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Dezembro de 2001 - Eb1 + Jardim de Infancia

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Ano IV, nº 8 Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Ribeira do Neiva <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong><br />

Editorial<br />

Aí está a reorganização curricular.<br />

Como se previa, o caminho não é fácil, nem simples, nem<br />

linear.<br />

Qualquer mudança implica novas práticas, novos papéis e<br />

algumas roturas. O processo é polémico, mas reflexivo.<br />

As mudanças não se fazem só pelo “<strong>de</strong>sejo”. Exigem esforço,<br />

<strong>de</strong>dicação, disponibilida<strong>de</strong>. Têm que ser assumidas por todos<br />

e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> nós analisarmos e adoptarmos as práticas e<br />

métodos <strong>de</strong> ensino que melhor se a<strong>de</strong>quem aos nossos alunos.<br />

Só com trabalho em equipa, dialogante e solidário é que se<br />

consegue construir uma escola para todos mais humana,<br />

criativa e inteligente, mas rigorosa e exigente.<br />

O <strong>de</strong>safio aí está. Não tenhamos medo, não só <strong>de</strong> questionar<br />

as nossas práticas e métodos <strong>de</strong> ensino, mas também, se for<br />

caso disso, a própria organização da escola; não tenhamos medo<br />

<strong>de</strong> “apren<strong>de</strong>r” e... <strong>de</strong> “ensinar”; não tenhamos medo da<br />

“qualida<strong>de</strong>”.<br />

Festas Felizes para todos.<br />

Presi<strong>de</strong>nte da CEI<br />

Estêvão Jesus Rodrigues Silva<br />

Aulas <strong>de</strong><br />

jardinagem e<br />

mecânica<br />

Alunos <strong>de</strong>sta<br />

escola<br />

<strong>de</strong>senvolvem<br />

competências<br />

nestas áreas<br />

no mundo<br />

real<br />

Protocolos <strong>de</strong> colaboração foram celebrados com<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila Ver<strong>de</strong> e Renault em<br />

Freixo<br />

Págs. 4 e 5<br />

Festa<br />

<strong>de</strong><br />

Natal<br />

Pág. 18<br />

Formação centrada no agrupamento<br />

Formadoras: Dras. Madalena Araújo e Isabel Maia Pág. 10<br />

VII Festa da<br />

Castanha e<br />

do Cogumelo<br />

Pág. 16<br />

Visita <strong>de</strong> Estudo a Esposen<strong>de</strong><br />

Pág. 11<br />

“O Canteiro Perfumado”<br />

Área <strong>de</strong> Projecto do 6.ºA Pág. 10<br />

Procure-nos em http://www.eb23-ribeira-neiva.rcts.pt/florescerdoneiva


FLORESCER<br />

2<br />

DO NEIVA<br />

Protocolo <strong>de</strong> colaboração entre a Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila Ver<strong>de</strong><br />

e os Agrupamentos Horizontais e Verticais do concelho<br />

De acordo com a Lei n.º 115/99,<br />

<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro e o Decreto<br />

Regulamentar n.º 12/2000, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />

Agosto, foi assinado no passado dia 6<br />

<strong>de</strong> Setembro um protocolo <strong>de</strong><br />

colaboração entre Câmara Municipal<br />

e os Agrupamento do concelho <strong>de</strong><br />

Vila Ver<strong>de</strong> que visa<br />

fundamentalmente operacionalizar a<br />

competência da autarquia no<br />

planeamento e na gestão dos<br />

equipamentos educativos e no apoio<br />

às crianças do pré-escolar e do 1º ciclo.<br />

Assim, neste primeiro protocolo<br />

Uma das implicações pedagógicas<br />

na nova organização curricular é a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os professores do<br />

primeiro ciclo po<strong>de</strong>rem ser apoiados<br />

–coadjuvados- por outros professores,<br />

em áreas que façam parte integrante<br />

dos currículos e que <strong>de</strong>vam ser<br />

asseguradas.<br />

Este apoio, po<strong>de</strong> ser prestado em<br />

qualquer área disciplinar e po<strong>de</strong><br />

incidir na planificação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />

lectivas ou assumir a forma <strong>de</strong> uma<br />

colaboração efectiva no trabalho<br />

foram acordados as seguintes<br />

cláusulas:<br />

- dar corpo a um Plano <strong>de</strong><br />

Activida<strong>de</strong>s integrado;<br />

- pôr em prática um Plano<br />

Concelhio <strong>de</strong> Auxílios Económicos<br />

Directos;<br />

- apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s integradas,<br />

particularmente ao nível <strong>de</strong> transporte<br />

dos alunos;<br />

- atribuir uma verba <strong>de</strong>stinado à<br />

aquisição <strong>de</strong> material didáctico e<br />

<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento das<br />

escolas do 1º ciclo;<br />

- atribuir uma verba <strong>de</strong>stinada às<br />

pequenas e reparações e outra para<br />

aquecimento das salas on<strong>de</strong> haja<br />

recurso à lenha;<br />

- apostar numa política <strong>de</strong><br />

transportes escolares <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Este é um bom começo <strong>de</strong><br />

intervenção da autarquia que,<br />

conjuntamente com o equipamento<br />

<strong>de</strong> um computador ligado à Internet,<br />

vai tornando as nossas escolas cada vez<br />

mais agradáveis, atractivas e<br />

Jardins e escolas melhoram oferta educativa<br />

directo com os alunos, po<strong>de</strong>ndo<br />

envolver professores do primeiro ciclo<br />

<strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> outros ciclos.<br />

No Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong><br />

Ribeira do Neiva optou-se por<br />

garantir esta coadjuvação, nas áreas <strong>de</strong><br />

expressão <strong>de</strong> Educação Visual,<br />

Educação Musical e Educação Física.<br />

Todas as turmas das Escolas e Jardins<br />

<strong>de</strong> Infância, beneficiam <strong>de</strong> uma aula<br />

semanal <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> quarenta e cinco<br />

minutos nas duas primeiras áreas <strong>de</strong><br />

Primeiro encontro entre todos os Professores do<br />

Agrupamento<br />

Foi no dia 4 <strong>de</strong><br />

Setembro, conforme o<br />

plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, a<br />

reunião Geral <strong>de</strong><br />

Professores do<br />

Agrupamento para se<br />

proce<strong>de</strong>r à apresentação<br />

<strong>de</strong> todos e falar sobre a<br />

estrutura e<br />

funcionamento do<br />

agrupamento vertical <strong>de</strong><br />

escolas para além <strong>de</strong> outros assuntos.<br />

A organização do inicio <strong>de</strong> cada<br />

ano lectivo constitui um dos<br />

momentos mais importantes e<br />

<strong>de</strong>cisivos do bom<br />

funcionamento do<br />

agrupamento. Para<br />

isso contribuiu o<br />

profissionalismo <strong>de</strong><br />

cada um e <strong>de</strong> todos e<br />

o bom clima <strong>de</strong><br />

relacionamento e<br />

cooperação que se<br />

espera sempre<br />

alcançar. O primeiro<br />

momento incluiu, por isso, um lanche<br />

convívio para em franca animação se<br />

trocarem experiências <strong>de</strong> vida e<br />

diferentes opiniões e expectativas.<br />

expressão, <strong>de</strong>slocando-se para o efeito<br />

os respectivos professores da EB2,3,<br />

a cada um dos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

ensino.<br />

A Educação Física <strong>de</strong>corre num<br />

mo<strong>de</strong>lo diferente. Dadas as limitações<br />

<strong>de</strong> horário, os alunos que têm<br />

transporte público ou transporte<br />

cedido por Associações ou Juntas <strong>de</strong><br />

Freguesia, <strong>de</strong>slocam-se à EB2,3 <strong>de</strong><br />

três em três semanas<br />

aproximadamente. Aqui po<strong>de</strong>m, no<br />

humanizadas.<br />

Outros se seguirão, com<br />

certeza, para proporcionar ao 1º ciclo<br />

o salto qualitativo que bem merece,<br />

<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser o parente pobre do<br />

sistema educativo e consiga<br />

acompanhar os mais elementares<br />

avanços tecnológicos e do<br />

conhecimento.<br />

Para o início do próximo, está<br />

previsto, no que diz respeito a este<br />

Agrupamento, o estabelecimento <strong>de</strong><br />

contactos com as várias Juntas <strong>de</strong><br />

fim da aula, tomar um banho, tomar<br />

contacto com as instalações físicas<br />

daquela que será porventura a sua<br />

futura escola quando transitarem <strong>de</strong><br />

ciclo, frequentarem a Biblioteca para<br />

lerem livros, ver um filme, realizar<br />

jogos <strong>de</strong> computador...<br />

Estes apoios têm merecido uma<br />

articulação e planeamento cuidadoso,<br />

procurando assim melhorar a<br />

qualida<strong>de</strong> da oferta educativa a estes<br />

estabelecimentos <strong>de</strong> ensino e garantir<br />

o êxito da experiência.<br />

I Encontro <strong>de</strong> Cantadores <strong>de</strong> Reis do<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Ribeira do Neiva<br />

A Escola Básica <strong>de</strong> 2º e 3º Ciclos <strong>de</strong> Ribeira do Neiva organiza o 1º Encontro<br />

<strong>de</strong> Reis, visando reviver a tradição e estimular a <strong>de</strong>fesa do património cultural<br />

que são os cantares dos reis, promovendo a sua recolha e recriação.<br />

O objectivo final é a apresentação das reisadas concretizadas na antiguida<strong>de</strong><br />

dos cantares, na riqueza dos trajes e na a<strong>de</strong>quação dos instrumentos.<br />

REGULAMENTO:<br />

1- O Encontro realizar-se-á no dia 11 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2002, às 14h, no<br />

ginásio <strong>de</strong>sta Escola.<br />

2- As inscrições <strong>de</strong>correm até ao dia 11 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>, nesta Escola.<br />

3- Po<strong>de</strong>m participar grupos <strong>de</strong> cantadores <strong>de</strong> todas as escolas do<br />

agrupamento, que se <strong>de</strong>verão fazer acompanhar por trajes e instrumentos<br />

musicais a<strong>de</strong>quados.<br />

4- Os grupos participantes <strong>de</strong>vem fazer entrega <strong>de</strong> um exemplar da letra a<br />

apresentar, até oito dias do Encontro.<br />

5- A actuação dos grupos participantes não po<strong>de</strong>rá exce<strong>de</strong>r o tempo <strong>de</strong><br />

cinco minutos.<br />

6- A apresentação dos grupos participantes, no dia do Encontro, far-se-á<br />

segundo a or<strong>de</strong>m da respectiva inscrição.<br />

7- Todos os grupos participantes têm direito a um prémio <strong>de</strong> presença.<br />

8- São premiados os três primeiros classificados.<br />

9- Para efeitos <strong>de</strong> eleição dos três primeiros classificados, o Júri será<br />

constituído por três, a indicar pela Escola Básica 2,3 <strong>de</strong> Ribeira do Neiva.<br />

O Grupo <strong>de</strong> Educação Musical<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


