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O corpo é discurso ISSN 2236-8221 - Uesb

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Vitória da Conquista, 30.07.2012 nº 13 labedisco@gmail.com http://www.marcadefantasia.com/o-<strong>corpo</strong>-e-<strong>discurso</strong>.htm<br />

EXPEDIENTE DE O CORPO<br />

Coordenação geral – Nilton Milanez<br />

Editores responsáveis – Nilton Milanez e Ciro Prates (CAPES)<br />

Revisão – Joseane Bittencourt (CAPES) e Victor Pereira Sousa (CAPES)<br />

Editoração eletrônica (MARCA DE FANTASIA) – Henrique Magalhães<br />

CONSELHO EDITORIAL<br />

Prof. Dr. Elmo Jos<strong>é</strong> dos Santos (UFBA)<br />

Profa. Dra. Flávia Zanutto (UEM)<br />

Profa. Dra. Ivone Tavares Lucena (UFPB)<br />

Profa. Dra. Maria das Graças Fonseca Andrade (UESB)<br />

Profa. Dra. Mônica da Silva Cruz (UFMA)<br />

Prof. Dr. Nilton Milanez (UESB)<br />

Profa. Dra. Simone Hashiguti (UFU)<br />

O <strong>corpo</strong> <strong>é</strong> <strong>discurso</strong><br />

Nesta edição, O <strong>corpo</strong> <strong>é</strong> <strong>discurso</strong> publica três textos que discutem<br />

<strong>corpo</strong> a partir de diferentes perspectivas teóricas e apresenta os resultados<br />

dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo Laboratório de Estudos do<br />

Discurso e do Corpo – Labedisco. Ainda neste número, divulgamos a<br />

realização do VII Seminário de Pesquisa em Estudos da Linguísticos – SPEL<br />

pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB.<br />

<strong>ISSN</strong> <strong>2236</strong>-<strong>8221</strong><br />

Colaboradores:


A LEVEZA DO CORPO: CAMINHO PARA A TERRA SEM MALES<br />

Ivana Pereira Ivo¹<br />

Importante mito do povo Guarani Mbyá, o aguyjê <strong>é</strong> um estado de<br />

Outro requisito fundamental para se conseguir acesso direto à Yvy marã<br />

e’y <strong>é</strong> tornar o <strong>corpo</strong> leve mediante o jejum e a dança, conforme explicado por<br />

perfeição, condição para se chegar à morada dos deuses e de se tornar um<br />

Nimuendaju (1987, p. 97). Um Mbyá, certa vez, esclareceu-me que sempre<br />

deles sem passar pela morte física. Essa habitação sobrenatural <strong>é</strong> a “terra sem<br />

tentava deixar o <strong>corpo</strong> leve, dançando e comendo conforme as prescrições<br />

males” (Yvy marã e’y), literalmente: “terra que não se estraga”.<br />

No Brasil, o mundo <strong>é</strong> canibal:<br />

religiosas. Como as festas dos Mbyá duram mais de um dia, o propósito <strong>é</strong><br />

o humor negro e o horror na animação<br />

dançar todas as noites, por muitas horas, inspirados pelas palavras do paj<strong>é</strong>, que<br />

Para o Guarani, o aguyjê corresponde ao próprio fim e objetivo da<br />

existência humana. Neste sentido costuma ser concebido de<br />

maneira concreta como felicidade paradisíaca no mundo<br />

sobrenatural, que todos almejam alcançar sem antes morrer e<br />

cuja obtenção depende principalmente do cumprimento de umas<br />

tantas prescrições religiosas, “morais” ou simplesmente mágicas.<br />

(SCHADEN, 1954, p.188).<br />

A ida à Yvy marã e’y envolve alguns requisitos ligados ao <strong>corpo</strong>. Um<br />

deles tem a ver com restrições alimentares – um Mbyá não deve, por<br />

exemplo, comer alimentos dos não índios (juruá), como arroz, açúcar branco,<br />

óleo etc., mas sim alimentos tradicionais como milho (avaxi), batata (jety),<br />

mel (ei), amendoim (manduvi), entre outros. Tempass (2006) elucida que a<br />

preocupação com a alimentação fundamenta-se em uma ideia preliminar de<br />

que o ser humano tem duas almas, uma sagrada e uma terrena. Enquanto a<br />

alma sagrada está nos ossos, a terrena está na carne e no sangue, daí a<br />

necessidade da não ingestão de alimentos não permitidos. Uma senhora<br />

Mbyá explicou-me - que, quando uma pessoa morre e não vai direto para a Yvy<br />

