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João Costa - rede missional

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SENSO DE PERTENCIMENTO<br />

“A comunidade do povo de Deus deve sua vida comunitária à sua<br />

experiência comum e profusa do Espírito.”<br />

Gordon D. Fee<br />

O chamado dos que conheceram a Deus, evoluí para a vida comunitária.<br />

Não pelo pertencimento unicamente à comunidade, mas sobretudo, por pertencer<br />

ao próprio Senhor Jesus. Pertencendo a Jesus e sendo parte da comunidade de<br />

discípulos a nossa identidade vai sendo moldada nesse ambiente. Muito tem se<br />

falado do resgate do caráter comunitário da igreja brasileira, que se desgastou<br />

com a excessiva institucionalização, caracterizada pelo clericanismo (a escalada<br />

de poder e títulos extrapolou o ‘bispado’ e ‘apostolado’ e tem alcançado níveis<br />

galácticos!); pela apologética doutrinário-denominacional (a defesa marcial das<br />

tradições segmentadas pelas confissões teológicas e agremiações das históricas<br />

até as neo-pentecostais); pelo uso cansativo de programas (o franchising de<br />

modelos de gestão de membresia ou os cultos temáticos que glorificam tudo,<br />

menos o Senhor), pela indústria fotográfica (a fogueira de vaidade da música<br />

‘gospel’). Para combater isso, esforços de se viver comunidade tem sido<br />

constantes por parte da Igreja. Mas existe um grande perigo: o de nos fecharmos<br />

numa espécie de bunker religioso, ou transformar a Igreja num centro de<br />

recuperação de crentes feridos. É claro que a Igreja deve acolher a todos, mas<br />

não fomentar a amargura religiosa. O melhor tratamento de recuperação nesses<br />

casos é formar discípulos. A formação espiritual não propõe isolar pessoas, mas<br />

levá-las ao Senhor, para que, ouvindo a sua voz, correspondam a seu chamado<br />

como missionários em seu contexto. Por isso, antes de pensarmos o conceito<br />

‘comunidade <strong>missional</strong>’, precisamos pensar uma comunidade de discípulos.<br />

O fato de sermos a comunidade de discípulos, não significa que somos guiados<br />

pelo discipulado em si mesmo, porque o princípio em si, é da relação entre mestres<br />

e alunos. Somos a comunidade de discípulos de Jesus, consequentemente, o<br />

que nos conduz, o que nos guia é o Evangelho. Em sua oração Jesus posiciona os<br />

discípulos na relação trinitariana, reconhecendo que eles lhe foram dados pelo<br />

Pai, e que a marca disso é o fato deles guardarem e obedecerem o Evangelho.<br />

Os discípulos que são empodeirados pelo Evangelho, sabem que o mestre, o rabi<br />

é o próprio Deus soberano. A soberania de Deus se descortina para aqueles que<br />

tem a Palavra de Deus como pavimentação da sua jornada.

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