No dia 1 <strong>de</strong> Outubro comemorouse<br />

o dia da água. A nossa escola<br />

escolheu <strong>de</strong> propósito esse dia para<br />

visitar o rio que passa na nossa terra -<br />

o Rio Neiva.<br />

Nesse dia, água não faltou! Até<br />

choveu!<br />

Toda a escola - professores, alunos<br />

e funcionários - participou na<br />

<strong>de</strong>scoberta do percurso do rio.<br />

Saímos felizes, <strong>de</strong> manhãzinha,<br />

mochila às costas e farnel no saco.<br />

Apesar do dia estar cinzento e<br />

chuvoso, todos partiram bem<br />

dispostos à <strong>de</strong>scoberta do Neiva.<br />

Iniciámos o percurso fazendo a<br />

primeira paragem na ponte do<br />

Amedo. Aí, o Senhor Aníbal, que era<br />

o nosso guia, através do megafone,<br />

começou a dar explicações sobre as<br />

águas do rio. Apren<strong>de</strong>mos que o rio<br />

nasce no Monte do Oural, local <strong>de</strong><br />

difícil acesso. Não fomos até lá<br />

porque o percurso é perigoso.<br />

Continuámos a <strong>de</strong>scer e parámos<br />

<strong>de</strong> novo num local muito bonito da<br />

freguesia <strong>de</strong> Panque, on<strong>de</strong> o rio tinha<br />

uma pequena queda <strong>de</strong> água. Neste<br />

sítio, ouvia-se a água a correr e havia<br />

O rato,<br />

que era primo afastado do pato,<br />

fez ninho<br />

na <strong>de</strong>spensa, lá num cantinho.<br />

Nesse sítio fez a sua casinha<br />

para se abrigar.<br />

De tanto queijo comer<br />

começou logo a engordar.<br />

Este bicho matreiro<br />

Repetia riic-riic<br />

o dia inteiro.<br />

- Que alarido! - disse<br />

o gato aborrecido.<br />

- Que confusão! - disse<br />

o velho cão.<br />

FLORESCER 3 DO NEIVA<br />

Visita <strong>de</strong> estudo<br />

“Da Nascente até à foz do Rio Neiva”<br />

muitas plantas verdinhas e moinhos<br />

recuperados, que hoje são casas<br />

particulares.<br />

Continuámos a nossa viagem,<br />

sempre com o rio a acompanhar-nos.<br />

Parámos, <strong>de</strong> seguida, em Durrães<br />

para ver <strong>de</strong> novo o rio, agora num<br />

local bastante plano, on<strong>de</strong> o rio corria<br />

<strong>de</strong>vagarinho. A<br />

água era límpida<br />

e até parecia que<br />

o local era uma<br />

pequena praia<br />

fluvial.<br />

Daí, dirigimonos<br />

à localida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Barroselas.<br />

Havia uma<br />

ponte, da qual se<br />

- Não aguento este bicho barulhento!<br />

- disse<br />

o galo do capoeiro,<br />

que estava a namorar<br />

no galinheiro.<br />

Os seus vizinhos não<br />

estavam nada contentes<br />

com aquela barulheira<br />

que o rato fazia com os <strong>de</strong>ntes,<br />

<strong>de</strong> serra afiada,<br />

por on<strong>de</strong> entravam<br />

não <strong>de</strong>ixavam nada.<br />

- Riic riic, riic<br />

Era <strong>de</strong> mais aquela barulheira.<br />

Os vizinhos,<br />

via uma bonita queda <strong>de</strong> água do Rio<br />

Neiva. Não po<strong>de</strong>mos esquecer que o<br />

nosso guia, em todas as paragens, nos<br />

ia dando explicações, sempre com<br />

muito interesse.<br />

Interrompemos a<br />

nossa viagem para<br />

almoçar, pois já todos<br />

estavam esfomeados. Foi<br />

muito agradável<br />

po<strong>de</strong>rmos almoçar numa<br />

escola diferente da nossa.<br />

Já satisfeitos, partimos <strong>de</strong><br />

novo em direcção à foz<br />

do rio. Era a nossa última<br />

paragem.<br />

Aí pu<strong>de</strong>mos apreciar a beleza da<br />

junção da água do Rio com as águas<br />

do mar. Ficámos<br />

surpreendidos com a<br />

largura do rio neste<br />

local. Foi realmente<br />

um espectáculo<br />

muito bonito.<br />

Aí, em Castelo do<br />

Neiva, brincámos na<br />

praia, durante algum<br />

tempo. Depois,<br />

partimos <strong>de</strong> regresso<br />

O RATINHO DESDENTADO<br />

então,<br />

<strong>de</strong>cidiram fazer-lhe uma<br />

brinca<strong>de</strong>ira.<br />

Pintaram uma esfera <strong>de</strong> ferro<br />

da cor do queijo.<br />

O rato, sem dar por ela,<br />

foi lá<br />

e <strong>de</strong>u-lhe uma gran<strong>de</strong> trinca<strong>de</strong>la.<br />

Deu uma <strong>de</strong>ntada<br />

na bola <strong>de</strong> ferro.<br />

Partiu os <strong>de</strong>ntes todos<br />

e <strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong> berro.<br />

- Aaaiiiii!!<br />

E então,<br />

o gato,<br />

o velho cão<br />

à escola.<br />

Ficámos, assim, a conhecer melhor<br />

e <strong>de</strong> mais perto o nosso Rio Neiva.<br />

Apren<strong>de</strong>mos mais coisas acerca <strong>de</strong>le e<br />

vimos que ele passa por várias<br />

localida<strong>de</strong>s até chegar ao mar.<br />

Também vimos que o rio se vai<br />

alargando conforme se aproxima da<br />

foz. O Sr. Aníbal, o nosso guia,<br />

mostrou-nos que se tem feito muito<br />

por este rio, mas que ainda há muito<br />

a fazer para o preservar.<br />

Foi uma visita muito agradável.<br />

Trabalho colectivo<br />

da turma B do 6.º ano<br />

e o galo que estava a namorar<br />

no galinheiro, cantaram:<br />

- Acabou o barulho<br />

<strong>de</strong>ste bicho roedor!<br />

Ficou <strong>de</strong>s<strong>de</strong>ntado, coitadinho!<br />

Nhau, nhau, nhau!<br />

E agora...<br />

só toma leitinho<br />

(Carla Sofia, Manuel, Marlene e<br />

Filipe - 6º A)<br />

Texto paralelo ao poema:<br />

”A TRAÇA, BICHO MARAU, SÓ<br />

COME FARINHA DE PAU”<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


Todos as crianças são diferentes e<br />

algumas, na sua diferença, apresentam<br />

à escola <strong>de</strong>safios para os quais esta não<br />

encontra resposta <strong>de</strong>ntro do seu<br />

espaço tradicional nem nos<br />

procedimentos que normalmente são<br />

eficazes para a generalida<strong>de</strong> da sua<br />

população escolar. Assim, a escola<br />

sente-se na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procurar<br />

outros espaços e outros actores que<br />

tenham a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer<br />

experiências <strong>de</strong> aprendizagem<br />

ajustadas aos anseios <strong>de</strong> alguns dos<br />

seus alunos ou das respectivas famílias.<br />

Desta forma, espera-se que a<br />

diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas permita que<br />

a escola se torne num ambiente <strong>de</strong><br />

aprendizagem com que todos os<br />

alunos se po<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>ntificar, por<br />

muito graves que sejam as suas<br />

necessida<strong>de</strong>s educativas. Pensa-se que<br />

este processo é indispensável para<br />

garantir o direito <strong>de</strong> todos à educação,<br />

o direito à igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>s e o direito <strong>de</strong> todos à<br />

realização plena da sua cidadania,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das limitações<br />

físicas ou psíquicas que possam<br />

apresentar.<br />

A transição para a vida activa é,<br />

para alguns <strong>de</strong>stes alunos, um<br />

obstáculo muito difícil <strong>de</strong> vencer.<br />

Acreditamos que à escola compete<br />

<strong>de</strong>senvolver todos os esforços para<br />

facilitar este processo,<br />

proporcionando oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

formação que permitam optimizar as<br />

potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes<br />

alunos em activida<strong>de</strong>s para as<br />

quais eles manifestem um<br />

interesse específico. No<br />

contacto com experiências<br />

reais <strong>de</strong> trabalho, bem como<br />

com o contexto físico e<br />

humano em que estas se<br />

<strong>de</strong>senvolvem, os alunos<br />

tomam consciência das suas<br />

capacida<strong>de</strong>s e afirmam<br />

tendências vocacionais. Por<br />

outro lado, a aprendizagem<br />

<strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reconhecido valor social<br />

contribui para o reforço da<br />

FLORESCER<br />

4<br />

DO NEIVA<br />

Transição para a Vida Activa<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila Ver<strong>de</strong> e Jorge Araújo colaboram com a escola na formação <strong>de</strong> alunos com NEE<br />

sua auto-estima, para a afirmação no<br />

seu grupo social <strong>de</strong> referência e para a<br />

sua realização pessoal.<br />

Tendo presente estes<br />

princípios, a escola<br />

assinou protocolos <strong>de</strong><br />

colaboração com a<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

Vila Ver<strong>de</strong> e com a<br />

empresa <strong>de</strong> comércio e<br />

reparação automóvel<br />

Jorge Araújo – Renault -<br />

<strong>de</strong> Freixo para a<br />

colocação, em situação<br />

<strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong> dois<br />

dos nossos alunos, <strong>de</strong><br />

acordo com os seus<br />

currículos alernativos. A escolha<br />

<strong>de</strong>stas entida<strong>de</strong>s está directamente<br />

relacionada com as preferências<br />

manifestadas pelos alunos ou, quando<br />

esta não foi manifestada, com a<br />

activida<strong>de</strong> que professores e pais<br />

acharam melhor se encaixar no perfil<br />

comportamental do aluno.<br />

Esperamos po<strong>de</strong>r contar com<br />

outras empresas, sobretudo as<br />

que estão mais próximas da<br />

escola, caso num futuro se<br />

verifique que alguma vertente da<br />

formação <strong>de</strong> algum aluno se<br />

concretiza melhor no mundo<br />

real do trabalho vivido nessas<br />

empresas do que na sala <strong>de</strong> aula.<br />

Jorge Araújo,<br />

Renault - Freixo<br />

Com a empresa Jorge Araújo,<br />

Lda., <strong>de</strong> reparações e<br />

comercialização <strong>de</strong> viaturas <strong>de</strong><br />

marca Renault no concelho <strong>de</strong><br />

Ponte <strong>de</strong> Lima, o protocolo visa a<br />

formação <strong>de</strong> um dos nossos alunos<br />

em activida<strong>de</strong>s relacionadas com as<br />

tarefas <strong>de</strong> uma oficina <strong>de</strong> mecânica<br />

automóvel.<br />

Esta empresa já conta com<br />

vários anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> em<br />

Freixo, on<strong>de</strong> actualmente mantém a<br />

se<strong>de</strong> dos seus serviços administrativos<br />

e comerciais, a oficina e a venda <strong>de</strong><br />

peças. Em 1985 tornou-se agente da<br />

marca <strong>de</strong> automóveis Renault e em<br />

1993 alargou-se com uma<br />

representação comercial à se<strong>de</strong> do<br />

concelho – Ponte <strong>de</strong> Lima – on<strong>de</strong><br />

mantém uma filial na Quinta da<br />

Graciosa.<br />

Recentemente, com um<br />

investimento <strong>de</strong> vários milhares <strong>de</strong><br />

contos, renovou o edifício se<strong>de</strong> e o<br />

equipamento e instalações da oficina,<br />

tornando-a numa das oficinas da área<br />

mais bem equipadas para oferecer um<br />

serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> aos seus clientes,<br />

ao mesmo<br />

tempo que<br />

proporciona<br />

aos seus<br />

trabalhadores<br />

condições<br />

seguras <strong>de</strong><br />

trabalho.<br />

E s t a<br />

empresa<br />

<strong>de</strong>monstrou<br />

um gran<strong>de</strong> espírito <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />

para com a comunida<strong>de</strong>, já que esta<br />

colaboração no ensino não lhe traz<br />

nenhum benefício monetário.<br />

Enaltece-se, pois, a atitu<strong>de</strong> generosa<br />

dos proprietários, Jorge e Glória<br />

Araújo, que, provavelmente, vai<br />

permitir ao Filipe realizar o gran<strong>de</strong><br />

sonho <strong>de</strong> ser mecânico, manifestado<br />

logo que chegou a esta escola e que<br />

só não foi cumprido mais cedo porque<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


também havia coisas muito<br />

importantes para apren<strong>de</strong>r com os<br />

outros colegas antes <strong>de</strong> iniciar esta<br />

gran<strong>de</strong> aventura.<br />

Mas os primeiros dias foram<br />

difíceis para o Filipe: era um ambiente<br />

FLORESCER<br />

novo que era preciso <strong>de</strong>sbravar,<br />

pessoas estranhas que era necessário<br />

conhecer, formas <strong>de</strong> estar que era<br />

necessário apren<strong>de</strong>r, uma linguagem<br />

nova para<br />

<strong>de</strong>scodificar,<br />

o frio ou a<br />

fome para os<br />

quais era<br />

fundamental<br />

i r<br />

preparado...<br />

Enfim,<br />

obstáculos<br />

que quase o<br />

fizeram<br />

<strong>de</strong>sistir.<br />

Mas a sua<br />

<strong>de</strong>terminação<br />

em vencer foi<br />

maior: falou<br />

com o<br />

chapeiro,<br />

ajudou o pintor, acompanhou o<br />

mecânico.... Passou chaves <strong>de</strong><br />

parafusos (e todas com números<br />

diferentes) a pedido, tirou a roda a<br />

um carro, .... Sentiu-se melhor e<br />

sentiu-se vencedor!<br />

Ganhou! (O Filipe gosta muito <strong>de</strong><br />

ganhar). Agora, até “ia todos os<br />

dias...”. “Mesmo nas férias....”. Se não<br />

houvesse táxi “ia <strong>de</strong> bicicleta”...<br />

Temos a garantia que será, na vida<br />

adulta, um trabalhador responsável,<br />

numa oficina <strong>de</strong> automóveis.<br />

Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> Vila Ver<strong>de</strong><br />

