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Infernus # 25 - Associação Portuguesa de Satanismo

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Somnium<br />

fraco <strong>de</strong> espírito, que vê apenas o que<br />

quer e o que lhe dá jeito ver, porque<br />

é assim que é constituida a sua mente.<br />

Sonham muitas vezes o sonho dos<br />

outros, porque ter o seu próprio sonho<br />

dá muito trabalho, não está ao alcance<br />

das suas capacida<strong>de</strong>s. A sua imaginação<br />

é parca e ter o que os outros têm<br />

é essencial, dois fatores <strong>de</strong>cisivos que<br />

juntos po<strong>de</strong>m ser “fatais”. E o pior é<br />

que os fracos <strong>de</strong> espírito não sabem reconhecer.<br />

Fracos <strong>de</strong> espírito nunca vão ter a<br />

habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecer o mérito, o<br />

esforço, a excelência. Vão só conseguir<br />

perceber que existe a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem<br />

o ro<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ter algo e esse algo será<br />

então o seu objectivo máximo na vida.<br />

Dizem que a galinha do vizinho é sempre<br />

melhor. Mas na altura <strong>de</strong> avaliar<br />

irão sempre nivelar por baixo, pelo seu<br />

nível. E esse será o nível normalizado,<br />

os restantes níveis estaram invertidos,<br />

sendo que tudo o que estiver acima<br />

será repudiado e tudo o que estiver<br />

abaixo será aceite. E irão sempre olhar<br />

<strong>de</strong> lado e falar nas costas. Estas acções<br />

são válidas para todos os níveis, está-<br />

-lhes nos genes. Dizem também que<br />

“vozes <strong>de</strong> burro não chegam ao céu”.<br />

Não fui eu quem disse. J<br />

O sonho tem <strong>de</strong> ser único porque<br />

o Homem é também ele único. Sonhos<br />

copiados são o espelho <strong>de</strong> uma vida<br />

oca, como as árvores mortas que teimam<br />

em ficar <strong>de</strong> pé, misturando-se<br />

com as vivas, iludindo o olhar mais<br />

distraido. Quando se sonha, sonha-se<br />

um sonho à medida, sabemos as nossas<br />

limitações e as nossas mais-valias<br />

e sonhamos em função disso. O mais<br />

comum é que esses, os que copiam,<br />

os portadores <strong>de</strong> sonhos contrafeitos,<br />

se percam. Porque se copiam, vão até<br />

on<strong>de</strong> for a cópia e nunca mais, porque<br />

não sabem mais.<br />

E per<strong>de</strong>m-se nos sonhos, porque<br />

não foram moldados para o sonho,<br />

porque não foram eles que moldaram<br />

o sonho sonhado e porque não foram<br />

dotados com as ferramentas necessárias<br />

para o perseguir e construir. É<br />

como pedirmos a alguém que copie<br />

uma obra <strong>de</strong> arte, sem saber o oficio.<br />

Que copiem um quadro, sem técnica,<br />

sem tinta ou tela.<br />

Por outro lado, o sonho cumpre<br />

também um função importante, que<br />

nos motiva e nos guia as acções. Sonhar<br />

é dar-nos um excelente motivo<br />

<strong>de</strong> continuamos motivados e empenhados<br />

na nossa evolução. Temos é <strong>de</strong><br />

encontrar o equilibrio entre o sonho e<br />

a realida<strong>de</strong>.<br />

3. [Culinária] Bolo muito fofo, <strong>de</strong><br />

farinha e ovos, frito e <strong>de</strong>pois geralmente<br />

passado por calda <strong>de</strong> açúcar ou polvilha-<br />

44 ~ <strong>Infernus</strong> XXV<br />

do com açúcar e canela. = FILHÓ, FILHÓS<br />

Plural: sonhos |ô|.<br />

De certo haverá muito boa gente<br />

que aprecia este tipo <strong>de</strong> doce, eu<br />

pessoalmente passo. Mas não posso é<br />

passar, aqui em jeito <strong>de</strong> conclusão, a<br />

importância que o sonho tem para nos<br />

<strong>de</strong>finir, nos distinguir e no final, nos<br />

adoçar a boca. O sonho <strong>de</strong> cada um enquanto<br />

dorme reflete os nossos medos<br />

e os nossos anseios, <strong>de</strong>finindo-nos a<br />

personalida<strong>de</strong>/atitu<strong>de</strong> não como uma<br />

unida<strong>de</strong> imutável mas sim como uma<br />

massa flexivel, adaptável e que vai<br />

evoluindo ao longo do tempo. E quando<br />

estamos acordados, os objectivos<br />

que traçamos para nós po<strong>de</strong>m (e <strong>de</strong>vem)<br />

ser uma continuida<strong>de</strong> dos anteriores,<br />

com os quais <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r<br />

(pelo menos com a maioria), procurando<br />

aquele algo que fará <strong>de</strong> nós pessoas<br />

mais completas e especiais.<br />

No final <strong>de</strong> cada jornada, quem<br />

quiser, que celebre com bolos fofos <strong>de</strong><br />

farinha e ovos.<br />

Fracos <strong>de</strong> espírito<br />

nunca vão ter a habilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reconhecer<br />

o mérito, o esforço, a<br />

excelência.

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