Edição Março/Abril 2012 - aeapg
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Mãos à Obra<br />
Veículo Oficial de Divulgação da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa | Ano XV | nº 81 | <strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong><br />
POR QUE FALTAM<br />
PROFISSIONAIS?<br />
Entenda porque o fenômeno acontece,<br />
quais as tendências de mercado e<br />
a solução para o problema
2 | <strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong><br />
ASSOCIAÇÃO DOS<br />
ENGENHEIROS E<br />
ARQUITETOS DE<br />
PONTA GROSSA<br />
PRESIDENTE<br />
Eng. Civil Roberto Pellissari<br />
VICE - PRESIDENTE<br />
Eng. Civil Osvaldo Thibes C. de Oliveira<br />
1º SECRETÁRIO<br />
Eng. Civil Anderson Francisco Sikorski<br />
2º SECRETÁRIO<br />
1º TESOUREIRO<br />
Eng. Civil Michel João Haddad Neto<br />
2º TESOUREIRO<br />
Eng. Civil Helmiro Roberto Bobeck<br />
COMISSÕES<br />
SERVIÇOS<br />
Eng. Civil Elvys Neves Teleginski<br />
CULTURAL<br />
Eng. Civil Paulo Roberto Domingues<br />
SOCIAL<br />
Eng. Civil Osvaldo Thibes C. de Oliveira<br />
OBRAS<br />
Eng. Civil Celso Augusto Sant´anna<br />
ÉTICA<br />
Eng. Civil Jairo Amado Amin<br />
PATRIMÔNIO<br />
Eng. Civil Sedinei Rodrigues Ferreira<br />
ESPORTE<br />
Eng. Civil Anderson Francisco Sikorski<br />
MEIO AMBIENTE<br />
Eng. Civil Irajá Meira Barbosa<br />
RELAÇÕES PÚBLICAS<br />
Eng. Eletricista João Luiz Kovaleski<br />
RELAÇÕES ESTUDANTIS<br />
Eng. Civil Jairo Amado Amin<br />
ASSESSORIA JURÍDICA<br />
Eng. Civil e Advogado Michel J. Haddad Neto<br />
SEGURANÇA DO TRABALHO<br />
Eng. Civil Sérgio Augusto Wosgrau<br />
IMPRENSA<br />
Eng. Civil Marco Aurélio Wilt<br />
CASA FÁCIL<br />
Eng. Civil João Kovalechyn<br />
SECRETARIA GERAL E EXECUTIVA<br />
Solange Lima dos Santos<br />
O jornal “Mãos à Obra” é um veículo de<br />
comunicação ofi cial de divulgação da<br />
Associação dos Engenheiros e Arquitetos<br />
de Ponta Grossa.<br />
www.<strong>aeapg</strong>.org.br<br />
<strong>Edição</strong> nº81 - <strong>Março</strong>/<strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong><br />
Ano XV<br />
Circulação dirigida<br />
Jornalista Responsável: Thalita Valentim<br />
DRT-PR 6662<br />
Diagramação: Gabriel Soares<br />
Fotos: Thalita Valentim<br />
Tiragem: 2000 exemplares<br />
Contato<br />
E-mail: jornal<strong>aeapg</strong>@hotmail.com<br />
Artigo > Engenheiro Civil Fábio Wilson Dias - Especialista em Patologias na Obras Civis<br />
A ENGENHARIA E O USO DAS EDIFICAÇÕES<br />
A<br />
longo dos primeiros<br />
meses de <strong>2012</strong>, o<br />
noticiário – regional<br />
e nacional – tem<br />
registrado alguns acidentes com<br />
edifi cações que variam desde<br />
grandes sustos – como a queda<br />
recente de uma marquise em<br />
prédio ocupado pelo Detran<br />
em Londrina – até tragédias de<br />
proporções imensuráveis, como<br />
o desabamento carioca (quando<br />
a ruína do Edifício Liberdade<br />
levou consigo ao chão outros<br />
dois edifícios vizinhos).<br />
Isto sem contar, por<br />
exemplo, o caso dos inúmeros<br />
problemas denunciados pelos<br />
próprios moradores de um recémentregue<br />
conjunto habitacional<br />
popular em Curitiba, no qual<br />
os imóveis padeciam dos mais<br />
ENCONTRO DE<br />
ENGENHARIA<br />
E TECNOLOGIA<br />
Os preparativos para o 7°<br />
Encontro de Engenharia e<br />
tecnologia dos Campos Gerais<br />
já começaram, o tema escolhido<br />
para debate em <strong>2012</strong> será<br />
“Uma cidade Sustentável”. A<br />
programação envolve palestras,<br />
minicursos e trabalhos científi cos,<br />
uma vez que o evento é realizado<br />
em parceria com as instituições de<br />
ensino superior de Ponta Grossa,<br />
UEPG, UTFPR e CESCAGE.<br />
diversos males.<br />
Diante de tais fatos e<br />
ocorrências, cabe refl etir sobre<br />
a postura que adotamos frente às<br />
nossas edifi cações pós-entrega,<br />
durante a fase de utilização dos<br />
imóveis. O Engenheiro Civil<br />
Paulo Barbosa nos ensina que “as<br />
manifestações patológicas podem<br />
ter suas origens em qualquer<br />
etapa do processo construtivo”,<br />
ao que complementa o também<br />
Engenheiro Civil, professor e<br />
autor de livros Jarbas Milititsky:<br />
“as manifestações patológicas<br />
também podem se originar a<br />
partir de eventos pós-conclusão”<br />
das obras, o que implica dizer<br />
que o cuidado amparado em<br />
boa técnica com as edifi cações<br />
deve ocorrer não apenas durante<br />
a execução das obras, mas<br />
também ao longo da vida útil da<br />
edifi cação.<br />
Logo, é importante que<br />
os profi ssionais legalmente<br />
habilitados – e devidamente<br />
competentes – das áreas<br />
vinculadas à construção<br />
também atuem nesta<br />
área: o monitoramento do<br />