1 Mestranda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Bolsista<br />

CNPq. E-mail: ivana_ivo@hotmail.com.<br />

2 Ser sobrenatural.<br />

3 Ser sobrenatural. Literalmente, “nosso pai”.<br />

marã e’y, seu <strong>corpo</strong> <strong>é</strong> entregue ao Anha, 2 que o colocará em um grande<br />

caldeirão, o cozinhará e comerá suas carnes para, depois, devolver os ossos<br />

para Nhanderu 3 que poderá fazer essa pessoa nascer novamente.<br />

discursa longamente, e pelas músicas que lhes são dadas por meio dos sonhos.<br />

Embora, após a primeira noite, o <strong>corpo</strong> doa, a dor tende a diminuir, sendo<br />

possível dançar, nas noites subsequentes, sem nem mesmo sentir o <strong>corpo</strong>, pois<br />

este ficará cada vez mais leve. Alguns, depois da terceira ou quarta noite,<br />

chegam a desmaiar durante a dança por não suportarem a extenuação. No<br />

entanto, se resistissem um pouco mais, poderiam ser arrebatados, afirmou ele,<br />

“com <strong>corpo</strong> e tudo”. É assim que o Mbyá busca ter um <strong>corpo</strong> leve, para que,<br />

uma vez liberto da alma terrena, consiga chegar à desejada terra sem males.<br />

Referências:<br />

NIMUENDAJU, Curt. As lendas de criação e destruição do mundo como<br />

fundamentos da religião dos Apapocúva-Guarani. Trad. Charlotte Emmerich &<br />

Eduardo B. Viveiros de Castro. Editora Hucitec/USP: São Paulo, 1987.<br />

SCHADEN, Egon. Aspectos fundamentais da cultura Guarani. Faculdade de<br />

filosofia, ciências e letras. Boletim nº 188, Antropologia nº 4. Universidade de<br />

São Paulo - USP, 1954.<br />

TEMPASS, Mártin C<strong>é</strong>sar. A alimentação tradicional dos Mbyá-Guarani: saberes e<br />

fazeres. In: 25ª Reunião Brasileira de Antropologia: saberes e práticas<br />

antropológicas – desafios para o s<strong>é</strong>culo XXI. Goiânia: Associação Brasileira de<br />

Antropologia, 2006.


DE MARIANNE A LULU: A OBSESSIVIDADE COM A FIGURA<br />

FEMININA<br />

Ceres Luz (Fapesb/Labedisco/UESB)<br />

O artigo De Marianne a Lulu, escrito por<br />

Michelle Perrot (1995) e publicado no livro<br />

Políticas do Corpo, traz uma discussão sobre<br />

como era percebida a mulher em 1900 na<br />

França, fazendo um panorama dessa mulher,<br />

perguntando-se o porquê da obsessividade com<br />

a figura feminina. Para introduzir essa discussão,<br />

a historiadora retoma dois ícones femininos, a<br />

Marianne, símbolo da República Francesa, e a Lulu, sendo esta a imagem de<br />

uma mulher sensual vista em uma propaganda de biscoitos da marca LU.<br />

A autora inicia o texto levantando o fato de que em 1900 houve um<br />

transbordamento de imagens da mulher, seja as Mariannes, jovens que<br />

lutavam pela liberdade, ou das matronas beatas. Ela irá, então, tecer uma<br />

discussão sobre o porquê desse fascínio dos homens pelas mulheres, dessa<br />

chamada nova mulher, pensando se a cidade tamb<strong>é</strong>m teria se tornado<br />

feminina. Refuta esse pensamento, colocando que as mulheres vivem no<br />

interior, dentro de suas casas ou apartamentos, quase nunca saindo, sendo a<br />

rua e a cidade lugares do homem e não da mulher, que são opostos,<br />

frequentam lugares diferentes, pensam coisas diferentes, não sendo mais<br />

sexos diferentes, mas quase povos diferentes, coloca Perrot citando Michelet.<br />

Michelet. Mas, então, se a mulher <strong>é</strong> tão diferente do homem, e a cidade <strong>é</strong> o<br />

lugar do homem, por que ela <strong>é</strong> o símbolo escolhido para representar os valores<br />

dos franceses?<br />

Para explicar esse fato, Perrot (1995) irá voltar na história colocando que<br />

a mulher sempre foi usada como alegoria, pois os católicos se utilizam da<br />

imagem de Nossa Senhora, e a Liberdade, para os romanos, já era<br />

"representada por uma mulher segurando uma lança encimada por um<br />

barrete" (PERROT, 1995, p. 171). Assim, nada mais comum do que a Comuna<br />

escolher a Marianne como símbolo de seus ideais, mas, com a virilização do<br />

movimento, isso irá se modificar, e o operário tornar-se-á símbolo. Mas a<br />

mulher continua no imaginário enfeitando as prateleiras, tornando-se objeto de<br />

decoração, já que a art nouveau era obcecada por essa mulher. A imagem da<br />

Lulu, trazida na propaganda de biscoitos, representa isso "consumir os biscoitos<br />