Com a Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila<br />

Ver<strong>de</strong>, foi também assinado um<br />

protocolo <strong>de</strong> colaboração com vista<br />

ao treino <strong>de</strong> um dos nossos alunos em<br />

5<br />

DO NEIVA<br />

activida<strong>de</strong>s relacionadas com a<br />

jardinagem. Agra<strong>de</strong>cemos ao<br />

Dr. Vilela, Vereador do Pelouro<br />

da Educação, a rápida aceitação<br />

do nosso pedido e respectivo<br />

encaminhamento para o sector<br />

da jardinagem, sem a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

formalida<strong>de</strong>s. Deu forma,<br />

assim, a um i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> serviço à<br />

comunida<strong>de</strong> através da<br />

disponibilização dos recursos da<br />

Câmara Municipal e das<br />

vonta<strong>de</strong>s dos seus<br />

trabalhadores.<br />

O Sr. Francisco, responsável<br />

pelo sector da jardinagem na<br />

Câmara Municipal, foi <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>dicação inexcedível e <strong>de</strong><br />

imediato se mostrou disponível<br />

e pronto a colaborar na tarefa <strong>de</strong><br />

ensino do Fernando nas li<strong>de</strong>s da<br />

jardinagem. O seu sorriso simpático<br />

e acolhedor tornou muito mais fácil<br />

a iniciação do Fernando no novo<br />

ambiente <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Com o Sr. Francisco, o Fernando<br />

já apren<strong>de</strong>u que é necessário<br />

aconchegar a terra à raiz, para que a<br />

planta tenha on<strong>de</strong> se agarrar, e que é<br />

necessário regá-la para que ganhe<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescer. E mais coisas irá<br />

apren<strong>de</strong>r. Devagarinho. Sem pressas.<br />

Sem ansieda<strong>de</strong>s. O Fernando tem o<br />

seu ritmo próprio <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

E tem muito medo <strong>de</strong> se enganar...<br />

Muito medo <strong>de</strong> fazer mal... muito<br />

medo <strong>de</strong> não ser bem sucedido...<br />

Muito medo <strong>de</strong> que alguém se zangue<br />

com ele... ou que não goste <strong>de</strong>le... Às<br />

vezes anda muito alegre, muito bem<br />

disposto, dá gran<strong>de</strong>s gargalhadas, quer<br />

ouvir a música do rancho folclórico<br />

<strong>de</strong> Pedregais, o seu preferido. Outras<br />

vezes está triste, não quer falar, não<br />

quer música, não quer trabalhar.<br />

É assim o Fernando. Mas ele po<strong>de</strong><br />

contar com muita gente para o ajudar<br />

a vencer os seus medos. O pai, o Sr.<br />

Amaro, está a ajudá-lo<br />

acompanhando-o nestes primeiros<br />

dias e permanecendo no local <strong>de</strong><br />

aprendizagem. Os outros<br />

trabalhadores do viveiro, a D.<br />

Inocência e o Sr. Mota, empenhamse<br />

em tornar mais fácil a integração<br />

do Fernando e oferecendo a sua<br />

alegria no trabalho, a sua experiência,<br />

e o seu carinho.<br />

E todos nós estamos gratos à<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Vila Ver<strong>de</strong> por<br />

ter dado esta oportunida<strong>de</strong> ao nosso<br />

aluno <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver competências<br />

que não seriam possíveis <strong>de</strong> adquirir<br />

noutro ambiente.<br />

Na oficina <strong>de</strong><br />

mecânica<br />

Na sexta-feira an<strong>de</strong>i a apren<strong>de</strong>r mecânica na<br />

Renault em Freixo.<br />

Estive a tirar uma roda <strong>de</strong> um carro para ver<br />

os travões.<br />

Eu vi o chapeiro a <strong>de</strong>sapertar um parafuso. O<br />

mecânico estava a arranjar o motor. O pintor não<br />

tinha carros para pintar, por isso arranjava um<br />

carro.<br />

Filipe Barbosa – 7.º B<br />

Fernando Gonçalves<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


No dia 1 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong><br />

comemorou-se um feriado.<br />

Mas feriado porquê? É preciso<br />

recuar muito no tempo para<br />

perceber a importância <strong>de</strong>sta<br />

data. Assim, vamos até 1554,<br />

nessa altura nascia um bebé<br />

cujo nome seria Sebastião,<br />

poucos anos passados este<br />

bebé, agora já um jovem<br />

herdou o trono <strong>de</strong> seu avô, D.<br />

João III, porque, apesar <strong>de</strong><br />

este ter tido vários filhos,<br />

todos eles acabaram por<br />

falecer precocemente. Como<br />

era menor, ficou como<br />

regente sua avó D. Catarina.<br />

Acusada <strong>de</strong> sofrer influências<br />

da Corte espanhola, pe<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>missão <strong>de</strong> regente nas<br />

Cortes <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong> 1562,<br />

continuando, no entanto, como<br />

tutora <strong>de</strong> D. Sebastião. Foi eleito<br />

como regente, nessa altura, o car<strong>de</strong>al<br />

D. Henrique, tio <strong>de</strong> D. Sebastião.<br />

D. Sebastião teve uma educação<br />

cuidada, mas era <strong>de</strong> um<br />

temperamento e humor variáveis,<br />

sujeito a períodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão, e <strong>de</strong><br />

carácter um pouco influenciável por<br />

aqueles que o cercavam. As lutas que<br />

entretanto houve no Norte <strong>de</strong> África,<br />

como na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Mazagão, levavamno<br />

a pensar em futuras acções em<br />

África.<br />

Quando atinge os catorze anos, em<br />

1568, D. Sebastião toma conta do<br />

governo e logo trata <strong>de</strong> reorganizar o<br />

exército, preparando-se para a guerra.<br />

Entretanto, para o país, o gran<strong>de</strong><br />

problema era o da sucessão do rei, pois<br />

era solteiro e parecia não se preocupar<br />

com isso, tendo-se malogrado várias<br />

negociações matrimoniais,<br />

circunstância que D. Sebastião atribui<br />

ao facto <strong>de</strong> não ter prestígio militar, o<br />

que o leva a sonhar cada vez mais com<br />

gran<strong>de</strong>s feitos heróicos. Na Corte<br />

FLORESCER<br />

tentam fazer-lhe ver o perigo <strong>de</strong> tais<br />

acções sem primeiro ter assegurado a<br />

sucessão. Mas D. Sebastião ignora tais<br />

conselhos e, em 1572, <strong>de</strong>ixa a regência<br />

a D. Henrique e faz uma viagem pelo<br />

Norte <strong>de</strong> África. O pretexto que D.<br />

Sebastião aguardava aparece com um<br />

problema surgido no Magrebe. D.<br />

Sebastião toma partido por uma das<br />

partes, sonhando dominar essa área e<br />

recuperar as praças antes<br />

abandonadas. O próprio rei, contra<br />

todos os conselhos, parte à frente <strong>de</strong><br />

um exército que ele próprio preparara.<br />

Apesar <strong>de</strong> toda a bravura no combate,<br />

o exército português foi <strong>de</strong>rrotado em<br />

Alcácer Quibir, e nessa batalha morre<br />

o rei D. Sebastião e uma gran<strong>de</strong> parte<br />

da juventu<strong>de</strong> portuguesa. Este<br />

<strong>de</strong>sastre vai ter as piores consequências<br />

para o país, colocando em perigo a<br />

sua in<strong>de</strong>pendência.<br />

Com a morte <strong>de</strong> D. Sebastião,<br />

e não tendo este sucessor directo, é o<br />

car<strong>de</strong>al D. Henrique que sobe ao<br />

trono. Mas o problema sucessório,<br />

que angustiava os portugueses,<br />

6<br />

DO NEIVA<br />

mantém-se, pois D. Henrique, além<br />

<strong>de</strong> ser eclesiástico, era já velho.<br />

Entretanto, em 1580, morre o car<strong>de</strong>al<br />

D. Henrique e o problema da<br />

sucessão contínua por resolver. Nessa<br />

altura é nomeada uma Junta<br />

Governativa, <strong>de</strong> cinco elementos, até<br />

à eleição do novo rei. Depois <strong>de</strong> um<br />

período <strong>de</strong><br />

instabilida<strong>de</strong> em<br />

1580, o reino <strong>de</strong><br />

Portugal passou a<br />

estar unido ao reino<br />

<strong>de</strong> Espanha por união<br />

dinástica. Filipe I<br />

(Filipe II <strong>de</strong> Espanha)<br />

jurou, nas Cortes <strong>de</strong><br />

Tomar (1581),<br />

respeitar as leis e os<br />

costumes <strong>de</strong><br />

Portugal, entre os<br />

quais a manutenção<br />

da língua portuguesa<br />

como única língua<br />

oficial. Inicialmente,<br />

esta união era<br />

<strong>de</strong>sejada pela nobreza<br />

e pela burguesia que assim tinham ao<br />

seu alcance o alargamento do<br />

protagonismo político e comercial,<br />

uma vez que a Espanha era na altura<br />

um dos reinos mais po<strong>de</strong>rosos e<br />

influentes<br />

d a<br />

Europa.<br />

Este<br />

optimismo<br />

f o i<br />

<strong>de</strong>fraudado<br />

n o<br />

reinado<br />

d e<br />

Filipe<br />

I I I<br />

(Filipe<br />

IV <strong>de</strong><br />

Espanha).<br />

O Feriado Histórico:<br />

Este monarca, mais arrogante<br />

em relação aos direitos dos<br />

portugueses, optou por não<br />

respeitar o juramento das<br />

Cortes <strong>de</strong> Tomar e unificou<br />

institucionalmente as duas<br />

coroas. Por outro lado,<br />

verificou-se um certo<br />

<strong>de</strong>scontentamento por parte<br />

<strong>de</strong> alguns nobres que por<br />

razões <strong>de</strong> distância se viram<br />

afastados da Corte, situada em<br />

Madrid. Por seu turno, a<br />

burguesia viu-se afastada dos<br />

negócios ultramarinos da<br />

Espanha e assistiu à progressiva<br />

perda das possessões<br />

portuguesas no ultramar:<br />

holan<strong>de</strong>ses e ingleses atacavam<br />

as colónias portuguesas, sem<br />

que Madrid tomasse alguma<br />

iniciativa para as <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r.<br />

A este clima <strong>de</strong> insatisfação veio<br />

juntar-se o <strong>de</strong>scontentamento do<br />

povo, que, nas “Alterações <strong>de</strong> Évora e<br />

do Algarve”, em 1637, se manifestou<br />

contra a fome e a subida do preço do<br />

trigo.<br />

Porém, o povo não participou no<br />

golpe palaciano que, a 1 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong><br />

<strong>de</strong> 1640, restituiu o governo à Casa<br />

<strong>de</strong> Bragança. A Restauração ficava a<br />

<strong>de</strong>ver-se a um grupo <strong>de</strong> nobres e <strong>de</strong><br />

letrados, e nem mesmo o oitavo<br />

duque <strong>de</strong> Bragança teria participado.<br />

O oitavo duque <strong>de</strong> Bragança,<br />

influenciado por Richelieu, que lhe<br />

havia prometido apoio militar caso ele<br />

se revoltasse contra a Espanha, acabou<br />

por acudir aos <strong>de</strong>sejos dos<br />

organizadores do golpe <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong><br />

<strong>Dezembro</strong> e foi coroado a 15 <strong>de</strong><br />

<strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> 1640. D. João IV, no<br />

sentido <strong>de</strong> consolidar a Restauração,<br />

<strong>de</strong>senvolveu a diplomacia e organizou<br />

o exército.<br />

D. João IV enviou diplomatas às<br />

principais cortes europeias com o<br />

objectivo <strong>de</strong> conseguir o<br />

reconhecimento da in<strong>de</strong>pendência e<br />

<strong>de</strong> obter apoios financeiros e militares.<br />

Foi necessário justificar que D.<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