comportamento das edifi cações<br />
ao longo do tempo. A atuação<br />
Além de participarem do<br />
encontro, tais instituições<br />
colaboram apontando membros<br />
que ajudam na gestão das<br />
programações. Neste momento a<br />
comissão organizadora está em<br />
fase de defi nições e contatos com<br />
palestrantes para, na sequência,<br />
fazer o fechamento das atrações<br />
e abrir as inscrições. Também<br />
estão sendo disponibilizados<br />
espaços para patrocinadores<br />
interessados em investir no<br />
evento e fortalecer a importância<br />
em manter espaços de discussões<br />
técnicas sobre assuntos relevantes<br />
para o cotidiano das cidades.<br />
A organização do encontro<br />
deve se dar com a recomendação<br />
das atividades de manutenção<br />
de modo preventivo, o que torna<br />
o processo mais econômico e,<br />
principalmente, mais seguro para<br />
a sociedade, além de se prestar<br />
um serviço em favor de toda a<br />
coletividade, e não apenas ao<br />
contratante direto.<br />
Diz-se “e devidamente<br />
competente”, pois tal tipo de tarefa<br />
requer, na grande maioria dos<br />
casos, que seja complementada<br />
a formação básica com outros<br />
estudos, cursos – o que fomenta<br />
ainda mais o aperfeiçoamento<br />
profi ssional – e também com o<br />
acúmulo da própria experiência<br />
profi ssional ao longo do tempo<br />
de atuação.<br />
Neste processo, será muito<br />
importante que se faça o devido<br />
esclarecimento da sociedade, sem<br />
criar alardes, é óbvio, mas com a<br />
conscientização de a atividade<br />
profi ssional competente é<br />
fundamental para garantir o bom<br />
desempenho das edifi cações.<br />
E tal esclarecimento só pode<br />
ser feito a partir dos próprios<br />
profi ssionais, afi nal compõem a<br />
parcela da sociedade que possui<br />
conhecimento técnico para isso.<br />
destaca ainda a necessidade de<br />
movimentar mais os profi ssionais<br />
para participarem dos debates<br />
que registram presença reduzida<br />
de engenheiros. Para o presidente<br />
da AEAPG, Roberto Pellissari, os<br />
engenheiros têm que se atualizar<br />
e contribuir nas discussões.<br />
“Acredito que o aumento da<br />
participação de profi ssionais<br />
enriquece o debate com perguntas<br />
e levantamento de questões que<br />
podem colocar pontos de vista<br />
diferentes, por isso, convido<br />
e faço questão da interação<br />
entre profi ssionais e futuros<br />
profi ssionais, fi naliza.
No início de janeiro entrou<br />
em vigor o novo Código de<br />
Segurança Contra Incêndio e<br />
Pânico do Corpo de Bombeiros<br />
do Paraná. A intenção da<br />
nova determinação é proteger a vida dos<br />
ocupantes das edificações, dificultar a<br />
propagação do incêndio, reduzindo danos<br />
ao meio ambiente e ao patrimônio, além de<br />
proporcionar meios de controle e extinção<br />
do incêndio. Além disso, as mudanças<br />
também visam dar melhores condições<br />
de acesso para as operações do Corpo de<br />
Bombeiros.<br />
Para os profissionais da<br />
engenharia, o novo código traz mudanças<br />
significativas no modelo de concepção<br />
dos projetos. Algumas novas exigências<br />
que serão cobradas dos profissionais que<br />
elaboram os projetos são: especificar<br />
o tempo requerido de resistência<br />
ao fogo de sistemas da edificação,<br />
especificar os materiais de acabamento e<br />
revestimento, equacionar problemas de<br />
compartimentação horizontal e vertical,<br />
entre outros. De acordo com o engenheiro<br />
Irineu Rebicki, que atua na área há 25<br />
anos, são avanços que também significam<br />
mais trabalho e responsabilidades para os<br />
projetistas e executores das obras. “ Vejo<br />
o novo Código como uma medida positiva<br />
para todos os envolvidos, mesmo que o<br />
projeto resulte em mais trabalho, envolva<br />
mais profissionais na sua confecção e<br />
tenha um orçamento mais elevado”, diz o<br />
engenheiro que participou de um curso na<br />
AEAPG, onde foram apresentadas as novas<br />
regras para um grupo de 60 profissionais.<br />
Os projetos arquitetônicos ou de<br />
prevenção de incêndios protocolados ou<br />
E<br />
ngenheiros e arquitetos de Ponta<br />
Grossa deverão ficar atentos para a<br />
Lei nº 10.921, que delibera novas<br />
obrigatoriedades para prédios com<br />
altura superior a 9,20 metros ou que possuam<br />
aprovados junto ao Corpo de Bombeiros<br />
até 7 de janeiro de <strong>2012</strong> serão analisados<br />
e vistoriados seguindo o Código de<br />
Prevenção de Incêndios anterior. Assim,<br />
a observação das exigências contidas no<br />
novo Código passa a ser obrigatória para<br />
a liberação de alvarás de projetos novos.<br />
IMPASSE<br />
O prazo para adequação ao novo<br />
Código é discutido por algumas entidades<br />
