Atualmente, a indústria de Celulose e Papel no Brasil encontra-se ...

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420,00 370,00 320,00 270,00 220,00 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 PREÇO APARAS PREÇO CELULOSE FIBRA LONGA (R$) 3200,00 2800,00 2400,00 2000,00 1600,00 1200,00 GRÁFICO 9 – EVOLUÇÃO ANUAL DO PREÇO DE APARAS E CELULOSE FIBRA LONGA O quadro 10 mostra que o aumento da quantidade produzida de PO, pode ser verificado pela evolução da produção de aparas e celulose de fibra longa, que o uso de aparas aumentou mais que proporcionalmente do que o uso de celulose de fibra longa. 3500000 3000000 2500000 2000000 1500000 1000000 500000 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 QTDE APARAS QTDE CELULOSE FIBRA LONGA QTDE de PO GRÁFICO 10 – EVOLUÇÃO ANUAL DA QUANTIDADE DE APARAS E CELULOSE FIBRA LONGA Calculando as elasticidades cruzadas de preço de aparas e quantidade de fibra longa, pode-se perceber que o valor é em torno de 0,40 (ver apêndice 1), ou seja, isso denota que as aparas e a celulose de fibra longa são bens substitutos. A 14
tendência de redução dos recursos oriundos de fibra longa indica o aumento do uso do substituto (aparas). CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo deste artigo foi avaliar as mudanças tecnológicas a partir da matéria- prima utilizada. A partir das pesquisas em dados secundários, comprovadas pelo modelo econométrico e pela entrevista realizada com importante fabricante de papelão ondulado, pode-se verificar o uso crescente de aparas como matérias- primas pelo estrangulamento de fornecimento da matéria-prima para produção de papel e papelão. A tecnologia de uso de aparas não é somente industrial, mas também organizacional. Além de necessitar de máquinas para otimizar as aparas, há todo um complexo sistemas de coleta do material reciclado para desenvolvimento das aparas. Esse ponto é, em realidade, um dos gargalos para incremento do uso das aparas no Brasil, cujo uso do reciclável ainda é menor do que a existente em países europeus. O incremento da reciclagem depende de fatores que tornem o fluxo do material reciclável mais fluente, o que está acontecendo à medida que aumenta o déficit de matéria-prima virgem. Contudo, salienta-se que a substituição das aparas por matéria-prima virgem não é completa, já que se necessita o uso da última como mistura no processo produto. Entretanto, seguramente diminui a pressão do déficit de matéria-prima. Neste sentido, a mudança tecnológica, tanto organizacional quanto produtiva, em razão das limitações dos recursos produtivos, torna-se uma alteração do padrão competitivo deste mercado (FERRAZ et alli, 1997; COUTINHO e FERRAZ, 1995) e coloca os produtores em busca de incremento de sua capacidade produtiva. Sugere-se como continuidade deste trabalho um estudo comparativo da capacidade competitiva das empresas que detém o ativo “florestal” e que, portanto, ainda utilizam a tecnologia de matéria-prima virgem, comparando com as empresas que utilizam apenas aparas. 15
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