FLORESCER<br />

1.º <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong><br />

João IV não era um<br />

rebel<strong>de</strong> mas sim o<br />

legítimo her<strong>de</strong>iro do<br />

trono, que havia sido<br />

usurpado por Filipe II <strong>de</strong><br />

Espanha. D. João IV<br />

assume-se como o<br />

her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Catarina <strong>de</strong><br />

Bragança, candidata ao<br />

trono e afastada por<br />

Filipe II em 1580.<br />

Numa primeira fase,<br />

os confrontos militares<br />

não tiveram gran<strong>de</strong><br />

significado. Os exércitos utilizados na<br />

guerra contra Portugal eram <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> inferior, o que permitiu a<br />

Portugal organizar e aperfeiçoar o seu<br />

exército com a chegada <strong>de</strong> novos<br />

efectivos e a utilização <strong>de</strong> oficiais e<br />

técnicos estrangeiros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

A guerra durou quase três décadas<br />

e terminou, já com D. Pedro II,<br />

através da assinatura <strong>de</strong> um tratado<br />

<strong>de</strong> paz, em 1668, no qual a Espanha<br />

reconheceu a in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

Portugal.<br />

Ou seja, agora já sabes qual o<br />

motivo que existir um feriado no dia<br />

1 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>, foi o dia da<br />

restauração da in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

Portugal.<br />

Viajando pelas histórias da História<br />

O Natal que veio do Norte<br />

A 9 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1836, a rainha<br />

D. Maria II casou na se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

com o príncipe D. Fernando <strong>de</strong> Saxe<br />

Coburgo Gotha, chegado a Portugal<br />

no dia anterior e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma<br />

longa e tormentosa viagem por mar.<br />

Tal como todos os casamentos<br />

reais, também este era um assunto<br />

<strong>de</strong> Estado. Casar e ter filhos era mais<br />

das obrigações da rainha, senão a<br />

principal. E, no entanto, em 1836,<br />

ela era ainda tão nova. Uma jovem<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zasseis anos cuja vida privada<br />

era um assunto <strong>de</strong> Estado.<br />

D. Fernando é uma lufada <strong>de</strong><br />

ar fresco na corte portuguesa.<br />

Seduzido pelo património<br />

artístico português, D. Fernando<br />

protege artistas, salva peças da<br />

<strong>de</strong>struição e compra, logo em 1838,<br />

dois anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter chegado, as<br />

ruínas do Convento da Pena, em<br />

Sintra. Aí edificará o seu castelo<br />

romântico, trinta anos antes <strong>de</strong> o seu<br />

primo Luís os mandar construir na<br />

Baviera.<br />

A Pena vai tornar-se o refúgio<br />

da família real portuguesa, o espaço<br />

on<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontraidamente vivem a<br />

sua privacida<strong>de</strong> em contacto com a<br />

natureza. Talvez Sintra recordasse a D.<br />

Fernando a sua Baviera, Ver<strong>de</strong>, fresca<br />

e por vezes brumosa.<br />

A rainha e os príncipes<br />

festejaram aí vários Natais, <strong>de</strong>vendose<br />

a D. Fernando o «toque» nórdico<br />

introduzido nas celebrações <strong>de</strong>sta<br />

data.<br />

É curioso sabermos que as<br />

árvores enfeitadas, as coroas <strong>de</strong><br />

azevinho, as mesas <strong>de</strong>coradas...todas<br />

essas coisas que nos habituamos a<br />

i<strong>de</strong>ntificar com o Natal foram<br />

introduzidas em Portugal pelo marido<br />

<strong>de</strong> D. Maria II.<br />

Por esta ocasião, o príncipe com<br />

sorte gostava <strong>de</strong> se vestir <strong>de</strong> S. Nicolau<br />

(o pai Natal do Norte da Europa) e<br />

distribuía presentes previamente<br />

encomendados na loja do Gregório<br />

Labor<strong>de</strong>ta: Cavalos <strong>de</strong> pau, bonecas,<br />

tambores fizeram as <strong>de</strong>licias dos<br />

pequenos infantes.<br />

Como ainda hoje enchem <strong>de</strong><br />

contentamento as crianças que, no<br />

Natal que continuamos a celebrar, se<br />

transformaram em pequenos<br />

príncipes.<br />

Noticia tirada por:<br />

Jael Correia 6º C<br />

7<br />

DO NEIVA<br />

Na semana <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong><br />

Novembro a 5 <strong>de</strong><br />

<strong>Dezembro</strong> comemorámos o<br />

feriado histórico do 1º <strong>de</strong><br />

<strong>Dezembro</strong>. Na biblioteca da<br />

escola E.B.2 e 3 da Ribeira<br />

do Neiva, houve livros<br />

expostos, “ Livro da<br />

semana”, um ví<strong>de</strong>o e<br />

activida<strong>de</strong>s lúdicas (Jogos)<br />

sobre o 1º <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> 1640.<br />

No dia 28 <strong>de</strong> Novembro, pelas<br />

Na rádio<br />

Jogos<br />

10h00, um grupo <strong>de</strong> alunos do 6º C<br />

- Zé Miguel, Inês, Sara, Jael e Raquel<br />

- foram à rádio voz do Neiva<br />

interpretar um diálogo sobre o feriado<br />

Nacional do 1º <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>. A<br />

seguir alguns alunos das turmas todas<br />

do 6º ano que eram:<br />

6º A - Carla Sofia e Cristina.<br />

6º B - Rosa, Matil<strong>de</strong> e Sandra.<br />

6º C - Jael, Artur, Zé Miguel e<br />

Tiago Agostinho.<br />

Cantaram a música <strong>de</strong> “El Rei D.<br />

Sebastião” <strong>de</strong> José Cid.<br />

No dia 5 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>, no ginásio,<br />

pelas 10h00, as turmas do 6º ano<br />

realizaram um teatro <strong>de</strong> fantoches “<br />

1º <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> 1640” que será<br />

novamente posto em cena na festa <strong>de</strong><br />

Natal.<br />

No último dia da semana foi a<br />

entrega dos <strong>de</strong>sdobráveis sobre a<br />

restauração da In<strong>de</strong>pendência.<br />

Esta foi a forma que nós achamos<br />

melhor para informar a população do<br />

que foi a restauração.<br />

Noticia elaborada por:<br />

Jael e Raquel da turma do 6º C.<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong><br />

e<br />

passatempos


O Dia <strong>de</strong> S. Martinho, na nossa<br />

escola, foi festejado na manhã do<br />

passado dia nove <strong>de</strong> Novembro.<br />

Para comemorar esta data fez-se a<br />

dramatização da lenda <strong>de</strong> S.<br />

Martinho, entregaram-se os prémios<br />

aos alunos que elaboraram as<br />

melhores quadras alusivas a este santo,<br />

realizaram-se jogos tradicionais e<br />

houve castanhas assadas, como não<br />

podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser.<br />

A representação da lenda foi feita<br />

por nove alunos da nossa turma: a<br />

Raquel que era a narradora, o Tiago<br />

Agostinho que fazia <strong>de</strong> mendigo, a<br />

Inês que era o sol, a Sara, a Jael e a<br />

Silvia que faziam <strong>de</strong> nuvens, o<br />

cavaleiro(S. Martinho) era o Zé<br />

Miguel e o Zé e o Marinho faziam <strong>de</strong><br />

O Clube da Floresta, apesar <strong>de</strong> ter<br />

sofrido a saída <strong>de</strong> quase todos os seus<br />

membros e <strong>de</strong> os novos membros<br />

ainda terem tido pouco tempo para<br />

reunirem e se ambientarem, não quis<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> celebrar o seu “Outono<br />

Prosepe”, participando nas<br />

comemorações do S. Martinho na<br />

escola. Assim, fez uma pequena<br />

exposição sobre o castanheiro e a<br />

castanha, na sua nova se<strong>de</strong> e junto a<br />

ela assou tambémm, como já vem<br />

FLORESCER<br />

8<br />

DO NEIVA<br />

Festejos <strong>de</strong> S. Martinho<br />

cavalo. Os alunos representaram<br />

muito bem e foram, por isso, muito<br />

aplaudidos pelos colegas.<br />

Depois na dramatização da lenda<br />

foram lidas as melhores quadras sobre<br />

S. Martinho e entregues os prémios<br />

(um por ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>) aos<br />

alunos que as escreveram.<br />

A seguir houve um intervalo para<br />

se comerem as castanhas, sendo<br />

algumas <strong>de</strong>las<br />

assadas pelos alunos<br />

do clube da floresta,<br />

em assadores <strong>de</strong><br />

barro, que as<br />

vendiam a 100$00 a<br />

dúzia.<br />

Os jogos<br />

tradicionais, que se<br />

realizaram <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

se comerem as<br />

castanhas, foram<br />

sendo tradição, castanhas em<br />

púcaros <strong>de</strong> barro e distribuídas em<br />

cartuxos <strong>de</strong> jornal. O ritmo a assar<br />

era lento mas as castanhas as mais<br />

<strong>de</strong>sejadas. E parece magia mas os<br />

novos membros portaram-se <strong>de</strong> tal<br />

muito engraçados. Todos<br />

os alunos participaram<br />

com alegria e entusiasmo<br />

nesses jogos. Dos vários<br />

jogos realizados o que mais<br />

nos agradou foi aquele em<br />

que se rebentavam os<br />

balões porque quando o<br />

balão, que tinha farinha<br />

<strong>de</strong>ntro rebentava, o<br />

jogador apanhava com ela<br />

na cabeça.<br />

Foi, para todos, uma<br />

manhã divertida e cheia <strong>de</strong><br />

boa disposição. Só foi pena<br />

não ter havido fogueira<br />

que além <strong>de</strong> servir para<br />

assar as castanhas, teria<br />

sido muito útil para nos<br />

aquecer porque esteve<br />

uma manhã muito fria.<br />

Texto colectivo, 6º C<br />

maneira que parece que já vestiam a<br />

camisola do clube há muito tempo.<br />

Que esta primeira activida<strong>de</strong> traga o<br />

espírito <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong>sejável a um clube<br />

que tem como principal função<br />

proteger a floresta – a pouca que nos<br />

resta!<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


Em Rio Mau o São Martinho<br />

Não são apenas castanhas e vinho<br />

Voltou a fazer-se a feira do gado<br />

Como acontecia em tempo passado<br />

As crianças vieram,<br />

Gostaram.<br />

Chegaram ao <strong>Jardim</strong><br />

E <strong>de</strong>senharam.<br />

FLORESCER<br />

<strong>Jardim</strong> <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong><br />

Portela das Cabras<br />

São castanhinhas<br />

Castanhinhas são<br />

São castanhinhas<br />

Na palma da mão<br />

O Nosso Magusto<br />

Canção<br />

Assadas e quentinhas<br />

Ao lume da fogueira<br />

Mas que boas são<br />

Estas castanhinhas.<br />

9<br />

DO NEIVA<br />

Na feira<br />

<strong>Jardim</strong> <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Rio Mau<br />

<strong>Jardim</strong> <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Azões<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