da construção civil. O Sinduscon-PR e o<br />
Conselho Setorial da Construção Civil<br />
da Federação das Indústrias dos Estado<br />
do Paraná (Fiep) ajuizaram uma ação<br />
ordinária questionando a legitimidade<br />
do documento e uma liminar favorável a<br />
entidade vetou a obediência às regras por<br />
parte das empresas ligadas ao Sinduscon-<br />
PR e à Fiep. Para as que não estão ligadas<br />
as entidades, as normas continuam<br />
valendo. O presidente do Sinduscon/<br />
PR, engenheiro Normando Baú, disse<br />
em entrevista ao jornal Gazeta do Povo,<br />
que a entidade defende a prorrogação do<br />
prazo para que as empresas possam se<br />
adequar às novas normas. “Sabemos que<br />
a medida é positiva, mas queremos nos<br />
resguardar e ter mais tempo para ficar<br />
de acordo com ela, sem ficar à mercê de<br />
sanções ou multas”, diz. “Nós seguramos<br />
o processo para discutir a medida e poder<br />
colocá-la em prática”, disse.<br />
Sobre os esclarecimentos<br />
prestados durante o curso ministrado<br />
em Ponta Grossa, Irineu Ribicki, disse<br />
que os profissionais ainda precisam de<br />
muitas instruções, que virão apenas com<br />
a prática. “Ainda temos muitas dúvidas<br />
sobre o Código de Combate a Incêndios,<br />
porém, estas serão solucionadas na<br />
medida em que formos trabalhando e<br />
pesquisando com outros profissionais<br />
sobre o assunto, tudo será uma questão<br />
de tempo para a adaptação”, completa.<br />
PRÓXIMA TURMA<br />
Devido ao grande número de<br />
profissionais que procurou pelo curso, já<br />
foram abertas inscrições para a segunda<br />
turma do treinamento, que acontecerá<br />
nos dias 19 e 26 de maio, e 9 e 2 de<br />
junho. Associados em dia: R$ 250,00 e<br />
demais interessados: R$ 350,00. Mais<br />
informações pelo fone 3224-7744.<br />
quatro ou mais pavimentos. A determinação<br />
municipal foi publicada no Diário Oficial<br />
do Municipio de Ponta Grossa no dia 26 de<br />
março e exige um elevador nesses tipos de<br />
edificações. Segundo o texto, a obrigatoriedade<br />
não dispensa a existência de escadas ou<br />
rampas. As regras deverão seguir as normas<br />
da Associação Brasileira de Normas Técnicas<br />
(ABNT) tanto para à instalação quanto para<br />
o dimensionamento da obra, comprovado<br />
através de laudo emitido pelo responsável<br />
técnico da obra. Nas construções com mais<br />
de oito pavimentos, a exigência passa a<br />
ser de dois elevadores. Além das normas<br />
<strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong> | 3<br />
NOVO CÓDIGO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS<br />
GRANDES MUDANÇAS<br />
NO CÓDIGO<br />
1.EXIGÊNCIA DE SISTEMAS DE<br />
HIDRANTES E MANGOTINHOS<br />
– ou mangueiras de borracha – para<br />
o combate a incêndios tanto em<br />
edificações comerciais como em<br />
residenciais, sendo de fácil manuseio<br />
pelo usuário da edificação.<br />
2.SISTEMA DE CONTROLE<br />
DE FUMAÇA. Ele interfere no<br />
projeto arquitetônico com a criação<br />
de barreiras de fumaça, áreas de<br />
acantonamento e entradas de ar para<br />
a extração de fumaça em caso de<br />
incêndio. Essa questão é de suma<br />
importância, uma vez que muita gente<br />
morre em um incêndio em razão da<br />
fumaça, não das chamas em si”.<br />
3.COMPARTIMENTAÇÃO<br />
DAS EDIFICAÇÕES. Destinada<br />
a impedir a propagação de incêndio<br />
no pavimento de origem para outros<br />
ambientes no plano horizontal e<br />
ou vertical, a nova norma exige<br />
a compartimentação de áreas<br />
específicas. A divisão entre os<br />
espaços deve ser feita com elementos<br />
como paredes, portas, vedadores ou<br />
selos corta-fogo.<br />
O código ainda especifica itens como<br />
saídas de emergência, o acesso das<br />
viaturas na edificação, exigência de<br />
brigadas de incêndio, iluminação<br />
e sinalização de emergência, entre<br />
outros.<br />
PRÉDIOS COM MAIS DE 9 METROS DEVERÃO TER<br />
ELEVADOR DE ACESSO<br />
Elevadores devem ser adequados ao uso de deficientes<br />
Profissionais que cursaram 32 horas de aulas sobre o novo código de combate, receberam diploma<br />
técnicas específicas, os elevadores deverão<br />
ser adequados ao uso de pessoas portadoras<br />
de necessidades especiais, com instalação de<br />
barras e espaço para cadeirantes. Para os cegos,<br />
a instalação de botões em libras ou em braile.<br />
Todos os pavimentos da edificação deverão<br />
ser servidos por elevadores, sendo permitido<br />
excluir sobreloja, jiraus e, o último pavimento<br />
quando destinado somente a casa de máquinas,<br />
caixa d’água, depósitos e dependências do<br />
zelador ou quando for de uso exclusivo do<br />
penúltimo (duplex). Esta lei entrou em vigor<br />
desde o dia da sua publicação.
