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Política de humanização no estado de São Paulo - coren-sp

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Artigo<br />

A autora é psicanalista e doutora em Psi-<br />

cologia Clínica pela Pontifícia Universi-<br />

da<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>. Atua como<br />

coor<strong>de</strong>nadora do Núcleo Técnico <strong>de</strong> Hu-<br />

manização da Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Es-<br />

tado <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> e assessora do secre-<br />

tário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>.<br />

<strong>Política</strong> <strong>de</strong> <strong>humanização</strong> <strong>no</strong><br />

<strong>estado</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong><br />

Por Eliana Ribas<br />

A<br />

importância do tema da<br />

<strong>humanização</strong> dos serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é reconhecida<br />

<strong>de</strong> forma crescente <strong>no</strong>s últimos<br />

a<strong>no</strong>s. Mas esta i<strong>de</strong>ia nem sempre<br />

teve o mesmo significado. Des<strong>de</strong><br />

sempre pessoas ou organizações<br />

voluntárias atuaram em ho<strong>sp</strong>itais<br />

como agentes <strong>de</strong> apoio humanitário<br />

e pautaram a sua atuação em valores<br />

como o acolhimento, a solidarieda<strong>de</strong><br />

e a <strong>de</strong>dicação integral aos pacientes.<br />

Nos últimos a<strong>no</strong>s, multiplicaramse<br />

iniciativas, associadas ao campo<br />

da <strong>humanização</strong>, <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s socioculturais em ho<strong>sp</strong>itais<br />

(música, lazer, recreação, ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> convivência ou <strong>de</strong> educação<br />

para a saú<strong>de</strong> etc.), buscando<br />

tornar os e<strong>sp</strong>aços <strong>de</strong> tratamento da<br />

saú<strong>de</strong> me<strong>no</strong>s focados <strong>no</strong> estrito cuidado<br />

da doença e mais permeados<br />

por elementos da vida cotidiana,<br />

contribuindo assim para a redução<br />

do sofrimento durante os períodos<br />

<strong>de</strong> internação e para o aumento da<br />

a<strong>de</strong>rência do paciente ao tratamento.<br />

No entanto, apesar do mérito e<br />

dos resultados positivos <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s,<br />

elas sempre tiveram, e ainda<br />

têm, caráter pontual e externalida<strong>de</strong><br />

em relação aos processos <strong>de</strong> atenção<br />

à saú<strong>de</strong>. Por esta razão, seu potencial<br />

para promover uma mudança mais<br />

profunda <strong>no</strong>s processos <strong>de</strong> trabalho<br />

e na qualida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

sempre foi relativamente peque<strong>no</strong>.<br />

Sabemos que cuidar envolve<br />

atenção, afeto e re<strong>sp</strong>eito. Estas são<br />

atitu<strong>de</strong>s e<strong>sp</strong>eradas pelos pacientes e<br />

importantes para o sucesso do atendimento.<br />

Contudo, a estratégia <strong>de</strong><br />

<strong>humanização</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

não se reduz ao fazer afetuoso<br />

e acolhedor.<br />

Ao lado das iniciativas humanitárias<br />

e voluntárias, nas últimas décadas<br />

alguns serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolveram<br />

projetos e programas <strong>de</strong><br />

caráter humanizador, não mais como<br />

ações pontuais, mas como processos<br />

<strong>de</strong>senhados para setores <strong>de</strong> atendi-<br />

| 37


mento e públicos e<strong>sp</strong>ecíficos, sobretudo na área mater<strong>no</strong>-infantil,<br />

como, por exemplo, as brinquedotecas, o projeto Mãe<br />

Canguru e o Programa Parto Humanizado. Ações <strong>de</strong>sse tipo<br />

acarretaram a reorganização do conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um<br />

dado setor ou serviço, alterando o modo <strong>de</strong> prestar assistência<br />

a um <strong>de</strong>terminado público.<br />

Per<strong>sp</strong>ectiva do usuário<br />

O tema <strong>humanização</strong> surgiu institucionalmente em 2000, na<br />

XI Conferência Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a qual teve uma e<strong>sp</strong>ecial<br />

importância por ter trazido a discussão do controle social e das<br />

políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na per<strong>sp</strong>ectiva do cidadão, do acesso, da<br />

qualida<strong>de</strong> e da <strong>humanização</strong> da atenção à saú<strong>de</strong>.<br />

Naquele mesmo a<strong>no</strong> o Ministério da Saú<strong>de</strong> lançou o Programa<br />

Nacional <strong>de</strong> Humanização da Assistência Ho<strong>sp</strong>italar<br />

(PNHAH), que trouxe uma proposta <strong>de</strong>senhada a partir do<br />

olhar do usuário, daquilo que ele apontava como sendo suas<br />

necessida<strong>de</strong>s: acolhimento a<strong>de</strong>quado; tratamento com resolutivida<strong>de</strong>;<br />

redução das filas; salas <strong>de</strong> e<strong>sp</strong>era confortáveis, iluminadas<br />

e ventiladas; ser chamado pelo <strong>no</strong>me; ser atendido com<br />

privacida<strong>de</strong>; saber quem é o profissional re<strong>sp</strong>onsável pelo seu<br />

atendimento; ser re<strong>sp</strong>eitado em suas crenças e singularida<strong>de</strong>s.<br />

A partir <strong>de</strong>sse movimento <strong>de</strong> ampliação da escuta ao usuário,<br />

iniciou-se em escala nacional um processo <strong>de</strong> reconhecimento<br />

da importância do conceito <strong>de</strong> <strong>humanização</strong> na área da saú<strong>de</strong><br />

e da inserção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> gestão e atenção humanizadas na<br />

38 |<br />

“Sabemos que cuidar envolve atenção, afeto<br />

e re<strong>sp</strong>eito. Estas são atitu<strong>de</strong>s e<strong>sp</strong>eradas<br />

pelos pacientes e importantes para o sucesso<br />

do atendimento. Contudo, a estratégia <strong>de</strong><br />

<strong>humanização</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não se<br />

reduz ao fazer afetuoso e acolhedor”<br />

agenda do Sistema Único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (SUS).<br />

Em 2003 alcançamos um <strong>no</strong>vo patamar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do conceito <strong>de</strong> <strong>humanização</strong> advindo da implementação<br />

da <strong>Política</strong> Nacional <strong>de</strong> Humanização (PNH). O exercício<br />

efetivo da <strong>humanização</strong> como política orientadora dos modos<br />

<strong>de</strong> funcionamento dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e das relações<br />

entre usuários, trabalhadores e gestores têm <strong>de</strong>monstrado<br />

gran<strong>de</strong> potencial para promover avanços na organização e <strong>no</strong><br />

funcionamento dos serviços, e<strong>sp</strong>ecialmente <strong>no</strong> que se refere<br />

ao fortalecimento do vínculo entre gestores, trabalhadores e<br />

usuários.<br />

A PNH <strong>de</strong>fine um conjunto <strong>de</strong> princípios e diretrizes que<br />

orientam <strong>no</strong>vos modos <strong>de</strong> agir <strong>no</strong>s diversos serviços e instâncias<br />

do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Propõe também uma série <strong>de</strong><br />

di<strong>sp</strong>ositivos – arranjos <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> trabalho:<br />

• acolhimento com classificação <strong>de</strong> riscos;<br />

• visita aberta e direito a acompanhante;<br />

• clínica ampliada;<br />

• equipe multidisciplinar <strong>de</strong> referência e <strong>de</strong> apoio matricial;<br />

• projeto terapêutico singular;<br />

• ambiência;<br />

• gestão participativa e cogestão;<br />

• valorização do trabalhador;<br />

• <strong>de</strong>fesa dos direitos dos usuários;<br />

• sistemas <strong>de</strong> escuta qualificada para usuários e trabalhadores<br />

da saú<strong>de</strong>.


Entre esses di<strong>sp</strong>ositivos, vale ressaltar o papel das equipes<br />

multidisciplinares <strong>de</strong> referência, compostas por médicos,<br />

enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas,<br />

fisioterapeutas, técnicos e outros profissionais que atuam<br />

<strong>de</strong> forma inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e compartilham os conceitos <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> cuidado a partir da per<strong>sp</strong>ectiva da integralida<strong>de</strong>.<br />

Devem di<strong>sp</strong>or <strong>de</strong> condições a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> trabalho e atuar<br />

em sintonia e colaboração para formar uma compreensão<br />

integral e compartilhada dos pacientes e do perfil e<br />

dinâmica <strong>de</strong> suas famílias.<br />

Nessas equipes, a Enfermagem <strong>de</strong>sempenha função essencial<br />

<strong>no</strong> estímulo aos <strong>de</strong>mais membros da equipe para o<br />

exercício <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> abertura e <strong>de</strong> compartilhamento<br />

<strong>de</strong> informações, <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração às diferenças, <strong>de</strong> ampliação<br />

da comunicação entre os profissionais e <strong>de</strong> apoio à<br />

formulação <strong>de</strong> um projeto assistencial comum para a equipe.<br />

Tem também e<strong>sp</strong>ecial papel na análise dos nós críticos<br />

<strong>no</strong> fluxo do serviço e na proposição <strong>de</strong> mudanças <strong>no</strong> fazer<br />

cotidia<strong>no</strong> do trabalho em saú<strong>de</strong>.<br />

A marca da <strong>humanização</strong> se traduz em uma cultura na<br />

qual atenção e gestão em saú<strong>de</strong> são processos indissociáveis.<br />

Como política, sua tarefa é buscar, com esforço coletivo,<br />

estratégias para o enfrentamento <strong>de</strong> situações que<br />

reconhecidamente dificultam o avanço e o aprimoramento<br />

do SUS, como a <strong>de</strong>sorganização do acesso; a fragilida<strong>de</strong><br />

dos vínculos entre as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>no</strong>s diferentes níveis<br />

<strong>de</strong> atenção; a fragmentação dos processos <strong>de</strong> trabalho<br />

<strong>no</strong> interior das unida<strong>de</strong>s; a pouca utilização da voz dos<br />

usuários e dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como ferramentas <strong>de</strong><br />

gestão; além do <strong>de</strong><strong>sp</strong>reparo das instituições para investir <strong>no</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e contemplar<br />

um arco mais amplo <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes profissionais<br />

(qualificação, participação e protagonismo).<br />

Enfrentar tais <strong>de</strong>safios exige reformulação <strong>no</strong> fazer cotidia<strong>no</strong><br />

dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Exige necessariamente alterações<br />

que, baseadas em um <strong>no</strong>vo olhar sobre as condições<br />

<strong>de</strong> trabalho, promovam a valorização dos profissionais <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e a ampliação da participação <strong>de</strong>sses profissionais<br />

na <strong>de</strong>finição e/ou na gestão dos processos <strong>de</strong> trabalho.<br />

Para que estas transformações sejam sustentáveis, sua busca<br />

<strong>de</strong>ve estar baseada em valores como re<strong>sp</strong>eito, justiça,<br />

coerência, compromisso, re<strong>sp</strong>onsabilida<strong>de</strong>, participação e<br />

cooperação.<br />

<strong>Política</strong> <strong>de</strong> <strong>humanização</strong><br />

Sensível ao valor da <strong>humanização</strong> como força para a promoção<br />

<strong>de</strong> mudanças que atendam as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprimoramento<br />

do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do<br />

<strong>estado</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> lançou em 2012 a <strong>Política</strong> Estadual<br />

<strong>de</strong> Humanização (PEH). Ela propõe linhas <strong>de</strong> ações que<br />

a<strong>de</strong>quam e conjugam a proposta nacional com a realida<strong>de</strong><br />

do Estado, integrando e potencializando as ações <strong>de</strong> <strong>humanização</strong><br />

já existentes.<br />

A PEH estimula a criação <strong>de</strong> Centros Integrados <strong>de</strong> Humanização<br />

(CIH) em todos os níveis do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Os CIH têm por principais objetivos garantir a dissemina-<br />

“A marca da <strong>humanização</strong> se traduz em uma cultura na qual<br />

atenção e gestão em saú<strong>de</strong> são processos indissociáveis. Como<br />

política, sua tarefa é buscar, com esforço coletivo, estratégias para<br />

o enfrentamento <strong>de</strong> situações que reconhecidamente dificultam o<br />

avanço e o aprimoramento do SUS”<br />

| 39


ção do conceito e da prática <strong>de</strong> <strong>humanização</strong> e favorecer<br />

o trabalho em re<strong>de</strong>. Os grupos técnicos que compõem os<br />

Centros Integrados são re<strong>sp</strong>onsáveis pela formulação e<br />

acompanhamento <strong>de</strong> Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Intervenção em Humanização<br />

nas regiões, <strong>no</strong>s municípios e nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Em última instância, os resultados do trabalho em re<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses<br />

grupos <strong>de</strong>vem ser a ampliação da qualida<strong>de</strong> do acesso<br />

dos usuários ao sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a melhoria do grau <strong>de</strong><br />

resolutivida<strong>de</strong> dos tratamentos e a concretização da atenção<br />

integralizada ao usuário, com equida<strong>de</strong> <strong>no</strong> atendimento.<br />

Os Centros <strong>de</strong> Humanização contam com suporte do Núcleo<br />

Técnico <strong>de</strong> Humanização (NTH), composto por equipe<br />

interdisciplinar, e com apoio do grupo <strong>de</strong> Articuladores Regionais.<br />

Essas equipes são re<strong>sp</strong>onsáveis pela condução do<br />

Programa <strong>de</strong> Apoio e Formação em Humanização, segunda<br />

linha <strong>de</strong> ação da PEH. Esse Programa busca promover<br />

processos <strong>de</strong> mudança na atenção e na gestão, integrando<br />

o trabalho <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> diferentes áreas e serviços,<br />

40 |<br />

“Os <strong>de</strong>safios da<br />

implantação <strong>de</strong> uma<br />

política integrada e<br />

sistêmica <strong>de</strong> gestão e<br />

atenção humanizada<br />

na saú<strong>de</strong> são bastante<br />

gran<strong>de</strong>s, mas os<br />

resultados já vêm<br />

sendo percebidos<br />

pelos pacientes e pelos<br />

profissionais”<br />

difundindo conhecimentos e práticas, <strong>de</strong>senvolvendo a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reflexão crítica sobre a realida<strong>de</strong> da saú<strong>de</strong> e<br />

trabalhando coletivamente o caráter singular das práticas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em cada local. Todo este processo é permanentemente<br />

acompanhado e avaliado com o objetivo <strong>de</strong> favorecer<br />

o aprimoramento contínuo da atenção e melhorar a qualida<strong>de</strong><br />

dos vínculos na assistência e <strong>no</strong> trabalho em saú<strong>de</strong>.<br />

A <strong>humanização</strong> é elemento <strong>de</strong>cisivo para o alcance <strong>de</strong><br />

melhores índices <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são dos pacientes ao tratamento,<br />

<strong>de</strong> resolutivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> melhoria das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Por exemplo, ao estimular a inclusão do apoio familiar <strong>no</strong><br />

pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> cuidados do paciente e, com isso, contribuir para<br />

a redução do tempo <strong>de</strong> internação e do índice <strong>de</strong> infecção<br />

ho<strong>sp</strong>italar, ações <strong>de</strong> <strong>humanização</strong> também ajudam a reduzir<br />

custos e otimizar recursos. Da mesma forma, ao investir na<br />

capacitação e <strong>no</strong> suporte à saú<strong>de</strong> física e emocional dos<br />

profissionais, garantem-se maior motivação, participação<br />

e i<strong>de</strong>ntificação com o trabalho, diminuindo o estresse, o<br />

absenteísmo e a rotativida<strong>de</strong> dos profissionais.<br />

Avanços na concretização <strong>de</strong>ste conceito são percebidos<br />

não apenas <strong>no</strong> tocante às relações entre profissionais<br />

e pacientes, mas em diferentes a<strong>sp</strong>ectos da organização<br />

do atendimento <strong>de</strong>ntro das unida<strong>de</strong>s, tais como o cuidado<br />

com as instalações, a melhoria <strong>no</strong> acesso e na presteza <strong>no</strong><br />

atendimento, o aprimoramento das formas <strong>de</strong> comunicação<br />

e participação do paciente e do profissional, a a<strong>de</strong>quação<br />

dos serviços às necessida<strong>de</strong>s psicossociais dos pacientes, a<br />

valorização da auto<strong>no</strong>mia e do protagonismo dos sujeitos,<br />

o fortalecimento <strong>de</strong> vínculos solidários e o treinamento dos<br />

recursos huma<strong>no</strong>s para trabalho em equipe interprofissional<br />

e para a implantação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> <strong>humanização</strong>.<br />

Os <strong>de</strong>safios da implantação <strong>de</strong> uma política integrada<br />

e sistêmica <strong>de</strong> gestão e atenção humanizada na saú<strong>de</strong> são<br />

bastante gran<strong>de</strong>s, mas os resultados já vêm sendo percebidos<br />

pelos pacientes e pelos profissionais. Como tem sido<br />

evi<strong>de</strong>nciado <strong>no</strong> <strong>estado</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> e em diversos locais do<br />

País, o avanço na implantação do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong> ser amplamente potencializado se seguirmos esse caminho<br />

com compromisso e <strong>de</strong>dicação.


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