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1 SIMULADO 2 - Cave

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questão 1<br />

geografia<br />

GABARITO<br />

Leia estes quadrinhos e em seguida responda:<br />

<strong>SIMULADO</strong> 2<br />

Que crítica eles sugerem? A solução encontrada por Mafalda é coerente? Justifique. (Valor:<br />

5,0 pontos)<br />

A solução não parece coerente. O desenvolvimento de um país não<br />

está ligado ao hemisfério em que está localizado. Afeganistão e Mongólia<br />

estão localizados no hemisfério Norte e são subdesenvolvidos. Dentre as<br />

possíveis críticas, merece destaque o fato da cartografia induzir a valores<br />

impostos por quem produz a informação. Norte pode significar em cima,<br />

poder e comando; o Sul, por sua vez, embaixo, comandado, submissão.<br />

1


questão 2<br />

geografia<br />

<strong>SIMULADO</strong> 2<br />

Como pode ser observado na figura, a Terra possui uma inclinação de 23°27’ em relação ao<br />

plano de sua órbita em torno do Sol, o que gera vários fenômenos físicos. Aponte duas alterações,<br />

uma no clima e outra na duração dos dias e das noites, que a ausência dessa inclinação<br />

provocaria. (Valor: 5,0 pontos)<br />

Clima: As estações do ano não existiriam; a temperatura se manteria<br />

próxima a uma média, variável de acordo com a latitude, durante todo o<br />

ano.<br />

Duração dos dias e das noites: os dias e as noites teriam a mesma duração,<br />

12 horas cada um, em todas as latitudes, durante todo o ano.<br />

2


QUESTÃO 3<br />

geografia<br />

Cidades disputam Copa de extremos<br />

<strong>SIMULADO</strong> 2<br />

o mundial de futebol de 2014 deve ser o mais difícil em termos climáticos e de logística da história<br />

do campeonato. Observe o esquema a seguir, com um possível itinerário de uma seleção<br />

de futebol participante da Copa do Mundo no Brasil.<br />

tendo em vista as características naturais do território brasileiro, explique as diferenças de<br />

temperatura verificadas entre Manaus e Porto Alegre e as diferenças de pluviosidade entre<br />

Brasília e Rio de Janeiro. (Valor: 5,0 pontos)<br />

Temperatura: A baixa latitude de Manaus resulta em temperaturas elevadas<br />

na cidade em qualquer época do ano; a alta latitude de Porto Alegre<br />

resulta em temperaturas mais baixas em junho, período de inverno.<br />

Pluviosidade: A desigualdade verificada pode ser explicada pela atuação<br />

da Massa Tropical Atlântica (MTA) sobre as duas cidades na época do<br />

ano em que ocorrem os jogos. Quente e úmida, essa massa de ar provoca<br />

chuvas na faixa litorânea, onde está localizada a cidade do Rio de Janeiro;<br />

em Brasília, essa massa não provoca o mesmo efeito, uma vez que ela<br />

perde grande parte de sua umidade antes de chegar à capital federal.<br />

3


questão 4<br />

geografia<br />

<strong>SIMULADO</strong> 2<br />

No mapa, destaca-se a localização de uma das paisagens naturais da América do Sul.<br />

a) Que paisagem natural é esta? (Valor: 2,0 pontos)<br />

A paisagem natural destacada no mapa é o deserto de Atacama.<br />

b) Caracterize as condições pluviométricas da região, explicando a ação do relevo e do oceano<br />

como fatores climáticos. (Valor: 3,0 pontos)<br />

A região do deserto de Atacama é considerada por muitos estudiosos<br />

como a região mais seca do mundo. A passagem de uma corrente marítima<br />

fria pelo oceano Pacífico (oeste da região), que esfria a atmosfera<br />

em alto mar retirando a umidade do ar, provoca precipitações das brisas<br />

oceânicas antes que cheguem à costa. Além disso, a leste da região<br />

encontra-se a cordilheira dos Andes, onde elevadas altitudes e baixas<br />

temperaturas retêm as massas de ar úmidas provenientes do Brasil e da<br />

Bolívia.<br />

4


Texto para a próxima questão:<br />

geografia<br />

os seRtÕes<br />

<strong>SIMULADO</strong> 2<br />

A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A prumo sobre o Atlântico desdobra-se<br />