4 | <strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong><br />
MERCADO DE TRABALHO<br />
Perspectivas e tendências confirmam aquecimento d<br />
Boas perspectivas econômicas e imobiliárias indicam a continuidade da demanda por mão-de-obra especializada<br />
Afalta de profissionais especializados<br />
para atuar no ramo da construção<br />
civil não é nenhuma novidade para<br />
quem trabalha no setor. Mas, para<br />
compreender quais são as causas<br />
desse fenômeno social, como a questão deve<br />
ser encarada e quais são as perspectivas de<br />
mercado, é necessária uma reflexão mais<br />
aprofundada sobre o contexto da nossa<br />
realidade.<br />
De acordo com um estudo que mapeou<br />
o mercado de trabalho local nos últimos 10<br />
anos, a construção civil foi o 4º setor mais<br />
relevante na economia da nossa cidade,<br />
com contratações anuais que saltaram de 28<br />
para 556 trabalhadores, um incremento de<br />
aproximadamente 2.000% em 7 anos. Dentro<br />
do ramo da construção civil, o pedreiro e o<br />
servente de pedreiro foram os profissionais<br />
mais requisitados, sendo que, nos últimos 4<br />
anos, a função de pedreiro subiu no ranking<br />
geral das profissões com maior procura.<br />
O estudo, encomendado pela Agência do<br />
Trabalhador de Ponta Grossa, evidencia que a<br />
profissão de pedreiro é uma das atividades que<br />
mais será solicitada nos próximos anos.<br />
MITO QUE NÃO ATRAI NOVOS<br />
PROFISSIONAIS<br />
Conforme impressões verificadas com<br />
engenheiros civis atuantes, hoje em dia, a mão<br />
de obra jovem, que está prestes a se candidatar<br />
ao mercado de trabalho, não considera<br />
promissora as áreas técnicas da construção civil<br />
e acaba procurando outras áreas. “Atualmente<br />
as profissões de pedreiro, mestre de obras,<br />
encanador, carpinteiro e outros, não estão<br />
se reciclando, e sim, acabando. Assim, fica<br />
cada vez mais difícil encontrar profissionais<br />
para contratar”, diz o engenheiro Anderson<br />
Sikorski, que possui construtora na cidade há<br />
25 anos e confirma que esta é uma das maiores<br />
dificuldades que os construtores encontram.<br />
“Antes, o ofício passava de pai para filho,<br />
porém, os jovens não querem mais aprender<br />
estas profissões, porque veem com maus olhos<br />
o setor, por acreditarem que o trabalho é mau<br />
remunerado”, analisa. O fato é errôneo diz<br />
Anderson. “Antigamente nossos pedreiros iam<br />
para o trabalho de bicicleta, hoje a maioria vai<br />
de carro, o que comprova que a pessoa teve<br />
ascensão na vida, fruto da sua profissão”,<br />
argumenta.<br />
O gerente da Agência do Trabalhador de<br />
Ponta Grossa, Antonio Larocca Neto, reforça<br />
que a questão da remuneração baixa é um<br />
mito que persiste, porém, ele confirma que não<br />
condiz com a realidade. “Um pedreiro chega<br />
a ganhar entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00 por<br />
mês, remuneração que não é considerada ruim<br />
para o nosso mercado, muito pelo contrário”,<br />
avalia o gerente.<br />
CURSOS PROFISSIONALIZANTES<br />
Outro fator que contribui para a falta<br />
de trabalhadores no mercado é a tímida oferta<br />
de cursos técnicos e profissionalizantes. Para<br />
Larocca, este é o principal motivo que ele<br />
atribui para o que chama de apagão de mão-deobra<br />
na construção civil. “Pedreiro, eletricista,<br />
têm que ter conhecimento técnico e hoje temos<br />
poucos cursos disponíveis na nossa região.<br />
Dos poucos que são lançados, a carga horária<br />
muito reduzida fornece apenas o básico, sem
o conteúdo total adequado que seria necessário”,<br />
explica.<br />
Previsões do mercado dão conta de que a<br />
construção civil continuará aquecida nos próximos<br />
anos devido ao crescimento das classes “C” e “D”,<br />
ao aquecimento do setor imobiliário, graças aos<br />
incentivos dos programas de habitação do governo,<br />
ao bom desenvolvimento da economia e as obras<br />
de melhoria de estrutura que terão que ser feitas<br />
para receber Jogos Olímpicos e Copa do Mundo.<br />
Isso reitera a necessidade de suporte educacional e<br />
técnico para os futuros profissionais que poderão se<br />
CURSOS SUPERIORES TAMBÉM<br />
REFLETEM O MERCADO<br />
Em Ponta Grossa existem duas universidades<br />
que oferecem cursos superiores nas áreas da construção<br />
civil. Uma faculdade particular possui Arquitetura<br />
e Engenharia Civil e os tecnólogos em Construção<br />
de Edifícios e Engenharia Elétrica, e a faculdade<br />
estadual oferta Engenharia Civil. O momento<br />
favorável para o setor e as perspectivas positivas<br />
para a classe, fomentam a procura pelas graduações.<br />
Com pouco mais de um ano de lançamento do curso<br />
de Engenharia, a faculdade particular já conta com<br />
encaixar no mercado de trabalho. Através do estudo<br />
de perfil de mercado referenciado anteriormente, a<br />
Agência do Trabalhador já diagnosticou que terá<br />
de ofertar qualificação para suprir a demanda que,<br />
segundo o gerente, regularmente oferece vagas,<br />
inclusive para engenheiros. “Diante desta tendência<br />
estaremos abrindo cursos gratuitos nos próximos<br />
meses, se configurando como uma das ações para<br />
resolver o problema do mercado de trabalho deste<br />
setor. Num primeiro momento as turmas serão de<br />
pedreiro, eletricista predial, pintor e encanador”,<br />
anuncia Larocca.<br />
cerca de 200 alunos, sucesso comemorado pela<br />
coordenadora Margolaine Giacchini. Segundo ela,<br />
o momento atual é favorável para engenheiros e<br />
outros profissionais da área, e a procura pelos cursos<br />
é intensa em todas as faculdades que oferecem a<br />
modalidade da engenharia. “Nas universidades é que<br />
se percebe de forma mais expressiva a demanda por<br />
profissionais. A grande maioria dos alunos que se<br />
formam, já saem empregados da universidade”, diz a<br />
professora que também salienta a grande solicitação<br />
de estagiários por parte das empresas.<br />
<strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong> | 5<br />
NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
o setor e necessidade de investimento em qualificação<br />
Estudo evidencia necessidade da realização de cursos profissionalizantes<br />
DIFERENCIAL PARA<br />
FIDELIZAR<br />