LU <strong>é</strong> consumir a mulher" (PERROT, 1995, p. 179). Ela <strong>é</strong>, ao mesmo tempo,<br />

desejada e temida, seja pela descoberta da sífilis, por ser hist<strong>é</strong>rica, ou por<br />

lembrar a repressão da mãe, mas, principalmente, pelos movimentos<br />

feministas que surgem em 1900, a mulher começa a ser ressignificada e sai do<br />

lugar do enfeite.<br />

Como foi mostrado, a leitura desse artigo <strong>é</strong> relevante na medida em que<br />

traz a mudança do comportamento feminino e como ele <strong>é</strong> visto pelos homens<br />

que, ao mesmo tempo, desejam e temem a mulher, mostrando o papel do<br />

<strong>corpo</strong> da mulher na história.<br />

Referência:<br />

PERROT, M. De Marianne a Lulu: as imagens da mulher. In: SANT’ANNA, D. B.<br />

de. (Org.). Politicas do <strong>corpo</strong>. São Paulo: Estação Liberdade, 1995.


O INSTANTE DECISIVO NO CORPO ESCRITO PELO DISCURSO DO<br />

DIREITO¹<br />

Dion<strong>é</strong>ia Motta Monte-Serrat²<br />

Leda Verdiani Tfouni³<br />

O estudo do Instante Decisivo - como percepção de formas e, ao<br />

mesmo tempo, questionamento quanto à sua significação (BRESSON) - no<br />

<strong>discurso</strong> do Direito subverte o “sempre já lugar” da imagem de sujeito de<br />

direito (que <strong>é</strong> assujeitado sem se dar conta disso) e introduz uma ordem<br />

diferente de operações. Pensando o conceito de imagem diferentemente do<br />

senso comum, mas como imago, como algo que tem um efeito morfogênico<br />

(que pode induzir formas), concebemos o <strong>corpo</strong> conformado àquilo que lhe<br />

define um <strong>discurso</strong> social. Para melhor explicar essa questão, observamos o<br />

que se dá numa audiência do Poder Judiciário, cujo rito <strong>é</strong> ditado de antemão<br />

pela lei (descreve o que o sujeito “deve falar” e “quando falar”). Há um efeito<br />

ideológico “invisível” que atua na constituição do sujeito, pois, ao constituir-se<br />

a partir do esquecimento daquilo que o determina, reinscreve, em seu próprio<br />

<strong>discurso</strong>, elementos do “já dito” que “fornece-impõe a ‘realidade’ e seu<br />

sentido” (PÊCHEUX, 1988, p. 164). A imagem de sujeito de direito dada pela<br />

lei dentro do rito jurídico leva a um “‘real’ desconhecido, outrora designado<br />

como carne” (CERTEAU, 1994, p. 237). A ficção da lei dá um <strong>corpo</strong> unificador à<br />

fragmentação das falas dos depoentes, instala uma imagem virtual imaginária<br />

que dá ao sujeito uma ilusão de totalidade (PORGE, 2006, p. 75), a ilusão de<br />

¹ Artigo publicado nos Cadernos do IL, UFRGS, Porto Alegre, n.º 44, junho de 2012. p. 43-56.<br />

² Doutoranda em Psicologia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de<br />

São Paulo, FFCLRP-USP, Ribeirão Preto. FAPESP 09/54417-4. E-mail:<br />

di_motta61@yahoo.com.br.<br />

³ Professora Titular da FFCLRP-USP, Pesquisadora do CNPq, lvtfouni@usp.br.<br />

que ele <strong>é</strong> sujeito de direito. A lei “se faz crer e praticar” (CERTEAU, 1994, p.<br />

241), torna-se “historiada e historicizada, narrada” pelo <strong>corpo</strong>; “se faz carne” e<br />

conforma o <strong>corpo</strong> àquilo que ela determina, dando-lhe movimento pelo rito. O<br />

Poder Judiciário do Estado como AIE, situado na função do espelho (“A”) na<br />

constituição do sujeito (MONTE-SERRAT, 2010), faz o <strong>corpo</strong> dos depoentes<br />

