15.04.2013 Views

1 Um estudo sobre os Relacionamentos Organizacionais ... - Anpad

1 Um estudo sobre os Relacionamentos Organizacionais ... - Anpad

1 Um estudo sobre os Relacionamentos Organizacionais ... - Anpad

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Um</strong> <strong>estudo</strong> <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> do Tipo buyer-seller entre<br />

Operadoras de Plan<strong>os</strong> de Saúde e Prestadores de Serviç<strong>os</strong> em Saúde<br />

RESUMO<br />

Autoria: Ana Cláudia de Souza, Clara Márcia Ribeiro, Paulo Henrique Muller Prado<br />

O objetivo deste <strong>estudo</strong> foi verificar se há relação d<strong>os</strong> Níveis de Conectividade das<br />

Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> com <strong>os</strong> Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong>, oriund<strong>os</strong> das relações organizacionais articuladas entre <strong>os</strong> Prestadores de<br />

Serviç<strong>os</strong> de Saúde (PSS) e suas principais Operadoras de Plano de Saúde (OPS). Após uma<br />

revisão da literatura na qual contemplou <strong>os</strong> conceit<strong>os</strong> chaves que consolidam a Teoria de<br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> ou B2B, desenvolveu-se um Modelo Teórico: a) o Nível de<br />

Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>; b) <strong>os</strong><br />

Determinantes Situacionais e de Mercado no contexto d<strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong>; c) <strong>os</strong> Conectores-<br />

Chave que Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>; d) <strong>os</strong> Aspect<strong>os</strong> Comportamentais que<br />

Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>; e e) <strong>os</strong> Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>. O <strong>estudo</strong> tem<br />

uma abordagem quantitativa. O seu desenvolvimento transcorreu por duas fases. A primeira<br />

fase apresentou uma abordagem qualitativa de caráter exploratório. A segunda fase foi<br />

calcada em uma abordagem quantitativa e de caráter descritivo. Nesta fase, para a realização<br />

de um survey, foram consolidadas escalas para a mensuração d<strong>os</strong> construct<strong>os</strong> explorad<strong>os</strong> no<br />

Modelo Teórico desenvolvido, determinada a am<strong>os</strong>tra e realizada a aplicação via internet do<br />

questionário sistematizado (172 questionári<strong>os</strong> foram respondid<strong>os</strong>). O <strong>estudo</strong> apresentou<br />

resultad<strong>os</strong> relevantes <strong>os</strong> quais alguns estão alinhad<strong>os</strong> à literatura já existente proporcionando<br />

uma consolidação e p<strong>os</strong>sibilidade de novas apreensões corroborativas e, outr<strong>os</strong> se<br />

comportaram de forma distinta a literatura existente, proporcionando questionament<strong>os</strong> e<br />

nov<strong>os</strong> insights para futuras pesquisas que p<strong>os</strong>sam ter repercussão na academia e na prática.<br />

INTRODUÇÃO<br />

São variadas as correntes científicas que demonstram interesse em compreender a<br />

complexidade d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>: a Economia Industrial, o Marketing, a<br />

Sociologia Organizacional, a Teoria d<strong>os</strong> Jog<strong>os</strong>, a Teoria da Dependência de Recurs<strong>os</strong>, a<br />

Ecologia Populacional, a Teoria Institucional, entre outras (PEREIRA; VISENTINI;<br />

VENTURINI, 2006). Essas denominam e discutem algumas peculiaridades d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> de forma diferenciada: Relacionament<strong>os</strong><br />

Interorganizacionais ou Relacionamento B2B. Estes relacionament<strong>os</strong> são comumente<br />

conhecid<strong>os</strong> como relacionament<strong>os</strong> do tipo buyer-seller. Eles não são iguais. Diferentes<br />

arranj<strong>os</strong> e comp<strong>os</strong>ições entre as empresas podem caracterizar diferentes tip<strong>os</strong> de<br />

relacionament<strong>os</strong> que extrapolam a relação simplista de fornecimento do tipo buyer-seller e<br />

vão desde díades (ACHROL; REVE; STEM, 1983.) até redes de empresas (ANDERSON;<br />

HÄKANSSON; JOHANSON, 1994) em relacionament<strong>os</strong> contendo formas de cooperação ou<br />

desde relações de fornecimento coercitivas até alianças estratégicas (WEBSTER, 1992).<br />

Pretende-se neste <strong>estudo</strong> considerar as ponderações apresentadas pelas diferentes correntes<br />

para, a partir delas, promover uma integração de idéias que conseqüentemente p<strong>os</strong>sibilitará<br />

uma maior apreensão <strong>sobre</strong> o tema.<br />

Percebida a crucial importância do relacionamento principalmente para o mercado<br />

organizacional, o esforço acadêmico e gerencial tem sido intensificado no sentido de não só<br />

entender e analisar, mas também gerenciar efetivamente <strong>os</strong> element<strong>os</strong> que envolvem todo o<br />

ciclo de vida de um relacionamento entre o vendedor e o comprador (JAP; GANESAN,<br />

2000). Confirmando tal situação Hutt e Speh (2002) citam que n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> organizacionais<br />

há uma grande pressão para melhorar a eficiência e a eficácia das funções críticas, tanto do<br />

lado do comprador como do vendedor. Dentre esses esforç<strong>os</strong> tem-se que pesquisadores<br />

1


desenvolveram escalas para mensurar Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> utilizando divers<strong>os</strong><br />

construct<strong>os</strong>. Como exemplo, o conflito, a cooperação e <strong>os</strong> atribut<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> para<br />

manutenção do relacionamento (orientação para longo prazo, comprometimento, confiança e<br />

dependência) com o intuito de verificar como estes influenciam a estrutura, o comportamento<br />

do relacionamento e seus resultad<strong>os</strong>. (ANDERSON; NARUS, 1990; MOHR; SPEKMAN,<br />

1994; MORGAN; HUNT, 1994; GANESAN, 1994; CANNON; PERREAULT, 1999; JAP;<br />

GANESAN, 2000).<br />

O impacto da Tecnologia de Informação na realidade das organizações já é<br />

reconhecido por seus partícipes e espectadores, inclusive o seu efeito na Cadeia de<br />

Supriment<strong>os</strong> e n<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> (PETERS, 1997; MOODLEY, 2002).<br />

As rotinas, tarefas, atividades e até cadeias de valor estão sendo inteiramente reformuladas em<br />

função da necessidade de integração e conexão de seus sistemas e redes. Toda essa<br />

reformulação tem como foco central facilitar a aproximação entre as ofertas do mercado às<br />

necessidades d<strong>os</strong> clientes. A conectividade de operações como tecnologia de conexão e<br />

integração interorganizacional se insere no cenário das organizações com seus diferentes<br />

padrões tecnológic<strong>os</strong>, modificando a realidade dessas em relação à freqüência e intensidade<br />

da troca de informações. Mesmo com a importância e impacto reconhecido (CLARK,<br />

CROSON; SCHIANO, 2001), ao se pesquisar <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> que relacionam de forma mais<br />

técnica e aprofundada a utilização da tecnologia e <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> ou<br />

B2B é p<strong>os</strong>sível constatar que boa parte privilegia <strong>os</strong> <strong>estudo</strong>s <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> d<strong>os</strong> sistemas<br />

computacionais de CRM (REINARTZ; KRAFFT; HOYER, 2004), database marketing<br />

(COOKE, 1994; KAHAN, 1998; DESAI, FLETCHER; WRIGHT, 2001) e mais recentemente<br />

da Internet (PORTER; VICTOR, 1991).<br />

No Setor de Saúde do Brasil, especificamente na área h<strong>os</strong>pitalar, <strong>os</strong> <strong>estudo</strong>s referentes<br />

ao tema têm versado <strong>sobre</strong> diversas perspectivas como: adoção e impact<strong>os</strong> da tecnologia de<br />

informação no Setor de Saúde (HEBERT; BENBASAT, 1994; BURKE; MENACHEMI,<br />

2004; DEVARAJ; KOHLI, 2000), arquiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> computadorizad<strong>os</strong> (STEAD, 1989;<br />

DICK, 1991), sistemas de informação em ambientes h<strong>os</strong>pitalares (CHU, 1993; FRIEDMAN;<br />

MARTIN, 1999), o impacto da internet (NATESAN, 2005; SCHAU, H; SMITH; SCHAU,<br />

2005) e web sites nessa área (SLATER; ZIMMERMAN, 2003; GUMMERUS et al., 2004).<br />

Visto este cenário de pesquisas desenvolvidas <strong>sobre</strong> o tema abordado, evidenciado no Setor<br />

de Saúde, verifica-se uma lacuna para o desenvolvimento de pesquisas a fim de integrar <strong>os</strong><br />

temas Conectividade das Transações e Operações e Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> no<br />

Setor de Saúde brasileiro.<br />

O objetivo deste <strong>estudo</strong> é verificar se há relação d<strong>os</strong> Níveis de Conectividade das<br />

Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> com <strong>os</strong> Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong>, oriund<strong>os</strong> das relações organizacionais do tipo buyer-seller articuladas entre<br />

