16.04.2013 Views

Diversidade da Fauna Edáfica em Campo Nativo, Cultura ... - UFSM

Diversidade da Fauna Edáfica em Campo Nativo, Cultura ... - UFSM

Diversidade da Fauna Edáfica em Campo Nativo, Cultura ... - UFSM

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Diversi<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Fauna</strong> <strong>Edáfica</strong> <strong>em</strong> <strong>Campo</strong> <strong>Nativo</strong>, <strong>Cultura</strong> de<br />

Cobertura Milho + Feijão de Porco sob Plantio Direto e Solo<br />

Descoberto<br />

LUIZ E. JACOBS 1 ; FLÁVIO L.F. ELTZ 2 ; MARTA R. ROCHA 3 ; PAULO L. GUTH 3 ; CLÉRIO<br />

HICKMAN 4 .<br />

RESUMO: Analisar a riqueza dos organismos do<br />

solo <strong>em</strong> diferentes habitat pode nos proporcionar<br />

informações que serão úteis para avaliações de sist<strong>em</strong>as<br />

de produção. O objetivo deste trabalho foi verificar a<br />

diversi<strong>da</strong>de <strong>em</strong> que os organismos <strong>da</strong> meso e<br />

macrofauna são encontrados no solo <strong>em</strong> áreas de<br />

campo nativo, <strong>em</strong> solo com cultura de cobertura milho<br />

+ feijão de porco sob plantio direto e solo descoberto.<br />

As coletas de <strong>da</strong>dos foram realiza<strong>da</strong>s mensalmente por<br />

um período de sete meses <strong>em</strong> uma área experimental do<br />

Departamento de Solos <strong>da</strong> <strong>UFSM</strong>. Na análise dos<br />

organismos, utilizou-se dos índices de diversi<strong>da</strong>de de<br />

Simpson e de Shannon. De acordo com a tabela 1<br />

observa-se que no campo nativo e na área com cultura<br />

de cobertura milho + feijão de porco obtiveram-se<br />

valores elevados para os índices de Shannon <strong>em</strong> todos<br />

os meses e valores relativamente baixos para os índices<br />

de Simpson na maioria dos períodos. Também pode-se<br />

observar que no solo descoberto, foram encontrados<br />

valores baixos e nulos para os índices de Simpson e<br />

Shannon. Na tabela 2 ao comparar o campo nativo,<br />

cultura de cobertura milho + feijão de porco e solo<br />

descoberto, verifica-se que a t<strong>em</strong>peratura foi maior <strong>em</strong><br />

todos os meses no solo descoberto. Já a umi<strong>da</strong>de teve<br />

uma que<strong>da</strong> se compararmos ao campo nativo. A<br />

umi<strong>da</strong>de no campo nativo manteve-se maior do que a<br />

cultura de cobertura milho + feijão de porco e solo<br />

descoberto <strong>em</strong> todos os períodos, e nos meses de<br />

dez<strong>em</strong>bro, janeiro e fevereiro a umi<strong>da</strong>de na cultura de<br />

cobertura milho + feijão de porco apresentou menor<br />

valor <strong>em</strong> relação ao campo nativo e solo descoberto. O<br />

campo nativo apresentou-se como um bom habitat para<br />

várias espécies de organismos, por manter um ambiente<br />

mais estável. Observou-se comparando os tratamentos<br />

que à medi<strong>da</strong> que o solo piora suas condições físicas e<br />

químicas, a diversi<strong>da</strong>de de organismos entra <strong>em</strong><br />

declínio. Áreas de solo maneja<strong>da</strong> com culturas sob<br />

plantio direto também pod<strong>em</strong> manter um ambiente<br />

diversificado de espécies. A t<strong>em</strong>peratura e a umi<strong>da</strong>de<br />

do solo pod<strong>em</strong> se tornar fatores limitantes ao<br />

crescimento <strong>da</strong> população de organismos do solo.<br />

Introdução<br />

O solo caracteriza-se como um reservatório<br />

faunístico composto por uma enorme diversi<strong>da</strong>de de<br />

organismos que garant<strong>em</strong> o seu biofuncionamento e a<br />

sustentação de todo o bioma. ANDRÉ [1] encontrou <strong>em</strong><br />

1m 2 mais de um milhão de indivíduos e supôs que o<br />

sist<strong>em</strong>a decompositor (serapilheira + solo) seja um dos<br />

maiores reservatórios de riqueza e biodiversi<strong>da</strong>de<br />

biológica <strong>da</strong> biosfera.<br />

A comuni<strong>da</strong>de edáfica do solo influencia<br />

principalmente na ciclag<strong>em</strong> de nutrientes e na melhoria<br />

<strong>da</strong> estrutura do solo. O conhecimento do papel dos<br />

organismos na fertili<strong>da</strong>de do solo é fun<strong>da</strong>mental para a<br />

compreensão do comportamento dos ecossist<strong>em</strong>as, pois<br />

a decomposição, considera<strong>da</strong> como um processo chave<br />

para a manutenção <strong>da</strong> fertili<strong>da</strong>de dos solos (LAVELLE<br />

