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Edição 148 - Jornal Rascunho

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8<br />

<strong>148</strong> • agosto_2012<br />

aMar, verbo ateMPoral<br />

Celina portocarrero (org.)<br />

rocco<br />

240 págs.<br />

a coletânea de poemas que<br />

versam sobre o amor, organizada<br />

pela poeta e tradutora Celina<br />

portocarrero, traça um panorama<br />

da poesia brasileira, ao reunir 50<br />

poemas de autores clássicos,<br />

nascidos entre 1623 e 1897, e<br />

mais 50 inéditos, de autores<br />

nascidos entre 1936 e 1989.<br />

ao final da leitura, o leitor<br />

perceberá que o amor não<br />

envelhece e está sempre atual.<br />

entre o treM<br />

e a PlataForMa<br />

lucimar mutarelli<br />

prumo<br />

160 págs.<br />

laura é uma personagem<br />

contraditória, carente, desprotegida<br />

e cruel. sua rotina monótona do<br />

trabalho para casa é esmiuçada<br />

nesta obra, que se passa no<br />

metrô de são paulo e lá foi<br />

inteiramente escrito pela autora.<br />

as observações que conduziu<br />

em seu próprio itinerário foram<br />

determinantes para a construção<br />

de cenas e personagens do livro.<br />

a globo da<br />

rua da Praia<br />

José otávio bertaso<br />

globo livros<br />

334 págs.<br />

originalmente publicado em<br />

1993, o livro resgata a história da<br />

editora globo de porto alegre,<br />

que inovou o mercado editorial<br />

brasileiro nos anos 1930 e 1940,<br />

ao publicar grandes nomes da<br />

literatura mundial, como Joyce e<br />

proust, além de nacionais, como<br />

erico verissimo. tudo isso apesar<br />

de estar localizada à margem dos<br />

grandes centros, rio e são paulo.<br />

o segredo e<br />

outras Histórias<br />

de desCoberta<br />

lygia fagundes telles<br />

Companhia das letras<br />

96 págs.<br />

a experiência do amadurecimento<br />

é o fio condutor dos cinco contos<br />

da escritora aqui reunidos,<br />

escritos em fases distintas de sua<br />

carreira. os narradores, crianças<br />

ou adolescentes, meninos ou<br />

meninas, deparam-se com a<br />

descoberta do amor, a frustração<br />

perante um segredo de família<br />

e o contato com a morte.<br />

inQuérito : : marCelino Freire<br />

então, é isso?<br />

José marins (org.)<br />

araucária Cultural<br />

224 págs.<br />

o livro reúne 50 contos de dez<br />

escritores paranaenses: a. a.<br />

de assis (maringá), Consolação<br />

s. buzelin, fabiano Wunder,<br />

fernando buzzá machado,<br />

Joana rolim, José marins, lila<br />

tecla, lygia l. dos santos,<br />

regina bostulim e susan blum<br />

(todos de Curitiba). as idades<br />

vão do jovem iniciante ao<br />

escritor veterano, compondo<br />

um painel do conto paranaense.<br />

tHiago barbalHo vai<br />

Para o Fundo do Poço<br />

thiago barbalho<br />

edith<br />

104 págs.<br />

terceiro volume da Coleção Que<br />

viagem, o livro de estréia do autor<br />

conta a história de um garoto<br />

atormentado e que passa as férias<br />

trancado em casa. a recente<br />

perda de seu porquinho-da-índia<br />

e problemas na relação com a<br />

mãe e o padrasto farão com que<br />

ele cave um buraco no quintal e<br />

esconda-se juntamente com seu<br />

animal de estimação enterrado.<br />

da tosse de bandeira<br />

QUEM<br />

pernambucano<br />

SOMOS C O N TA T O ASSINATURA DO JORNAL IMPRESSO C A R TA S<br />

de sertânia, MarCelino Freire nasceu em 20 de março de<br />

1967. passou pelo recife. e desde 1991 reside em são paulo. Começou a escrever<br />

para o teatro, trabalhou como bancário e chegou a iniciar a faculdade de letras<br />

na universidade Católica de pernambuco, sem concluí-la. participou da oficina de<br />

criação literária do escritor raimundo Carrero e publica seus dois primeiros livros de forma<br />

independente: acrústico, em 1995, e eraodito, em 1998. dois anos depois, publica angu de<br />

sangue, livro de contos que o lançaria na cena literária contemporânea. vence o prêmio Jabuti<br />

de 2006 por Contos negreiros e organiza a antologia os cem menores contos brasileiros<br />

do século. em 2006, criou a balada literária, evento que reúne escritores nacionais e<br />

internacionais no bairro paulistano da vila madalena. seu livro mais recente é amar é crime,<br />

lançado em julho de 2011 pelo coletivo edith, do qual faz parte. nesta divertida conversa,<br />

freire deixa claro seu traquejo de “micro contista” em respostas breves, porém afiadas.<br />