<strong>os</strong> Prestadores de Serviç<strong>os</strong> de Saúde (PSS) e suas principais Operadoras de Plano de Saúde<br />

(OPS). O foco estabelecido para a análise do relacionamento entre <strong>os</strong> partícipes foi o Setor de<br />

Faturamento de Contas Médico-H<strong>os</strong>pitalares sob a perspectiva d<strong>os</strong> responsáveis pela<br />

atividade - coordenadores e/ou gestores da operação de faturamento d<strong>os</strong> PSS (H<strong>os</strong>pitais,<br />

Clínicas, Centr<strong>os</strong> de Diagnóstico, Laboratóri<strong>os</strong> e Consultóri<strong>os</strong>). A escolha do objetivo deste<br />

<strong>estudo</strong> apresentou pertinente uma vez que proporcionou: 1) o desenvolvimento de uma<br />

pesquisa que abrange temas relevantes para o meio acadêmico e prático; 2) a integração de<br />

perspectivas teóricas diversificadas que p<strong>os</strong>sibilitam o desenvolvimento de um Modelo<br />

Teórico robusto e a busca de sua validação; 3) apreensões <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> temas estudad<strong>os</strong> em um<br />

setor marcado pela complexidade das interações de seus partícipes.<br />

O <strong>estudo</strong> está organizado em seções ordenadas. Esta teve um papel introdutório. A<br />

segunda apresenta uma revisão da literatura d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> já<br />

sistematizada no Modelo Teórico desenvolvido e seus construct<strong>os</strong>. Em sequência, <strong>os</strong><br />

2


procediment<strong>os</strong> metodológic<strong>os</strong> adotad<strong>os</strong>. A quarta seção faz uma carcterização d<strong>os</strong> PSS<br />

estudad<strong>os</strong>. A quinta seção apresenta <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> coletad<strong>os</strong> e as analises auferidas. Por fim, foi<br />

exp<strong>os</strong>to algumas considerações finais.<br />

RELACIONAMENTOS ORGANIZACIONAIS: O MODELO TEÓRICO<br />

DESENVOLVIDO E OS SEUS CONSTRUCTOS<br />

No que tange ao desenvolvimento deste <strong>estudo</strong>, verifica-se que o objetivo prop<strong>os</strong>to<br />

encontra-se alinhado com alguns <strong>estudo</strong>s já realizad<strong>os</strong> (CANNON; PERREAULT, 1999; JAP;<br />

GANESAN, 2000; VIANA; CUNHA; SLONGO, 1999; MORGAN; HUNT, 1994; JOSHI;<br />

ARNOLD, 1997; ULAGA; EGGERT, 2006), uma vez que para a execução deste <strong>estudo</strong> se vê<br />

necessário a sistematização de um Modelo Teórico. Desta forma apresenta-se uma definição<br />

d<strong>os</strong> construct<strong>os</strong> que sistematizaram o Modelo Teórico desenvolvido.<br />

O Modelo Teórico desenvolvido foi contemplado pel<strong>os</strong> construct<strong>os</strong>: a) o Nível de<br />

Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>; b) <strong>os</strong><br />

Determinantes Situacionais e de Mercado no contexto d<strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong> abordad<strong>os</strong> neste<br />

<strong>estudo</strong>; c) <strong>os</strong> Conectores-Chave que Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>; d) <strong>os</strong> Aspect<strong>os</strong><br />

Comportamentais que Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>; e e) <strong>os</strong> Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong>. Estes foram definid<strong>os</strong> e selecionad<strong>os</strong> com base na revisão de <strong>estudo</strong>s de<br />

divers<strong>os</strong> autores (CANNON; PERREAULT, 1999; JAP; GANESAN, 2000; VIANA;<br />

CUNHA; SLONGO, 1999; MORGAN; HUNT, 1994; JOSHI; ARNOLD, 1997; ULAGA;<br />

EGGERT, 2006). Devido à complexidade e amplitude d<strong>os</strong> construct<strong>os</strong> estes foram entendid<strong>os</strong><br />

como bloc<strong>os</strong> que agrupam alguns construct<strong>os</strong> que <strong>os</strong> explicam. Para uma melhor apreensão<br />

vê-se pertinente apresentar as definições d<strong>os</strong> construct<strong>os</strong> agrupadas em seus respectiv<strong>os</strong><br />

bloc<strong>os</strong> (FIG. 1).<br />

Nível de Conectividade das<br />

Transações/Operações<br />

• Transferência Física de Dad<strong>os</strong><br />

• Transmissão Eletrônica de<br />

Pedid<strong>os</strong><br />

• Eletronic Data Interchange - EDI<br />

• Nov<strong>os</strong> Process<strong>os</strong> Intensiv<strong>os</strong> de<br />

• Informação e Transmissão de<br />

Dad<strong>os</strong><br />

• Novas Políticas e Operações<br />

Integradas<br />

• Canal conjunto de Otimização<br />

d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong><br />

Determinantes Situacionais e de<br />

Mercado do relacionamento<br />

• Dinamismo do mercado de<br />

Fornecimento<br />

• Disponibilidade de Alternativas<br />

• Importância do Fornecimento<br />

• Complexidade do Fornecimento<br />

Conectores-Chave que<br />

Caracterizam <strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong><br />

• Troca de Informações<br />

• Integração Operacional<br />

• Acord<strong>os</strong> Contratuais<br />

• Acord<strong>os</strong> de Cooperação<br />

• Adaptação d<strong>os</strong> Vendedores<br />

• Adaptação d<strong>os</strong> Fornecedores<br />

Aspect<strong>os</strong> Comportamentais<br />

que Caracterizam <strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong><br />

• Confiança<br />

• Comportamento Oportunista<br />

• Nível de Conflito<br />

• Comprometimento<br />

• Depêndência do Fornecedor<br />

Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong><br />

• Satisfação no Relacionamento<br />

• Valor do Relacionamento<br />

• Desempenho percebido no<br />

Relacionamento<br />

Figura 1 – Modelo teórico-empírico desenvolvido<br />

Fonte: Adaptação d<strong>os</strong> model<strong>os</strong> de Cannon e Perreault (1999); Clark, Cr<strong>os</strong>on e Schiano (2001), Viana, Cunha e<br />

Slongo (1999) e Ulaga e Eggert (2006)<br />

3


O bloco “O Nível de Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong><br />

<strong>Organizacionais</strong>” refere-se à questão da conectividade interorganizacional envolvendo o grau<br />

de adoção e sofisticação de tecnologias utilizadas na transmissão d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> entre as<br />

organizações (CLARK; CROSON; SCHIANO, 2001). Esse já se apresenta como uma<br />

tendência que conta com estruturad<strong>os</strong> format<strong>os</strong> de troca e processamento de dad<strong>os</strong> feit<strong>os</strong><br />

diretamente entre computadores, sem a presença de intermediári<strong>os</strong> ou agentes de diferentes<br />

organizações e disp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> em locais diferentes (BARRIZZELLI; SANTOS, 2006). Clark,<br />

Cr<strong>os</strong>on e Schiano (2001) desenvolveram em seu <strong>estudo</strong> um modelo de sete níveis de<br />

conectividade e interdependência. A partir deste <strong>estudo</strong> foram definid<strong>os</strong> sete construt<strong>os</strong> que<br />

compõem esse bloco.<br />

O bloco d<strong>os</strong> “Determinantes Situacionais e de Mercado” provêm do Modelo Teórico<br />

testado e validado no <strong>estudo</strong> de Cannon e Perreault (1999). No <strong>estudo</strong> d<strong>os</strong> autores, foram<br />

identificad<strong>os</strong> 4 construct<strong>os</strong> que antecedem <strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong> de forma a contextualizá-l<strong>os</strong>:<br />

(1) o Dinamismo do Mercado definido como o grau de competição existente no contexto de<br />

uma empresa (CANNON; PERREAULT, 1999), como também, o grau de variabilidade das<br />

mudanças no mercado fornecedor de uma empresa (ACHROL; STERN 1988); (2) a<br />

Disponibilidade de Alternativas é o grau com que uma empresa cliente p<strong>os</strong>sui fontes<br />

alternativas de fornecimento para suprir uma determinada necessidade (CANNON;<br />

PERREAULT, 1999), não ter fontes alternativas prontamente disponíveis pode ser uma fonte<br />

de incerteza para uma empresa cliente (ACHROL; STERN, 1988); (3) a Importância do<br />

Fornecimento refere-se a percepção da empresa compradora <strong>sobre</strong> o significado financeiro e<br />

estratégico de um tipo de fornecimento em particular (CANNON; PERREAULT, 1999); a<br />