Realizou-se no Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas <strong>de</strong> Ribeira do Neiva, durante<br />

este primeiro período lectivo, um<br />

Círculo <strong>de</strong> Estudos no domínio da<br />

Prática e Investigação Pedagógica e<br />

Didáctica, orientado pelas formadoras<br />

Drª Maria Madalena Araújo e Drª<br />

Isabel Margarida Maia e participado<br />

<strong>de</strong> forma empenhada por cerca <strong>de</strong><br />

vinte professores dos primeiro,<br />

segundo e terceiro ciclos do Ensino<br />

Básico.<br />

O Círculo teve a duração <strong>de</strong> vinte<br />

e cinco horas, distribuídas por várias<br />

sessões <strong>de</strong> trabalho que <strong>de</strong>correram<br />

após as activida<strong>de</strong>s lectivas dos<br />

professores, ocupando a parte da tar<strong>de</strong><br />

das suas quartas-feiras e manhãs <strong>de</strong><br />

sábados.<br />

Nos dias 29 <strong>de</strong> Novembro e 6<br />

<strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>, algumas das nossas<br />

mães vieram à escola para nos<br />

ajudarem a fazer uma plantação <strong>de</strong><br />

ervas aromáticas e medicinais.<br />

No primeiro dia preparámos a<br />

terra, rapámos as ervas daninhas e<br />

cavámos.<br />

No dia 6 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>, fizemos<br />

oito canteiros e plantámos as<br />

seguintes ervas: alecrim, salsa,<br />

hipericão, tomilho e buxo que serviu<br />

para dividir os canteiros.<br />

Este trabalho faz parte das várias<br />

activida<strong>de</strong>s planificadas na Área <strong>de</strong><br />

Projecto e que tem como tema: «A<br />

Flora do Rio Neiva».<br />

Sentimo-nos muito contentes<br />

FLORESCER<br />

10<br />

DO NEIVA<br />

Círculo <strong>de</strong> Estudos: Reorganização Curricular<br />

Professores reflectem<br />

Esta formação teve por objectivo<br />

a reflexão sobre o papel dos<br />

professores, ou directores <strong>de</strong> turma,<br />

na concepção, gestão e avaliação dos<br />

novos Projectos Curriculares, por<br />

forma a garantir-se a construção <strong>de</strong><br />

uma escola mais humana que forme<br />

e <strong>de</strong>senvolva integralmente os seus<br />

alunos e promova aprendizagens<br />

realmente<br />

significativas.<br />

Importa<br />

salientar que<br />

este tipo <strong>de</strong><br />

formação,<br />

centrada no<br />

Agrupamento,<br />

tem vindo a ser<br />

realizada nos<br />

«Se calhar, as estrelas só estão iluminadas para que, um dia,<br />

cada um <strong>de</strong> nós possa encontrar a sua.»<br />

in O Principezinho, Saint-Exupéry<br />

O canteiro perfumado.<br />

por termos tido a colaboração e a<br />

ajuda das nossas mães nesta<br />

activida<strong>de</strong>.<br />

Esperamos que estas plantas<br />

últimos anos com o apoio do Centro<br />

<strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Professores <strong>de</strong> Vila<br />

Ver<strong>de</strong> e correspon<strong>de</strong> a um dos<br />

parâmetros inscritos no nosso Plano<br />

<strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s. Nos anos lectivos<br />

anteriores, estes Círculos <strong>de</strong> Estudos<br />

visaram a construção do Projecto<br />

Educativo e Regulamento Interno,<br />

instrumentos imprescindíveis no novo<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão educativo.<br />

floresçam e lancem no ar um aroma<br />

agradável <strong>de</strong> modo a que o<br />

ambiente seja mais perfumado.<br />

(Texto colectivo – 6.º A)<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


FLORESCER<br />

11<br />

DO NEIVA<br />

VISITA DE ESTUDO<br />

5. o ano vista locais <strong>de</strong> interesse histórico no concelho <strong>de</strong><br />

Esposen<strong>de</strong><br />

No dia 6 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>, com o<br />

sol a brilhar, saímos da Escola em<br />

direcção a Esposen<strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

chegamos por volta das 10 h 30 m.<br />

De lá dirigimo-nos, agora<br />

acompanhados pelo arqueólogo Jorge<br />

Neves para o Castro <strong>de</strong> S. Lourênço.<br />

Com muita paciência e <strong>de</strong> uma<br />

maneira simples e<br />

divertida, o<br />

arqueólogo<br />

explicou-nos<br />

como viviam as<br />

pessoas que lá<br />

habitavam : que<br />

cada família<br />

utilizava 4 espaços<br />

(uma <strong>de</strong>spensa,<br />

uma cozinha /<br />

quarto, uma<br />

oficina e uma sala<br />

para festas e<br />

cerimónias), o<br />

vestuário que<br />

usavam era mais ,<br />

os seus utensílios eram feitos <strong>de</strong> ferro<br />

trabalhado e as activida<strong>de</strong>s que os<br />

ocupavam eram a agricultura, a<br />

pastorícia, a pesca, a caça e o comércio<br />

para além <strong>de</strong> serem guerreiros valentes<br />

não dispensavam uma boa farra<br />

regada com a cerveja que então<br />

produziam.<br />

Depois <strong>de</strong> almoçar-mos e <strong>de</strong> nos<br />

Ambiente em perigo<br />

Alunos do 5.º ano investigaram e falam sobre os problemas<br />

do ambiente em três artigos curtos mas incisivos.<br />

A protecção ambiental<br />

O ambiente está com níveis <strong>de</strong> poluição que po<strong>de</strong>m ser superiores aos<br />

níveis recomendados. Há muitas pessoas que poluem tanto a água como o<br />

solo, sem esquecer os fogos que, mesmo apagados pelos bombeiros, po<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong>struir a Natureza, seres vivos, al<strong>de</strong>ias e até a camada <strong>de</strong> ozono que nos<br />

protege dos raios solares.<br />

As fábricas e os lixos tóxicos também poluem o Ambiente e muitas<br />

outras coisas, o que po<strong>de</strong> levar à <strong>de</strong>struição do planeta.<br />

Para o evitarmos temos <strong>de</strong> proteger o Ambiente.<br />

João David - 5ºA<br />

Natureza em perigo<br />

A Natureza está em perigo, precisa <strong>de</strong> protecção. O lixo e a poluição<br />

estão a dominar este mundo, a camada <strong>de</strong> ozono está a ser <strong>de</strong>struída e,<br />

mais cedo ou mais tar<strong>de</strong> vai <strong>de</strong>saparecer e nada nos vai proteger do sol e<br />

dos fogos.<br />

As flores, árvores, al<strong>de</strong>ias e paisagens são <strong>de</strong>struídas lentamente...<br />

Vamos trabalhar para preservar o meio ambiente. Viva a ecologia!<br />

Luís Costa - 5ºA<br />

Mensagem<br />

Devemos respeitar a Natureza, protegendo-a por causa dos fogos.<br />

Os outros seres vivos <strong>de</strong>vem ser respeitados como nós.<br />

O Homem não <strong>de</strong>ve construir fábricas na floresta, porque elas <strong>de</strong>stroem<br />

o nosso Ambiente. Também não se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>itar o lixo para as florestas, nem<br />

<strong>de</strong>struir as árvores. Gosto muito do nosso Ambiente.<br />

Armindo - 5ºA<br />

divertirmos um pouco<br />

por ali, fomos visitar o<br />

Museu Municipal <strong>de</strong><br />

Esposen<strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

vimos objectos que os<br />

arquiólogos<br />

encontram no Castro,<br />

e também objectos<br />

utilizados em<br />

activida<strong>de</strong>s<br />

tradicionais do<br />

concelho <strong>de</strong><br />

Esposen<strong>de</strong>, bem como,<br />

no rés-do-chão, uma<br />

exposição <strong>de</strong> pintura.<br />

De seguida, e como<br />

o tempo já não era<br />

muito, fomos logo visitar o Dolmén<br />

<strong>de</strong> vila chá, o monumento funerário<br />

pré-histórico que como nos disse a<br />

professora Alice Cunha, é o único,<br />

que apresenta um corredor <strong>de</strong><br />

entrada.<br />

Por fim visitamos o Menir <strong>de</strong> antes<br />

que é também um monumento préhistórico<br />

mas, ao contrário do<br />

Ficha Técnica<br />

Dolmén que simboliza a morte, o<br />

Menir simboliza a vida e a fertilizar,<br />

quer da terra quer dos seres vivos.<br />

Como o sol fugia e o frio apertava,<br />

metemo-nos todos no autocarro e lá<br />

viemos <strong>de</strong> volta à escola on<strong>de</strong><br />

chegamos por volta das 5 horas.<br />

Esta foi uma visita maravilhosa,<br />

muito instrutiva e inesquecível!...<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Ribeira do Neiva<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

Martinha Couto Soares<br />

Arranjo gráfico<br />

Fernando Gonçalves<br />

Capa<br />

Ana Paula Dias<br />

Tiragem<br />

600 exemplares<br />

Impressão<br />

Gráfica Vila Ver<strong>de</strong>nse<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Ribeira do Neiva<br />

EB 2,3 <strong>de</strong> Ribeira do Neiva<br />

4730-050 AZÕES Vila Ver<strong>de</strong><br />

Telef.<br />

253 380 010<br />

E-mail<br />

info@eb23-ribeira-neiva.rcts.pt<br />

Webpage<br />

www.eb23-ribeira-neiva.rcts.pt<br />

Jornal Online<br />

www.eb23-ribeira-neiva.rcts.pt/florescerdoneiva<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


Poças <strong>de</strong> água em Azões<br />

FLORESCER<br />

No dia seis <strong>de</strong> Novembro, nós, os alunos da Escola do Primeiro Ciclo<br />

<strong>de</strong> Azões, fomos ao monte apanhar pruma para fazermos o magusto da<br />

escola. Pelo caminho, encontrámos muitas poças <strong>de</strong> água e ficámos<br />

interessados em saber muitas coisas sobre elas:<br />

- A quem pertencem essas poças?<br />

- Para que servem?<br />

- De on<strong>de</strong> vêm as suas águas e para on<strong>de</strong> vão?<br />

- Que plantas são aquelas que vimos nas poças ?<br />

- Que animais vivem lá?<br />

Nós queremos saber mais coisas sobre as poças. Se alguém souber<br />

alguma informação sobre elas, comunique connosco, por favor.<br />

Os alunos do 3º e 4º anos<br />

POEMA DE NATAL<br />

É dia <strong>de</strong> NATAL<br />

Dia <strong>de</strong> muita alegria<br />

Vamos visitar<br />

JESUS e MARIA.<br />

MENINO JESUS<br />

Diga á sua mãe<br />

Que mate o porquinho<br />

Que a festa já vem.<br />

A festa já vem<br />

Deixai-a chegar<br />

Para toda a gente<br />

Cantar e bailar.<br />

MENINO JESUS<br />

Que estais na lapinha<br />

Comendo e bebendo<br />

E dando à perninha.<br />

Menino Jesus<br />

Que pobre Tu estás<br />

Deitado no feno<br />

Entre os animais.<br />

Na noite <strong>de</strong> Natal<br />

Vamos adorar<br />

O Menino Jesus<br />

Que está no altar.<br />

Trabalho realizado pelos alunos<br />

do 4º e 1º anos da E1 <strong>de</strong> Goães.<br />

12<br />

EB1 <strong>de</strong> Azões<br />

DO NEIVA<br />

A Apanha das Pinhas<br />

Os meninos da nossa escola foram às pinhas.<br />

Levámos os sacos para o monte.<br />

Lá apanhámos muitas pinhas e enchemos os<br />

sacos.<br />

Alguns meninos picaram-se no mato.<br />

Os sacos pesavam muito.<br />

Nós gostamos muito <strong>de</strong> ir às pinhas.<br />

EB1 <strong>de</strong> Goães<br />

2º ano - Trabalho colectivo<br />

7ª Prova <strong>de</strong> Atletismo<br />

Uma iniciativa da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa <strong>de</strong><br />

Godinhaços<br />

Associação Desportiva- Domingo dia 9/12 /01 entre as 15 e as 17<br />

horas.<br />

A 7ª prova <strong>de</strong> Atletismo realizou-se no passado dia 9 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong><br />

junto da Associação, que contou com a participação <strong>de</strong> várias escolas entre<br />

as quais a EB1 <strong>de</strong> Goães.<br />

No final estes alunos conseguiram atingir o 2º e 3º níveis do pódio<br />

com 3 medalhas. Os restantes participantes receberam prémios <strong>de</strong><br />

participação.<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


Como se vestiam as pessoas?<br />

Como eram as suas roupas?<br />

As pessoas vestiam camisolas <strong>de</strong><br />

estopa, <strong>de</strong> lã e algodão, meias <strong>de</strong> lã e<br />

calçavam socos <strong>de</strong> pau, abertos atrás.<br />

As roupas eram muito remendadas.<br />

Vestiam também saiotes <strong>de</strong> xadrez e<br />

as saias eram <strong>de</strong> riscado e merinó.<br />

Punham ainda aventais com muita<br />

roda com cordas e laçarotes gran<strong>de</strong>s.<br />

Até aos <strong>de</strong>z anos, as crianças andavam<br />

<strong>de</strong>scalças.<br />

Havia alguma escola na<br />

Ermida? Havia livros, canetas,<br />

correctores?...<br />

Não havia Escola na Ermida. A<br />

A aula <strong>de</strong> música é num dia muito<br />

especial, segunda – feira.<br />

Nós apren<strong>de</strong>mos a tocar no xilofone e no<br />

triângulo.<br />

No primeiro dia apren<strong>de</strong>mos um jogo em<br />

que se tinha <strong>de</strong> tapar os olhos a um menino<br />

ou a uma menina e outro colega tinha <strong>de</strong> ir<br />

para a beira do quadro e dizer: “olá”, com<br />

voz disfarçada. O menino <strong>de</strong> olhos vendados<br />

tinha <strong>de</strong> adivinhar quem tinha dito “olá”.<br />

Numa aula seguinte o Sr. Professor trouxe o<br />

xilofone e o triângulo e fizemos o mesmo<br />

jogo com o lenço. O Sr. Professor tinha <strong>de</strong><br />

fazer um ritmo com o xilofone ou com o<br />

triângulo e nós tínhamos <strong>de</strong> fazer o mesmo<br />

ritmo com palmas e adivinhar qual o<br />

instrumento que foi tocado.<br />

Apren<strong>de</strong>mos que há os instrumentos <strong>de</strong><br />

cordas, os <strong>de</strong> sopro e os <strong>de</strong> percussão. Quem<br />