Para manter o<br />
quadro de funcionários<br />
completo, uma construtora<br />
tradicional em Ponta Grossa,<br />
encontrou uma alternativa<br />
que vem gerando resultados<br />
positivos. Apesar de<br />
necessitar, com frequência<br />
de novos contratados,<br />
a empresa aposta na<br />
remuneração diferenciada<br />
para manter a fidelidade<br />
dos trabalhadores, driblar<br />
a saída de funcionários e<br />
não precisar recontratar.<br />
“Cerca de 70% do nosso<br />
pessoal recebe algum<br />
tipo de bonificação acima<br />
do piso acordado pelo<br />
sindicato. Nós criamos<br />
uma forma diferenciada de<br />
remuneração dividida em<br />
níveis, o que nos permite<br />
pagar mais de acordo com<br />
a classificação que cada<br />
trabalhador possui”, explica<br />
o engenheiro Hudson Zanoni<br />
Jr. “Tem pessoal que trabalha<br />
conosco há 15 anos, outros<br />
que já se aposentaram e<br />
ainda continuam no quadro”,<br />
conta. Hudson que, como<br />
outros engenheiros relata o<br />
turnover , também acredita<br />
na qualificação e prevê cursos<br />
para aprimorar funcionários<br />
novos e antigos. “A partir do<br />
próximo semestre estamos<br />
pensando em programar<br />
cursos de aprimoramento<br />
para qualificar e investir nos<br />
trabalhadores”, finaliza.
6 | <strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong><br />
CONSTRUÇÃO CIVIL DE AÇO GALVANIZADO<br />
As novas tecnologias<br />
empregadas na construção<br />
civil substituem<br />
materiais tradicionais<br />
por outros alternativos,<br />
proporcionando redução de<br />
custos, aumentando conforto,<br />
preservando a natureza ou mesmo<br />
dinamizando o tempo. Hoje, uma<br />
empresa de Ponta Grossa vem<br />
crescendo a passos largos com a<br />
introdução de uma nova dinâmica<br />
na construção de projetos arquitetônicos<br />
residenciais, industriais<br />
e comerciais. As edificações dispensam<br />
cimento, tijolos, pregos e<br />
mesmo a água que faz a liga aos<br />
insumos. Trata-se de um sistema<br />
chamado Light Steel Framing, ou<br />
traduzindo, quadros de aço leve. A<br />
proposta usa peças estruturais de<br />
aço galvanizado que, conectadas<br />
conforme projeto, formam paineis<br />
estruturais, colunas, vigas,<br />
escadas, entre outros elementos<br />
que compõe uma construção<br />
convencional.<br />
A tecnologia americana<br />
é nova no Brasil, e consiste em<br />
uma máquina que adapta um<br />
Na sede da indústria, duas casas de pequeno e grande porte ficam em exposição<br />
CONSTRUÇÃO<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Antes de ir parar na<br />
obra, todo o material produzido<br />
passa por processo rigoroso<br />
de controle de qualidade, com<br />
Sistema inédito não usa cimento e otimiza 60% no tempo da construção<br />
projeto arquitetônico e fabrica<br />
perfis em aço sob medida,<br />
conforme orienta a planta feita<br />
por engenheiros e arquitetos. O<br />
coordenador do novo sistema<br />
construtivo, engenheiro Renan<br />
da Cunha, diz que a inovação<br />
industrializa a construção civil,<br />
produzindo materiais e soluções<br />
que acompanham a evolução das<br />
novas tecnologias e, ainda, estão<br />
em acordo com o desenvolvimento<br />
sustentável. Sobre as vantagens<br />
da técnica, ele explica que são<br />
inúmeras, a começar pelo tempo<br />
de obra. “Uma construção pode<br />
levar até 60% menos tempo para<br />
ser finalizada. Uma vez os perfis<br />
produzidos, basta encaixá-los e<br />
adaptá-los conforme as instruções<br />
de montagem contidas no manual<br />
que acompanha as estruturas<br />
de aço quando entregues ao<br />
construtor”, explica Renan.<br />
OUTROS BENEFÍCIOS<br />
O desempenho térmico e<br />
acústico do Light Steel também<br />
apresentam diferenciais, segundo<br />
o engenheiro. A lã de vidro<br />
exigências para que cada perfil<br />
saia da fábrica com durabilidade<br />
garantida. Mas, as estruturas<br />
metálicas fornecem outros<br />
fatores que devem ser levados<br />
em consideração em tempos de<br />
sustentabilidade. A baixa geração<br />
Empresa fabrica estruturas desde 2010, em Ponta Grossa em <strong>2012</strong>, surgem as primeiras construções<br />
empregada na estrutura de paredes,<br />
mantém a temperatura interna<br />
da edificação e faz o isolamento<br />
acústico, deixando o ambiente<br />
mais confortável e aconchegante.<br />
“As paredes não permitem a troca<br />
de calor com o ambiente externo,<br />
desta forma, o ar condicionado<br />
trabalha menos que em uma<br />
casa de alvenaria convencional”,<br />
argumenta. Neste tipo de obra,<br />
de resíduos e o emprego de um<br />
dos materiais mais recicláveis<br />
do mundo, o aço. Os três<br />
principais componentes desse<br />
tipo de construção são 100%<br />
sustentáveis. “O aço pode ser<br />
totalmente proveniente de fontes<br />
recicláveis, as placas do tipo<br />
OSB, usadas no revestimento<br />
interno e externo de paredes são<br />
derivadas de madeira e o gesso,<br />
do acabamento das paredes<br />
também pode ser derivado de<br />
fontes renováveis’’, salienta o<br />
engenheiro.<br />
MERCADO<br />
A empresa pontagrossense,<br />
que possui duas das<br />
quatro máquinas que existem no<br />
mundo para produzir perfis de<br />
tudo fica mais previsível, porque<br />
segundo os idealizadores do<br />
projeto, há maior fidelidade no<br />
orçamento. “Existe mais controle<br />
neste tipo de processo construtivo.<br />
Em uma construção convencional,<br />
por exemplo, fica mais difícil<br />
de contabilizar cimento, areia e<br />
pedras, sempre há imprevistos e<br />
perdas”, diz Renan.<br />
aço para construção civil, vem<br />
ganhando mercado. O avanço é<br />
comemorado pelos empresários<br />
que contabilizam crescimento<br />
de 20% a 30% a cada mês de<br />
atividade, nas entregas feitas nos<br />
estados do RS, SP, MG, ES, RJ e<br />
RN. Em Ponta Grossa, em breve,<br />
será lançado um condomínio<br />
residencial no Jardim América,<br />
com sobrados de alto e médio<br />
padrão usando a tecnologia<br />
Light Steel. Outras duas grandes<br />
construções já foram executadas<br />
na região da nova Rússia e Jd.<br />
Carvalho , inaugurando o uso<br />
do sistema em nossa cidade.<br />
Sobre os custos, o engenheiro<br />
responsável garante que se<br />
equiparam com uma edificação<br />
convencional.