Complexidade do Fornecimento está relacionada a complexidade que se tem para fazer<br />

determinado fornecimento devido a escassez ou natureza da matéria-prima, as formas de<br />

armazenamento, manipulação e transporte do produto, dentre outras que podem aumentar a<br />

ambigüidade e o risco da decisão (CANNON; PERREAULT, 1999).<br />

O bloco “Conectores-Chave que Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>” é<br />

oriundo do <strong>estudo</strong> de Cannon (1992). O <strong>estudo</strong> resultou na definição d<strong>os</strong> seis Conectoreschave<br />

do Relacionamento Organizacional: (1) Troca de Informações definida como as<br />

expectativas de compartilhar abertamente a informação de tal forma que p<strong>os</strong>sa ser útil para<br />

ambas as partes do relacionamento (HEIDE; JOHN, 1992; CANNON; PERREAULT, 1999);<br />

a (2) Integração Operacional representa o nível com que <strong>os</strong> sistemas, <strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> e as<br />

rotinas das organizações que articulam <strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong> do tipo buyer-seller têm sido<br />

integrad<strong>os</strong> para facilitar as operações; <strong>os</strong> (3) Acord<strong>os</strong> Contratuais são <strong>os</strong> acord<strong>os</strong> contratuais<br />

detalhad<strong>os</strong> e obrigatóri<strong>os</strong> que especificam as obrigações e <strong>os</strong> papéis de ambas as partes no<br />

relacionamento, <strong>sobre</strong>pondo a formalização das obrigações e proteções básicas que regulam a<br />

troca comercial, ou seja, é independente da assinatura das partes em um documento formal<br />

(CANNON; PERREAULT, 1999); <strong>os</strong> (4) Acord<strong>os</strong> de Cooperação refletem as expectativas<br />

de ambas as partes envolvidas nas relações de troca em trabalhar para atingir conjuntamente<br />

objetiv<strong>os</strong> individuais e mútu<strong>os</strong>. É visto como uma p<strong>os</strong>sibilidade de agregar valor ou reduzir<br />

cust<strong>os</strong> para o relacionamento de ambas às partes envolvidas (CANNON; PERREAULT,<br />

1999); as (6) Adaptações específicas do relacionamento feitas por parte d<strong>os</strong> vendedores e<br />

por parte d<strong>os</strong> compradores são <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> feit<strong>os</strong> para ajustar process<strong>os</strong>, tecnologias,<br />

produt<strong>os</strong> ou procediment<strong>os</strong> às necessidades e/ou às potencialidades específicas do parceiro de<br />

troca (HALLEN; JOHANSON; SEYED-MOHAMED, 1991), podendo ser empreendidas pelo<br />

comprador como também pelo fornecedor.<br />

P<strong>os</strong>teriormente, Cannon e Perreault (1999) a utilizaram para fundamentar o<br />

desenvolvimento e teste de um Modelo Teórico que pudesse contribuir na análise da natureza<br />

d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>. A premissa que se tem quanto a<strong>os</strong> Conectores-Chave<br />

que Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> é a de que cada relação é ‘modelada’ de acordo com <strong>os</strong><br />

4


diferentes comportament<strong>os</strong> e expectativas d<strong>os</strong> seus partícipes. Portanto, o gerenciamento de<br />

todas as p<strong>os</strong>síveis conexões (ou conectores-chave) é que definem a tipologia desse<br />

relacionamento.<br />

O bloco d<strong>os</strong> “Aspect<strong>os</strong> Comportamentais que Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>”<br />

emergiu de <strong>estudo</strong>s que contemplam a Confiança, Comprometimento, Comportamento<br />

Oportunista, Nível de Conflito e Dependência do Fornecedor como aspect<strong>os</strong> que podem ser<br />

associad<strong>os</strong> à tipologia e a<strong>os</strong> Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> (ANDERSON;<br />

WEITZ, 1992; HALLEN; JOHANSON; SEYED-MOHAMED, 1991; MORGAN; HUNT,<br />

1994; MOORMAN; ZALTMAN; DESPHANDÉ, 1992; CANNON; ACHROL;<br />

GUNDLACH, 2000). Para tal, cada um destes construct<strong>os</strong> é entendido da seguinte forma: (1)<br />

a Confiança é a expectativa de uma parte de que a outra parte comportar-se-á de uma maneira<br />

previsível em uma dada situação (GRÖNROOS, 1994), e reporta-se à disp<strong>os</strong>ição para<br />

acreditar em um parceiro de troca em quem se tem segurança para tal (MOORMAN;<br />

ZALTMAN; DESPHANDÉ, 1992; MORGAN; HUNT, 1994); (2) o Comprometimento<br />

refere-se à crença, intenção ou desejo d<strong>os</strong> parceir<strong>os</strong> que o relacionamento seja tão importante<br />

que justifica o máximo de esforço para mantê-lo (ANDERSON; WEITZ, 1992; GEYSKENS;<br />

STEENKAMP; KUMAR, 1998; MOORMAN; ZALTMAN; DESPHANDÉ, 1992); (3) a<br />

Dependência de Poder - advém do poder de p<strong>os</strong>se de uma das partes <strong>sobre</strong> <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> que o<br />

outro necessita e o poder de controlar as fontes alternativas d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> (HALLEN;<br />

JOHANSON; SEYED-MOHAMED, 1991); (4) o Comportamento Oportunista é<br />

conceituado como uma tangível violação de contrato explícito a uma situação de violação de<br />

contrato relacional; é mais facilmente manifesto ao longo do relacionamento (GIBBONS,<br />

1999), mais precisamente durante a sua gestão (CANNON; ACHROL; GUNDLACH, 2000);<br />

(5) o Nível de Conflito é resultado de quando uma das partes percebe que seus interesses ou<br />

objetiv<strong>os</strong> estão sendo dificultad<strong>os</strong>, impedid<strong>os</strong> ou negativamente afetad<strong>os</strong> pela outra parte do<br />

relacionamento (JAP; GANESAN, 2000).<br />

Por fim, o bloco “Os Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>” agrupa <strong>os</strong> construt<strong>os</strong><br />

relacionad<strong>os</strong> à boa qualidade de um relacionamento entre seus partícipes: a Satisfação no<br />

Relacionamento, o Valor do Relacionamento e o Desempenho Percebido do Relacionamento<br />

(PATTERSON; SPRENG, 1997; GEYSKENS; STEENKAMP; KUMAR, 1999). A<br />

Satisfação no Relacionamento provêm do resultado da avaliação de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> do<br />

relacionamento, econômic<strong>os</strong> (eficácia, produtividade do relacionamento e d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong><br />

financeir<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>) e não-econômic<strong>os</strong> (uma resp<strong>os</strong>ta afetiva p<strong>os</strong>itiva para <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong><br />

psicológic<strong>os</strong> do relacionamento), entre uma empresa e outra (FRAZIER; GILL; KALE, 1989;<br />

ANDERSON; NARUS, 1990; GANESAN, 1994; BROWN; LUSCH; SMITH, 1992; MOHR;<br />

SPEAKMAN, 1994). Ainda tem-se que a Satisfação no Relacionamento é diretamente<br />

correlacionada às diferentes expectativas do cliente ou as diferentes demandas exigidas pel<strong>os</strong><br />

fornecedores nas relações mais próximas quando comparadas ás relações mais distantes<br />

(CANNON; PERREAULT, 1999; HUTT; SPEH, 2002). O Valor do Relacionamento é<br />

compreendido como a relação entre benefíci<strong>os</strong> (representado pela qualidade técnica e<br />

funcional) e <strong>os</strong> sacrifíci<strong>os</strong> totais percebid<strong>os</strong> pelo comprador (preço, tempo, esforço, cust<strong>os</strong> do<br />

transporte, instalação, repar<strong>os</strong>, manutenção, risco percebido, etc) (SANZO et al., 2003). O<br />

Desempenho Percebido no Relacionamento refere-se a critéri<strong>os</strong> chaves tais como<br />

‘qualidade’, ‘serviço’ e ‘preço’ d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e/ou serviç<strong>os</strong> ofertad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> fornecedores<br />

(HUTT; SPEH, 2002; MONCZKA; TRENT; HANDFIELD, 2002). Monczka, Trent e<br />

Handfield (2002) sugeriram duas categorias de medidas para monitorar o desempenho do<br />

fornecedor: medidas objetivas (quantitativas) e subjetivas (qualitativas). As primeiras se<br />

referem a três categorias: desempenho da entrega, desempenho da qualidade e redução de<br />

custo do fornecedor. Já as medidas subjetivas (qualitativas) incluem fatores tais como<br />

habilidade de resolução de problemas d<strong>os</strong> fornecedores, habilidade técnica, ação corretiva de<br />

5


esp<strong>os</strong>ta, do progresso, idéias de redução de cust<strong>os</strong>, suporte a nov<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e<br />

compatibilidade entre o comprador e o fornecedor.<br />

Após descrever <strong>os</strong> construct<strong>os</strong> que compõem o Modelo Teórico desenvolvido, este<br />

<strong>estudo</strong> buscará testá-lo e validá-lo a fim de responder o objetivo prop<strong>os</strong>to.<br />

METODOLOGIA<br />

A fim de satisfazer o objetivo prop<strong>os</strong>to, o desenvolvimento do <strong>estudo</strong> perpassou por<br />

duas fases que apresentam características de um <strong>estudo</strong> transversal: Fase 1 – Qualitativa-<br />