diria que o piano era um instrumento <strong>de</strong><br />

FLORESCER<br />

escola mais perto ficava em Rio Mau.<br />

Por isso, algumas das nossas avós não<br />

apren<strong>de</strong>ram a ler e a escrever.<br />

As canetas eram penas, aparos e<br />

tinteiros. Os correctores eram mataborrão.<br />

Que brinca<strong>de</strong>iras<br />

faziam?<br />

Jogavam à macaca,<br />

carregavam com um pau a<br />

servir <strong>de</strong> bois, brincavam com<br />

bonecas <strong>de</strong> pano e pernas <strong>de</strong><br />

pau. Faziam também triciclos<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e os carrinhos eram<br />

puxados por cordas ou arames.<br />

Havia outros jogos como a<br />

apanhada, corridas, botão, ...Às<br />

vezes os namorados pregavam<br />

partidas às moças. Punham-lhe pedras<br />

no meio dos molhos <strong>de</strong> erva, para elas<br />

não po<strong>de</strong>rem com eles.<br />

Como conservavam os<br />

alimentos, se não tinham<br />

electricida<strong>de</strong>?<br />

Não comiam<br />

alimentos que<br />

precisassem <strong>de</strong><br />

ir ao frigorífico.<br />

Matavam o<br />

porco e metiamno<br />

na salga<strong>de</strong>ira<br />

com sal, alho,<br />

vinho, ...Os<br />

o u t r o s<br />

alimentos eram<br />

da agricultura e<br />

comiam-se na hora.<br />

Como viam <strong>de</strong> noite?<br />

Viam com can<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> azeite ou<br />

petróleo. Quando saíam levavam<br />

lampiões feitos <strong>de</strong> zinco e vidro.<br />

13<br />

EB1 <strong>de</strong> Ermida<br />

DO NEIVA<br />

A ERMIDA NO TEMPO DOS NOSSOS AVÓS<br />

A aula <strong>de</strong> música<br />

Como ralavam a<br />

sopa?<br />

A sopa era cozida<br />

num pote gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ferro e esmigalhavamse<br />

as batatas com um<br />

garfo. Também se<br />

podia <strong>de</strong>ixar cozer<br />

durante três horas.<br />

Outras sopas eram<br />

feitas <strong>de</strong> feijão, couves<br />

e farinha. Estas não precisavam <strong>de</strong> ser<br />

raladas.<br />

Sem televisão, o que faziam à<br />

noite as crianças, os homens e as<br />

mulheres?<br />

As crianças iam para a cama, as<br />

mulheres fiavam lã, estopa e linho e<br />

faziam meias. Os homens tachavam<br />

socos, faziam solas para tachar nas<br />

chancas, cavacavam paus ou iam tapar<br />

a água aos campos.<br />

Havia carros? Como eram?<br />

Havia. Eram <strong>de</strong> bois ou <strong>de</strong> cavalos.<br />

Se ficassem doentes <strong>de</strong> repente,<br />

como iam ao médico?<br />

As pessoas doentes iam em cima<br />

<strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ira ou “ carrela” que os<br />

homens carregavam até apanharem a<br />

estrada. Depois seguiam numa<br />

carroça <strong>de</strong> burros, cavalos ou bois.<br />

De que materiais eram feitas as<br />

casas e como eram por <strong>de</strong>ntro?<br />

As casas eram feitas <strong>de</strong> pedra, barro<br />

e ma<strong>de</strong>ira. Por <strong>de</strong>ntro eram cheias <strong>de</strong><br />

barro e pintadas com cal, o chão era<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou <strong>de</strong> terra.<br />

Como comunicavam com os<br />

familiares que estavam longe?<br />

Escreviam cartas e mandavam-nas<br />

cordas!? A explicação é que sempre que tocamos<br />

numa tecla, é um martelinho que bate na corda.<br />

Nestas últimas aulas o Sr. professor tem trazido<br />

um piano. Já apren<strong>de</strong>mos duas canções: “Olhei para<br />

o céu” e “Eu fui ao jardim Celeste”.<br />

Enquanto o Professor tocava, nós íamos cantando.<br />

Eu acho a aula <strong>de</strong> Música muito interessante.<br />

Anabela e Liliana - 4º ano<br />

E.B.1 da Ermida - Rio Mau<br />

pelo correio.<br />

Trabalho feito pelos alunos dos 3º e 4º<br />

anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

entrevistarem as avós e os avôs.<br />

Agra<strong>de</strong>cem assim a colaboração das<br />

Senhoras: Custódia do Pereira, Luísa<br />

Sousa, Rosa da Florinda, Rosa Sousa,<br />

Rosa( avó do Hel<strong>de</strong>r) e dos Senhores<br />

Manuel Cerqueira e Manuel do Júlio.<br />

Se eu fosse o 1º rei <strong>de</strong><br />

Portugal<br />

Se eu fosse o 1º rei <strong>de</strong> Portugal mandava os<br />

meus criados dar <strong>de</strong> comer aos pobres que não<br />

tivessem comida porque eu sou amiga das<br />

pessoas que passam necessida<strong>de</strong>.<br />

Eu também gostava <strong>de</strong> ter um filho que,<br />

quando eu morresse, ficasse como rei e se fosse<br />

uma rapariga ela ficava rainha porque eu também<br />

ficaria orgulhosa <strong>de</strong>la.<br />

Eu também mandava construir casas para<br />

todas as pessoas. Também mandava construir<br />

escolas para que todas as pessoas pu<strong>de</strong>ssem<br />

apren<strong>de</strong>r a ler e a escrever.<br />

Desenvolveria a agricultura para que não<br />

faltasse nada ao meu povo.<br />

Durante o meu reinado eu faria com que<br />

todas as pessoas vivessem felizes.<br />

Liliana - 4ºano<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


QUADRAS<br />

FLORESCER<br />

14<br />

DO NEIVA<br />

S. Martinho nas EB1 e JI <strong>de</strong> Pedregais e Godinhaços<br />

Os jardins <strong>de</strong> infância e as escolas do 1º ciclo <strong>de</strong> Pedregais e Godinhaços celebraram o S. Martinho em conjunto.<br />

No S.Martinho<br />

Há muita, muita alegria<br />

Comem-se castanhas quentinhas<br />

E prova-se o novo vinho.<br />

No dia<br />

De S.Martinho<br />

Leva-se o burrinho<br />

À feira do vinho.<br />

São Martinho, São Martinho,<br />

Não te esqueças do teu dia<br />

Espa<strong>de</strong>la a preguiça toda<br />

Ao teu linho.<br />

No dia <strong>de</strong> S.Martinho<br />

Na a<strong>de</strong>ga prova-se o vinho<br />

Toma-se uma boa pingola<br />

e até se toca viola.<br />

ADIVINHA<br />

Tenho camisa e casaco<br />

Sem remendo nem buraco<br />

Posso ser comida<br />

Assada ou cozida<br />

“Gostei muito do magusto porque brinquei com os meus amigos.”<br />

“No magusto gostei <strong>de</strong> participar nos jogos e <strong>de</strong> comer castanhas.”<br />

“Brinquei com os amigos <strong>de</strong> Godinhaços e o magusto foi muito<br />

bom.”<br />

“Gostei dos jogos.”<br />

“Gostei <strong>de</strong> cantar à volta da fogueira.”<br />

“Gostei <strong>de</strong> andar à volta da fogueira com os meus amigos.”<br />

“As castanhas eram boas e todos os meninos participaram nos jogos.”<br />

“Gostei dos jogos e <strong>de</strong> cantar à volta da fogueira. Brinquei muito.”<br />

“A canção das castanhas era muito bonita e nós cantámos muito<br />

bem. Gostei <strong>de</strong> cantar, dançar, dos jogos e <strong>de</strong> comer castanhas.”<br />

“Este ano o magusto foi melhor. Os meninos<br />

portaram-se bem e brincaram uns com os outros.”<br />

“Gostei <strong>de</strong> conhecer amigos novos e <strong>de</strong> cantar<br />

com eles à volta da fogueira.”<br />

“Foi bom participar nos jogos, cantar e dançar à<br />

roda da fogueira.”<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


Está a chegar a época da matança<br />

do porco que é uma tradição da<br />

nossa terra.<br />

Neste dia o almoço é melhorado.<br />

O dono do porco marca o dia e<br />

convida os familiares. Logo <strong>de</strong><br />

manhã, as pessoas chegam e tomam<br />

o “mata-bicho”. Põem o porco em<br />

cima do carro <strong>de</strong> bois, espeta-se a<br />

FLORESCER<br />

15<br />

DO NEIVA<br />

EB1 <strong>de</strong> Co<strong>de</strong>ssal<br />

Costumes da nossa terra - A matança do porco.<br />

faca e uma mulher vai aparar o<br />

sangue numa gamela com sal e alho<br />

esmagado. A seguir chamusca-se,<br />

lava-se e abre-se o porco.<br />

Entretanto, lá para o meio dia, e<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se pendurar o porco, todas<br />

as pessoas que colaboraram na<br />

matança vão almoçar.<br />

O almoço consta <strong>de</strong> canja, cozido<br />

à portuguesa, frango caseiro e outras<br />

coisas. Enquanto se almoça, a dona<br />

da casa manda distribuir por<br />

algumas pessoas, pratos <strong>de</strong> comida.<br />

No fim do almoço, os homens<br />

vão embora e as mulheres<br />

continuam a fazer o resto do<br />

trabalho - as tripas e os farinhotes.<br />

Passados dois dias, <strong>de</strong>smancha-<br />

se o porco e então a dona da casa<br />

vai dar o sarrabulho a algumas<br />

pessoas que não matam o porco.<br />

Depois <strong>de</strong> tudo isto, faz-se uma<br />

salmoira com sal, vinho e pimenta<br />

para salgar a carne que vai ser<br />

conservada.<br />

Escola <strong>de</strong> Co<strong>de</strong>ssal<br />

Hallowe’en na escola<br />

Des<strong>de</strong> a <strong>de</strong>coração dos vários espaços escolares, com abóboras e música ambiente, passando pelo almoço na cantina com<br />

direito a sobremesa alusiva ao tem, até ao <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> máscaras e entrega <strong>de</strong> prémios, tudo foi “assutador”. Houve tempo para<br />

a exibição do filme “O estranho mundo <strong>de</strong> Jack” e para a brinca<strong>de</strong>ira tradicional “Trick or treat”. A imaginação foi a<br />

palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m em tudo o que aconteceu e muita brinca<strong>de</strong>ira e alegria.<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


FLORESCER<br />

16<br />

DO NEIVA<br />

VII FESTA DA CASTANHA E DO COGUMELO<br />

Cogumelos - o que são?<br />

São fungos (Reino Fungi). Não<br />

possuem clorofila, não po<strong>de</strong>ndo<br />

portanto como acontece com as<br />

plantas, fabricar substâncias orgânicas<br />

com a ajuda da luz solar. A sua vida<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da <strong>de</strong>composição da matéria<br />

vegetal morta, que <strong>de</strong>sse modo<br />

regressa ao ciclo normal da natureza.<br />

Des<strong>de</strong> há milhões <strong>de</strong> anos que os<br />

cogumelos são o pilar fundamental <strong>de</strong><br />

uma eliminação <strong>de</strong> resíduos não<br />

contaminantes, <strong>de</strong>compondo a<br />

matéria morta e reincorporando-a no<br />

ciclo da vida.<br />

As folhas mortas e a caruma, do<br />

mesmo modo que os tocos e os<br />

troncos <strong>de</strong> árvores mortas, são<br />

submetidas sem excepção a um<br />

processo <strong>de</strong> elaboração tão eficaz<br />

quanto exaustivo.<br />

Os cogumelos, com excepção <strong>de</strong><br />

certas bactérias são os únicos seres<br />

vivos da natureza capazes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>compor a ma<strong>de</strong>ira nos seus<br />

componentes primitivos.<br />

Existem espécies que são<br />

protegidas. Há cogumelos comestíveis<br />

mas outros são venenosos.<br />

Causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecimento dos<br />

cogumelos<br />

Há espécies que são protegidas porque têm vindo a <strong>de</strong>saparecer. As principais causas do<br />

seu <strong>de</strong>saparecimento são:<br />

-Destruição <strong>de</strong> associações vitais naturais, tais como prados, pântanos e bosques;<br />