OPacto Global é uma iniciativa<br />
desenvolvida pela ONU<br />
(Organização das Nações<br />
Unidas), com o objetivo<br />
de mobilizar a comunidade<br />
internacional para a adoção de valores<br />
fundamentais nas áreas de direitos<br />
humanos, relações de trabalho, meio<br />
Ocidente ocorrido em uma obra situada na<br />
Rua Augusto Ribas, no centro de Ponta<br />
Grossa, ganhou ampla repercussão em<br />
toda a região, principalmente no que<br />
diz respeito às atribuições do CREA-PR. Segundo<br />
o Conselho, a obra em questão havia sido visitada<br />
por um fiscal do CREA-PR e, na ocasião, havia sido<br />
constatada a participação de engenheiro responsável<br />
pelos projetos e execução do trabalho. De acordo com<br />
o gerente da Regional Ponta Grossa do CREA-PR,<br />
engenheiro agrônomo Vânder Moreno, o Conselho<br />
Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná, não<br />
é um órgão fiscalizador de obras, simplesmente, e<br />
sim, o órgão responsável por fiscalizar o exercício<br />
das profissões das engenharias. “A Lei Federal nº<br />
5194/66 estabelece quais atividades são atribuições<br />
exclusivas destes profissionais, não podendo ser<br />
exercidas por pessoas leigas. Tendo em vista que<br />
a construção civil é uma das atividades em que<br />
a engenharia é exercida, a fiscalização do CREA<br />
se faz presente nas mesmas buscando identificar a<br />
existência de profissionais habilitados e, quando não<br />
há a presença destes, exigir a regularização”, diz.<br />
O gerente enfatiza que o Conselho não<br />
é responsável por fornecer “alvarás” de obras,<br />
sendo esta atribuição das prefeituras. Uma das<br />
exigências para a obtenção do alvará é a ART<br />
(Anotação de Responsabilidade Técnica) feita pelo<br />
profissional inscrito no CREA e, quando ocorre<br />
um acidente em obra, o Conselho busca averiguar<br />
se há ou não profissionais responsáveis. Caso<br />
haja, abre-se processo administrativo para julgar a<br />
<strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong> | 7<br />
DESCARTE CORRETO DE PILHAS E BATERIAS NÃO CONTAMINAM O SOLO<br />
CREA-PG disponibiliza local de armazenagem e garante destinação de materiais<br />
Site Ambiente Brasil, afirma que o Brasil produz cerca de 800 milhões de pilhas comuns<br />
por ano, o que representa seis unidades descartadas por habitante<br />
ambiente e combate à corrupção. A<br />
iniciativa conta com a participação<br />
de sindicatos, empresas, organizações<br />
não-governamentais e demais parceiros<br />
necessários para a construção de uma<br />
comunidade global mais sustentável<br />
e igualitária. Hoje são mais de 5.200<br />
organizações comprometidas ao redor<br />
do mundo. Desde 2009 o CREA-PR<br />
aderiu às premissas do Pacto Global,<br />
mostrando-se comprometido em<br />
articular ações que contribuam para a<br />
promoção da cidadania.<br />
Como parte deste compromisso,<br />
foram confeccionadas caixas<br />
coletoras de pilhas e baterias de uso<br />
doméstico, que já estão disponíveis<br />
nas oito regionais do Conselho. Em<br />
Ponta Grossa, o compartimento já vem<br />
recebendo materiais que, futuramente,<br />
serão destinados corretamente<br />
conforme o plano nacional de resíduos<br />
sólidos (Resolução nº 257/99 do<br />
Conselho Nacional do Meio Ambiente),<br />
que prevê o descarte correto deste<br />
tipo de material altamente tóxico e<br />
poluente. As pilhas e baterias são<br />
classificadas como resíduos perigosos<br />
porque, em geral, são compostas de<br />
metais pesados e não-biodegradáveis<br />
como, o cádmio, chumbo e mercúrio.<br />
“Se descartadas indevidamente<br />
no meio ambiente, pode ocorrer o<br />
vazamento dos componentes internos,<br />
contaminando o solo, cursos d’água, o<br />
lençol freático, flora fauna e, através<br />
da cadeia alimentar, pode atingir os<br />
seres humanos’’, explica a engenheira<br />
mestre em Recursos Hídricos e<br />
Ambiental, Margolaine Giacchini.<br />
De acordo com a agente<br />
administrativa do CREA-PG,<br />
Taiana Kohlrausch, a entidade está<br />
divulgando o ponto de coleta e<br />
informando para a comunidade a<br />
disponibilidade do compartimento.<br />
“Neste momento recebemos pouco<br />
material de descarte, sendo assim,<br />
aproveitamos para divulgar para toda a<br />
população que existe um local seguro<br />
em Ponta Grossa, que pode receber<br />
pilhas e baterias com a garantia da<br />
destinação correta”, explica ela. “Esta<br />
ação garante o nosso alinhamento<br />
com a conduta corporativa focada<br />
nos princípios do Pacto Global, como<br />
