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João Costa - rede missional

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EXPANDINDO A VISÃO<br />

“Quando uma pessoa fixa seus olhos em Deus, seu coração será<br />

invencível e totalmente incapaz de ser abalado.”<br />

<strong>João</strong> Calvino<br />

A unidade em obediência dos cristãos missionais que a partir de Jerusalem,<br />

avançaram por cidades além do seu contexto, teria uma reverberação que talvez<br />

os discípulos não imaginassem que alcançaria, mas que o Senhor, em sua soberania,<br />

já tinha estabelecido. O fato é que nossa unidade <strong>missional</strong> hoje, assim como<br />

foi com os primeiros discípulos e a igreja chamada primitiva, tem como contraponto<br />

a diversidade de vozes e visões a respeito da missão, que é configurada<br />

pelas, muitas vezes, bem intencionadas, ações da Igreja-instituição. Bem dizia Pascal:<br />

nunca o mal é tão bem-feito, quando vem feito com boa-vontade. Por causa desse<br />

equívoco, profetas foram chacinados e os primeiros mártires da Igreja surgiram.<br />

Assumindo que fomos enviados e somos a Igreja em missão, devemos saber atuar<br />

politicamente, na perspectiva do espírito das bem-aventuranças e no horizonte de<br />

uma espiritualidade pascal, que aprende das crises e se fortalece nas perseguições.<br />

De fato, estamos todos em missão de alguma forma. A questão é: qual é a<br />

sua missão? O que define o propósito da sua vida? Isso é sua missão. Jesus deu<br />

a Sua Igreja, ao Seu povo uma missão: fazer discípulos. Na prática, isso consiste<br />

em chamar rebeldes pecadores a crer em Jesus para alcançarem o perdão para<br />

os pecados. Entretanto, frequentemente a Igreja tem se desviado dessa missão.<br />

Isso acontece quando a Igreja deixa outra coisa tornar-se a missão primária: a<br />

construção de um prédio; uma não declarada teologia do tipo “tragam pessoas<br />

a nós”; o tamanho da congregação; orçamentos; ativismo e até mesmo apatia.<br />

Estar em missão nos faz compreender aquilo que muitos tem buscado de várias<br />

formas: a Igreja é ao mesmo tempo instituição e acontecimento. É instituição na<br />

sua organização que vem do passado, na sua estrutura sacramental, ministerial,<br />

dogmática e liturgia. A instituição garante a continuidade histórica e insere a fé<br />

no conjunto da sociedade. Mas a Igreja não é apenas isso. Ela, em missão, também<br />

é acontecimento. Quando pessoas se encontram em qualquer lugar, mesmo sem<br />

grandes estruturas físicas e estratégicas, mas onde a Palavra conduz a transformação<br />

das mesmas, aí está presente o Senhor com seu Espírito, aí emerge a Igreja<br />

como acontecimento.

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