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As “mulheres” do Odelmo - Revista Mercado

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merca<strong>do</strong><br />

ponto de vista<br />

Violência: esse mal tem cura?<br />

Recentemente, um secretário da Prefeitura de Aracaju fez o seguinte questionamento: “se os indica<strong>do</strong>res sociais melhoraram<br />

visivelmente no Brasil pós-Lula, por que a violência não para de crescer, ten<strong>do</strong> em vista, e com razão, que ela está<br />

associada à miséria”? Mas, ao que parece, isso não se verifica.<br />

Por exemplo, se forem analisa<strong>do</strong>s apenas casos de homicídios - que talvez seja a identificação mais forte da palavra violência<br />

-, na primeira semana deste mês, um relatório da Agência da ONU para Drogas e Crime apontou que o Brasil detém<br />

o terceiro maior índice de homicídios na América <strong>do</strong> Sul, atrás da Venezuela e da Colômbia. A agência afirma que houve,<br />

no Brasil, 43.909 homicídios em 2009 (ano mais recente para o qual há estatísticas), fazen<strong>do</strong> com que o país tenha uma taxa<br />

de 22,7 homicídios por 100 mil habitantes. Vale lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera endêmica a<br />

ocorrência de homicídios quan<strong>do</strong> ocorrem além de 10 (dez) casos a cada grupo de 100 (cem) mil habitantes.<br />

De maneira ampla, pesquisas revelam altos índices de violência de to<strong>do</strong>s os gêneros no Brasil, como a <strong>do</strong>méstica, assaltos,<br />

assassinatos, sequestros segui<strong>do</strong>s de morte, violência nas ruas, familiar, etc. E esses índices só vêm aumentan<strong>do</strong> a cada<br />

ano. Com 3% da população mundial, o Brasil concentra 9% <strong>do</strong>s homicídios cometi<strong>do</strong>s no planeta; os homicídios, por sua<br />

vez, cresceram 29% na década passada e entre os jovens esse crescimento foi de 48%.<br />

Diante dessa realidade, qual ou quais atitudes precisam ser tomadas para combater a violência nas cidades brasileiras?<br />

Com a palavra, o G7 (*)...<br />

A questão da violência é de alta complexidade. Apesar disso, o combate<br />

à criminalidade tem si<strong>do</strong> trata<strong>do</strong> pelas autoridades públicas de maneira isolada.<br />

Percebemos que é incipiente o intercâmbio entre a polícia judiciária,<br />

a polícia militar e o judiciário. De outro la<strong>do</strong>, a sociedade civil organizada e instituições não governamentais,<br />

que podem contribuir de maneira eficaz em face da capilaridade junto às comunidades, acabam por não participar<br />

intensamente nas discussões sobre segurança pública. Por fim, a sociedade, comodamente, atribui à<br />

responsabilidade ao poder público, deixan<strong>do</strong> de cumprir com seu papel cidadão. Enquanto toda a sociedade<br />

não compreender que a solução da criminalidade passa pela união e participação eficaz de to<strong>do</strong>s, os índices<br />

continuarão a aumentar. Para muitos, a paz é uma utopia, mas, para a OAB, é uma obsessão.<br />

Sou pessoa de fé e, portanto, creio que podemos conter a escalada da violência<br />

neste país. Mas, para tanto, o Esta<strong>do</strong>, em todas as suas esferas - Executivo, Legislativo<br />

e Judiciário -, tem que atuar de forma mais ética, honesta e responsável no que<br />

se refere aos próprios deveres e obrigações para, assim, fazer o brasileiro acreditar<br />

que a justiça é de fato para to<strong>do</strong>s. Depois, buscar por modelos que funcionem<br />

noutros países, tais como o de Nova York (EUA), onde os índices de criminalidade foram alarmantes, por mais de trinta<br />

anos, deixan<strong>do</strong> a cidade à mercê da violência. Então, nos anos 1990, o competente prefeito Ru<strong>do</strong>lph Giuliani radicalizou<br />