órgão público precisamos assumir<br />
certas responsabilidades e manter o<br />
Prédio em reforma tinha responsável técnico devido<br />
compromisso com o uso sustentável dos<br />
recursos naturais”, acrescenta Taiana.<br />
No totem personalizado também<br />
podem ser depositadas baterias de<br />
brinquedos, de câmeras digitais, relógios,<br />
controles remotos, entre outros pequenos<br />
equipamentos. A sede do CREA-PG<br />
fica aberta das 9 até as 17h, na Rua João<br />
Manoel dos Santos Ribas, nº 370, em frente<br />
ao Senac, próximo da rodoviária. A caixa<br />
coletora fica disponível na recepção, com<br />
fácil acesso.<br />
PREJUÍZO PARA A SAÚDE<br />
O lançamento dos resíduos<br />
industriais perigosos em lixões, nas<br />
margens das estradas ou em terrenos<br />
baldios, compromete a qualidade ambiental<br />
e de vida da população. Os metais pesados<br />
contidos nas pilhas e baterias, quando<br />
absorvidos pelo organismo humano, são de<br />
difícil eliminação, podendo causar diversos<br />
efeitos nocivos , tais como : alergias de pele<br />
ou respiratórias; náusea e vômito; diarreia;<br />
diminuição do apetite; dor de estômago,<br />
gosto metálico na boca, inibição das células<br />
de defesa do organismo, entre outras<br />
complicações.<br />
CREA ESCLARECE SOBRE FISCALIZAÇÃO DE OBRA<br />
*Da redação, com assessorias<br />
Credito: Clebert Gustavo<br />
Acidente na obra vitimou um trabalhador<br />
responsabilidade técnica e ética dos profissionais.<br />
“É o que está sendo feito no caso em questão. As<br />
responsabilidades civil, penal e trabalhista não se<br />
incluem nas atribuições do CREA-PR, mas sim<br />
dos órgãos de Justiça”, esclarece o engenheiro, que<br />
explica o protocolo referente às fiscalizações, em que<br />
o fiscal do Conselho cola a conhecida placa amarela<br />
com os dizeres “CREA-PR Fiscalização Federal”.<br />
“Esta placa não sinaliza que a obra esteja regular ou<br />
irregular, mas que a obra foi visitada pelo CREA-<br />
PR. No caso da obra em questão, o fiscal procedeu<br />
exatamente desta maneira, colando o cartaz em uma<br />
placa de madeira no ato fiscalizatório, realizado no<br />
mês de fevereiro, um mês antes do acidente.<br />
A regulamentação das profissões é uma<br />
busca da sociedade por segurança nas atividades que<br />
oferecem algum tipo de risco, como é a característica<br />
das atividades de engenharia. “O profissional<br />
habilitado tem seus compromissos técnicos e éticos<br />
firmados com a sociedade a partir do momento de<br />
seu registro no CREA, conforme o Código de Ética<br />
Profissional adotado por meio da Resolução nº<br />
1002/2005 do CONFEA”, finaliza.
8 | <strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong><br />
PRESIDENTE DO CREA-PR VISITA AEAPG<br />
Joel Krüger apresenta Agenda Parlamentar e divulga Colégio de Entidades<br />
Presidente pretende aumentar em 60% o número de fiscalizações no Paraná<br />
Opresidente do CREA-PR, engenheiro<br />
civil, Joel Krüger, visitou a AEAPG<br />
pela primeira vez depois de eleito em<br />
janeiro deste ano. Ele aproveitou a visita<br />
de cortesia para expor seus principais objetivos de<br />
trabalho e convidar os profissionais da entidade para<br />
participar dos próximos debates e reuniões sobre<br />
quatro grandes temas, entre eles, o lançamento do<br />
Colégio de Entidades, a continuidade da Agenda<br />
Parlamentar, a valorização profissional e a criação<br />
de núcleos especializados em fiscalização.<br />
COLÉGIO DE ENTIDADES<br />
O Colégio de Entidades é um órgão<br />
consultivo, idealizado na nova gestão. Ele reúne<br />
diversas instituições ligadas aos profissionais das<br />
áreas tecnológicas, que poderão atuar de maneira<br />
convergente e atender políticas públicas de maneira<br />
efetiva, uma vez que os municípios, muitas vezes,<br />
são carentes em projetos. Os encontros acontecerão<br />
periodicamente nas oito regionais e servirão para<br />
ampliar o debate nas questões corporativas e<br />
ü<br />
ANIVERSARIANTES<br />
<strong>Março</strong><br />
01.03<br />
02.03<br />
04.03<br />
04.03<br />
05.03<br />
05.03<br />
06.03<br />
06.03<br />
09.03<br />
12.03<br />
Ricardo Enei<br />
José Renato Silgre<br />
Cezar Polinski<br />
Iglan Oberg<br />
Luiz Ricardo Denck R. de Carvalho<br />
João Gualberto Corrêa Junior<br />
Alfredo Hinojosa Salazar<br />
Sandra Mara Kaminski Tramontin<br />
Juvenal Taques Fonseca Filho<br />
Marcelo De Julio<br />
discussões de projetos de melhoria nas cidades.<br />
Como explica Joel Krüger, o colegiado fará com<br />
que diretoria e presidência estejam presentes no<br />
