br />

resolver.<br />

b) Vão haver tumultos <strong>na</strong> praça.<br />

c) Não se discute <strong>mais</strong> as causas da erosão dessas terras.<br />

d) À falta de medicamentos modernos, tratara-se com<br />

remédios caseiros os ferimentos provocados pelo mato.<br />

e) Devem fazer dois anos <strong>que</strong> eles se mudaram daqui.<br />

Resolução: O verbo transitivo indireto “tratar” encontra-se<br />

conjugado <strong>na</strong> terceira pessoa do singular, tendo enclítica a<br />

partícula “se”, aqui índice de indetermi<strong>na</strong>ção do sujeito. As de<strong>mais</strong><br />

alter<strong>na</strong>tivas contêm erros por<strong>que</strong>: <strong>na</strong> B, o verbo “haver” está<br />

sendo empregado no sentido de existir, devendo a locução verbal<br />

ser impessoal (“vai haver”); <strong>na</strong> C e <strong>na</strong> D, os verbos encontramse<br />

<strong>na</strong> voz passiva, sendo necessário concordá-los em número<br />

(“não se discutem” e “trataram-se”) com os respectivos sujeitos;<br />

<strong>na</strong> E, o verbo “fazer” indica tempo transcorrido, devendo a<br />

locução verbal ser conjugada <strong>na</strong> terceira pessoa do singular (“deve<br />

fazer”). Alter<strong>na</strong>tiva A<br />

19. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva em <strong>que</strong> a (as), com ou sem o si<strong>na</strong>l de<br />

crase, está utilizado corretamente.<br />

a) Chegou ao trabalho a tempo, às 8 horas da noite.<br />

b) Teve ímpetos de atirar-se à ele, para afogá-lo.<br />

c) Devido a morte do tio, foi obrigado a vestir-se de preto<br />

durante um longo tempo.<br />

d) Faremos home<strong>na</strong>gem à pessoas dig<strong>na</strong>s da nossa<br />

sociedade.<br />

e) O curso será ministrado no período de 11 à 30 de janeiro.<br />

Resolução: A alter<strong>na</strong>tiva A é a única <strong>que</strong> apresenta a utilização<br />

do si<strong>na</strong>l indicativo de crase em conformidade com a gramática<br />

normativa — obrigatória em locuções adverbiais de núcleo<br />

feminino, como em indicação pontual de horas.<br />

Na alter<strong>na</strong>tiva B, não há fator <strong>que</strong> condicione o uso de crase.<br />

Na C, em função da regência nomi<strong>na</strong>l, a utilização de si<strong>na</strong>l<br />

indicativo de crase em função do vocábulo devido é obrigatória.<br />

Na D, não há ocorrência de crase quando não houver concordância<br />

em número.<br />

Por fim, <strong>na</strong> E, em indicação de datas, vale observar <strong>que</strong> o primeiro<br />

numeral <strong>que</strong> indica o período de duração do curso foi introduzido<br />

ape<strong>na</strong>s pela preposição de, logo, em função do paralelismo<br />

sintático, o segundo deve obedecer à mesma regra.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva A<br />

1


2<br />

fgv - 03/12/2006 CPV o <strong>cursinho</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>aprova</strong> <strong>na</strong> <strong>GV</strong><br />

20. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva em <strong>que</strong> os verbos impreg<strong>na</strong>r, optar,<br />

suar e estrear preenchem corretamente as lacu<strong>na</strong>s das<br />

frases abaixo.<br />

Esse tipo de tinta __________________ de cheiro acre a<br />

roupa da loja.<br />

O coronel sempre __________________ pelo praça de<br />

maior destreza para dirigir a viatura.<br />

Nos dias de calor, ele __________________ de<strong>mais</strong>; por<br />

isso, o ar-condicio<strong>na</strong>do do carro.<br />

O cantor __________________ no teatro da Barra ontem,<br />

à noite. Um sucesso!<br />

a) Impregui<strong>na</strong>, opta, sua, estreiou.<br />

b) Impreg<strong>na</strong>, opta, soa, estreiou.<br />

c) Impreg<strong>na</strong>, opta, sua, estreou.<br />

d) Impregui<strong>na</strong>, opita, soa, estreiou.<br />

e) Impreg<strong>na</strong>, opita, sua, estreiou.<br />

Resolução:<br />

— “Impreg<strong>na</strong>r” e “optar”: esses verbos, <strong>na</strong> fala, sofrem<br />