Exploratória e Fase 2 – Quantitativa-Descritiva. O nível de análise deste <strong>estudo</strong> foi o<br />

organizacional, tendo foco o Relacionamento Organizacional entre as Prestadoras de Serviç<strong>os</strong><br />

em Saúde (PSS) e as Operadoras de Plan<strong>os</strong> de Saúde (OPS). A unidade de análise foi o<br />

Departamento Administrativo-Financeiro. A população consiste em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> PSS de natureza<br />

privada que estão localizad<strong>os</strong> em território brasileiro (H<strong>os</strong>pitais ou Clínicas Geral ou<br />

Especializada, Laboratório de Análise Clínicas, Consultório Médico, Centro Diagnóstico e<br />

Prestador de Serviç<strong>os</strong> Odontológic<strong>os</strong>). De acordo com as informações pesquisadas no<br />

Cadastro Nacional de Estabeleciment<strong>os</strong> de Saúde, a população deste <strong>estudo</strong> equivale a<br />

108.810 PSS (BRASIL, 2006). A unidade am<strong>os</strong>tral foi o relacionamento estabelecido entre <strong>os</strong><br />

PSS e <strong>os</strong> OPS.<br />

Na Fase 1 foram selecionad<strong>os</strong> informantes-chaves, cuj<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> foram coletad<strong>os</strong> a<br />

partir de entrevistas (9) com <strong>os</strong> PSS por meio de um roteiro de entrevista semi-estruturado e<br />

analisad<strong>os</strong> a partir de interpretações d<strong>os</strong> pesquisadores.<br />

Na Fase 2 adotou-se o método survey. A coleta de dad<strong>os</strong> por meio eletrônico<br />

(MALHOTRA, 2001). Para tal, 5768 Prestadores de Serviç<strong>os</strong> em Saúde foram convidad<strong>os</strong> por<br />

e-mail, telefone e fac-símile a participarem da pesquisa, podendo aderir ou não ao convite<br />

efetuado – am<strong>os</strong>tra por adesão. A am<strong>os</strong>tra obtida equivaleu a 172 respondentes que aderiram à<br />

pesquisa através do site. A taxa de resp<strong>os</strong>ta obtida foi de aproximadamente 3%. O número de<br />

adesão à pesquisa foi prejudicado pelo difícil acesso ao tipo de respondente necessário ao<br />

processo de coleta de dad<strong>os</strong>.<br />

Construct<strong>os</strong> Referência<br />

Nível de Conectividade das Transações/Operações d<strong>os</strong> Clark, Cr<strong>os</strong>on e Schiano (2001)<br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong><br />

Determinantes Situacionais e de Mercado Cannon e Perreault (1999)<br />

Conectores-Chave que Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> Cannon e Perreault (1999)<br />

Aspect<strong>os</strong> Comportamentais que Caracterizam <strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong><br />

Wilson e Vl<strong>os</strong>ki (1997) apud Viana, Cunha e<br />

Slongo (1999), J<strong>os</strong>hi e Arnold (1997), Jap e<br />

Ganesan (2000), Morgan e Hunt (1994)<br />

Cannon e Perreault (1999), Viana, Cunha e Slongo<br />

(1999) e Jap e Ganesan (2000)<br />

Satisfação no Relacionamento<br />

Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong> valor do Relacionamento Ulaga e Eggert (2006)<br />

Desempenho Percebido no Cannon e Perreault (1999)<br />

Relacionamento<br />

QUADRO 1 – Relação d<strong>os</strong> <strong>estudo</strong>s que fundamentaram as escalas d<strong>os</strong> construct<strong>os</strong> que<br />

compõem o modelo teórico-empírico.<br />

Fonte: Desenvolvido pel<strong>os</strong> autores.<br />

Após a realização da escolha do método de coleta de dad<strong>os</strong>, buscou desenvolver o<br />

instrumento de coleta de dad<strong>os</strong>. Tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> construt<strong>os</strong> estudad<strong>os</strong> advieram de model<strong>os</strong><br />

construíd<strong>os</strong> e testad<strong>os</strong> teórica e/ou empiricamente (QUAD. 1). Ademais a escala do Nível de<br />

Conectividade das Transações/Operações d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> que não<br />

apresentava uma escala de medida a ser trabalhada em pesquisas empíricas, as outras<br />

constituíram de uma escala Likert de 7 pont<strong>os</strong> que variavam de (1) Discordo totalmente a (7)<br />

Concordo Totalmente. O item (4) da escala representava a resp<strong>os</strong>ta neutra ‘Não discordo, nem<br />

6


concordo’. Para o construto referente ao Nível de Conectividade das Transações/Operações<br />

d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> (CLARK; CROSON; SCHIANO, 2001) foi necessário<br />

a construção de uma escala, a qual seguiu pass<strong>os</strong> para que estivesse assegurada a validade do<br />

conteúdo das medidas a serem trabalhadas (CHURCHILL, 1979). Antes da aplicação do<br />

questionário desenvolvido a partir do conjunto de escalas, fez-se uma análise do conteúdo<br />

deste com três informantes-chave, a qual tinha como objetivo eliminar <strong>os</strong> itens considerad<strong>os</strong><br />

desnecessári<strong>os</strong> ou redundantes e validar cada definição, sob aspect<strong>os</strong> teóric<strong>os</strong> e empíric<strong>os</strong>,<br />

para assim identificar <strong>os</strong> itens que melhor capturariam as respectivas dimensões de cada<br />

construto.<br />

APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS<br />

Previamente a apresentação d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> auferid<strong>os</strong> vê-se significante caracterizar a<br />

am<strong>os</strong>tra do <strong>estudo</strong> quanto: porte e tipo de PSS, regiões do país as quais <strong>os</strong> respondentes<br />

pertencem e o tipo da sua principal OPS. No que tange ao porte e tipo de PSS verificou-se que<br />

alguns respondentes não <strong>os</strong> informaram (8,2%). Assim, o porte e tipo de PSS d<strong>os</strong><br />

respondentes que compunham a am<strong>os</strong>tra estavam distribuíd<strong>os</strong> em: PSS micro-empresas<br />

(41,9%), em que 23,3% correspondiam a H<strong>os</strong>pitais e 10,5% a Clínicas; PSS de pequeno porte<br />

(26,2%), partilhado em Consultóri<strong>os</strong> Médic<strong>os</strong> (12,2%), H<strong>os</strong>pitais e Clínicas (8,7%) e outr<strong>os</strong><br />

(5,3%); PSS de médio porte (20,8%), que também estavam concentrad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> Consultóri<strong>os</strong><br />

Médic<strong>os</strong> e H<strong>os</strong>pitais e Clínicas; PSS de grande porte (2,9%) obteve-se praticamente só a<br />

participação das d<strong>os</strong> H<strong>os</strong>pitais e Clínicas (2,3%), recebendo uma inexpressiva contribuição<br />

d<strong>os</strong> Laboratóri<strong>os</strong> de Análises Clínicas (0,6%). Já quanto às regiões do país as quais <strong>os</strong><br />

respondentes pertencem constatou-se a grande participação das regiões sul (34,8%) e sudeste<br />

(36,6%). Por fim, quanto ao tipo da sua principal OPS constatou-se a relevância das<br />

Cooperativas Médicas para <strong>os</strong> H<strong>os</strong>pitais e Clínicas (16,9%) e para <strong>os</strong> Consultóri<strong>os</strong> Médic<strong>os</strong><br />

(22,7%). Os Plan<strong>os</strong> Própri<strong>os</strong> também tem destaque para <strong>os</strong> H<strong>os</strong>pitais e Clínicas (9,9%) e para<br />

<strong>os</strong> Consultóri<strong>os</strong> Médic<strong>os</strong> (6,4%). Muitas vezes esses se localizam dentro d<strong>os</strong> própri<strong>os</strong><br />

h<strong>os</strong>pitais.<br />

Análise das Dimensões d<strong>os</strong> Construct<strong>os</strong> do Modelo Teórico Desenvolvido<br />

Mesmo tendo observado que <strong>os</strong> construct<strong>os</strong> estudad<strong>os</strong> não obtiveram uma normalidade, <strong>os</strong><br />

testes KMO e de esfericidade de Bartlet m<strong>os</strong>traram que <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> podiam ser tratad<strong>os</strong> pela<br />

AFE (QUAD.2).<br />

Após a realização da AFE em todas as escalas d<strong>os</strong> construct<strong>os</strong> do Modelo Teórico<br />

desenvolvido, com exceção <strong>os</strong> Níveis de Conectividade das Transações/Operações de<br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>, constatou a necessidade de verificar a confiabilidade da<br />

escala. Para tal, foram calculad<strong>os</strong> <strong>os</strong> Alpha de Cronbach d<strong>os</strong> construct<strong>os</strong>. Verificou-se que as<br />

dimensões "Concorrência e Monopólio no Mercado de PSS" e "Competição e<br />

Competitividade no Mercado de PSS" do constructo "Determinantes de Mercado";<br />

