Iraí mostra potencialidades - Folha do Noroeste
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29 de junho de 2012<br />
desde conseguir uma ficha na Unidade<br />
Central de Saúde e consultar com um<br />
clínico geral –, ouviu das atendentes<br />
que nenhum profissional da área no<br />
município possuía convênio com o<br />
SUS e foi orienta<strong>do</strong> a pagar uma consulta<br />
particular, no valor de R$ 180,<br />
se quisesse receber o atendimento<br />
necessário.<br />
Outra sugestão da Secretaria de Saúde<br />
foi realizar uma consulta em Rodeio<br />
Bonito ao valor de R$ 80. No entanto,<br />
Geanmarcos ainda avaliou os custos<br />
como altos, consideran<strong>do</strong> que é ainda<br />
estudante e não possui remuneração.<br />
Para Geanmarcos o atendimento<br />
de saúde disponibiliza<strong>do</strong> no município<br />
é avalia<strong>do</strong> como “de certa<br />
qualidade”, porém o descaso <strong>do</strong>s<br />
profissionais da saúde que não são<br />
convenia<strong>do</strong>s com o SUS, e até mesmo<br />
outros convênios não tão populares,<br />
é um absur<strong>do</strong> para um município<br />
em ascensão, como Frederico Westphalen.<br />
“Um município com quatro<br />
universidades e que arrecada quantia<br />
elevada de impostos, permita ser assim<br />
denomina<strong>do</strong>, está cometen<strong>do</strong> um<br />
grande equívoco. Além disso, com<br />
tal mentalidade <strong>do</strong>s profissionais que<br />
prestam mão de obra qualificada à<br />
saúde e preferem não conveniar-se<br />
com o SUS para arrecadarem maior<br />
quantia pelos atendimentos não convenia<strong>do</strong>s,<br />
desta forma privam as pessoas<br />
de atendimento, que por algum<br />
motivo submetem-se a tal descaso”,<br />
destacou Geanmarcos.<br />
O que diz a<br />
Secretaria de Saúde<br />
De acor<strong>do</strong> com a secretária de<br />
Saúde de Frederico Westphalen, Taís<br />
Candaten, a grande demanda de solicitação<br />
de medicamentos e a demora<br />
na entrega <strong>do</strong>s remédios por parte das<br />
empresas ganha<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s processos<br />
licitatórios acarreta a falta eventual<br />
de algum fármaco. Além disso, Taís<br />
explicou que a lista básica de medicamentos<br />
disponibiliza<strong>do</strong>s gratuitamente<br />
à população – mediante apresentação<br />
de receita médica –, aumentou de<br />
90 para aproximadamente 300 itens,<br />
conforme as normas estabelecidas<br />
pelo Ministério da Saúde, dificultan<strong>do</strong><br />
a aquisição <strong>do</strong>s medicamentos.<br />
Taís relatou ainda a equipe de<br />
reportagem <strong>do</strong> <strong>Folha</strong> <strong>do</strong> <strong>Noroeste</strong>,<br />
que em Frederico Westphalen, para as<br />
empresas participarem <strong>do</strong>s processos<br />
licitatórios visan<strong>do</strong> a comercialização<br />
de medicamentos precisam ter certifica<strong>do</strong>s<br />
atestan<strong>do</strong> qualidade e eficácia<br />
<strong>do</strong> remédio. “Como exemplo deste <strong>do</strong>cumento,<br />
existe o certifica<strong>do</strong>-registro<br />
<strong>do</strong> produto na Agência Nacional de<br />
Vigilância Sanitária (Anvisa), credenciamento<br />
com laboratórios, boas práticas<br />
e autorização de funcionamento.<br />
Muitas empresas não têm a <strong>do</strong>cumentação,<br />
e acabam não participan<strong>do</strong>. No<br />
entanto, esta exigência garante qualidade<br />
na medicação distribuída”.<br />
Outro motivo pelo qual as empresas<br />
alegam não participarem das<br />
licitações é a falta de matéria-prima<br />
para a fabricação <strong>do</strong>s medicamentos,<br />
impossibilitan<strong>do</strong> desta forma a entrega<br />
<strong>do</strong>s medicamentos no prazo.<br />
– Há também empresas que após<br />
vencer a licitação ainda têm um prazo<br />
para entrega <strong>do</strong>s medicamentos.<br />
A secretaria procura antecipar esses<br />
trâmites burocráticos, porém, com<br />