inclusão de vogais entre as consoantes. Entretanto, tais sons<br />

vocálicos não são representados graficamente por meio de<br />

letras.<br />

— “Suar”: equivalente a transpirar, não raras vezes é confudido<br />

com soar, <strong>que</strong> significa “emitir ou produzir som”<br />

(Minidicionário Aurélio, Nova Fronteira, 2001). Tal<br />

paronímia gera dificuldade de conjugação.<br />

— “Estrear”: a confusão entre as formas é gerada pela reiteração<br />

do uso do substantivo estréia, grafado com i, assim como<br />

entre o substantivo benefício e o adjetivo beneficente.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva C<br />

Leia os sete versos abaixo e responda às <strong>que</strong>stões a eles<br />

pertinentes.<br />

(1) Metafísica? Que metafísica têm a<strong>que</strong>las árvores?<br />

(2) A de serem verdes e copadas e de terem ramos<br />

(3) E a de dar fruto <strong>na</strong> sua hora, o <strong>que</strong> não nos faz pensar,<br />

(4) A nós, <strong>que</strong> não sabemos dar por elas.<br />

(5) Mas <strong>que</strong> melhor metafísica <strong>que</strong> a delas,<br />

(6) Que é a de não saber por <strong>que</strong> vivem<br />

(7) Nem <strong>que</strong> o não sabem?<br />

Alberto Caeiro<br />

21. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva INCORRETA a respeito dessa<br />

estrofe.<br />

a) Ela rejeita valores presentes <strong>na</strong> poesia simbolista.<br />

b) Ela critica o fato de autores buscarem metafísica <strong>na</strong>s<br />

coisas do mundo.<br />

c) Ela é vazada em linguagem objetiva.<br />

d) Seu autor é heterônimo de Fer<strong>na</strong>ndo Pessoa, criado<br />

ape<strong>na</strong>s para redigir esse poema.<br />

e) Ela busca opor à metafísica o não pensar.<br />

CPV fgv06dezobjadm<br />

Resolução: Alberto Caeiro foi autor de três livros, antes de seu<br />

falecimento, aos 23 anos: O Guardador de Rebanhos; O Pastor<br />

Amoroso; Poemas Inconjuntos — publicado pelos “amigos”<br />

após a sua morte. Nenhum dos heterônimos de Pessoa, em última<br />

instância, foi “criado ape<strong>na</strong>s para redigir esse poema”. A poética<br />

pessoa<strong>na</strong> é desenvolvida por múltiplas vozes, isto é, visões de<br />

mundo, <strong>que</strong> visam a compor o mosaico polifônico e flagrante do<br />

ser <strong>na</strong> modernidade. Alter<strong>na</strong>tiva D<br />

22. Nos quatro últimos versos, há várias ocorrências da<br />

palavra <strong>que</strong>. Sobre essa palavra, pode-se dizer:<br />

a) No quinto verso, tem-se um pronome definido e uma<br />

conjunção comparativa.<br />

b) No sétimo verso, tem-se um pronome relativo.<br />

c) No quarto verso, tem-se um pronome relativo.<br />

d) No sexto verso, tem-se uma conjunção comparativa e<br />

um pronome interrogativo.<br />

e) No sexto verso, tem-se uma conjunção integrante e um<br />

advérbio.<br />

Resolução:<br />

Nas de<strong>mais</strong> alter<strong>na</strong>tivas:<br />

a) A primeira referência classifica-se como um pronome<br />

interrogativo, não como pronome definido, sejá lá o<br />

<strong>que</strong> isso significa...<br />

b) No sétimo verso, o <strong>que</strong> é conjunção integrante da oração<br />

subordi<strong>na</strong>da substantiva <strong>que</strong> funcio<strong>na</strong> como objeto direto<br />

do verbo “saber” (verso 6).<br />

d e e) a primeira ocorrência é, <strong>na</strong> verdade, um pronome relativo,<br />

remetendo-se ao antecedente “metafísica”, do 5 o verso.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva C<br />