"Importância Técnica" do constructo "Determinantes Situacionais"; e a "Influência do<br />

Contrato na Gestão d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>" e "Formalização contratual" do constructo<br />

"Acord<strong>os</strong> Contratuais" apresentaram o Alpha de Cronbach insatisfatóri<strong>os</strong>. Entretanto, inferese<br />

que esta situação é proveniente da diversidade de tip<strong>os</strong> de relacionament<strong>os</strong> existentes na<br />

am<strong>os</strong>tra em função das características de tamanho e do tipo de PSS constantes na base de<br />

dad<strong>os</strong>. Tal situação demonstra a relevância em agrupar <strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong> em função d<strong>os</strong><br />

Conectores-Chave que Caracterizam o Relacionamento. As demais dimensões e construct<strong>os</strong><br />

obtiveram o Alpha de Crobanch maior que 0,5 constatando a confiabilidade da escala<br />

utilizada.<br />

7


Conectores-Chave (…)<br />

Aspect<strong>os</strong><br />

Comportamentais<br />

(…)<br />

Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong><br />

Construct<strong>os</strong><br />

Dimensões<br />

Variância Total<br />

Explicada<br />

Alpha de<br />

Cronbach<br />

Dinâmica das Mudanças do Mercado de PSS 35,46% 0,838<br />

Determinantes de Mercado Concorrência e Monopólio no Mercado de PSS 17,26% 0,479<br />

Competição e Competitividade no Mercado de PSS 14,63% 0,215<br />

Determinantes Situacionais<br />

Importância Técnica<br />

Simplicidade e Facilidade nas Operações<br />

43,13%<br />

26,49%<br />

0,439<br />

0,500<br />

Integração Operacional Integração Operacional 67,03% 0,506<br />

Troca de Informações<br />

Abrangência da Troca de Informações<br />

Qualidade da Troca de Informações<br />

50,65%<br />

18,90%<br />

0,785<br />

1,0<br />

Acord<strong>os</strong> Contratuais<br />

Influência do Contrato na Gestão d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong><br />

Formalização Contratual<br />

29,87%<br />

27,14%<br />

0,170<br />

0,111<br />

Acord<strong>os</strong> de Cooperação Nível de Cooperação Relacional 54,68% 0,792<br />

Adaptaçõe Específicas feitas<br />

por parte das OPS<br />

Nível de Adaptação d<strong>os</strong> Clientes 73,80% 0,914<br />

Adaptaçõe Específicas feitas<br />

por parte das PSS<br />

Nível de Adaptação d<strong>os</strong> Fornecedores 60,77% 0,838<br />

Comportamento Oportunista Oportunismo 63,62% 0,894<br />

Confiança Confiança no Relacionamento 67,03% 0,821<br />

Dependência de Poder Dependência Estratégica e Substitubilidade 56,28% 0,731<br />

Nível de Conflito Nível de Conflito 86,55% 0,844<br />

Comprometimento<br />

Empenho e Investimento em Relacionament<strong>os</strong> Vali<strong>os</strong><strong>os</strong><br />

Tolerância e Substitubilidade em Relacionament<strong>os</strong> Problemátic<strong>os</strong><br />

54,28%<br />

23,36%<br />

0,836<br />

0,738<br />

Satisfação Geral e Tabela de Pagament<strong>os</strong> 43,05% 0,845<br />

Satisfação no Relacionamento Atividades e Condições de Manutenção do Relacionamento 16,82% 0,815<br />

Satisfação e Negociações para Pagament<strong>os</strong> 12,44% 0,783<br />

Valor do Relacionamento<br />

Valor nas Operações<br />

Valor na Interação e no Comportamento<br />

63,82%<br />

15,54%<br />

0,927<br />

0,999<br />

Desempenho no<br />

Relacionamento<br />

Desempenho no Relacionamento 69,41% 0,849<br />

QUADRO 2 – Teste da confiabilidade da escala (Alpha de Cronbach)<br />

Fonte: Desenvolvido pel<strong>os</strong> autores.<br />

Geração de Scores de Níveis de Conectividade das Transações/Operações de<br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong><br />

Para encontrar <strong>os</strong> “Níveis de Conectividade das Transações/Operações de<br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>”, que seriam p<strong>os</strong>teriormente testad<strong>os</strong> com <strong>os</strong> “Resultad<strong>os</strong><br />

do Relacionamento”, foi utilizado o procedimento de Análise de Correspondências Múltiplas.<br />

A utilização da MCA ou Análise da Homogeneidade se deve à necessidade de computar uma<br />

solução para diversas dimensões. A premissa é a de que um número menor de dimensões<br />

facilite a interpretação d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> e que, após um determinado número de dimensões, a<br />

quantidade de associações adicionais encontradas torna-se insignificante. Soluções com uma,<br />

duas ou três dimensões na análise da homogeneidade são muito comuns (HAIR et al, 2005).<br />

A seleção d<strong>os</strong> eix<strong>os</strong> para análise foi fundamentada n<strong>os</strong> valores encontrad<strong>os</strong> e nas<br />

coordenadas observadas para as modalidades existentes. Os dois eix<strong>os</strong> explicam 29,62% da<br />

inércia total, sendo que a primeira dimensão representa 17,83% desse valor e a segunda<br />

responde por 11,79%. Assim, no Quadro 3, foram caracterizadas as dimensões de<br />

Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>” a partir da<br />

MCA. É p<strong>os</strong>sível verificar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> relativ<strong>os</strong> a cada serviço do Setor de Faturamento de<br />

Contas Médico-H<strong>os</strong>pitalares exceto <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> referentes ao Processamento de Contas<br />

Médicas e Extrat<strong>os</strong> de Pagament<strong>os</strong> que foram retirad<strong>os</strong> desta análise porque poderiam<br />

provocar distorções n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong><br />

A primeira dimensão foi carregada com valores acima da variância de 0,178<br />

representando <strong>os</strong> process<strong>os</strong> de menor conectividade: validação d<strong>os</strong> pacientes realizadas via<br />

telefone/fax (0,218), via e-mail (0,444), via consulta a site da web contendo lista de pacientes<br />

8


inadimplentes (0,243), autorizações feitas via entrega física de document<strong>os</strong> (0,205), via<br />

telefone/fax (0,286), via e-mail (0,367) e consulta ao site (0,283) e por fim envio de contas<br />

médicas via arquivo em disquete (0,263), via e-mail (0,298) e arquivo via site na internet<br />

(0,181). Na segunda dimensão ficaram <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> com níveis mais sofisticad<strong>os</strong> de<br />

conectividade: validação de pacientes (0,501) e autorização de serviç<strong>os</strong> via sistema web<br />

(0,554) e envio de contas médicas através de lançament<strong>os</strong> diret<strong>os</strong> feit<strong>os</strong> no sistema web<br />

(0,178).<br />

QUADRO 3 - Caracterização das dimensões de Conectividade das Transações/Operações de<br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>” a partir da MCA<br />

Fonte: Desenvolvido pel<strong>os</strong> autores.<br />

Tipologia d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong><br />

Como foi detectado na análise da dimensionalidade d<strong>os</strong> construt<strong>os</strong>, alguns deles não se<br />

m<strong>os</strong>traram consistentes para toda a am<strong>os</strong>tra. Desta forma, pode-se inferir que uma p<strong>os</strong>sível<br />

causa para este resultado é a heterogeneidade da am<strong>os</strong>tra, e, p<strong>os</strong>sivelmente, da natureza d<strong>os</strong><br />

relacionament<strong>os</strong> existentes entre operadoras e PSS. A fim de agrupar <strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong><br />

semelhantes por intermédio das características mencionadas pel<strong>os</strong> respondentes no<br />

instrumento de coleta de dad<strong>os</strong> da pesquisa em função d<strong>os</strong> Conectores-Chave que<br />

Caracterizam o Relacionamento realizou-se o procedimento de tw<strong>os</strong>tep cluster pela distância<br />

log-likelihood foram gerad<strong>os</strong> seis clusters. Encontrada a quantidade ideal de clusters, seguiuse<br />

para a análise mais detalhada d<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> com a aplicação da técnica de ONE WAY<br />

ANOVA, do teste p<strong>os</strong>t hoc de Tukey. O Quadro 4 apresenta <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> desta analise.<br />

O cluster 1, denominado Parceria Legal, indicou uma predominância de<br />

características favoráveis ao estabelecimento de parcerias e também a uma considerável<br />

utilização de contrat<strong>os</strong>. Esse grupo foi formado por 23 cas<strong>os</strong> de relacionament<strong>os</strong>, com fortes<br />

“Acord<strong>os</strong> Contratuais” e alto índice de “Integração Operacional”. Estes p<strong>os</strong>suem alto nível de<br />