e criou o “Programa de Tolerância Zero”, que impunha policiamento ostensivo nas ruas e bairros, através <strong>do</strong> combate<br />

ao tráfico de drogas e da apreensão de armas de fogo. Diante disso, to<strong>do</strong> e qualquer delito levava à prisão. Essa atitude<br />

abaixou radicalmente os índices de violência de Nova York e hoje serve de modelo a outras cidades <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, como a<br />

cidade <strong>do</strong> México, que a<strong>do</strong>tou medidas parecidas no combate à violência. Vamos agir uni<strong>do</strong>s nesse ideal que conseguiremos<br />

algo de positivo. É preciso que somemos esforços, trabalhan<strong>do</strong> pelo desenvolvimento sustentável.<br />

Falar em solução para acabar com a violência é demagogia, mas<br />

acredito que boas políticas públicas, a participação da sociedade e, em<br />

especial, o esporte podem ajudar. O esporte, além de auxiliar no desenvolvimento<br />

humano, ainda atua nas esferas cognitivas e afetivas, ensina<br />

a disciplina, o respeito ao próximo e a determinação de vencer não só no esporte, mas também na vida.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, os atuais Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, cumprem um papel relevante,<br />

porque, além de fomentar o consumo, ainda atraem a atenção de jovens que buscam acompanhar<br />

seus í<strong>do</strong>los e conquistas. Dentre tantas notícias que acompanhamos através da mídia, quero destacar<br />

os exemplos das emissoras que priorizam a divulgação das Olimpíadas e merecem nosso aplauso. Essas<br />

emissoras cumprem o papel cívico para com o cidadão brasileiro. Agora, nossas expectativas estão voltadas<br />

para as posições que destacam nossos jovens preparan<strong>do</strong>-os para as Olimpíadas de 2016.<br />

88 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />

Conselho<br />

Veneráveis<br />

<strong>do</strong> Triângulo<br />

É certo que se formos analisar o contexto “Violência”, nos termos em que é<br />

apresenta<strong>do</strong> no preâmbulo <strong>do</strong> tema, estaremos fada<strong>do</strong>s a concluir pelas estatísticas<br />

apresentadas. O Brasil é uma democracia jovem e com uma economia<br />

que somente agora mostra sua pujança e vigor. Somos grandes e vivemos uma<br />

transição em que uma maioria absoluta mal saiu da condição de miserabilidade para uma condição de classe média<br />

emergente. Conflitos sociais são peculiares nessas circunstâncias. Há, também, o desdém daqueles que querem tirar<br />

proveito deste momento. O tráfico de drogas cresce, porque ofertamos “rios de dinheiro” a abastecê-lo. A corrupção<br />

toma conta de nosso dia impunemente. A omissão de to<strong>do</strong>s que deveriam zelar pela moral, pela honra e pela<br />

integridade de nossas instituições, exemplos que deveríamos enaltecer, hoje se veem mancha<strong>do</strong>s em seus próprios<br />

<strong>do</strong>mínios. É chegada a hora não só de agirmos, mas também de reagirmos, antes que seja tarde demais.<br />

(*) a Ong g7 - Grupo <strong>do</strong>s Sete - é formada por grandes instituições sociais ativas na região <strong>do</strong> Triângulo<br />

Mineiro e Alto Paranaíba. São elas: aCiUB - <strong>As</strong>sociação Comercial e Industrial de Uberlândia, CDL - Câmara<br />

de Dirigentes Lojistas de Uberlândia, CVt - Conselho de Veneráveis <strong>do</strong> Triângulo, FieMg Regional Vale <strong>do</strong><br />

Paranaíba/CINTAP - Centro Industrial e Integração de Negócios <strong>do</strong> Triângulo, OaB/Mg 13ª Subseccional<br />

de Uberlândia, SRU - Sindicato Rural de Uberlândia e SMU - Sociedade Médica de Uberlândia.<br />

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