Leia o texto seguinte e responda às <strong>que</strong>stões de 23 a 29.<br />

Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinhá Vitória<br />

pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano<br />

preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O<br />

bebedouro indeciso tor<strong>na</strong>ra-se realidade. Voltaram a cochichar<br />

projetos, as fumaças do cigarro e do cachimbo misturaram-se.<br />

Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topográficos, falou<br />

no cavalo de fábrica. Ia morrer <strong>na</strong> certa, um animal tão bom. Se<br />

tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Algum tempo<br />

comeria folhas secas, mas além dos montes encontraria<br />

alimento verde. Infelizmente pertencia ao fazendeiro - e<br />

definhava, sem ter <strong>que</strong>m lhe desse a ração. Ia morrer o amigo,<br />

lazarento e com esparavões, num canto de cerca, vendo os<br />

urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaçandolhe<br />

os olhos. A lembrança das aves medonhas, <strong>que</strong> ameaçavam<br />

com os bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou<br />

Fabiano. Se elas tivessem paciência, comeriam tranqüilamente<br />

a carniça. Não tinham paciência, a<strong>que</strong>las pestes vorazes <strong>que</strong><br />

voavam lá em cima, fazendo curvas.<br />

— Pestes.


CPV fgv06dezobjadm<br />

CPV o <strong>cursinho</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>aprova</strong> <strong>na</strong> <strong>GV</strong> Fgv - 03/12/2006<br />

23. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva correta quanto ao autor e à obra de<br />

<strong>que</strong> foi extraído o fragmento acima.<br />

a) João Guimarães Rosa – Sagara<strong>na</strong>.<br />

b) Ra<strong>que</strong>l de Queirós – O Quinze.<br />

c) Euclides da Cunha – Os Sertões.<br />

d) Franklin Távora – O Cabeleira.<br />

e) Graciliano Ramos – Vidas Secas.<br />

Resolução: Trata-se de um excerto de Vidas Secas, no qual a<br />

chegada das aves de arribação anuncia o retorno da estiagem. As<br />

aves devoram o gado, <strong>que</strong> começa a morrer, e secam a água, <strong>que</strong><br />

ajudaria a garantir a sobrevivência dos retirantes.<br />

As referências a Fabiano e Sinha Vitória (<strong>na</strong> grafia segundo a<br />

prosódia nordesti<strong>na</strong>, e não “Sinhá”, como escrito erroneamente<br />

<strong>na</strong> prova) são índices explícitos da filiação do texto ao romance<br />

modernista e neo-regio<strong>na</strong>lista Vidas Secas, de Graciliano Ramos.<br />

24. A respeito da obra (não ape<strong>na</strong>s desse fragmento) da qual<br />

foi retirado o excerto, pode-se afirmar <strong>que</strong>:<br />

a) Fabiano crê <strong>que</strong> estava sendo roubado pelo patrão, o<br />

<strong>que</strong> não era verdade.<br />

b) Fabiano, em sua rudeza, vê coisas inexistentes, mas<br />

nunca se embebeda.<br />

c) O soldado amarelo é a perso<strong>na</strong>gem <strong>que</strong> ajuda Fabiano<br />

a encontrar seu caminho.<br />

d) Baleia, antes de morrer, imagi<strong>na</strong> acordar num mundo<br />

cheio de preás.<br />

e) As aves de arribação anunciam a aproximação das<br />

chuvas.<br />

Resolução: No capítulo nono, “Baleia”, a cachorra hidrófoba<br />

será sacrificada. Quando Fabiano acerta-lhe o primeiro tiro,<br />

atingindo-lhe as per<strong>na</strong>s, a cachorra se refugia num canto do<br />

quintal, espojando-se contra gravetos e folhas secas. Enquanto<br />

agoniza, delira, imagi<strong>na</strong>ndo-se num mundo grande, cheio de preás<br />

gordos, enormes, com um Fabiano gordo, onde todos saciariam<br />

a fome. Alter<strong>na</strong>tiva D<br />

25. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva INCORRETA a respeito da obra da<br />