[2]), é o produto de interações complexas entre uma<br />

comuni<strong>da</strong>de diversa de microrganismos e invertebrados<br />

do solo (SWIFT [3]).<br />

Estudos d<strong>em</strong>onstram que a mesofauna e<br />

macrofauna são muito sensíveis ás modificações <strong>da</strong><br />

cobertura e <strong>da</strong> estrutura do solo. Segundo SILVEIRA<br />

NETO [4] a população de organismos do solo está na<br />

dependência direta dos fatores ambientais e, quando<br />

fatores favoráveis são mais numerosos que os<br />

desfavoráveis, a população aumenta; ao contrário, a<br />

população diminui.<br />

Dessa forma, a diversi<strong>da</strong>de de organismos<br />

existentes no solo, ou seja, a riqueza de espécies e sua<br />

uniformi<strong>da</strong>de de distribuição no grupo d<strong>em</strong>onstram<br />

indiretamente as condições ambientais <strong>da</strong> área, podendo<br />

servir como indicadores <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do solo e<br />

proporcionar informações que serão úteis para<br />

avaliações <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as de produção. Neste sentido<br />

realiza-se esse trabalho que t<strong>em</strong> como objetivo avaliar a<br />

diversi<strong>da</strong>de de organismos encontrados no solo <strong>em</strong><br />

campo nativo, <strong>em</strong> solo com cultura de cobertura milho +<br />

feijão de porco sob plantio direto, e <strong>em</strong> solo descoberto.<br />

1<br />

Primeiro autor: Acadêmico de Agronomia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal de Santa Maria, Departamento de Solos, CEP:97105-900, Santa Maria, RS,<br />

e-mail: leugenioagro@yahoo.com.br( apresentador do trabalho)<br />

2<br />

Segundo autor: Professor Titular do Departamento de Solos <strong>da</strong> <strong>UFSM</strong>;<br />

3<br />

Terceiro autor: Acadêmico(a) de Agronomia <strong>UFSM</strong>.<br />

4<br />

Quarto autor: Mestrando <strong>em</strong> Ciências do Solo <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal de Viçosa, Minas Gerais.


Palavras-Chave: fauna edáfica, t<strong>em</strong>peratura,<br />

umi<strong>da</strong>de.<br />

Material e métodos<br />

O experimento está localizado <strong>em</strong> área<br />

pertencente ao Departamento de Solos <strong>da</strong> <strong>UFSM</strong>, Santa<br />

Maria, região fisiográfica <strong>da</strong> Depressão Central do<br />

estado do Rio Grande do Sul. O delineamento foi<br />

Casualizado com cinco tratamentos e duas repetições,<br />

com parcelas medindo 3,5 m de largura e 22 m de<br />

comprimento. O solo é classificado como<br />

ARGISSOLO VERMELHO Distrófico arênico<br />

(EMBRAPA [5]). Conforme a classificação de<br />

Köeppen o clima é do tipo “Cfa” subtropical úmido<br />

s<strong>em</strong> estiag<strong>em</strong>, com precipitação média anual de 1686<br />

mm (1961- 1990) e t<strong>em</strong>peratura média anual de.<br />

19,3°C. As coletas de solo para determinar a meso e<br />

macrofauna, foram realiza<strong>da</strong>s mensalmente no período<br />

de outubro de 2005 até fevereiro de 2006, e nos meses<br />

de maio e julho de 2006 nas parcelas de campo nativo,<br />

cultura de cobertura milho + feijão de porco e solo<br />

descoberto. Nas parcelas foram coleta<strong>da</strong>s amostras de<br />

solo <strong>em</strong> oito pontos diferentes com trado calador 2 cm<br />

de diâmetro, na profundi<strong>da</strong>de de 0-20 cm. A seguir,<br />

realizou-se a flutuação <strong>da</strong> amostra de solo. A contag<strong>em</strong><br />

dos organismos foi feita com um microscópio<br />

estereoscópio.<br />

As coletas de t<strong>em</strong>peratura e umi<strong>da</strong>de foram<br />

realiza<strong>da</strong>s nas profundi<strong>da</strong>des de 0-2 cm; 2-5 cm; 5-10<br />

cm; 10-20 cm, no mesmo horário <strong>da</strong> coleta dos<br />

organismos. Os <strong>da</strong>dos de t<strong>em</strong>peratura foram obtidos<br />