interior do Estado e próximos dos profissionais.<br />
“Assim, poderão ser percebidas as necessidades,<br />
temas e questões relevantes da profissão, bem<br />
como discussões nas áreas que venham contribuir<br />
com a qualidade de vida da população’’, disse. O<br />
papel do CREA é ser agente estimulador do debate,<br />
apresentando propostas para estas políticas e<br />
fortalecendo o programa já em andamento, que é a<br />
Agenda Parlamentar. A primeira reunião Ordinária<br />
do Colégio de Entidades de Classe, ocorreu no último<br />
dia 11 de abril e teve como pauta a apresentação do<br />
regulamento do Colégio e as normas para eleição<br />
dos oito coordenadores regionais. Luiz Antonio<br />
Menarin foi nomeado coordenador regional de<br />
Ponta Grossa.<br />
AGENDA PARLAMENTAR<br />
A Agenda Parlamentar é um programa<br />
que funciona desde 2006 e que busca contribuir<br />
com propostas e soluções para os municípios<br />
paranaenses, com a definição de diretrizes de<br />
desenvolvimento para todo o estado. Desenvolvido<br />
pelo CREA-PR, em parceria com 85 entidades de<br />
classe, o programa pretende implantar Estudos<br />
Básicos de Desenvolvimento Regional (EBDRs),<br />
que resultarão em propostas que serão entregues<br />
aos gestores públicos municipais, lideranças<br />
partidárias, candidatos a prefeito e vereador,<br />
entre outras lideranças. “Neste ano de eleições<br />
municipais, aproveitaremos para entregar aos<br />
novos representantes propostas com foco no<br />
desenvolvimento das cidades, para serem incluídas<br />
nos planos de governo dos partidos políticos e,<br />
futuramente, incorporadas aos Planos Plurianuais<br />
16.03<br />
17.03<br />
20.03<br />
21.03<br />
23.03<br />
27.03<br />
29.03<br />
30.03<br />
<strong>Abril</strong><br />
01.04<br />
03.04<br />
05.04<br />
05.04<br />
05.04<br />
Rodrigo Cristian Bulyk<br />
Flávio J. Furtado Corrêa Francisco<br />
Margolaine Giacchini<br />
Amauri Thomaz Xavier Ferreira<br />
Gerson Felipe Sonego<br />
Marcus Vinícius Caldeira Baggio<br />
Mário Nogueira Neto<br />
Paulo Roberto Lacava<br />
Carlos Roberto Genaro<br />
Helmiro Roberto Bobeck<br />
Irineu Ribicki<br />
Luis Cesar Moro<br />
Mariana Scaramella Moreira<br />
06.04<br />
06.04<br />
06.04<br />
07.04<br />
07.04<br />
09.04<br />
16.04<br />
16.04<br />
17.04<br />
17.04<br />
20.04<br />
22.04<br />
27.04<br />
30.04<br />
do Municípios’’, explicou Joel. A primeira reunião<br />
do programa já aconteceu no último dia 11 de abril<br />
com apresentação de propostas aos deputados<br />
estaduais.<br />
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL<br />
Os objetivos da Agenda Parlamentar estão<br />
alinhados com a estratégia de valorização dos<br />
profissionais engenheiros e assuntos ligados aos<br />
interesses da classe. A intenção do presidente do<br />
CREA-PR é colocar os profissionais em diálogo<br />
constante com as esferas públicas, posicionandoos<br />
no centro das atenções. “Queremos que cargos<br />
técnicos sejam ocupados por profissionais. Em<br />
uma Secretaria de Obras, por exemplo, precisamos<br />
mostrar ao prefeito que é importante que se tenha<br />
um engenheiro no cargo. Além disso, precisamos<br />
evidenciar a importância das associações, sugerindo<br />
trabalho em conjunto com as prefeituras’, expôs o<br />
presidente.<br />
DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO<br />
O presidente do CREA declarou em sua<br />
explanação aos engenheiros que, hoje, a ação de<br />
fiscalização do conselho está “mais no papel’’ e, não<br />
trata-se de uma vistoria efetiva. Por conta disso, ele<br />
disse estar desenvolvendo um novo modelo para o<br />
setor de fiscalização com a finalidade de aprimorar<br />
o processo. “A fiscalização é o ofício e a razão da<br />
existência dos conselhos profissionais e, nesta área,<br />
pretendo duas diretrizes: o aumento no número<br />
de fiscalizações e a criação de núcleos”, expôs.<br />
Pretende-se aumentar as fiscalizações de 50 mil para<br />
80 mil por ano e implantar núcleos especializados<br />
de fiscalização onde cada profissional fiscalize<br />
a sua especialidade, sem misturar, por exemplo,<br />
agronomia com construção civil.<br />
Mauro Oscar Ribas<br />
Olímpio Malucelli Filho<br />
Luis Hiar<br />
Carlos Roberto Farhat<br />
Fabiano Paulico Stange<br />
Carlos Nei do Nascimento<br />
Chede Buffara Neto<br />
Jonas Ribeiro<br />
Ernesto Jober Miara<br />
Orlando Jorge de Almeida Spartalis<br />
Sérgio Augusto Wosgrau<br />
Mieroslau Honesko Filho<br />
José Adelino Krüger<br />
Darcy Caetano Mariano