“dizerem o código” (CERTEAU, 1994, p. 240), tornando-os “uma carne que a<br />

escritura transforma em <strong>corpo</strong>” (CERTEAU, 1994, p. 237). No ritual da audiência<br />

do Poder Judiciário, sob a perspectiva discursiva (PÊCHEUX, 1988, TFOUNI,<br />

2005), observamos que a imagem coesa do <strong>corpo</strong> escrito pelo <strong>discurso</strong> do<br />

Direito <strong>é</strong> rompida com a emergência de um sujeito dividido, constituído fora da<br />

lógica jurídica. Se o silogismo do <strong>discurso</strong> do Direito escreve o <strong>corpo</strong> (imagem<br />

virtual que dá ao sujeito ilusão de totalidade), podemos afirmar que o<br />

deslocamento dessa estrutura silogística rígida caracteriza o Instante Decisivo<br />

como resistência à formação ideológica dominante, fazendo da lei um traço<br />

sem <strong>corpo</strong> (CHRISTIN, 2001, p. 15).<br />

Referências:<br />

BRESSON H., Tête à Tête, Portraits by Henry Cartier-Bresson. Disponível em<br />

http://www.npg.si.edu/exh/cb. Acesso em: 23 out. 2009<br />

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes,<br />

1994.<br />

PORGE, 2006<br />

CHRISTIN, A. L’image <strong>é</strong>crite ou la d<strong>é</strong>raison graphique. Paris: Flamarion, 2001.<br />

MONTE-SERRAT, D. Letramento e <strong>discurso</strong> jurídico, Pró-forma da tese<br />

apresentada para exame de qualificação junto ao Programa de Pós-Graduação<br />

em Psicologia, do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia,<br />

Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP),<br />

sob orientação da Profa. Dra. Leda Verdiani Tfouni, em junho de 2010.<br />

PÊCHEUX, M., Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio.<br />

Campinas: Ed. Unicamp, 1988.<br />

TFOUNI, L. V. Letramento e alfabetização, São Paulo: Ed. Cortez, 2005.


OS DOMÍNIOS DO DISCURSO NA CONTEMPORANEIDADE:<br />

QUESTÕES INVESTIGATIVAS<br />

Durante os meses de junho, julho e<br />

agosto, na Universidade do Estado da<br />

Bahia – UNEB, está sendo realizada a s<strong>é</strong>rie<br />

de seminários denominada Os domínios<br />

do <strong>discurso</strong> na contemporaneidade:<br />

questões investigativas, organizada pela<br />

Professora Doutoranda Janaina de Jesus<br />

Santos (Au<strong>discurso</strong>/UNEB-Caetit<strong>é</strong>). Essas<br />

reuniões têm o objetivo de discutir tópicos<br />

e apresentar análises no campo dos<br />

estudos discursivos, considerando as<br />

materialidades literária e fílmica enquanto<br />

lugares de visibilidade de <strong>discurso</strong>s.<br />

Para tanto, foram convidados pesquisadores do campo da Análise do Discurso<br />

que abordam diferentes objetos e problematizam a metodologia para<br />

descrever e analisar a constituição dos <strong>discurso</strong>s. Os seminários são<br />

direcionados para discentes de graduação, professores da educação básica e<br />

interessados em geral. Os encontros dividem-se em dois momentos:<br />

primeiramente, os conferencistas convidados apresentam e discutem o tema<br />

proposto, tomando as bases teóricas definidas pelo seminário; em seguida,<br />

abre-se para o debate com os participantes. Ao todo, serão cinco encontros,<br />

totalizando 20 horas de carga horária.<br />

MATERIALIDADES DO DISCURSO FÍLMICO: SOM E IMAGEM<br />

(INTRODUÇÃO A UMA ANÁLISE AUDIOVISUAL)<br />

O Laboratório de Estudos do Discurso e do Corpo – Labedisco está<br />

realizando o curso Materialidades do <strong>discurso</strong> fílmico: som e imagem<br />

(introdução a uma análise audiovisual), coordenado pelo Prof. Dr. Nilton<br />

Milanez (Labedisco/UESB) e ministrado pelos pesquisadores vinculados ao<br />

projeto de pesquisa Materialidades do <strong>corpo</strong> e do horror e ao projeto de<br />

extensão Análise do <strong>discurso</strong> fílmico. Ao longo do curso, será discutida a obra<br />

