O SETOR CONFECÇÕES DE VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS - SOBER
O SETOR CONFECÇÕES DE VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS - SOBER
O SETOR CONFECÇÕES DE VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS - SOBER
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
políticas públicas no setor e que uma das saídas ensaiadas que deve ser fortalecida são os<br />
arranjos produtivos locais.<br />
Palavras-chave - Reestruturação Produtiva, Estratégias Competitivas, Setor de Vestuário<br />
Abstract<br />
The purpose of the article is to present some empirical evidence of the industry confecciones<br />
of clothing and accessories. The aim is to examine the strategies used by companies to<br />
Manufacture of Brazil, to cope with changes caused by restructuring production after 1990.<br />
The methodological procedures were held for the discussion of the strategies of production,<br />
the use of new technologies, organization, management, marketing, alliances, partnerships<br />
and associations between enterprises of manufacture and potential results, as well as the<br />
lifting of secondary industry data and analysis of data from PINTEC (2005), released in<br />
August 2007. The case was the subject of intense debate among economists and analysis of<br />
the debate about the causes and consequences of the restructuring of the main production and<br />
qualification of workers allowed identify three different currents: authors who claim to be<br />
productive restructuring generating a trend of the worker retraining, authors who claim to be<br />
experiencing a disqualification of workers due to restructuring productive and authors who<br />
relativizam the process of restructuring productive. It follows that there is much room for<br />
public policies in the industry and that one of the exits tested that should be strengthened are<br />
the local productive arrangements.<br />
Key Words: Restructuring Productive, Competitive Strategies, the Clothing Industry<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
O fenômeno da reestruturação produtiva encontra suas bases em uma ampla forma de<br />
reestruturação do capital para enfrentar as sucessivas crises de acumulação que desde os anos<br />
setenta vinham marcando a economia mundial.<br />
Segundo Coutinho (1992), a configuração de um novo paradigma industrial,<br />
denominado como globalização, mundialização, reestruturação produtiva ou terceira<br />
revolução tecnológica, tem sido o caminho encontrado pelas principais economias industriais<br />
para o crescimento econômico após a crise que se estendeu de 1973 a 1983 e que se<br />
caracterizou pela estagflação, instabilidade financeira, relativa paralisia dos fluxos de<br />
acumulação produtiva do capital e expressiva redução das taxas de incremento da<br />
produtividade (COUTINHO, 1995).<br />
O novo paradigma tem se apoiado em inovações tecnológicas e tem permitido a<br />
redução dos preços relativos da produção, reordenando o mercado mundial, alterando os<br />
processos de trabalho, as estruturas e estratégias empresariais, na definição de novas bases de<br />
competitividade e no aprofundamento da internacionalização (BRAVERMAN, 1977).<br />
Importante papel é desempenhado pelos governos nacionais no sentido de viabilizar os<br />
requisitos necessários ao novo padrão de acumulação, seja pela implementação de medidas<br />
econômicas, seja através de uma legislação que permita a flexibilização das relações entre<br />
capital e trabalho. A transformação econômica mundial exige um novo reordenamento das<br />
relações entre os Estados para permitir o fluxo do capital internacionalizado.<br />
A abrangência e as conseqüências dos processos de reestruturação produtiva, desta<br />
forma, são sentidas e experimentadas no cotidiano de empresas e pessoas, determinando<br />
______________________________________________________________________<br />
Rio Branco – Acre, 20 a 23 de julho de 2008<br />
Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural