RAÇAS E CRUZAMENTOS DE BOVINOS 2 Introdução 2 Nota ... - SIC
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Foram vendidas 103.297 doses de sêmen entre 1995 a 1999, sendo que apenas<br />
em 1998 foram vendidas 28.734.<br />
Surgiu, então, em 1997, o PMGRG -Programa de Melhoramento Genético da<br />
Raça Gir, sob comando da Assogir /ABCZ / Ministério da Agricultura. Este novo<br />
programa é bastante abrangente, pesquisando leite, carne e outras aptidões do Gir.<br />
A Funcionalidade do Gir. As fêmeas pesam entre 450 - 650 kg, com recorde de<br />
815 kg; ostouros pesam entre 800 - 950 kg, com recordes ao redor de 1.100 kg.<br />
O Gir nasce pesando entre 25-26 kg. No regime I (campo), pesa 133 kg aos 205<br />
dias, 183 kg aos 365 dias e 238 kg aos 550 dias. No regime II (semi-confinamento),<br />
pesa 154 kg, 240 kg e 338 kg, respectivamente. No regime III (confinamento), pesa 169<br />
kg, 265 e 364, respectivamente.<br />
Os cruzamentos tiveram início, de forma sistemática, no final da década de 1950<br />
e, principalmente, no decorrer da década de 1960, visando a produção leiteira. O<br />
Controle Leiteiro Oficial da raça Gir começou em 1964, impulsionando os poucos<br />
criadores de então.<br />
Dos cruzamentos com a raça Holandesa resultou o Girolando. Por que o<br />
Girolando? Porque, além do leite produzido por um gado manso, ainda os machos são<br />
rentáveis no abate, garantindo uma renda extra para a fazenda. Aritmeticamente, o<br />
Girolando garante a subsistência das pequenas e médias fazendas, com carne e leite.<br />
O Gir nos cruzamentos de corte. Em termos de corte, o Gir foi a raça<br />
estimuladora do melhoramento das carcaças nas décadas de 1940-1950. Alguns<br />
frigoríficos, como o Anglo de Barretos, pagava até um valor extra pelas carcaças de<br />
novilhos Gir, ou agirados. Na modernidade, muitos pecuaristas praticantes de<br />
cruzamentos industriais já procuram infundir o sangue Gir na vacada F2 ou F3, para<br />
garantir mansidão, aptidão maternal, rusticidade e bom rendimento de carne.<br />
O livro A Epopé¡a do Zebu, de Pardi et al. (1994), mostra urna nova luz sobre<br />
esse período, analisando 6,602 milhões de novilhos abatidos, em um total de 7,686<br />
milhões. O peso médio da carcaça foi 245,4 kg em 1944 e passou para 268,9 kg em<br />
1994. Um pequeno aumento de apenas 23,5kg em 50 anos, mesmo depois que o Gir já<br />
havia saído do cenário (fato ocorrido por volta de meados da década de 1970). Estes<br />
números mostram que o Gir não era o vilão do baixo desfrute e do baixo peso das<br />
carcaças. Mostra também que o Nelore ocupou as terras de capim Colonião enquanto<br />
que o Gir ficou nas terras de capim Jaraguá, levando a um menor desempenho desse<br />
último.<br />
A análise estatística do período mostra que, de 1968 a 1985, o Gir abateu 1,8<br />
milhão de novilhos - com um meIhoramento de 232,6 kg para 237,4 kg (+ 2,02%). O<br />
Nelore abateu 955.383 de 1968 a 1994 - com um melhoramento de 259,8 kg para<br />
269,3 kg (+ 3,52%).<br />
Indubrasil<br />
Formadas no Brasil a partir de cruzamentos entre raças indianas<br />
O mestiço Guzerá x Nelore dominou os primórdios da criação de Zebu no Brasil,<br />
desde 1890 até 1920. Com a introdução da raça Gir, entre 1911 e 1920, os produtos<br />
cruzados adquiriram seu aspecto definitivo, exibindo um grande porte, habilidade para<br />
longas caminhadas e matrizes eficientes.<br />
O sucesso desse cruzamento foi tão grande que, além de se espalhar pelo país<br />
inteiro (iniciando o período que ficou conhecido como império das orelhas"), também<br />
incentivou duas exportações, entre 1923 e 1924, para os Estados Unidos, com<br />
intenção de consolidar a raça Brahman (foram enviados animais das raças Guzerá,<br />
Nelore, Gir e alguns cruzados).<br />
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