qual foi retirado o fragmento de texto.<br />

a) Explora um drama social e geográfico.<br />

b) Apresenta forte sentimentalismo, especialmente <strong>na</strong>s<br />

relações de Fabiano com o povo.<br />

c) Reduz perso<strong>na</strong>gens à condição animal.<br />

d) Apresenta linguagem sintética, concisa.<br />

e) Retrata quadros da vida do sertão nordestino.<br />

Resolução: As parcas relações de Fabiano se estabelecem com<br />

a própria família e, de modo precário, com o <strong>que</strong> vagamente<br />

nomeia como governo (e <strong>que</strong> compreende, <strong>na</strong> verdade, o governo<br />

como instituição política — representado metonimicamente pelo<br />

soldado amarelo e pelo cobrador de impostos — e pelos<br />

latifundiários, configurados no poder e esclarecimento de Seu<br />

Tomás da bolandeira). Alter<strong>na</strong>tiva B<br />

26. O discurso indireto livre está presente nesse fragmento<br />

de texto. Um exemplo dele está <strong>na</strong> alter<strong>na</strong>tiva:<br />

a) Os meninos deitaram-se e pegaram no sono.<br />

b) Voltaram a cochichar projetos, as fumaças do cigarro e<br />

do cachimbo misturaram-se.<br />

c) A lembrança das aves medonhas, <strong>que</strong> ameaçavam com<br />

os bicos pontudos os olhos de criaturas vivas,<br />

horrorizou Fabiano.<br />

d) Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topográficos,<br />

falou no cavalo de fábrica.<br />

e) Não tinham paciência, a<strong>que</strong>las pestes vorazes <strong>que</strong><br />

voavam lá em cima, fazendo curvas.<br />

Resolução: O discurso indireto livre é a<strong>que</strong>le em <strong>que</strong> não está<br />

explícita a distinção entre a fala do <strong>na</strong>rrador e o pensamento da<br />

perso<strong>na</strong>gem. Isso ocorre ape<strong>na</strong>s <strong>na</strong> alter<strong>na</strong>tiva E, <strong>que</strong> evidencia<br />

parte desse tipo de discurso, iniciado, no texto, em “Se elas<br />

tivessem paciência...”. Alter<strong>na</strong>tiva E<br />

27. O emprego do discurso indireto livre permite, entre outras<br />

coisas:<br />

a) Apresentar a fala da perso<strong>na</strong>gem.<br />

b) Evitar a profusão de conectivos.<br />

c) Que o <strong>na</strong>rrador indi<strong>que</strong> o <strong>que</strong> cada um diz, no diálogo.<br />

d) Fazer a distinção entre a fala do <strong>na</strong>rrador e o pensamento<br />

da perso<strong>na</strong>gem.<br />

e) Que o leitor perceba com nitidez o raciocínio da<br />

perso<strong>na</strong>gem.<br />

Resolução: O discurso indireto livre é um recurso <strong>na</strong>rrativo <strong>que</strong><br />

evidencia a fala ou o raciocínio da perso<strong>na</strong>gem. Justamente por<br />

não apresentar verbo dicendi e por trabalhar com as relações de<br />

tempo, espaço e pessoa do discurso indireto, esse tipo de discurso<br />

impede a distinção clara e nítida entre a fala da perso<strong>na</strong>gem e a<br />

do <strong>na</strong>rrador.<br />

Expressões idiomáticas e de sentimentos, frases interrogativas e<br />

exclamativas permitem <strong>que</strong> se perceba, até certo ponto, a fala da<br />

perso<strong>na</strong>gem. Por causa disso, “entre outras coisas”, não se pode<br />

argumentar incorreção da alter<strong>na</strong>tiva A, pois, de certa forma, no<br />

discurso indireto livre, apresenta-se a fala da perso<strong>na</strong>gem.<br />

A alter<strong>na</strong>tiva E, “entre outras coisas”, também não pode ser<br />

considerada incorreta, visto <strong>que</strong> “o raciocínio da perso<strong>na</strong>gem” é<br />

percebido “com nitidez” pelo leitor.<br />

Não bastasse isso, pode-se considerar correta a alter<strong>na</strong>tiva B.<br />

Cunha e Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo)<br />

afirmam <strong>que</strong> “No plano expressivo [o discurso indireto livre<br />

evita], por um lado, o acúmulo de quês, ocorrente no discurso<br />

indireto, e, por outro, os cortes das oposições dialogadas,<br />

peculiares ao discurso direto.” (p. 642, 3 a ed.)<br />

Alter<strong>na</strong>tiva A / B / E<br />

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fgv - 03/12/2006 CPV o <strong>cursinho</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>aprova</strong> <strong>na</strong> <strong>GV</strong><br />