-Eliminação <strong>de</strong> árvores doentes e velhas e <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira morta;<br />

-Alteração da estrutura do solo da floresta, mediante adubos, pesticidas e chuvas ácidas;<br />

-Plantação <strong>de</strong> espécies arbóreas estrangeiras ou atípicas do país, em vez <strong>de</strong> uma florestação<br />

mista ou à base <strong>de</strong> folhosas mais em consonância com o meio natural;<br />

-Estruturação antinatural das árvores segundo a ida<strong>de</strong>, plantação arbitrária <strong>de</strong> diferentes<br />

espécies e corte discriminado, sem levar em conta as naturais expectativas <strong>de</strong> vida das<br />

árvores;<br />

-Destruição das camadas superiores do solo pelo emprego <strong>de</strong> maquinaria pesada na realização<br />

<strong>de</strong> trabalhos florestais.<br />

Como evitar o<br />

envenenamento<br />

por cogumelos:<br />

- Limite-se a consumir os cogumelos que<br />

tenha colhido e i<strong>de</strong>ntificado sem a menor<br />

dúvida como comestíveis ou cujos<br />

exemplares tenham sido analisados;<br />

- Não julgue nunca se qualquer cogumelo<br />

é ou não comestível simplesmente pelo<br />

seu aspecto, aroma ou sabor. Comprove<br />

minuciosamente todas e cada uma das<br />

características i<strong>de</strong>ntificativas;<br />

- Não confie em conselhos referentes ao<br />

reconhecimento dos cogumelos<br />

venenosos.Que enegreça ou não uma<br />

cebola ou uma colher <strong>de</strong> prata cozida<br />

juntamente com eles, que sejam ou não<br />

comidos pelas lesmas, não tem nada a ver<br />

com a sua toxicida<strong>de</strong><br />

- Decline os convites dos amigos para<br />

comer cogumelos que eles tenham<br />

colhido e não lhe pareça mal que eles<br />

façam o mesmo em relação aos seus<br />

convites nesse sentido;<br />

- Confie só em pessoas que possam<br />

<strong>de</strong>monstrar a sua competência<br />

(micólogos, toxicólogos, etc.) e em<br />

análises feitas em centros oficiais.<br />

- Os cogumelos jovens ou pouco<br />

<strong>de</strong>senvolvidos são impossíveis <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar com toda a certeza e é<br />

preferível não os colher;<br />

- Do mesmo modo, não <strong>de</strong>verão ser<br />

colhidos os cogumelos envelhecidos, uma<br />

vez que se <strong>de</strong>compõem com muita<br />

rapi<strong>de</strong>z;<br />

- Tenha sempre presente que nem o<br />

melhor livro teórico nem o melhor guia<br />

prático lhe po<strong>de</strong>rão evitar equívocos;<br />

- À menor dúvida, consulte um perito ou<br />

faça-os i<strong>de</strong>ntificar no centro <strong>de</strong><br />

especialida<strong>de</strong> mais próximo.<br />

Como proce<strong>de</strong>r<br />

perante um<br />

envenenamento<br />

por cogumelos:<br />

- Esvaziar imediatamente o estômago. Beber<br />

água tépida e salgada (nas crianças, só agua<br />

tépida sem sal) e provocar o vomito. Não<br />

tomar nenhum purgante!<br />

- Contactar o mais rápido possível um<br />

medico ou o serviço <strong>de</strong> urgência do hospital<br />

ou centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais próximo.<br />

- Guardar os restos do que se comeu ou<br />

vomitou, uma vez que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

ajuda para estabelecer eventualmente o<br />

diagnostico do tipo <strong>de</strong> envenenamento<br />

- Todas as pessoas sem excepção que tenham<br />

participado na refeição ou provado o prato<br />

<strong>de</strong> cogumelos em questão <strong>de</strong>veram<br />

consultar um medico, mesmo que ate ao<br />

momento não sintam nenhum transtorno<br />

ou mal-estar.<br />

- Também é preciso recorrer ou medico em<br />

caso <strong>de</strong> se notar qualquer tipo <strong>de</strong> transtorno<br />

<strong>de</strong>pois da ingestão <strong>de</strong> cogumelos <strong>de</strong><br />

“confiança”, pois, ainda que na maioria dos<br />

casos possa tratar-se <strong>de</strong> um engano,<br />

confundindo-os com outros parecidos<br />

(tóxicos mas não mortais), sempre existe a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que entre eles houvesse<br />

algum realmente venenoso <strong>de</strong> efeito<br />

retardado.<br />

Aconteceu nos passados dias 19,<br />

20 e 21 <strong>de</strong> Outubro em Vila Ver<strong>de</strong> a<br />

VII Festa DA Castanha e do<br />

Cogumelo promovida <strong>de</strong>la<br />

Associação Aventura da Saú<strong>de</strong> (<br />

Braga) e apoiada pela Câmara<br />

Municipal, o nosso Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas <strong>de</strong> Ribeira do Neiva, o<br />

Instituto Português da Juventu<strong>de</strong><br />

(Braga) e a Associação “A Zarrota”<br />

(Vigo).<br />

Do programa constou: Uma<br />

exposição <strong>de</strong> cogumelos, cartazes,<br />

bibliografia relacionada, filmes e um<br />

concurso “Cogumelos” que se<br />

realizou na Biblioteca Municipal <strong>de</strong><br />

Vila Ver<strong>de</strong>. No dia 20, Sábado, foi<br />

feito um passeio micológico pela<br />

floresta para estudo e recolha <strong>de</strong><br />

cogumelos. À noite houve um<br />

colóquio, na Biblioteca Municipal,<br />

subordinado ao tema – “Relações<br />

Floresta-Cogumelo-Homem. A mesa<br />

era composta por, Martinha Couto<br />

Soares, professora <strong>de</strong> Biologia e<br />

Geologia da E.B. 2,3 <strong>de</strong> Ribeira do<br />

Neiva, José Duarte,<br />

micófilo da “Aventura<br />

da Saú<strong>de</strong>” e Afonso<br />

Rey Pazos, micófilo <strong>de</strong><br />

campo d’ “A Zarrota”.<br />

Foram entregues os<br />

prémios do concurso<br />

“Cartaz Cogumelo”. A<br />

Daniela foi a<br />

vencedora e estava lá<br />

com os pais p0ara o<br />

receber.<br />

Para terminar a noite foi feito um<br />

convívio com magusto e música<br />

popular.<br />

No Domingo foi encerrada a<br />

exposição, pelas 16.30h, que esteve<br />

patente durante os três dias. Ainda<br />

aconteceu um almoço convívio com<br />

várias iguarias confeccionadas com<br />

cogumelos.<br />

O cartaz e a sua<br />

autora Daniela<br />

Filipa da Costa<br />

Leitão.<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


Variar os prazeres<br />

Se não é completamente verda<strong>de</strong><br />

que as cenouras fazem os olhos<br />

bonitos, também não é<br />

completamente errado...<br />

As cenouras contêm um tipo <strong>de</strong><br />

vitamina que faz muito bem aos olhos.<br />

Tal como as cenouras, todos os<br />

alimentos contêm diferentes<br />

nutrimentos <strong>de</strong> que o nosso organismo<br />

necessita e cada alimento tem a sua<br />

“especialida<strong>de</strong>”. Para po<strong>de</strong>rmos<br />

aproveitar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nutrimentos, temos <strong>de</strong> variar o mais<br />

possível a nossa alimentação.<br />

Este ano <strong>de</strong> <strong>2001</strong>, na Escola Básica<br />

2,3 <strong>de</strong> Ribeira do Neiva, foi muito<br />

fértil em nascimentos – 3 meninos e<br />

uma menina.<br />

A Ana Rita, filha da professora<br />

Glória Lourenço e <strong>de</strong> Paulo Jorge, foi<br />

a primeira a nascer, no dia 14 <strong>de</strong> Julho.<br />

A Joana, sua irmã, não cabe em si <strong>de</strong><br />

contente com uma maninha que<br />

<strong>de</strong>ntro em breve terá para partilhar<br />

brinca<strong>de</strong>iras.<br />

FLORESCER<br />

17<br />

DO NEIVA<br />

Dia Mundial da Alimentação<br />

A Roda dos Alimentos<br />

A Roda dos Alimentos é apenas<br />

uma das formas <strong>de</strong> mostrar os<br />

diferentes grupos <strong>de</strong> alimentos e as<br />

proporções em que cada grupo <strong>de</strong>ve<br />

estar representado na nossa<br />

alimentação: todos os grupos <strong>de</strong><br />

alimentos são importantes mas não<br />

precisamos <strong>de</strong><br />

todos nas mesmas quantida<strong>de</strong>s.<br />

Por exemplo, um pouco <strong>de</strong><br />

manteiga ou <strong>de</strong> azeite chega para<br />

fornecer a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gordura <strong>de</strong><br />

que precisamos durante o dia, mas é<br />

preciso comer muitos produtos<br />

hortícolas e frutas para obtermos todas<br />

as vitaminas, sais minerais e fibras<br />

indispensáveis.<br />

Os alimentos po<strong>de</strong>m dividir-se em<br />

cinco grupos. Cada grupo engloba<br />

alimentos com características<br />

semelhantes. Isto quer dizer que,<br />

<strong>de</strong>ntro do mesmo grupo, se <strong>de</strong>ve variar<br />

o mais possível <strong>de</strong> alimentos. Todos<br />

os dias <strong>de</strong>vemos comer alimentos <strong>de</strong><br />

todos os grupos, tentando respeitar as<br />

proporções em que eles aparecem na<br />

Roda.<br />

OS NASCIMENTOS DO ANO <strong>2001</strong>!<br />

A 5 <strong>de</strong> Agosto nasceu o Hernâni,<br />

filho da Auxiliar da Acção Educativa,<br />

Alexandrina Sá Lopes e <strong>de</strong> Paulo<br />

Joaquim Gomes <strong>de</strong> Lima. É o<br />

primeiro bebé do casal, muito<br />

esperado e que por toda a família vai<br />

ser mimado, incluindo a Elisa, uma<br />

tia pequenina que agora vai para o<br />

1º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.<br />

Mas Agosto trouxe também o<br />

filho da Auxiliar da Acção Educativa,<br />

Maria das Dores Oliveira Soares e <strong>de</strong><br />

Carlos Avelino Silva Rocha, o Duarte<br />

Soares Rocha. O Rafael, seu irmão<br />

acompanhou bem <strong>de</strong> perto o<br />

crescimento do Duarte ainda na<br />

barriguinha <strong>de</strong> sua mãe e foi com<br />

muita emoção que viu chegar o seu<br />

mano e <strong>de</strong>u a notícia a todos com a<br />

Ementa para um dia <strong>de</strong> um adolescente, elaborada pelos alunos do 8.º<br />

ano e exposta na cantina no Dia Mundial da Alimentação - 16 <strong>de</strong> Outubro.<br />

