RAÇAS E CRUZAMENTOS DE BOVINOS 2 Introdução 2 Nota ... - SIC
RAÇAS E CRUZAMENTOS DE BOVINOS 2 Introdução 2 Nota ... - SIC
RAÇAS E CRUZAMENTOS DE BOVINOS 2 Introdução 2 Nota ... - SIC
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Introdução</strong><br />
<strong>RAÇAS</strong> E <strong>CRUZAMENTOS</strong> <strong>DE</strong> <strong>BOVINOS</strong><br />
Aula dada pelo Prof. Dr. Pedro Eduardo de Felício<br />
Disciplina: TA346 – Matérias Primas de Origem Animal<br />
04/03/2002<br />
De maneira simples e direta, pode-se classificar as raças bovinas de interesse<br />
para produção de carne e leite, no Brasil, do seguinte modo: 1. Raças européias da<br />
subespécie Bos taurus taurus, e 2. Raças indianas da subespécie Bos taurus indicus.<br />
As raças européias podem ser separadas assim: a) raças européias adaptadas<br />
ao clima tropical, como a Caracu; b) raças européias britânicas, como a Angus,<br />
Hereford e a Jersey, e c) raças européias continentais, como as francesas Charolês e<br />
Limousin, as suíças Simental e Pardo Suíço, as italianas Marchigiana e Piemontês, e<br />
da Holanda a raça Holandesa.<br />
As raças de origem indiana, do grupo Zebu, bem conhecidas no Brasil, que<br />
tiveram ou estão tendo uma participação decisiva no desenvolvimento da pecuária<br />
tropical, são por ordem de importância histórica, a Gir, a Guzerá e a Nelore. As raças<br />
Indubrasil e Tabapuã, embora sejam do grupo Zebu, não são indianas porque foram<br />
formadas no Brasil. É o caso também da raça Brahman, que foi formada nos Estados<br />
Unidos, a partir de cruzamentos entre raças indianas.<br />
Há pelo menos cinco décadas, diversos cruzamentos entre raças européias e<br />
indianas têm sido feitos nas regiões tropicais do continente americano, da Austrália e<br />
da África, com relativo sucesso. Alguns desses cruzamentos, para corte, denominados<br />
“industriais”, foram e ainda são feitos entre duas ou três raças para aproveitamento<br />
comercial das vantagens da heterose (vigor híbrido). Outros cruzamentos deram<br />
origem a novas raças, como a Santa Gertrudis, a Canchim, a Pitangueiras, a Brangus,<br />
a Braford e a Simbrasil para citar apenas as mais conhecidas no Brasil. A ainda a raça<br />
Girolanda, feita no Brasil a partir de cruzamentos da raça Gir com a Holandesa.<br />
<strong>Nota</strong> importante<br />
O texto que segue foi adaptado - resumido com pequenas alterações e acrescido de<br />
uma classificação segundo a origem das raças - do livro “Os Cruzamentos na Pecuária<br />
Tropical”, da Ed. Agropecuária Tropical, digitalizado pela equipe do Boletim Pecuário<br />
(www.boletimpecuario.com.br), em cuja página encontra-se também a “Enciclopédia<br />
das raças”, com autorização do Sr. Alessandro Garcia, diretor da empresa.<br />
Caracu<br />
Exemplo de uma raça européia adaptada<br />
Com certeza, é o gado europeu mais adaptado ao clima tropical, pois está<br />
presente no Brasil desde o período colonial. Descendente de bovinos portugueses<br />
(Minhota e Alentejana), por meio de cruzamentos no Brasil, nos séculos XVI e XVII,<br />
resultou na raça Caracu.<br />
Esse gado chegou ao Brasil logo no início da colonização, principalmente no<br />
Sergipe, Ceará, Bahia e Pernambuco. A seleção mais antiga, que persiste até hoje,<br />
teve início em 1893, na região de Poços de Caldas, no sul de Minas, sob o nome de<br />
"Caracu caldeano".<br />
O Registro Genealógico foi fundado em 1916. Nos cafezais o Caracu era<br />
responsável pelo transporte, pela aração de terras e pela produção de leite. A partir de<br />
2