por meio de geotermômetros. Para verificar a umi<strong>da</strong>de,<br />

o solo foi coletado e pesado, após secag<strong>em</strong> <strong>da</strong> amostra<br />

a 105ºC até peso constante, foi novamente pesado e<br />

determinado à porcentag<strong>em</strong> de água existente. Os<br />

valores de t<strong>em</strong>peratura e umi<strong>da</strong>de foram somados e<br />

divididos por quatro para se ter uma média na<br />

profundi<strong>da</strong>de de 0-20 cm.<br />

Para a análise dos <strong>da</strong>dos utilizou-se dois índices:<br />

Simpson e Shannon. O primeiro é um índice de<br />

dominância e reflete a probabili<strong>da</strong>de de dois indivíduos<br />

escolhidos ao acaso na comuni<strong>da</strong>de pertencer<strong>em</strong> à<br />

mesma espécie. Varia de 0 a 1 e quanto mais alto for,<br />

maior a probabili<strong>da</strong>de de os indivíduos ser<strong>em</strong> <strong>da</strong><br />

mesma espécie, ou seja, maior a dominância e menor a<br />

diversi<strong>da</strong>de. É calculado como: λ = ∑ pi 2 , onde pi:<br />

proporção de ca<strong>da</strong> espécie, para i variando de 1 a S<br />

(Riqueza), e pi: freqüência <strong>da</strong> espécie i. Já o índice de<br />

Shannon mede o grau de incerteza <strong>em</strong> prever a que<br />

espécie pertencerá um indivíduo escolhido, ao acaso,<br />

de uma amostra com S espécies e N indivíduos. Quanto<br />

menor o valor do índice de Shannon, menor o grau de<br />

incerteza e, portanto, a diversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> amostra é baixa.<br />

A diversi<strong>da</strong>de tende a ser mais alta quanto maior o<br />

valor do índice. É calculado por meio <strong>da</strong> fórmula H= -<br />

∑ ( pi ln pi) onde pi: freqüência de ca<strong>da</strong> espécie, para i<br />

variando de 1 a S (riqueza).<br />

Resultados e discussão<br />

Os organismos encontrados no solo<br />

correspond<strong>em</strong> às ordens Coll<strong>em</strong>bola, Isóptera,<br />

H<strong>em</strong>íptera, Hymenoptera, Orthóptera, Coleóptera,<br />

Mollusca, Aranae, Diplópo<strong>da</strong>, Quilópo<strong>da</strong>, Crustácea,<br />

Acarina, Anelídea, sendo que os mesmos foram<br />

encontrados <strong>em</strong> maior abundância na cama<strong>da</strong> de 0 a 5<br />

cm de profundi<strong>da</strong>de principalmente na área de campo<br />

nativo e na área com cultura de cobertura milho + feijão<br />

de porco.<br />

De acordo com a tabela 1, observa-se que no<br />

campo nativo obtiveram-se valores elevados para os<br />

índices de Shannon <strong>em</strong> todos os meses, e para os índices<br />

de Simpson obteve-se valores maiores nos meses de<br />

dez<strong>em</strong>bro, janeiro e maio. Nos d<strong>em</strong>ais meses ocorreu<br />

um declínio na quanti<strong>da</strong>de de organismos verifica<strong>da</strong><br />

pelos baixos valores do índice de Simpson. Na tabela 1<br />

também se pode observar que no solo com cultura de<br />

cobertura milho + feijão de porco obtiveram-se valores<br />

elevados para os índices de Shannon <strong>em</strong> todos os meses<br />

e valores baixos para os índices de Simpson exceto no<br />

mês de Janeiro. No solo descoberto observa-se<br />

novamente na tabela 1 que os valores dos índices foram<br />

muito baixos nos meses de outubro, fevereiro e maio;<br />

nos meses de dez<strong>em</strong>bro e janeiro ambos os valores dos<br />

índices foram nulos e nos meses de nov<strong>em</strong>bro e julho<br />

obtiveram-se valores muito baixos para os índices de<br />

Simpson e nulos para os índices de Shannon.<br />

Na tabela 2, ao compararmos o campo nativo e<br />

cultura de cobertura milho + feijão de porco <strong>em</strong> relação<br />

ao solo descoberto, verifica-se que no solo descoberto a<br />

t<strong>em</strong>peratura foi maior <strong>em</strong> todos os meses sendo que<br />

ocorreu um grande aumento de t<strong>em</strong>peratura nos meses<br />

de nov<strong>em</strong>bro, dez<strong>em</strong>bro e janeiro para este solo, já a<br />

umi<strong>da</strong>de teve uma que<strong>da</strong> se compararmos ao campo<br />

