jornal 23c - Agrupamento de Escolas das Dairas

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Noite de 29 para 30 de Abril. Todos esperam por um professor, que nunca mais chega. E logo este, que tem a relação dos alunos e professores a participar na visita de estudo à cidade espanhola de Sevilha: sem ele ninguém pode entrar para o autocarro que há longos minutos se encontra estacionado junto ao Parque das Carvalhas. Procedimentos legais cumpridos, toda a massa humana dentro do autocarro, e lá vamos nós em direcção a sul para regozijo dos pais e outros encarregados de educação que não viam a hora de regressar ao conforto de seus lares. Já não bastava ter que desembolsar a maquia para a dita visita e ainda tinham que perder uma noite de sono. Se uns foram felizes para casa, outros seguiram felicíssimos em direcção a paragens mais calientes e exóticas. Alunos no andar cimeiro do autocarro, juntamente com dois acompanhantes. Três dos acompanhantes no andar de baixo da mesma “carreira”, uma vez que, e em virtude da idade, tinham que descansar. Paragem na área de serviço de Antuã para mudar de condutor e esperar por outro autocarro. Novamente feitos à estrada, lá fomos seguindo rumo a Vila Real de Santo António, onde atravessámos a fronteira. Passada a divisão territorial, já tínhamos à perna uma patrulha da Guardia Civil. Pensámos: “gostam muito de nós”. Até já nos vão mandar parar. Convencidos! Ordenaram que seguíssemos. Eis que, todos ensonados, pois isto de passar uma noite em branco não é para todos, avistámos a capital da Andalucía. Pois sim, avistamos a cidade. No entanto, o que nos interessava era o parque de diver- 6 sões “Isla Magica”. E esta que nunca mais se via! Interrogámo-nos sobre se os motoristas sabiam onde se encontrava tal desiderato. Eis que aparece o tão almejado parque. Depois de um almoço ingerido a toda a pressa, toca a correr para o parque que se fazia tarde. Uma vez lá dentro, dois dos acompanhantes, e lembrando-se do que se tinha passado no ano transacto, logo se interrogaram se haveria carrinhos de choque, uma vez que alto radicalismo não é muito do seu agrado. Desilusão. Jovens mais afoitos, em alto galope, dirigem-se para a montanha-russa, enquanto outros se dirigem para os rápidos. Então, montanha-russa acima, montanha-russa abaixo, rápido para aqui, rápido para ali, eis que a algazarra é total. Não havia maneira de alguém se cansar. Há que aproveitar todos os divertimentos ao máximo. Também os professores se encheram de coragem e lá desceram um rápido, dos mais pequeninos, mesmo assim todos encharcados! Não houve problema, estava calor e assim secavam depressa. Se assim era, há que repetir. Eis que, num ápice, chega a hora de fecho do parque. Todos se dirigem para o autocarro e numa grande ansiedade percorrem o caminho até ao hotel. Aí chegados, há que distribuir os quartos. Uns mais satisfeitos que outros, vão conhecer os seus aposentos e procurar acomodarse devidamente. É a hora do repasto. Ai que saudades da rica bacalhoadazinha portuguesa! Estes espanhóis sempre têm um manjar um tanto ao quanto esquisito. Estômago aconchegado, todos têm que se divertir até à hora de recolha aos quartos. XXIII - Junho 2010 Surpresa de toda a gente! Às onze e meia, menos uma em Portugal, todos tinham que estar em silêncio. Para português não é hora de cama. Passa-se uma noite de repouso. Devidamente revigorados, vamos à descoberta da cidade de Sevilha. Era o Primeiro de Maio. Manifestações de trabalhadores a cortarem o trânsito, exigindo os seus direitos. Coisa que no momento não nos interessava. A nossa missão era outra. Dirigimo-nos à Catedral, obra monumental. Depois de devidamente observada por fora e de vistos bastantes casamentos, era a hora de almoçar. Barriga cheia, eis que alguém teve a ideia de todos irem passear nas margens do rio Guadalquivir. Azar de todos, o professor Diamantino tomou a dianteira. Tínhamos caminhada para horas. Não nos enganámos, tanto fazia protestar como não. Era para caminhar, era para caminhar. Para consolo nosso, avistámos a Catedral com a sua torre Giralda. Vamos descansar, pensamos. Notícia triste para alguns, tinham que fazer mais um esforço. A Catedral encontrava-se à nossa espera de braços abertos para ser visitada. Para compreender a grandiosidade do monumento, muito ajudaram as eloquentes explicações do professor Diamantino. No entanto, muitos já só queriam descansar, aproveitando a frescura do interior do edifício milenar. Belo o túmulo do grande navegador Cristóvão Colombo, imponente o altar mor, peças valiosíssimas de Arte Sacra. Faltava um pequeno esforço: subir a torre. Iniciamos a empreitada. Era íngreme e longa a escalada. Valeu a pena, as vistas eram deslumbrantes. Viagem de regresso. A Guardia Civil decidiu fazer uma visita ao autocarro. Desilusão deles: eram, apenas, estudantes. Em grande alegria, estrada fora, eis que chegámos sãos e salvos a Vale de Cambra. Para o ano há mais. É uma promessa! Martinho Vilarinho