como a cortina de baluarte desmedido. De encontro às suas escarpas embatia, fragílima, a ânsia guerreira<br />

dos <strong>Cave</strong>ndish e dos Fenton. No alto, volvendo o olhar em cheio para os chapadões, o forasteiro sentia-se<br />

em segurança. Estava sobre ameias intransponíveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro do invasor<br />

e da metrópole. Transposta a montanha - arqueada como a precinta de pedra de um continente - era um<br />

isolador étnico e um isolador histórico. Anulava o apego irreprimível ao litoral, que se exercia ao norte;<br />

reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a qual se amorteciam todas as cobiças, e alteava,<br />

sobranceira às frotas, intangível no recesso das matas, a atração misteriosa das minas...<br />

Ainda mais - o seu relevo especial torna-a um condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporação<br />

oceânica.<br />

Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de algum modo no mar. Rolam as águas num<br />

sentido oposto à costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para os sertões. Dão ao forasteiro a<br />

sugestão irresistível das entradas.<br />

A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo; encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o,<br />

afinal, irresistivelmente, na correnteza dos rios.<br />

Daí o traçado eloquentíssimo do Tietê, diretriz preponderante nesse domínio do solo. Enquanto no<br />

S. Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos d’água da borda oriental, o acesso para o<br />

interior seguia ao arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que tombam dos socalcos dos planaltos,<br />

ele levava os sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração<br />

em Minas, em Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso, no Brasil inteiro.<br />

Segundo estas linhas de menor resistência, que definem os lineamentos mais claros da expansão colonial,<br />

não se opunham, como ao norte, renteando o passo às bandeiras, a esterilidade da terra, a barreira intangível<br />

dos descampados brutos.<br />

Assim é fácil mostrar como esta distinção de ordem física esclarece as anomalias e contrastes entre<br />

os sucessos nos dous pontos do país, sobretudo no período agudo da crise colonial, no século XVII.<br />

Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da<br />

Bahia ao Maranhão, e se travavam recontros memoráveis em que, solidárias, enterreiravam o inimigo comum<br />

as nossas três raças formadoras, o sulista, absolutamente alheio àquela agitação, revelava, na rebeldia<br />

aos decretos da metrópole, completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um inimigo tão perigoso<br />

quanto o batavo. Um povo estranho de mestiços levantadiços, expandindo outras tendências, norteado por<br />

outros destinos, pisando, resoluto, em demanda de outros rumos, bulas e alvarás entibiadores. Volvia-se<br />

em luta aberta com a corte portuguesa, numa reação tenaz contra os jesuítas. Estes, olvidando o holandês<br />

e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madri e Díaz Taño a Roma, apontavam-no como inimigo mais<br />

sério.<br />

De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em<br />

São Paulo se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a restauração em Portugal veio alentar em<br />

toda a linha a repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes exaustos, os sulistas frisaram ainda<br />

mais esta separação de destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a autonomia franca, no<br />

reinado de um minuto de Amador Bueno.<br />

Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a sua feição verdadeiramente nacional. Fora<br />

disto mal a vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores, na Bahia, onde imperava a Companhia<br />

de Jesus com o privilégio da conquista das almas, eufemismo casuístico disfarçando o monopólio do<br />

braço indígena.<br />

(CUNHA, Euclides da. os sertões. Edição crítica de Walnice Nogueira Galvão. 2 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001.<br />

p. 81-82.)<br />

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questão 5<br />

Observe a figura.<br />

geografia<br />

a) Identifique e explique o fenômeno representado. (Valor: 2,5 pontos)<br />

<strong>SIMULADO</strong> 2<br />

A ilustração mostra o processo de formação de chuvas orográficas a<br />

partir do relevo da Serra do Mar. O vento sopra o ar úmido da massa Tropical<br />

Atlântica, que se condensa em altitude após ascender pelas encostas<br />

da serra.<br />

b) Em que trecho do texto Euclides da Cunha a ele se refere? (Valor: 2,5 pontos)<br />

A referência no texto encontra-se no segundo parágrafo: “Ainda mais<br />

- o seu relevo especial torna-a um condensador de primeira ordem, no<br />

precipitar a evaporação oceânica.”<br />

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