Primeiro capítulo - Integrare Editora
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interlocutor. Um indivíduo com baixa autoconfiança poderá<br />
considerá- lo arrogante.<br />
– Tem uma diferença – explicou Gasalla. – O arrogante normalmente<br />
não escuta outros pontos de vista. Sempre considera evidente<br />
o que tem de dizer ou fazer. Ele não se permite ter dúvidas.<br />
Não vê o outro como uma pessoa capaz de gerar ideias tão válidas<br />
quanto as suas. O arrogante não sabe pedir e muitas vezes tem dificuldade<br />
em perguntar. Uma pessoa com autoconfiança não se<br />
sente mal em reconhecer sua ignorância acerca de um tema. Não<br />
se lamenta quando alguém discorda de sua opinião. Como está<br />
aberta à dissensão, ela não ergue barreiras de defesa. E, assim, inspira<br />
mais confiança.<br />
– Pois é, como confiar em alguém que não confia em si mesmo?<br />
– comentou Nelson.<br />
– Sim, essa conduta de referência é fundamental ao exercício da<br />
liderança – concluiu Leila. – A autoconfiança do líder gera autoconfiança<br />
nos colaboradores. Ele trabalha com facilidade o efeito<br />
Pigmalião, a profecia que se autocumpre.<br />
– Nossa, agora complicou, amiga... – reclamou Nelson, erguendo<br />
as sobrancelhas.<br />
– É simples – respondeu ela, sorvendo o chá de hortelã.<br />
– Então... – disse o escritor.<br />
– Esse líder é consciente da influência que pode exercer em seus<br />
colaboradores. Se ele espera bons resultados, obterá bons resultados.<br />
E, se espera maus resultados, obterá maus resultados. E ele projeta<br />
isso nas pessoas a seu redor. Para o bem e para o mal, ele<br />
interfere nas crenças do grupo. Se ele crê que pode, será possível.<br />
Mas, se ele acredita que não vai dar certo, logo as pessoas estarão<br />
seguindo a trilha do fracasso.