esses empecilhos acabam atrasan<strong>do</strong><br />
as entregas –, acrescentou.<br />
Já no caso da medicação para<br />
os pacientes que sofrem <strong>do</strong> Mal de<br />
Parkinson, Taís disse que é de responsabilidade<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. “Muitas<br />
vezes o próprio governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />
não repassa os remédios, atrasan<strong>do</strong><br />
até três meses. Em casos especiais<br />
o município auxilia o paciente, pois<br />
a meta é sempre priorizar a vida <strong>do</strong><br />
ser humano, mas com bom senso.<br />
Às vezes o município não dispõe de<br />
tantos recursos, porém, para auxiliar<br />
os pacientes a equipe da Secretaria de<br />
Saúde contata o Esta<strong>do</strong> para agilizar<br />
a entrega de medicações até mesmo<br />
antes <strong>do</strong>s prazos”, justificou.<br />
Com relação aos pacientes com deficiência,<br />
a secretária de Saúde afirmou<br />
que essa parte da população recebe as<br />
medicações desde que apresente um atesta<strong>do</strong><br />
médico dizen<strong>do</strong> que é pessoa com<br />
deficiência. “A Secretaria não pode se<br />
responsabilizar entregan<strong>do</strong> medicamentos<br />
quan<strong>do</strong> não há indicação médica”, frisou.<br />
Sobre a ausência de médicos-especialistas,<br />
a secretária disse que a falta<br />
desses profissionais para atender pelo<br />
SUS é algo que se sabe que quem “contratualiza”<br />
e formaliza essa contratação<br />
é o Esta<strong>do</strong>. “Os municípios solicitam<br />
amparo maior e quem tem que ‘contratualizar’<br />
e referenciar os atendimentos<br />
por especialidade é o Esta<strong>do</strong>”, finalizou.<br />
Procedimento para<br />
conseguir medicamentos<br />
de uso contínuo<br />
Buscan<strong>do</strong> esclarecer as<br />
dúvidas <strong>do</strong>s pacientes sobre<br />
o procedimento para ter<br />
acesso aos medicamentos de<br />
uso contínuo através da Secretaria<br />
Estadual de Saúde<br />
(SES), a reportagem <strong>do</strong> FN<br />
entrevistou o responsável<br />
pela Divisão de Assistência<br />
Farmacêutica da 19ª<br />
Coordena<strong>do</strong>ria Regional de<br />
Saúde (19ª CRS), Rodrigo<br />
Lanza.<br />
Segun<strong>do</strong> Lanza, para ter<br />
acesso aos medicamentos,<br />
o usuário precisa, primeiramente,<br />
ser atendi<strong>do</strong> por<br />
algum médico credencia<strong>do</strong><br />
pelo SUS, realizar to<strong>do</strong>s<br />
os procedimentos, exames,<br />
e esclarecer a <strong>do</strong>ença e o<br />
tratamento. “Com a receita,<br />
que contenha o nome <strong>do</strong><br />
princípio ativo e denomi-<br />
<strong>Folha</strong> <strong>do</strong> <strong>Noroeste</strong> 9<br />
nação genérica, o paciente deverá<br />
dirigir-se à Secretaria de Saúde <strong>do</strong><br />
município onde reside, ou conferir<br />
se o medicamento solicita<strong>do</strong> consta<br />
na relação de medicamentos disponibiliza<strong>do</strong>s<br />
pelo SUS, e verificar a<br />
qual Componente da Assistência<br />
Farmacêutica pertence – União, Esta<strong>do</strong><br />
ou município”, explicou Lanza<br />
acrescentan<strong>do</strong> que saben<strong>do</strong> a qual<br />
Componente da Assistência Farmacêutica<br />
o medicamento faz parte, o<br />
usuário, poderá consultar no site da<br />
SES – www.saude.rs.gov.br –, os<br />
procedimentos para abrir processos<br />
de solicitação de medicamentos,<br />
<strong>do</strong>cumentos e exames necessários<br />
e onde retirar estes medicamentos.<br />
O responsável pela Divisão de<br />
Assistência Farmacêutica da 19ª<br />
CRS, explicou ainda que estas e<br />
outras informações podem ser esclarecidas<br />
na Secretaria de Saúde <strong>do</strong><br />
município. “Alguns pacientes ficam<br />
Divulgação<br />
sem os medicamentos, porque esquecem,<br />
que em to<strong>do</strong> tratamento deve ser<br />
feita uma reavaliação pelo médico<br />
prescritor, para em seguida encaminhar<br />
novas receitas (cada receita tem<br />
validade de seis meses) e atualizar o<br />