“Troca de Informações” com a sua principal OPS e bom nível de “Adaptações Especificas<br />

feitas por parte d<strong>os</strong> PSS e d<strong>os</strong> OPS”.<br />

O cluster 2, nomeado Relacionamento Colaborativo, foi constituído por 44 cas<strong>os</strong> de<br />

relacionament<strong>os</strong> com fortes “Acord<strong>os</strong> Contratuais” e “Integração Operacional”. Estes<br />

relacionament<strong>os</strong> apesar de p<strong>os</strong>suírem alto nível de “Troca de Informações” e “Acord<strong>os</strong> de<br />

Cooperação” são caracterizad<strong>os</strong> pelo baixo nível de “Adaptações Específicas feitas por parte<br />

d<strong>os</strong> PSS e d<strong>os</strong> OPS.<br />

9


QUADRO 4 - Tipologia d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong><br />

Fonte: Desenvolvido pel<strong>os</strong> autores.<br />

O Terceiro cluster, titulado de Adaptação é a Norma, foi constituído por 10 cas<strong>os</strong> de<br />

relacionament<strong>os</strong>. Estes relacionament<strong>os</strong> são caracterizad<strong>os</strong> pela baixa utilização de “Acord<strong>os</strong><br />

Contratuais” e pouca “Integração Operacional” entre PSS-OPS. Apesar disso, há uma boa<br />

“Troca de Informações” e fortes “Adaptações Específicas feitas por parte d<strong>os</strong> PSS e d<strong>os</strong> OPS.<br />

O Cliente é o Rei é o quarto cluster, constituído por 46 cas<strong>os</strong>. Este é caracterizado por<br />

p<strong>os</strong>suir um relacionamento em que são feitas muitas Adaptações Específicas por parte do PSS<br />

para atender às necessidades da OPS, porém o inverso não acontece. São relacionament<strong>os</strong> que<br />

p<strong>os</strong>suem “Acord<strong>os</strong> Contratuais” e uma “Integração Operacional” notáveis, propiciando a<br />

“Troca de Informações” e <strong>os</strong> “Acord<strong>os</strong> de Cooperação”. Entretanto tem-se que, as concessões<br />

só aconteçam em benefício das OPS.<br />

O Quinto cluster, denominado Reféns Contratuais, é constituído por 20 cas<strong>os</strong> de<br />

relacionament<strong>os</strong>. Estes são caracterizad<strong>os</strong> pela dependência do PSS com a principal OPS,<br />

tendo fortes “Acord<strong>os</strong> Contratuais”. P<strong>os</strong>suem baixa “Integração Operacional” e “Acord<strong>os</strong> de<br />

Cooperação”. Ainda tem-se um cenário de baixo nível de “Adaptações Específicas por parte<br />

das OPS” em contrapartida às consideráveis “Adaptações Específicas feitas por parte d<strong>os</strong><br />

PSS”.<br />

O Sexto cluster, Compra e Venda, é comp<strong>os</strong>to por 23 cas<strong>os</strong>. Este é caracterizado por<br />

uma considerável utilização de “Acord<strong>os</strong> Contratuais” e “Integração Operacional”.<br />

Entretanto, tem uma incidência de “Troca de Informações” e de “Adaptações Específicas<br />

feitas por parte d<strong>os</strong> PSS e d<strong>os</strong> OPS.<br />

Ao caracterizar <strong>os</strong> clusters identificad<strong>os</strong> em função do Nível de Conectividade das<br />

Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> foram encontradas duas situações<br />

díspares. Em um pólo têm-se <strong>os</strong> agrupament<strong>os</strong> onde as medidas p<strong>os</strong>itivas caracterizam <strong>os</strong><br />

relacionament<strong>os</strong> do tipo Parceria Legal, Relacionamento Colaborativo e Adaptação é a<br />

Norma como tip<strong>os</strong> dotad<strong>os</strong> de alto nível de conectividade em suas operações com a principal<br />

OPS. No outro extremo, <strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong> do tipo Cliente é o Rei, Reféns Contratuais e<br />

Compra e Venda onde as medidas negativas representam baixa utilização de conectividade<br />

para as operações mantidas com a principal OPS.<br />

10


Os cinco construt<strong>os</strong> relacionad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> “Aspect<strong>os</strong> Comportamentais que Caracterizam o<br />

Relacionamento”, (“Confiança”, “Comportamento Oportunista”, “Nível de Conflito”,<br />

“Comprometimento” e “Dependência de Poder”), também foram analisad<strong>os</strong> em função d<strong>os</strong><br />

clusters encontrad<strong>os</strong> (QUAD. 5).<br />

QUADRO 5 - Tipologia do Relacionamento Organizacional x Aspect<strong>os</strong> Comportamentais<br />

Fonte: Desenvolvido pel<strong>os</strong> autores.<br />

Nota: a, b e c indicam grup<strong>os</strong> que foram encontradas diferenças estatisticamente por meio do teste p<strong>os</strong>t hoc de<br />

Tukey com σ = 0,05.<br />

Esta análise não demonstrou diferença significativa para o “Nível de Conflito” (p=<br />

0,087) e a “Dependência de Poder” (p= 0,110) entre <strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de relacionamento. Ainda, a<br />

partir da Analise Descriminante percebeu-se que o construto “Confiança” obteve um alto<br />

índice para o cluster Relacionamento Colaborativo (4,79) e, baixo para Adaptação é a<br />

Norma (3,78) e Reféns Contratuais (3,68). Já o constructo “Comportamento Oportunista”<br />

teve um alto índice para o cluster Parceria Legal (4,50) e baixo para Relacionamento<br />

Colaborativo’ (3,43). Por último, o “Comprometimento” apresentou um alto índice para o<br />

cluster Relacionamento Colaborativo (5,24) e baixo para Reféns contratuais (4,43).<br />

QUADRO 6 - Tipologia do Relacionamento Organizacional x Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong><br />

Fonte: Desenvolvido pel<strong>os</strong> autores.<br />

11


Ainda, analisaram-se <strong>os</strong> clusters identificad<strong>os</strong> em função d<strong>os</strong> “Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong>” (QUAD. 6). O cluster do Relacionamento Colaborativo obteve <strong>os</strong><br />

maiores índices de Resultad<strong>os</strong> do Relacionamento (Satisfação no Relacionamento, Valor do<br />

Relacionamento e Desempenho Percebido do Relacionamento), por outro lado, o cluster<br />

Reféns Contratuais apresentaram <strong>os</strong> menores. Os clusters Parceria Legal e Cliente é o Rei<br />

apresentaram medidas intermediárias para <strong>os</strong> três tip<strong>os</strong> de Resultad<strong>os</strong> do Relacionamento. Já<br />

<strong>os</strong> clusters Adaptação é a Norma e Compra e Venda foram destaques como model<strong>os</strong> de<br />

relacionamento que não criam, ou criam pouco valor para <strong>os</strong> PSS.<br />

Nível de Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong><br />

Inicialmente, viu-se pertinente caracterizar <strong>os</strong> clusters identificad<strong>os</strong> em função do<br />

“Nível de conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>”.<br />

Foram encontradas duas situações díspares. Em um pólo têm-se <strong>os</strong> agrupament<strong>os</strong> onde as<br />

medidas p<strong>os</strong>itivas, apresentadas, caracterizam <strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong> do tipo ‘Parceria Legal’,<br />

‘Relacionamento Colaborativo’ e ‘Adaptação é a Norma’ como tip<strong>os</strong> dotad<strong>os</strong> de alto<br />

“Nível de conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>”<br />

com a principal OPS. No outro extremo, ficaram <strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong> do tipo ‘Cliente é o<br />

Rei’, ‘Reféns Contratuais’ e ‘Compra e Venda’ onde as medidas negativas marcaram baixo<br />

“Nível de conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>”<br />

mantidas com a principal OPS (QUAD. 7).<br />

QUADRO 7 - Escore Médio das Dimensões d<strong>os</strong> Conectores-Chave do Relacionamento e d<strong>os</strong><br />

Níveis de Conectividade do Relacionamento entre OPS`s e PSS´s.<br />

Fonte: Desenvolvido pel<strong>os</strong> autores.<br />

P<strong>os</strong>teriormente, visto o objetivo central deste <strong>estudo</strong>, foi verificado se há uma relação<br />

do “Nível de Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>”<br />

com <strong>os</strong> “Resultad<strong>os</strong> do Relacionamento” (“Satisfação no Relacionamento”, “Valor do<br />

Relacionamento” e “Desempenho Percebido no Relacionamento”) entre <strong>os</strong> PSS e suas<br />

principais OPS. Para tal, realizou-se o Teste de Correlação d<strong>os</strong> construt<strong>os</strong> (QUAD. 8).<br />

QUADRO 8 – Correlação entre Nível de Conectividade das Transações/Operações de<br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> e Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong><br />

Fonte: Desenvolvido pel<strong>os</strong> autores.<br />

Nota: * p


p= 0,6) e o Valor do Relacionamento (r= -0,119; p= 0,121). Retratando que, sob a perspectiva<br />

do PSS, neste tipo específico de relacionamento PSS-OPS, a existência de uma maior<br />

Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> entre <strong>os</strong><br />

partícipes do relacionamento não é o fator que atribui Satisfação e cria Valor no<br />

Relacionamento. Já para o Desempenho Percebido no Relacionamento (r=-0,163; p= 0,033) a<br />

correlação é significante apesar de negativa. Entende-se que este também não representa um<br />

resultado tangível de influência do escore de Conectividade das Transações/Operações de<br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> sob o “Desempenho Percebido no Relacionamento” entre<br />

PSS e OPS. Estes resultad<strong>os</strong> comportaram de forma distinta a literatura existente,<br />

proporcionando questionament<strong>os</strong> e nov<strong>os</strong> insights para futuras pesquisas.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

O <strong>estudo</strong> apresentou resultad<strong>os</strong> relevantes <strong>os</strong> quais alguns estão alinhad<strong>os</strong> à literatura<br />

já existente proporcionando uma consolidação e p<strong>os</strong>sibilidade de novas apreensões<br />

corroborativas e outr<strong>os</strong> se comportaram de forma distinta a literatura existente,<br />

proporcionando questionament<strong>os</strong> e nov<strong>os</strong> insights para futuras pesquisas que p<strong>os</strong>sam ter<br />

repercussão na academia e na prática. Assim, o <strong>estudo</strong> realizado pôde detectar <strong>os</strong> diferentes<br />

impact<strong>os</strong> de construt<strong>os</strong> que auxiliam na apreensão d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>,<br />

teórica e empiricamente.<br />

Desde as primeiras leituras que incitaram o desenvolvimento deste <strong>estudo</strong>,<br />

pesquisadores inferiam a p<strong>os</strong>sibilidade d<strong>os</strong> “Níveis de Conectividade das<br />

Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>” impactarem/influenciarem <strong>os</strong><br />

“Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>”. Entretanto, constatou-se que <strong>os</strong> “Níveis<br />

de Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>” não têm<br />

uma responsabilidade efetiva <strong>sobre</strong> o desenvolvimento d<strong>os</strong> “Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong><br />

<strong>Organizacionais</strong>”. Eles proporcionam um ganho, porém o ganho significativo advém de outras<br />

fontes do Relacionamento Organizacional, principalmente d<strong>os</strong> “Aspect<strong>os</strong> Comportamentais<br />

que Caracterizam o Relacionamento”.<br />

Ainda, a partir do agrupamento d<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong><br />

estudad<strong>os</strong> em função d<strong>os</strong> Conectores-Chave que Caracterizam <strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> (“Parceria<br />

Legal”, “Relacionamento Colaborativo”, “Adaptação é a Norma”, “Cooperação Legal”,<br />

“Reféns Contratuais” e “Compra e Venda”) este <strong>estudo</strong> proporcionou uma análise d<strong>os</strong><br />

Aspect<strong>os</strong> Comportamentais em função d<strong>os</strong> clusters identificad<strong>os</strong>, uma análise d<strong>os</strong> clusters em<br />

função d<strong>os</strong> Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>, uma caracterização d<strong>os</strong> clusters em função do<br />

Nível de Conectividade das Transações/Operações de Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong>.<br />

Contudo, expõem-se as limitações encontradas no desenvolvimento deste <strong>estudo</strong>: 1)<br />

compreende-se a atipicidade e a pontualidade d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong><br />

estudad<strong>os</strong> como uma oportunidade para desenvolvimento de <strong>estudo</strong>s audaci<strong>os</strong><strong>os</strong> e inovadores<br />

como também uma limitação, uma vez que estes apresentam inúmer<strong>os</strong> desafi<strong>os</strong> a<strong>os</strong><br />

pesquisadores no desenvolvimento do <strong>estudo</strong> (sistematização de modelo teórico, coleta e<br />

análise de dad<strong>os</strong>); 2) a restrição do tamanho da am<strong>os</strong>tra, que quando comparada à proporção<br />

da população existente, torna difícil a mensuração d<strong>os</strong> construct<strong>os</strong> que compuseram o modelo<br />

teórico-empírico desenvolvido; 3) a dificuldade ao acesso a<strong>os</strong> respondentes necessári<strong>os</strong> para o<br />

desenvolvimento do <strong>estudo</strong>; 4) obteve-se somente a percepção d<strong>os</strong> PSS quanto a<strong>os</strong><br />

Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> articulad<strong>os</strong> entre PSS-OPS, a percepção de ambas as partes<br />

poderia enriquecer mais o <strong>estudo</strong>; 5) o tempo e recurs<strong>os</strong> materiais d<strong>os</strong> pesquisadores para o<br />

desenvolvimento do <strong>estudo</strong>.<br />

Por fim, no que se refere a sugestões de futuras pesquisas, alerta-se <strong>os</strong> pesquisadores<br />

as limitações citadas acima. Sugere-se para o desenvolvimento de <strong>estudo</strong>s que visem<br />

compreender a natureza d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong> <strong>Organizacionais</strong> que considerem <strong>os</strong> Aspect<strong>os</strong><br />

13


Comportamentais em suas pesquisas sob o âmbito de caracterizador d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong><br />

<strong>Organizacionais</strong>, como também, de Resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Relacionament<strong>os</strong>. Alem disso, tem-se que<br />

este <strong>estudo</strong> foi desenvolvido sob o foco de uma díade, analisando o Relacionamento<br />

Organizacional entre dois participes, desta forma sugere-se o desenvolvimento de um <strong>estudo</strong><br />

com mais participes considerando uma ampla rede, inclusive o cliente final.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ACHROL; R. S; STERN, L. W. Environmental Determinants of Decision-Making<br />

Uncertainty in Marketing Channels. Journal of Marketing Research, [s.l.], v.25, p.36-50,<br />

Feb. 1988.<br />

ACHROL; R. S.; REVE, T.; STEM, L.The Environment of Marketing Channel Dyads.<br />

Journal of Marketing, Chicago, v. 47, p.55-67, 1983.<br />

ANDERSON, E.; WEITZ, B. The Use of Pledges to Build and Sustain Commitment in<br />

Distribution Channels. Journal of Marketing Research, [s.l.], v. 29, p.18-34, Feb. 1992.<br />

ANDERSON J. C, HÄKANSSON H, JOHANSON J. Dyadic business relationships within a<br />

business network context. Journal of Marketing, Chicago, v. 58, p. 1– 15, Oct. 1994.<br />

ANDERSON, J. A., NARUS, J. A. A model of distributor firm and manufacturer firm<br />

working partnerships. Journal of Marketing, Chicago, v. 54, p.52– 58, Jan. 1990.<br />

BARRIZZELLI, N.; SANTOS, R. C. (Orgs.) Lucratividade pela Inovação. Editora Campus,<br />

2. ed., 2006.<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Caderno de<br />

Informação da Saúde Suplementar: beneficiári<strong>os</strong>, operadoras e plan<strong>os</strong>/ Agência<br />

Nacional de Saúde Suplementar, Rio de Janeiro, a. 1, Mar. 2006. Disponível em:<br />

http://www.ans.gov.br/portal/site/informacoesss/informacoesss.asp. Acessado em<br />

20/06/2007.<br />

BROWN, J. R.; LUSCH, R. F.; SMITH, L. P. Conflict and satisfaction in an industrial<br />

channel of distribution, International Journal of Physical Distribution & Logistics<br />

Management, [s.l.], v. 21, n. 6, p. 15-25, 1992.<br />

BURKE, D.; MENACHEMI, N. Opening the Black Box: Measuring H<strong>os</strong>pital Information<br />

Technology Capability Health Care Management Review. Frederick, v. 29, n. 3, p. 207-<br />

218, Jul-Sep. 2004.<br />

CANNON, J. A Taxonomy of Buyer-Seller Relationships in Business Markets. 1992.<br />

Doctoral Dissertation - Kenan-Flager Business School, University of North Carolina-<br />

Chapel Hill, 1992.<br />

CANNON, J. P.; ACHROL, R. S.; GUNDLACH, G. T. Contracts, norms, and plural form<br />

governance. Journal of the Academy of Marketing Science, [s.l.], v. 28, n. 2, p. 180-94,<br />

2000.<br />

CANNON, J. P.; PERREAULT, W. D. Buyer-Seller Relationships in Business Markets.<br />

Journal of Marketing Research, [s.l.], v. 36, n. 4, Nov. 1999.<br />

CHU, S. Clinical information systems: a fourth generation. Nursing Management, [s.l.], v.<br />

24, n. 10, p. 59-60, 1993.<br />

COOKE, S. Database marketing: Strategy or tactical tool? Marketing Intelligence &<br />

Planning. Bradford. [s.l.], v.12, n. 6, p. 4-8, 1994.<br />

CHURCHILL, Jr. A Paradigm for Developing Better Measures of Marketing Constructs.<br />

Journal of Marketing Research, [s.l.], v. 26, p. 64-73, Feb. 1979.<br />

CLARK, Theodore H.; CROSON, David C.; SCHIANO, William T. A Hierarchical Model of<br />

Supply-Chain Integration: Information Sharing and Operational Interdependence in the US<br />