28. Encontra-se aliteração no seguinte trecho do texto:<br />

a) Voltaram a cochichar projetos...<br />

b) ...as fumaças do cigarro e do cachimbo misturaram-se.<br />

c) A lembrança das aves medonhas...<br />

d) Não tinham paciência...<br />

e) ...a<strong>que</strong>las pestes vorazes <strong>que</strong> voavam lá em cima,<br />

fazendo curvas.<br />

Resolução: A repetição do som conso<strong>na</strong>ntal “v” em “pestes<br />

vorazes <strong>que</strong> voavam” evidencia o recurso estilístico chamado<br />

aliteração. No excerto, ele tem função de aproximar a imagem do<br />

vôo das aves, descrita no texto, do leitor. Alter<strong>na</strong>tiva E<br />

29. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva correta sobre a obra da qual foi<br />

retirado o fragmento de texto.<br />

a) Há no texto fortes indícios de <strong>que</strong> as ações ocorrem no<br />

fi<strong>na</strong>l do século XIX.<br />

b) A cachorra Baleia é elevada à condição huma<strong>na</strong>, é quase<br />

uma irmã das crianças.<br />

c) Fabiano e seus familiares conversam muito entre si.<br />

d) As reflexões de Fabiano são claras, mas faltam-lhe as<br />

palavras adequadas.<br />

e) O objetivo da caminhada de Fabiano era chegar ao Rio<br />

de Janeiro.<br />

Resolução: Para evidenciar a brutalização dos retirantes, o<br />

<strong>na</strong>rrador recorre a uma constante zoomorfização das perso<strong>na</strong>gens<br />

e a uma freqüente antropomorfização da cachorra. No quarto<br />

capítulo, Sinha Vitória dá um pontapé em Baleia e esta se afasta<br />

“com sentimentos humilhados”. No capítulo “O Menino Mais<br />

Velho”, este reconhece <strong>na</strong> cachorra um afeto <strong>que</strong> não encontra<br />

no pai, <strong>na</strong> mãe ou no irmão <strong>mais</strong> novo. Em “Baleia”, quando<br />

Fabiano se posicio<strong>na</strong> para disparar o primeiro tiro contra ela,<br />

hesita por um momento, lembrando-se de <strong>que</strong> a cachorra crescera<br />

e convivera com a família, <strong>que</strong> era “quase como um deles”.<br />

Enquanto isso, Sinha Vitória espalma as mãos contra as orelhas<br />

de um dos meninos e prende as do outro menino entre as per<strong>na</strong>s,<br />

a fim de <strong>que</strong> não ouvissem o tiro.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva B<br />

30. Assi<strong>na</strong>le a alter<strong>na</strong>tiva em <strong>que</strong>, INCORRETAMENTE, usouse<br />

ou deixou-se de usar uma preposição antes do pronome<br />

relativo.<br />

a) A rua <strong>que</strong> eu moro não é asfaltada.<br />

b) Ernesto, de cujos olhos parecia saírem raios de fogo,<br />

manifestou-se violentamente.<br />

c) Soçobrou o <strong>na</strong>vio <strong>que</strong> se dirigia a Barcelo<strong>na</strong>.<br />

d) O cachorro a <strong>que</strong> você deveria dar isso pertence ao<br />

vizinho do 43.<br />

e) Era o repouso por <strong>que</strong> esperávamos quando<br />

regressamos de Roma.<br />

CPV fgv06dezobjadm<br />

Resolução: O período composto formou-se pela oração principal<br />

“A rua não é asfaltada” e pela oração subordi<strong>na</strong>da adjetiva<br />

restritiva “<strong>que</strong> eu moro”. Nesta oração, o pronome relativo<br />

“<strong>que</strong>”, por ter a função de adjunto adverbial de lugar, deve ser<br />

precedido pela preposição “em”. A frase normativamente correta<br />

seria: A rua em <strong>que</strong> eu moro não é asfaltada.<br />

Alter<strong>na</strong>tiva A

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