processo e para que este permaneça<br />
deferi<strong>do</strong> e não sen<strong>do</strong> bloquea<strong>do</strong> por<br />
falta de atualização. Todas as solicitações<br />
de medicamentos devem ser<br />
encaminhadas até a Secretaria de<br />
Saúde de cada município, o qual fará<br />
avaliação, de qual o procedimento<br />
adequa<strong>do</strong> para solicitação <strong>do</strong>s mesmos”,<br />
asseverou Lanza.<br />
Parâmetro<br />
Na Medida Certa 3!<br />
Há exatamente um ano escrevi a coluna “Na Medida Certa<br />
2”. Naquela oportunidade estava empolga<strong>do</strong>, pois mais uma vez<br />
estava decidi<strong>do</strong> em emagrecer. Aquela velha “sanfona”. Aquela<br />
velha luta. Quan<strong>do</strong> escrevi já havia elimina<strong>do</strong> quatro quilos e<br />
estava faceiro. Aliás, alguns meses depois cheguei a eliminar dez<br />
quilos. Tinha como meta em um ano eliminar 15 quilos. Bem.<br />
Passou-se o ano e hoje estou com 4,6 quilos a menos apenas.<br />
Quem me acompanha sabe que emagreci 42 quilos depois de ter<br />
coloca<strong>do</strong> uma “banda gástrica” no estômago. Três anos depois<br />
engordei 20 quilos. Sal<strong>do</strong> 22 quilos. Voltei ao sacrifício e eliminei<br />
15 quilos novamente. Logo engordei os 15 quilos de novo. Foi<br />
quan<strong>do</strong> resolvi mais uma vez acabar com isso. Eliminei dez<br />
quilos. Neste momento engordei 5,4 quilos. Sal<strong>do</strong> ainda de 4,6<br />
quilos da meta e de 26,6 quilos a menos desde que fiz a cirurgia.<br />
Que confusão né. Quilos para cá. Quilos para lá. Mas faz<br />
parte da minha vida isso. Faz parte da vida de muita gente. Apesar<br />
disso mudei alguns hábitos interessantes. Caminho quase que<br />
diariamente. Acho que esta prática está ajudan<strong>do</strong> para manter e<br />
não engordar mais pelo menos. Refrigerante, bebo muito pouco.<br />
Por que não emagrecemos mais? Eu sei. Quem tem tendência<br />
para engordar não pode tirar férias. É uma injustiça. Per<strong>do</strong>em-<br />
-me, mas é sacanagem mesmo. Estamos fada<strong>do</strong>s ao sofrimento.<br />
Já sei de cor aqueles conselhos técnicos de nutricionistas –<br />
todas magrinhas e esbeltas, nunca vi uma nutricionista obesa..<br />
“rsrsrs” – que nos dizem que devemos fazer seis, oito e até dez<br />
refeições por dia. Esta é a fórmula correta. Também devemos<br />
gastar calorias. Faço várias refeições. Caminho. Bebo pouco<br />
refrigerante. Mas...<br />
Mas... nossa vida social nos mata. Não nos reunimos para<br />
almoçar. Reunimos-nos para jantar. Não é mesmo. “Bóia”.<br />
“Bóia”. Aniversários. Festas. Não resistimos. Mas quem tem<br />
tendência tem que resistir. Quem resistir emagrece. Então sabemos<br />
a fórmula. Não sabemos resistir. Ainda bem que parei de<br />
fumar, caminho. Podia emagrecer mais. Claro. A culpa é nossa. É<br />
uma dependência. Relaxamento. Quan<strong>do</strong> emagreço é porque não<br />
bebo álcool, faço as refeições corretas, mantenho os exercícios<br />
físicos e pronto. Que ciúmes que dá de pessoas que “comem”<br />
muito, mas muito e não engordam.<br />
Somos sim discrimina<strong>do</strong>s. Temos que criar uma associação<br />
eu acho. Estamos desprotegi<strong>do</strong>s. Vamos lá. Não pensem que<br />
vou desistir. Não podemos desistir. Vamos in<strong>do</strong>. Fechamos os<br />
olhos para aquela maionese de <strong>do</strong>mingo que sobrou que está lá<br />
geladinha na geladeira. Brincadeiras à parte, mas tem solução.<br />
Depende de nós. Podemos conseguir, basta a gente gritar bem<br />
alto: “não posso exagerar”. Só isso. Será? Agora me lembrei da<br />
minha querida sogra, que faz anos que conheço e sempre foi<br />
magra, mas se acha gorda.<br />
Certa vez ela disse: “nossa, estou obesa!”.<br />
Olhei bem para ela, olhei bem para mim e pensei: “eu estou<br />
o quê então?”.<br />
Até semana que vem.<br />
Carlos Alberto de Aguiar Júnior<br />
Capitão da Brigada Militar<br />
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais<br />
carlos-aguiar@brigadamilitar.rs.com.br