RES COLUNISTASDOM CASMURRO ENSAIOS E RESENHAS ENTREVISTASPAIOL LITERÁRIO PRATELEIRA NOTÍCIAS OTRO OJO<br />

• Quando se deu conta de que<br />

queria ser escritor?<br />

Quando eu tinha nove anos e Manuel<br />

Bandeira tossiu em cima de mim.<br />

• Quais são suas manias e obsessões<br />

literárias?<br />

Escrever livros que a minha família<br />

não leia.<br />

• Que leitura é imprescindível<br />

no seu dia-a-dia?<br />

A rua.<br />

• Quais são as circunstâncias<br />

ideais para escrever?<br />

Sem incenso.<br />

• Quais são as circunstâncias<br />

ideais de leitura?<br />

Quando estou feliz leio para ficar<br />

triste.<br />

• O que considera um dia de<br />

trabalho produtivo?<br />

Quando rasgo tudo o que escrevi<br />

naquele dia.<br />

• O que lhe dá mais prazer no<br />

processo de escrita?<br />

A reescrita.<br />

• Qual o maior inimigo de um<br />

escritor?<br />

O preço de seu livro.<br />

• O que mais lhe incomoda no<br />

meio literário?<br />

O vinho branco e o patê de fígado.<br />

• Um autor em quem se deveria<br />

prestar mais atenção.<br />

Aquele meu amigo que ficou de<br />

fora da Granta.<br />

• Um livro imprescindível e<br />

um descartável.<br />

A Bíblia, imprescindível e descartável.<br />

• Que defeito é capaz de destruir<br />

ou comprometer um livro?<br />

um autor mala.<br />

• Que assunto nunca entraria<br />

em sua literatura?<br />

O assunto.<br />

• Qual foi o canto mais inusitado<br />

de onde tirou inspiração?<br />

Da merda da inspiração.<br />

• Quando a inspiração não<br />

vem...<br />

Eu pego um táxi.<br />

• O que é um bom leitor?<br />

Aquele que só lê o que quer.<br />

• O que te dá medo?<br />

Tenho medo do meu fígado.<br />

• O que te faz feliz?<br />

A solidão.<br />

• Qual dúvida ou certeza guia<br />

seu trabalho?<br />

A dúvida é minha única certeza.<br />

• Qual a sua maior preocupação<br />

ao escrever?<br />

Terminar logo para poder ir fazer<br />

outras coisas.<br />

• A literatura tem alguma obrigação?<br />

Com o Diabo, talvez.<br />

• Qual o limite da ficção?<br />

O que vem antes do ponto final.<br />

• O que lhe dá forças para escrever?<br />

Saber que eu sou um covarde.<br />

• Se um ET aparecesse na sua<br />

frente e pedisse “leve-me ao seu<br />

líder”, a quem você o levaria?<br />

Ao Chocottone.<br />

• O que você espera da eternidade?<br />

Nenhuma resposta.<br />

a suPerFíCie<br />

da soMbra<br />

tailor diniz<br />

grua<br />

160 págs.<br />

a avenida internacional separa<br />

as cidades de poblado oriental<br />

e passo do Catí, e também<br />

o brasil do uruguai. é para lá<br />

que antônio se dirige, a fim de<br />

conversar com a mãe. Chega<br />

para seu funeral. mais que<br />

uma fronteira entre países, o<br />

autor explora o limite entre luz<br />

e sombra, dúvidas e certezas<br />

e narradores diversos.<br />

aQueles livros<br />

não Me iludeM Mais<br />

Cícero belmar<br />

a girafa<br />

80 págs.<br />

lidas separadamente, as dez<br />

narrativas que compõem esta<br />

obra podem ser tomadas como<br />

contos. lidas em seqüência, porém,<br />

assumem o papel de capítulos<br />

e transformam o livro em uma<br />

novela. brincando com o conceito<br />

tradicional de gêneros literários,<br />

o autor constrói uma história que,<br />

nas palavras dele, pertence ao<br />

gênero da “diversidade literária”.<br />

prateleira : : naCional<br />

QUEM SOMOS C O N TA T O ASSINATURA DO JORNAL IMPRESSO C A R TA S<br />

EDIÇÕES ANTERIORES COLUNISTASDOM CASMURRO ENSAIOS E RESENHAS ENTREVISTASPAIOL LITERÁRIO PRATELEIRA NOTÍCIAS OTRO OJO<br />

antologia do teatro<br />

brasileiro (séCulo<br />

xix) – Comédia<br />

alexandre mate e pedro<br />

m. schwarcz (orgs.)<br />

penguin-Companhia<br />

480 págs.<br />

apesar de desdenhada por críticos,<br />

intérpretes e mesmo autores, a comédia<br />

consolidou-se desde o século 19<br />

como a vocação maior da dramaturgia<br />

nacional. esta antologia reúne, entre<br />

outras, a farsesca comédia de costumes<br />

de martins pena, o vaudeville burlesco<br />

de Joaquim manuel de macedo e a<br />

ironia elegante de machado de assis.<br />

bem-vindo<br />

org.: fabrício Carpinejar<br />

bertrand brasil<br />

126 págs.<br />

antologia de histórias<br />

fictícias sobre dez cidades<br />

brasileiras de nomes curiosos<br />

e misteriosos, como são José<br />

dos ausentes, espera feliz e<br />

saudades. entre os autores,<br />

nomes como altair martins,<br />

luiz ruffato, marçal aquino<br />

e João Carrascoza tecem<br />

narrativas que privilegiam o<br />

interior e o desconhecido, para<br />

atrair a sanha do viajante.<br />

renato parada/divulgação

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