Grocery Channel. Information Technology and Management, [s.l.], v. 2, n. 3, p. 261-288,<br />

Jul. 2001.<br />

14


DESAI, C.; FLETCHER, K.; WRIGHT, G. Drivers in the adoption and sophistication of<br />

database marketing in the services sector. The Service Industries Journal. London, v.21, n.<br />

4, p. 17-16, Oct. 2001.<br />

DEVARAJ, S.; KOHLI, R. Information technology payoff in the health-care industry: A<br />

longitudinal study. Journal of Management Information Systems. Armonk, v. 16, n. 4, p.<br />

41-68, Spring 2000.<br />

DICK, R. S. The computer-based patient record: an essential technology for health care.<br />

Washington, DC: National Academy Press, 1991.<br />

FRAZIER, G. L; GILL, J. D, KALE, S. H. Dealer dependence levels and reciprocal actions in<br />

a channel of distribution in a developing country. Journal of Marketing, Chicago, v. 53,<br />

n.1, p.50 –69, 1989.<br />

FRIEDMAN, B. A.; MARTIN, J. B. H<strong>os</strong>pital information system: the physician role. Journal<br />

of the American Medical Association, [s.l.], v. 257, n. 13, p. 1792, 1997.<br />

GANESAN, S. Determinants of Long-Term Orientation in Buyer-Seller Relationship.<br />

Journal of Marketing, Chicago, v. 58, p.1-19, Apr. 1994.<br />

GEYSKENS, I.; STEENKAMP J. B.; KUMAR, N. A meta-analysis of satisfaction in<br />

marketing channel relationships. Journal of Marketing Research, [s.l.], v. 36, n. 2, p. 223<br />

–238, 1999.<br />

GEYSKENS, I; STEENKAMP, J. B; KUMAR, N. Generalizations about trust in marketing<br />

channel relationships using meta analysis. International Journal Research Marketing,<br />

[s.l.], v. 15, n. 3, p. 223– 248, 1998.<br />

GIBBONS, R. Taking Coase Seriously. Administrative Science Quarterly, [s.l.], v. 44, p.<br />

145-57, 1999.<br />

GRÖNROOS, C. From marketing mix to relationship marketing. Toward a paradigm shift in<br />

marketing, Management Decision, [s.l.], v. 32, n. 2, p. 4-32, 1994.<br />

GUMMERUS, J. et al. Customer loyalty to content-based Web sites: The case of an online<br />

health-care service. The Journal of Services Marketing. Santa Barbara, v. 18, n. 2/3, p.<br />

175, 2004.<br />

HAIR, J.; ANDERSON, R.; TATHAM, R.; BLACK, W. C. Análise Multivariada de dad<strong>os</strong>.<br />

5. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.<br />

HALLEN, L.; JOHANSON, J.; SEYED-MOHAMED, N. Interfirm Adaptation in Business<br />

Relationships. Journal of Marketing, Chicago, v. 55, p.29-37, Apr. 1991.<br />

HEBERT, M.; BENBASAT, I. Adopting information technology in h<strong>os</strong>pitals: The<br />

relationship between attitudes/expectations and behavior. H<strong>os</strong>pital & Health Services<br />

Administration. [s.l.], v. 39, n. 3; p. 369-384, Fall. 1994.<br />

HEIDE, J. B.; JOHN, G. Do Norms Matter in Marketing Relationships? Journal of<br />

Marketing, Chicago, v. 56, p.32-44, Apr. 1992.<br />

HUTT, M. D.; SPEH, T. W. B2B: Gestão de Marketing em Mercad<strong>os</strong> Industriais e<br />

<strong>Organizacionais</strong> – 7. Ed. – Porto Alegre: Bookman, 2002<br />

JAP, S. D.; GANESAN, S. Control mechanisms and the relationship life cycle: Implications<br />

for safeguarding especific investiments and developing commitment. Journal of Marketing<br />

Research, [s.l.], v.37, n.2, p. 227-245, May. 2000.<br />

JOSHI, A. W, ARNOLD, S. J. The impact of buyer dependence on buyer opportunism in<br />

buyer-supplier relationships: The moderating role of relational norms. Psychology &<br />

Marketing. Hoboken, [s.l.], v. 14, n. 8; p. 823-846 , Dec. 1997.<br />

KAHAN, R. Using database marketing techniques to enhance your one-to-one marketing<br />

initiatives. The Journal of Consumer Marketing. Santa Barbara, v.15, n. 5; 1998.<br />

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. Bookman, 2001.<br />

15


MOHR, J.; SPEAKMAN, R. Characteristics of Partnership Success: Partnership attributes,<br />

communication behavior and conflict resolution techniques. Strategic Management<br />

Journal, [s.l.], v.15, p.135-152, 1994.<br />

MONCZKA, R; TRENT, R; HANDFIELD, R. Purchasing & Supply Chain Management.<br />

2nd ed. USA: South-Western, 2002.<br />

MOODLEY, S. Internet-enabled supply chain integration: pr<strong>os</strong>pects and challenges for the<br />

South African automotive industry. Development Southern Africa, [s.l.], v. 19, n. 5, Dec.<br />

2002.<br />

MORGAN, R.; HUNT, S. The Commitment-Trust Theory of Relationship Marketing.<br />

Journal of Marketing, Chicago, v. 58, p. 20-38, Jul. 1994.<br />

MOORMAN, C.; ZALTMAN, G.; DESPHANDÉ, R. Relationships Between Providers and<br />

Users of Marketing Research: The Dynamics of Trust Within and Between Organizations.<br />

Journal of Marketing Research, [s.l.], n. 29, p.314-29, Aug. 1992.<br />

NATESAN, C. N. The Impact of the Internet on Health Care Services. Journal of American<br />

Academy of Business, Cambridge, v. 7, n. 2, p. 247-251, Set. 2005.<br />

PATTERSON, P. G.; SPRENG, R. A. Modeling the Relationship Between Perceived Value,<br />

Satisfaction and Repurchase Intentions in a Business-to-Business, Services Context: An<br />

Empirical Examination. International Journal of Service Industry Management, [s.l.],<br />

v.8, a.5, p. 414-434, 1997.<br />

PEREIRA, Breno A. D.; VISENTINI, Monize S.; VENTURINI, Jonas C. Estruturação de<br />

Relacionament<strong>os</strong> Horizontais em Rede. In: ENANPAD, 30, 2006, Salvador. Anais<br />

Eletrônic<strong>os</strong>... Rio de Janeiro: ANPAD, 2006. CD-ROM.<br />

PETERS, L. D. It enabled marketing: a framework for value creation in customer<br />

relationships. Journal of Marketing Practice. Bradford, v. 3, n. 4, p. 213-229, 1997.<br />

PORTER, M.; VICTOR, M. How Information Gives You Competitive Advantage, in<br />

Revolution in Real Time: Managing Information Technology in the 1990s. Harvard<br />

Business Review Press, B<strong>os</strong>ton, v.59, 1991.<br />

REINARTZ, W.; KRAFFT, M.; HOYER, W. D. The Customer Relationship Management<br />

Process: Its Measurement and Impact on Performance. Journal of Marketing Research.<br />

[s.l.], v. 41, n. 3, p. 293-305, Aug. 2004.<br />

SANZO, M. J.; SANTOS, M. L.; VÁZQUEZ, R.; ÁLVAREZ, L. I.. The effect of market<br />

orientation on buyer–seller relationship satisfaction. Industrial Marketing Management,<br />

[s.l.], v. 32, p. 327– 345, 2003.<br />

SCHAU, H. J.; SMITH, M. F.; SCHAU, P. I. The healthcare network economy: The role of<br />

Internet information transfer and implications for pricing. Industrial Marketing<br />

Management, [s.l.], v. 34, p. 147–156, 2005.<br />

SLATER, M. D.; ZIMMERMAN, D. E. Descriptions of Web sites in search listings: A<br />

potential obstacle to informed choice of health information. American Journal of Public<br />

Health, Washington, v. 93, n. 8; p. 1281, Aug. 2003.<br />

STEAD, W. W. A quarter-century of computer-based medical records. [S.l.]: MD<br />

Computing, 1989.<br />

ULAGA, W.; EGGERT, A. Value-Based Differentiation in Business Relationships: Gaining<br />

and Sustaining Key Supplier Status. Journal of Marketing. Chicago, v. 70, n. 1, p. 119-<br />

136, Jan. 2006.<br />

VIANA, Debora Almeida; CUNHA Jr., Marcus V. M.; SLONGO, Luiz Antonio. Medindo o<br />

Conceito de Marketing de Relacionamento no Contexto Brasileiro: a Validação de uma<br />

Escala no Setor Industrial. In: ENANPAD, 23, 1999, Foz do Iguaçu (PR). Anais... Foz do<br />

Iguaçu: ANPAD, 1999.<br />

WEBSTER, JR., F. The Changing Role of Marketing in The Corporation. Journal of<br />

Marketing, Chicago, v. 56, p. 1-17, Oct. 1992.<br />

16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!