nativo. Visualiza-se também na tabela 2 que a umi<strong>da</strong>de<br />

no campo nativo manteve-se maior do que a cultura de<br />

cobertura milho + feijão de porco e solo descoberto, e<br />

nos meses de dez<strong>em</strong>bro, janeiro e fevereiro a umi<strong>da</strong>de<br />

na cultura de cobertura milho + feijão de porco<br />

apresentou menor valor <strong>em</strong> relação ao campo nativo e<br />

solo descoberto.<br />

Conclusões<br />

O campo nativo apresentou maior diversi<strong>da</strong>de de<br />

espécies de organismos. Áreas de solo manejado com<br />

culturas sob plantio direto também pode manter um<br />

ambiente diversificado para os organismos do solo.<br />

A degra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s condições físicas e químicas<br />

do solo descoberto diminui a diversi<strong>da</strong>de de organismos<br />

até se tornar praticamente inexistente.<br />

A t<strong>em</strong>peratura e a umi<strong>da</strong>de do solo pod<strong>em</strong> se<br />

tornar fatores limitantes ao crescimento <strong>da</strong> população de<br />

organismos do solo.


Referências<br />

[1] ANDRÉ, H. M.; NOTI, M. I.; LEBRUN, P. The soil fauna: the<br />

other last biotic frontier. Biodiversity and Bioch<strong>em</strong>istry, v. 3, p.<br />

45-56, 1994.<br />

[2] LAVELLE, P.; BLANCHART, E.; MARTIN, A.; SPAIN, A.;<br />

TOUTAIN, F.; BAROIS, I.; SCHAEFER, R. A hierarchical<br />

model for decomposition in terrestrial ecosyst<strong>em</strong>s: application to<br />

soils of the humid tropics. Biotropica, St. Louis, v. 25, p.130-<br />

150.<br />

[3] SWIFT, M. J.; HEAL, O.W.; ANDERSON, J.M. Decomposition<br />

in Terrestrial Ecosyst<strong>em</strong>s. California: University of California<br />

Press, 1979.372 p.<br />

[4] SILVEIRA NETO, S.; NAKANO, O.; BARBIN, D.; VILA<br />

NOVA, N. A. Manual de Ecologia dos Insetos. Piracicaba,<br />

Ceres. 1976. 419p<br />

[5] EMBRAPA /CNPS. Sist<strong>em</strong>a Brasileiro de Classificação de<br />

Solos. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1999.


Tabela 1: Índices de Simpson e Shannon para campo nativo, cobertura milho + feijão de porco e solo descoberto<br />

Meses <strong>Campo</strong> <strong>Nativo</strong> Milho + Feijão de Porco Solo Descoberto<br />

Simpson Shannon Simpson Shannon Simpson Shannon<br />

Outubro 2,4 0,57 3,9 0,67 1,80 0,43<br />

Nov<strong>em</strong>bro 2,88 0,64 1,9 0,71 1,00 0,00<br />

Dez<strong>em</strong>bro 5,12 0,77 4,31 0,72 0,00 0,00<br />

Janeiro 5,23 0,76 5,9 0,88 0,00 0,00<br />

Fevereiro 4,38 0,75 4,38 0,73 2,57 0,44<br />

Maio 5,00 0,75 2,26 0,54 3,57 0,57<br />

Julho 3,31 0,59 3,61 0,68 1,00 0,00<br />

Tabela 2: T<strong>em</strong>peratura e Umi<strong>da</strong>de para campo nativo, cobertura milho + feijão de porco e solo descoberto<br />

Meses <strong>Campo</strong> <strong>Nativo</strong> Milho + Feijão de Porco Solo Descoberto<br />

Outubro T<strong>em</strong>peratura 18,55 19,35 20,32<br />

Umi<strong>da</strong>de 15,26 15,56 13,39<br />

Nov<strong>em</strong>bro T<strong>em</strong>peratura 21,8 27,00 30,9<br />

Umi<strong>da</strong>de 11,20 12,13 8,89<br />

Dez<strong>em</strong>bro T<strong>em</strong>peratura 29,9 31,90 38,67<br />

Umi<strong>da</strong>de 9,26 6,87 7,69<br />

Janeiro T<strong>em</strong>peratura 27,05 25,4 32,9<br />

Umi<strong>da</strong>de 11,52 3,78 7,50<br />

Fevereiro T<strong>em</strong>peratura 24,95 23,27 26,25<br />

Umi<strong>da</strong>de 8,26 7,14 8,02<br />

Maio T<strong>em</strong>peratura 17,65 16,85 20,35<br />

Umi<strong>da</strong>de 9,72 9,31 7,38<br />

Julho T<strong>em</strong>peratura 18,37 22,62 23,75<br />

Umi<strong>da</strong>de 9,75 8,70 8,09

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!