felicida<strong>de</strong><br />

espelhada nos<br />

seus olhinhos.<br />

E finalmente,<br />

no dia 8 <strong>de</strong><br />

Setembro, nasceu<br />

o Gonçalo, filho<br />

da Assistente<br />

Administrativa<br />

Fernanda Isabel<br />

Magalhães<br />

Gonçalves e <strong>de</strong><br />

Joaquim Durães.<br />

Um menino<br />

muito bonito e tão vivo que não dá<br />

sossego aos pais. O Tiago, seu único<br />

irmão espera ansiosamente que cresça<br />

para as inocentes cumplicida<strong>de</strong>s<br />

futuras.<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


Deixamos aqui algumas imagens<br />

da Festa <strong>de</strong> Natal que contou com o<br />

enorme empenho dos alunos do 9º<br />

ano na construção <strong>de</strong> uma cabana,<br />

on<strong>de</strong> se encontrava um presépio ao<br />

vivo, e <strong>de</strong> muitos outros alunos<br />

nomeadamente os do 8º A que<br />

“forneceu” vários Pais Natal vestidos<br />

a rigor para a apresentação <strong>de</strong> todo o<br />

espectáculo.<br />

A Festa iniciou-se com uma<br />

Canção <strong>de</strong> Natal (8º A) ficando no<br />

palco uma árvore <strong>de</strong> Natal “humana”<br />

<strong>de</strong>senhada com velas acesas. Seguiuse<br />

um espectacular número <strong>de</strong><br />

Ginástica acrobática que os alunos<br />

muito seriamente e em segurança,<br />

apresentaram. Um momento<br />

enternecedor foi o do Poema mimado<br />

apresentado pela escola do 1º ciclo da<br />

Devesa. O nosso Clube <strong>de</strong> música,<br />

como já nos habituou, presenteou-nos<br />

com uma peça instrumental <strong>de</strong> Natal.<br />

E foi lindo e <strong>de</strong> rir a dramatização da<br />

Ginástica acrobática<br />

exemplarmente executada pelos<br />

alunos.<br />

O Clube <strong>de</strong><br />

Música executando<br />

uma peça<br />

instrumental <strong>de</strong> Natal<br />

FLORESCER<br />

18<br />

NATAL<br />

DO NEIVA<br />

Um cheirinho da festa<br />

história “Cabra cabrês” feita pelo<br />

<strong>Jardim</strong> <strong>de</strong> Infância da Devesa. O<br />

A Cabana e o Presépio ao vivo.<br />

Clube <strong>de</strong> Teatro apresentou a peça,<br />

“Um Filho nos foi dado” <strong>de</strong> Lopes<br />

O<br />

Coelhinho<br />

e a “Cabra<br />

Cabrês”<br />

Morgado e alguns alunos do Clube<br />

da Floresta juntamente com outros do<br />

Clube <strong>de</strong> Teatro dramatizaram a<br />

história, “Carochinha e o João Ratão”.<br />

O novo momento musical aconteceu<br />

com o Clube <strong>de</strong> Karaoke a realizar<br />

da 1ª parte do Concurso, seguido da<br />

“Chuva <strong>de</strong> estrelas” - 1ª parte <strong>de</strong><br />

concurso. O Desfile <strong>de</strong> moda<br />

organizado pelo 8ºA contou com<br />

concorrentes alunos e incluía<br />

surpresas – <strong>de</strong>sfilaram também<br />

professores, num ambiente <strong>de</strong> muita<br />

animação e expectativa. A organização<br />

não esqueceu prendas para todos os<br />

participantes.<br />

A festa já ia longa mas ainda houve<br />

lugar à 2ª parte do Concurso <strong>de</strong><br />

“Chuva <strong>de</strong> estrelas” e “Karaoke.<br />

Terminou com Canções <strong>de</strong> Natal<br />

pelos Professores da EB 2 e 3 <strong>de</strong><br />

Ribeira do Neiva.<br />

Festa <strong>de</strong> Natal, agora só para o ano!<br />

Que Pena!<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


No Natal enfeitamos o pinheiro<br />

(diz a Mónica) com bolinhas (diz o<br />

Flávio), fitinhas (diz a Joana) e uma<br />

estrela (diz a Mónica).<br />

Comemos doces,<br />

formigos…rabanadas, pão <strong>de</strong> ló…,<br />

bolo rei, aletria e muitas guloseimas<br />

- dizem os meninos.<br />

Ouvimos e cantamos canções <strong>de</strong><br />

Natal - diz Luisa.<br />

No Natal <strong>de</strong>vemos ser todos<br />

amigos - diz a Luisa<br />

Aparece o Pai Natal e traz<br />

prendas - diz a Mónica.<br />

Na minha casa eu gritei muito<br />

alto para o Pai Natal aparecer e ele<br />

apareceu… - diz a Mónica.<br />

FLORESCER<br />

Árvore <strong>de</strong> Natal<br />

Os meninos do <strong>Jardim</strong> <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong><br />

Devesa - Duas Igrejas ofereceram à escola<br />

se<strong>de</strong> uma belíssima árvore <strong>de</strong> natal<br />

confeccionada com massinhas alimentares.<br />

Aqui fica o nosso agra<strong>de</strong>cimento por tão<br />

lindo gesto.<br />

19<br />

DO NEIVA<br />

Natal<br />

<strong>Jardim</strong> <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Goães<br />

PAI NATAL, PAI NATAL!…<br />

- Eu quero uma trotinete - diz a Joana e o Filipe.<br />

- Eu quero um computador - diz a Mónica.<br />

- Eu quero uma boneca - diz a Silvana.<br />

- Eu quero uns patins - diz o Flávio.<br />

- Eu quero um carrinho <strong>de</strong> bebés gémeos - diz a Luisa.<br />

- Eu quero uma bicicleta - diz o Bruno.<br />

- Eu quero um tractor - diz a Sara.<br />

- Eu quero uma boneca com um biberão para ela tomar o leite - diz a Cátia.<br />

- Eu quero umas luvas - diz o Pedro.<br />

- Eu quero um anel - diz a Adriana.<br />

- Eu quero uma bola - diz o Ricardo.<br />

- Eu quero um carrinho - diz o João.<br />

E eu só quero que tu não te esqueças <strong>de</strong> nós, Pai Natal!<br />

Um beijinho dos meninos do <strong>Jardim</strong> <strong>de</strong> Infância <strong>de</strong> Goães.<br />

ABRAÇAR É SAUDÁVEL!<br />

Abraçar é saudável. Ajuda o sistema<br />

imunológico, mantém-no mais saudável,<br />

cura a <strong>de</strong>pressão, reduz o stress, induz o<br />

sono, é revigorante, rejuvenesce, não tem<br />

efeitos colaterais in<strong>de</strong>sejáveis, e é nada<br />

menos do que um remédio milagroso.<br />

Abraçar é totalmente natural. É orgânico,<br />

naturalmente doce, não contém aditivos<br />

químicos, conservantes ou ingredientes<br />

artificiais e é cem por cento integral.<br />

Abraçar é praticamente perfeito. Não<br />

tem partes móveis, não tem baterias que<br />

acabam, não necessita <strong>de</strong> check-ups<br />

periódicos, requer baixo consumo <strong>de</strong><br />

energia, produz muita energia, é à prova<br />

<strong>de</strong> inflação, não engorda, não exige<br />

prestações mensais, não exige seguro, é à<br />

prova <strong>de</strong> roubo, não é tributável, não é<br />

poluente e, é claro, é completamente<br />

recuperável.<br />

In Canja <strong>de</strong> galinha para a alma –<br />

Jack Canfield e Mark Victor Hansen<br />

Jornal “Florescer do Neiva” <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2001</strong>


São Nicolau e também<br />

conhecido por São Nicolau <strong>de</strong><br />

Bari, nasceu na Turquia, na<br />

Ásia Menor, mais ou menos<br />

no ano 270 d.C., durante o<br />

século III.<br />

Bispo da igreja Católica,<br />

em Myra, <strong>de</strong>dicou parte da<br />

sua vida a presentear pobres e<br />

crianças. A sua forte <strong>de</strong>dicação<br />

e bonda<strong>de</strong> levou-o a fazer<br />

muitos levou-o a fazer muitos<br />

milagres.<br />

Com o <strong>de</strong>correr do tempo,<br />

São Nicolau, um dos santos<br />

mais ricos e populares da<br />

cristanda<strong>de</strong>, foi também<br />

consi<strong>de</strong>rado o padroeiro das<br />

crianças, dos estudantes, dos<br />

escravos, dos presos, dos<br />

pobres, dos marinheiros e até<br />

dos ricos. Reza a lenda que o<br />

pai Nicolau, num <strong>de</strong>termina-<br />

As disciplinas <strong>de</strong> Educação<br />

Visual e Educação Visual e<br />

Tecnológica dinamizaram o<br />

concurso <strong>de</strong> Postais <strong>de</strong> Natal<br />

com as turmas do 2º e 3º<br />

ciclos . Preten<strong>de</strong>u-se com este<br />

concurso promover o Postal<br />

<strong>de</strong> Natal como meio <strong>de</strong><br />

comunicação <strong>de</strong> mensagens<br />

visuais e escritas que tenham<br />

subjacentes os valores<br />

FLORESCER 20 DO NEIVA<br />

FLORESCER<br />

do dia soube que um vizinho<br />

estava em dificulda<strong>de</strong>s para dar<br />

um casamento merecedor a sua<br />

filha. Nicolau, durante a noite,<br />

às escondidas, encheu um saco<br />

<strong>de</strong> moedas <strong>de</strong> ouro, jogando-o<br />

<strong>de</strong> seguida para a janela do<br />

vizinho. E com isso, fez-se a<br />

Natal<br />

DO NEIVA<br />

Quem é o Pai Natal?<br />

festa <strong>de</strong> casamento. Mais tar<strong>de</strong>,<br />

repetiu-se o mesmo com as<br />

duas outras filhas. No entanto,<br />

o pai <strong>de</strong>sconfiado e à espreita,<br />

<strong>de</strong>scobriu Nicolau a espalhar<br />

presentes aos pobres e,<br />

principalmente às crianças. A<br />

partir daí, tornou-se um<br />

hábito, durante muito tempo,<br />

os pais darem aos seus filhos<br />

presen-tes, no dia 6 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>,<br />

data da sua festa liturgia.<br />

Conta-se também que São<br />

Nicolau entrava pelas<br />

chaminés das casas para<br />

distribuir os presentes,<br />

colocando-os nas lareiras, nos<br />

sapatos e nas meias das<br />

crianças.<br />

Assim sendo, parece que a<br />

tradição ganhou força, mas<br />

lentamente o dia da sua festa,<br />

6 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong> foi substituído<br />

por o dia 25. Uma tradição que<br />

ficou ligada, directamente ao<br />

nascimento do Menino Jesus.<br />

Mas a lenda não fica por<br />

aqui... Sabe-se ainda, que até<br />

então eram muitos os países<br />

que comemoravam a festa <strong>de</strong><br />

Natal no dia 6 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong>.<br />

CONCURSO DE POSTAIS DE NATAL<br />

1º Prémio - João David – 5.º A<br />

humanos da família, partilha,<br />

solidarieda<strong>de</strong>, paz, tolerância e<br />

fraternida<strong>de</strong>... .<br />

Regulamento do Concurso:<br />

- Os trabalhos foram<br />

apresentados em papel<br />

cavalinho, tamanho A5 .<br />

- Meios <strong>de</strong> expressão<br />

utilizados: técnicas <strong>de</strong> pintura<br />

a lápis <strong>de</strong> cor, marcador,<br />

guachos, aguarela pastelli<br />

d‘oleo, colagem e ainda<br />

técnica mista <strong>de</strong> pintura e<br />

colagem .<br />

- Data <strong>de</strong> entrega , 4 <strong>de</strong><br />

<strong>Dezembro</strong>.<br />

- Os trabalhos foram<br />

avaliados por um júri<br />

composto por um professor <strong>de</strong><br />

Educação Visual um professor<br />

<strong>de</strong> Língua Portuguesa e um<br />

aluno.<br />

Os três primeiros lugares<br />

foram atribuídos ao trabalho<br />

Porém, o reinado <strong>de</strong> Henrique<br />

VIII entrou em conflitos com<br />

o Papa e, com isso a Inglaterra<br />

passou a comemorar os seus<br />

costumes religiosos natalícios<br />

no actual Dia <strong>de</strong> Natal.<br />

Respeitado por todos os<br />

cristãos, Nicolau acabou por<br />

falecer em 342. E em 1087, as<br />

suas relíquias e restos mortais<br />

foram transferidos para Bari,<br />

na Itália, e aí a sua<br />

popularida<strong>de</strong> tornou-se<br />

grandiosa. Actualmente,<br />

o Pai Natal continua a dar que<br />

falar... Ao certo não sabemos<br />

on<strong>de</strong> vive!!!<br />

Segundo a lenda vive numa<br />

cida<strong>de</strong> norueguesa chamada<br />

Drôbak. Sempre muito<br />

ocupado com os presentes,<br />

quase sempre cumpre o seu<br />

objectivo com ajuda,<br />

obviamente, das suas renas que<br />

puxam o trenó.<br />

realizado pelos alunos:<br />

1º Prémio - João David – 5º A<br />

2º Prémio - Artur Correia – 6ºC<br />

3º Prémio – Carine Dias – 7ºA<br />

2º Prémio - Artur Correia – 6.º C

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