Com a finalidade de promover o desenvolvimento da atenção e memória, duas funções cognitivas essenciais para a aprendizagem, através de práticas cooperativas foi aborda- Olá amiguinhos! Numa das aulas dadas pela professora Ana Silva, professora de Educação Especial, UMA LIÇÃO... Estejamos unidos, um ao lado do outro Apesar das diferenças, Tanto nos momentos fáceis Como nas horas de trabalho. Tal como os gansos em forma de “V” Conseguem voar melhor, NÓS, em grupo, Trabalhamos melhor! Eles protegem-se uns aos outros No salão de ginástica da EB2,3 Dairas, a pretexto de se oferecer uma viagem gratuita a Paris, o talento soltou-se dos nossos jovens alunos e inebriou plateia e jurados, na noite de 4 de Junho. Efectivamente, sete jovens da nossa escola (Ana Rita Correia, Ana Sofia Vilar, Carolina Pinho, Jéssica Martins, Joana Ferreira, Marta Silva e Melanie Pereira), após duas prestações individuais, não só mostraram aos cerca de cento e cinquenta assistentes como se pode ter imenso talento, como ainda fizeram acreditar que vale a pena continuar a apostar sem limites no futuro de todos nós. A missão do júri (Cristina Santos, Helena Pereira, Isabel Almeida, Martinho Almeida e Nelson Martins), felizmente não terá sido facilitada, pois, no limite era necessário distinguir uma de entre as brilhantes concorrentes. Com as pontuações finais a variar entre 7 da a história O Voo dos Gansos. Com esta história pretendeu-se sensibilizar para a diferença, promover o respeito pela diferença e diversidade, incutindo nos alunos alguns valores como a tolerância, solidariedade, compreensão, cooperação e entreaju- vimos um PowerPoint que contava a história sobre o Voo dos Gansos. Os gansos, em bando, voam em forma de V para ser mais fácil e todos chegarem ao seu destino, o Sul. Para isso, os gansos ajudamse uns aos outros e todos ocupam um lugar e têm uma função. O da frente é o líder. Quando esse está cansado muda de posição. Aos gansos da frente cabe fazer mais força, enquanto os de trás gritam para apoiar e motivar os da frente. Ao longo do PowerPoint fomos estabelecendo a relação entre a história e a nossa vida, a forma como nos devemos comportar e agir Quando um está cansado, o outro substitui Quando algum está ferido, é apoiado. NÓS devemos ajudar-nos e apoiar-nos uns aos outros, Porque sozinhos a vida não faz sentido E é mais difícil! A união faz a força! Com respeito, amizade e compreensão todos somos melhores. Jorge nº12, José Eduardo Nº13, 12.0 e 13.2, Jéssica Martins pôde esboçar o maior sorriso, após uma soberba conjugação de ritmos, onde a expressividade e a coreografia foram determinantes. Se Paris ficou mais próximo da Jéssica, o talento de todas as jovens entranhou-se no público, tendo o ambiente ficado ainda mais apoteótico com as actuações dos Voyeurs, onde pontifica a voz da Beatriz Silva e os sons de ex-alunos da EB2,3 Dairas. Esta rapaziada, tal como a Garagem, banda da EB2,3 Dairas em boa hora formada pelo professor Diamantino Antunes, e onde a Beatriz também dá a voz, puseram o pessoal a cantar e a mexer-se. À borla até Paris, fora o pretexto para juntar corajosas e laboriosas predestinadas, sol- XXIII - Junho 2010 da, valores essenciais a futuros cidadãos. Os alunos mostraram-se receptivos, interessados, participativos, envolveram-se, reflectiram e retiraram conclusões pertinentes. Eis algumas reflexões. Ana Isabel Silva com os outros. Concluímos que, apesar de diferentes, todos somos importantes. Devemos ajudar e motivar os colegas sempre que precisam; não devemos gozar com os colegas que têm mais dificuldades ou quando estão errados; devemos colaborar uns com os outros dentro do que sabemos. Quando trabalhamos em grupo não devemos falar de coisas que não têm a ver com o tema. Todos devem participar e devemos falar um de cada vez. É só pôr em prática! Rute, Vera, Marco Filipe, José e Luís 6º D tando-se as amarras ao talento e proporcionando às famílias um agradável momento de convívio. Se a Beatriz Melo Silva foi a apresentadora, que jamais perdeu o controlo do espectáculo, a grande impulsionadora e mentora do projecto é a professora Helena Pereira. Em conclusão, realçamos que as Dairas são um dos imensos exemplos a demonstrar ser possível extrair talento, fomentando o sucesso aos diferentes alunos da escola pública, assim saibamos encarar as situações normais, e as mais difíceis, com seriedade e humildade intelectual. Nelson Martins
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