Lendo as Imagens do Cinema, de Laurent Jullier e Michel Marie (2009). O<br />

objetivo <strong>é</strong> desenvolver ferramentas para a análise do <strong>discurso</strong> fílmico, usando<br />

os procedimentos que este livro traz para que seja possível decifrar o cinema<br />

no nível do plano, da sequência e do filme. Dessa forma, serão discutidos,<br />

ainda, m<strong>é</strong>todos de observação e análise para o <strong>discurso</strong> em questão, sem<br />

perder de vista as discussões advindas da Análise do Discurso de orientação<br />

francesa da maneira como <strong>é</strong> compreendida no Brasil. Ao todo, serão quatro<br />

encontros; em cada um, estão sendo abordados temas diferentes: 1° Encontro:<br />

No Nível do Plano - O ponto de vista - Distância focal e profundidade de Campo<br />

- Os movimentos da câmera - Luzes e Cores - As combinações audiovisuais; 2°<br />

Encontro: No Nível da Sequência - Os pontos de Montagem - O poder da<br />

Montagem - A cenografia - Suspense e coups de thèatre - Efeito clipe e efeito<br />

circo - As metáforas audiovisuais; 3° Encontro: No Nível do Filme: - Os recursos<br />

da história - A distribuição do saber - Gêneros, estilos e dispositivos - O jogo<br />

com o espectador; 4° Encontro: O cinema mudo - Ferramentas estilos e<br />

t<strong>é</strong>cnicas.


VII SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS DA<br />

LINGUÍSTICOS – SPEL<br />

Nos dias 16 e 17 de outubro de 2012, acontece, na Universidade<br />

Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, o VII Seminário de Pesquisa em<br />

Estudos da Linguísticos – SPEL, evento que tem como objetivo divulgar<br />

resultados de trabalhos realizados por pesquisadores da área da Linguística.<br />

Serão realizadas atividades que incluem conferências, apresentações de<br />

trabalhos em grupos temáticos, comunicações e minicursos. As discussões<br />

realizadas pelo Laboratório de Estudos do Discurso e do Corpo – Labedisco no<br />

interior do projeto de pesquisa Materialidades do <strong>corpo</strong> e do horror e do<br />

projeto de extensão Análise do <strong>discurso</strong> fílmico serão abordadas no grupo<br />

temático (GT) Análise do Discurso no Cinema e no Audiovisual, cuja proposta<br />

<strong>é</strong> trabalhar no deslocamento do campo linguístico na análise do <strong>discurso</strong> para<br />

a imagem em movimento. Os trabalhos a serem apresentados tamb<strong>é</strong>m fazem<br />

parte do quadro dos projetos de pesquisa Discurso, <strong>corpo</strong> e memória nas<br />

práticas do cotidiano, do Programa de Pós-Graduação em Memória,<br />

Linguagem e Sociedade, e Discursos sobre o <strong>corpo</strong> e formas de subjetivação<br />

em materialidades verbais e não-verbais, do Programa de Pós-Graduação<br />

em Linguística, ambos da UESB. Nessa via discursiva, o GT tem o interesse de<br />

discutir trabalhos que desenvolvam questões relativas à análise do <strong>discurso</strong><br />

fílmico, de maneira específica, e de audiovisuais em geral. Para tanto, toma-<br />

se, como ponto de partida, os postulados foucaultianos para o estudo da<br />

Análise do Discurso da maneira como os compreendemos no Brasil.


“O LABEDISCO ABRE UM CURSO DE FRANCÊS INSTRUMENTAL NA<br />

UESB”<br />

O Consulado Geral da França para o Nordeste<br />

destaca, em seu boletim de número 62, a<br />

abertura do curso de francês instrumental<br />

promovido pelo Laboratório de Estudos do<br />

Discurso e do Corpo – Labedisco. Em seu texto,<br />

o consulado explica que o curso <strong>é</strong> organizado<br />

pelos professores Nilton Milanez<br />

(Labedisco/UESB) e Alex Pereira de Araújo<br />

(PPGMLS-Labedisco/UESB), e que o principal<br />

objetivo deste curso <strong>é</strong> a realização de traduções que atendam as pesquisas<br />

desenvolvidas no laboratório, colocando-as em circulação gratuitamente pelo<br />

Centro de Traduções Franco-Brasileiro do Labedisco, em função de uma<br />

demanda referente aos documentos publicados em língua francesa no campo<br />

da Análise do Discurso e que ainda não foram traduzidos para a língua<br />

portuguesa.<br />

Dica de O <strong>corpo</strong>:<br />

Leitura da revista Estudos da língua(gem), organizada por Nilton Milanez,<br />

Maria da Conceição Fonseca-Silva e Edvania Gomes da Silva (2008).

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